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na volta à escola
O programa LIV acontece uma vez por semana dentro da grade curricular
e se propõe a ser um espaço seguro onde a escuta e a fala são as principais
ferramentas. Os nossos materiais promovem a reflexão, o debate, a
investigação e o questionamento, não existindo respostas “corretas” ou
“esperadas”. A partir de um planejamento pedagógico estruturado, o LIV
tem a preocupação de sempre dialogar com a linguagem e os interesses
dos alunos, com um currículo desenvolvido e pensado nas particularidades
de cada faixa etária.
GUIA DE ACOLHIMENTO
N A VO L TA À E S C O L A
COORDENAÇÃO DE PROJETO
Fabiana Decnop - Gerente executiva de marketing LIV
João Souza - Designer LIV - Supervisão de criação
Marina Batalha - Designer LIV - Diagramação
Carolina Fernandes - Analista de comunicação LIV - Redação
Aline Diniz - Supervisora de marketing Espaço de SER - Redação e Revisão
Erika Stambovsky - Coordenadora de marketing LIV - Revisão
Fernanda Ott - Supervisora de marketing de Relacionamento LIV - Revisão
Rebecca Rosa - Estagiária de comunicação LIV - Revisão
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Ana Carolina Medeiros - Coordenadora pedagógica LIV
AUTORIA:
Ana Carolina Medeiros - Coordenadora pedagógica LIV
Bianca Pinnola - Estagiária LIV
Joana London - Gerente executiva e psicóloga LIV
Marcia Frederico - Consultora pedagógica e psicóloga LIV
Paloma Bastos - Consultora pedagógica e pedagoga LIV
Renata Ishida - Coordenadora pedagógica e psicóloga LIV
Roberta Desnos - Coordenadora pedagógica e psicóloga LIV
COLABORADORES:
Amaral Cunha - Diretor acadêmico Escola Eleva
Bianca Vieira - Colégio CEI Mirassol e CEI Zona Sul
Fabrício Henrique Santos Silva - Gestor educacional do Colégio Darwin
Jordana de Castro Balduino Paranahyba - Psicóloga, Doutora em Educação,
professora associada de Psicologia da Educação na UFG
Marcio Cohen - Diretor pedagógico Escola Eleva
Marisangela Siqueira de Souza - Vice-diretora da escola de formação do
professor carioca Paulo Freire
Soraya Vieira Santos - Pedagoga, Doutora em Educação, professora adjunta de
Psicologia da Educação na UFG
A C O L H I M E N T O | 13
Reencontros | 14
Combinados podem ser lúdicos | 17
Sentimentos precisam ser acolhidos | 21
E L A B O R A Ç Ã O | 29
A N C O R A D A | 42
S E L O L I V | 53
D E P O I M E N T O S | 55
CONGRESSO LIV | 59
C O N H E Ç A M A I S O L I V | 61
4
5 | LIV: Guia de acolhimento na volta à escola
Queridos responsáveis pela escola,
É bem verdade que gostaríamos de estar falando sobre essa pandemia no passado ou mesmo que
ela nunca tivesse acontecido. Mas a realidade é outra e precisamos lidar com ela para elaborarmos
a melhor forma de enfrentar o que se coloca diante de nós.
Um vírus se alastrou por diversos países do mundo assustando toda a humanidade. Os medos
emergiram em todos os sentidos e mexeram intensamente com as atividades mundiais. Fronteiras
foram fechadas, perdemos muitas pessoas, escolas pararam e descobrimos o que são os serviços
essenciais.
A pandemia tem nos deixado à flor da pele. São muito perceptíveis as oscilações de humor e o
quanto algumas situações ou notícias podem facilmente nos desestabilizar emocionalmente. E a
instrução de ficar em casa também nos obrigou a olhar para dentro e evidenciou o quão importante
é cuidarmos do que sentimos. Além disso, somos convocados a ver o peso das desigualdades
brasileiras diante da possibilidade de se proteger da pandemia, considerando que alguns não
possuem, nem ao menos, sabão e água.
Nós, do LIV - Laboratório Inteligência de Vida, acreditamos na importância da escola ter momentos
dedicados especialmente ao sociemocional, por isso desenvolvemos um material estruturado e
temos trabalhado para ser um parceiro da escola na construção do que acreditamos ser o pilar que
dará maior sustentação para a comunidade escolar: o pilar socioemocional. E, agora, essa missão
nos parece ainda mais urgente.
