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PM-SE
Soldado PM – 3ª Classe (Combatente)
Edital Nº 04/2018
AB017-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Informática Básica
• Atualidades
• Conhecimentos Gerais do Estado de Sergipe
• Noções de Direitos Humanos
• Noções de Direito Constitucional
• Noções de Direito Processo Penal
• Noções de Direito Administrativo
Autora
Jaqueline Lima
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Karoline Dourado
Capa
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Matemática
Conjuntos: conceito, igualdade, classificação, pertinência, inclusão, operações de união, interseção e diferença; ........ 01
Sistema de Numeração Decimal e outras bases de numeração; .......................................................................................................... 19
Operações com números naturais; problemas com as quatro operações; expressões numéricas; divisibilidade; múltiplos
e divisores; números primos; fatoração; ......................................................................................................................................................... 01
MDC e MMC e aplicações; ................................................................................................................................................................................... 07
Números Racionais: forma fracionária e forma decimal, operações e problemas; ....................................................................... 01
Medidas: unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, superfície e volume); ......................................................... 19
Grandezas Proporcionais: razão, proporção, ................................................................................................................................................ 11
Regra de três simples e composta; ................................................................................................................................................................... 15
Porcentagem; ............................................................................................................................................................................................................ 74
Juros simples; ............................................................................................................................................................................................................ 77
Equações do Primeiro e do Segundo Grau; .................................................................................................................................................. 23
Noções de Geometria Plana: Triângulos, quadriláteros, polígonos, semelhança, teorema de Pitágoras, áreas e volu-
mes............................................................................................................................................................................................................................47
Funções: tabelas, gráficos, estatísticas. ........................................................................................................................................................... 29
Grau, quadrática, exponencial e logaritmos. ................................................................................................................................................ 29
Matrizes. ...................................................................................................................................................................................................................... 62
Determinantes. ......................................................................................................................................................................................................... 62
Sistema Linear............................................................................................................................................................................................................ 62
Probabilidade e Estatística.................................................................................................................................................................................... 80
Informática Básica
Atualidades
Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia,
energia, política, economia, sociedade, relações internacionais, educação, saúde, segurança e artes e literatura e suas
vinculações históricas. Atualidades e contextos históricos, geográficos, sociais, políticos, econômicos e culturais referen-
tes ao Brasil e ao Mundo e Noções de cidadania........................................................................................................................................ 01
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
1
LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
2
MATEMÁTICA
Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéri-
cas; Frações e operações com frações. ........................................................................................................................................................... 01
Números e grandezas proporcionais: razões e proporções; divisão em partes proporcionais ............................................. 11
Regra de três ............................................................................................................................................................................................................. 15
Sistema métrico decimal ...................................................................................................................................................................................... 19
Equações e inequações......................................................................................................................................................................................... 23
Funções ....................................................................................................................................................................................................................... 29
Gráficos e tabelas .................................................................................................................................................................................................... 37
Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão .......................................................................... 41
Geometria ................................................................................................................................................................................................................... 47
Matriz, determinantes e sistemas lineares .................................................................................................................................................... 62
Sequências, progressão aritmética e geométrica ....................................................................................................................................... 70
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................. 74
Juros simples e compostos .................................................................................................................................................................................. 77
Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização ................................................... 80
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
INFORMÁTICA BÁSICA
A Informática é um meio para diversos fins, com isso acaba atuando em todas as áreas do conhecimento. A sua utiliza-
ção passou a ser um diferencial para pessoas e empresas, visto que, o controle da informação passou a ser algo fundamen-
tal para se obter maior flexibilidade no mercado de trabalho. Logo, o profissional, que melhor integrar sua área de atuação
com a informática, atingirá, com mais rapidez, os seus objetivos e, consequentemente, o seu sucesso, por isso em quase
todos editais de concursos públicos temos Informática.
1.1. O que é informática?
Informática pode ser considerada como significando “informação automática”, ou seja, a utilização de métodos e téc-
nicas no tratamento automático da informação. Para tal, é preciso uma ferramenta adequada: O computador.
A palavra informática originou-se da junção de duas outras palavras: informação e automática. Esse princípio básico
descreve o propósito essencial da informática: trabalhar informações para atender as necessidades dos usuários de maneira
rápida e eficiente, ou seja, de forma automática e muitas vezes instantânea.
Nesse contexto, a tecnologia de hardwares e softwares é constantemente atualizada e renovada, dando origem a equi-
pamentos eletrônicos que atendem desde usuários domésticos até grandes centros de tecnologia.
