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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto

PRONTO-ANTEDIMENTO

PRINCIPAIS DROGAS UTILIZADAS NO P.A.  Omeprazol: 1 frasco-ampola (40mg/ml) + Água


 Adrenalina 1 ampola (1ml = 1mg = 1:1000) destilada 10ml EV.
 Anafilaxia com cianose: 1 ampola  Penicilina G Benzatina (Benzetacil®): 600.000 UI
padrão (1:1000) + AD 9ml (1:10000)  ou 1.200.000 UI + Água destilada 4 a 6ml IM, na
Fazer 1 a 3 mL da solução via SC (se região glútea (não administrar EV ou SC).
cianose periférica) ou IM (se cianose  Prometazina (Fenergan®): 1 ampola (50mg/2ml)
central), podendo repetir de 5 em 5 IM.
minutos.  Ranitidina: 1 ampola (50mg/2ml) + Água
 Parada cardiorrespiratória com ritmo destilada 10ml EV.
não responsivo ao choque: 1 ampola  Tenoxicam (Tilatil®): 1 ampola IM ou + Água
(1:1000) + SF 0,9% 20 mL EV em flush destilada 10ml EV.
(elevar o membro após administração  Transamin: 1 ampola + Água destilada EV.
por 10 segundos).  Tramadol (Tramal®): 1 ampola (100mg/2ml) +
 Buscopan® composto: 1 ampola (20mg/ml e Soro fisiológico 100mL EV: fazer em 1h (32
20mg/5ml) + Água destilada 10ml EV lento. gotas/min) a 2h (16 gotas/min).
 Buscopan® simples: 1 ampola + Água destilada  Vitamina C: 1 ampola (500mg/5ml) + Água
10ml EV lento (para alérgicos à dipirona). destilada 10ml EV.
 Captopril 25mg: 1 cp VO, a cada 30min.  Vitamina K: 1 ampola (10mg/ml) IM (evitar) ou
 Cimetidina: 1 ampola (300mg/2ml) + Água EV (100ml de SF lento, em 30 a 60min).
destilada 10ml EV.
 Complexo B: 1 ampola + Água destilada 10ml EV ANEXO:
(evitar fazer no soro).  1mg = 1000µg
 Dexametasona (Decadron®): 1 ampola (2mg/ml e  1 gota = 3 microgotas
4mg/ml) IM ou + Água destilada 10ml EV.  1ml = 20 gotas = 60 microgotas
 Diazepam: 1 ampola (10mg/2ml) IM (para crises  1ml/hora = 1 microgota/min
nervosas) ou + Água destilada 10ml EV lento  Cálculo do gotejamento em gotas/min:
(para crises convulsivas). Volume desejado do soro
 Diclofenaco de potássio/sódio (Voltaren®): 1 Quantidade de horas x 3
ampola (75mg/3ml) IM.  Cálculo do gotejamento em microgotas/min:
 Dipirona: 1 ampola (1000mg/2ml) IM ou + Água Volume desejado do soro
destilada 10ml EV. Quantidade de horas
 Enoxaparina (Clexane®): 1 ampola (60mg/ml) SC.
 Furosemida: 1 a 2 ampolas (20mg/2ml) + Água
destilada 10ml EV.
 Glicose 50%: 1 a 6 ampolas no soro administrado
EV, para casos de hipoglicemia.
 Hidrocortisona: 1 frasco-ampola (100mg e
500mg/ml) + Água destilada EV.
 Metoclopramida (Plasil®): 1 ampola (10mg/2ml)
+ Água destilada EV lento.
 Morfina: 1 ampola (10mg/ml) + Água destilada 9
ml  fazer 3 a 5ml da solução, de 5 em 5
minutos, até analgesia plena (evitar em suspeitas
de infarto de ventrículo direito ou parede
inferior).
 Nebulização (NBZ) com:
 SF0,9% 3 a 5 ml. +
 Fenoterol (Berotec®): para crianças, 1 gota
para cada 3kg de peso; para adultos, 10 a
20 gotas (evitar em casos de
taquiarritmias). +
 Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 10
gotas para menores de 1 ano; 20 gotas
entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas para
maiores de 6 anos e adultos.
 Repetir de 20/20 minutos.
 Nifedipina (Adalat®) 10 e 20mg: 1 cp VO.

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A 8. Soro específico: apenas para pacientes com


quadro clínico exuberante e alterações
ABSCESSO SUBCUTÂNEO [L02] laboratoriais.
 Calor úmido.
 Drenagem com assepsia e anestesia AGITAÇÃO PSICOMOTORA / SURTO PSICÓTICO / PSICOSE
local com Lidocaína 2% AGUDA
 Tratamento da dor e da febre:  Diazepam – 1 ampola IM (via de
o Dipirona 1 ampola + A.D. 10ml administração com pouco respaldo na
EV; literatura, mas ainda muito utilizada).
o Voltaren® 1 ampola IM.  Hadol® (Haloperidol 5mg/ml) 1 a 2 ampolas
 Antibioticoterapia ambulatorial: EV (com água destilada) ou IM (se acesso
o Dicloxacilina: 250mg VO de venoso dificultoso), a cada 15 minutos, até 3
6/6h por 7 dias. doses, em intervalos de 8/8h; associado a
o Cefalexina: 500mg VO de 6/6h alguma(s) da(s) seguinte(s) medicação(ões):
por 7 dias. o Fenergan® (Prometazina 50mg/2ml)
o Cefadroxil: 500mg VO de 1 ampola IM (para evitar
12/12h por 7 dias. impregnação e potencializar a
sedação), de 12/12h; ou
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA [F10.3] / DELIRIUM TREMENS o Amplictil® (Clorpromazina
[F05.9] 25mg/5ml) ½ a 1 ampola IM ou EV
1. Excluir outras causas (IH, TCE, HDA, (efeito mais rápido), de 8/8h +
infecções, etc). Biperideno (Akineton®) ½ a 1
2. SG 5% 1000ml EV; ampola IM, 1x/dia; ou
3. Complexo B: 1 ampola + AD EV; o Dormonid® (Midazolam, ampolas
4. Diazepam: 5 a 10mg EV lento, até 8/8h, 10ml com 5mg/ml), na dose de
de horário ou se agitação motora. Pode 0,2mg/kg, EV ou IM – opção de
ser feito Valium® 10mg, 1 comprimido associação ideal para casos em que
VO, 1-3x ao dia. OBS: O álcool causa a agitação psicomotora é muito
resistência aumentada aos violenta, oferecendo risco de lesões
benzodiazepínicos, o que pode exigir no próprio paciente, em
doses mais altas de Diazepam. acompanhantes ou em profissionais
5. Haloperidol (Haldol®): ½ a 1 ampola EV do pronto-socorro. Há risco de
ou IM de 4/4h, se necessário (em caso depressão respiratória.
de delírios e alucinações).
OBS: Importante diferenciar a agitação de
ACIDENTES OFÍDICOS [X20 E W59] uma crise convulsiva, pois o Haloperidol
1. Monitorar paciente: cabeceira elevada; ECG diminui o limiar convulsivo e predispõe as
contínuo; oxímetro de pulso; diurese (sonda crises.
vesical de demora); eletrólitos; OBS: O uso do Haloperidol está associado
coagulograma; também à incidência de síndrome
2. Hidratação venosa abundante: SF 0,9% 50- neuroléptica maligna (SNM: alteração da
100ml/kg EV; consciência, febre alta, rigidez muscular
3. Fenergan® 1 ampola + AD EV; severa e instabilidade autonômica) e
4. Dipirona 500mg/ml: 1 a 2 ampolas EV; distonia aguda (medicar com Biperideno
5. Metroclopramida (Plasil®) 5mg/ml: 1amp 5mg ou Prometazina 25mg IM).
(2ml);
6. Lidocaina 2%: aplicar no local da picada;  Tratamento ambulatorial:
7. Em caso de acidente elapídico (cobra coral), o Haloperidol (Haldol®) 1 e 5mg:
utilizar anticolinesterásico (Neostigmina - tomar 1 comprimido ao dia (ajustar
dose de ataque: por via venosa, 0,25mg, nos a dose até menor dose eficaz);
adultos ou 0,05mg/kg, nas crianças; o Lorazepam (Lorax®) 1 e 2mg: iniciar
manutenção: 0,05 a 01mg/kg, via com 2-3mg/dia, dividido em 2 a 3
intravenosa, a cada 4 horas, precedido de doses diárias; dose usual: 2-
Atropina via intravenosa 0,5mg/kg adultos ou 6mg/dia, administrados em 2 a 3
0,05mg/kg nas crianças). tomadas. A retirada deve ser feita
de maneira gradual.

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o Encaminhar ao psiquiatra para 4. Dexametasona (Decadron®): 1 ampola IM. Os


tratamento definitivo ou controle corticoides não tem efeito imediato na
dos sintomas. anafilaxia e, portanto, não devem ser
utilizados em monoterapia. A administração
ALERGIA [T78.4] precoce tenta prevenir a fase tardia.
 Fenergan® (Prometazina) 50mg/2ml: 1 Portadores de asma podem se beneficiar.
ampola IM (12/12h). Criança: 0,5mg/kg IM. 5. Em caso de colapso respiratório ou cianose:
 Decadron® (Dexametasona) 4mg/ml: 1 Adrenalina, lentamente, podendo ser
ampola EV (12/12h). repetido de 5 em 5 minutos, utilizando as
seguintes vias:
AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA (J03.0)  SC: se cianose periférica;
 Pronto-atendimento  IM (principal via): se cianose central;
 Benzetacil®: 1 ampola (1200000 UI)  EV: se sinais de choque.
IM, em dose única. Opções Via Adultos Crianças
ambulatoriais: Cefalexina 500mg SC Concentração: Concentração:
6/6h ou Amoxacilina 500mg 8/8h ou IM 1:1000 (ampola 1:1000
Azitromicina 500mg 24/24h. padrão de 1ml) Dose:
 Voltaren® 75mg, 1amp IM Dose: 0,3 a 0,5m 0,01ml/kg/dose
 Dipirona 2ml + AD (10ml) EV (0,4 a 0,5mg) (máximo: 0,3ml)
 Tratamento ambulatorial EV Concentração: Concentração:
 Paracetamol 500mg de 8/8h, se 1:10000 (1 ampola 1:10000
febre. em 9 ml de SF) Dose:
 Diclofenaco de sódio 50mg (15 Dose: 0,1 a 0,3ml 0,01ml/kg/dose
comprimidos, tomar 3x ao dia em infusão lenta (máximo: 0,3ml)
durante 5 dias) ou Nimesulida (5 minutos)
100mg, 12/12h a 8/8h. OBS: Em caso de PCR, injetar 1 a 3mg (+ SF
20ml EV em flush) inicialmente, podendo
AMIGDALITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA (J03.9) repetir a cada 3 minutos (levantando o
 Dipirona 01 ampola + AD 10ml IV; membro após a administração).
 Voltaren® 01 ampola IM;
 Ambulatorial: Nimesulida (Optaflan®,
Nisufar®) 100mg, 12/12h a 8/8h. ANGINA ESTÁVEL (SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA)
 Avaliar a necessidade de antibioticoterapia. 1. Acido Acetilsalicílico (AAS), 85 a 325mg/dia
VO; ou Clopidogrel, 75mg VO 1x ao dia.
ANAFILAXIA 2. Nitrato de isossorbida (Isordil®) 5mg VO ou
1. Avaliação inicial; verificar permeabilidade de SL. Contraindicações: hipotensão e uso de
vias aérea; Monitorização (oximetria de medicamentos contra impotência sexual a
pulso, pressão arterial, etc.); proceder com base de sildefanila.
cricotireoidostomia se necessário. 3. Nifedipino (Adalat®) 1 cápsula VO (evitar o
2. Soro fisiológico 0,9% ou Ringer Lactato 1 – 2 uso sublingual), se PA elevada.
litros EV, em jelco calibroso (para crianças, 4. Propranolol 40mg: 1 comprimido VO.
20ml/kg em bolus). Contraindicações: DPOC, Asma.
3. Anti-histamínicos: 5. Morfina 1 ampola + 8ml AD – fazer 3ml da
 Bloqueador H1: Prometazina solução.
(Fenergan®) 1 ampola IM; 6. Diazepam 1 ampola IM ou + AD EV.
 Bloqueador H2: Ranitidina 1 ampola
+ AD EV. ANSIEDADE GENERALIZADA [F41.1]
 Diazepam: 1 comprimido VO.
 Se agitação psicomotora:
 Diazepam 1 ampola IM (via pouco
indicada na literatura); ou
 Haloperidol (Haldol®) 1 ampola (+
AD EV) + Fenergan® 1 ampola (IM,
para evitar a impregnação). OBS:
Importante diferenciar a agitação de
uma crise convulsiva, pois o Haldol

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diminui o limiar convulsivo e 4000UI+SF 0,9% 100ml a cada 4h em bomba


predispõe às crises. de infusão contínua ou Clexane 1mg/kg a
cada 12h) em casos de AVCi cardioembólico
ASCITE [R18] sem transformação hemorrágica.
 Repouso; Restrição sódica < 2g; Relativamente, indica-se em casos de AVCi
Restrição hídrica: 1000ml/dia. em progressão, trombose de artéria basilar e
 Espironolactona 50mg: 100mg/dia ataques isquêmicos transitórios de repetição.
inicial (dose máxima: 400mg/dia) + 7. Controle da PA: em caso de trombólise,
Furosemida 40mg S/N. reduzir PA para nível abaixo de
185x110mmHg; na ausência de indicação de
OBS: Ascite Refratária: trombólise, reduzir PA para valores abaixo de
 Paracentese de alívio (VR > 4l, repor 220x120mmHg. Nunca reduzir bruscamente.
com 6 a 8g de albumina por litro Optar por betabloqueadores.
retirado). 8. Medidas antiedema: utilizar em casos de AVCi
OBS: Em caso de peritonite bacteriana extensos e território de artéria cerebral
espontânea (PBE), bacterascite (sintomáticos) ou média.
ascite neutrocítica:  Utilizar Manitol 20% 0,5 a 1g/kg de
 Cefotaxima - 2g 2x/dia por 5 dias. peso (dose máxima de 2g/kg) EV em
 Ofloxacina: 400mg 2x/dia por 5 dias. bolus de 30min, a cada 6 ou 8h.
 Amoxacilina + Ac. clavulânico - 1,5g Sugestão de prescrição: Manitol 20%
3x/dia (250ml) – fazer 1 bolsa EV rápida e 1
bolsa EV lenta (correr em 1 hora).
ASTENIA / INAPETÊNCIA [R53]  Elevar a cabeceira do leito até 30º
 Soro Ringer Lactato 500 ml IV ou Soro (elevações maiores podem
Glicosado 50% + 2 a 3 ampolas de glicose prejudicar o fluxo sanguíneo
50%. cerebral).
 Vitamina C: 1 ampola no soro. 9. Controle de crises convulsivas: medidas de
 Complexo B: 1 ampola + AD EV. suporte respiratório, obtenção imediata de
acesso venoso e oximetria de pulso.
AVC ISQUÊMICO [I64]  Em caso de crise única, interromper
1. Descartar AVC hemorrágico fazendo uso de com Diazepam 10mg EV lentamente,
tomografia, se disponível; uma vez até controle da crise.
descartada (ausência de imagens hiperdensas  Controlada a crise, pode-se iniciar
sugerindo sangramentos), proceder com as Fenitoína (Hidantal®) 18 a 25mg/kg
seguintes condutas: em SF0,9% 250ml, em 40 a 50
2. Garantir vaga em UTI. minutos (ampola de fenitonína:
3. O2 inalatório 3 litros/minuto. 250mg/5ml).
4. Hidratação com SF 0,9%, de acordo com o  Manutenção: Fenitoína 2 a 3ml (100
grau de desidratação do paciente. Não utilizar a 150mg) + AD EV, de 8/8h, por 3 a 4
soluções contendo glicose. dias (seguido de manutenção:
5. Terapia trombolítica: Fenitoína 100mg 12/12h VO).
 Se o paciente tiver menos de 3 horas 10. Medidas de suporte:
de evolução e for descartado o AVC  Recorrer a protetor gástrico:
hemorrágico: rtPA 0,9 mg/kg de Omeprazol EV ou VO, em jejum.
peso (dose máxima: 90 mg) – fazer  Entubação orotraqueal em todo
10% EV em bolus, durante 2 paciente com comprometimento de
minutos, e o restante, infundido EV vias aéreas ou Glasgow < 8 pontos.
em 1 hora.  Passar sonda nasoentérica em todos
 Se o paciente tiver mais de 3 horas os pacientes que apresentem
de evolução ou se o serviço não tiver disfunção da deglutição e risco de
rtPA disponível, optar por: AAS 3 aspiração.
comprimidos (300mg) VO ou via  Medidas para evitar escaras de
SNE, 24/24h, em todo pacientes com decúbito: colchão caixa de ovos,
AVCi na entrada ou nas 24h após a mudança de decúbito a cada 2h.
trombólise.  Fisioterapia motora e respiratória
6. Terapia anticoagulante: utilizar heparina em iniciada ainda no pronto-socorro.
dose plena (Heparina não-fracionada
B
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o Antieméticos: em caso de
BRADICARDIAS gastroparesia associada à
enxaqueca.
 Metoclopramida (Plasil®) 10mg
EV;
 Domperidona (Motilium®)
10mg IM ou VO.

