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Ginecologia

Anamnese Ginecológica A dor piora ou melhora durante a menstruação?


A dor piora ou melhora com a atividade sexual?

Fases da Vida da Mulher Checar se houve consultas anteriores, exames,


tratamentos, resultados.
Menarca: nesse período, a menstruação da menina ainda é Checar o estado da paciente no momento da consulta.
irregular em virtude da imaturidade do eixo hipotálamo-
hipófise-ovários, logo o importante é informar e Sintomas mamários
tranquilizar a paciente sobre essas mudanças. Mastite (inflamação)
Menacme: é o período fértil, entre menarca e menopausa. Mastalgia (dor mamária)
Menopausa: não é um período. A menopausa é um marco do Mastodinia (dor mamária que precede a menstruação);
climatério, um período em que as funções ovarianas estão Nódulos
diminuídas. É a última menstruação, em que há amenorreia Derrame papilar
por pelo menos 12 meses, dando início à fase de senectude. Abcesso mamário
identificação Fibrose peritumoral

Nome
Leucorreia (corrimento vaginal)
Idade
Caracterizar:
Sexo
Duração
Cor (mulheres negras tendem a apresentar leiomioma
Primeira vez que teve?
uterino mais frequentemente que mulheres brancas)
Quantidade
Religião
Cor
Estado civil
Consistência
Escolaridade
Odor
Profissão
Dor ou ardor
Procedência/Naturalidade
Prurido vulvar
Endereço/Telefone
Relação com a menstruação ou com a atividade sexual
queixa principal Uso de medicamento ou tratamento
Motivo da consulta: “o que lhe trouxe aqui?”. Evolução
Registrar o tempo de aparecimento.
Colocar com as palavras da paciente utilizando aspas. Sintomas do climatério
Principais queixas ginecológicas: Ondas de calor (fogacho)
1. Dor Ressecamento vaginal
2. Sangramento irregular Insônia
3. Corrimento vaginal Irritabilidade
4. Tumor Ansiedade
Osteoporose
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
Uso de linguagem técnica. Observação: sempre relacionar os sintomas relatados à
Registro do início dos sintomas e como foi sua menstruação e à atividade sexual.
instalação (aguda ou crônica / súbita ou gradual).
Evolução dos sinais e sintomas. ISDA
Características dos sintomas: Interrogatório Sistemático de Diversos Aparelhos.
1. Localização Pode ser realizado no sentido céfalo-podálico para
2. Irradiação facilitar sua investigação.
3. Tipo de dor (cólica, pontada, aperto) Sintomas mais importantes:
4. Duração 1. Intestinais
5. Intensidade 2. Urinários: disúria, polaciúria, poliúria, incontinência
6. Frequência urinária (de esforço ou de urgência), urgência urinária
7. Fatores de melhora ou piora (medicamentos,
alimentação, respiração, posição, esforço, etc)
Antecedentes Familiares
Grau de parentes: pais, irmãos, filhos, avós maternos e
8. Outros sintomas associados (se houver)
paternos, tios, primos.
Doenças: HAS, DM, AVC, obesidade.
Alergias: asma, anafilaxia.
Antecedentes sexuais
Sexarca ou Coitarca: primeira relação sexual.
Câncer: útero, ovário e mama.
Número de parceiros: deixar pergunta aberta (quantos
Uso de drogas lícitas e ilícitas: tabagismo, etilismo.
no último ano?).
Obstétricos e neonatais: malformações congênitas,
Libido: normal, diminuída, aumentada, ausente.
gemelaridade, DHEG, DMG, doença trofoblástica,
Orgasmo: prazer da excitação sexual atinge o máximo
doenças genéticas.
de intensidade.
Doenças infectocontagiosas: Tuberculose, Hanseníase,
Sinusorragia: sangramento durante a relação sexual ou
Malária, Filariose, Dengue, etc...
imediatamente após. Pode indicar pólipo endocervical
Se algum parente próximo faleceu, relatar qual foi a
ou câncer de colo uterino.
causa e se estava relacionada a alguma dessas doenças.
Dispareunia: dor durante a relação sexual.
ANTECEDENTES PESSOAIS 1. Penetração: pode estar relacionada à secura vaginal,
Doenças da infância: sarampo, rubéola, caxumba. vaginismo e infecções.
Doenças: HAS, DM, AVC, obesidade, TEV, varizes. 2. Profundidade: pode estar relacionada à DIP (doença
Doenças infectocontagiosas. inflamatória pélvica) ou cisto de ovário.
Alergias: asma, anafilaxia, medicamento, alimento.
