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LeAnn Ashers - 02 - Maverick (Rev)
LeAnn Ashers - 02 - Maverick (Rev)
Eles
até me forçaram a casar aos quatorze anos.
Eu estava presa, e a vida era um inferno total até que me ofereceram uma saída.
Passei meses curando e finalmente sendo feliz pela primeira vez.
No segundo em que coloquei os olhos nela, soube que ela era aquela por quem
esperei por toda a minha vida. Tudo que eu vi foi ela.
É hora de colher.
F ECHO MEUS OLHOS enquanto a assistente social vem e
leva meu bebê. Meu ventre está doendo tanto, meu coração
está doendo ao ponto de eu acreditar que ele vai estourar.
Eu sorri para ela, sabendo que uma vida assim está fora
de questão. Há muito tempo eu parei de sonhar, mas saber que
ela está segura, é saudável e bonita, me acalma.
Ela sorri. — Você fez isso para nos proteger. Tinha quinze
anos; isso foi muito corajoso.
— Ela não vai pagar por nada. Ela não vai a lugar nenhum
com você, — Jessica me defende.
Meu primeiro pensamento foi: o que vou ter que fazer para
retribuí-lo?
Meu coração dói. Ele já passou por muito. A mãe dele não
é a melhor – ela é uma com a qual simplesmente não consigo
me conectar. Ela está brava com o mundo e tem o direito de
estar, mas não com Ronny. Ela é cruel com ele e eu não gosto
disso.
Ele me abraça.
Ele não me solta como eu acho que ele vai. Em vez disso,
entrelaça e enfia minha mão mais profundamente na dele.
Minha mão é engolida por outra enorme.
— Você sabe por que eles estão lá? — Ele pergunta, seus
músculos contraídos enquanto passa manteiga em um
pãozinho.
Inferno, hoje foi tudo sobre estreias para mim. Acho que
acabei de ter meu primeiro encontro aos trinta e oito anos de
idade.
— Eu adoraria.
Destranco a porta e ele me segue para dentro. A casa está
silenciosa e tento não pensar demais e imaginar o pior.
Ela cora mais uma vez e essa merda faz alguma coisa
comigo. Quero correr minha língua ao longo de cada parte dela
que está vermelha. Quero sentir aquele calor sob minha língua.
Sua cabeça cai para frente até que seu rosto está
enterrado no meu pescoço, seus braços em volta de mim. Eu
não hesito. Eu me levanto e a coloco no meu colo, permitindo
que ela tome o que diabos quiser de mim.
Deslizo para fora de seu colo. Uma parte de mim quer que
eu fique lá para sempre, mas quero olhar em seus olhos
enquanto ele fala comigo.
2 Ceifeiro;
DESÇO AS escadas já vestida para o dia. Minha mente não
parou de pensar em Maverick desde o segundo em que acordei.
O outro lado da minha mente está em Ronny.
Tento não fechar os olhos com o belo som de sua voz. Vou
até ele. — Você está pronto para ir ver Ronny? — Eu pergunto,
animada.
Eu sei que ele não é meu. Eu o amo e quero que ele tenha
o melhor da vida. Eu só quero cuidar dele; ele precisa disso.
Talvez eu possa falar com a mãe dele hoje, talvez tentar
descobrir algo? Compartilhar uma parte da minha história.
Uma grande parte do meu coração mais uma vez vai para
este menino precioso. — Eu nunca ficaria brava com você por
algo fora de seu controle.
Seus olhos procuram os meus. Muitos pensamentos
profundos estão passando por sua mente agora, posso ver.
Olho para ver se sua mãe está no sofá e ela está. — Você
quer que eu fale com sua mãe?
Acalmo meus nervos para não dizer algo que ela lamente.
Aproximo e me sento ao seu lado.
POSSO VER por que Bell está caidinha por este garotinho.
Eu estaria mentindo, porra, se não me sentisse exatamente da
mesma maneira.
Porra.
Eu poderia morrer.
Ela segura meu rosto, seus olhos indo para meus lábios.
— Querida, eu vou beijar você, — digo a ela, esperando para
ver se me dá luz verde.
— POR FAVOR.
Ele nos leva mais fundo na água. Rindo o aperto com mais
força quando a água atinge nosso peito.
Passos de bebê.
Meu rosto queima com seu elogio. Tento fingir que não
me afeta. — Você precisa de alguma ajuda? — Começo a tirar
os temperos dele.
Ele diz isso de uma forma tão simples, mas para mim é o
contrário. Tento envolver minha cabeça em torno dele.
Rip, quem?