 Se cefaleia em salvas:
o Oxigênio em máscara de Venturi a
100%, 10 l/min por 30 min com o
paciente sentado (não deitado) e
com cabeça baixa;
o Se ausência de resposta à
oxigenioterapia: Cetoprofeno 100mg
+ SF 100ml EV lento.

 Tratamento ambulatorial:
 Cefaliv® (dihidroergotamina +
dipirona + cafeína) ou Cefalium®
(dihidroergotamina + paracetamol +
cafeína): 1 comprimido VO, 6/6h. Na
crise repetir a cada 1/1h (máximo 6
comprido).
 Ergotamina (Migrane®, Ormigrein®):
1 comprimido VO, 6/6h. Na crise
repetir a cada 1/1h (máximo 6
comprido). Contraindicação:
histórico de insuficiência
coronariana.
 Acetaminofeno 750 a 1000mg, VO.
 Sumatriptano (Imigran®) 25mg:
OBS: Prescrição de manutenção sugerida: tomar 1 comprimido VO, de 2/2h,
 Atropina 0,25mg ou 0,5mg: 2 ou 1 ampola EV, até melhora (dose máxima:
de 2/2h, 4/4 ou 6/6h, a depender da 300mg/dia).
manutenção da bradicardia.
CELULITE [L03]
 Higienização c/ SF a 0,9% + Repouso +
C Elevação do Membro.
 Compressas mornas de Permanganato
CEFALEIAS PRIMÁRIAS [R51] de potássio (1:10.000).
 Em caso de cefaleia migrânea /enxaqueca  Antibioticoterapia:
(G43.9):  Penicilina G Procaína (1ª escolha):
o Analgésicos comuns: Dipirona 1 400.000UI IM de 12/12h por 10
ampola de 2ml (500mg/ml) + Glicose dias.
a 50% 1 ampola EV lento.  Dicloxacilina: 500mg VO de 6/6h
o Corticoides: Dexametasona por 10 dias.
(Decadron®) 4 a 10mg EV.  Cefalosporina de 1ª ger.: Cefalexina
o Anti-inflamatórios não hormonais: - 500mg VO de 6/6h por 10 dias.
 Diclofenaco (Voltaren®) 1  Oxacilina: 2g IV de 4/4h por 10
ampola de 3 ml (25mg/ml) IM; dias.
 Tenoxicam 20 a 40mg EV ou IM.  Vancomicina: 1g IV de 12/12h por 10
o Se ausência de resposta às medidas dias.
anteriores: Cetoprofeno 100mg + SF
100ml EV lento. CELULITE FACIAL [L03.2]
 Dipirona 2ml + Plasil® 2ml + Água
destilada 10ml  EV lento;

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 Cefalexina 500mg – 1g VO, 6/6h, por 14 de 251 a 300 08 Unidades


dias. de 301 a 350 10 Unidades
> 351 12 Unidades
CETOACIDOSE DIABÉTICA [E14.1]
 Solicitar: glicemia capilar (HGT),  Hidratação parenteral: Soro Ringer Lactato
ionograma (Na, K, Cl, HCO3), ureia, 0,9% EV 1000ml/hora nas 3 primeiras horas
creatinina, cetonúria (pode persistir ou até controle do déficit intravascular
após a correção, não sendo usada para (observar FC, PA e débito urinário).
acompanhamento) e ânion Gap.  A partir da 2ª hora (2º litro de soro), iniciar
 Insulinoterapia: resolve a acidose e a com 30-40mEq/1000ml (3g de KCl no soro) e
cetogênese. 100-140mEq de KCl (9-12g) nas primeiras
 Deve ser feito 10 a 20UI EV em 24h.
bolus de Insulina Regular
(rápida). Posteriormente, fazer CHOQUE CARDIOGÊNICO
infusão contínua (no soro) de 1. Garantir vaga em UTI;
0,1UI/kg/hora de Insulina 2. Medidas iniciais gerais e de suporte
Regular. Pode-se diluir 25 hemodinâmico;
unidades (0,25ml) em 250ml 3. Drogas vasoativas:
de soro fisiológico (solução  Soro glicosado 5% 250ml +
com 0,1 U/ml) e calcular Dobutamina 250mg/20ml (2
1ml/kg/hora em infusão ampolas) + Noradrenalina
contínua (se o paciente estiver 8mg/4ml (1 ampola): correr
muito edemaciado, pode-se em 2 horas (gotejamento: 50
reduzir a infusão hídrica pela gotas/min); OU
metade aumentando a  Dopamina (50mg/10ml) 5
insulina: 50 U + 250ml  ampolas + SF ou SG 200ml
0,5ml/kg/hora). (concentraçãoo: 1mg =
 Medir glicemia capilar (HGT) a 1000µg/1ml = 20 gotas ou seja:
cada hora. Objetivo: reduzir 50µg/gota): fazer 10µg/kg/min
glicemia 50-75mg/dl/hora (gotejamento: 0,2 gotas x
(não pode reduzir muito peso/min).
bruscamente devido à 4. AAS 100mg: 3 comprimidos VO;
possibilidade de edema 5. Clopidogrel 75mg: 2 a 4 comprimidos
cerebral). Se glicose não baixar VO;
na faixa desejada, dobrar a 6. Clexane 60mg: 1 ampola SC;
dose (infusão) de insulina. 7. Proceder com exames laboratoriais
 Quando glicemia estiver em (solicitar enzimas cardíacas) e
200-250mg/dl  iniciar SG 5% eletrocardiograma de 12 derivações;
5-10ml/kg/hora (máximo: 8. Medir diurese.
250ml/hora) e reduzir a
infusão de insulina pela COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD)
metade (fase de manutenção).  Tratar causa de base (septicemia, politrauma,
Pode-se manter o SG 5% até TCE, grandes cirurgias, pró-coagulação
que o paciente seja capaz de relacionada a câncer, leucemia aguda,
se alimentar. complicação da gravidez, overdose de
 Quando o paciente estiver se anfetamina, aneurisma de aorta abdominal,
alimentando, iniciar insulina reação hemolítica transfusional,
regular SC (0,5 a 0,8 U/kg) e hemoglobinúria paroxística, venenos de
retirar insulina EV apenas 1-2 cobra, queimaduras, púrpura fulmonante,
horas depois. etc.);
 Após estabilização, controlar  Transfundir concentrado de plaquetas (1
glicemia com Insulina Regular unidade para cada 10 kg de peso) se houver
conforme protocolo: nível de plaquetas abaixo de 50.000/μl
Glicemia (mg/dl) UI de Insulina Regular associado a sangramento ou se o nível das
≤ 150 0 Unidade plaquetas estiver abaixo de 10.000/μl,
de 151 a 200 04 Unidades mesmo na ausência de sangramento;
de 201 a 250 06 Unidades

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 Plasma fresco congelado (1200ml EV –  Hidrocortisona 500mg: 1 ampola + AD 5 a 10


aproximadamente 5 unidades); ml EV lento; ou Decadron®: 1 ampola IM.
 Suporte clínico.  Terbutalina (Terbutil®) ½ ampola SC.
 Nebulização (NBZ) com:
CÓLICAS (DOR TIPO CÓLICA)  SF0,9% 3 a 5 ml. +
 Buscopan® composto (Hioscina +  Fenoterol (Berotec®): para crianças,
Dipirona) 1 ampola (2ml) + AD 10ml EV 1 gota para cada 3kg de peso; para
lento. OBS: Alérgicos à dipirona: adultos, 10 a 20 gotas (evitar em
Buscopan simples (Hioscina) 1 ampola + casos de taquiarritmias). +
AD EV lento.  Brometo de Ipratrópio (Atrovent®):
10 gotas para menores de 1 ano; 20
CÓLICA NEFRÉTICA [N23] / CÁLCULO RENAL OU gotas entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas
UROLITÍASE [N20.9] para maiores de 6 anos e adultos.
 Dipirona 2ml + Plasil® 2ml + Água destilada  Repetir de 20/20 minutos na
10ml EV lento (estudos recomendam evitar a primeira hora, e depois, de hora em
Hioscina); e/ou Voltaren® 75mg – 1 ampola hora, até melhora clínica.
IM (em caso de dúvida diagnóstica com  Última escolha, se não houver melhora:
lombociatalgia).  Aminofilina 1 a 2 ampolas (240 a
 Se necessário, administrar opioides mais 480mg) + 300ml SF 0,9% EV lento (5
potentes: a 10 minutos); e/ou
 Tramadol (Tramal®) 1 ampola + SF  Adrenalina como broncodilatador na
0,9% 100ml EV lento; ou asma grave: 1 ampola + AD 9ml 
 Morfina 1 ampola (1 ml = 10mg) + Fazer 1 a 3 ml cada 20 minutos a 4
AD 9 ml  fazer 3 a 5ml da solução. horas, conforme necessidade.
 Prescrição para alta:
 Tamsulosin (OMNIC®, Secotex®) CRISE CONVULSIVA / CONVULSÕES [R56]
0,4mg/dia, por até 4 semanas. 1. Minuto: Garantir e proteger vias aéreas do
 Se dor: paciente (aspirar secreções, retificar pescoço,
 Tropinal® (Dipirona 300mg etc.), monitorar e garantir acesso venoso.
+ Escopolamina 6,5mcg + 2. Ataque inicial:
Hioscina 104mcg +  Diazepam 1 ampola (10mg) + AD EV 
Homatropina 1mg) VO, até injetar a solução lentamente, até cessar
de 6/6h; ou a crise ou 1 ampola pura por via retal,
 Paco® (Codeína) VO, até caso o acesso venoso não esteja
6/6h. disponível; ou
 Encaminhamento ao urologista:  Fenobarbital (Gardenal®) 1 ampola
 Cálculo < 5mm: conduta expectante. (200mg/ml) IM; ou
 Cálculo de 6 mm: expectante por até  Midazolam 15mg IM.
48h. 3. “Hidantalizar” o paciente: Fenitoína
 Cálculo > 7 mm: intervenção (Hidantal®) 250mg/5ml: fazer 4 a 5 ampolas +
urológica. 250ml de SF 0,9% EV em 30 minutos (200
gotas/min).
COMA ALCOÓLICO [F10.0] 4. Manutenção: Hidantal® 3ml + AD EV, 8/8h. Se
 SG 5% 500ml + Glicose 50% 6 ampolas; repetir a crise, pode-se repetir o Diazepam.
 Complexo B 1 a 2 ampolas EV (evitar sua 5. Se o paciente continuar em crise, considerar
injeção no soro). estado de mal epiléptico e avaliar a
necessidade de sedação (Fentanil 2ml +
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL [K59.0] Midazolam 3ml EV) + intubação orotraqueal.
1. Lançar mão dos seguintes passos em caso de 6. Investigar e tratar causa de base. Realizar
distensão e/ou dor abdominal: manutenção com Midazolam (0,75 a
2. Buscopan® 1 ampola + AD EV; 10mcg/kg/min), se necessário.
3. Cimetidina 1 ampola + AD EV; 7. Prescrição para tratamento ambulatorial:
4. Luftal® 40 a 60 gotas VO;  Fenitoína (Hidantal®) 100mg: tomar 1 a
5. Óleo mineral 30 ml VO; 2 comprimidos VO, 2 a 3x ao dia; ou
6. Fleet enema: 1 unidade via retal.  Fenobarbital (Gardenal®) 100mg: tomar
1 a 2 comprimidos, 1x ao dia.
CRISE ASMÁTICA [J45.9] 8. Encaminhar para o neurologista.

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

inicialmente (ajustar de acordo com


medidas seriadas da pressão).
CRISE HIPERTENSIVA [I10] o Nitroprussiato de sódio (Nipride®):
 De um modo geral, tratar apenas se PAD ≥ 0,25 a 10mg/kg/min EV, em bomba
120 e/ou PAS ≥ 140 em pacientes de infusão com equipo fotossensível
sintomáticos. (tal medicação pode causar
 Captopril 25 e 50mg: 1 comprimido VO ou SL. hipotensão severa). A dose usual é
Repetir após 30min até 100mg. de 3mg/kg/dia. Sugestão de
 Para pacientes que já usam Captopril, prescrição: 1 ampola + SF 0,9%
preferir: 250ml em BIC – iniciar com
o Bloqueadores dos canais de cálcio: 5ml/hora, ajustando de acordo com
Nifedipina (Adalat®) 20mg: 1 a resposta do paciente. Indicações:
comprimido VO (evitar o uso maioria das emergências
sublingual), 12/12h (dose máxima: hipertensivas.
40mg); ou  Em caso de agitação psicomotora ou
o Diuréticos (drogas de 3ª escolha): ansiedade: Diazepam (Valium®) – ½ a 1
Furosemida (Lasix®): 1 a 2 ampolas comprimido VO ou 1 ampola EV.
EV direto ou com água destilada EV  Para gestantes: optar por Hidralazina (cada
lento (dose máxima: 60mg). Pode-se ampola tem 20mg/ml; então, adiciona-se 9
repetir de 30 em 30 minutos. Seu ml de AD e faz-se 2,5ml EV, podendo-se
uso prolongado pode causar repetir 3 a 4 vezes, em intervalos de 20 a 30
hipopotassemia (se possível, associar minutos).
um diurético poupador de potássio,
como a Espironolactona). OBS: CORPO ESTRANHO NO OLHO / QUEIMADURA OCULAR
Devido ao fato de induzir  Se visível, lavar com água limpa (evitar soro
hipopotassemia, devemos evitar a fisiológico);
Furosemida em casos de arritmias  Utilizar Epitezan® (Retinol + Aminoácidos +
cardíacas. Metionina + Cloranfenicol): aplicar na
 Em caso de taquicardias, optar por pálpebra inferior (tracionar a pálpebra
Propranolol 40mg: 1 comprimido VO. OBS: inferior e aplicar a pomada na região interna
Evitar Furosemida nestes casos. da pálpebra, fechando o olho logo em
 Em última instância, adotar: seguida para espalhar o conteúdo), e manter
o Dinitrato de isossorbida (Isordil®) o olho fechado com gaze ou tampão, por 24h
5mg SL, sobretudo em casos de ou até avaliação do especialista;
síndrome coronariana aguda; ou  Encaminhamento ao Oftalmologista.
o Minoxidil 10mg VO (evitar na fase
aguda o IAM; seu uso deve ser D
associado a um diurético e a um
betabloqueador); ou DESIDRATAÇÃO
o Hidralazina 10-20mg EV, 6/6. Em caso de desidratação na vigência da febre (ou
Indicações: eclampsia. devido à infecção), optar por realizar hidratação
o Metoprolol 5mg EV (repetir 10/10 venosa em duas etapas.
min, se necessário até 20mg).  1ª Fase - Fase rápida (2 – 4 horas): SF 0,9%
Indicações: insuficiência ou RL: 20 - 30 ml/kg/hora. OBS: Pode fazer
coronariana, dissecação aguda da esta dosagem, repetir 2 a 3x o esquema. Após
aorta (em associação ao a diurese franca, inicia-se a fase de
nitroprussiato de sódio). manutenção.
o Nitroglicerina (Tridil®) 5mg/ml:  2ª Fase - Fase de Manutenção: Regra de
5µg/min; amentar a cada 5-10 Holliday, fazendo uso de Soro Glicosado a 5%:
minutos (se não houver resposta até  Se até 10kg: Peso x 100ml
20 µg/min, aumentar 10 µg/min até  De 10 à 20kg: 1000ml + 50ml para
obter o efeito desejado em cada kg acima de 10kg
intervalos de 3-5 minutos). Dose  Mais que 20Kg: 1500ml + 20ml para
máxima: 200 µg/min. Sugestão de cada kg acima de 20
prescrição: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% Para cada 100 ml de SG 5%, faz-se 1,0 ml
100ml EV em BIC, 5 a 10 ml/hora, destes:
 NaCl 20%;

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 KCl 19,1%;  Florax®: tomar 1 flaconete VO,


