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Para termos um bom relacionamento com os pais e com a criança é preciso desenvolvermos
uma odontologia humanizada, ou seja, é preciso criar vínculos afetivos com o paciente,
conhecer suas particularidades pois muitas vezes o paciente vem com dor, está fragilizado.
Um ambiente adequado ajuda a criar vínculo afetivo, além de dar segurança ao seu paciente.
Ao darmos segurança a eles, o paciente irá responder positivamente ao tratamento. Essa
humanização deverá ser usada em todas as áreas de odontologia, bem como na vida.
Humanização na odontologia
Devemos sempre procurar o conforto da criança, a confiança da criança, antes de mais nada.
Antes de qualquer outro procedimento que a gente vá fazer, devemos procurar o bem estar da
criança. Nas outras clínicas a gente acaba não levando tanto em consideração o bem estar do
paciente. A gente leva mais o bem estar nosso pra conseguirmos fazer o tratamento mais
rápido. E na odontopediatria isso não se aplica. A gente pode demorar um semestre para
tratar, pra tirar uma cárie, mas a gente tem que fazer isso de um jeito que a criança se sinta
confortável e não tenha problema.
Motivação
O comprometimento por um longo período de tempo é difícil de ocorrer caso o paciente não
tenha o auxílio de um profissional. Para que o comprometimento seja efetivo e se dê por um
longo período é fundamental a cooperação de um profissional no tratamento.
● Autodeterminação;
A motivação pode se dar pelo medo ou incentivo, sendo que nunca devemos usar a
possibilidade de sentir medo como fator motivacional. Devemos motivar sempre pela parte
positiva.
Quando o paciente chega devemos analisar o tipo de perfil do paciente, além de prestar
atenção nos sinais que apresentam risco à sua saúde. Devemos nos comunicar com o paciente,
devemos saber qual a linguagem que devemos usar com a mãe, com a criança.
1. Entendimento
2. Confiança
3. Interação (falar e agir)
4. Respeito ao profissional
5. Bom comportamento da criança e da mãe
6. Envolvimento do acompanhante
7. Empatia entre profissional, criança e acompanhante
8. Respeito ao paciente
Verbal:
● Afetividade
● Afabilidade
● Reforço positivo
● Linguagem/idade
● Clareza
Corporal:
● Mãos
● Postura
● Olhar
● Gestos
● Sinais
● Pernas
● Braços
Quando a criança chega com dor, se trata de um caso de emergência, mas enquanto não
tirarmos a dor a motivação e a educação em saúde não é efetiva. Portanto, é importante
observarmos se o caso se trata de uma emergência ou de um caso de acompanhamento, pois
isso irá determinar a abordagem inicial.
As crianças devem aprender e ser motivadas em cada consulta, e isso pode ocorrer utilizando
diversos meios, como:
● Músicas
● Palestras
● Filmes
● Questionários
● Radiografias
● Evidenciador de placa
● Atlas
● Jogos
● Folhetos
● Reforços positivos
● Histórias e conversas
● Brincar: importante para domínio da linguagem, domínio dos medos e angústias. Não se
limita ao “brinquedo” ou aos objetos. A criança assume postura de envolvimento, torna-se
ativo no tratamento. Passa a ter experiências com valores, responsabilidade, conquistas,
regras, conflitos.
Recursos utilizados – para “quebrar o gelo” da criança antes da consulta propriamente dita:
● Espaço físico
● Criatividade
● Disponibilidade
● Vontade
Tipos de educação
Objetivos:
● Compreensão das técnicas utilizadas pelo profissional: podemos usar a técnica dizer,
mostrar, fazer. Evitamos mostrar instrumentos pontiagudos que a criança assimile com o
sentimento de dor. Em algumas situações a criança quer ver os instrumentais pontiagudos,
nessa situação devemos mostrar para conseguir a confiança da criança. É preferível ter a
confiança da criança do que assustá-la. As crianças pequenas podem ter o
acompanhamento dos pais, mas é preferível que a mãe não acompanhe, sendo chamada
apenas quando necessário;
● Envolvimento do núcleo familiar: ocorre quando a mãe deixa a criança na clínica e pega no
fim do atendimento (é preferível deixar as mães na sala de espera para aproximar o
paciente e profissional);
● Adaptação da criança: deve ser mostrado a clínica e os instrumentais para adaptar a criança
ao ambiente clínico;
● Aproximação agradável do paciente/ profissional: a criança tem que se sentir confortável,
mas tem que haver um limite, a criança precisa entender que ela não pode fazer o que ela
quiser a hora que ela quiser, ela precisa te respeitar, é necessário que haja um limite;
Processo de motivação:
1. Entrevista com os responsáveis: importante para saber mais sobre a criança, sobre a
família da criança, sobre suas individualidades, gostos a fim de interagir de forma
saudável com a criança e criar um laço de amizade e confiança.
2. Sala de espera: deve ser agradável, para criar um ambiente tranquilo antes da consulta.
3. Primeira consulta:
● Anamnese
● Apresentação do consultório
1. Sequência de pacientes: pacientes novos não devem ser agendados após pacientes que
choram, e dão “trabalho” para não o assustar antes de entrar no consultório.
3. Tempo de atendimento: não deve ser muito longo pois as crianças não aguentam
aguardar na recepção ou na cadeira odontológica por muito tempo.
● Mesa pronta e arrumada (deve estar coberta para não assustar a criança)
● Presença de auxiliar
● Presença do responsável
● Participação da criança
Núcleo familiar
● Não se impor
● Ser autêntico
● Ser criativo
● Apresentar conhecimento
● Não se impor
● Ser autêntico
● Um espelho e uma conversa clara com a criança e seu núcleo familiar constituem
poderosos instrumentos para a educação e motivação;
● A evidenciação de placa é um passo indispensável para a motivação e educação do
paciente;
● O profissional deve fazer abordagem motivacional utilizando a técnica apropriada para a
faixa etária de cada criança;
Limitações