1
INFORMÁTICA BÁSICA
Vamos observar agora, alguns pontos fundamentais com arquivos dos mais diferentes formatos de compressão,
para o entendimento de informática em concursos públi- tais como: ACE, ARJ, BZ2, CAB, GZ, ISO, JAR, LZH, RAR, TAR,
cos. UUEncode, ZIP, 7Z e Z. Também suporta arquivos de até
Hardware, são os componentes físicos do computador, 8.589 bilhões de Gigabytes!
ou seja, tudo que for tangível, ele é composto pelos peri- Chat é um termo da língua inglesa que se pode tra-
féricos, que podem ser de entrada, saída, entrada-saída ou duzir como “bate-papo” (conversa). Apesar de o conceito
apenas saída, além da CPU (Unidade Central de Processa- ser estrangeiro, é bastante utilizado no nosso idioma para
mento) fazer referência a uma ferramenta (ou fórum) que permite
Software, são os programas que permitem o funciona- comunicar (por escrito) em tempo real através da Internet.
mento e utilização da máquina (hardware), é a parte lógica Principais canais para chats são os portais, como Uol,
do computador, e pode ser dividido em Sistemas Operacio- Terra, G1, e até mesmo softwares de serviços mensageiros
nais, Aplicativos, Utilitários ou Linguagens de Programação. como o Skype, por exemplo.
O primeiro software necessário para o funcionamento Um e-mail hoje é um dos principais meios de comuni-
de um computador é o Sistema Operacional (Sistema Ope- cação, por exemplo:
racional). Os diferentes programas que você utiliza em um
computador (como o Word, Excel, PowerPoint etc) são os canaldoovidio@gmail.com
aplicativos. Já os utilitários são os programas que auxiliam
na manutenção do computador, o antivírus é o principal Onde, canaldoovidio é o usuário o arroba quer dizer
exemplo, e para finalizar temos as Linguagens de Progra- na, o gmail é o servidor e o .com é a tipagem.
mação que são programas que fazem outros programas, Para editarmos e lermos nossas mensagens eletrônicas
como o JAVA por exemplo. em um único computador, sem necessariamente estarmos
Importante mencionar que os softwares podem ser conectados à Internet no momento da criação ou leitura do
livres ou pagos, no caso do livre, ele possui as seguintes e-mail, podemos usar um programa de correio eletrônico.
características: Existem vários deles. Alguns gratuitos, como o Mozilla Thun-
• O usuário pode executar o software, para qualquer derbird, outros proprietários como o Outlook Express. Os dois
uso. programas, assim como vários outros que servem à mesma
• Existe a liberdade de estudar o funcionamento do finalidade, têm recursos similares. Apresentaremos os recur-
programa e de adaptá-lo às suas necessidades. sos dos programas de correio eletrônico através do Outlook
• É permitido redistribuir cópias. Express que também estão presentes no Mozilla Thunderbird.
• O usuário tem a liberdade de melhorar o progra- Um conhecimento básico que pode tornar o dia a dia
ma e de tornar as modificações públicas de modo que a com o Outlook muito mais simples é sobre os atalhos de
comunidade inteira beneficie da melhoria. teclado para a realização de diversas funções dentro do
Entre os principais sistemas operacionais pode-se des- Outlook. Para você começar os seus estudos, anote alguns
tacar o Windows (Microsoft), em suas diferentes versões, atalhos simples. Para criar um novo e-mail, basta apertar
o Macintosh (Apple) e o Linux (software livre criado pelo Ctrl + Shift + M e para excluir uma determinada mensagem
finlandês Linus Torvalds), que apresenta entre suas versões aposte no atalho Ctrl + D. Levando tudo isso em considera-
o Ubuntu, o Linux Educacional, entre outras. ção inclua os atalhos de teclado na sua rotina de estudos e
É o principal software do computador, pois possibilita vá preparado para o concurso com os principais na cabeça.
que todos os demais programas operem. Uma das funcionalidades mais úteis do Outlook para pro-
Android é um Sistema Operacional desenvolvido pelo fissionais que compartilham uma mesma área é o compartilha-
Google para funcionar em dispositivos móveis, como Smar- mento de calendário entre membros de uma mesma equipe.
tphones e Tablets. Sua distribuição é livre, e qualquer pessoa Por isso mesmo é importante que você tenha o conhe-
pode ter acesso ao seu código-fonte e desenvolver aplicati- cimento da técnica na hora de fazer uma prova de con-
vos (apps) para funcionar neste Sistema Operacional. curso que exige os conhecimentos básicos de informática,
iOS, é o sistema operacional utilizado pelos aparelhos pois por ser uma função bastante utilizada tem maiores
fabricados pela Apple, como o iPhone e o iPad. chances de aparecer em uma ou mais questões.
