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Banco de

Questões
Este recurso tem o objetivo de facilitar a tarefa de avaliação. Para esse efeito, são
disponibilizadas pelo menos 120 questões de escolha múltipla, 60 questões de resposta curta e
12 de resposta extensa distribuídas pelos seis temas do Programa, que poderão ser
combinadas de diferentes formas para compor novos testes e/ou fichas de trabalho, de acordo
com as necessidades específicas de cada contexto ensino-aprendizagem.

Esta versão de amostra apenas contém as questões de Escolha Múltipla e de Resposta curta.
As questões de Resposta extensa dos restantes temas serão disponibilizadas, em setembro de
2015, na plataforma , para os utilizadores do projeto Psicologia em Ação.

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Tema 1 – Perguntas de escolha múltipla

1 A genética

1. Os cromossomas são constituídos por:


A. ácido desoxirribonucleico (ADN).
B. neurónio.
C. óvulo.
D. ácido ribonucleico (ARN).

2. Às unidades básicas da hereditariedade dá-se o nome de:


A. nucleoproteínas.
B. gâmetas.
C. genes.
D. bases azotadas.

3. Os cromossomas são:
A. constituintes principais no interior dos genes.
B. agentes responsáveis pela hereditariedade, localizados em pontos específicos do ADN.
C. unidades morfológicas, fisiológicas e funcionais do sistema nervoso.
D. elementos essenciais do núcleo celular.

4. Analise as afirmações que se seguem sobre genética. Selecione, depois, a alternativa que os
identifica corretamente.
1. Processos biológicos que permitem a transmissão de características biológicas aos
descendentes.
2. Unidades básicas da hereditariedade.
3. Molécula complexa cuja sequência determina a informação genética.
A. 1. genética; 2. hereditariedade; 3. ácido desoxirribonucleico.
B. 1. genes; 2. óvulo e espermatozoide; 3. ADN.
C. 1. cromossomas; 2. ácido desoxirribonucleico; 3 genes.
D. 1. hereditariedade; 2. genes; 3. ácido desoxirribonucleico.

5. As características gerais da espécie, como ter duas pernas ou dois olhos, são transmitidos
por um pro- cesso que se designa por:
A. epigénese.
B. sinapse.
C. hereditariedade específica.
D. hereditariedade individual

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6. A hereditariedade específica refere-se ao processo de transmissão genética das
características gerais da espécie. Esta afirmação é:
A. falsa, pois é o processo de transmissão das características próprias dos indivíduos
progenitores aos seus descendentes.
B. verdadeira, pois consiste na transmissão das características genéticas que são específica
dos indivíduos progenitores.
C. falsa, pois consiste na transmissão das características de um indivíduo aos seus
descendentes através dos genes.
D. verdadeira, pois entre outras coisas, é esse processo que assegura que temos um
determinado número de membros, de olhos, de ouvidos ou que temos braços e não
asas, pulmões e não guelras .

7. Identifique o processo referente à transmissão genética das características próprias dos


indivíduos progenitores aos seus descendentes.
A. Hereditariedade individual.
B. Ontogénese.
C. Hereditariedade específica.
D. Filogénese.

8. Rosemere Fernandes e seu marido são dois brasileiros portadores dos genes responsáveis
pelo albinismo. Três dos seus cinco filhos nasceram albinos, embora os pais não o sejam.
Estamos perante um caso de:
A. transmissão de características genéticas por via da hereditariedade específica.
B. genes dominantes com o mesmo locus.
C. transmissão de características genéticas por via da hereditariedade individual.
D. desenvolvimentos fenotípicos, decorrentes da interação com o meio.

9. O conjunto de genes que são os constituintes do património hereditário de um organismo


chama-se:
A. ADN.
B. genótipo.
C. cromossomas.
D. fenótipo.

