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PRISCILA CHUPIL
Priscila Chupil
IESDE
2020
© 2020 – IESDE BRASIL S/A.
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detentor dos direitos autorais.
Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A.
Imagem da capa: karen roach/Evgeny Karandaev/Shutterstock
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Chupil, Priscila
Organização didática da educação básica / Priscila Chupil. - 1. ed. -
Curitiba [PR] : IESDE, 2020.
88 p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-387-6584-4
7 Gabarito 85
APRESENTAÇÃO
Sabe-se que, independentemente do nível de ensino, para que o trabalho
docente ocorra, é necessário planejamento, rotinas e avaliação, com conteúdo
e objetivos claros que garantam o processo de ensino-aprendizagem. Além
disso, é fundamental que os professores e os alunos possam contar com o
amparo e auxílio do pedagogo.
Nesse viés, no primeiro capítulo, discorremos sobre o trabalho do
pedagogo na educação infantil, reconhecendo inicialmente as características
das crianças nessa faixa etária, a função social dessa etapa da educação, bem
como o papel do pedagogo nessa fase.
No segundo capítulo, tratamos da organização didática na educação
infantil em que, pautados nos conhecimentos do Capítulo 1, será possível
visualizar os planejamentos e práticas educativas, bem como metodologias e
a avaliação pertinente à criança pequena.
O terceiro capítulo propõe reflexões sobre a organização didática no ensino
fundamental – anos iniciais. Em especial, esse capítulo trata inicialmente da
transição entre a educação infantil e o ensino fundamental – anos iniciais e
suas implicações. Além dessa questão, é abordado o reconhecimento do papel
do pedagogo nesse nível, assim como sua atuação frente ao planejamento
dos professores, com metodologias que possam enriquecer o trabalho em
sala de aula e a avaliação.
Ainda a respeito do ensino fundamental, o quarto capítulo tratará dos
anos finais. Iniciamos com uma reflexão sobre o processo de transição entre a
infância e a adolescência. Veremos também o papel do pedagogo, bem como
sua atuação com os alunos e professores dessa etapa, fora de sala de aula.
No quinto capítulo, tratamos os desafios do pedagogo no ensino médio.
Inicialmente, refletimos sobre a idade típica do ensino médio, suas características
e desafios. Nesse contexto, surgem novos desafios para o pedagogo e para o
professor, que vão além de sua formação inicial. Tratar dessas questões e do
papel do pedagogo no ensino médio é uma questão necessária.
No último capítulo, abordamos a organização didática do ensino médio e da
educação profissional, assim como o envolvimento efetivo entre professores,
alunos e pedagogo nesse processo. Será ressaltada a necessidade de
reflexão sobre novas metodologias e projetos interdisciplinares que atinjam a
abrangência de exigências do aluno nessa faixa etária, voltadas a sua formação
para os vestibulares e o Enem.
Com base em todas essas discussões, será ressaltado, no decorrer
dos capítulos, o papel do pedagogo na educação básica, do início ao fim,
buscando reflexões que possam enriquecer o significado da educação básica
e sua qualidade.
Bons estudos!
1
O trabalho do pedagogo
na educação infantil
O trabalho do pedagogo na educação básica, em todos os
seus aspectos, seja em sala de aula ou no acompanhamento de
todos os processos dentro da escola, requer muita organização,
além de direcionamento e clareza. Isso é oportunizado pela for-
mação pedagógica.
Estágio das operações concretas: ocorre dos seis aos doze anos, aproximadamente. Está-
gio em que a criança se torna apta a manipular mentalmente os símbolos internos que
construiu durante o período sensório-motor.
Estágio operatório formal: inicia-se a partir dos onze anos. Nesse estágio, a criança
já possui capacidade de pensar abstratamente, criar hipóteses, observar, relacionar
e finalizar.
Figura 1
Os quatro estágios de desenvolvimento segundo Piaget
7 a 11 anos –
11 em diante – Operatório formal
Operações concretas
0 a 1 ano 1 a 3 anos
3 a 6 anos
Impulsivo Sensório-motor
Personalismo
Emocional e Projetivo
6 a 11 anos 11 em diante
3 a 6 anos
Pensamento Puberdade e
Personalismo
Categorial Adolescência
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Compreender quem é a criança que está na educação infantil e a fun-
ção e a importância dessa fase escolar no desenvolvimento humano são
questões fundamentais. Durante o planejamento das aulas, o pedagogo, na
função de professor desse nível ou de coordenador pedagógico, deve ter
clareza dessa importância, fazendo uso de metodologias que respeitem os
aspectos emocionais da criança e da sua faixa etária.