O calendário é uma ferramenta bastante interessante
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares do Outlook que permite que o usuário organize de forma
utilitários (compactadores de arquivos, chat, clientes de completa a sua rotina, conseguindo encaixar tarefas, com-
e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem) promissos e reuniões de maneira organizada por dia, de
forma a ter um maior controle das atividades que devem
Os compactadores de arquivos servem para transfor- ser realizadas durante o seu dia a dia.
mar um grupo de arquivos em um único arquivo e ocu- Dessa forma, uma funcionalidade do Outlook permi-
pando menos memória, ficou muito famoso como o termo te que você compartilhe em detalhes o seu calendário ou
zipar um arquivo. parte dele com quem você desejar, de forma a permitir
Hoje o principal programa é o WINRAR para Windows, que outra pessoa também tenha acesso a sua rotina, o que
inclusive com suporte para outros formatos. Compacta em pode ser uma ótima pedida para profissionais dentro de
média de 8% a 15% a mais que o seu principal concorrente, uma mesma equipe, principalmente quando um determi-
o WinZIP. WinRAR é um dos únicos softwares que trabalha nado membro entra de férias.
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ATUALIDADES
Domínio de tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: desenvolvimento sustentável, ecologia, tecnologia,
energia, política, economia, sociedade, relações internacionais, educação, saúde, segurança e artes e literatura e suas
vinculações históricas. Atualidades e contextos históricos, geográficos, sociais, políticos, econômicos e culturais referen-
tes ao Brasil e ao Mundo e Noções de cidadania........................................................................................................................................ 01
ATUALIDADES
1
ATUALIDADES
SENADO APROVA REFORMA DA LEI DE EXECUÇÃO O texto também promove alterações na lei que institui
PENAL; PROJETO VAI À CÂMARA o sistema nacional de políticas públicas sobre drogas.
PROPOSTA FOI ELABORADA POR COMISSÃO DE No ponto sobre consumo pessoal, a proposta estabe-
JURISTAS CRIADA PARA DEBATER O TEMA. ENTRE AS lece que compete ao Conselho Nacional de Política sobre
MUDANÇAS, ESTÁ O ESTABELECIMENTO DE LIMITE Drogas, em conjunto com o Conselho Nacional de Política
MÁXIMO DE OITO PRESOS POR CELA. Criminal e Penitenciária, estabelecer os indicadores refe-
renciais de natureza e quantidade da substância apreendi-
Senado aprovou nesta quarta-feira (4) um projeto que da, compatíveis com o consumo pessoal.
promove uma reforma da Lei de Execução Penal.
Entre as mudanças previstas na proposta, está a defi- Cumprimento de pena
nição de limite máximo de oito presos por cela. A redação A proposta também prevê a possibilidade do cumpri-
em vigor da lei, que é de 1984, prevê que o condenado mento de pena privativa de liberdade em estabelecimento
“será alojado em cela individual”, situação rara nos presí- administrado por organização da sociedade civil, observa-
dios brasileiros. das as vedações estabelecidas na legislação, e cumpridos
Pela proposta, “em casos excepcionais”, serão admiti- os seguintes requisitos:
das celas individuais. Aprovar projeto de execução penal junto ao Tribu-
A medida também possibilita, como direito do preso, a nal de Justiça da Unidade da Federação em que exercerá
progressão antecipada de regime no caso de presídio su- suas atividades; cadastrar-se junto ao Departamento Pe-
perlotado (veja mais detalhes da proposta abaixo). nitenciário Nacional (Depen); habilitar-se junto ao órgão
O projeto é derivado de uma comissão de juristas cria- do Poder Executivo competente da Unidade da Federação
da pelo Senado para debater o tema. A proposta segue em que exercerá suas atividades; encaminhar, anualmente,
agora para análise da Câmara dos Deputados. ao Depen, relatório de reincidência e demais informações
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HISTÓRIA E GEOGRAFIA E CULTURA DE SERGIPE
1
HISTÓRIA E GEOGRAFIA E CULTURA DE SERGIPE