Não tivemos tempo para nos preparar para a paralisação das aulas presenciais, tudo surgiu como
uma grande surpresa, mas entendemos que o mundo começa a se organizar para um retorno de
suas atividades e então é preciso começarmos a nos planejar, pois queremos ter uma retomada
mais saudável e cuidadosa com todos.
Além disso, acreditamos que as aulas de LIV serão de suma importância nesse retorno, assim
como vêm sendo durante o isolamento social. Inclusive, indicamos fortemente que elas aconteçam
no momento presencial, para que seja feita da sua forma mais íntegra e que se complemente com
o trabalho que estamos propondo aqui, composto de um olhar institucional.
Criamos este documento com o propósito de construir, junto à escola, algumas reflexões e ações
para esse retorno. Mas, antes de tudo, queremos falar com vocês, gestores e gestoras das escolas,
que ficaram na linha de frente de todas as decisões que precisaram (e ainda precisam) ser tomadas.
Esses três tempos, apesar de terem uma sequência, não exigem que sejam pensados
de maneira cronológica, já que eles, de alguma forma, se sobrepõem e existem de maneira
paralela.
acolhimento
Temas: Reencontro, Regras podem ser
lúdicas, Sentimentos precisam ser acolhidos
Elaboracao
Temas: Cuidar da saúde mental, Importância de
um olhar cuidadoso, Precisamos falar sobre luto,
Novas formas de se relacionar
ancorada
Temas: Fortalecimento das redes familiares,
A importância de um acompanhamento coletivo,
Aprendizagens que queremos manter, Qual é o
real papel da escola?
Desejamos que esse seja o ínicio de uma parceria para alguns e mais
um passo importante da nossa união para outros, mas que possamos,
juntos, construir comunidades mais fortes, redes mais sustentáveis e
ambientes mais saudáveis onde as emoções são levadas a sério e os
espaços são seguros para que todos se sintam acolhidos.
Realize uma pesquisa antes das aulas presenciais voltarem para saber quais são as
maiores preocupações e dúvidas da comunidade escolar e suas expectativas. Esclareça
que é um primeiro momento de processo de acolhimento e não uma escuta de demandas
que você se compromete em seguir. Dessa maneira, você terá uma percepção mais clara
de como está a comunidade escolar e poderá escolher as ações que fazem mais sentido
para a sua realidade.
Quais são as suas três maiores dúvidas sobre como será a rotina escolar?
Sugerimos que não deixe de colocar uma opção de múltipla escolha em que a pessoa
possa dizer se é aluno, funcionário ou familiar a fim de garantir melhor possibilidade de
análise.
01
A primeira atividade é um experimento que
explica de forma lúdica e científica como o uso
de sabão pode destruir o vírus. Não deixe de
conferir acessando o nosso perfil:
@laboratoriointeligenciadevida ou pelo link.
02
Já na segunda atividade usamos tinta para
evidenciar a forma correta de lavarmos as mãos.
Não deixe de conferir acessando o nosso perfil :
@laboratoriointeligenciadevida ou pelo link.
Solicitar que a família disponibilize uma máscara extra que possa ser pintada. Peça
para que os alunos usem a criatividade e pintem a máscara da maneira mais divertida
que puderem.
Depois desse momento, convide os alunos para um jogo de adivinhação. Eles devem
formar duplas e se posicionar um na frente do outro respeitando a distância de um metro.
Um aluno será responsável por fazer expressões faciais associadas a sentimentos como
alegria, tristeza, raiva, medo, etc. Já o outro aluno da dupla deve tentar adivinhar o que o
colega está buscando expressar. Depois, eles devem trocar os papéis.
A seguir, peça para que a turma sente em roda e busque cruzar o olhar com cada
amigo. Peça para que a turma descreva a cor e o formato do olho de cada amigo. Pergunte
para eles se alguém descobriu em que a outra pessoa estava pensando somente pelo
olhar. Para ajudar os alunos, comente sobre o olhar dos pais e dos avós, que podem
transmitir afeto ou alguma orientação sobre como agir em determinada situação. Peça
para os alunos tentarem imitar o olhar que a professora mais faz.
Professor, comunique aos alunos que os olhares podem nos ajudar a dizer o que
estamos sentindo e que eles serão os nossos grandes aliados nesse momento de uso de
máscaras.