10. O genótipo é constituído pelo conjunto de genes que formam o património hereditário de
cada indivíduo, enquanto o fenótipo é o conjunto de características que se manifestam
como resultado do genótipo em interação com o meio ambiente. Esta afirmação é:
A. verdadeira, porque o genótipo é referente aos fatores genéticos enquanto o fenótipo diz
respeito ao nosso envolvimento com outras pessoas.
B. falsa, pois herdamos características acabadas e não potenciais genéticos.
C. verdadeira, pois o genótipo diz respeito ao código genético enquanto o fenótipo é
referente às características decorrentes da interação do genótipo com o ambiente.
D. falsa, pois o fenótipo é referente às características objetivamente observáveis, enquanto
o genótipo corresponde a fatores internos.

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11. O que é o fenótipo?
A. É o conjunto de interações com o meio ambiente, sobretudo os pais e os pares.
B. É a totalidade de informação genética que passa dos progenitores aos seus
descendentes, como é o caso da cor dos olhos.
C. É o conjunto de genes existentes nas células que são os constituintes do património
hereditário de um organismo.
D. É o conjunto de características individuais observáveis, manifestas, decorrentes do
genótipo e das influências decorrentes do meio ambiente.

12. Diz-se que o fenótipo é o conjunto de características individuais observáveis, manifestas,


decorrentes do genótipo. Esta afirmação é:
A. falsa, pois nem sempre as características são diretamente observáveis.
B. verdadeira, pois o fenótipo consiste no conjunto de genes recessivos que não se
manifesta.
C. falsa, pois o fenótipo também é suscetível às influências resultantes da interação com o
meio ambiente.
D. verdadeira, pois o fenótipo consiste no conjunto de genes existentes nas células.

13. Avalie as afirmações que se seguem sobre o preformismo. Selecione, depois, a alternativa
que as avalia corretamente.
1. Implica a manutenção de atitudes e atributos próprios da infância ou da adolescência.
2. O preformismo é uma forma de inatismo.
3. Conceção segundo a qual a natureza de um ser depende de condições objetivas
existentes no momento da sua conceção.
A. 1. e 3. verdadeiras; 2. falsa.
B. 1. e 2. falsas; 3. verdadeira.
C. 1. e 2. falsas; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. e 3. verdadeiras.

14. Analise as afirmações que se seguem. Selecione, depois, a chave que os identifica
corretamente.
1. Desenvolvimento do indivíduo.
2. Desenvolvimento da espécie.
3. Complexificação de um organismo desde a sua conceção.
A. 1. filogénese, 2. epigénese, 3. embriogénese.
B. 1. embriogénese, 2. epigénese, 3. ontogénese.
C. 1. ontogénese, 2. filogénese, 3. epigénese.
D. 1. ontogénese, 2. filogénese, 3. preformismo.

15. Como se designa o processo de formação e desenvolvimento das espécies animais ou


vegetais ao longo dos tempos?
A. Epigénese.
B. Embriogénese.
C. Ontogénese.
D. Filogénese.

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16. O processo que começa pela embriogénese, prossegue com o nascimento e estende-se por
toda a vida do sujeito é:
A. a filogénese.
B. a embriogénese.
C. a epigénese.
D. a ontogénese.

17. Como se designa o processo de aquisição e maturação das competências biológicas e


comportamentais?
A. Etogénese.
B. Ontogénese.
C. Filogénese.
D. Epigénese.

18. A lentificação do desenvolvimento que conduz ao surgimento de comportamentos que


reproduzem as características juvenis designa-se por:
A. neotenia.
B. preformismo.
C. ontogénese.
D. filogénese.

19. Comportamentos como a submissão em relação aos adultos ou a manutenção de atitudes


e atributos próprios da infância ou da adolescência constituem exemplos de:
A. ontogénese.
B. preformismo.
C. filogénese.
D. neotenia.

20. Quando nasce, a criança não é capaz de sobreviver autonomamente. Esta situação refere-
se:
A. à filogénese.
B. ao inacabamento.
C. à epigénese.
D. ao inatismo.