 Gluconato de Ca 10%. 12/12h, por 5 dias.
Administrar o volume total dividindo o soro  Floratil®: tomar 1 comprimido VO,
em fases de até 500ml, a cada 12 horas. 12/12h, por 5 dias.
 Proliv®: tomar 1 comprimido VO,
Exemplo: Peso= 8kg 12/12h, por 5 dias.
SG 5%________ 400ml
Nacl 20%______ 4ml Correr em 12h  Antibioticoterapia: os critérios de uso de
KCl 19.1%______ 4ml antibioticoterapia empírica para diarreia são:
Gluc. Ca 10%___ 4ml Mais de 7 dias de doença; Mais de 8
evacuações por dia; Temperatura axilar >
o
DESNUTRIÇÃO 38,5 C; Presença de sangue, muco ou pus nas
 Soro fisiológico 0,9% 1000ml ou Soro fezes (disenteria); Pacientes
Glicosado 5% (em caso de hipoglicemia) imunodeprimidos: idosos, alcoolistas,
1000ml EV; portadores de neoplasias, etc.
 Glicose 50%: fazer 3 ampolas em cada fase do Optar por um dos seguintes antibióticos:
soro;  Ciprofloxacina 500mg VO, 12/12h,
 Complexo B: 3 ampolas; durante 3 a 5 dias.
 Plasil® 1 ampola + AD EV;  Norfloxacina 400mg VO, 12/12h, por
 Cimetidina/Ranitidina 1 ampola + AD EV. 3 a 5 dias.
 Cefalexina 500mg VO, 6/6h
DIARREIA AGUDA [A09 OU K59.1] (alternativa para gestantes).
 Tratamento na urgência:  Sulfametoxazol 400mg +
1. SF 0,9% ou Soro Ringer Lactato - 1000ml; Trimetropina 80mg VO, 12/12h, por
2. KCl 19,1%: 1 ampola no soro + NaCl 20%: 7 dias.
1 ampola no soro; de 8/8h  Metronidazol 500mg VO, 8/8h, por
3. Plasil® 1 ampola + 10 ml de AD EV ou 10 a 14 dias (se suspeita de
Nausedron® 1 ampola + AD EV; parasitoses intestinais).
4. Luftal® 40 gotas VO;
5. Dipirona 1 ampola + AD EV, a critério; DISPNEIA / FALTA DE AR [F45]
evitar o uso de Buscopan® ou opioides.  Nebulização (NBZ) com:
6. Cimetidina 1 ampolas + AD EV  SF0,9% 3 a 5 ml. +
7. Se disenteria, ataque com:  Fenoterol (Berotec®): para crianças,
o Gentamicina 80mg: 1 a 3 1 gota para cada 3kg de peso; para
ampolas + AD EV; e adultos, 10 a 20 gotas. +
o Metronidazol 500mg: 1 bolsa  Brometo de Ipratrópio (Atrovent®):
EV. 10 gotas para menores de 1 ano; 20
gotas entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas
 Tratamento ambulatorial após alta: para maiores de 6 anos e adultos.
o Soro de reidratação oral (SRO) – 3  Repetir de 20/20 minutos.
envelopes: misturar o conteúdo de cada
envelope com 1 litro de água previamente DISPEPSIA [K30]
fervida e oferecer várias vezes ao dia, via  Dimeticona (Luftal®) 1 gota/kg de peso
oral, por 3 dias. (máximo de 40 gotas) VO
o Loperamida 2mg: 2 comprimidos de dose  Omeprazol: 01 ampola + AD EV
inicial, seguidas de 2mg a cada evacuação  Cimetidina: 01 ampola + AD 10ml EV
líquida, não ultrapassando 16mg/dia.  Se dor: Buscopan composto – 01 ampola IV +
Contraindicações: evacuações com SF 0,9% 100ml
sangue, diarreias infecciosas invasivas ou
inflamatórias, colite pseudomembranosa. DISCALEMIAS
o Agentes probióticos: adjuvantes em  Hipocalemias: para cada 1 mEq/L, estima-se
diarreias funcionais, com a função de um déficit corporal total de 150 a 400 mEq/L.
restaurar a flora bacteriana intestinal. A principal via de reposição de potássio é a
Podem ser utilizados ainda no caso de oral, utilizando-se as preparações descritas a
diarreias persistentes após o uso de seguir. A via endovenosa fica restrita para
+
antibióticos. casos mais graves (K sérico < 3 mEq/L).
o Apresentações:

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 KCl xarope a 6%: renal, etc.). Pode-se lançar mão de diuréticos


12mEq/15ml. tiazídicos (Hidroclorotiazida) para induzir a
 KCl comprimidos (Slow-K®): eliminação de sódio e água.
1 comprimido = 6 mEq.  Hiponatremias hipotônicas hipovolêmicas:
 Ampola de KCl 19,1% reposição de sódio e corrigir outros distúrbios
(10ml): 2,5mEq/ml. associados (corrigir diarreias, vômitos,
o Concentração máxima de potássio pancreatite aguda grave, grandes queimados,
em veia periférica: 40mEq/L. etc.).
o Concentração máxima em veia  Hiponatremias hipotônicas assintomáticas:
central: 60mEq/L. corrigir cerca de 0,5mEq/L/hora lançando
o Velocidade ideal para reposição de mão das seguintes medidas, a depender da
potássio: 5 a 10mEq/hora (máximo causa:
de 20 a 30mEq/hora). o Hipervolemia: Restrição hídrica (<
800ml/dia); Furosemida 1 a 2
 Hipercalemias: ampolas EV, 12/12h (para eliminar
o Tratar a causa de base água livre, sem perder sódio).
(hiperglicemias, acidoses, drogas o Síndrome da secreção inapropriada
como beta-bloqueadores, etc.). de ADH (SIADH): Soro fisiológico
o Cardioproteção: Gluconato de Cálcio 0,9% 500 a 1000ml + Furosemida 1 a
a 10%, 20 ml EV, sempre na 2 ampolas EV (para eliminar água
presença de alterações livre com pouca perda de
eletrocardiográficas relacionadas à eletrólitos).
hipercalemia.  Hiponatremias hipotônicas assintomáticas:
o Medidas de shift celular (tirar geralmente quando Na < 120mEq/L
potássio do meio extra para o o Aumentar Na em 1 mEq/L/hora nas
intracelular): 3 primeiras horas; após isso,
 Solução despolarizante – aumentar 0,5 mEq/L/hora até
Glicoinsulinoterapia: SG 5% completar 24 horas (máximo de 12
250ml EV + Insulina Regular mEq/L em 24 horas).
25 UI: desprezar os o Utilizar solução salina hipertônica
primeiros 50ml da solução 3% (513mEq de Na/L). Pode-se
pelo equipo (para evitar associar Furosemida (0,5 a 1mg/kg
impregnação do soluto) e EV) em caso de SIADH. Utilizar a
iniciar, logo depois, a seguinte fórmula para calcular a
infusão de 0,1 UI/kg/hora; variação de mEq de sódio
fazer HGT e gasometria plasmático para cada litro de salina
arterial de 1/1 hora. hipertônica infundida. Faz-se então
 Bicarbonato de sódio: uma regra de três simples para
1ml/kg em bolus (somente determinar a quantidade necessária
se houver diurese). de salina hipertônica para aumentar
 β2-Agonistas: inalação com o sódio plasmático na proporção
SF 3ml + Fenoterol segura.
(Berotec®) 10 gotas.
o Medidas de expoliação:
 Diuréticos de alça: SF 500ml
+ Furosemida 1 a 2 ampolas
EV.
 Resinas de trocas iônicas,
como o Sorcal®, por via oral
ou retal.
 Hemodiálise: medida mais
eficaz e restrita para casos
graves.
 Hipernatremias:
DISNATREMIAS o Doente hipovolêmico: corrigir a
causa de base e ofertar soro
 Hiponatremias não-hipotônicas: correção da
fisiológico, até conseguir
causa de base (hiperglicemia, insuficiência

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

estabilização hemodinâmica
(pressão arterial e pulso adequados). DOR TORÁCICA / PRECORDIAL (PROTOCOLO)
o Após estabilização, deve-se trocar a 1. AAS 100mg: 2 a 3 comprimidos VO
reposição volêmica para soro (mastigar e engolir);
hipotônico ou salina hipotônica (SF 2. Clopidogrel 300mg (4 cp de 75mg) VO;
0,45%, com 77mEq/L, produzido a 3. Ticagrelol 180mg VO;
partir da mistura de soro fisiológico 4. Clexane 1mg/kg SC;
e soro βsado, meio a meio). 5. Atenolol 50mg VO ou Propranolol 40mg
o Taxa máxima de redução de sódio VO;
para evitar edema cerebral: máximo 6. Captopril 50mg VO (se PA elevada);
de 0,5 a 1 mEq/L por hora ou 12 mEq 7. Proteção gástrica:
em 24 horas. o Omeprazol 40mg: 1 ampola + AD EV;
o Deve-se sempre calcular a variação e/ou
estimada do sódio com 1 litro de o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV.
qualquer solução a ser infundida da 8. Considerar (se descartados hipotensão,
mesma forma que para as IAM de VD ou de parede inferior):
hiponatremias. O valor encontrado, o Isordil® 5mg SL a cada 5 minutos (por
obviamente, será negativo; no máximo 3 vezes);
entretanto, trata-se de uma fórmula o Morfina 1 ampola + SF 0,9% 100ml,
modular, e que determina a se necessário.
quantidade de mEq de sódio a ser 9. Insulina regular (se glicemia elevada);
reduzida no plasma do paciente. Faz- 10. Monitoração, oximetria e O2 inalatório 3
se então uma regra de três simples litros/minuto.
para determinar a quantidade
necessária de salina hipotônica para DPOC DESCOMPENSADO [J44.9]
diminuir o sódio plasmático na 1. NBZ com 5,0ml de SF 0,9% + Berotec® 10
proporção segura. gotas + Atrovent® 20 a 40 gotas;
2. Hidrocortisona 500mg: 1 ampola + AD
DISTÚRBIO NEUROVEGETATIVO (DNV) / CRISE NERVOSA [F41] 10ml EV lento;
 Diazepam (Valium®) 10mg: VO ou 1 ampola 3. Aminofilina: 1 ampola diluída em 300ml
IM (via com pouco respaldo na literatura). de SF 0,9% EV lento.
4. Tratamento ambulatorial ou internação
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) em enfermaria clínica para
 Buscopan®: 01 ampola + SF 0,9% 100ml EV antibioticoterapia e controle clínico.
 Voltaren®: 01 ampola IM

DOR ABDOMINAL [R10] E


 Buscopan® composto (Hioscina+Dipirona) 01
amp + 100ml SF 0,9% EV EDEMA AGUDO DE PULMÃO [J81]
OBS: Alérgicos à dipirona: Buscopan 1. O2 3 litros/min por cateter nasal;
simples (Hioscina) 1 amp + AD EV lento. 2. Oximetria de pulso (entubar em caso de
 Cimetidina 01 amp + AD 10ml EV saturação < 88% persistente);
 Dimeticona (Luftal®) 1 gota/kg de peso 3. Decúbito elevado e pernas suspensas;
(máximo de 40 hotas) VO 4. Terapia anti-hipertensiva e anti-anginosa:
o Nitrato de isossorbida (Isordil®): 1 cp
DOR ABDOMINAL HIPOGÁSTRICA A ESCLARECER de 5mg SL, bem indicado nos
 Buscopan composto® (Hioscina+Dipirona) 01 pacientes com EAP de origem
amp + AD EV em 5 min cardiogênica, pois reduz a pré-carga
OBS: Alérgicos à dipirona: Buscopan simples (contraindicação: hipotensão e/ou
(Hioscina) 1 amp + AD EV lento. suspeita de infarto de ventrículo
 Voltaren®® (Diclofenaco de sódio) 1 amp IM direito);
 SF 0,9% 500ml EV. o Se deglutição prejudicada ou PA
refratária: Nitroprussiato de sódio
DOR OSTEOARTICULAR 50mg/2ml (1 ampola) + SG 5%
 Voltaren® (Diclofenaco de sódio) 1 ampola 248ml: EV em BIC (iniciar a
IM; ou 10ml/hora e, a seguir, ACM). Se o
 Decadron® (Dexametasona) 1 ampola IM. paciente for coronariano ou a
provável etiologia do EAP for
11
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

isquêmica, substituir por o Cetoconazol pomada (em caso de


Nitroglicerina (Tridil®) 50mg/10ml + micose interdigital)
SG 5% 240ml: EV em BIC (iniciar a
10ml/hora e, a seguir, ACM). TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) [J26.9]
5. Furosemida (Lasix®) 2 a 4 ampolas (20mg) +  Suporte respiratório e vaga em UTI;
AD EV (direto) ou no Soro Glicosado/Ringer  Oxigenioterapia 2 – 4 litros/minuto;
500ml lento (dose máxima: 80 – 120mg);  AINEs e Analgésicos: se dor.
6. Hidrocortisona 500mg: 01 ampola + AD EV; o Dipirona 1 ampola AD/EV;
7. Morfina 1 ampola (10mg/ml) + AD 9 ml  o Tramal (Tilatyl®) 1 frasco AD/EV ou
fazer 3 a 5ml da solução, de 10/10min, se aplicado no soro de 100ml (correr
necessário. Evitar em casos de asma em 2 horas);
brônquica, doença pulmonar obstrutiva o Morfina: 1 ampola + 9 ml AD – fazer
crônica, hipoventilação, hipotensão ou 3ml da solução se pontuação maior
suspeita de infarto de ventrículo direito. que 7 na escala de dor.
8. Digitálico: Deslanosídeo (Cedilanide®) ½ a 2  Heparina não-fracionada em dose plena
ampolas + AD EV, 12/12h: medicação com (5.000 UI EV, em bolus) + 1000 UI EV/hora
efeito inotrópico positivo e cronotrópico em BIC; fazer TTPa de 6/6h; ou Heparina de
negativo útil para casos de taquicardia baixo peso molecular (Enoxaparina -
associada ao EAP (contraindicações: Clexane®) 1 a 1,5mg/kg SC, 1x/dia;
bloqueios AV e bradicardia sinusal);  Após INR entre 2 e 3, iniciar Warfarin
9. Terbutalina (Terbutil®) 0,5mg/ml: ½ a 1 (Marevan®) 5mg/dia VO, por 6 meses.
ampola SC, até 4x ao dia;
10. Aminofilina: 1 ampola diluída em 300ml de SF TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) [I82.9]
EV lento;  Suspeitar em caso de edema assimétrico de
11. Pacientes com dispneia intensa: NBZ com 5- membro inferior, dor desproporcional ao
10ml de SF 0.9% + Fenoterol (Berotec®) 5-10 exame físico, dor súbita e intensa. Fazer
gotas + Brometo de Ipratrópio (Atrovent®) diagnóstico diferencial com ruptura muscular
30-40 gotas. (síndrome da pedrada).
12. Para pacientes com EAP associado a  Internação, repouso e membro elevado;
hipotensão arterial grave ou choque,  Compressa quente no local;
considerar uma provável e grave disfunção  Hidratação venosa: SRL ou SF 0,9% 1500ml
cardíaca: Dopamina (50mg/10ml) 5 ampolas + para 24h.
SF ou SG 200ml (concentração: 1mg =
 Analgesia:
1000µg/1ml = 20 gotas ou seja: 50µg/gota):
o Dipirona 1 ampola AD/EV;
fazer 10µg/kg/min (gotejamento: 0,2 gotas x
o Tramadol (Tramal®) 100mg/2ml + SF
peso/min).
98ml EV lento, de 8/8h a 6/6h, se
dor não ceder com analgésicos
OBS: Em pacientes dialíticos, realizar as medidas
comuns;
citadas anteriormente tentando restringir líquidos e
o Morfina: 1 ampola + 9 ml AD – fazer
infusões ao máximo. Encaminhar a serviços de diálise
3ml da solução se pontuação maior
de emergência.
que 7 na escala de dor.
 Solicitar Doppler venoso de membro inferior:
ERISIPELA [A46]
o Se negativo: investigar outras
 Dipirona 2ml + AD 10ml EV
causas.
 Leve: o Se positivo: heparina em dose plena
o Penicilina V: 250 - 500mg VO de 6/6h por 5 a 7 dias:
por 10 dias.  Heparina não-fracionada
 Grave: (Liquemine®) em dose
o Penicilina G Cristalina: 600.000 - plena (5.000 UI EV, em
2.000.000UI IV 4x ao dia por 10 dias. bolus) + 15 a 25 UI/kg/h
o Penicilina G Procaína: 400.000UI IM (1000 UI EV/hora) em BIC;
2x ao dia por 10 dias. ou
 Tratamento domiciliar:  Heparina de baixo peso
o Cefalexina: 500mg VO de 6/6h por 7 molecular (Enoxaparina -
dias; ou Cefaclor 500mg VO 2x ao Clexane®) 1 a 1,5mg/kg SC,
dia. 1x/dia.

12
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

OBS: Medir TTPa de 6/6h (é o Fenergan® 1 ampola + AD EV;


indispensável manter seu valor a 1,5- o Plasil® 1 ampola + AD EV.
2x o valor normal médio –  Forma leve: Lidocaina 2% sem vasoconstrictor
geralmente de 50-80s). (aplicar no local).
o A partir do 5º ou 7º dia de  Forma Moderada:
tratamento, solicitar coagulograma e o Dipirona 10mg/kg EV;
INR e iniciar Varfarina (Marevan®, o Lidocaina 2% aplicar no local + Soro
Warfarin®) 5mg: 1 comprimido VO, Antiescorpiônico 2 amp IV.
1x ao dia. Manter, por 6 meses,  Forma Grave: Soro Antiescorpiônico 4 – 6amp
ajustando de acordo com o INR: IV.
 INR entre 2 e 3: suspender
heparina;
 INR < 2: aumentar em 50% F
a dose da Varfarina (7,5mg
VO ao dia). FARINGITE VIRAL [J00] / GRIPE [J11.8]
 INR > 3: diminuir a dose da  Na urgência:
Varfarina pela metade.  Dipirona: 1 amp + AD EV lento ou
 Em caso de tromboembolismo pulmonar, Paracetamol 1 amp + AD EV.
promover suporte ventilatório e garantir vaga  Soro fisiológico 0,9% 500ml + Complexo
em UTI. B 1 ampola EV (ou no soro, para “efeito
 Solicitar avaliação do cirurgião vascular. psicológico”).