Deste modo, viveram os sergipanos até 08 de julho de Observe o mapa e veja se você consegue perceber a
1820 quando, através de Carta Régia, D. João VI concedeu delimitação do Estado de Sergipe? A questão dos limites
à Capitania de Sergipe autonomia em relação à capitania ainda se fez presente nas publicações de Ivo do Prado,
da Bahia. Com aquele documento romperam-se todos Limites de Sergipe: discussão entre louvados (1932) e
os laços de dependência em que Sergipe tinha vivido até de Gervásio Prata, Limites de Sergipe (1933). Conforme
então para com a Bahia, e uma nova vida administrativa e Rollemberg (1989), essa polêmica foi mais uma vez,
econômica se estabeleceu e assim ficamos isentos da tutela reaberta no Governo de Augusto Maynard e o presidente
da Bahia. Mesmo a Capitania de Sergipe sendo, a partir desse Getúlio Vargas mostrou-se sensível à questão e nomeou
momento, independente da Bahia, não foi motivo sufi ciente uma comissão para que se chegasse a um bom termo o
para retomar a sua antiga área territorial. Sergipe adquiriu problema do Estado de Sergipe e do Estado da Bahia, mas
sua autonomia, mas não com toda aquela extensão de por razões políticas, o presidente recuou e a questão dos
terras. Sergipe tinha uma nova área, de 21.059Km2, apesar limites continuou em aberto. Nos anos de 1980 o Senador
de muitos livros didáticos como o de Freire (1898) e Lisboa Francisco Rollemberg reabriu a discussão, mas sem sucesso
(1897) fazerem referência a 39.090 km2. Consultando os e assim continuamos com a nossa área.
livros didáticos e os seus mapas referentes a Sergipe, à época
verifiquei que a tal delimitação é confusa e não mostra a A Formação do Território Sergipano sob a Ótica da
linha que separa Sergipe da Bahia na parte ocidental. Isso Cartografia Histórica
porque os limites, não estavam bem definidos. Tinha ainda
a delimitação dos limites meridionais com a Bahia, com o O território, é um fragmento do espaço onde se
mesmo problema. As autoridades do século XIX reclamavam constroem as relações tanto de base materialista quanto
de tal questão e foram muitos os pedidos de reintegração do idealista. O estabelecimento destas relações se dá por
território usurpado. A partir de 1900 a polêmica se acentuou diversas formas, mas a sua compreensão e reconhecimento
e os intelectuais, através de seus trabalhos, revelaram a se utiliza de instrumentos de comunicação, sendo a
disputa acirrada pelos limites interestaduais. O mapa a seguir cartografia um destes instrumentos. O mapa evoluiu junto
data de 1919 e ilustra a situação anunciada. com a humanidade, e foi com as grandes navegações
que se transformou em instrumento preponderante para
o conhecimento. Para se apropriar de algo é necessário
conhecê-lo, e o mapa permite esse conhecimento,
por revelar a historicidade dos espaços geográficos,
possibilitando amplas leituras e interpretações das
formas de organização, da dinâmica e dos processos
significativos de transformação destes. É por meio dos
mapas que compreendemos a conformação do território,
a sua estruturação e os agentes responsáveis por sua
transformação.
Enquanto no território se estabelece limites, poderes,
identidades, usos e ocupações, o mapa serve como
ferramenta de representação de tudo aquilo que está
compreendido no espaço. Nesta mesma perspectiva, o
território sergipano serviu estrategicamente para a defesa
das terras descobertas contra os povos inimigos e de suporte
às principais povoações e províncias da região, bem como
de geração de divisas para a corte com o desenvolvimento
de atividades econômicas. Estes elementos constituem os
primeiros agentes transformadores do território sergipano,
e para entender estas transformações, a leitura de mapas
antigos foi o instrumento primordial para levantar a
historicidade de formação deste território. O presente
trabalho pretende mostrar a modificação do território
sergipano ao longo dos séculos XVII e XIX, sob a ótica da
cartografia, identificando nos mapas antigos, elementos
marcantes dessas modificações do território e interpretando
as informações que os autores queriam passar para o leitor.