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Tema 1 – Perguntas de escolha múltipla

2 O cérebro

1. As células especializadas que são os elementos básicos do sistema nervoso designam-se por:
A. dendrites.
B. axónios.
C. neurónios.
D. gâmetas.

2. A ligação eletroquímica que transpõe a fenda entre dois neurónios chama-se:


A. sinapse.
B. epigénese.
C. lentificação.
D. plasticidade.

3. Qual é o órgão responsável por todas as funções nervosas, exceto a vida vegetativa, o
equilíbrio e os reflexos?
A. Cérebro.
B. Cerebelo.
C. Tronco cerebral.
D. Hipotálamo.

4. Qual das seguintes descrições se adequa ao cérebro?


A. Porção do sistema nervoso autónomo situado na caixa craniana.
B. Principal órgão do sistema nervoso ocupa-se do processamento e coordenação das
informações complexas e detalhadas.
C. Estrutura com dois hemisférios que se prolonga continuamente a nível do tronco occipital
pela espinal medula.
D. Massa ovoide que ocupa uma pequena parte da caixa craniana.

5. É o conjunto de órgãos que comanda a vida. Falamos do:


A. cérebro.
B. sistema nervoso.
C. sistema nervoso autónomo.
D. sistema nervoso periférico.

6. Analise as afirmações que se seguem sobre o sistema nervoso. Selecione, depois, a chave
que os identifica corretamente.
1. Conjunto de órgãos implicados na condução, processamento e coordenação de
informação num organismo.
2. Constituído por sistema nervoso periférico e sistema nervoso central.
3. Centro reflexo somático e centro vegetativo.
A. 1. e 2. verdadeiras; 3. falsa.
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B. 1. verdadeira, 2. e 3. falsas.
C. 1. e 2. falsas; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. e 3. verdadeiras.

7. A área cerebral que processa as informações sobre o pensamento complexo, a identidade, a


adequação das condutas às exigências sociais e o processo de tomada de decisão designa-se
por:
A. área de Wernicke.
B. área de Broca.
C. lobo parietal.
D. córtex pré-frontal.

8. As áreas pré-frontais processam informações sobre:


A. dados visuais.
B. dados auditivos.
C. pensamento complexo e identidade.
D. linguagem escrita e oral.

9. Phineas Gage teve um grave acidente de trabalho quando uma barra de ferro trespassou a
sua cabeça, danificando parte das áreas pré-frontais. Consequentemente, passou a
evidenciar problemas relacionados com:
A. as emoções.
B. o reconhecimento de palavras escritas.
C. o reconhecimento de objetos.
D. a significação da linguagem.

10. Capacidade de reorganizar as redes neuronais ao longo do tempo em função das


necessidades e dos estímulos ambientais. Esta definição refere-se:
A. à lentificação.
B. à plasticidade cerebral.
C. ao programa genético fechado.
D. ao preformismo.

11. Ao longo do desenvolvimento cerebral, e devido ao facto de se tratar de uma unidade


psicossomática, o cérebro adapta-se e evolui em função das suas características
biologicamente herdadas mas também das influências ambientais e das experiências
únicas de cada indivíduo. Esta frase refere-se:
A. à individuação.
B. ao preformismo.
C. à filogénese.
D. ao genótipo.

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Tema 1 – Perguntas de escolha múltipla

3 A cultura

1. O processo através do qual o ser humano se integra na vida social designa-se por:
A. socialização.
B. conação.
C. aculturação.
D. enculturação.

2. Em que consiste a socialização?


A. É um mecanismo de adaptação do ambiente ao indivíduo.
B. Trata-se de um processo de integração do indivíduo na vida coletiva.
C. Consiste na mudança do comportamento individual como resultado do desejo de
adequação às normas do grupo.
D. É um processo de mudança nos comportamentos em respostas às ordens dos grupos
sociais.

3. Conjunto de aquisições, produções e comportamentos do ser humano enquanto membro


de uma sociedade. Esta afirmação refere-se:
A. à socialização.
B. à cultura.
C. à cognição social.
D. às relações de vinculação.