Uso de drogas lícitas e ilícitas: tabagismo? Etilismo? se
ANTECEDENTES ginecológicos
sim, frequência e tempo de uso. Sintomatologia ginecológica
Exercícios físicos: qual a atividade? Frequência por Leucorreia
semana? Queixas vulvares: prurido, tumor, ardor, edema
Internações prévias: motivo? Quanto tempo Prurido vaginal
permaneceu internada? Dor genital
Cirurgias prévias: Quando? Quantas? Quais as Dor pélvica aguda ou crônica
indicações? Queixas mamárias
Vacinação: atualizada ou desatualizada.
Doenças ginecológicas prévias
ANTECEDENTES menstruais Miomatose uterina
Menarca: primeira menstruação. Síndrome do Ovário Policístico
Data da última menstruação (DUM). Endometriose
Características do ciclo menstrual: Vulvovaginites
1. Duração do fluxo menstrual Pólipos endometriais e cervicais
2. Intervalo entre o início das menstruações Sangramento uterino disfuncional
3. Atraso menstrual/Amenorréia
4. Alterações menstruais/sangramento irregular Infeções sexualmente transmissíveis (ISTs)
5. Intensidade do fluxo menstrual Tipo de exposição sexual
6. Cor do sangue Presença de úlceras genitais
7. Dismenorreia ou outros sintomas Uso inadequado de preservativo
8. Síndrome pré-menstrual Tempo de doença
Herpes genital; Hepatites; Sífilis; Linfogranuloma
Dismenorreia: caracterizar a dor que ocorre durante o venéreo; Cancro mole; Donovanose
período menstrual e se há uso de medicamentos. Cervicite e uretrite: Clamídia (Chlamydia tracomatis),
Síndrome pré-menstrual: cefaleia, irritabilidade, Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae), Micoplasma
intolerância emocional, distensão abdominal, mastalgia. (Mycoplasma genitalium )
Menopausa: DUM, idade, sinais e sintomas apresentados na
ocasião, natural ou cirúrgico (histerectomia ou Cirurgias prévias
ooforectomia), uso de TRH (qual? Tempo de uso?). Cauterização, CAF (cirurgia de alta frequência),
histerectomia, ooforectomia
Termos técnicos
Polimenorréia: ciclo menstrual < 24 dias Neoplasias benignas e malignas
Oligomenorréia: ciclo menstrual > 35 dias Mama, vulva, vagina ou colo uterino
Amenorréia: ausência de menstruação regular > 3 ciclos
Hipermenorreia: menstruação que dura > 8 dias Exames ginecológicos
Hipomenorreia: menstruação que dura < 2 dias Anotar últimos resultados e resultados alterados:
Menorragia: sangramento menstrual volumoso Já realizou? Periodicidade?
Metrorragia: sangramento intenso fora da menstruação Preventivo/Colpocitologia oncótica (PCCU): após o
Menometrorragia: começa como uma hipermenorréia ou início da vida sexual o preventivo é indicado
menorragia e transforma-se em menometrorragia anualmente
Colposcopia
Amamentação
USG mamária
Previne câncer de mama, de ovário e de útero
USG transvaginal ou pélvica
Idade que amamentou o primeiro filho
Mamografia: após os 40 anos, quando não há fatores de
Sucessos e insucessos na amamentação
risco genéticos para o câncer de mama, a mamografia
Doenças na amamentação: mastite, dor ou trauma
deve ser realizada anualmente.
mamário, candidíase, ingurgitamento, abscesso
Densitometria óssea
mamário.
Exames Laboratoriais
Anticoncepção e medicamentos
Método anticoncepcional (MAC)
Após os 40 anos, a lipossubstituição do tecido
Camisinha (códon)
fribroglandular mamário para tecido adiposo
CHO (contraceptivo hormonal oral)/ CHIM/T (injetável
torna-se mais evidente. Na mamografia, o
tecido adiposo tem um aspecto escurecido, o mensal ou trimestral): há quanto tempo, efeitos,
que permite a melhor visualização de satisfação
calcificações que podem indicar malignidade. DIU (dispositivo intrauterino)
Ou seja, a mamografia não está indicada para Diafragma
pacientes jovens, mas sim o USG de mamas. Anel vaginal
Segundo o INCA e Ministério da Saúde, o Pílula do dia seguinte
rastreio de CA de mama na população alvo
geral se inicia a partir dos 50 anos, sendo
Medicamentos de uso contínuo
realizado de forma bianual. Já a Sociedade
Brasileira de Mastologia e a FEBRASGO, Anti-hipertensivos
orientam que o rastreio deve se iniciar aos 40 Antilipemicos
anos e ser realizado de forma anual. Hipoglicemiantes
Antidepressivos

