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DE
NB nº ${informacao_generica}
DEFESA ADMINISTRATIVA
1. DO REQUISITO SOCIOECONÔMICO
Inicialmente, cumpre referir que o sistema de proteção aos benefícios assistenciais é
bem mais sensível do que os de benefício previdenciário, pois visa justamente dar o amparo
fundamental, para que uma pessoa possa existir naquele corpo social, buscar sua
autorrealização e, se não for possível deixar, pelo menos ter diminuída sua situação de total
marginalização social.[1]
Nesse contexto, foi editada a Lei nº 8.742/93 a qual versa sobre a organização da
Assistência Social e, em seu art. 2º, inciso I, alínea ‘e’, garante o benefício mensal de 1 (um)
salário-mínimo à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família.
Para fins regulamentares, é verificada, como renda, a renda mensal, a soma dos
rendimentos brutos auferidos mensalmente pelos membros da família composta por salários,
proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios da previdência pública ou privada, seguro-
desemprego, comissões, pró-labore, outros rendimentos do trabalho não assalariado,
rendimentos do mercado informal ou autônomo, rendimento auferidos do patrimônio, Renda
Mensal Vitalícia e Benefício de Prestação Continuada, ressalvados os casos de benefício
assistencial ou previdenciário com o valor de um salário mínimo.[2]
A esse respeito, destaca-se que o Tribunal Regional Federal desta 4ª Região possui
firme entendimento no sentido de que deve ser EXCLUÍDO do cálculo da renda familiar per
capta o valor auferido por idoso com 65 anos ou mais a título de benefício previdenciário de
renda mínima ou de benefício previdenciário de valor superior ao mínimo, até o limite de um
salário mínimo:
Assim, não é crível considerar que a renda auferida seja suficiente para garantir a
subsistência do grupo familiar.
Ademais, caso assim não entenda a Autarquia, cabe ressaltar que o fato de a renda
familiar ser pouco superior a ¼ (um quarto) do salário mínimo encontra-se abarcado pela
proteção da coisa julgada. Com efeito, o benefício em comento foi concedido através de
decisão judicial oriunda do processo nº ${informacao_generica}, proferida pelo juízo da Vara
Federal de ${informacao_generica}.
Por fim, registre-se, ainda, que os pais da Autora se separaram recentemente, razão
pela qual a Sra. ${cliente_nome} já não conta mais com os proventos advindos do trabalho de
seu genitor. Portanto, diante de todo o exposto, resta evidenciado que a Requerente
permanece em situação de grande precariedade e exclusão social.
Logo, sendo claro que suas condições socioeconômicas não lhe ofertam meios para que
proveja suas necessidades básicas, tampouco para se submeta ao tratamento médico
adequado, e considerando, ainda, a existência de coisa julgada, imperioso que seja mantido o
benefício.
2. DA DEFICIÊNCIA
3. DOS PEDIDOS
Nesses termos;
Pede Deferimento.
, 26 de abril de 2021.
LARISSA DAUDT COSTA
RS067400