Gestor, um caminho para compartilhar as regras sanitárias pode ser espalhar cartazes
em lugares estratégicos da escola, certo? Para isso, crie um concurso para a criação
desses cartazes como uma forma lúdica de explicar as recomendações sanitárias para
todos.
Convide os alunos de cada segmento a criarem cartazes com essas regras de forma
criativa e instrutiva. Depois, mobilize os alunos a votarem em uma arte de cada segmento.
Por fim, espalhe pela escola os cartazes das artes mais votadas. Dessa forma, os alunos
poderão aprender sobre o tema de forma criativa e ainda sentir que fazem parte desse
processo de conscientização.
Propomos a seguinte dinâmica para o primeiro dia dos funcionários, em que o principal
foco é a escuta do que foi vivido e um tempo para o reencontro dos profissionais.
Separe as cadeiras em círculos com a devida distância entre elas, garantindo que
todos consigam se ver. Explique que a atividade se chama “círculo da confiança”,
em que um mediador faz uma pergunta ou provocação e os demais são convidados a
compartilhar seus sentimentos. Essa atividade visa criar um espaço seguro de troca,
logo, a participação não é obrigatória; só compartilha quem se sentir confortável. Só
pode falar quem estiver com o “objeto de fala”, os demais devem escutar ativamente e
não devem oferecer conselhos ao final de uma contribuição. Dado o nosso contexto atual,
o “objeto de fala” será o olhar.
A pessoa que for conduzir o círculo deve fazer uma provocação e olhar para o funcionário
que irá começar a atividade. Após compartilhar a sua resposta, essa pessoa deve cruzar
o olhar com um colega, que será o próximo a falar. Uma rodada do círculo da confiança
termina quando os olhares tiverem cruzados todos os presentes. Pode-se fazer quantas
rodadas quiser, dependendo do tempo disponível e do engajamento da equipe.
Explique que essa dinâmica não é para expor ninguém (já que a resposta não é
obrigatória) e, sim, para convidar os professores a se atentarem para a conexão do olhar,
que será ainda mais importante a partir de agora.
Após esse momento coletivo de troca, sugerimos uma reflexão individual: convide os seus
funcionários a criarem uma linha do tempo sobre os momentos, experiências, sentimentos e
reflexões do período de isolamento. Essa linha do tempo pode seguir a representação tradicional
de uma linha reta na horizontal ou pode ser livre. Os desenhos também são bem-vindos nessa
atividade.
Após esse momento de criação individual, convide os funcionários que se sentirem à vontade
para compartilhar suas linhas do tempo e colar suas criações nas paredes da sala para que todos
possam vê-las.
Crie uma caixa que possa conter várias outras caixas ou embalagens dentro. Na última
camada dessa embalagem, guarde um objeto ou desenho que simbolize a saudade.
Converse com os alunos sobre o tema. Primeiro pergunte a eles de quem mais sentiram
saudades na quarentena. Após escutar suas contribuições, pergunte do que eles
sentiram mais falta na escola. Por fim, peça aos alunos para desenharem sobre o que
sentiram mais saudade e exponha a arte produzida pela sala.
Para essa atividade, será necessário levar uma caixa para a sala de aula e pedir para
que os alunos recortem uma folha de papel em três tiras. O professor deve propor um
questionamento para a turma, pedir para os alunos responderem nas tiras de papel
e guardar as suas respostas na caixa. Explique aos alunos que eles não precisam se
identificar, caso não queiram. A seguir, o professor deve ler as tirinhas e convocar os
alunos a comentarem as respostas. Repita essa proposta pelo menos por três rodadas. A
seguir, sugerimos algumas possíveis provocações:
> QUAL FOI O MOMENTO MAIS LEGAL QUE VOCÊS PASSARAM EM FAMÍLIA?
> VOCÊ FEZ ALGUMA COISA QUE NUNCA TINHA FEITO ANTES E QUE
FOI MUITO LEGAL?
angustia
medo
amor ansiedade
Para essa atividade, será necessário levar para a sala algumas ilustrações que
estimulem a livre associação de ideias pelos alunos. Nós recomendamos as ilustrações
do artista Troche, tais como as apresentadas no perfil dele no Instagram: @portroche
Espalhe essas ilustrações pelo chão e convide os alunos a circularem pela sala ou por
uma quadra. Quando o professor fizer uma pergunta, os alunos devem se aproximar da
imagem que mais faz sentido diante daquela provocação. Peça para os alunos explicarem
por que se aproximaram daquela imagem e como ela se associa diante da provocação
proposta. Repita essa dinâmica conforme o tempo disponível e o engajamento dos alunos.