antecedentes obstétricos Condições Socioeconômicas e Culturais


Condições de habitação
Gestação, Parto Paridade
Saneamento básico, coleta de lixo, água encanada
Número de Gestações (G)
Renda familiar/trabalho dos moradores
Número de Partos (P)
Número de Abortamentos (A) HÁBITOS
Ingestão hídrica e alimentação
Tipos de partos
Sono, lazer e práticas religiosas
Número de partos vaginais ou cesarianos
PN: parto natural; PC: parto cesáreo
Qual intervalo de tempo e qual idade no primeiro parto
e último parto? Exame Físico Ginecológico
Idade gestacional

Intercorrências Obstétricas preparação


Pré-natal completo ou incompleto Sala de Exame
Diabetes Mellitus Gestacional Divisória
Doença Hipertensiva Específica da Gravidez Mesa ginecológica (com perneiras)
Hemorragias: DPP, Placenta prévia Foco de luz
Infecções puerperais Banquinho (mocho)
Necessidade de internação após o nascimento do filho Mesa auxiliar
Materiais para o exame
Características dos filhos ao nascer Balança ergométrica
Chorou ao nascer Aparelho de pressão
Peso e Apgar Estetoscópio
Malformações;
Necessitou de internação hospitalar Examinador
Necessitou de manobras de reanimação Explicar o procedimento para a paciente
Filho natimorto ou óbito fetal Lavar as mãos
Tipagem sanguínea da mãe e dos filhos Jaleco limpo e fechado
Cabelos presos
Unhas curtas e limpas
Sapato fechado
Paciente
Esvaziar bexiga
Retirar roupa e colocar avental

Divisão do Exame Físico


Exame físico geral
Exame das mamas
Exame do abdome
Exame ginecológico
Posição da Paciente
Em pé ou sentada (preferencialmente)
Coluna reta e mãos sobre as coxas
eXAME FÍSICO GERAL Despida e com foco de luz sobre as mamas
Estado Geral (fácies)
Temperatura Inspeção Estática
Pele e Mucosas Pele: presença de lesões, cicatriz, retrações,
Tireoide abaulamentos, edema, eritema, circulação colateral.
Pulso Nódulos visíveis (tumores superficiais acima de 1 cm).
Pressão Arterial Simetria: leve assimetria é normal.
Ausculta Cardíaca Número de mamilos e mamas.
Ausculta Pulmonar Tamanho: grande, médio ou pequeno.
Peso e Altura (IMC) Formato: cônica, convexa, pendular, pendular
volumosa.
Tireoide e IMC podem influenciar em alterações Formato da papila: protusas, planas, retrovertidas.
menstruais. Cor da aréola: rosa, marrom, preta.
EXAME DAS MAMAS
A cor da aréola é normalmente mais escura que o tom de
1. Inspeção estática
pele, pois trata-se de uma região com mais melanócitos.
2. Inspeção dinâmica
3. Palpação das mamas
Algumas alterações:
4. Expressão
1. Amastia: ausência congênita (uni ou bilateral) de
5. Palpação dos gânglios
glândula mamária.
2. Polimastia: glândulas mamárias a mais na linha láctea
Estruturas Mamárias
(região axilar à região inguinal).
Papila: projeção (normalmente no 4º espaço intercostal
3. Atelia: ausência congênita do mamilo.
tanto em homens como em mulheres).
4. Politelia: mamilos extras sem glândula mamária.
Aréola: pele enrugada que circunda a papila.
Cauda de Spence: prolongamento do tecido mamário em
Inspeção Dinâmica
direção axilar.
Paciente realiza movimentos de contração do peitoral. Caso
Glândulas ou tubérculos de Montgomery: glândulas
um tumor esteja aderido a ele, haverá retração do tecido
areolares que ficam aumentadas durante a gravidez
mamário.
(mulher gravídica) ou durante a lactação (mulher
puerperal).
Pedir para paciente realizar 4 movimentos:
1. Dois deles alteram a tensão nos ligamentos suspensores
Divisão Anatômica da Mama - Quadrantes
da mama: levantar os braços lentamente até acima da
Súpero-lateral/ superior externo (QSL)
cabeça e/ou colocar as mãos atrás da cabeça.
Súpero-medial/ superior interno (QSM)
2. Os outros dois são mais utilizados para avaliar mamas
Ínfero-lateral/ inferior externo (QIL)
com maior volume, que devem ficar pêndulas durante
Ínfero-medial/ inferior interno (QIM)
sua execução:
Central/retroareolar: mamilo (aréola e papila).
a. Inclinar-se para frente o ombro, pressionando as
mãos com força uma contra a outra.
Todos os quadrantes devem ser examinados, inclusive a
b. Inclinar-se para frente com as mãos na cintura,
cauda de Spence.
pressionando com força.
Indicar qual mama está sendo analisada, se direita ou
esquerda.
Verificar áreas de retração ou abaulamento, bem como a
mobilidade da glândula mamária.
Palpação das Mamas Galactorreia: quando a secreção é leitosa. Uso de
Melhor período para fazer a palpação: logo após o fim da medicamentos (metoclopramida, ansiolíticos,
menstruação, em mulheres não histerectomizadas em antidepressivos) e tumores da adenohipófise
menacme. (hiperprolactinemia, como o prolactinoma).

Posição: em pé ou decúbito dorsal com as mãos na Palpação dos Gânglios


cabeça. Cervicais
Unimanual ou bimanual. Movimentos circulares e contínuos.
Sentido circular ou paralelo da mama.
Não esquecer de examinar todos os quadrantes. Supraclaviculares
Dedos encurvados para girar na fossa.
Palpação de Velpeau: mãos espalmadas. Pedir para a paciente virar a cabeça para o lado que está
Palpação de Bloodgood: ponta dos dedos. sendo palpado e levantar o mesmo ombro, para relaxar
a musculatura.
1. Deve-se realizar as duas palpações, iniciando com Linfonodos só são palpáveis nesta região em caso de
Velpeau para analisar todo o tecido. Caso haja câncer avançado.
tumoração, então se utiliza Bloodgood.
2. Observar: consistência do parênquima (homogêneo ou Infraclaviculares
granuloso), presença de condensações ou nódulos, Paciente na mesma posição anterior, inclinando a
temperatura e volume do panículo adiposo. cabeça para frente.