Subestimar a capacidade infantil com metodologias ineficazes pode ser
prejudicial ao progresso da criança. Por isso, é importante sempre plane-
jar as aulas tendo em vista as fases do desenvolvimento infantil estudadas
neste capítulo.
Assim, cabe ao pedagogo a responsabilidade de, ao atuar como do-
cente ou coordenador da educação infantil, conhecer as características
e capacidades cognitivas da criança, para, então, propor uma atuação
significativa.
ATIVIDADES
1. Sabemos que, atualmente, o estímulo às habilidades é essencial para a
formação completa da criança. Com base nisso, escreva o significado de
habilidades socioemocionais e argumente o porquê de sua importância.
REFERÊNCIAS
AYRES, S. N. Educação Infantil. Teoria e práticas para uma proposta pedagógica. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2012.
BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para
Educação Infantil. Vol. 1. Brasília: MEC, 1998. Disponível em: https://www.novaconcursos.
com.br/blog/pdf/referencial-curricular-nacional-educacao-infantil-pref-limeira-sp.pdf.
Acesso em: 22 jan. 2020.
CARDOSO, M. G. Importância da Afetividade na Educação Infantil. Trabalho de
Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em Pedagogia) – Universidade Estadual da
Paraíba, Campina Grande, 2015. Disponível em: http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/
bitstream/123456789/10463/1/PDF%20-%20Michelle%20Gertrudes%20Cardoso.pdf.
Acesso em: 22 jan. 2020.
MOREIRA, M. A. Teorias de Aprendizagens. São Paulo: EPU, 1995.
PIAGET, J. Inteligencia y afectividad. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2001.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2008.
RELVAS, M. P. Neurociência e Educação, potencialidades dos gêneros humanos em sala de
aula. Rio de Janeiro: WAK, 2010.
Esse mesmo planejamento que faz parte do nosso dia a dia também
ocorre no ambiente de trabalho, independentemente da profissão. No
entanto, ao pensarmos especificamente sobre as atividades desenvol-
vidas em sala de aula, o planejamento certamente se torna o principal
aspecto que as move, pois também é o ponto de partida para que os pro-
cessos curriculares, cognitivos e organizacionais ocorram efetivamente.
Para que esse alinhamento ocorra, o RCNEI (BRASIL, 1998) traz eixos
norteadores que indicam o trabalho a ser desenvolvido para um ensino
de qualidade nessa etapa e que, por isso, devem fazer parte do plane-
jamento do professor:
O livro Planejamento na Sala de
•• O primeiro deles trata de identidade e autonomia. Esse eixo aula traz, de maneira objetiva,
ressalta a importância de despertar na criança o sentimento de aspectos importantes e que
ser único, conhecendo suas qualidades e potenciais. Entendemos devem ser considerados pelo
professor ao planejar e executar
que, a partir do momento em que o aluno conhece e compreen- suas aulas. Trata, também, da
de a si mesmo, consequentemente as relações com os demais relação tão importante entre
será mais saudável e produtiva. planejamento e avaliação.
•• A matemática refere-se ao desenvolvimento, desde cedo, do GANDIN, D.; CRUZ, C. H. C. 4. ed. São
Paulo: Vozes, 2010.
raciocínio lógico e do raciocínio matemático, que formam a base
para toda a sequência de entendimentos da criança nos anos
posteriores relativos a esses temas e para a busca de solução
de problemas.
•• Natureza e sociedade trazem todas as discussões de mundo,
envolvendo conhecimentos de história, geografia e ciências de
maneira integrada. Em seu planejamento, o professor deve levar
a criança a se sentir como parte do meio em que vive e, automa-
ticamente, responsável por ele.
•• O trabalho com a música é outro fator importante, visto que esse
conhecimento, desde o início, proporciona grandes benefícios ao
desenvolvimento neuronal e à criatividade.
•• O movimento vem, também, como aspecto relevante, pois, na
educação infantil, o desenvolvimento motor está em um dos seus
períodos mais evidentes. Tanto a motricidade ampla (como correr,
Dessa forma, planejar uma aula é algo complexo, não óbvio, em que
deverá haver cautela com os detalhes e com as possibilidades. Assim,
nesse processo, também cabe ao professor a flexibilidade, a adaptação
do proposto com sua realidade e a predisposição para criar e inovar.