Sua execução consistiu em uma pesquisa bibliográfica,
utilizando material bibliográfico já existente, com ênfase
em livros, artigos científicos e mapas antigos. Realizou-se
uma revisão da literatura sobre os conceitos de território,
seus processos e evoluções, bem como da cartografia, sua
história, técnicas e evoluções.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
2 COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos 7 COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos
Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
3 ASSIS, Olney Queiroz. O estoicismo e o Direito: justiça, 8 CÍCERO, Marco Túlio. Da República. Tradução Amador
liberdade e poder. São Paulo: Lúmen, 2002. Cisneiros. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
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NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
impotente ante os maus. Essa lei não pode ser contestada, fundamental naquele contexto histórico de falta de limites
nem derrogada em parte, nem anulada; não podemos ser ao soberano12. A Magna Carta de 1215 instituiu ainda um
isentos de seu cumprimento pelo povo nem pelo senado; Grande Conselho que foi o embrião para o Parlamento
não há que procurar para ela outro comentador nem inglês, embora isto não signifique que o poder do rei não
intérprete; não é uma lei em Roma e outra em Atenas, - tenha sido absoluto em certos momentos, como na dinastia
uma antes e outra depois, mas uma, sempiterna e imutável, Tudor. Havia um absolutismo de fato, mas não de Direito.
entre todos os povos e em todos os tempos”. Em geral, o absolutismo europeu foi marcado
Com a queda do Império Romano, iniciou-se o período profundamente pelo antropocentrismo, colocando o
medieval, predominantemente cristianista. Um dos homem no centro do universo, ocupando o espaço de
grandes pensadores do período, Santo Tomás de Aquino Deus. Naturalmente, as premissas da lei natural passaram
(1225 d.C. -1274 d.C.)9, supondo que o mundo e toda a a ser questionadas, já que geralmente se associavam à
comunidade do universo são regidos pela razão divina dimensão do divino. A negação plena da existência de
e que a própria razão do governo das coisas em Deus direitos inatos ao homem implicava em conferir um poder
fundamenta-se em lei, entendeu que existe uma lei eterna irrestrito ao soberano, o que gerou consequências que
ou divina, pois a razão divina nada concebe no tempo e é desagradavam a burguesia.
sempre eterna. Com base nisso, Aquino10 chamou de lei O príncipe, obra de Maquiavel (1469 d.C. - 1527 d.C.)
natural “a participação da lei eterna na lei racional”. Sobre considerada um marco para o pensamento absolutista,
o conteúdo da lei natural, definiu Aquino (2005, p. 562) relata com precisão este contexto no qual o poder
que “todas aquelas coisas que devem ser feitas ou evitadas do soberano poderia se sobrepor a qualquer direito
pertencem aos preceitos da lei de natureza, que a razão alegadamente inato ao ser humano desde que sua atitude
prática naturalmente apreende ser bens humanos”. Logo, garantisse a manutenção do poder. Maquiavel13 considera
a lei natural determina o agir virtuoso, o que se espera do “na conduta dos homens, especialmente dos príncipes,
homem em sociedade, independentemente da lei humana. contra a qual não há recurso, os fins justificam os meios.
Com a concepção medieval de pessoa humana é que se Portanto, se um príncipe pretende conquistar e manter o
iniciou um processo de elaboração em relação ao princípio poder, os meios que empregue serão sempre tidos como
da igualdade de todos, independentemente das diferenças honrosos, e elogiados por todos, pois o vulgo atenta
existentes, seja de ordem biológica, seja de ordem cultural. sempre para as aparências e os resultados”.
Foi assim, então, que surgiu o conceito universal de direitos Os monarcas dos séculos XVI, XVII e XVIII agiam de
humanos, com base na igualdade essencial da pessoa11. forma autocrática, baseados na teoria política desenvolvida
No processo de ascensão do absolutismo europeu, até então que negava a exigência do respeito à Ética,
a monarquia da Inglaterra encontrou obstáculos para se logo, ao direito natural, no espaço público. Somente
estabelecer no início do século XIII, sofrendo um revés. num momento histórico posterior se permitiu algum
Ao se tratar da formação da monarquia inglesa, em 1215 resgate da aproximação entre a Moral e o Direito, qual
os barões feudais ingleses, em uma reação às pesadas seja o da Revolução Intelectual dos séculos XVII e XVIII,
taxas impostas pelo Rei João Sem-Terra, impuseram-lhe com o movimento do Iluminismo, que conferiu alicerce
a Magna Carta. Referido documento, em sua abertura, para as Revoluções Francesa e Industrial - ainda assim a
expõe a noção de concessão do rei aos súditos, estabelece visão antropocentrista permaneceu, mas começou a se
a existência de uma hierarquia social sem conceder poder consolidar a ideia de que não era possível que o soberano
absoluto ao soberano, prevê limites à imposição de impusesse tudo incondicionalmente aos seus súditos.