OBS: Como opção mais vantajosa (pois exclui a  Tratamento ambulatorial:


necessidade do uso da heparina, da varfarina e do  Dipirona 500mg: tomar 2
controle do INR), porém de alto custo, pode-se optar comprimidos (1g), VO, de 8/8h a
pelo uso do Rivaroxaban (Xarelto®): 6/6h, por 3 a 5 dias; ou 40 gotas (ou
 15mg VO, 12/12h, por 21 dias; mais) V.O. de 8/8h; Crianças: 1
 Depois, 20mg VO, 1x ao dia. gota/kg de peso corporal, V.O., de
8/8h.
 Paracetamol 750mg + Cafeína
EPISTAXE [R04.0] (Tylex®): 01 comprimido V.O. de
 Sangramento anterior: 8/8h a 6/6h.
o Fazer compressão bidigital nas
narinas por 5 a 10 minutos,  Se apresentar tosse importante:
inclinando a cabeça para frente.  Dexclorfeniramina (Polaramine®):
o Colocar uma compressa no local Comprimido 2 – 6mg: tomar 1 cp V.O., 1
embebida com vasoconstrictor – 4x ao dia; Xarope 2mg/5ml: tomar
(cloridrato de oximetazolina ou 10ml V.O., 1 – 2x ao dia.
fenilefrina)  Loratadina (Claritin®): 10mg V.O., 1x/dia;
o Anestésico local (Xilocaína 1%). Xarope 5mg/5ml: tomar 10ml V.O., 1x ao
o Succinato de estriol (hemostático de dia (à noite).
rápido início de ação): 01 ampola EV
de 12/12 horas. FIBRILAÇÃO ATRIAL [I48]
o Vitamina K (Kanakion®): 1 ampola
(10mg) IM ou + SF 100ml EV lento
(em 30 a 60 minutos), 12/12h, se
necessário.

 Sangramento posterior: tamponamento


posterior usando sonda Foley, introduzindo
pela narina até a faringe, insuflar o cuff com
10 ml de soro ou 20cc de ar e tracionar para
obstruir as coanas.

ESCORPIONISMO / PICADA DE ESCORPIÃO [X22]


 Regra geral:
o Soro Fisiológico 0,9% 1000ml EV;

13
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

240mg/dia (3 tomadas –
8/8h).
 Metoprolol: 2,5 - 5mg EV
(Seloken®) em 2 minutos
(início de ação: 5 min); pode
repetir a dose após 2min,
até 3 vezes; Manutenção
VO (Selozok®): 50-
200mg/dia (2 tomadas –
12/12h).

o Controle do ritmo: para pacientes


sintomáticos e/ou refratários às
medida de controle da frequência.
- FA < 48h de duração (paciente
queixando-se de palpitação de
aparecimento recente, sem quadros
semelhantes anteriores) nos
pacientes sem risco alto:
Heparinização plena (Enoxaparina -
 Fibrilação com sinais de instabilidade Clexane® 1mg/kg/dia, SC) por 6 a 12
hemodinâmica (alteração do nível de horas, seguida da reversão elétrica
consciência, creptos pulmonares, dor (cardioversão) ou farmacológica
torácica e/ou hipotensão com sinais de (Amiodarona, principalmente); não é
choque), independente da duração da FA e necessário fazer ecocardiograma
aos refratários ao uso de antiarrítmicos: transesofágico.
realizar cardioversão elétrica, podendo-se
iniciar com onda monofásica de 100 a 200J ou Prescrição proposta: Cardioversão
onda bifásica de 120 a 200J; elevações de com Amiodarona:
100J na energia são adicionadas aos choques 1. Monitorização cardíaca e
subsequentes até a reversão da arritmia e/ou oximetria de pulso;
carga de 360J em onda monofásica ou 200J 2. Amiodarona 150mg/3ml: 1
em onda bifásica. ampola + SF 0,9% 100ml EV em 10
 Fibrilação sem sinais de instabilidade minutos (100ml/hora em BIC ou 200
hemodinâmica: considerar a real gotas/min); Depois, Amiodarona
possibilidade de eventos embólicos arteriais, 150mg/3ml: 2 a 2 ampolas e meia +
comum devido à formação de trombos atriais SF 0,9% 250ml EV em 6 horas (42
neste tipo de arritmia. É necessário avaliar, ml/hora em BIC ou 14 gotas/min);
então, a cronicidade da arritmia e o risco de Por fim, Amiodarona 150mg/3ml: 3 a
embolia arterial: 3 ampolas e meia + SF 0,9% 500ml
o Controle da frequência: primeira EV em 18 horas (28 ml/hora em BIC
opção na prática, sobretudo para ou 9 a 10 gotas/min).
pacientes mais idosos e pouco Prescrição alternativa e mais prática:
sintomáticos. Promover também Amiodarona 150mg/3ml: 2 ampolas
anticoagulação de acordo com sua + SF 0,9% 200 a 250ml para 1 a 2
categoria de risco. horas; se não reverter, repetir de
 Deslanosídeo (Cedilanide®): 2/2h, até dose máxima de 900mg; se
½ a 2 ampolas EV lento, não reverter, encaminhar para
12/12h (a posologia deve serviço de cardiologia para estudo
ser reduzida na insuficiência eletrofisiológico; Manutenção:
coronariana, hepática e em Amiodarona: 4 ampolas + SF 0,9%
idosos). 500ml para 23 horas.
 Propranolol: ataque: 1mg 3. Internação ou alta: Amiodarona
EV lento (início de ação: 5 200mg: 1 a 2 comprimidos VO,
min); pode repetir a dose 24/24h, por cinco dias seguidos, com
de 5/5min até máximo de pausa de dois dias.
5mg; Manutenção VO: 80- 4. Considerar Síndrome Coronariana

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

Aguda e tratar (AAS, Clopidogrel,


etc.; solicitar: CK-MB Massa, CPK,
Troponina). FERIDA POR PÉRFURO-CORTANTE
+
5. Solicitar eletrólitos (sobretudo Na  Realizar analgesia e sutura: Colocação das
+
e K ); se necessário, repor potássio luvas estéreis, máscara e gorro  Lavagem
(de forma empírica, fazer SF 0,9% da ferida com soro fisiológico com ajuda do
500ml + KCl 19% 2 ampolas no soro, auxiliar  Antissepsia da lesão com solução
correr em 6 horas). antisséptica  Colocação do campo cirúrgico
próprio para síntese  Anestesia da lesão
- FA > 48h (ou de duração com lidocaína 2%  Exploração da ferida e
indeterminada) ou < 48h + Risco alto desbridamento, se necessário; Realização da
(prótese valvar mecânica, estenose sutura; Lavagem + Curativo.
mitral, tromboembolismo prévio –
sistêmico, AVE, AIT): proceder com  Analgesia no pronto atendimento:
ecocardiograma transesofágico.  Dipirona 1 ampola IM; ou
 Se eco-transesofágico  Voltaren® 1 ampola IM.
positivo ou indisponível:
proceder à anticoagulação  Analgesia ambulatorial:
ou antiagregação (a  Dipirona 500mg VO, de 6/6h, por 5
depender de fatores de dias; ou
riscos) e ao controle da  Diclofenaco de sódio/potássio
frequência cardíaca; após 3 100mg VO, de 8/8h, por 5 dias.
a 4 semanas com INR entre
2 e 3, proceder à  Profilaxia para tétano:
cardioversão e manter a o Vacinado: 3 doses de VAT nos últimos 10
anticoagulação por mais 3 a anos; ou esquema de vacinação
4 semanas. completa na infância e com reforço nos
 Se eco-transesofágico últimos 10 anos.
negativo para trombo atrial: Conduta: Para os que têm histórico de
pode-se iniciar com VAT nos últimos 5 anos  não se faz
heparinização plena nada, apenas observa; Para os que têm
(Enoxaparina - Clexane® histórico de VAT há mais de 5 anos (e
1mg/kg/dia, SC) por 12h menos de 10 anos)  reforço da vacina
apenas, proceder com (VAT 1amp IM).
cardioversão elétrica e o Não vacinado: 3 doses de VAT há mais
manter anticoagulação ou de 10 anos; ou 1 ou 2 doses nos últimos
antiagregação por 3 a 4 10 anos*; ou Esquema de vacinação
semanas. completa na infância, mas não tomou
reforço nos últimos 10 anos; ou Não
Classificação de risco da indicada pela Diretriz lembra ou não sabe; ou Não tomou a
Brasileira de FA para decisão de anticoagulação ou vacina.
antiagregação Conduta:
Categorias de risco Terapias recomendadas Soro antitetânico (SAT) + 3 doses de VAT
Sem fatores de risco AAS 81 a 325mg
1 fator de risco moderado AAS 81 a 325mg ou -SF 0,9% - 500ml Não são necessárias
Varfarina (INR 2 a 3) -SAT – 1amp as 3 doses para os
Qualquer fator de risco Varfarina (INR 2 a 3) (5000UI) IM pacientes que se
elevado ou mais de 1 - Observar por 2 enquadram nos
fator de risco moderado horas casos marcado com
Fatores de risco asterisco (*).
Fracos: Moderados: Elevados:
- Sexo feminino; - Idade > 75 - AVCi ou AIT; Risco Mínimo Alto Risco
- Idade: 65 a 74 anos; - Embolia prévia; História IgHAT IgHAT
anos; - HAS; - Estenose mitral; vacinal Vacina* ou Vacina* ou
- Doença - IC; - Prótese valvar. SAT** SAT**
coronariana; - FE < 35%; Incerta ou <
SIM NÃO SIM SIM
- Tireotoxicose. - Diabetes. 3 doses

15
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

3 ou mais  Agentes hiperosmóticos: Manitol 20%, EV –


doses 2g/kg ou em 250 ml de SF 0,9% na velocidade
(última há NÃO NÃO NÃO NÃO de 80 gotas/min.
menos de 5  Dipirona 2ml + 4ml AD EV lento.
anos)  Encaminhamento ao Oftalmologista.
3 ou mais
doses
(última há H
NÃO NÃO SIM NÃO
mais de 5 e
menos de HEMORRAGIA DIGESTIVA
10 anos) 1. Dieta zero até segunda ordem;
3 ou mais 2. Soro Ringer Lactato: 1000ml EV;
doses 3. Omeprazol 40mg/10ml: 2 ampolas (80mg) EV
(última há SIM NÃO SIM SIM direto ou com SF 0,9% 100ml EV lento;
mais de 10 4. Ranitidina 50mg/2ml: 2 ampolas (100mg) +
anos) AD EV;
Risco mínimo: ferimento limpo e superficial. 5. Nausedron®: 1 ampola + AD EV;
Alto risco: ferimentos contaminados, resultantes de 6. Transamin (Hemoblock®): 1 ampola + AD
projéteis, esmagamento, queimaduras, etc. 20ml EV;
Outras condutas para o ferimento: limpeza, 7. Vitamina K (Kanakion®): 1 ampola (10mg) IM
desinfecção e desbridamento (quando houver ou + SF 100ml EV lento (em 30 a 60 minutos),
indicação) 12/12h, se necessário.
*para crianças menores de 7 anos: DTP ou tetra (DTP + 8. Anti-hemorrágico (hemostático;
HIB) ou DT; maiores de 7 anos: dT ou TT; angioprotetor): Etansilato (Dicinone®): 1 a 2
**Soro antitetânico (SAT): 5.000 UI, IM; IgHAT: 250 UI, ampolas EV de 6/6h;
IM. 9. Solicitar hematócrito de urgência e tipagem
sanguínea;
FRATURAS EXPOSTAS 10. Fazer Concentrado de Hemácias (300ml/2U
 Imobilizar e proteger a solução de EV lento) para manter hematócrito > 25%
continuidade com gazes estéreis; (em doenças pulmonares, manter
 Lavar abundantemente a lesão com soro; hematócrito > 30%);
 Voltaren®: 1 ampola IM; 11. Em caso de coagulopatia, fazer Plasma Fresco
 Antibioticoterapia de amplo espectro: Congelado, 4 unidades.
Ceftriaxona 2g + AD EV;
 Referenciar ou orientar para profilaxia contra HIPOGLICEMIA AGUDA [E16.2]
o tétano;  Soro Glicosado 5% 500ml + Glicose 50% 6
 Encaminhar para serviço de tratamento ampolas EV, de 1/1h, se necessário, até obter
definitivo. discreta hiperglicemia (em torno de
200mg/dl).
 Complexo B: 1 a 2 ampolas + AD EV (evitar
G fazer no soro).
 Realizar HGT 1/1h.
GASTRITE AGUDA [K29.7]  Na ausência da possibilidade de obter acesso
 Buscopan® composto: 1 ampola + AD EV venoso, pode-se tentar oferecer alimentos ou
lento; bebidas açucaradas por via oral, se o paciente
 Omeprazol: 1 ampola + AD EV; estiver alerta. Na presença de rebaixamento
 Ranitidina ou Cimetidina: 01 ampola + AD do nível de consciência, pode-se fazer
10ml EV lento; Glucagon 1-2mg IM, SC ou EV.
 Hidróxido de alumínio: 15 ml VO;  Se o paciente evoluir com ataxia, nistagmo,
 SF 0,9% 250ml + Plasil 01 ampola EV. diplopia e/ou amnésia, considerar
encefalopatia de Wernicke-Korsakoff. Tratar
GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO [H40.0 / H40.2] com:
 Acetazolamida (Diamox®): tomar 2  Soro Glicosado 5% 500ml + Glicose
comprimidos na emergência, e depois tomar 50% 4 a 6 ampolas EV, de 1/1h, se
1 comprimido VO, de 6/6h. necessário.

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Tiamina 100mg IM ou EV, de 8/8h; jejum > 300mg/dl ou hemoglobina


ou Complexo B: 3 ampolas + AD EV, glicada > 10%).
de 8/8h;
 Diazepam 10mg: 1 ampola + AD OBS: A Insulina Regular tem ação mais rápida, e deve
10ml  Fazer 3 a 5ml EV, de hora ser a escolha para o pronto-atendimento. A Insulina
em hora, se agitação motora. NPH, por sua vez, tem uma ação intermediária, e pode
ser utilizada para a internação, lançando-se mão do
HIPERGLICEMIA seguinte esquema:
 Se assintomático, orientar e reajustar  Insulina NPH (UI) = 0,5 x Peso corporal
esquema de insulina.  70% da dose total: 2/3 de Insulina
 Se sintomático: NPH e 1/3 de Insulina Regular 
 Soro fisiológico ou ringer lactato 1000 a fazer antes do café (ou se preferir:
1500ml EV em 1 hora; apenas Insulina NPH, 70% da dose
 Na 2ª ou 3ª fase do soro, administrar total calculada antes do café);
Insulina Regular – 10 UI em bolus EV, IM  30% da dose total: metade de
ou SC; Insulina NPH e metade de Insulina
 HGT 1/1h; Regular  fazer antes do jantar (ou
 Manter controle com Insulina Regular se preferir: apenas Insulina NPH,
baseando-se na tabela abaixo: 30% da dose total calculada antes
do jantar).
Glicemia (mg/dl) UI de Insulina Regular
≤ 150 0 Unidade OBS: Em caso de hipoglicemia, administrar Soro
de 151 a 200 04 Unidades Glicosado 5% 500ml + Glicose 50% 4 a 6 ampolas EV.
de 201 a 250 06 Unidades
de 251 a 300 08 Unidades HERPES ZOSTER / COBREIRO [B02.9]
de 301 a 350 10 Unidades  Dipirona 01 ampola IM ou Voltaren® 01 amp
> 351 12 Unidades IM.
OBS: Este esquema deve ser utilizado apenas para  Tratamento ambulatorial:
pacientes diabéticos ou apenas em casos justificáveis  Antiviral: Aciclovir 400mg: 800mg/dose
para outros pacientes. VO, de 6/6h a 4/4h, por 5 - 7 dias.
 Tratamento da dor:
 Se hiperglicemia persistir, lançar mão do Dexametasona (Decadron®) 1 ampola IM,
seguinte esquema, por 6 horas: dose única ou repetir por 3 dias, aplicando
 Soro fisiológico ou ringer lactato em dias alternados;
1000ml EV em 1 hora; Tylex®: 1 comprimido VO, 8/8h, se a dor
 KCl 19,1%: 1 ampola em cada fase do persistir
soro (se possível, dosar Potássio  Uso externo: água boricada (aplicar nas
sérico e ajustar conforme lesões 3x ao dia).
necessário);
 Insulina regular EV, de 1/1h: HIPOTENSÃO SEVERA / CHOQUE NÃO-ESPECIFICADO [R57.9]
unidades conforme o protocolo; 1. Identificar e tratar causa (hipovolemia,
 Medir HGT de 1/1h e observar: choque, sepse, etc.);
 Se glicemia reduzir menos 2. Prova volumétrica: SF 0,9% 500-1000ml EV
que 70mg/dl em 1 hora, rápido e observar (sondar e avaliar diurese de
aumentar 2 unidades de forma concomitante);
insulina à quantidade feita 3. Se necessário:
anteriormente (e fazer EV);  Etilefrina (Efortil®): 1 ampola (1ml) +
 Se glicemia reduzir mais AD 9ml – fazer 2ml de 30/30
que 100mg/dl em 1 hora, minutos e medir PA; ou
reduzir 2 unidades de  Dobutamina 2 ampolas + 250ml de
insulina à quantidade feita SG 5% (15ml/h em BIC ou
anteriormente (e fazer EV). 15microgotas/min).
 Considerar alta assim que o paciente 4. Se necessário, puncionar acesso venoso
estiver assintomático, reajustando as central (de preferência) e administrar:
doses dos antidiabéticos orais ou  Noradrenalina 8mg/4ml: 4 ampolas
adicionando insulina NPH, a (16ml) + 234ml de soro EV (a
depender das metas (glicemia de noradrenalina causa menos arritmias