4. Analise a afirmação de Tylor sobre a definição de cultura. Selecione, depois, a alternativa


que considera correta.
“A cultura ou civilização, entendida no seu sentido etnográfico mais amplo, é o conjunto
complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, o direito, o costume e
toda a demais capacidade ou hábito adquiridos pelo homem enquanto membro de uma
sociedade.” (Tylor, Primitive Culture, 1871)
A. A afirmação é verdadeira, pois, em sentido biológico, a cultura corresponde à civilização.
B. A afirmação é falsa, pois os padrões culturais que induzem atitudes, comportamentos,
representações sociais não constituem elementos tangíveis da cultura.
C. A afirmação é verdadeira, pois em psicologia a cultura remete para elementos simbólicos
e materiais que resultam da vida em sociedade.
D. A afirmação é falsa, pois ignora a distinção entre cultura e erudição.

5. Analise as afirmações acerca da cultura do ponto de vista da psicologia. Selecione, depois, a


alternativa que as avalia corretamente.
1. Progresso antropológico e suas construções coletivas que permitem a edificação daquilo
que é o modo de vida específico da humanidade.
2. Património genético que cada geração se encarrega de transmitir às seguintes.
3. Conjunto de significações adquiridas, persistentes e partilhadas que os membros de um
grupo tendem a tornar comuns a todos os novos membros do mesmo grupo.
A. 1. e 2. verdadeiras; 3. falsa.
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B. 1. e 3. verdadeiras; 2. falsa.
C. 2. e 3. verdadeiras; 1. falsa.
D. 1. e 2. falsas; 3. verdadeira.

6. A soma das atividades (atos, ideias, objetos) de um grupo que serve de modelo ou
referência comportamental aos indivíduos que o compõem designa-se por:
A. padrão cultural.
B. hereditariedade.
C. conformismo.
D. obediência.

7. “O Homem recebe do meio, em primeiro lugar, a definição do bom e do mau, do confortável


e do desconfortável. Deste modo, os chineses preferem os ovos podres e os oceanenses o
peixe em decomposição. Para dormir, os pigmeus procuram a incómoda forquilha de
madeira e os japoneses deitam a cabeça em duro cepo.” (Lucien Malson, As Crianças
Selvagens, Livraria Civilização)
Este excerto refere-se a um dos seguintes conceitos:
A. padrão cultural.
B. socialização.
C. aculturação.
D. significação.

8. O significado que atribuímos às nossas experiências de vida consiste:


A. na interpretação subjetiva dos acontecimentos.
B. na atribuição de um referente linguístico.
C. na reinterpretação linguística da subjetividade.
D. na atribuição de um sentido lógico à história coletiva.

9. A “experiência de vida” é, pela sua própria natureza:


A. eminentemente objetiva e passível de ser expressa verbalmente.
B. eminentemente subjetiva e passível de ser expressa verbalmente.
C. eminentemente objetiva e nem sempre pode ser expressa verbalmente.
D. eminentemente subjetiva e nem sempre pode ser expressa verbalmente.

10. Refere-se ao papel ativo que os seres humanos têm na sua própria organização, em função
dos significados que subjetivamente atribuem às suas experiências:
A. eminentemente objetiva e passível de ser expressa verbalmente.
B. eminentemente subjetiva e passível de ser expressa verbalmente.
C. eminentemente objetiva e nem sempre pode ser expressa verbalmente.
D. eminentemente subjetiva e nem sempre pode ser expressa verbalmente.

