Você está na página 1de 17

Toxicologia Veterinária

I N TOX I C A Ç Ã O P O R A N T I B I ÓT I C O S I O N Ó F O R O S

PROFESSORA: MARIANA CORREIA OLIVEIRA


Conceito
• São coccidiostáticos, antimicrobianos, promotores de crescimento e reguladores do pH
ruminal
• Processo de produção dos ionóforos é por fermentação
ANTIBIÓTICOS IONÓFOROS

Narasina
Monensina
Salinomicina
Lasalocida
Maduromicina
ANTIBIÓTICOS IONÓFOROS
Mecanismo de ação
• O ionóforo forma na célula complexos lipídeo-solúveis reversíveis com uma
variedade de cátions mono e divalentes

• A translocação de íons e o rompimento de gradientes iônicos são responsáveis


pelos efeitos terapêuticos e tóxicos dos ionóforos

• Mecanismo igual nos microorganismos e nos mamíferos e aves que ingerem


acidentalmente as doses elevadas
Formas de intoxicação
• Erro na mistura
• Erro de dosagem
• Uso em espécies não alvo
• Potencialização por outras drogas (tiamulin, cloranfenicol, florfenicol,
eritromicina)
Espécies acometidas
• Equinos
• Bovinos
• Búfalos
• Ovinos
• Coelhos
• Suínos
• Aves
• Cães
• Gatos
Sinais clínicos
• A intensidade dos sintomas de intoxicação por ionóforos é dose-dependente:
• Incoordenação motora
• Andar rígido
• Tremor muscular
• Depressão
• Diarreia
• Mioglobinúria
• Redução de ganho de peso
Achados macroscópicos
• Áreas e estrias pálidas no miocárdio e hemorragias subepicárdicas e miocárdicas

• Áreas pálidas no músculo esquelético, principalmente diafragma e quadríceps


femoral

• Hidropericárdio, hidrotórax, edema pulmonar, dilatação cardíaca, ascite, fígado


com aspecto em “noz-moscada”, edema subcutâneo de declive
Achados microscópicos
• Degeneração e necrose de miofibras
• Infiltrado inflamatório por macrófagos
• Mineralização quando ocorre é discreta
• Necrose e congestão centrolobulares hepática/ fibrose
Diagnósticos diferenciais
• Deficiência de vitamina E/ Selênio

• Intoxicação por Senna occidentalis

• Síndrome do estresse em suínos

• Rabdomiólise em equinos
Tratamento
• Não há tratamento específico

• Tratamento suporte com utilização de óleo mineral para impedir maior


absorção pelo intestino

• Soroterapia com fluidos isotônicos endovenosos para combater a desidratação


e choque
Controle e profilaxia
• Utilizar dosagens preconizadas específicas para cada espécie

• Homogeneizar o ionóforo no cocho

• Evitar o uso concomitante com outra droga potencializadora


Figura 1. Posturas atípicas, decúbito lateral e esternal de bezerros búfalos
Murrah devido a paralisia flácida em surto de intoxicação por lasalocida.
Figura 2. Musculatura estriada esquelética com áreas focalmente extensas de palidez em surto
de intoxicação por lasalocida.
Figura 3. Necrose de fibras musculares da língua com aumento da eosinofilia citoplasmática e
picnose nuclear em surto de intoxicação por lasalocida [HE; obj.20x].

Você também pode gostar