tributos e ao confisco, constitui privilégios à burguesia e Com efeito, quando passou a se questionar o conceito
traz procedimentos de julgamento ao prever conceitos de Soberano, ao qual todos deveriam obediência, mas
como o de devido processo legal, habeas corpus e júri. que não deveria obedecer a ninguém. Indagou-se se os
Não que a carta se assemelhe a uma declaração de direitos indivíduos que colocaram o Soberano naquela posição
humanos, principalmente ao se considerar que poucos (pois sem povo não há soberano) teriam direitos no regime
homens naquele período eram de fato livres, mas ela foi social e, em caso afirmativo, quais seriam eles. As respostas
a estas questões iniciam uma visão moderna do direito
9 AQUINO, Santo Tomás de. Suma teológica. Tradução Aldo
natural, reconhecendo-o como um direito que acompanha
Vannucchi e Outros. Direção Gabriel C. Galache e Fidel García Rodríguez.
Coordenação Geral Carlos-Josaphat Pinto de Oliveira. Edição Joaquim o cidadão e não pode ser suprimido em nenhuma
Pereira. São Paulo: Loyola, 2005b. v. VI, parte II, seção II, questões 57 a circunstância.14
122. 12 AMARAL, Sérgio Tibiriçá. Magna Carta: Algumas
Contribuições Jurídicas. Revista Intertemas: revista da Toledo. Presidente
10 AQUINO, Santo Tomás de. Suma teológica. Tradução Aldo Prudente, ano 09, v. 11, p. 201-227, nov. 2006.
Vannucchi e Outros. Direção Gabriel C. Galache e Fidel García Rodríguez.
Coordenação Geral Carlos-Josaphat Pinto de Oliveira. Edição Joaquim 13 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução Pietro Nassetti.
Pereira. São Paulo: Loyola, 2005b. v. VI, parte II, seção II, questões 57 a São Paulo: Martin Claret, 2007.
122.
14 COSTA, Paulo Sérgio Weyl A. Direitos Humanos e Crítica
11 COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Moderna. Revista Jurídica Consulex. São Paulo, ano XIII, n. 300, p. 27-
Direitos Humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. 29, jul. 2009.
2
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
1
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
O Poder Legislativo era exercido pelo Congresso Na- A CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – 1937
cional, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal. O poder dos estados (antigas províncias) foi signi- No dia 10 de novembro de 1937, depois de fechar o
ficativamente ampliado com a introdução do princípio fe- Congresso e assinar uma nova Constituição, Vargas fez um
deralista. Os estados passaram a organizar-se com leis pró- pronunciamento, transmitido pelo rádio, em que procura-
prias, desde que respeitando os princípios estabelecidos va justificar a instauração do novo regime. Em sua “Procla-
pela Constituição Federal. Seus governantes, denominados mação ao povo brasileiro”, defendia o golpe como a única
presidentes estaduais, passaram a ser eleitos também pelo alternativa possível diante do clima de desagregação e de
voto direto. Foi abolida a religião oficial com a separação afronta à autoridade em que mergulhara a nação. Referia-
entre o Estado e a Igreja Católica, cuja unidade era fixada -se, entre outras coisas, ao perigo do comunismo, lembran-
pela antiga Constituição Imperial. do a radicalização política que atingira o país. Anunciava,
ainda, uma série de medidas com que pretendia promover
Durante grande parte da Primeira República (1889- o bem-estar e o desenvolvimento da nação.
1930) desenvolveu-se um intenso debate sobre a necessi- Entre essas medidas, destacavam-se a submissão dos
dade de se reformar a Constituição de 1891. Muitos refor- governadores dos estados ao governo federal e a elimi-
madores defendiam a ampliação dos poderes da União e nação dos órgãos legislativos, o que levaria à criação de
do presidente da República como forma de melhor enfren- novas interventorias e departamentos administrativos. O
tar as pressões advindas dos grupos regionais. A Emenda jogo político representativo era eliminado em nome da efi-
Constitucional de 1926 iria em parte atender a essas de- ciência e da racionalidade do Estado. O argumento para
mandas centralizadoras. A Revolução de 1930 encerraria o fortalecer o Poder Executivo era que a Constituição de
período de vigência dessa primeira carta republicana. 1934, com seu liberalismo, o havia enfraquecido e tornado
vulnerável aos interesses privados. Por isso fora outorgada
A CONSTITUIÇÃO REPUBLICANA – 1934 a Constituição de 1937, que concentrava o poder político
nas mãos do presidente da República.
