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01/10/2023

SDE4407 – MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE COLETIVA

Profª: Nathalya Carneiro INTRODUÇÃO


• Antropozoonose viral aguda

• A infecção em humanos, no Brasil, se apresentam na forma da:

HANTAVIROSE • Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus – SCPH - Américas/Brasil.

ETIOLOGIA ETIOLOGIA
• Vírus RNA • Sensível à maioria dos desinfetantes comuns

• Sobrevive no ambiente menos de uma semana


• Família Hantaviridae
• Sob luz solar é inativado em poucas horas
• Gênero Orthohantavirus.
• Os hantavirus NÃO causam doença nos seus hospedeiro reservatórios.

• Os membros desse gênero e família podem ser chamados de,


• Vírus na saliva, urina e fezes permanece por várias semanas, meses ou
simplesmente, Hantavirus. toda a vida

EPIDEMIOLOGIA

EPIDEMIOLOGIA
• Os primeiros casos de SCPH documentados no Brasil, no município de
Juquitiba, estado de São Paulo

• Surto – 1993

• O surto foi associado a dois fatores: à ocorrência de um fenômeno natural


conhecido como “ratada” e ao desmatamento de áreas naturais de
ocorrência da “ratada” para construção de habitações precárias.

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EPIDEMIOLOGIA
• No Brasil as regiões Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste concentram maior
percentual de casos confirmados

• As infecções ocorrem principalmente em áreas rurais, em situações


ocupacionais relacionadas à agricultura

• Homens entre 20-39 anos são os mais acometidos

• A taxa de letalidade média é de 46,5%

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
• Reservatórios: Roedores silvestres

• Ordem: Rodentia

• Família Muridae.

• Subfamília Sigmodontinae → 430 espécies de camundongos e ratos


envolvidas com a SCPH
Outubro, 2022.

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA
• Região Centro e Norte do Brasil • Região Sul

• Necromys lasiurius • Oligoryzomys nigripes

• Rato do capim ou rato-da-cauda-peluda. • Animais de mata

• Rato da taquara
• Encontrado na região de cerrado e caatinga.

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EPIDEMIOLOGIA
• Diversos fatores ambientais estão associados com o aumento no registro
de casos de hantavirose:

↑ da população de roedores silvestres

• Desmatamento desordenado
• Expansão das cidades para áreas rurais e as áreas de grande plantio

Favorece interação entre homens e roedores silvestres

TRANSMISSÃO ENTRE ROEDORES TRANSMISSÃO PARA HUMANOS


• Transmissão horizontal • A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de
aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores
• Mais frequente entre machos por meio de mordeduras entre espécimes infectados.
(Brigas por território)

TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO PARA HUMANOS
• Percutânea - escoriações cutâneas ou mordedura de roedores

• Contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do nariz) - mãos


contaminadas com excretas de roedores

• Transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma esporádica, na


Argentina e Chile.

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO E
TRANSMISSIBILIDADE
• PI: em média de 1 a 5 semanas - com variação de 3 a 60 dias.

• Período de transmissibilidade: no homem é desconhecido.

• Estudos sugerem que o período de maior viremia seria alguns dias que
antecedem o aparecimento dos sinais/sintomas.

• O homem é o principal suscetível.

SINTOMAS SINTOMAS
Na fase inicial:
Na fase cardiopulmonar:
• Febre;
• Febre;
• Dor nas articulações;
• Dificuldade de respirar;
• Dor de cabeça;
• Taquicardia
• Dor lombar;
• Tosse seca;
• Dor abdominal;
• Pressão baixa
• Sintomas gastrointestinais

DIAGNÓSTICO
• Sorologia – ELISA IgM

• RT-PCR

• Isolamento viral

• Diferencial → leptospirose, influenza, dengue, febre amarela

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TRATAMENTO MEDIDAS DE PREVENÇÃO


• Não existe tratamento específicas para hantavírus. • Controle de roedores - Anti e Desratização

• Não deixar louças sujas


• Todo caso suspeito de SCPH deve ser removido para Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) o mais breve possível.
• Não deixar rações de animais expostas e remover diariamente, no
período noturno.

• Recomenda-se o isolamento do paciente em condições de proteção com • Proteção individual (luvas, óculos, etc)
barreiras (avental, luvas e máscara dotadas de filtros N95).

• Cuidados ao limpar paióis, galpões, estabelecimentos comerciais, etc.

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