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

que a Dopamina) em BIC (iniciar com miocárdica é a causa primária do choque


10ml/hora); e/ou cardiogênico ou em estados de baixo débito
 Dobutamina: 1 ampola (de cardíaco, como miocardite, miocardiopatia e
250mg/20ml) + 230ml SF infarto do miocárdio. Caso a PA esteja
(concentração: 1mg/ml) ou 2 adequada, pode ser combinada com
ampolas (de 250mg/20ml) + 210ml vasodilatador para reduzir a pós-carga. A
SF (concentração: 2mg/ml), 6 a dose de 10 a 15 mcg/kg/minuto é usada nos
25ml/hora em BIC (iniciar com casos em que apesar da reposição volêmica,
10ml/hora). persistem os sinais de hipoperfusão
periférica. O uso de dobutamina em casos de
OBS: Drogas vasopressoras: hipotensão refratária está proscrito.
 Dopamina: geralmente, é usada diluindo-se
uma ampola de 50mg/10ml em 240 ml,
resultando em uma solução de 250 ml. Com
essa diluição, a infusão corre numa I
velocidade correspondente ao peso do
paciente em gotas por minuto (exemplo, 60 INFECÇÃO INTESTINAL / ENTEROINFECÇÃO /
gotas/minuto em um paciente de 60 kg), o GASTROENTEROCOLITE (GECA) [A04.9]
que garante uma infusão de 10  Tratamento na urgência:
microgramas/kg/minuto. A dopamina é útil  SF 0,9% 500 - 1000ml EV (rápido);
no choque em três níveis:  Plasil®: 1 ampola + AD 10ml EV (ou aplicar
o Dose alta (10 a 20 no soro), se vômito.
microgramas/kg/min): Tem efeito  Buscopan® composto: 1 amp + AD 10ml
vasopressor, sustentando a pressão EV, se dor abdominal. OBS: Alérgicos à
arterial nos casos de choque grave dipirona: Buscopan® simples (Hioscina) 1
e descompensado. É alfa-agonista. ampola + AD EV lento.
o Dose intermediária (5 a 10  Se disenteria (sangue ou “catarro” na
microgramas/kg/min): A droga tem fezes), realizar ataque com:
efeitos inotrópicos semelhantes à  Gentamicina 80mg: 1 a 3
dobutamina. Aumenta o débito ampolas + AD EV; e
cardíaco no choque cardiogênico ou  Metronidazol 500mg: 1 bolsa
séptico leve a moderado. É beta e EV.
alfa-agonista.
o Dose baixa (2 a 5  Tratamento ambulatorial: vide Diarreia
microgramas/kg/min): Melhora a Aguda.
perfusão renal e a diurese (efeito
dopaminérgico, com vasodilatação INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA [T51]
esplâncnica e aumento do fluxo  Solicitar HGT;
renal em 50%). Na prática, a função  SG 5% 500ml + Glicose 50% 3-5 ampolas EV;
renal praticamente não melhora  Complexo B: 1 ampola + AD 10ml EV (evitar
com a utilização de dopamina em aplicar no soro);
tal dose e, portanto, não deve ser  Cimetidina 01 ampola + AD 10ml EV
utilizada (sobretudo na sepse).  O2 inalatório 3l/min.
 Noradrenalina: a noradrenalina
(norepinefrina) em infusão contínua deve INTOXICAÇÃO EXÓGENA / OVERDOSE POR DROGAS
ser usada nos casos de choque com  Medidas de suporte:
o
hipotensão persistente, mesmo após uma  Acesso venoso calibroso (jelco n 14).
adequada ressuscitação volumétrica,  SF 0,9% 1000ml para 4 horas (80
sobretudo quando persiste hipotensão (PAM gotas/min) + SG 5% 500ml para 2
< 60 mmHg) mas o débito cardíaco é normal horas (80 gotas/min).
2
(IC acima de 4 a 4,5 L/minuto/m ), não  Sonda nasogástrica + lavagem
requerendo o suporte inotrópico. A infusão gástrica (SF 500ml via SNG: fazer e
entre 0,05 e 1 mcg/kg/min para manter uma esperar o retorno – repetir até
PAM acima de 65 mmHg deve ser realizada. clareamento do conteúdo) e/ou
No choque anafilático, a adrenalina é a carvão ativado (50g via SNG; repetir
droga de escolha. com 25g, após 4 horas da 1ª dose).
 Dobutamina: é indicada quando a disfunção  Complexo B: 1 ampola + AD EV.

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Fenergan®: 1 ampola IM e/ou  Lavagem gástrica mesmo até 12


Decadron® 4mg: 1 ampola + AD EV. horas / Carvão ativado 4/4h;
 Nausedron®: 1 ampola + AD EV.  Alcalinizar a urina (com
 Luftal® 40 gotas VO. bicarbonato de sódio e soro
 Omeprazol: 1 ampola + AD EV Ringer Lactato ou o diurético
(12/12h). acetazolamida): Bicarbonato de
 Cimetidina/Ranitidina: 1 ampola + Sódio a 8,4% (1mEq/ml –
AD EV (8/8h). frascos com 250ml): fazer
 Avaliar: frequência respiratória; 1ml/kg EV, em 24h;
frequência cardíaca; diurese  Atropina (1 ampola = 1ml =
deglutição; simetria pupilar. 0,25mg): 1 a 4mg EV, repetir a
cada 15 a 30 minutos, até
 Lavagem gástrica melhora da sintomatologia.
o Realizar com, no máximo, 1 hora da  Pralidoxina (Contration®, 1
ingestão; Não indicar no caso de ampola=200mg), reativador da
substâncias corrosivas, hidrocarbonetos colinesterase, 25 a 50mg/kg em
ou suspeita de perfuração ou concentração de 5% em infusão
sangramento no TGI. de 5min. Em adultos, fazer 1 a
o Prescrição na urgência: Lavagem gástrica 2g repetido a cada 4 a 6h,
com SF 0,9% 1000ml. durante 24 a 48h.
o Como proceder: o Anticoagulantes / Cumarínicos:
 Sonda nasogástrica de grosso calibre  Solicitar provas de coagulação;
com SF 0,9%, podendo chegar a um  Lavagem gástrica;
volume total de 8 a 10L no adulto,  Plasma fresco EV;
fazendo 250ml por vez.  Vitamina K (Kanakion®, 1
 Colocar o paciente em decúbito ampola = 1ml = 10mg): 10 a
lateral esquerdo, com a cabeça mais 20mg EV (SF 100ml lento) ou
baixa evitando aspirações. IM, repetir a cada 8 a 12 horas,
o Contraindicações: ingestão de ácidos dependendo da clínica.
fortes e sangramento digestivo alto o Anticolinérgicos: Fisostigmina.
significativo. o Antidepressivos tricíclicos: alcalinizar
urina com Bicarbonato de Sódio a 8,4%
 Carvão ativado (1mEq/ml – frascos com 250ml): fazer
o Realizar com, no máximo, 2 – 6 horas após 1ml/kg EV, em 24h.
a ingestão; Não indicar em caso de o Barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental):
ingestão de substâncias corrosivas,  Xarope de Ipeca (indutor de
hidrocarbonetos ou suspeita de vômito) dar 30ml no adulto e
perfuração ou sangramento no TGI, álcool, 10ml na criança.
metanol, cianeto, lítio, flúor, etilenoglicol.  Após isso administrar água, e
o Apresentações: embalagens de 1kg. aguardar vômito em até 15
o Como proceder: minutos;
 Dose recomendada: 1g/kg (dose  Lavagem gástrica / Carvão
total de 25 a 50g em crianças de 1 a ativado;
12 anos; dose total de 50 a 100g em  Flumazenil (10mg/mL – bolus
adolescentes e adultos). em 30s);
 Em adultos fazer 50g (2 colheres de  Alcalinizar urina com
sopa) por dose diluído em 100 a Bicarbonato de Sódio a 8,4%
200ml de água, administrado por via (1mEq/ml – frascos com
oral ou SNG, após esvaziamento 250ml): fazer 1ml/kg EV, em
gástrico. 24h.
 Quando se sabe a quantidade de o Benzodiazepínico (Diazepam,
substância ingerida, pode-se fazer Lorazepam):
10g de carvão/1g da substância.  Xarope de Ipeca (indutor de
vômito) dar 30ml no adulto e
 Procurar antídoto específico e tratamento 10ml na criança.
sintomático.  Após isso administrar água;
o Ácido acetilsalicílico (salicilatos):  Lavagem gástrica / Carvão
ativado;
19
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Antídoto: Flumazenil 0,2mg EV o Organofosforados e carbamatos


em 15seg, repetidos (máximo (agrotóxicos):
1mg).  Carvão ativado na dose de
o Betabloqueadores (Propranolol): 1mg/kg e 50mg em adultos,
Glucagon. repetindo a cada 4 u 6 horas,
o Bloqueadores dos canais de cálcio: durante pelo menos 48h;
Gluconato de cálcio e glucagon.  Droga de escolha: Atropina (1
o Cocaína: ampola = 1ml = 0,25mg) dar 1 a
 Benzodiazepínicos (Diazepam 4mg, EV, repetir a cada 15 a 30
5mg EV de 5/5min ou min, até a melhora do paciente;
Clordiazapóxido 25 a 100mg,  Droga exclusiva para
podendo chegar a 300mg) e/ou intoxicações graves por
Clorpromazina 25 a 100mg, organofosforados: Pralidoxina
podendo chegar a 300 mg. (1 ampola=200mg), reativador
 Em caso de taquicardia da colinesterase, 25 a 50mg/kg
ventricular: Lidocaína 20mg/ml em concentração de 5% em
(bolus de 1mg/kg EV; infusão de 5min.
manutenção: 2-4mg/min EV ou o Paracetamol:
1 ampola + SG 200ml,  Lavagem gástrica;
80ml/hora em BIC). Evitar o uso  Poupador de lesão hepática
de betabloqueadores. (não é antídoto, mas funciona
o Digoxina: Em taquicardias, pode-se usar como tal): N-acetilcisteína
fenitoína, lidocaína ou amiodarona. (Aires®, Fluimucil®) 140mg/kg
Anticorpo antidigoxina: 1-4 frascos diluído em SG 5% em 1 hora.
(crônica) ou 5-15 frascos (aguda). Horas seguintes: N-
o Fenotiazídicos (Prometazina - acetilcisteína 70mg/kg em 4/4h
Fenergan®, Clorpromazina - Amplictil®), (na ausência da medicação,
Butirofenonas (Haloperidol - Hadol®)e pode-se pedir a família para
Metoclopramida (Plasil®): comprar Aires® 600mg na
 Xarope de Ipeca (indutor de forma de envelopes
vômito) dar 30ml no adulto e granulados: fazer 2 envelopes +
10ml na criança; SF 100ml pela SNG).
 Lavagem gástrica / Carvão OBS: Apresentações da N-
ativado; acetilcisteína: envelopes orais
 Corrigir hipotensão com com 100 a 200mg, ampolas
volume; com 10% (3ml = 300mg) e 20%
 Antídoto: Biperideno (2ml = 400ml).
(Akineton®) 2 a 5mg/kg IM ou OBS: Deve ser usada apenas
EV em caso de distonia. para pacientes que ingeriram a
o Hidróxido de sódio (Soda cáustica): dosagem de 150mg/kg de
proceder com endoscopia de urgência; paracetamol.
não realizar lavagem gástrica. o Raticidas cumarínicos:
o Hipoclorito de Sódio (Água sanitária) e  Carvão ativado na dose de
ingestão de planta Comigo-ninguém- 1mg/kg em crianças e 100g em
pode: demulcentes (leite, gelatina adultos;
líquida) e sintomáticos.  Vitamina K, EV, 0,3 a 0,6mg/kg
o Monóxido de Carbono (CO): Intubação e na criança e 10 a 20mg/dose.
ventilação mecânica; Reanimação em Repetir a dose a cada 8 a 12
caso de PCR; Oxigênio a 100% por horas.
máscara.
o Opioides (Morfina, Codeína, Cocaína): INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
 Antídoto: Naloxone (Narcan®) Grupo 1 Boa perfusão periférica; necessita de
fazer 2mg EV, se não houver (seco e ajuste do estado volêmico.
resposta a cada 3 min até o quente) Tratamento: hidratação.
máximo de 10mg; Grupo 2 Boa perfusão periférica e
 Lavagem gástrica/Carvão (úmido e hiperidratação.
ativado. quente) Tratamento: Diuréticos e

20
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

vasodilatadores. (isto é: ½ ampola para pacientes com 50kg,


Grupo 3 Má perfusão periférica; suspensão de 2/3 da ampola para pacientes com 70kg, etc.).
(úmido e betabloqueadores; elevada resistência
frio) vascular periférica. Sugestão para indução e manutenção da
Tratamento: vasodilatadores e sedação durante intubação (para um paciente
inotrópicos. de 60 - 80kg, aproximadamente):
Grupo 4 Má perfusão periférica e desidratação.  Indução:
(seco e frio) Tratamento: Hidratação +  Fentanil (500µg/10ml): 3 a
Vasodilatadores + Inotrópicos. 5ml EV, 3 minutos antes do
procedimento.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL (SEQUÊNCIA RÁPIDA)  Midazolam (Dormonid®
1. Organizar e checar material: laringoscópio e 15mg/3ml) + AD 7ml  fazer
lâminas (testar se sua luz está branca, pois se 5ml EV lento, 1 a 2 minutos
estiver amarela, significa que a pilha está antes do procedimento; caso
fraca), tubo (checar balão), fio guia, o efeito desejado não seja
aspirador, seringa de 20ml com ar, etc. alcançado, pode-se repetir
doses adicionais de 1ml da
diluição a cada minuto.
 Propofol (200mg/20ml): fazer
4ml EV (evitar diluir) após a
primeira ou a segunda dose
2. Posicionamento: apoiar o occipício do de Midazolam, se necessário.
paciente no coxim e hiperestender a cabeça. Se for a opção única como
sedativo, fazer 12 a 16ml EV.
3. Pré-oxigenação: ofertar oxigênio a 100% ao  Manutenção: Midazolam 5 ampolas
paciente, sem realizar ventilação, com (75mg) + Fentanil 2 ampolas (1000µg)
objetivo de estabelecer uma reserva de + SF 0,9% 215ml em BIC 20ml/hora (7
oxigênio. gotas/min), para 12 horas. A infusão
deve ser “tateada” de acordo com a
4. Pré-indução: realizar analgesia com opioide. resposta do paciente.
 Fentanil (ampolas de 10ml com
50µg/ml): fazer 3µg/kg de peso. 6. Bloqueio neuromuscular: fazer só se
Início de ação: 2-3min; duração: 30- necessário.
60min.  Rocurônio (ampolas de 5ml com
10mg/ml): fazer 1mg/kg de peso (1
5. Indução anestésica: promover hipnose. ampola para pacientes com 70kg).
 Etomidato (ampolas de 10ml com Início de ação: 60 segundos;
2mg/ml): fazer 0,3mg/kg de peso. duração: 40-60 minutos. É a droga
Início de ação: 15-45 segundos; de escolha para bloqueio muscular,
duração: 3-12 minutos. inclusive quando houver
Ou contraindicação à succinilcolina.
 Propofol (ampolas de 20ml com  Succinilcolina (diluir 100mg em 10ml
10mg/ml): fazer 1 a 2mg/kg de peso. de água destilada para formar
Início de ação: 15-45 segundos; concentrações de 10mg/ml): fazer 1
duração: 5-10 minutos. – 2mg/kg de peso (de 5 a 7ml EV
Ou para pacientes com 70kg). Início de
 Midazolam (ampolas de 5mg/5ml, ação: 45 segundos; duração: 6-10
15mg/3ml e 50mg/10ml): fazer minutos. Contraindicações: história
0,3mg/kg de peso. Início de ação: 60- familiar de hipertensão maligna,
90 segundos; duração: 15-30 hipercalemia documentada, história
minutos. É o menos indicado dos de miopatia, esclerose múltipla ou
hipnóticos aqui apresentados. esclerose lateral amiotrófica; evitar
no traumatismo raquimedular e
OBS: Como regra geral para os opioides e grandes queimados.
hipnóticos utilizados na sequência rápida de
intubação, pode-se lançar mão da regra de “1 7. Proceder com a intubação orotraqueal
ampola para cada 100kg de peso corporal” propriamente dita, realizando a técnica