EU SEI QUE ela está dormindo quando sua mão ainda está
no meu cabelo. Eu não quero me mexer, droga. Eu não quero
que ela vá embora, mas não vou deixá-la ficar a noite toda se
não estiver confortável com isso.
Foda-se, sim.
— Boa ideia.
Eu a ajudo a sair do sofá. Ela sorri e caminha para dentro
da casa onde está seu telefone.
— Oi, querido.
— Eu adoraria.
Eles comem bem aqui, sem dúvida. Adoro fazer coisas por
ele, ver a felicidade em seus olhos nas menores coisas.
Bell olha para nós dois, seus olhos indo para a mãe de
Ronny, que a encara com um olhar mortal.
Isso me apavora
Isso é estranho.
Alguém o levou.
ELA SAI pela porta e eu entro em ação, perseguindo-a. Ela
é a única maneira de encontrá-lo.
Eu sei que ele pensa que ninguém virá por ele. Sua mãe
o vendeu. Eu sei como as pessoas são cruéis neste mundo. Vivi
essa vida por muitos anos.
Totalmente destruído.
— Por favor.
Eu, com certeza, não quero ter o garoto sentado por horas
em um pronto-socorro. Ele já passou por suficiente.
RONNY adormece em segundos enquanto voltamos para a
casa de Maverick. Preciso ligar para as meninas mais tarde
para contar tudo o que aconteceu.
— Então você disse a ele que ele vai morar comigo e você?
— Não consigo resistir à vontade de perguntar.
Paro de rir e olho para ele com o canto do olho. Meu rosto
fica quente com seu duplo significado.
Ronny olha para Maverick como se ele não fosse real. Não
sei tudo o que Ronny passou, mas quando fiz a transição da
minha antiga vida, tudo era simplesmente chocante.
Ele olha para nós dois confuso, mas acena com a cabeça.
— Acho que pizza para o jantar seria uma ótima ideia – o que
você acha? — Tento distraí-lo de pensar demais.
Foda-se.
Ele olha para nós dois para ter certeza de que estamos
bem com isso. Ele levanta sobre a cabeça, entregando-me, e eu
pego sua mão, segurando com força, deixando-o saber que
estou lá para ele.
Me machuca.
Puxa, como isso me machuca. Meu coração está doendo
tanto quando Maverick aplica a pomada em suas costas e faz
curativos.
Eu não o mereço.
É sufocante.
Estou pronta para dar esse passo com ele. Estou pronta
para ver como vai ser. Estou apavorada, meu peito está
apertado de nervosismo pelo que vai acontecer.
A única coisa que já senti com sexo foi dor; é a única coisa
com a qual associo sexo.
Olhando para baixo, vejo seu rosto bem acima dos meus
seios. Balanço a cabeça.
E se eu não gostar?
Bebês?
Eu concordo.
Sinto seu hálito quente contra meus lábios antes que ele
lamba. Eu quase pulo da cama. Maverick agarra minhas
coxas, segurando-me para baixo.
Eu o quero tanto.
— Venha, querido.
Ronny me segue. Coloco seu prato na frente dele. — Você
fez isso? — Ele pergunta, pegando um garfo.
Olho para ele, pronto para acabar com ele, quando ouço
um som estranho. Eu me viro para ver Bell debaixo da mesa
com sangue escorrendo de sua boca.
PORRA.
Esse garoto.
Fecho meus olhos. Ele é tão sábio além de sua idade que
é assustador. Bell começa a se mover em meus braços. —
Baby, você pode falar comigo? — Eu pergunto.
Ela levanta a cabeça e eu tiro o cabelo de seu rosto. Ela
olha para mim e depois para Ronny, então para suas mãos com
horror. Estão cobertas com seu próprio sangue.
Com eles.
Eu me viro e giro.
Espero que coletem essa merda para que ele nunca mais
toque em uma mulher assim sem a permissão dela.
— Eu adoraria.
— Por favor.
Ela ri e faz sinal para que a sigamos. Ela fez Ronny sentar
em uma cadeira. E começa a retirar produtos, palhetas, pentes
e pincéis.
— Deite-se de bruços.
Oh, eu consegui.
Ele olha para nós e seus olhos vão para Maverick, que
está com as mãos em volta da camisa do cara para que ele não
saia correndo em direção ao rinque.
— O quê?
Eu não me viro para olhar para ela, meus olhos fixos nele
e nos outros.
Ele não precisa saber dessa merda. Eu sei que Bell não
acredita em mim. Levanto sua mão e a beijo. — Irei explicar
mais tarde.
Não paramos para jantar. Pedi a um prospecto para levar
o jantar para o clube. Vou levá-los para o lugar mais seguro
até chegar ao fundo desta merda.