Figura 2
O dia do brinquedo tem
a socialização como
principal função.
Rawpixel.com/ Shutterstock
Para que essa rotina aconteça, o RCNEI (BRASIL, 1998) traz algumas
sugestões relacionadas à organização didática, para que o professor
possa contemplar cada parte do processo.
Para essa questão, só existe uma resposta: avaliar. Esse ato na edu-
cação infantil está diretamente ligado à tomada de decisões. Decisões
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Entendemos a educação infantil como a base que sustenta o de-
senvolvimento cognitivo, afetivo e motor do ser humano. Dessa forma,
ressaltamos a importância de o pedagogo ter claro os processos que a
compõem. Desde o planejamento à escolha pela metodologia adequada
e ao processo de avaliação, torna-se rico esse momento de descobertas e
de novas possibilidades de desenvolvimento.
Fica evidente que o pedagogo, como o principal profissional que
conduz os saberes nessa etapa da educação, deve prezar pelo bom
desenvolvimento da criança, favorecendo a criação das bases que o sus-
tentarão para toda a sua vida escolar e social. Lembrando que essa atua-
ção do professor-pedagogo deve pautar-se no profundo conhecimento
teórico e no entendimento das recomendações legais apresentados por
documentos como o RCNEI, que traz apoio e direcionamento ao tra-
balho do professor e é seu grande aliado no trabalho desenvolvido na
educação infantil.
Seja o professor em sala de aula ou o pedagogo escolar, o profissional
que atua na educação infantil tem a missão de fazer com que os proces-
sos ocorram da melhor forma, prezando por uma organização didática
que contemple todas as necessidades das crianças nesse momento.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.
htm. Acesso em: 22 jan. 2020.
BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação
infantil. Brasília: MEC, 1998.
JULIATTO, C. I. De professor para professor, falando de educação. Curitiba: Champagnat,
2013.
LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 2004.
SOUSA, C. P. Dimensões da avaliação educacional. São Paulo: Vozes, 2008.
Esses fatores, mesmo não sendo uma regra, representam uma rea-
lidade comum nesse momento de transição da educação infantil para
o primeiro ano do ensino fundamental. Por isso, torna-se um motivo
de atenção e cuidado por parte do pedagogo que acompanha esse mo-
mento, a fim de que não se perca a infância com mudanças repentinas
de postura por parte do professor em sala de aula.
Artigo
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1999000100007
Por fim, cabe ressaltar que cada criança e cada família apresentam
peculiaridades, como tempos diferentes de aprendizagem, de adapta-
ção e formas diferentes de lidar com processos de mudanças. O peda-
gogo, como profissional à frente desse processo, deve ter estratégias,
de acordo com o ambiente em que atua, que as auxiliem nesse proces-
so de transição.
A alfabetização é um proces-
so complexo e que não
ocorre somente nos
anos iniciais. Ler e es-
crever é um dos princi-
pais objetivos dos anos
iniciais, porém letrar e
inserir o aluno em um
wave
breakm
edia/Shutterstock
Por ser o início de uma nova fase e novas adaptações, nesse período
do ensino fundamental, não somente as crianças, mas também as famílias
passam por um momento de dúvidas e descobertas. Consequentemente,
recorrem ao professor e ao pedagogo para que, por meio de um trabalho
integrado, prezem pelo desenvolvimento da criança.
Todo esse caminho a ser desenvolvido pela escola para que a apren-
dizagem da criança ocorra, bem como a forma de trabalho e o que será
desenvolvido, é registrado e seguido por meio do currículo, documento
que traz diretamente o que deve ser trabalhado em cada ano. Por isso, ele
deve ser revisto e atualizado com frequência.
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Artigo
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-85572002000200006&script=sci_abstract&tlng=pt
Figura 5
Pirâmide de Dale
Passivo
Assistir a
Percentual de
5% uma palestra
retenção do
(escutar)
conhecimento
Ler
10%
Utilizar
20%
recursos
audiovisuais
30% Demonstrar/
uso imediato
Argumentar/
50%
discussão em
grupo
Praticar o
75%
conhecimento
Ensinar os
85%
outros
Ativo
Abert/Shutterstock
A aprendizagem em espiral desenvolve as com-
petências: ampliação de conceitos, síntese, siste-
Pensar
matização de conhecimentos, análise de conteúdos
mais complexos, comparação, expressão de opinião
(oral e escrita) acerca de um assunto, comunicação, Analisar
Artigo
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21717_9248.pdf
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Refletir sobre os anos iniciais do ensino fundamental é algo extre-
mamente instigante. A transição da educação infantil para o ensino
fundamental é um marco de mudança no crescimento da criança, e o
pedagogo, como profissional que atua diretamente com essa faixa etária,
sendo coordenador ou professor, tem a responsabilidade de tornar esse
momento tranquilo e significativo.
Para isso, vimos que a construção da identidade do pedagogo deve
estar ligada ao embasamento teórico, o qual torna a pessoa sensível
frente às necessidades das crianças no período de transição entre a
educação infantil e o ensino fundamental e de uma nova construção
de conhecimentos.
Nesse percurso, as reflexões sobre planejamento, métodos e avaliação
são instrumentos de constante cuidado e análise, uma vez que represen-
tam o caminho a ser percorrido na busca por métodos diferenciados que
contemplem a aprendizagem dos alunos, levem à superação de obstácu-
los de aprendizagem e tornem o aprender algo instigante e motivador.
ATIVIDADES
1. Ao orientar o professor, o coordenador pedagógico deve destacar
fatores que influenciam no fazer cotidiano da sala de aula, como os
saberes e as peculiaridades apresentados pela criança ao ingressar no
ensino fundamental. Com relação à proposta pedagógica, quais são
esses fatores envolvidos?
-se que o aluno consiga realizar determinadas atividades, pois ele está
no estágio das operações formais, ou seja, já possui a noção de conser-
vação numérica, probabilidade, hipóteses e abstração de pensamento.
Artigo
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2005000100005
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Dessa forma, podemos perceber que o papel do pedagogo nos anos
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finais do ensino fundamental ganha importância diferenciada e foco
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específico nas questões organizacionais e de contato com professores
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e alunos em situações específicas.
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4.3 Métodos para atrair a atenção dos alunos
Videoaula Um dos maiores desafios do pedagogo em relação ao trabalho
de orientação aos professores é pensar uma metodologia adequada
aos alunos do ensino fundamental – anos finais. Ou seja, é preciso
considerar as peculiaridades da faixa etária dos alunos nessa etapa
de ensino, suprir as necessidades diferenciadas de aprendizagem,
de interação com o conhecimento e socializar adequadamente com
seus pares.
Para que isso ocorra, Dewey (apud TEIXEIRA, 1957, p. 21) já mencio-
nava que
o processo educativo não pode ter fins elaborados fora dele
próprio. Os seus objetivos se contêm dentro do processo e são
eles que o fazem educativo. Não podem, portanto, ser elabora-
dos senão pelas próprias pessoas que participam do processo.
O educador, o mestre é uma delas. A sua participação na elabo-
ração desses objetivos não é um privilégio, mas a consequência
de ser, naquele processo educativo, o participante mais experi-
mentado e, esperemos, mais sábio.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O ensino fundamental – anos finais é uma fase tão especial quanto
as anteriores. É preciso disponibilizar o cuidado e a atenção que os alu-
nos dessa etapa precisam, visto que se trata de um momento de grandes
transformações e novidades, não somente físicas e psicológicas, mas tam-
bém escolares.
O olhar do pedagogo nesse período deve ter um foco diferente, uma
vez que seu papel, agora, é de coordenação dos processos, tanto do pon-
to de vista do aluno quanto do professor, que necessita do trabalho des-
se profissional para conduzir, alinhar e direcionar da melhor forma cada
caso de aprendizagem.
Essa variação do papel do pedagogo pode se dar de aluno para alu-
no, de ano para ano, de professor para aluno ou até mesmo para tratar
ATIVIDADES
1. Em qual etapa do desenvolvimento humano se encontra o aluno
do ensino fundamental – anos finais e quais são as características
que o pedagogo deve conhecer para melhor lidar com essa fase no
ambiente escolar?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC; SEB; DICEI, 2010.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.
pdf. Acesso em: 6 jan. 2020.
CALLIGARIS, C. A adolescência. São Paulo: Publifolha, 2000.
CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar
o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.
PIAGET, J. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1998.
TEIXEIRA, A. Ciência e arte de educar. Educação e Ciências Sociais, v. 2, n. 5, p. 5-22, ago.
1957. Disponível em: http://www.bvanisioteixeira.ufba.br/artigos/ciencia.html. Acesso
em: 22 jan. 2020.
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MAGALHAES, J.; SOUZA, R.; RAMOS, Desse modo, com todos os detalhes que constituem o trabalho ao
M.; ARAUJO, A. L. Jundiaí: Paco longo do ensino médio, fica clara a necessidade da integração do pe-
Editorial, 2019.
dagogo com os demais envolvidos no ambiente escolar, a fim de co-
laborarem para essa formação. Assim, busca-se garantir um trabalho
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O pedagogo é aquele que articula e auxilia na aplicação de métodos
de aprendizagem em diferentes níveis de ensino. Sua profissão, assim
como a dos professores, requer uma formação continuada e a busca
constante por formas de trabalho atualizadas em diferentes ambientes.
ATIVIDADES
1. A adolescência, fase em que se está iniciando o ensino médio, é um
momento de muitas transformações biológicas e psicológicas. Essas
transformações alteram o modo dos adolescentes de agir e reagir
diante de algumas situações. Reflita e escreva sobre como o pedagogo
deve atuar diante desse contexto.
Assim, mais uma vez, teoria e prática caminham juntas e devem re-
fletir resultados visíveis, voltados à elaboração de estratégias que apro-
ximem professor, aluno e metodologias, para que juntos construam o
conhecimento e convivam em um ambiente escolar saudável e intera-
tivo. Lembrando que, no ensino médio, o pedagogo é o responsável
para que todo esse trabalho ocorra e por orientar professores frente a
dificuldades nessa condução. Portanto, a boa relação profissional en-
tre pedagogo e professor é imprescindível para que ocorra a interação
entre professor e aluno durante o aprendizado.
Para que isso aconteça, o projeto pedagógico das escolas precisa ser
revisto e reelaborado nessa nova perspectiva, voltada ao pensamen-
to crítico, integrado e com aplicabilidade clara no dia a dia. A revisão
do projeto pedagógico da escola pode ser conduzida pelo pedagogo e
construída de maneira democrática, em que a participação de todos os
envolvidos no processo de ensino-aprendizagem é de extrema impor-
tância para manter as características da cultura escolar, mesmo diante
de grandes mudanças.
ATIVIDADES
1. Conforme refletimos neste capítulo, para que a escola esteja no
caminho das necessidades sociais contemporâneas, é necessário que
o professor adote encaminhamentos e posturas específicas em sala
de aula. Com relação à metodologia aplicada, comente como você
acredita ser a dinâmica adequada para a condução das aulas de hoje.
2. A interdisciplinaridade hoje é um conceito de grande importância
a ser aplicado nas escolas. Sendo assim, descreva o conceito de
interdisciplinaridade e o motivo dessa importância.
3. Entre os desafios encontrados pela escola na sociedade contemporânea,
o uso das tecnologias ainda é um fator a ser trabalhado. Comente por
que esse recurso ainda é um desafio nas escolas.
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2005.
LIBÂNEO, J. C. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005.
PIMENTA, S. G. Professor: formação, identidade e trabalho docente. In: PIMENTA, S. G.
(org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999.
Gabarito 85
2. O dia do brinquedo, além de ser um momento agradável para as
crianças, possui uma função social. Nesse dia, a criança aprende a
compartilhar, cuidar do que não é seu, respeitar a vontade dos colegas,
além de desenvolver a imaginação e a criatividade.
2. A práxis diz respeito à relação entre teoria e prática. É ela que concede
sentido ao que o professor realiza em sala de aula e contribui para o
desenvolvimento da sua identidade frente a sua ação, pois apresenta
elementos teóricos de sua formação que fazem sentido em situações
do dia a dia.
Gabarito 87
durante o transcorrer do ano escolar e proporcionar a aproximação
com o aluno para que a construção do conhecimento ocorra de
maneira efetiva. A consciência de que esses aspectos caminham juntos
deve fazer parte da formação do professor e do trabalho do pedagogo
escolar como condutor do trabalho pedagógico. Além de conhecimento
científico, é necessário o conhecimento do perfil do aluno e de novas
metodologias. Essas metodologias são o grande diferencial do trabalho,
uma vez que, ao optar por metodologias diferenciadas, o aluno será
ativo diante do seu processo de aprendizagem. Assim, a metodologia
deve ser voltada a estimular a participação e a autonomia.