Sugestão de perguntas:
Coloque na entrada da escola uma mesa com uma caixa, bloco de papel, caneta e álcool
em gel. Convide os responsáveis a participarem de um mural colaborativo com o tema: o
que eu aprendi sobre a minha família em tempos de isolamento social? Para isso, eles
devem escrever ou desenhar no papel os seus aprendizados e guardá-los na caixa.
Situações muito difíceis e algumas até graves podem ter sido vividas
pelas pessoas da comunidade escolar e, por isso, a instituição tem um
papel tão importante de olhar para isso no seu retorno. Mesmo que não haja
profissionais específicos desse cuidado, como psicólogos e psiquiatras, a
escola precisa estar atenta, pois muitas vezes é nesse ambiente que as
questões são reveladas.
É importante dizer que essa é uma primeira escuta e que não tem propósito de
virar um atendimento regular, mas, sim, de abrir uma oportunidade para algumas
questões serem colocadas e, logicamente, encaminhadas para os profissionais certos,
dependendo da sua relevância.
Compreenda a movimentação e expanda essa ação caso tenha sido bem recebida
por todos.
Acreditamos que essa reflexão e esse treinamento devam ser feitos com qualquer
funcionário da escola, já que a aparição dessas mudanças comportamentais e de humor
não ficam restritas só à sala de aula. Muitas vezes essa percepção será feita pelos
monitores que olham os recreios, os corredores, as relações ou pela pessoa que fica na
porta da escola, que enxerga a relação da criança com sua família, por exemplo.
Por isso, junte pessoas que você entende que possam se beneficiar com esse tipo de
conversa e instrução e passe o vídeo criado pela equipe de psicólogos e pedagogos do
LIV. Após encaminhar o vídeo, converse sobre a importância desse olhar cuidadoso para
toda a comunidade escolar, a fim de que seja possível identificar pessoas que estejam
passando por alguma situação difícil, mas que não têm condição ou mesmo percepção
para nomear isso e pedir ajuda.
Esse espírito de cuidado e atenção pode ser revolucionário para a instituição, pois
um espaço em que todos se sintam seguros e cuidados torna-se muito mais potente e
permite que o indivíduo transpareça a sua vulnerabilidade e humanidade.
Entendemos que parte do processo de luto é dar espaço para que as pessoas possam
se despedir e homenagear quem infelizmente nos deixou.
Por isso, a primeira ideia para trabalhar esse tema é dedicar um mural da escola com o
título “homenagem aos que partiram” e permitir que as pessoas prestem as homenagens
que fizerem mais sentido para elas.
Podem ser escritos nomes, histórias, letras de música, desenhos ou o que cada um
achar que consiga, de alguma forma, simbolizar aquela perda.
A ideia é que esse espaço seja preenchido espontaneamente pelas pessoas que
se sentirem convidadas a isso e ele poderá ser recheado por homenagens a pessoas
que compuseram a comunidade escolar diretamente (funcionários, familiares e até
crianças, por exemplo) ou indiretamente (como familiares mais distantes dos alunos ou
funcionários).
Caso exista algum profissional na escola que esteja apto a fazer uma segunda etapa
da atividade, principalmente psicólogos, incentivamos que a ação seja feita com alunos
mais velhos, principalmente a partir do Ensino Fundamental Anos Finais. A ideia é que
esse profissional, em algum momento que o mural esteja mais preenchido, possa fazer
uma visita com os adolescentes até esse espaço, a fim de dar mais visibilidade para
ele. A proposta é mostrar a importância de cada uma daquelas pessoas que partiram,
mostrando que, por trás de cada número, também há uma história de alguém querido por
outras.
Esse movimento pode ser interessante para ir contra uma corrente de invisibilidade
e de banalização dessas perdas, mas é importante que ele só seja feito por alguém que
possa dar conta de possíveis transbordamentos emocionais que as crianças e jovens
possam viver.
É importante frisar que a proposta não é gerar mais pânico nas pessoas, pelo contrário,
mas, sim, humanizar algo que infelizmente, pela gravidade do que estamos vivendo,
acabou sendo encarado como “normal”.
