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1. Introdução ............................................................................................................................. 5
1.1. Objectivos: ........................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral: ............................................................................................................ 5
1.1.2. Objectivos Específicos: ................................................................................................. 5
2. Sucessão Testamentária ............................................................................................................ 6
2.1. Testamento ............................................................................................................................ 6
2.2.Conceito e natureza do Testamento ....................................................................................... 6
3.Legados ...................................................................................................................................... 7
3.1.O legado para pagamento de dívida ....................................................................................... 9
3.1.1.Legado de Credito .............................................................................................................. 10
3.1.2.Legado de coisas oneradas ................................................................................................ 10
3.1.3.Legado de prestação periódica .......................................................................................... 11
3.1.4.Legado deixado a um menor.............................................................................................. 11
4.Substituição .............................................................................................................................. 11
4.1.Substituição directa............................................................................................................... 11
4.1.1.Substituição plural.............................................................................................................. 12
4.1.2.Substituição Recíproca ....................................................................................................... 12
4.2.1.Substituição fideicomissária............................................................................................... 12
4.2.2.Substituição plural.............................................................................................................. 13
Limite de Validade ....................................................................................................................... 13
Fideicomissários irregulares ........................................................................................................ 13
4.2.3.Substituição fideicomissárias nos legados ......................................................................... 14
4.3.Substituição Pupilar e quase-pupilar .................................................................................... 14
4.3.1.Substituição quase-pupilar................................................................................................. 14
4.3.2.Transformação da substituição pupilar em quase-pupilar ................................................ 14
4.3.3. Nulidade, Anulabilidad ...................................................................................................... 15
5. Testamentaria ......................................................................................................................... 15
5.1. Quem Pode Ser nomeado testamenteiro (art..296) .......................................................... 16
5.1.2. Quem não pode ser nomeado testamenteiro ................................................................. 16
5.1.3. Direito do testamentário................................................................................................... 17
5.2. Obrigacoes do testamenteiro .............................................................................................. 17
5.3. Remuneracao (art..309 LS) ................................................................................................... 18
6.Conclusão ................................................................................................................................. 19
7.Bibliografia ............................................................................................................................... 20
1. Introdução
Com a morte, abre-se a sucessão (ou vocação sucessória) que irá chamar os
herdeiros e legatários à titularidade das relações jurídicas antes pertencentes àquele
que faleceu (art.1 da LS). Existem dois tipos de sucessão quanto à fonte (legal e
voluntária), e cada um deles contém duas espécies diferentes: da sucessão legal
fazem parte a sucessão legitimária e a sucessão legítima, da sucessão voluntária
fazem parte a sucessão contratual e a sucessão testamentária.
Este estudo tem por tema principal o testamento, que é um dos títulos de vocação
sucessória (segundo o artigo 3 da LS), especificamente, da vocação (ou sucessão)
testamentária. A sucessão testamentária encontra-se regulada entre os artigos 160 e
310 da LS. O testamento é um negócio jurídico que, na nossa opinião, merece maior
estudo do que aquele que nos é proporcionado enquanto alunos de Direito.
1.1. Objectivos:
1.1.1. Objectivo Geral:
Falar em torno da Sucessao Testamentaria.
2.1. Testamento
Com a morte de uma pessoa extingue-se a sua personalidade jurídica (artigo 68º, nº 1 do
Código Civil) e algumas das suas relações jurídicas. No entanto, nem todas as relações
jurídicas da pessoa se extinguem com a sua morte. Algumas permanecem e carecem de
um novo titular. Para determinar o novo titular recorre-se à sucessão, definida pelo
artigo 1 da LS como “o chamamento de uma ou mais pessoas a ingressar nas relações
jurídico-patrimoniais de que era titular uma pessoa falecida e a consequente
transferência dos direitos e obrigações desta ”.
2.3.Natureza do Testamento
Quanto à sua natureza, o testamento caracteriza-se por ser um negócio mortis causa, um
negócio jurídico unilateral, não receptício, pessoal, individual, livremente revogável,
formal e de orientação subjetivista.