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Tema 1 – Perguntas de resposta curta

1 A genética

1. Explique o que é a genética.

2. Explique em que consiste a hereditariedade.

3. Identifique os agentes responsáveis pela transmissão de características genéticas.

4. Descreva o papel dos genes e cromossomas no processo hereditário.

5. Distinga hereditariedade individual e hereditariedade específica.

6. Diferencie gene dominante e gene recessivo.

7. Relacione genótipo e fenótipo.

8. Confronte as perspetivas da ação genética: preformismo e epigénese.

9. Relacione os processos de desenvolvimento ontogenético e filogenético.

10. Por que razão se pode afirmar que o Homem possui um programa genético aberto?

11. Distinga programa genético aberto e programa genético fechado.

12. Caracterize a neotenia.

13. O que significa dizer que o ser humano é biologicamente inacabado?

14. Identifique as vantagens da prematuridade biológica do ser humano.

Tema 1 – Perguntas de resposta curta


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2 O cérebro

1. Qual a diferença funcional entre o sistema nervoso central e o periférico?

2. Descreva a constituição do neurónio.

3. Quais as propriedades do neurónio?

4. Defina sinapse.

5. Distinga nervos sensoriais e nervos motores.

6. Como se processa a comunicação no sistema nervoso?

7. Enuncie as funções da espinal medula e do cérebro.

8. Analise a especialização funcional hemisférica do cérebro humano.

9. O que são áreas primárias e áreas secundárias?

10. Qual a função geral de cada um dos lobos cerebrais?

11. Identifique as áreas cuja lesão provoca os seguintes distúrbios: alexia, cegueira cortical,
agnosia visual, surdez cortical, agnosia auditiva, surdez verbal, anestesia cortical,
assomatognosia, paralisia cortical, apraxia, agrafia, afasia.

12. Em que consiste a função vicariante do cérebro?

13. Em que consiste a unidade funcional do cérebro?

14. Sintetize a teoria de António Damásio acerca do funcionamento cerebral.

15. Porque se pode afirmar que o cérebro tem funcionamento sistémico?

16. Demonstre a especificidade das áreas pré-frontais.

17. Relacione lentificação e individuação.

18. Explique o sentido de plasticidade cerebral.

Tema 1 – Perguntas de resposta curta

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A cultura

1. Que conclusões se podem extrair dos casos de “crianças selvagens” em relação à


sociabilidade?

2. Defina socialização.

3. Distinga socialização primária e socialização secundária.

4. O que entende por cultura?

5. Relacione natureza e cultura.

6. Explique o que são padrões culturais.

7. Qual a importância dos padrões culturais na vida do ser humano?

8. Que papel desempenham na história pessoal os significados atribuídos por cada um à


experiência?

9. Esclareça o conceito de auto-organização.

10. Distinga herança genética e legado cultural.

11. Esclareça o conceito de diversidade humana.

12. Porque se pode considerar a diversidade humana uma riqueza?

13. Indique alguns fatores que contribuem para essa diversidade.

Tema 1 – Perguntas de resposta extensa

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1. Todos os organismos vivos partilham algo em comum. A genética permite-nos hoje
compreender os mecanismos de transmissão hereditária e as suas variações, tanto no
Homem como nas outras espécies.
Desenvolva o tema, analisando:
a) agentes responsáveis pela transmissão genética.
b) hereditariedade específica e individual.
c) genótipo e fenótipo.

2. Geneticamente, a espécie humana é diferente das outras espécies. As suas características


genéticas conferem-lhe um conjunto de capacidades que não encontram paralelo no mundo
animal.
Desenvolva o tema, analisando:
a) perspetivas sobre os fatores genéticos no desenvolvimento humano.
b) desenvolvimento filogenético e ontogenético.
c) programa genético fechado e aberto.
d) o inacabamento do ser humano.

3. À nascença, o ser humano encontra-se inacabado. Ao contrário de outros animais, ele


precisará de tempo para desenvolver competências essenciais à sua sobrevivência.
Desenvolva o tema, analisando:
a) programa genético aberto ou fechado.
b) preformismo e epigénese.
c) preformismo e epigénese.

4. O ser humano é único e irrepetível. Em diferentes comunidades humanas encontramos uma


ampla diversidade de homens com as respetivas culturas. Construindo o mundo, o Homem
constrói-se a si próprio.
Desenvolva o tema, analisando:
a) características genéticas, cerebrais e culturais do ser humano; vantagens da diversidade
humana.
b) o ser humano enquanto entidade biologicamente social; a auto-organização enquanto
processo em aberto.
c) socialização, cultura e história pessoal.