Após oito meses de discussões, finalmente, no dia 16 de
julho de 1934, foi promulgada a nova Constituição. A impor- O golpe foi seguido de uma forte repressão, a cargo da
tância dos estados foi assegurada pela vitória do princípio polícia política, que atingiu não apenas os comunistas ou os
federalista. Ao mesmo tempo, ampliou-se o poder da União liberais, mas mesmo aqueles que advogavam uma ideologia
nos novos capítulos referentes à ordem econômica e social. semelhante à do novo regime e supunham ser seus aliados:
As minas, jazidas minerais e quedas d’água deveriam ser na- os integralistas. Foi assim que, junto com os demais parti-
cionalizadas, assim como os bancos de depósito e as empre- dos políticos, a Aliança Integralista Brasileira foi fechada por
sas de seguro. No plano da política social foram aprovadas decreto presidencial. Em reação, seria deflagrado o levante
medidas que beneficiavam os trabalhadores, como a criação integralista em maio de 1938, logo desbaratado.
da Justiça do Trabalho, o salário mínimo, a jornada de tra-
balho de oito horas, férias anuais remuneradas e descanso A propaganda do regime e a repressão a seus oposi-
semanal. Mas o governo sofreu uma importante derrota com tores seriam duas faces do Estado Novo muito bem repre-
a aprovação da pluralidade e da autonomia sindicais em lugar sentadas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda
do sindicato único por categoria profissional. (DIP). Criado para difundir a ideologia do Estado Novo jun-
Outra novidade importante foi a introdução de um ca- to às camadas populares e, a partir do ideário autoritário
pítulo exclusivo sobre a família, que em grande parte decor- do regime, contribuir para a construção da identidade na-
reu da pressão da bancada católica. Entre outras conquistas, cional, o DIP exercia também uma forte censura aos meios
a Igreja obteve a oficialização do casamento religioso. de comunicação, suprimindo eventuais manifestações de
descontentamento.
A Constituição estabeleceu ainda que a primeira elei-
ção presidencial após sua promulgação seria feita indire- Fiel ao princípio de que era necessário aplacar as dis-
tamente, pelo voto dos membros da Assembleia Nacional putas políticas para promover o desenvolvimento do país,
Constituinte. As futuras eleições deveriam realizar-se pelo também no plano administrativo o governo do Estado
voto direto. No dia 17 de julho Getúlio Vargas foi eleito com Novo buscou eficiência e racionalidade. Procurou implan-
175 votos contra 71 dados aos demais candidatos, entre os tar, no recrutamento do funcionalismo, a lógica da forma-
quais se incluíam Borges de Medeiros e Góes Monteiro. ção profissional, da capacidade técnica e do mérito, em
A Constituição de 1934 teve vida curta. Ao mesmo tem- substituição à da filiação partidária ou da indicação políti-
po em que tentou estabelecer uma ordem liberal e moderna, ca. Para tanto, foi criado em 1938 um órgão especialmente
buscou também fortalecer o Estado e seu papel diretor na voltado para a reforma e a modernização da administração
esfera econômico-social. O resultado não agradou a Vargas, pública, o Departamento Administrativo do Serviço Públi-
que se sentiu tolhido em seu raio de ação pela nova carta. co (DASP). Anos mais tarde, a preocupação com a forma-
Em seu primeiro pronunciamento, Getúlio tornou pública ção de pessoal para atuar na administração daria origem à
sua insatisfação; em círculos privados, chegou a afirmar que Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi o desejo de dispor de
estava disposto a ser o “primeiro revisor da Constituição”. informações estatísticas confiáveis que levou à valorização
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
2
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL
1
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Legalidade
É o princípio básico de todo o Direito Público.
PRINCÍPIOS. REGIME JURÍDICO Toda ação do administrador público deve ser estrita-
ADMINISTRATIVO. mente dentro do que a lei determina.
Enquanto na iniciativa privada, tudo o que não for proi-
bido é permitido, na Administração Pública tudo o que não
for permitido é proibido.
A estrutura do Estado Brasileiro é uma República, ou Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer al-
seja, o Chefe de Estado é eleito pelo povo, Republica essa
guma coisa senão em virtude de lei (art. 5.º, II, da CF). O
formada pela União, Estados e Municípios, onde o exercício
princípio da legalidade representa uma garantia para os
do poder é atribuído a Poderes distintos, independentes
e harmônicos entre si, sendo esses poderes o Legislativo administrados, pois qualquer ato da Administração Públi-
(responsável pela elaboração das leis), Executivo (execução ca somente terá validade se respaldado em lei. Representa
dos programas de governo) e Judiciário (solucionador dos um limite para a atuação do Estado, visando à proteção do
conflitos entre cidadãos, entidades e Estado). administrado em relação ao abuso de poder.