Trata-se de um negócio mortis causa porque apenas produz os seus efeitos após a morte
do seu autor. Por outras palavras, é um ato jurídico cujos efeitos têm como causa a
morte do autor do testamento e este não se autolimita em vida, uma vez que pode vir a
revogar o testamento. Para além disso, os herdeiros ou legatários só com morte do
testador adquirem os bens deixados.
É também um negócio não receptício, o que significa que não é necessário comunicar o
testamento a pessoa determinada para este ser perfeito e válido. Contudo, é necessário,
para o testamento se tornar eficaz, a produção de um facto: a morte do testador. De
notar que a aceitação ou repúdio da sucessão testamentária é um direito do herdeiro ou
do legatário, autónomo da instituição testamentária, e, por isso, não é um requisito da
perfeição nem da eficácia do testamento.
3.Legados
legado é típico da sucessão testamentária, recaindo, necessariamente, sobre uma coisa
certa e determinada ou uma cifra em dinheiro, sendo, por isso, uma sucessão causa
mortis a título singular, assemelhando-se a uma doação, dela diferindo pelo fato de ser
ato unilateral e produzir efeitos apenas com o falecimento do decujus, o legado envolve
um conceito negativo a respeitodo herdeiro, pois é manifestação de última vontade que
não envolve instituição de herdeiro e constitui liberalidade que diminui o quinhão
daquele; além do mais, o herdeiro representa o defunto, para efeitos patrimoniais.
O legado de coisa alheia é o legado de um direito ou bem de que o testador dispõe não
sendo o seu titular.
Nestas situações, considera-se que houve uma revogação real por parte do testador (art.
292, da LS). Aplicam-se os mesmos princípios nos casos em que o legatário adquire a
coisa deixada em legado, a título oneroso ou gratuito, do autor da sucessão (art.240, nº
1).
A lei considera, em regra, estes legados nulos. Excetuam-se os casos em que a coisa
existe no património do testador no momento da abertura da sucessão (artigos 234, nº 2
e 239), porque só nessa data é que o testamento produz efeitos.
O legado de quitação de dívida importa o perdão desta por parte do testador, que é o
credor, ao legatário devedor, cumprindo-se pela entrega do título ou passando-se a
quitação, abrangendo, salvo disposição em contrário, os juros. Se o legatário nada lhe
dever, caduca o legado; se tiver pago uma parte do débito, reduzir-se-á ao saldo
remanescente, sem direito a restituição.
3.1.1.Legado de Credito
O autor da sucessão pode transmitir, através do testamento, um direito de crédito que
tenha sobre um terceiro, sobre herdeiro onerado ou sobre o legatário ao qual transmite o
direito de crédito. O artigo 244, da LS, consagra, no nº 1, os efeitos deste legado e, no nº
2, o modo de entrega do legado.
O legado de prestação periódica (art. 256 da LS) é um legado constitutivo, pois onera o
legatário com uma obrigação de prestar, obrigação essa que não existia na esfera
jurídica do autor da sucessão. O testador pode fixar o quantitativo da prestação
periódica e a duração do legado. A principal espécie destes legados é o legado de
alimentos (art. 256, nº 2, da LS).
4.Substituição
Na sucessão testamentária (e na sucessão contratual) existem três tipos de substituição:
Substituição direta,
Substituição fideicomissária, e a
Substituição pupilar e quase-pupilar.
4.1.Substituição directa
A substituição direta encontra-se prevista entre os artigos 264 e 268. Começando o
artigo 264 a definir substituição direta: o testador pode substituir outra pessoa ao
herdeiro instituído para o caso de este não poder ou não querer aceitar a herança.
4.1.1.Substituição plural
No artigo 265 prevê-se a substituição plural, em que o testador nomeia várias pessoas
para substituírem um só herdeiro ou nomeia uma só pessoa para substituir vários
herdeiros.