21
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

correta e, se necessário, lançar mão da  Volume corrente: 7 a 10ml/kg em


manobra de Sellick (comprimindo a respiração espontânea;
cartilagem cricoide com uma força de 40N,  Frequência respiratória de 16 a
que corresponde a mesma necessária para 20irpm;
causar dor à compressão da glabela).  Nível de consciência capaz de
proteger via aérea;
8. Insuflar o cuff e checar posicionamento do  Abertura ocular preservada (o
tubo (auscultar epigástrio, bases e ápices controle da musculatura orbicular do
pulmonares). olho e levantadora da pálpebra
indica o início da descurarização).
9. Ajustar parâmetros do ventilador: de uma
forma genérica, tem-se:
 Modo de volume-controlado (mais L
utilizado nas urgências). OBS: Ao se
optar pelo modo pressão- LOMBOCIATALGIA [M54.5]
controlado, colocar um Pmax 24-26  Diclofenaco de sódio (Voltaren®): 1 amp IM; e
(ideal de 16 – 20) cmH2O. ou Buscopan® composto: 1 amp + AD EV.
 Volume corrente: 6-8ml/kg de peso  Meperidina (Dolosal®): 1ml + SF 0,9% 100ml
(ideal de 500ml/min, EV em 30min.
aproximadamente).  Tramal®: 1 ampola + SF 0,9% 100ml EV em
 Frequência respiratória: 10 a 16 30min.
irpm.
 FiO2: recomenda-se iniciar com 100% LUXAÇÃO [T14.3]
(valor máximo de concentração de  Utilizar a manobra de redução mais adequada
oxigênio), que posteriormente para a articulação acometida e lançar mão do
deverá ser ajustado de acordo com o uso de analgésicos e relaxantes musculares se
quadro do paciente, reduzindo à necessário.
FiO2 mais segura (10 a 20% a cada 15  Analgesia: Dipirona EV ou Diclofenaco
a 30 minutos), que gira em torno de (Voltaren®) IM; se necessário, associar um
50 a 60%, no intuito de conseguir opioide mais forte: Tramadol (Tramal®) +
uma SatO2 arterial > 90%. 18ml EV lento ou Morfina + 9ml EV lento.
 Fluxo inspiratório de 40-60ml/min  Relaxantes musculares e sedativos: Diazepam
ou manter relação I:E (normal: 1:1,5 EV lento; se necessário, Midazolam 5mg (1 ml
a 1:2, com tempo inspiratório de 0,8 da ampola de 15mg/3ml) EV ou IM.
a 1,2 segundo). Pacientes com DPOC,
recomenda-se relação I:E < 1:3 (isto M
é, 1:4, 1:5, etc.). Em quadros de
hipoxemia grave, pode-se utilizar MENINGITE [G00.9]
esta relação invertida (I:E de 3:1, por  Internar em ala de isolamento;
exemplo).  Medicações de base:
 PEEP: 5 cmH2O ou 5 mbar (iniciando o Ceftriaxona 2g (ou 100mg/kg de
a ventilação com PEEP de 5cmH2O, peso) EV, 12/12h.
recomenda-se aumenta-la o Dexametasona (Decadron®) 2mg/ml:
progressivamente, objetivando 1 a 2 ampolas (ou 0,1mg/kg de peso)
manter uma SpO2 satisfatória EV, 12/12h.
(>90%). A monitorização o Fenitoína (Hidantal®) 250mg/5ml: ½
hemodinâmica é recomendada após a 2 ampolas (ou 20mg/kg de peso)
15cmH2O. Para pacientes com DPOC, via IM ou EV (preferencialmente), de
recomenda-se valores próximos ao 8/8h.
autoPEEP. o Sintomáticos.
 Sensibilidade de disparo: 1cmH2O (o  Referenciar para serviço com neurologista de
consenso recomenda valores de 0,5 plantão para avaliação, coleta e análise do
a 2cmH2O, podendo alcançar até líquor.
10cmH2O em alguns aparelhos).  Profilaxia para contactantes. Indicações:
 Meningite meningocócica e por
10. Extubação: realizar quando o paciente Haemophilus (não se faz
apresentar os seguintes parâmetros:

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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

quimioprofilaxia na pneumonia por


pneumococo);  No uso de drogas, sempre alternar a
 Para todos os contatos familiares e Adrenalina (1 mg + SF 20ml em flush) com as
íntimos: outras drogas (Vasopressina ou Amiodarona).
 Escolas, creches, orfanatos  O importante é utilizar a Adrenalina em ciclos
colegas de sala do paciente, alternados, se realmente necessário.
professores, etc.  Adrenalina 1mg a cada 3 a 5 minutos
 Contactuantes por mais de 4 (utilizar, portanto, em ciclos alternados).
horas, por 5 a 7 dias Considere-a como a única opção em caso
 Profissionais de saúde: que teve de AESP ou assistolia.
risco de ter entrado em contato com  Amiodarona 300mg em bolus na primeira
a gotícula respiratória do paciente dose e 150mg em bolus na segunda dose.
(IOT/Aspiração de VAS sem  Vasopressina 40 UI (pode substituir a
máscara). primeira ou a segunda dose de
Adrenalina).
1ª Escolha  Lidocaína 2% (20mg/ml) pode ser uma
Rifampicina Adultos: 600mg, de 12/12h, opção em caso de FV e TV refratária à
por 2 dias (4 doses). choques e demais drogas.
1 mês a 12 anos:  Atropina 1mg (em desuso).
10mg/kg/dose, de 12/12h  Sempre fazer SF0,9% 20ml em bolus após
(máx.: 600mg), por 2 dias (4 administrar as drogas.
doses).
< 1 mês: 5mg/kg/dose,  Medidas gerais:
12/12h, por 2 dias (4 doses).  Evitar, ao máximo, a interrupção da RCP
Opções por mais de 10 segundos entre os ciclos;
Ciprofloxacina 500mg, dose única.  Energia do choque:
Ceftriaxona 250mg IM, dose única.  Desfibrilador bifásico: seguir as
< 12 anos: 125mg IM, dose recomendações do fabricante
única. (ex: carga inicial de 120 a 200J).
Se desconhecida, usar máximo
OBS: Fazer vacina anti-meningocócica e anti- possível. A segunda carga e as
pneumocócica para os contactuantes e subsequentes devem ser
familiares que entraram em contato por mais equivalentes, podendo ser
de 4 horas, por pelo menos 4 dias consideradas cargas maiores.
consecutivos.  Desfibrilador monofásico: 360J.
 Oferecer oxigênio suplementar sempre
que disponível. A via aérea avançada
N deve ser sempre uma opção após 3
tentativas de choque sem sucesso ou
NÁUSEAS / VÔMITOS [R11] logo no início do quadro de AESP ou
 Nausedron® 1 ampola + AD EV; ou assistolia. Após a intubação, a
 Plasil® 1 ampola IM (preferível) ou 01 ampola frequência de ventilação deve ser de 8 a
+ 100ml SF 0,9% EV. 10 ventilações por minuto, com
compressões torácicas contínuas.
 Checar sempre as causas reversíveis de
P PCR: Hipovolemia; Hipóxia; Hidrogênio
(acidose); Hipo ou Hipercalemia;
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA Hipotermia; Pneumotórax;
Tamponamento cardíaco; Toxinas;
 Sempre seguir a ordem:
Trombose pulmonar ou coronariana.
1. Checar Ritmo / Pulso;
2. Choque, se fibrilação ventricular (FV) ou
taquicardia ventricular (TV) sem pulso;  PCR com ritmo chocável: fibrilação ventricular
3. 2 minutos de massagem + ventilação ou taquicardia ventricular.
(RCP);
4. Droga (primeira opção em caso de AESP
ou assistolia);
5. Repetir o Ciclo.
23
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

0,9% 20ml IV (Elevar Membro)  Considerar


intubação endotraqueal  (Checar Ritmo - se
FV/TV, protocolo de ritmo chocável; se AESP
ou Assistolia - RCP)  Droga: Não utilizar
Adrenalina em ciclos subsequentes; a
Atropina (1mg + SF 0,9% 20ml IV) pode ser
uma opção  (Checar Ritmo/Pulso - se
FV/TV, protocolo de ritmo chocável; se AESP
ou Assistolia - RCP)  Droga: Adrenalina
1amp + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro)
(Checar Ritmo/Pulso - se FV/TV, protocolo de
ritmo chocável; se AESP ou Assistolia - RCP).
OBS: Em caso de assitolia, sempre verificar os
cabos do monitor cardíaco, as derivações e o
a função “ganho” do monitor.

Checar Ritmo (se FV / TV)  Choque (360j  Cuidados pós-PCR a serem realizados após o
Monofásico / 200j Bifásico)  RCP (1º ciclo) retorno da circulação espontânea:
 Droga: Adrenalina 1amp + SF 0,9% 20ml IV 1. Checar pressão arterial: se PAS <
(Elevar Membro)  (Checar Ritmo/Pulso - 90mmHg, considerar a infusão de volume
Choque - RCP); Droga: Amiodarona 300mg ou uso de drogas vasopressoras, a
(2amp) + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro) depender da presença de crepitações
(Checar Ritmo/Pulso - Choque - RCP)  pulmonares;
Droga: Adrenalina 1amp / SF 0,9% 20ml IV 2. Pulmão: realizar ausculta pulmonar (se
(Elevar Membro)  (Checar Ritmo/Pulso - houver a presença de creptos,
Choque - RCP)  Droga: Adrenalina 1amp + contraindicar a infusão de volumes),
SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro) ou oximetria de pulso e capnografia em
Vasopressina 40 UI  (Checar Ritmo/Pulso - forma de onda. Manter saturação de
Choque - RCP)  Droga: Amiodarona 150mg oxigênio ≥ 94%.
(1amp) + SF 0,9% 20ml IV (Elevar Membro)  3. Coração: solicitar ECG de 12 derivações,
(Checar Pulso - Choque - RCP)  Droga: se a radiografia de tórax e solicitar bioquímica
Vasopressina foi feita no ciclo anterior, completa de sangue (incluindo
utilizar Adrenalina 1amp + SF 0,9% 20ml IV eletrólitos). Tratar hipotensão (se PAS <
(Elevar Membro)  (Checar Pulso - Choque - 90 mmHg) com:
Massagem)  Não utilizar adrenalina em  SF 0,9% ou RL 1 a 2 litros, se não
ciclos subsequentes  (Checar Ritmo/Pulso - houver sinais de insuficiência
Choque - RCP). cardíaca aguda (creptações em
base pulmonar);
 PCR com ritmo não-chocável: atividade  Na presença de crepitações,
elétrica sem pulso (AESP) ou assistolia. optar por vasopressores:
 Epinefrina ou Noraepinefrina:
0,1 a 0,5 mcg/kg por minuto.
Sugestão para solução
(paciente com 70kg): Diluir
2mg (2 ampolas de
adrenalina) com SG 5% até
completar 250ml de solução
(0,008mg/ml ou 8mcg/ml), e
administrar 20 a 100
gotas/min ou 60 a 300
microgotas/min (em cateter
venoso central).
 Dopamina 5 a 10mcg/kg por
minuto. Sugestão para
solução (paciente com 70kg):
Dopamina 5 ampolas (cada
Checar Ritmo/Pulso (se AESP / Assistolia) 
ampola: 50mg/10ml) em
RCP (1 ciclo)  Droga: Adrenalina 1amp + SF
200ml de SF 0,9% (solução de
24
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

dopamina a 1mg/ml), e fazer  Em caso de hipotensão: SF 0,9% 1000 ml EV


20 – 100ml/hora (6 – 33 (correr aberto).
gotas/min ou 20 a 100
microgotas/min). OBS: PICADA DE INSETO [W57.9]
Extravasamento de dopamina  Pronto-atendimento
para tecidos moles pode  Fenergan® 1 ampola IM
causar sua necrose (preferir  Dipirona 2ml + AD 10ml EV
infusão por cateter venoso
central).  Ambulatorial:
4. Consciência: se o paciente não seguir  Hidroxizine (Hixizine® 25mg: tomar 1
comandos verbais (estiver comatoso), comprimido VO, 12/12h a 8/8h, por
solicitar glicemia capilar (HGT): se estiver 5 dias) Loratadina (Claritin® 10mg:
alterada, tratar. Se estiver normal, tomar 1 comprimido VO, 1x ao dia,
considerar hipotermia terapêutica por 5 dias).
induzida.  Nimesulida 100mg: tomar 1cp
5. Pesquisar por causas reversíveis de PCR e 12/12h por 6 dias.
trata-las: Hipovolemia; Hipóxia;
Hidrogênio (acidose); Hipo ou
Hipercalemia; Hipotermia; Pneumotórax; Q
Tamponamento cardíaco; Toxinas;
Trombose pulmonar ou coronariana. QUEIMADURAS / GRANDE QUEIMADOS
 Proceder com os passos do “ABCDE” do
ATLS® e retirar as vestes cuidadosamente.
PARALISIA FACIAL DE BELL [G51.0]
 Soro Glicosado 5% 500ml + Complexo B 1  Classificar rapidamente a lesão:
ampola no soro;
 Dexametasona (Decadron®) 4mg IM.
 Ambulatorial:
 Tiamina (Vitamina B1) 100 ou 300mg:
tomar 2 comprimidos ao dia.
 Prednisona (Metcorten®) ou Prednisolona
(Prelone®) 20mg: terapia para um mês
com desmame:
- Tomar 3 cps pela manhã por 7 dias
- Tomar 2 cps pela manhã por mais 7 dias  Hidratação venosa vigorosa baseada na
- Tomar 1 cp pela manhã por mais 7 dias formula de Parkland:
- Tomar ½ cp pela manhã por mais 7 dias
 Claril ou Lacrima: pingar 1 gota no olho
paralisado, de 2 em 2 horas.
 Epitegel ou Epitesan (pomada): aplicar no
olho antes de dormir e cobrir com gaze
esterilizada.

PERICARDITE
 AAS adulto (500mg): 1 cp VO, 6/6h;
 Solicitar Ecocardiograma;
 Encaminhar para serviço de referência
cardiológica.

PICADA DE ABELHA [X23.9]


 Fenergan®: 1 ampola IM;
 Decadron® 4mg: 1 ampola + AD EV;
 Ranitidina: 1 ampola + AD EV; 4ml x kg de peso x %SCQ
 Plasil® ou Nausedron®: 1 ampola + AD EV, se
vômito ou náusea; Correr o total calculado em 24h da seguinte
 Voltaren®: 1 ampola IM, se dor; forma: fazer metade do volume nas primeiras
8h a contar a partir do momento da
25
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

queimadura (e não da admissão à  Cefalexina 500mg, VO, 1cp,


emergência); O restante do volume (a outra 6/6h; ou
metade) deve ser feito nas 16h seguintes.  Cefalotina 1g + 4ml de AD
Não usar Soro fisiológico devido ao risco EV 6/6h.
acidose hiperclorêmica – optar por Ringer  Proceder com profilaxia para o
Lactato. tétano.
Monitorizar o débito urinário a partir da  Queimaduras circunferenciais em
primeira hora, e controlar a hidratação para tórax podem necessitar escarotomia
que se obtenha 0,5 ml/kg/h ou 30-50ml em para melhorar expansão.
adultos e 1ml/kg/h em crianças. No trauma
elétrico, manter diurese em torno de Critérios de transferência para Unidade de
1,5ml/hora ou até clareamento. Tratamento de Queimaduras (UTQ)
Regra geral para iniciar hidratação venosa:  Queimaduras de 2º grau em áreas maiores
iniciar 2.000 ml de RL para correr rápido que 20% SCQ em adultos
(menos de 30 minutos).  Queimaduras de 2º grau maiores de 10% SCQ,
em crianças ou maiores de 50 anos;
 Reposição Calórica segundo regra de Curreri e  Queimaduras 3º grau em qualquer extensão;
Luterman (1978):  Lesões em face, olho, períneo, mão, pé e
o Adultos: (25Kcal x Peso) + (50Kcal x grande articulação;
%SCQ)  Queimadura elétrica;
o Crianças: Peso x (40 a 60Kcal)  Queimadura química;
 Lesão inalatória, ou lesão circunferencial de
 Analgesia: evitar o uso de AINES para tórax ou de membros;
analgesia pelo risco de úlceras de Curling  Doenças associadas, auto-extermínio,
nestes pacientes. politrauma, maus tratos ou situações sociais
o Dipirona: 500mg a 1g + AD EV; ou adversas.
o Morfina 1 ampola 10mg/ml + AD 9ml
 Fazer 1mg (1ml da solução A transferência do paciente deve ser solicitada à UTQ
diluída) para cada 10kg de pesos, de referência, após a estabilização hemodinâmica e
inicialmente, e aumentar conforme medidas iniciais.
resposta 6/6 ou 4/4h. Estes Enviar sempre relatório contendo todas as
pacientes necessitam de altas doses informações colhidas, anotações de condutas e
e dificilmente tem uma depressão exames realizados.
respiratória; ou Pacientes graves somente deverão ser transferidos
o Meperidina (Dolantina) 1 ampola de acompanhados de médico em ambulância UTI, com
2ml EV lento (sem diluir); ou possibilidade de assistência ventilatória. Transporte
o Diazepam 1 ampola de 10mg + 1 aéreo para pacientes com trauma, pneumotórax ou
ampola de AD EV lento, se alterações pulmonares deve ser realizado com
necessário. extremo cuidado pelo risco de expansão de gases e
piora clínica.
 Medidas gerais:
 Lavar área com SF 0,9%, retirar pele QUEIMADURAS OCULARES
exposta com vaselina líquida.  Lavagem com SF 0,9% por pelo menos 30
 Utilizar curativo com gaze e minutos;
antibiótico tópico (sulfadiazina de  Dexametasona a 0,1% ou Prednisona a 1%:
prata 1%). Trocar a cada 2 dias. aplicar 1 gota, de 2/2h, suspendendo após 2
 Evitar o uso profilático de semanas.
antibióticos e corticoides. Na  Encaminhar ao oftalmologista.
suspeita de infecção associada
(edema de bordas da ferida, R
aprofundamento das lesões,
mudança de cor, coloração RABDOMIÓLISE
hemorrágica da escara, celulite ao  Monitorização cardíaca, pulmonar e
redor da lesão, aumento ou sondagem vesical.
modificação da queixa dolorosa),  Terapia inicial: ressuscitação volêmica
optar por: agressiva e precoce com salina isotônica: Soro
fisiológico 0,9% 1-2 litros/hora (ou