Além dessas características a Estrutura apresenta um O princípio em estudo apresenta um perfil diverso no
sistema político pluripartidário, ou seja, é cabível o surgi- campo do Direito Público e no campo do Direito Privado.
mento e a regularização de vários partidos políticos, sendo No Direito Privado, tendo em vista o interesse privado, as
esses, a associação livre e voluntaria de pessoas que co- partes poderão fazer tudo o que a lei não proíbe; no Direito
mungam dos mesmos objetivos, interesses e ideais. Público, diferentemente, existe uma relação de subordina-
A Administração Pública é a atividade do Estado exer- ção perante a lei, ou seja, só se pode fazer o que a lei ex-
cida pelos seus órgãos encarregados do desempenho das pressamente autorizar.
atribuições públicas, em outras palavras é o conjunto de Nesse caso, faz-se necessário o entendimento a respei-
órgãos e funções instituídos e necessários para a obtenção to do ato vinculado e do ato discricionário, posto que no
dos objetivos do governo. ato vinculado o administrador está estritamente vinculado
A atividade administrativa, em qualquer dos poderes ao que diz a lei e no ato discricionário o administrador pos-
ou esferas, obedece aos princípios da legalidade, impessoa- sui uma certa margem de discricionariedade. Vejamos:
lidade, moralidade, publicidade e eficiência, como impõe a
a) No ato vinculado, o administrador não tem liberda-
norma fundamental do artigo 37 da Constituição da Re-
de para decidir quanto à atuação. A lei previamente estabe-
pública Federativa do Brasil de 1988, que assim dispõe em
seu caput: “Art. 37. A administração pública direta e indireta lece um único comportamento possível a ser tomado pelo
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito administrador no fato concreto; não podendo haver juízo
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legali- de valores, o administrador não poderá analisar a conve-
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, niência e a oportunidade do ato.
também, ao seguinte”. b) O ato discricionário é aquele que, editado debaixo
da lei, confere ao administrador a liberdade para fazer um
Antes de falarmos dos princípios que regem a Admi- juízo de conveniência e oportunidade.
nistração Federal em específico, vamos discorrer sobre os A diferença entre o ato vinculado e o ato discricionário
princípios básicos da Administração Pública. está no grau de liberdade conferido ao administrador.
Para auxiliar no processo de memorização de vocês, Tanto o ato vinculado quanto o ato discricionário só
vamos fazer uso do mnemônico: L I M P E poderão ser reapreciados pelo Judiciário no tocante à sua
L (legalidade); I (impessoalidade); M (moralidade); P legalidade, pois o judiciário não poderá intervir no juízo de
(publicidade); e E (eficiência). valor e oportunidade da Administração Pública.
Esses princípios têm natureza meramente exemplifica- Importante também destacar que o princípio da lega-
tiva, posto que representam apenas o mínimo que a Admi- lidade, no Direito Administrativo, apresenta algumas exce-
nistração Pública deve perseguir quando do desempenho ções: Exemplo:
de suas atividades. Exemplos de outros princípios: razoabi-
a) Medidas provisórias: são atos com força de lei que
lidade, motivação, segurança das relações jurídicas.
só podem ser editados em matéria de relevância e urgên-
Os princípios da Administração Pública são regras que
cia. Dessa forma, o administrado só se submeterá ao pre-
surgem como parâmetros para a interpretação das demais
normas jurídicas. Têm a função de oferecer coerência e har- visto em medida provisória se elas forem editadas dentro
monia para o ordenamento jurídico. Quando houver mais dos parâmetros constitucionais, ou seja, se presentes os
de uma norma, deve-se seguir aquela que mais se compa- requisitos da relevância e da urgência;
tibiliza com a Constituição Federal, ou seja, deve ser feita b) Estado de sítio e estado de defesa: são momentos
uma interpretação conforme a Constituição. de anormalidade institucional. Representam restrições ao
Os princípios da Administração abrangem a Adminis- princípio da legalidade porque são instituídos por um de-
tração Pública direta e indireta de quaisquer dos Poderes creto presidencial que poderá obrigar a fazer ou deixar de
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios fazer mesmo não sendo lei.
(art. 37 da CF/88).
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO