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EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS E PRÁTICAS INCLUSIVAS

CURSO(S) PROPONENTE(S): Educação Especial


ÁREA TEMÁTICA: EDUCAÇÃO E DIREITOS
HUMANOS E PRÁTICAS
INCLUSIVAS

DISCENTES RESPONSÁVEIS: Jéssica Claro Brites Moro


(nome e matrícula)
Matrícula: 47049711

QUANTIDADES DE ALUNOS NO 01
PROJETO

1. Introdução:

A presente pesquisa abrange a Literatura Infantil na Educação Especial,


propondo aos professores métodos diferenciado para se abordar a literatura através
da contação de história, fazendo com que os alunos tenham interesse na leitura e
consigam com isto o hábito de ler. A pesquisa traz como objetivo geral apresentar
as principais contribuições da contação de história para o desenvolvimento
cognitivo de crianças especiais, no intuito de ajudar os professores com ideias e
maneiras de como se utilizar materiais confeccionados por eles mesmos para
contar histórias. Portanto, nesse sentido, quais seriam as principais contribuições
da contação de história para o desenvolvimento cognitivo de crianças especiais?
Através desta pesquisa será possível um entendimento de como os
professores podem trabalhar e incentivar a Literatura Infantil em sala de aula para
crianças especiais através da contação de história.
Nos objetivos específicos desta pesquisa tratam-se de contextualizar a
história da Educação Especial, bem como conceituar seus aspectos; descrever
sobre a Literatura Infantil enfatizando a contação de história; apresentar a contação
de história como recurso para o desenvolvimento cognitivo de crianças especiais.
Este trabalho trata-se de uma pesquisa qualitativa, com revisão bibliográfica e
pesquisa de campo. Segundo Deslandes ( 2002) uma pesquisa qualitativa responde
à questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível
de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de
significados, motivos, aspectos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que
corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos
fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.
Nos resultados e discussões apresentaram-se as principais contribuições da
contação de história para o desenvolvimento cognitivo de crianças especiais,
enfatizando como proposta a caixa de contação de história. As atividades de
contação têm o propósito de auxiliar os professores a ter um momento de interação
com as crianças através da contação de história, fazendo com que surgem
interesses pela leitura.
Nas Considerações finais foi apresentado um pouco da importância da
contação de histórias para as crianças com deficiência, mostrou que a literatura na
Educação Especial pode proporcionar uma aprendizagem mais significativa para os
alunos com necessidades educacionais especiais. É possível afirmar que os alunos
podem ficar mais interessados e participativos nas aulas, nas atividades orais, leitura
e escrita, bem como, nas dramatizações, contação de histórias, o que os possibilitou
uma melhor apresentação em público e interpretações orais e escritas das
atividades propostas com a contação de histórias.

2. Objetivo:

Objetivo Geral:
 apresentar as principais contribuições da contação de história para o
desenvolvimento cognitivo de crianças especiais, no intuito de ajudar os
professores com ideias e maneiras de como se utilizar materiais
confeccionados por eles mesmos para contar histórias.

Objetivos Específicos:
 contextualizar a história da Educação Especial, bem como conceituar seus
aspectos;
 descrever sobre a Literatura Infantil enfatizando a contação de história;
 apresentar a contação de história como recurso para o desenvolvimento
cognitivo de crianças especiais.

3. Caracterização da área:
O trabalho será feito através de uma pesquisa feita na (APAE), a escola por sí é
sustentada através de uma entidade governamental chamada APAE. Vamos
explicar um pouco o que significa a sigla APAE. O trabalho será direcionado para
escolas de atendimentos especializados como APAES. Vamos explicar um pouco o
que significa a sigla APAE e como surgiu esta instituição. A Sigla APAE significa
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e nada mais é que uma associação
que além dos pais e amigos dos excepcionais, a comunidade em geral se uniram
para tratar e prevenir a deficiência e também promover o bem estar e
desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais.
O surgimento das Apaes começou através de alguns pais de crianças com
necessidades especiais que perceberam as necessidades de seus filhos e queriam
que eles fossem incluídos na sociedade como qualquer pessoa, e com isto se
uniram a outros pais e começaram a ir atrás dos direitos das crianças foi ai que
fizeram a associação Apae, e assim junto conquistaram uma Escola para que as
pessoas portadoras de necessidades especiais tivessem uma escola que
soubessem entender suas deficiências e tivessem como atender suas necessidades.

4. Local de execução e público-alvo

Este trabalho está voltado para um público de crianças, onde a comunidade é


carente e possuem entre 8 e 9 anos e que estão freqüentando o Ensino
Fundamental somente em escola especializada, pois quando a criança passa para
Ensino Fundamental a família precisa optar pela frequência por uma escola regular
ou a especializada.
A sala de aula de escolas especializadas como na APAE são distribuídas por
idade e não por tipo de necessidade, ou seja, na sala de aula são encontrados
vários tipos de necessidades especiais diferenciadas. Sendo assim precisa se
pensar em estratégias para prender a atenção dos alunos no momento em que
estiver sendo apresentando uma história para a sala de aula ou trabalhando os
conteúdos planejados.

5. Materiais e métodos de abordagem


O trabalho apresenta fotos de modelos de caixas confeccionadas pelas
acadêmicas, onde dentro delas há fantoches, dedoches, varal de contação de
histórias, marionetes, entre outros. O trabalho apresenta métodos de como utilizar o
material para se contar uma história e enfatiza a importância da literatura na
educação especial. Serão mostrados alguns meios de como se confeccionar uma
caixa de contação de histórias:

Caixa de contação de histórias (ANEXO 1)

Idade recomendada:5 a 7 anos


Materiais
– umacaixa de papelão
– EVAs
– letras de EVA
– tesoura
– estilete
– cola instantânea
– sucatas que possam representar os personagens de um conto de fadas a sua
escolha
Como fazer
Passo 1. Retire as abas superiores da caixa de papelão com um estilete.
Passo 2. Encape a caixa com EVA.
Passo 3. Fixe os babados na caixa com cola instantânea.
Passo 4. Cole as letras de EVA na caixa formando a frase “Caixa de histórias” e a
peça está pronta!

Fantoche (ANEXO 2)

O processo de como fazer fantoches de EVA e TNT exige:


 EVAs com as cores de sua preferência;
 TNT;
 Cola universal, cola para EVA, cola instantânea, cola tudo ou pistola de cola quente,
dependendo de sua preferência de cola para trabalhar com EVA;
 Palito para churrasco;
 Lápis;
 Tesoura comum;
Dedoche (ANEXO 3)

Para fazer esse artesanato você irá precisar de alguns materiais, anote a lista:
 Eva colorido
 Tinta acrílica
 Batedor de espuma
 Kit pinta bolinhas
 Pincel
 Cola para EVA
 Tesoura
 Lápis 6b

Gato Xadrez (ANEXO 4 )

1- Um envelope branco...
2-Recorte os detalhes decorativos
3- Graminha e patinhas
4- Trace com lápis o contorno do gato sobre o envelope, usando o molde
5- Recorte a aba superior do envelope
6- Cole o fundo do envelope na medida de dois centímetros, para deixar o espaço
correspondente à folha de papel a4 que será usada dentro para contar a história.
7- Cole os detalhes do rosto do gatinho.
8- Faça os detalhes, desenhando com uma caneta preta para decoração
9- Recorte a parte interna do desenho, preservando o contorno e os detalhes do
rosto do gato, deixando o desenho vazado.
10- A história fala de um gato colorido, então, vamos criar um papel colorido para
dar sequência à história.
11 - Recorte e cole tiras de papéis coloridos sobre um papel base, intercalando as
cores.
12- Por fim, ordene todos os papéis, seguindo a ordem indicada pela história ...
13- Coloque todos os papéis dentro do envelope.
14- Pronto!agora é só contar a história, de maneira atrativa e lúdica.

MARIONETE(ANEXO 5 )
Você vai precisar de:
• cola branca;
• 1 rolinho de papel higiênico;
• tinta;
• pincel;
• tesoura sem ponta;
• canetinhas coloridas;
• 2 tampinhas do mesmo tamanho;
• barbante;
• folha branca;
• 1 palito de churrasco. M

Em uma folha branca, desenhe e pinte o rosto e o rabo de uma raposa. Ainda com a
tesoura sem ponta, faça um furo na parte superior das tampinhas e as reserve. Com
uma tesoura sem ponta, recorte as peças e reserve. Em um reciique preso. Depois,
cole apenas a pontinha do rabo na parte de trás do rolinho de papel. Passe o
barbante que está preso na tampinha pelo furo da parte inferior do rolinho de papel e
dê um nó para que ele não escape. Faça dois pequenos furos nas laterais do rolinho
de papel, onde ficarão as penas e os braços. Passe os barbantes menores nos furos
de cima, formando assim, os bracinhos. Corte três pedaços de barbante, sendo dois
maiores e um menor. Com uma tesoura sem ponta, corte fora a parte pontuda do
palito de churrasco. Amarre o barbante menor no centro do palito e os dois maiores
nas extremidades. Com a cola branca, cole as pontas dos barbantes maiores nas
tampinhas, sendo uma ponta em cada tampinha. Cole o barbante menor atrás da
cabeça da raposa. Espere a cola secar e pronto!

GALO GRIPADO (ANEXO 6 )


 1 borrifador
 E.V.A
 Cola quente
 Tesoura
 Olhos articulados
VARAL DE HISTÓRIAS (ANEXO 7 )
 Corda
 Pregador
 E.V.A
 Cola quente
 Tesoura
 Olhos articulados

CIGARRA E FORMIGA (ANEXO 8 )


 6 bolas de isopor pequenas
 tinta guache (verde e marrom)
 E.V.A
 Cola quente
 Tesoura
 Olhos articulados
 palito de dente

6. Resultados esperados

Na observação realizada, podemos verificar que não há o hábito de se contar


histórias para as crianças. Quando chegamos na instituição para aplicar a contação
de história, vimos que as crianças sempre que estão sem professor são
encaminhadas para sala de vídeo. Na aplicação da contação de história fomos bem
recebidas na instituição onde nos mostraram uma sala para que pudéssemos
organizar nossos materiais até dar o horário para as crianças irem participar. A
turma selecionada pela escola é do ensino fundamental com seis alunos. Quando as
crianças chegaram na sala nos apresentamos e a primeira coisa que perguntamos
foi se elas ouviam muitas histórias na sala de aula, e nos disseram que não, que só
haviam ouvido história duas vezes, então apresentamos para eles uma caixa de
contação de histórias onde dentro dela haviam varias histórias e de lá escolhemos
duas histórias para contar. Uma delas foi o gato xadrez e a outra o galo gripado,
todos prestarão muita atenção ficavam olhando fixamente para nossa direção
encantados com as historias que estavam ouvindo,
Logo após ter contado as histórias perguntamos a eles se algum deles
gostaria de contar as histórias novamente e dois alunos se propôs a contar.
Contaram a história certinha, e depois pediram para ver as outras histórias que
haviam na caixa, foi um momento mágico. Quando a coordenadora foi busca-los
para levar à sala de vídeo novamente ela perguntou para eles como tinha sido a
história e todos comentaram que tinha sido legal, ela perguntou também porque o
galo gripado tava gripado e logo eles começaram a responder: “é porque ele tomou
sorvete”, “porque ele não obedeceu à mamãe e tava descalço sem sapato”, etc.
Antes deles saírem da sala vieram se despedir com um abraço e falaram que
adoraram as histórias, e perguntaram quando iríamos voltar a contar novas histórias.
Com isto nos apropriamos da fala de Vygotsky (2007), pois para ele o
desenvolvimento humano começa a partir das relações sociais que a pessoa
estabelece no decorrer da vida, e para ele toda a criança precisa de um mediador
para se desenvolver e as pessoas com deficiência não são diferentes, pois elas são
as que mais precisam de um mediador para conseguirem desenvolver suas
atividades.
A contação de história se torna muito importante, pois faz com que a
imaginação da criança seja estimulada, ajudando no processo de leitura, fazendo
com que todos consigam se interagir. Como (COSTA, 2016) afirma,