Achados: Paraesternais
1. Aspecto granuloso (grãos de areia): é um achado comum Mesmo movimento anterior de rotação dos dedos, mas
e normal em pacientes na menacme. nas regiões laterais ao esterno.
2. Fibroadenoma: móvel, limites bem definidos e
consistência fibroelástica (benigno). Pedir ultrassom e Gânglios axilares
acompanhar (pode ter consistência endurecida em caso Posição: sentada ou em pé, com membro superior
de fibroadenoma calcificado). estendido sustentado pelo antebraço do médico. O
3. Nódulos fixos ou aderidos, com limites mal definidos e exame é feito com a mão contralateral, espalmada.
consistência pétrea: sugestivo de neoplasia.
1. Linfonodos aumentados: podem ser decorrentes de
Características da tumoração: processos inflamatórios nos membros superiores.
Localização (quadrante) 2. Linfonodos volumosos e aderidos: podem ser
Tamanho decorrentes de processos malignos.
Consistência: amolecido, cístico ou endurecido/sólido
Quantidade: único ou múltiplo Descrever: tamanho, número, forma, mobilidade, bordas
Mobilidade: fixo ou móvel. Grau de aderência às delineadas e se dor à palpação.
estruturas subjacentes Gânglios fisiológicos: <0,5 cm, imóveis e indolores.
Superfície: lisa ou irregular
Sensibilidade: dor ou indolor
EXAME DO ABDOME
Área de hiperemia Divido em regiões.
Questionar a paciente sobre área dolorosa, palpando-se
Expressão Mamária esta por último.
Manobra do gatilho: compressão da aréola, em sentido Palpação - Ausculta - Palpação - Percussão.
centrípeto, em várias direções em ambas as mamas. EXAME GINECOLÓGICO
Positivo: secreção papilar.
1. Exame da Vulva: Inspeção estática, Inspeção dinâmica,
Negativo: sem secreção.
Palpação e Expressão.
2. Exame Especular.
Descrever secreção, se presente:
3. Toque Ginecológico.
1. Identificar derrame papilar: saída de secreção pelo
ducto papilar. EXAME DA VULVA
2. Aspecto: água de rocha, purulento, sanguinolento, Paciente em posição ginecológica (posição de litotomia):
leitoso, amarelo-esverdeado espesso. paciente em decúbito dorsal, com a cabeça e os ombros
3. Frequência: espontâneo, intermitente ou recorrente. ligeiramente elevados. Coxas bem flexionadas sobre o
4. Unilateral ou bilateral. abdômen e afastadas uma da outra.
5. Coletar a secreção caso suspeita (citologia da mama). Examinador utiliza luvas.
Inspeção Estática
Manobra para melhor visualização da vulva: tração dos
EXAME especular
Materiais
lábios externos com polegar e indicador em forma de pinça.
Luvas
Bolinhas de algodão
Presenças de lesões, abaulamentos, retrações, secreções
Pinça Cherron
Pilificação do monte de vênus: formato ginecoide
Escovinha endocervical
(triângulo invertido)
Espátula de Ayre
Simetria e tamanho dos lábios externos e internos:
Solução de Lugol (iodo iodetada)
normais ou atróficos (climatério)
Solução fisiológica
Clitóris com seu prepúcio
Frasco com álcool 96% ou fixador spray de
Hímen: elástico, intacto, carúnculas himenais (após
polietilenoglicol (para fixação da citologia)
relação sexual), carúnculas mirtiformes (após parto
Lâmina de borda fosca (identificação)
natural)
Espéculo de Collins
Glândulas de Skene: parauretrais
Glândulas de Bartholin: paravaginais
Espéculo
Períneo
Tamanhos: virgem (nº 0), pequeno (nº 1 ou P), médio (nº 2
ou M) e grande (nº 3 ou G).
Lesões:
Critérios para a escolha do tamanho: idade, paridade e
1. Cisto da glândula de Bartholin (Bartolinite)
obesidade.
2. HPV (verrugas)
1. Idade: quanto mais avançada a idade, menor deve ser o
3. Úlceras
espéculo. Reflete a diminuição da elasticidade vaginal.
4. Lesões pré-neoplásicas
Prevalece sobre os demais critérios.
5. CA de vulva: lesões elevadas e hipercrômicas
2. Paridade: quanto maior o número de filhos (parto
normal), maior deve ser o espéculo.
Observar possíveis cirurgias:
3. Obesidade: quanto maior a circunferência abdominal,
1. Episiorrafias ou perineoplastias
maior o espéculo.