Junto dessa reflexão nos deparamos com o desafio que é manter a escola
como um espaço essencial de socialização, mas com o distanciamento sendo
uma direção clara da Organização Mundial da Saúde (OMS). O recreio, os
refeitórios, os corredores que antes eram ocupados por multidões e muitos
corpos agora estarão com novos limites e regras. Como poderemos fazer?
Como manteremos nossos corpos “aquecidos” mesmo sem nos encostar?
Como brincar a distância? É para isso que pensamos em algumas ações
dedicadas aos alunos e ao reconhecimento de quanto o calor humano fará
falta neste ambiente.
PÚBLICO-ALVO: ESTUDANTES
SUGESTÃO DE RESPONSÁVEL: PROFESSORES DE TURMA
Entendemos que o pouco espaço e tempo de interação entre as turmas podem ser
muito sofridos para os estudantes, já que muitas vezes os seus maiores amigos estão
em turmas ou até séries diferentes.
Que tal estimularmos que os alunos façam cartas e/ou desenhos para os colegas com
quem terão pouco tempo de troca?
Pode haver um espaço reservado na grade horária para que eles façam essas produções.
A escola pode escolher se vai existir uma espécie de carteiro que levará as produções ou
se vai destinar um espaço físico para funcionar como um correio, onde todos podem ir
checar as correspondências que chegaram.
Como sabemos que é bem possível que as turmas passem por uma espécie de rodízio,
ou seja, parte da turma vai frequentar presencialmente a escola em uns dias e parte em
outros, seria interessante que cada grupo de alunos preparasse uma surpresa para os
que virão nos outros dias.
Deixe-os livres para entender o que querem deixar para seus colegas, mas incentive-
os a fazer.
Sabemos que escola também é lugar de barulho, de bagunça e todos nós temos ótimas
memórias desse tempo.
Nossa sugestão é uma brincadeira: que tal combinar com as crianças e jovens o uso do
famoso sinal, que normalmente é usado para marcar os tempos de intervalo, atividades,
provas, etc, para uma função diferente?
A ideia é que haja um toque de sinal diferente que funcione como um convite para que
todas as turmas, juntas, façam muito barulho, de maneira que todos se escutem, mesmo
de longe, e saibam que os outros estão presentes.
Uma outra possibilidade é a escola combinar alguma música que será cantada
coletivamente quando esse sinal for dado.
A proposta é fazer uma ou duas vezes no dia, para que os alunos também possam
extravasar um pouco da sua energia. Topam?
Observação: caso não haja esse sinal na escola, combine outro código para que esse
momento aconteça.
Diante desse cenário atípico, talvez seja o momento ideal para estimular a
aproximação das famílias e a criação de redes de apoio. Para isso, propomos
as seguintes reflexões: como as famílias das escolas podem se configurar
em uma rede de apoio? Como podemos incentivar algum cuidado em rede?
PÚBLICO-ALVO: FAMÍLIAS
SUGESTÃO DE RESPONSÁVEL: GESTOR E COORDENADORES
A escola deve definir dois tutores por turma que possam fazer um acompanhamento
mais frequente sobre o desempenho emocional e cognitivo dos alunos. Essa dupla pode
ser formada por professores e/ou coordenadores, que devem conversar quinzenalmente
com esses alunos para coletar informações sobre como estão emocionalmente e
em relação às matérias. Durante essas conversas, é interessante encaminhar para
o plantão de atendimentos aqueles alunos que estiverem emocionalmente mais
vulneráveis ou ainda traçar planos de ação pedagógicos e emocionais.
Construa um mural na sala de professores com duas perguntas, que o professor deve
preencher livremente. Sugestões:
Construção de um mural na sala de cada turma com duas perguntas, que os alunos
devem preencher livremente. Sugestões:
Posteriormente, alguém da coordenação deve ter um momento com cada turma para
discutir essa produção coletiva. Estimule um debate com os alunos sobre o seu processo
de aprendizagem, sobre os formatos que favorecem a aprendizagem, seja em termos
de metodologias oferecidas pelos professores ou ainda como sentimentos podem ter
afetado esse processo. O autoconhecimento pode ser um grande aliado no desempenho
acadêmico e bem-estar do aluno.
Manter alguma atividade para o aluno durante esse período parece ter
sido o desejo de todos, mas qual era o real objetivo? O mais importante era
manter a excelência acadêmica e as notas dos alunos, uma aprendizagem
efetiva ou o vínculo do aluno com a escola? Não existe uma resposta correta
para essa pergunta. Cada escola tem o seu projeto pedagógico e suas
prioridades, no entanto, talvez esse seja um momento de refletir sobre isso.