26
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

3ml/kg/hora), a fim de se obter diurese em Ferimento Arranhadura ou mordedura superficial


torno de 200-300ml/hora. leve em tronco e/ou membros.
Ferimento Mordedura superficial ou profunda em
 Manutenção: após estabelecer diurese grave face, cabeça, mãos ou pés; lambedura
satisfatória, proceder de medidas para de ferimentos abertos em face ou
reduzir e toxicidade renal por meio da mucosas; mordedura profunda em
alcalinização da urina. Após a correção da qualquer lugar do corpo; ferimentos
oligúria, trocar o SF 0,9% pela seguinte puntiformes em face ou mucosas.
solução: Conduta para ocasiões específicas
 410ml de Salina hipotônica 0,45% Animal Acidente Conduta
(misturar SF 0.9% com água agressor
destilada ou SG 5% na proporção Hamster, Leve ou Normalmente, não é
1:1, derramando metade do soro e ratos, grave necessária vacinação anti-
misturando a estas outras soluções) cobaias, rábica nestes casos.
+ coelhos e
 10ml de Manitol 10g + demais
 40ml de Bicarbonato de sódio roedores
40mEq/l. Cão ou gato Leve Observação do animal por
Objetivos da manutenção: sadio 10 dias após exposição:
 Manter o débito urinário de - Se permanecer sadio,
200ml/hora até o desaparecimento encerrar o caso;
da mioglobinúria; - Se adoecer, morrer ou
 Manter o pH urinário entre 6 e 7 fugir: completar vacinação
(associar Acetazolamida, se com 5 doses (D0, D3, D7,
necessário). D14 e D28).
Cão ou gato Grave Iniciar vacinação: 3 doses
 Corrigir os distúrbios eletrolíticos: sadio (D0, D3 e D7);
o Hipercalemia: glicoinsulina EV + - Se permanecer sadio,
bicarbonato de sódio EV + resina de encerrar o caso;
troca VO ± furosemida EV. - Se adoecer, morrer ou
o Acidose metabólica: se HCO3 < fugir: completar vacinação
15mEq/L, fazer bicarbonato de sódio com mais 2 doses (D14 e
EV (50mEq). D28).
o Hiperfosfatemia: atualmente, a Cão ou gato Leve Iniciar vacinação (5
droga de escolha é o quelante oral suspeito (de doses): interromper
cloridrato de Sevelamer, mas áreas de tratamento se o animal
também se pode utilizar hidróxido raiva sem estiver sadio após 10 dias.
de alumínio. O carbonato de cálcio controle)
deve ser evitado. Cão ou gato Grave Iniciar vacinação (5 doses)
o Hipocalcemia: a princípio, não tratar, suspeito + Imunoglobulina (soro).
a não ser em caso de hipocalemia Interromper o tratamento
sintomática (tetania, convulsões) ou se o animal estiver sadio
na presença de hipercalemia grave após 10 dias.
(a combinação de hipercalemia com Cavalo, boi, Leve Iniciar vacinação (5 doses)
hipocalcemia aumenta a chance de cabra, porco
arritmias malignas). Cavalo, boi, Grave Iniciar vacinação (5 doses)
cabra, porco + Imunoglobulina (soro)
RAIVA / MORDIDA DE ANIMAIS / TERAPIA ANTI-RÁBICA
Animais Leve ou Iniciar vacinação (5 doses)
 Medidas gerais: Levar a vítima a um centro de silvestres ou grave + Imunoglobulina (soro)
urgência; Avaliar local da lesão; Relatar como morcego
ocorreu a agressão; Observação do animal
por um tempo não superior a 10 dias; Avaliar
 Em caso de acidentes leves (ferimentos
condições do animal agressor e de vacinação.
superficiais, geralmente pouco extensos, em
Não se faz necessária a profilaxia da raiva em
troncos e membros, com animal suspeito ou
caso de mordedura por roedores.
não de raiva), realizar esquema de vacinação
antirrábica conforme protocolo da
Classificação do ferimento

27
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

enfermagem (V.A.R.: D0, D3, D7, D14 e D28, da dessensibilização. Dose: 20


até descartar a suspeita). - 40 UI/kg, metade IM (nas
coxas, nos glúteos e deltoides)
 Em caso de acidentes graves (ferimentos na e metade nas bordas da
cabeça, face, pescoço, mãos, polpa digital, ferida.
planta do pé; ferimentos profundos,
múltiplos ou extensos) e/ou em caso de cão REAÇÃO ALÉRGICA
ou gato raivoso, desaparecido, morto ou  Fenergan®: 01 amp IM;
animais silvestres (inclusive os domiciliados),  Decadron®: 01 amp + AD 10 ml EV lento;
realizar esquema de vacinação antirrábica  Cimetidina: 01 amp + AD 10 ml EV lento;
conforme protocolo da enfermagem (V.A.R.:  Adrenalina: 0,3 ml IM (em caso de anafilaxia
D0, D3, D7, D14 e D28, completo) e ou cianose central).
soroterapia (soro antirrábico).
OBS: Em caso de mordedura de rato, não se RETENÇÃO URINÁRIA
faz profilaxia anti-rábica, mas sim, anti-  Hidratar: Soro Fisiológico 0,9% 1000ml EV;
tetânica.  Furosemida: 1 ampola + AD EV (após o soro);
 Se necessário, passar sonda de alívio;
 Não suturar a lesão. Se necessário, apenas  Pesquisar causa.
aproximar as bordas. Na suspeita de infecção,
fazer Amoxicilina-Clavulanato 875+125mg S
VO, de 8/8h, por 7 dias.
SANGRAMENTO VAGINAL ANORMAL
 Tratamento dos infectados:  SG 5% 500ml IV (30 gotas/min);
o Coma induzido:  Buscopan® composto: 1 ampola + AD EV;
 Midazolam: bolo inicial de  Transamin®: 03 ampolas no SG.
0,01-0,05mg/kg (0,5 a 4mg)  Solicitar controles laboratoriais, USG pélvica
EV, seguido de infusão transabdominal + transvaginal e
contínua de 0,02 a 0,1 encaminhamento para ginecologista.
mg/kg/hora, ajustados até
obter a resposta desejada. SEPSE / CHOQUE SÉPTICO
 Propofol: dose inicial de 2 a
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS):
5mg/kg completado se
presença de algum fator que predisponha o paciente
necessário com doses de
ao desenvolvimento de uma síndrome inflamatória
1mg/kg a cada 30 segundos
sistêmica (internação em UTI, histórico de grande
até efeito desejado.
cirurgia recente, infecção grave, grandes
o Terapia antiviral: Ribavirina e
queimaduras, etc.) que dois ou mais dos seguintes
Amantadina, drogas utilizadas para o
sinais:
tratamento da hepatite C. o o
 Temperatura >38 C ou <36 C;
o Suplementação metabólica:
 Frequência cardíaca > 90bpm (ou 2 desvios-
Biopterina e L-arginina
padrão acima do valor normal para a idade);
o Soroterapia: fazer sempre na
 Taquipnéia (frequência respiratória > 20irpm)
suspeita de acidentes graves
ou hiperventilação (PaCO2 < 32mmHg);
(ferimentos extensos ou não na
 Alteração do nível de consciência;
cabeça, face, pescoço, mãos, polpa
 Edema significativo ou balanço hídrico positivo
digital, planta do pé) e/ou mordida
(> 20ml/kg em 24 horas);
por cão ou gato raivoso,
 Leucócitos > 12000 ou <4000 ou >10% de
desaparecido ou morto, ou animais
formas imaturas (bastões).
silvestres, inclusive os domiciliados.
Sepse: SRIS + infecção confirmada ou suspeita
 Antes do soro, fazer
(principais focos: respiratório, abdominal, cutâneo,
Ranitidina + Dexametasona +
renal, SNC, hemocultura positiva, etc.). OBS:
Hidrocortisona + AD EV. Cerca
Pacientes portadores de pancreatite aguda ou
de 30 a 40 minutos depois,
grandes queimaduras, por exemplo, não apresentam
administrar o soro.
sepse, a não ser que possuam algum foco infeccioso
 Aplicar soro homólogo presumível.
antirrábico (imunoglobulina
Sepse/SRIS grave: presença de sepse ou SRIS
hiperimune antirrábica
associados à alguma disfunção importante:
humana) nos casos positivos
 Sistema nervoso central: rebaixamento do
28
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

nível de consciência, agitação, confusão  Se a SvO2 não for atingida, deve-se:


mental ou coma.  Considerar nova infusão de
 Aparelho respiratório: dispnéia e necessidade fluidos;
de ventilação mecânica.  Transfusão de concentrado de
 Sistema cardiovascular: hipotensão com hemácias para um hematócrito
necessidade eminente de drogas vasoativas. ≥30%; e/ou
 Sistema hepato-esplâncnico: elevação de  Infusão de Dobutamina (droga
bilirrubinas, diminuição do nível de fatores de inotrópica) até 20 μg/kg/min.
coagulação, elevação de transaminases, etc. 2. Terapia vasopressora: a pressão arterial
 Sistema renal: oligúria, elevação de creatinina. média (PAM) deve ser mantida em
 Sangue: distúrbios da coagulação valores ≥65 mmHg. Os vasopressores
(plaquetopenia, aumento do tempo de devem ser empregados quando houver
ativação de protrombina, sangramentos um grau de hipotensão que coloque a
espontâneos). vida em risco. A Norepinefrina ou
Choque séptico: hipotensão induzida pela sepse/SIRS Dopamina são os vasopressores iniciais
(PAS < 90mmHg ou queda acima de 40mmHg em de escolha (administradas em um cateter
relação aos níveis basais), apesar da realização da central tão cedo esteja disponível).
reposição volêmica (trata-se, portanto, de um Quando a hipotensão persistir apesar do
diagnóstico retrospectivo). Nestes casos, o paciente uso desses medicamentos, deve-se
apresentará, geralmente. recorrer a fármacos mais potentes como
adrenalina, fenilefrina ou vasopressina.
 Medidas gerais:  Dopamina: geralmente, é usada
 Solicitar vaga em UTI. diluindo-se uma ampola de
 Garantir acesso venoso central. 50mg/10ml em 240 ml,
 Monitorização hemodinâmica: medir resultando em uma solução de
pressão arterial, pressão venosa 250 ml. Com essa diluição, a
central, oximetria de pulso, etc. infusão corre numa velocidade
 Sondagem vesical e anotar diurese. correspondente ao peso do
 Radiografia de tórax em PA e perfil. paciente em gotas por minuto
 Solicitar: hemograma completo, (exemplo, 60 gotas/minuto em
coagulograma, TGO, TGP, um paciente de 60 kg), o que
bilirrubinas, albumina, creatinina, garante uma infusão de 10
ureia, etc. microgramas/kg/minuto. A
 Solicitar lactato arterial. dopamina é útil no choque em
 Coletar duas ou mais hemoculturas três níveis:
(antes do início da  Norepinifrena: deve ser usada
antibioticoterapia, contudo, sem em infusão contínua nos casos
atrasá-la) e culturas de sítios de choque com hipotensão
específicos de acordo com indicação. persistente, mesmo após uma
adequada ressuscitação
 Proposta terapêutica: volumétrica, sobretudo quando
1. Ressuscitação inicial: fazer uso em bolus persiste hipotensão (PAM < 60
de 1000 ml de cristaloide (soro fisiológico mmHg) mas o débito cardíaco é
ou ringer lactato) ou 200 a 300 ml de normal (IC acima de 4 a 4,5
2
coloide em 30 minutos, visando atingir L/minuto/m ), não requerendo
nas primeiras 6 horas os seguintes o suporte inotrópico. Posologia:
objetivos terapêuticos: 0,05 e 1 mcg/kg/min.
 Pressão venosa central (PVC): 8- 3. Terapia inotrópica: como a disfunção
12mmHg. miocárdica pode estar presente na sepse
 Pressão arterial média: ≥65mmHg. grave e no choque séptico, a Dobutamina
 Débito urinário: ≥0,5 ml/kg.h; está indicada nos casos de elevadas
 Saturação venosa de oxigênio (SvO2) pressões de enchimento e baixo débito
central (na veia cava superior) ≥70% cardíaco. Por outro lado, o uso de
ou SvO2 mista (na artéria pulmonar, dobutamina para manter o débito
obtida apenas se o paciente cardíaco em níveis supranormais não é
apresentar cateter de Swan-Ganz) recomendado nesses pacientes.
≥65%.

29
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

4. Antibioticoterapia: iniciar esquemas Hidrocortisona é até 300 mg/dia,


intravenosos tão cedo quanto possível, divididos em quatro doses. Pacientes
utilizando antibióticos de espectro com sepse, sem choque, não devem
estendido (um ou mais agentes ativos receber corticoides.
contra bactérias ou fungos com boa 7. Outras medidas:
penetração na fonte presumida) e  Proteína C ativada: considerar PCRh
reavaliar o regime antibiótico em paciente com disfunções
diariamente. orgânicas induzidas pela sepse com
Sugestões antibióticas avaliação alto risco de morte
Faixa 1ª escolha 2ª escolha Dur (APACHE II ≥ 25 ou falência de
etária açã múltiplos órgãos). Paciente adulto
o com sepse grave e baixo risco de
RN (1 a 4 Ampicilina Vancomicina 10 a morte não deve receber PCRh.
semanas) +amicacina +cefotaxima 14  Controle glicêmico: devemos fazer
dias uso de insulina EV para controlar
hipoglicemia em pacientes com
Criança Cefotaxim Amoxicilina+ 10 a sepse grave após estabilização na
a ou clavulanato 14 UTI. O objetivo é manter a glicemia <
ceftriaxona ou dias 150mg/dl por meio de um protocolo
Ampicilina+s validado para ajuste de dose de
ulbactam insulina.
Adultos Oxacilina + Amoxicilina+ 10 a  Transfusão de sangue: não havendo
gentamicin clavulanato 14 evidências de hipoperfusão tecidual,
a+ ou dias nem situações de alta demanda de
metronida Ampicilina+s oxigênio, como isquemia miocárdica,
zol ulbactam ou hipoxemia grave, hemorragia aguda,
Vancomicina cardiopatia cianótica ou acidose
+amicacina láctica, a transfusão de concentrado
(ou de hemácias deve ser feita quando a
ciprofloxacin taxa de hemoglobina for inferior a
a ou 7g/dl.
ceftriaxona)  Ventilação mecânica: recomenda-se
Esplenect Cefotaxim Amoxicilina+ 10 a o emprego de volume corrente de 6
omizados a ou clavulanato 14 ml/kg de peso predito nos pacientes
ceftriaxona dias com sepse e que apresentem lesão
pulmonar aguda ou síndrome da
5. Controle do sítio infeccioso: sempre que angústia respiratória aguda. Outra
possível, a remoção do foco infeccioso medida de extrema importância é a
deve ser realizada precocemente. Essa manutenção da pressão de platô
conduta inclui drenagem de abscessos e abaixo de 30 cmH2O.
debridamento de tecido necrótico  Profilaxia de trombose venosa
infectado, entre outras. Acessos profunda: os pacientes com sepse
vasculares potencialmente infectados grave devem receber profilaxia para
devem ser prontamente substituídos. trombose venosa profunda, tanto
Exceção: necrose pancreática infectada com heparina não fracionada em
(neste caso, estudos comprovam que o baixas doses como com heparina de
adiamento da cirurgia, por pelo menos 2 baixo peso molecular. Havendo
semanas, melhora a sobrevida do contraindicações para o uso de
paciente). heparina, os pacientes devem utilizar
6. Corticoterapia: o emprego de dispositivos de compressão
corticosteroides está justificado somente pneumática dos membros.
nos pacientes que já foram ressuscitados  Terapia de substituição renal:
com fluídos e apresentaram pobre quando necessária, a terapia de
resposta ao uso de vasopressor, substituição renal pode ser feita
permanecendo em choque, pois o tanto de modo intermitente como
cortisol auxilia a ação da drogas contínuo, pois são equivalentes. A
vasopressoras. A dose recomendada de terapia contínua pode facilitar o