— Ela vai estar aqui, tem que ter paciência. Eu tenho que
ter certeza de que nós dois não estamos fodidos. — Eu pisco,
tentando fazê-lo se acalmar.
No tempo devido.
Quase vomito.
Ele se vira para olhar para mim, o filho da puta estúpido
de antes. — Eu a pego esta semana?
Eu também, garota.
— Eu acho que se você está bem com isso e ela está, então
provavelmente sim.
Mamãe
— Ok.
Eu só quero pegá-lo e apertá-lo agora. Saio da
caminhonete, para grande aborrecimento de Maverick.
O que ele não sabe é que acho que posso estar grávida.
Ela gosta, mas posso dizer que ela está nervosa. — Você
quer ficar com a gente? Viver conosco para sempre? Se você
quiser voltar ou encontrar outro lugar...
Ele cora muito e sai do quarto. Rio para mim mesma, não
me sentindo nem um pouco envergonhada por constrangê-lo.
É o paraíso.
Ronny faz terapia e ainda vai uma vez por semana. Ronny
se adaptou muito bem porque me conhecia semanas antes de
tudo isso, mas para Anna isso é muito diferente.
— Anna vai ficar bem? — Ele pergunta com sua voz doce.
— Decidi que, desde que Bell viveu com esse filho da puta
por vinte e cinco anos de sua vida, acho que vinte e cinco dias
de tortura são necessários. — Paro e fico na frente dele,
segurando seu rosto com tanta força que posso sentir seus
dentes.
4 Um chicote, geralmente com nove linhas ou cordas com nós amarrados a um cabo, usado para
açoite.
Lane dá um passo à frente, agarrando o soco inglês da
mesa. — Eu quero, porra. Se for a última coisa que eu fizer,
quero acabar com cada um de vocês, filhos da puta.
Ele grita. E faço isso de novo e de novo até que ele esteja
inconsciente
Funciona.
Meu pai adotivo é um maldito profeta do dia do juízo final.
Ele me preparou para esta merda. Fui adotada quando eu
tinha cinco anos por um pai SEAL da Marinha que sabia o
quão perverso era isto.
Porra.
O quê?
Gage olha para mim, sério. — Vou ficar com ela. — Ele se
abaixa e a pega do chão, levando-a para fora de casa.
Seus pais.
— PODEMOS IR AO PARQUE ? — Anna pergunta, sentando-
se comigo, coberta por um cobertor, enquanto Ronny está
treinando.
Eu estou grávida.
Fiquei tão feliz que chorei por horas. Acho que são os
hormônios da gravidez. Não tenho certeza de como vou dizer a
Maverick.
Sei que ele queria filhos, mas nós temos esses dois – e se
isso for tudo o que ele queira? Fecho meus olhos, deixando a
ansiedade tomar conta de mim, em seguida, afastando-a. Não
há nenhum ponto em surtar por causa de algo até que eu
saiba.
Posso dizer que ela está chocada. Uma parte de mim quer
rasgá-la, mas também sei que todo mundo está ferido.
— Eu te amo, mamãe.
A manhã seguinte
— Randy McCormick.
Porra.
Não sei se estou aliviado ou não por saber que ela está
viva. Não consigo imaginar as coisas pelas quais ela passou, se
for verdade.
PORRA.
ISSO É MUITO PIOR DO que eu pensava. Não consigo imaginar
pensar que meu bebê estava morto, mas na realidade ela não
está.
— Até hoje cedo nós não sabíamos que você existia, porra.
Viemos aqui para confrontar seus pais sobre o que eles fizeram
para... — Soltei um grande suspiro. — Para Anna.
Estou tão feliz por ela estar viva. Nunca soube que ela
existia até hoje, mas nunca orei mais por alguém.
Ela merece uma vida feliz. Pensando que sua filha estava
morta, mas realmente não estava?
Que bagunça.
Manhã seguinte
Disney
— Não.
Faço o que ele pede. Ele cai de joelhos bem diante de mim,
suas mãos envolvendo minhas coxas, arrastando-me para
baixo até que minha bunda está praticamente pendurada para
fora da cama.
Mais forte.
Mais forte.
É dele.
O tempo passa e não sei quanto tempo leva para que ele
olhe para mim, com um sorriso malicioso no rosto que me diz
que ele sabe exatamente o que fez.
— Eu amo você.
5A Copa Stanley é o troféu dado à equipe vencedora da NHL, principal liga de hóquei no gelo do
mundo.
Desço até o rinque e saio. Ronny me vê e patina, batendo
em mim, praticamente me levantando do chão com seu abraço.
— Conseguimos, pai, — ele me diz.
Ele conseguiu.