Reúna os funcionários e crie grupos de trabalho que pensem o que é essencial para
a escola. Após um período de reflexão, crie um plano de ação para mudanças possíveis
dentro de cada realidade.
O Selo Azul vem mostrar a importância do olhar consciente para a saúde mental na
volta às aulas presenciais de forma estruturada, reconhecendo a responsabilidade
desse cuidado emocional da mesma maneira que devemos cuidar dos protocolos
de higienização.
Desta forma, será possível uma vivência contínua e rica a partir de conteúdos
ilustrativos, artigos, pílulas audiovisuais e posts para que a experiência de retomada
da sua escola seja feita da melhor maneira possível, olhando para a saúde mental
de todos que a compõem.
Ao final da jornada, sua escola receberá o Selo Azul e um kit de materiais para
ambientação, identificando-a como uma escola que participou de todo o processo
e se preocupa com uma preparação emocional coordenada para toda a comunidade
escolar.
Assim, você poderá revisitar os conteúdos quando quiser! Fique atento à caixa de
entrada e à aba de spam para ser notificado quando chegarem os novos conteúdos!
Ficamos felizes em estarmos juntos a você e a sua escola nessa retomada às aulas
presenciais! Convide outras escolas para também participarem dessa jornada.
VAMOS COMEÇAR A
JORNADA DO SELO AZUL?
CLIQUE PARA
ACESSAR A JORNADA!
“JÁ OUVIMOS DE ALUNOS QUE ESSA ERA A AULA QUE ELES MAIS GOSTAVAM.
[O LIV] NOS TROUXE UMA SENSAÇÃO DE QUE NOSSA APOSTA ESTAVA INDO NA
DIREÇÃO CORRETA, PORQUE A IDEIA É: O FOCO TEM QUE SER O ALUNO! SE A
GENTE PERDER O FOCO NO ALUNO, NÃO TEM POR QUE TER ESCOLA. ENTÃO, SE O
FOCO É O ALUNO E ELE PERCEBEU QUE AQUILO FOI UM GANHO PARA ELE, DÁ A
ENTENDER QUE ESTAMOS NO CAMINHO CERTO”.
COLÉGIO E QU IP E
PERN AMBU C O
NO COLÉGIO EQUIPE, DE RECIFE (PE), A PARCERIA COM O LIV JÁ DURA TRÊS ANOS,
RELEMBRA VERÔNICA PEREIRA, PSICÓLOGA E COORDENADORA DA INSTITUIÇÃO.
“ENTENDEMOS QUE A CRIANÇA E O JOVEM TÊM QUE SER TRABALHADOS EM SUAS
MÚLTIPLAS APRENDIZAGENS”, DESTACA.
C O LÉ G I O S AIN T JOHN
RIO DE J ANE IRO
LUÍSA MENDES, PROFESSORA DE LIV NO COLÉGIO SAINT JOHN, NA CIDADE DO RIO DE
JANEIRO, ACOMPANHA A PARCERIA DESDE O INÍCIO. ELA EXPLICA O QUANTO ALUNOS E
EDUCADORES FORAM AFETADOS POSITIVAMENTE AO LONGO DOS ANOS. “TEVE ATÉ UMA
OCASIÃO EM QUE UMA ALUNA PARA QUEM EU DAVA CIÊNCIAS E LIV, FALOU: ‘POXA, VOCÊ É
UMA PROFESSORA QUANDO DÁ AULA DE CIÊNCIAS E OUTRA PROFESSORA QUANDO DÁ AULA
DE LIV. A GENTE PRECISA DESSA LEVEZA NA AULA DE CIÊNCIAS ASSIM COMO ACONTECE NAS
AULAS DE LIV”, CONTA A EDUCADORA. NA ESCOLA, O PROGRAMA ATENDE ESTUDANTES DESDE
A EDUCAÇÃO INFANTIL ATÉ O SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO.
BERNARDINHO
Ex-treinador de voleibol e empresário
LOURDES ATIÉ
Especialista em Educação
LÁZARO RAMOS
Ator, apresentador, cineasta e escritor
AMYR KLINK
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CONHEÇA
O MANIFESTO LIV, NARRADO PELO
ATOR E PAI LIV, LÁZARO RAMOS:
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