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Você sabe o que pode ter quando é príncipe? Tudo o que você
quiser - quem você quiser. Exceto ela. Charlotte Carlisle é a
única mulher que eu já amei e nunca toquei – porque cobiçar
a futura rainha do seu irmão é desaprovado. Nunca importou
que o noivado deles fosse um movimento político dos nossos
pais, que eles não se amavam – ela estava completamente
fora dos limites de tudo, menos minhas constantes fantasias.
E passei a última década a afastando, desesperado para
salvar minha sanidade.
Eu pisquei.
Em quatro semanas.
— Oh, que bom! Sua Alteza! Estou tão feliz que você
conseguiu!
— Jameson, — eu a corrigi.
— Como?
Charlotte estremeceu.
— Como? Me apresentar?
— Sim, é ela.
— Sem pressão.
— Não -
— Eu lembro.
— Sua Alteza.
— Diretor Jenkins.
— Manda ver.
— Jameson.
— È? — Eu perguntei sarcasticamente.
Mas eu sentia.
Eu precisava apenas de mais alguns minutos, e eu teria
minha doce, teimosa e proibida Charlotte gozando por todos os
meus dedos, e sua reação apenas me disse que seria o primeiro
dela.
— Entendi, — eu respondi.
Foda-se isso.
— Imprudente.
Exceto eu.
— Você quer o que não pode ter, — ela acusou, mas não
se mexeu. Estávamos tão perto que nossas testas quase se
tocaram, sua respiração atingindo meus lábios em jorros que
tinham gosto de hortelã-pimenta de seu chá. — Você não me
quer. Você quer o que é intocado. Quer sujar o que acha tão
novo. Você quer o entalhe final em sua cama, a única garota
que não poderia ter. Nunca esqueça que eu te conheço, Jaime.
— Suas palavras suaves estavam em desacordo com o fogo em
seus olhos.
— Então como -
Ele me transformou.
O que?
Quase.
Como você.
Batida. Batida.
— Obrigado, duquesa -
— Charlotte, — eu o corrigi.
Ainda é.
--Jaime
Ele lembra.
Ele me conhecia.
— E?
— Charlie.
— Tudo bem.
— Espera. O que?
Porra.
— Ótimo.
— Charlotte.
— Charlotte?
Fodidamente. Acabou.
— O que você acha da nossa aliança com a Suíça?
— Suíça.
— Suíça, Charlie.
— Por mim?
— Suíça! — Eu gritei.
QUINTA-FEIRA
Que... refrescante.
— Eu também não.
SEXTA-FEIRA
— Isso é razoável.
Oliver abriu as portas francesas da casa.
— Lady Genevieve.
— Sua Alteza…
— Anotado.
— Jameson.
— As coisas mudaram.
Ela era uma boa foda? Claro. Ela também era uma víbora,
pronta para morder alguém para conseguir o que queria, o que
sempre funcionou para mim quando eu precisava de uma
liberação discreta. Mas era apenas isso.
— Suíça.
SÁBADO
— Jaime...
— Um cinema drive-in?
— Sim. Entendi.
1
Em inglês a sigla RPG significa Rocket-propelled grenade, que em português é granada
lançada por foguete.
— Esse pedaço de pau está remexendo em sua bunda
novamente, Charlie.
— Delicioso.
— Até eu ir embora...
Meus dedos percorreram a pele macia de sua bochecha.
— Você ir embora é a única maneira de se afastar de mim,
porque não há chance de eu dar as costas a você. Sobre
isso. Eu quero você por muito tempo.
Ele sabia que eu era virgem, com certeza, mas ele não
tinha ideia de que eu nunca deixei ninguém perto o suficiente
para... me fazer gozar de jeito nenhum. Nem eu mesma. Eu
tentei, uma ou duas vezes, entre meus próprios lençóis de seda
durante as longas e frias noites, mas nunca consegui concluir
a tarefa. E foi... uma tarefa. Lutando contra as palavras
vergonhosas da voz na minha cabeça, que gritava que uma
rainha não fazia tais coisas, que uma adequada duquesa
nunca seria tão egoísta para desfrutar de sua própria carne.
— Eu sei, senhor.
— Sim, senhor.
Idiota.
— Eu estarei lá.
Engoli.
— Sim. Ok.
Comércio. Sanções.
Fodida vitória.
— Obrigado.
Meu pau inchou até que eu estava mais duro que a mesa.
Porra, ela estava molhada. Que mulher ela era – um exterior
elegante e composto e uma ardente sedutora por baixo.
2
Bananas Foster é uma sobremesa feita com banana, sorvete de baunilha e uma calda
de manteiga, açúcar mascavo e rum.
uma vez, antes de tomá-la, reivindicá-la, garantir que ela
entendesse que eu fui feito para ela, e apenas ela.
— Como?
— Tão doce.
— Sou eu.
Ela choramingou.
— Confie em mim.
— Jameson?
Meus olhos encontraram os dela e minha expiração
estava trêmula. — Você é a mulher mais bonita que já vi. Você
sabe disso, certo?
— Mais.
— Jameson. Mais.
Ela olhou para mim com admiração nos olhos. Seus olhos
estavam encapuzados, envidraçados de desejo. Suas
bochechas estavam vermelhas, e seus cabelos estavam uma
bagunça de onde havia se debatido contra as costas da cadeira.
— E a você mesma?
Bem, merda.
— É uma gardênia.
Ela ofegou.
— Sim, eu estou.
— Novamente.
Então eu fiz.