30
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

manejo do balanço de líquidos nos infusão, para pacientes em estratégias


pacientes com sepse grave e intervencionistas que incluem a
instabilidade hemodinâmica. realização de cateterismo em até 48h.
o Abciximab 10mg/5ml: somente
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA no procedimento de implante de
 Condutas gerais: stent. Fazer 0,25mg/kg, 10 a 60
 Realizar ECG; minutos antes da intervenção
 Chegar pulsos carotídeos, braquiais e (angioplastia) seguida
femorais; imediatamente por infusão
 Realizar radiografia de tórax assim intravenosa contínua de
que possível; 0,125mcg/kg/min até uma taxa
 Solicitar marcadores de lesão máxima de 10mcg/minuto, por
miocárdica: 12h.
 Mioglobina: seus níveis o Tirofiban: associados a heparina
sobem mais precocemente, fracionada com segurança.
mas é inespecífica. Caso 7. Heparina de baixo peso molecular
positiva, atentar para as (Enoxaparina 1mg/kg SC, 2x ao dia).
demais enzimas. 8. Nitratos: Ditrato de isossorbida (Isordil®
 Troponina: é a mais 5mg SL – repetir de 5 em 5min até um
específica, mas demora máximo de 3x se necessário) ou
cerca de 4 a 6 horas para se Mononitrato de isossorbida
tornar positiva. Resultados (Monocordil® 1 ampola EV), em caso de
alterados devem ser dor. Contraindicações: PAS < 100mmHg,
correlacionados com a uso de medicamento para impotência
clínica de isquemia sexual a base de sildenafila (Viagra®) nas
cardíaca. Indivíduos últimas 24h ou sinais de
apresentando lesões comprometimento de ventrículo direito
cardíacas não-coronarianas, (como no infarto de parede inferior).
lesões músculo- 9. Morfina: 1 ampola (10mg) + 9ml de AD
esqueléticas, TEP e (da solução, fazer 2 a 3ml), até de 15 em
insuficiência renal crônica 15 minutos, em pacientes com dor
podem apresentar refratária ao nitrato e sem hipotensão.
elevações da troponina. Pode-se fazer também: Morfina 1 ampola
 CK-MB Massa: é menos + SF 0,9% 100ml EV.
específica que a troponina, 10. Usar beta-bloqueadores: não deve ser
mas é mais disponível na utilizado na ICC, FC < 60bpm, PAS <
rede pública. Demora cerca 90mmHg, bloqueio AV e doença
de 6 a 8 horas para se pulmonar broncoespasmática. Na
elevar. ausência de contraindicações, fazer:
 Solicitar também: CPK, PCR, Metoprolol 5mg EV, a cada 5 minutos,
VHS. com 3 doses no máximo, monitorando os
 Solicitar vaga em UTI; efeitos. Manter com Propranolol 40mg 3x
 Abordagem inicial geral: MONABCH ao dia.
(Morfina, Oxigênio, Nitrato, AAS, 11. Estatinas: dosar perfil lipídico na
Betabloqueador, Clopidogrel, admissão ou em até 24h. Prescrever
Heparina). Sinvastatina (Sinvax®) 20mg, 1
comprimido VO ao dia, se LDL > 70mg/dl.
 Angina instável e infarto agudo do miocárdio 12. Proteção gástrica:
(IAM) sem supra-desnivelamento de ST: o Omeprazol 40mg: 1 ampola + AD EV;
1. Conseguir vaga em UTI. e/ou
2. Oxigênio 2 – 5 litros/min via cateter nasal o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV.
3. Metoprolol 5mg EV. 13. Proceder com estudo hemodinâmico
4. AAS 100mg – 2 a 3 comprimidos VO precoce, associando inibidores dos
(mastigados), exceto se alergia grave. receptores IIb-IIIa. Indicações:
5. Clopidogrel 150 a 300mg VO.  Emergência (até 6 horas): isquemia
6. Inibidores de receptores IIb-IIIa da persistente ou instabilidade
superfície plaquetária, em bomba de hemodinâmica.

31
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Urgência (até 24 horas): isquemia 90mmHg, bloqueio AV e doença


recorrente ou extensa em área de pulmonar broncoespasmática. Na
risco. ausência de contraindicações, fazer:
 Metoprolol (Seloken®) 5mg EV, a
 Infarto agudo do miocárdio (IAM) com cada 5 minutos, com 3 doses no
supra-desnivelamento de ST: máximo, monitorando os efeitos.
1. Oxigênio 3 litros/min via cateter nasal, Manter com Propranolol 40mg 3x
sempre que SatO2 < 94%. ao dia.
2. Terapia antiplaquetária: 7. Utilizar inibidores da ECA ou antagonistas
a) AAS 100mg – 2 a 3 comprimidos VO dos receptores da angiotensina (ARA-II):
(mastigados), exceto se alergia recomenda-se que seja iniciado dentro
grave. das primeiras 24h de evolução,
b) Clopidogrel: 150 a 300mg de ataque principalmente se houver ICC classe
em pacientes <75 anos; caso o funcional IV. Contraindicações: estenose
paciente seja encaminhado para bilateral da artéria renal, gravidez e
estudo hemodinâmico, essa dose antecedente de angioedema.
pode ser feita após angioplastia. 8. Trombólise química ou percutânea:
3. Anticoagulação:  Até 90 minutos de evolução (ou até
 Heparina de baixo peso molecular – 6 horas com dor persistente): estudo
Enoxaparina (Clexane®): hemodinâmico e angioplastia
 Pacientes < 75 anos: fazer primária por cateterismo.
30mg EV em bolus e  Mais de 90 minutos de evolução ou
1mg/kg SC 12/12h, até alta. angioplastia indisponível: fazer
 Pacientes > 75 anos: fazer trombólise química com
apenas 0,75mg/kg SC Estreptoquinase (Streptase®,
12/12h. Kabikinase®: 1 ampola de 1500000U,
 Heparina não-fracionada (5.000 UI diluído em 100ml de SG 5% em
em bolus; 1000 UI/hora em BIC), em 30min) ou Tenecteplase (Metalyse®:
caso de contraindicação à <60kg: 6000U ou 30mg/6ml; >60 a
Enoxaparina. <70kg: 7000U ou 35mg/7ml; >70 a
4. Vasodilatação: Dinitrato de isossorbida <80kg: 8000U ou 40mg/8ml; >80 a
(Isordil® 5mg VO ou SL) ou Mononitrato <90kg: 9000U ou 45/9ml; >90 a
de isossobrida (Monocordil® 10mg VO ou <100kg: 10000U ou 50mg/10ml –
EV) – repetir de 5 em 5min até um dose máxima), sob regime de UTI.
máximo de 3x se necessário (em caso de Contraindicações: história de
dor). Contraindicações: PAS < 100mmHg, coagulopatia; AVCh em qualquer
uso de medicamento para impotência período; AVCi nos últimos 3 meses;
sexual a base de sildenafila (Viagra®) nas sangramento digestivo, urinário ou
últimas 24h ou sinais de genital; cirurgia recente; gravidez;
comprometimento de ventrículo direito úlcera ativa; entre outros.
(como no infarto de parede inferior). 9. Em caso de arritmia ventricular (TV ou
5. Analgesia: em pacientes com dor FV), faz-se uso de: Amiodarona: Droga
refratária ao nitrato e sem hipotensão: antiarrítmica de 1ª escolha atualmente
 Morfina (Dimorf®) 2mg + 8ml de AD em TV monomórficas / FV (300 mg IV em
– EV lento a cada 10 minutos até o bolus, podendo ser repetida mais uma
alívio da dor ou aparecimento de dose de 150 mg). Se instabilidade
efeitos colaterais (hipotensão, hemodinâmica: cardioversão.
depressão respiratória, infarto de 14. Proteção gástrica:
ventrículo direito, etc.). OBS: o Omeprazol 40mg: 1 ampola + AD EV;
Antídoto: Atropina 0,5mg EV (1 amp e/ou
+ 9ml AD, utilizando apenas 2ml o Ranitidina 25mg: 1 ampola + AD EV.
desta solução); ou, caso 10. Se vômito: Metoclopramida (Plasil®) 1
contraindicada: ampola EV
 Meperidina (Dolantina®) 1 ampola 11. Ansiedade: Diazepam 10mg VO, IM ou
(2ml=100mg) – diluir em 8ml de AD e EV.
infundir EV, 2ml a cada 10min.
6. Usar beta-bloqueadores: não deve ser SINUSITE E OTITE [J01.9 + H92.0]
utilizado na ICC, FC < 60bpm, PAS <  Se dor intensa (otite, principalmente):
32
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Voltaren® – 01 amp IM  Algoritmo das taquiarritmias (observar em D2


 Dipirona – 01 amp + AD 10ml EV longo):
lento 1. Existe taquicardia? Olhar a distância
 Ambulatorial: entre as duas ondas R: a distância é
 Nimesulida 100mg: tomar 1cp menor que 3 quadrados grandes?
12/12h por 6 dias. 2. É sinusal? Se existe onda P (positiva em
 Amoxacilina-Clavulanato (Sigma-Clav D2) antes do complexo QRS.
BD): tomar 1 cp de 12/12h por 14 3. Existe onda F de flutter atrial?
dias. 4. O complexo QRS está alargado?
5. O intervalo R-R é regular ou irregular?
SOLUÇO [R06.6] 6. Existe sinais de instabilidade?
 Tratar causa subjacente (a principal causa é a  Rebaixamento do nível de
doença do refluxo gastroesofágico); prender consciência / confusão mental
a respiração e aumentar a pressão no  Angina instável
diafragma (manobra de Valsalva); respirar  Fase aguda do IAM
dentro de um saco de papel.  Hipotensão sintomática
 Congestão pulmonar não
 Na urgência: responsiva as medida
 Metoclopramida (Plasil®) 5 a 10mg, VO convencionais
ou EV, 6/6h; ou
 Amitriptilina 10mg, VO, 8/8h;
 Casos graves: Clorpromazina (Amplictil®)
25 a 50mg + AD EV lentamente ou
Haloperidol 2 a 12mg IM.

 Ambulatorial:
 Hidróxido de alumínio: 40ml VO, de 1
em 1 hora, até alívio do soluço; ou
 Simecoplus®: 1 colher de sopa VO, de 1
em 1 hora, até alívio do soluço.

TAQUICARDIA SINUSAL NO PRONTO-ATENDIMENTO


 Tentar encontrar causa de base: a taquicardia
sinusal é a única que não necessita de
cardioversão, mesmo quando apresenta
sinais de instabilidade. Só se deve corrigir o
ritmo se o mesmo piorar o quadro do
paciente.
 Se PA elevada: Atenolol 50mg VO ou
Propranolol 40mg VO.
 Se PA reduzida:
 Amiodarona (150mg/3ml): 2
ampolas + SF 0,9% 100 a 250ml EV,
em 1 a 2 horas; depois, Amiodarona:
1 ampola e meia + SF 0,9% 100 a
250ml EV, em 8 horas.
 Se função renal e diurese
preservados, fazer: Deslanosídeo
(Cedilanide® 0,4mg/2ml) 1 a 2
ampolas + AD EV; manutenção com
½ a 1 ampola EV, 12/12h (doe
máxima de 2mg/dia).

TAQUICARDIAS NÃO-SINUSAIS

33
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

 Taquicardia ventricular monomórfica  Torsades des pointes:


sustentada: o Por estar geralmente associada à
o Paciente instável: cardioversão instabilidade hemodinâmica:
elétrica (começando com energia de Desfibrilação elétrica
100J) + antiarrítmicos (Amiodarona, (dessincronizada), começando com
Procainamida ou Sotalol) para 200J.
prevenir recidiva precoce. o Em seguida, deve-se receber uma
o Paciente estável: cardioversão reposição generosa de Sulfato de
química (Amiodarona, Magnésio (2g EV, em 2minutos;
Procainamida, Lidocaína, Sotalol); se repetir dose após 15 minutos),
complexo regular e monomórfica, mesmo na ausência de
pode-se optar por Adenosina. hipomagnesemia.
o Tratamento da TV na intoxicação por
cocaína: bicarbonato de sódio,
mantendo o pH plasmático > 7,55 e
nos casos refratários acrescentar
lidocaína. Os betabloqueadores são
contraindicados, pelo risco de
vasoespasmo coronariano.

 Fibrilação atrial:
o Paciente instável: realizar choque
terapêutico, independente da
cronologia do quadro.
o Paciente estável:
 Controle da frequência
(bom bloqueadores do
nodo AV:
betabloqueadores,
diltiazem, digitais) +
Anticoagulação.
 Controle do ritmo com
 Taquicardia ventricular polimórfica reversão:
sustentada com intervalo QT normal:  FA < 48h nos pacientes
o Desfibrilação elétrica (não sem risco alto:
sincronizada), começando com 200J Heparinização plena
+ Amiodarona (único antiarrítmico (Clexane® 1mg/kg/dia,
efetivo) para evitar a recidiva. SC) por 6 a 12 horas
o Revascularização miocárdica é a seguida da reversão.
única medida segura e totalmente  FA > 48h com eco-
eficaz na prevenção da taquicardia. transesofágico
negativo:
Heparinização plena
(Clexane® 1mg/kg/dia,
SC) por 12h + Reversão
+ 4 semanas de
anticoagulação oral
nos pacientes de baixo
risco e
indefinidamente nos
pacientes de alto risco.
 FA > 48h, sem eco
disponível ou com eco
positivo:
anticoagulação (com
Warfarim) por 3-4
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MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

semanas antes e 4  Taquicardia supra-ventricular:


semanas após a o Paciente instável: cardioversão
cardioversão ou elétrica sincronizada, com energia
indefinidamente após inicial de 150J.
a cardioversão. o Estável:
 Tentar manobra vagal:
massagem do seio
carotídeo (auscultar a
carótida antes), valsalva,
compressão do globo
ocular, etc.
 Reversão com drogas:
Adenosina (melhor opção),
Verapamil (2ª escolha) ou
Betabloqueadores (3ª
escolha).

 Flutter atrial:
o Paciente instável: cardioversão
elétrica emergencial. O flutter é uma
arritmia facilmente revertida com
cardioversão elétrica – um choque
sincronizado de 50J é bem sucedido
em 90% dos casos; um segundo
choque de 100J deve ser aplicado
nos 10% que não reverteram. OBS:
Realizar anticoagulação pré-reversão
assim como na FA.
o Paciente estável: nos pacientes
sintomáticos, pode-se iniciar o
tratamento com inibidores do NAV
(digital, betabloqueadores,
verapamil, diltiazem). Nos demais,
deve-se tentar cardioversão
farmacológica ou elétrica eletiva.
o Manutenção: pode-se tentar
controlar com Amiodarona VO;
entretanto, a melhor conduta é
encaminhar o paciente para estudo
eletrofisiológico e realizar ablação
do foco da reentrada, levando à
cura.

Cardioversão sincronizada
- Fibrilação atrial: 120 a 200J
- Todo o restante: 100J

Adenosina: não fazer em casos de TV polimórfica,


flutter ou fibrilação atrial, asma ou DPOC.
- Primeira dose: 6mg em bolus rápido com

35
MEDRESUMOS • GUIA DO PLANTONISTA 2013 Arlindo Ugulino Netto
PRONTO-ANTEDIMENTO

flush de SF 20ml; Ranitidina 150mg (1 comprimido VO,


- Segunda dose: 12mg, se necessária. 12/12h, por 30 dias).

Amiodarona:
- Primeira dose: 150mg por 10min; U
- Manutenção: 1mg/min nas primeiras 6
horas, seguido de 0,5mg/min nas demais URTICÁRIA [L50]
18h.  Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: ½ a 1
- Prescrição proposta: ampola IM. OBS: Derivados fenotiazinicos
 Amiodarona 150mg/3ml: 1 ampola como a prometazina devem ser evitados em
+ SF 0,9% 100ml EV em 10 minutos menores de 2 anos por estarem associados a
(100ml/hora em BIC ou 200 risco de depressão respiratória.
gotas/min);  Decadron®: 01 ampola IM
 Depois, Amiodarona 150mg/3ml: 2  Tratamento ambulatorial: Hidroxizina
a 2 ampolas e meia + SF 0,9% 250ml (Hixizine®) 25mg VO, 8/8h.
EV em 6 horas (42 ml/hora em BIC
ou 14 gotas/min);
 Por fim, Amiodarona 150mg/3ml: 3 V
a 3 ampolas e meia + SF 0,9% 500ml
EV em 18 horas (28 ml/hora em BIC VIROSE RESPIRATÓRIA (IVAS)
ou 9 a 10 gotas/min).  SF 0,9% 500ml EV;
 Complexo B: 01 ampola no soro (para “efeito
TONTURA / VERTIGEM / SÍNDROME VERTIGINOSA psicológico”);
 Repouso no leito e mínima movimentação;  Glicose 50%: 02 ampolas no soro
 Glicose 50% 01 ampola + Dimedrinato  Plasil®: 01 ampola + AD EV;
(Dramin® B6) 01 ampola ou Metoclopramida  Dipirona 01 amp + AD 10ml EV lento.
(Plasil®) 01 ampola;
 Tratamento para casa: OBS: Em caso de suspeita de Dengue:
o Dramin® B6 50mg: 1 comprimido  Dipirona: 01 ampola + 100ml SF 0,9% EV em
VO, de 8/8 horas; ou Plasil® 10mg: 1 15 minutos (correr aberto)
comprimido VO, de 8/8h, se  Paracetamol: 1cp (750mg) VO, de 8/8h.
necessário.
o Se labirintite: Flumarizina (Vertix®):
tomar 1 comprimido VO, 12/12h.

TOSSE SECA PERSISTENTE


 NBZ com SF 0,9% 5ml + Berotec® 5 gotas +
Atrovent® 10 a 20 gotas.
 Dexametasona xarope: 10 ml VO.
 Tratamento ambulatorial:
o Antitussígenos: Levodropropizina xarope
(Antux® ou Percof®) 10ml 3x ao dia, por 7
dias.
o Anti-histamínicos:
 Loratadina (Claritin®): 10mg V.O.,
1x/dia; ou Xarope 5mg/5ml:
tomar 10ml V.O., 1x ao dia (à
noite).
 Dexclorfeniramina (Polaramine®):
Comprimido 2 – 6mg: tomar 1 cp
V.O., 1 – 4x ao dia; ou Xarope
2mg/5ml: tomar 10ml V.O., 1 – 2x
ao dia.
 Desloratadina (Desalex®): 5mg,
VO, 1x/dia.
o Protetores gástricos: Omeprazol 40mg (1
cápsula VO, em jejum, por 30 dias) e/ou

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