Ânus:
Técnica
Hemorroidas, plicomas, fissuras
Segurar o espéculo com a mão dominante. Com a outra
Prolapso da mucosa, malformações
mão, abre-se os lábios internos com o polegar e 3º dedo
Inspeção Dinâmica da mão não dominante para que o espéculo seja
introduzido suavemente na vagina.
Manter a tração dos lábios externos
Encostar o espéculo na fúrcula.
Manobra de Valsalva: pedir para a paciente forçar a
Introduzir o espéculo de maneira inclinada (evitar
boca contra o punho ou imitar a força similar ao ato de
trauma), com o pino para baixo. Antes de ser
evacuar
completamente colocado na vagina, deve ser rodado,
ficando as valvas paralelas às paredes anterior e
Distopias:
posterior da vagina. Posição que ocupará no exame e o
Cistocele: prolapso de parede vaginal anterior
pino para baixo.
Retocele: prolapso de parede vaginal posterior
Com a mão que estava abrindo os lábios, segura-se o
Uterocele: prolapso do útero
espéculo. A outra mão gira o pino.
Abertura do espéculo e centralizar no colo.
As distopias são patológicas. Se forem muito excessivos,
Usar a espátula de Ayre para fazer a coleta da
podem levar à incontinência urinária ou a úlceras no útero
ectocérvice, girar 360° ao redor do colo do útero
(realiza-se histerectomia).
colocando a parte mais longa no canal, retirar e segurar
Palpação com a outra mão (passar na lâmina somente após a
coleta da endocérvice para evitar que resseque o
Realizada em casos de queixa/sinais de alterações.
material).
Usar a escovinha endocervical para fazer a coleta da
Mãos espalmadas
endocérvice, dar uma volta de 360°, retirar a escovinha
Palpa-se desde a porção superior até as laterais
e então passar na lâmina de vidro identificada com o
Verificar presença de tumorações
nome da paciente.
Expressão Passar a espátula de Ayre (no lado da borda fosca) e a
escovinha endocervical na lâmina de vidro na região
Verificar saída de secreção: tracionar os lábios e
onde não tem nenhum material e fixar o material na
introduzir o dedo indicador na vagina, comprimindo as
lâmina de vidro identificada com álcool 96% em um
glândulas parauretrais e paravaginais bilateralmente.
frasco ou spray de polietilenoglicol.
Gonococo ou clamídia; leucorreia ou secreção uretral.
Oncótica Técnica:
Células profundas: pouco citoplasma e núcleo grande. 1. Aplicar a solução de soro fisiológico (mucolítico)
Células intermediárias: citoplasma maior e núcleo menor. diretamente no colo uterino.
Células superficiais: citoplasma muito grande e núcleo 2. Utilizar a pinça de Cherron com algodão para espalhar o
muito pequeno. material.
3. Retirar e descartar algodão.
O amadurecimento celular depende do estrogênio. Logo, 4. Aplicar a solução de Lugol (iodo iodetada) na região do
em mulheres mais novas, há predomínio de células colo uterino e vagina.
superficiais e intermediárias. Em mulheres mais velhas, as 5. Espalhar novamente com algodão na pinça de Cherron.
células profundas são maioria. 6. Analisar o colo e vagina.