Eu me movi para dentro dela uma e outra vez, mantendo
o ritmo lento, os impulsos firmes, observando-a por algum
sinal de dor enquanto mantinha meu corpo travado.
Nada de Jaime.
Amo.
E eu?
Fui eu quem disse que isso não poderia ser mais do que
satisfazer nossos anos de tensão sexual. Eu disse que não
poderíamos ser mais.
Parecia real.
Jaime.
De Jaime.
— Minha Charlie.
Sua voz ecoou em minha mente, a demanda em seu tom,
a carícia em seu apelo.
Ian.
Oh Deus.
— Agora?
Na casa do primeiro-ministro.
Ele riu.
Você é um idiota.
— Ela é linda.
O nosso futuro.
— Jameson?
— Damian.
Porra.
Eu os segui e xinguei.
— Desculpe? — Eu disparei.
— Como?
— Eu gaguejei?
Aí.
— Responda, Charlotte.
— Coração partido.
Casa.
— Você conseguiu.
— Tente novamente.
— Porque ela é como sua irmã... pelo menos foi o que você
disse.
— Você já pensou?
— Exatamente.
— Você está lutando pelo seu país. Pela mulher que ama,
e isso faz de você dez vezes o homem que eu fui. Eu disse a
todos para se foderem e peguei Willa porque a queria, a amava,
e deixei você para lidar com tudo. Você pode se sentir o mais
imprudente de nós, mas estou lhe dizendo que, de onde estou,
você é o mais responsável.
Respirei profundamente. Eu tinha sido chamado de
muitas coisas, mas responsável nunca foi uma delas.
— Jameson, — eu a corrigi.
— O que há de errado?
Ela estremeceu.
— Shhh!
Charlotte ofegou.
— Oi, Charlotte.
— Ela respondeu.
— Temos tempo.
— Você fez isso por mim. — Sua voz era suave e ela se
aproximou o suficiente da parte de trás do sofá para segurar o
estofamento.
— Jaime.
— Desde que você me diga que estou onde você quer que
eu esteja. Isso tudo é por nada, se você não me quiser,
Charlotte. Eu literalmente mudei as leis em nosso país para
poder ter você e não cometer erros – eu aceitarei você em
quaisquer termos que tiver.
— Você me ama?
Eu a beijei levemente.
— Eu. Amo. Você. — Ela roçou seus lábios nos meus com
cada palavra.
É isso!
Este beijo não foi dócil ou doce. Eu a beijei até que suas
mãos se apertaram no meu cabelo, até que seus seios foram
esmagados contra o meu peito e sua língua foi sugada pela
minha boca.
— Charlie, — eu gemi.
Mais uma vez meu coração encheu tanto meu peito que
tive dificuldade em respirar e, quando as palavras me
falharam, apertei sua mão.
Minha esposa.
— Porra, Jameson.
— Eu te amo, — respondi.
Depois nos lavamos, nossos toques lentos e tranquilos.
Quando estávamos limpos, desliguei a água e a envolvi em
uma toalha fofa.
— Combinado.
— Permita.
Bem, merda.
— Porra, — eu assobiei.
— Continue.
— Vá em frente, Oliver.
Diretamente acima.
3
Abreviação de "What the fuck?", em português " que porra é essa?".
Se rebaixe e implore.
Abolir a monarquia.
— Uau.
— Sim.
Ficamos em silêncio.
— O que? Isso não é... — Ela olhou para nós, por sua vez.
Eu assenti.
Levaria prática
Muita e muita prática.
— Explique.
— Qual seria?
— Antimonarquista.
Santa. Merda.
— Tem mais.
— Sim.
— O que é isso?
Ele olhou para Damian.
— Droga.
— E Oliver?
— Senhor?
— Sim, senhor.
— Este é um deleite raro. — Eu disse, pegando a mão de
Jaime sobre a pequena mesa de café.
— Pare!
— Espere!
— Volte!
Não, mas ela ainda era uma vadia vingativa que ousara
dizer que você não atenderia às necessidades de Jaime.
— Tenho certeza.
É, não.
— Jameson -
— Charlie.
— Não... depois?
— Jaime...
— Não, deixe-me terminar. Você me perguntou quantas
mulheres houve, e eu não posso responder a isso porque
sinceramente não sei. Eu nunca acompanhei. Então esse
número não é algo que posso lhe dizer. Mas o que eu posso te
dizer? O número um. Há apenas uma mulher que tocarei pelo
resto da minha vida. Uma mulher com quem vou fazer amor,
ter filhos e passar cada minuto da minha existência adorando.
Uma, mulher, Charlotte, e é você.
Crack!
Caos.
Ian.
Outra bomba.
Ele sorriu.
— Katherine está me esperando, mantendo a porta
segura, não se preocupe cara, tínhamos planos melhores
quando pensamos que você poderia se casar com ela. Todo
aquele ato de eu-não-quero-me-casar-com-você o manteve
interessado por um tempo. Mas então você teve que ir e se
casar com essa.
— Eu a amo.
— Xander, vá.
— Sim.
— Ela está em perigo real. A bala abriu um buraco no
pulmão e a saída... ela precisa de cirurgia. — Ela empurrou a
prancheta para mim e apontou para duas linhas destacadas.
— Eu preciso do seu consentimento.
— Você tem.
— Sim, eu sei.
— Eu também te amo.
Oliver a seguiu.
— Oliver.
— Sua Majestade.
— Nenhuma mudança.
— Acabou.
— Obrigado, Damian.
Charlotte.
Beep. Beep. Beep.
— Sempre.
— Bom. — Eu assenti.