A Contação de História favorece ainda na formação de


identidade, por representar uma maneira com significados
fortes de expressar inúmeras experiências de cunho cultural,
que de alguma forma estabelece uma relação contador-
ouvinte, tornando-se uma propícia atividade comunicativa.
(COSTA, 2016, p.6).

A contação de história proporciona momentos de interação entre alunos e


professores,faz com que os alunos tenham mais atenção e desenvolve a imaginação
ajudando na coordenação motora através da contação e fazendo o registro da
história.
A contação de história ajuda no processo de ensino aprendizagem na
Eduação Especial, a história traz os valores culturais, onde faz com que algumas
informações sociais e conhecimentos possam ser passados de geração a geração.
Podendo ajudar também a estimular a reflexão e a compreender diversas situações
vividas no cotidiano, porém não compreendidas que cada um possui, faz com que se
desperte a emoção fazendo com que possibilite o entendimento dos conteúdos de
forma lúdica e significativa, ajudando assim na aprendizagem.

7. Cronograma

ATIVIDADES DO 2024
PROJETO AGO SET OUT NOV DEZ
1- Levantamento dos dados /X
pesquisa
2- Visita ao local da ação X
3- Compra do Material x
4- Preparação da apresentação X
5- Realização da atividade na X
escola 01
6- Realização da atividade na X
escola 02
7- Reunião de feedback do grupo x
8- Escrita do relatório de extensão X
9- Envio do relatório de extensão X

8. Referências Bibliográficas

ABRAMOVICH, Fanny; Literatura Infantil: gostosuras e bobices. São Paulo:


Scipione, 1997;

BRASIL, Lei Brasileira de Inclusão nº 13.146 de 2015, LEGISLAÇÃO. Planalto,


s/a. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao/>,Acesso
em:07/03/2024.

BRIGIDO, E. M. M., GRANDE, A. P. de S. S. e T., LANZONI, C. F. O.,


STRAPASSON, C. A. O., VIDA,G. M. R., KNAUT, M. S. J., A ARTE DE CONTAR
HISTÓRIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL. s/a. Disponível em: <
http://www.opet.com.br/faculdade/revista-praxis/pdf/n9/A-ARTE-DE-CONTAR-
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CAPELLINI, V. L. M. F., MACHADO, G. M., SADE, R. M. S., Contos de fadas:
recurso educativo para crianças com deficiência intelectual. Pepsic, jun 2012,
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
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COSTA, Marta Moraes da, Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba:


Ibpex, 2007.

DESLANDES, .F.,NETO,O.C.,GOMES,R.Teoria, método e criatividade. Petrópolis,


2002.

DOMINGUES, F.,ALVES, G. F., ALVES, J., HILLESHEIM, A. I. A.,FACHIN, G. R. B.,


ATIVIDADE DE LEITURA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: USO DA BIBLIOTECA
ESCOLAR E BRINQUEDOTECA, Revista ACB, 2006, Disponível em: <
https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/479/611>, Acesso em: 07/03/2024.

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FARINA, Tatiane de Fatima , A CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E SUA


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GIL, Antonio Carlos, 1946, Como colaborar projetos de pesquisa, 5. ed. – São
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GONZÁLEZ, Eugênio, Necessidades educacionais específicas. Porto Alegre:


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KOHLRAUSCH, Mariana, Passo a passo: caixa de histórias para divertir os


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Disponível em: <http://www.aartedeensinareaprender.com/>, Acesso em:
07/03/2024.

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