CA de colo de útero: células desproporcionais, núcleos Teste iodo positivo (Schiller Negativo): situação normal, cor
grandes e bem corados, cromatina condensada, presença de acastanhado escuro.
hemácias. Teste iodo negativo (Schiller Positivo): coloração mostarda
e com bordas bem delimitadas. Realizar colposcopia e
Exame da Vagina biópsia da área. São casos de lesões atípicas (Mosaico,
Forma do orifício externo (OE): puntiforme, circular, epitélio branco, leucoplasia) ou representar infiltração de
transverso células carcinomatosas.
Descrever as paredes vaginas: rugosas ou lisas.
Presença de secreções Retirada do Espéculo
Comprimento e elasticidade Tracionar cuidadosamente o espéculo para liberar o
colo uterino
Coleta do fundo de saco vaginal: caso haja leucorreia e Fechar lentamente o espéculo voltando à posição de
necessite de exame a fresco. entrada e fechando as valvas

Exame do Colo Uterino


TOQUE GINECOLÓGICO
Volume Examinador em pé
Coloração Retirada da luva da mão não dominante
Epitelizado ou com mácula rubra (ectopia) Mão dominante: tracionar os lábios e introduzir o
Formato: indicador e médio (ou somente um - unidigital)
1. Cilíndrico (protuso): menacme 1. Palpação das paredes da vagina de forma circular
2. Plano: contínuo com a vagina; difícil examinar; 2. Palpar os fórnices (fundo de saco)
climatério 3. Palpar colo uterino

Orifício do colo uterino: Consistência do colo uterino:


1. Cilíndrico: mulheres que não tiveram filhos 1. Fibroelástico: mulheres não grávidas; “consistência de
2. Em fenda transversa: mulheres que tiveram filhos nariz”
2. Amolecido: mulheres grávidas; “consistência labial”
Características do muco: translúcido; esbranquiçado;
purulento; sanguinolento Toque simples:
Presença de corrimento: quantidade, cor, odor, bolhas e 1 mão
sinais inflamatórios associados Avalia-se as paredes da vagina e os fórnices
(tumorações)
Teste de Schiller
Pode ser realizado após a coleta do Papanicolau, para Toque combinado:
não interferir no resultado do exame. A mulher ainda 2 mãos
estará na posição de litotomia e com o espéculo. Perceber o útero e os anexos (tubas e ovários)
Identifica lesões pré-neoplásicas ou neoplásicas. Mão no canal empurra o colo do útero. A outra mão
Utilização de iodo iodetado (solução de Lugol). mobiliza os componentes
A solução reage com o glicogênio (polissacarídeos Mão superior: identifica tamanho e posição uterinas
ricamente presentes no citoplasma das células Os dedos que estão na vagina pressionam os fórnices
superficiais e intermediárias) dando a coloração laterais e a outra mão pressiona as fossas ilíacas direita
marrom escura. A coloração é proporcional à e esquerda para verificar a presença de tumorações;
quantidade de glicogênio, corando fortemente as anexos palpáveis (se dor, tubas e ovários). Caso não
células da camada superficial e intermediárias e de tenha dor nem tumor, considerar os anexos livres
maneira mais clara as células basais (epitélio atrófico) e
colunares (glandulares).
Em pacientes magras, os ovários poderão ser palpados, mas
as tubas somente se estiverem aumentadas de volume (pio
ou hidrossalpinge).

Posição uterina:
Anteversoflexão (AVF): para frente. Facilmente
percebido no hipogastro.
Medioversoflexão (MVF): “em pé”.
Retroversoflexão (RVF): para trás.

Descrição fisiológica: consistência do colo fibroelástica,


parede sem tumoração, mobilização do colo (não refere
dor), orifício fechado, posição do útero em (anteversoflexão,
medioversoflexão, retroversoflexão) e anexos livres.

Atenção!
Na rotina, os testes do Iodo (Schiller) e do Ácido Acético são
realizados em caso de alterações no resultado do PCCU, não
sendo feitos cada vez que a paciente realiza o exame
especular.

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