4.1.2.Substituição Recíproca
O testador pode determinar que os co-herdeiros se substituam reciprocamente; a esta
substituição dá-se o nome de substituição recíproca (art. 266 da LS).
4.2.1.Substituição fideicomissária
A substituição fideicomissária encontra-se prevista entre os artigos 269 e 279 da LS.
4.2.2.Substituição plural
O artigo 270 admite a substituição plural, isto é, o testador nomear vários fiduciários
e/ou vários fideicomissários.
Limite de Validade
Fideicomissários irregulares
O artigo 279 manda aplicar as regras sobre a substituição fideicomissária também aos
legados.
O artigo 280 define substituição pupilar como sendo aquela em que o progenitor (que
não esteja inibido total ou parcialmente do poder paternal) se substitui ao(s) seu(s)
filho(s) menor(es) e designa os herdeiros ou legatários do(s) filho(s). Esta substituição
só produzirá efeitos se o filho morrer antes de atingir a maioridade ou se emancipar e
apenas se não lhe sobreviverem descendentes ou ascendentes (art. 280, nº 2 da LS).
A razão pela qual a substituição pupilar apenas produz efeitos se não se o menor não
atingir a maioridade (ou se emancipar) é a aquisição da capacidade testamentária ativa.
Isto é, a substituição pupilar é utilizada para suprir a incapacidade testamentária ativa do
menor (a incapacidade deriva do facto do filho ser menor), uma vez que, atingidos os 18
anos de idade, o substituído adquirirá a capacidade testamentária ativa, como efeito da
maioridade (art. 130º, do Código Civil) e, por isso, poderá testar por si próprio.
4.3.1.Substituição quase-pupilar
Por sua vez, o artigo 281 define substituição quase-pupilar como aquela em que o
substituído é interdito por anomalia psíquica, aplicando-se as regras da substituição
pupilar. Os bens que podem ser abrangidos por estes tipos de substituição são aqueles
que o menor não emancipado ou o interdito por anomalia psíquica recebeu por herança
ou legado daqueles que o substitui (art. 283).
5. Testamentaria
Segundo (MILTON OLIVEIRA) Geralmente o testador nomeia uma ou mais pessoas de
sua confiança, que pode ser um herdeiro, o cônjuge meeiro, um legatário ou uma pessoa
estranha, para que sejam ultimadas as suas disposições definidas no testamento.
A lei das sucessões prevê tal faculdade: "Art. 296 - O testador pode nomear um ou mais
testamenteiros, conjuntos ou separados, para lhe darem cumprimento às disposições de
última vontade." Portanto, o testamenteiro é a pessoa designada para fazer cumpra as
disposições de última vontade do de cujus, exercendo todos os poderes que lhe forem
conferidos e atendendo às obrigações ditadas pelo autor da herança. É, portanto, um
executor do testamento. Saliente-se que o estrangeiro pode ser nomeado testamenteiro,
desde que domiciliado no país. Também o falido pode ser testamenteiro, porque a
testamentária é um encargo privado e a incapacidade do falido diz respeito aos
interesses da massa.
O testamenteiro não tem direito a retribuicao indicada, ainda que atribuida sob a forma
de legado, se não aceitar a testamentaria ou for dela removido; se a testamentaria
caducar por qualquer outra causa, cabe-lhe apenas uma parte da retribuicao proporcional
ao tempo em que exerceu as funcoes.
Quanto ao conteúdo do testamento, este pode ser muito variado, podendo conter
disposições de carácter patrimonial e/ou não patrimonial. O legislador consagrou essas
possibilidades (apenas ter disposições de carácter patrimonial, apenas ter disposições de
carácter não patrimonial ou ter disposições patrimoniais e não patrimoniais) no artigo
160 LS, no mesmo artigo em que nos dá uma noção (não completamente exata) de
testamento.
7.Bibliografia
AMARAL, JORGE AUGUSTO PAIS DE; “Direito da Família e das Sucessões”;
Coimbra; Almedina; 2016.