Tema 2 – Perguntas de escolha múltipla

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1. Conjunto dinâmico de processos cognitivos, emocionais e conativos, onde se conjugam
fenómenos conscientes e inconscientes. Falamos:
A. da mente.
B. do pensamento.
C. da intencionalidade.
D. do sentimento.

2. O que é a mente?
A. É um conjunto dinâmico de processos cognitivos, que permite aceder aos fenómenos
conscientes.
B. É um conjunto de atividades psíquicas onde se constrói a noção de “Eu”.
C. É o conjunto dos processos da rede neuronal.
D. É o conjunto de todas as manifestações do espírito, tais como conteúdos, ideias,
atividades, raciocínios, cujas principais funções são as de abstração e linguagem.

3. Os fatores de personalidade ligados às tendências (fazer), por oposição à emoção (fatores


ligados ao sentir) e à cognição (fatores ligados ao conhecer) são conhecidos por:
A. cognição.
B. perceção.
C. emoção.
D. sensação.

4. O que é a perceção?
A. É a forma como selecionamos, interpretamos, relembramos e utilizamos a informação.
B. É o conjunto de atos e processos de conhecimento.
C. É a função de captação dos estímulos provenientes do meio (interno ou externo) através
dos órgãos sensoriais.
D. É a atividade de receção dos dados sensoriais que provoca a excitação de um recetor e
encaminhamento da mensagem para o respetivo centro nervoso.

5. O processo pelo qual codificamos, armazenamos e recuperamos informação designa-se:


A. aprendizagem.
B. perceção.
C. inteligência.
D. memória.

6. A aprendizagem consiste numa:


A. modificação da conduta face a novas informações.
B. modelagem das atitudes que ocorre por observação e imitação de outras pessoas.
C. mudança relativamente estável no comportamento, produzida pela experiência.
D. alteração no comportamento de um organismo.

7. Um sentimento que contém elementos psicológicos e cognitivos que influencia o nosso


comportamento é:
A. uma emoção.
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B. uma impressão.
C. um estereótipo.
D. um preconceito.

8. Como se designam os sentimentos que geralmente têm elementos psicológicos e cognitivos


e que influenciam o comportamento?
A. Atitudes.
B. Impressões.
C. Expectativas.
D. Emoções.

9. A subjetividade de um estado psíquico elementar, capaz de proporcionar prazer ou


desprazer designa-se:
A. sentimento.
B. emoção.
C. comoção.
D. afeto.

10. O sentimento designa:


A. a subjetividade de um estado psíquico elementar, capaz de proporcionar prazer ou
desprazer.
B. o modo de inserção do sujeito na existência, de forma subjetiva (porque depende de
cada sujeito e das suas circunstâncias particulares).
C. a predisposição do indivíduo para reagir de modo penoso ou agradável nas relações de
vinculação que estabelece com as pessoas ou com elementos do mundo que o envolve.
D. o estado de um organismo decorrente de uma situação, provocando uma experiência
subjetiva e manifestações somáticas e viscerais.

11. Os marcadores somáticos:


A. permitem a previsão das nossas atitudes e comportamento.
B. condicionam ou restringem a nossa ação.
C. têm implicações nos processos cognitivos mas não emocionais.
D. têm implicações nos processos cognitivos mas não emocionais.

12. Armazenam-se nas áreas pré-frontais e associam-se durante o processo de tomada de


decisão, influenciando os processos cognitivos. Referimo-nos:
A. às sinapses.
B. aos neurónios.
C. aos marcadores somáticos.
D. às dendrites.

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13. A relação de significação que o sujeito mantém com o contexto dos seus atos, conferindo
significado às suas atividades, chama-se:
A. interpretação.
B. intencionalidade.
C. subjetividade.
D. significação.

14. O que é a intencionalidade?


A. É a relação de significação que o sujeito mantém com o contexto dos seus atos.
B. É a negação do significado das atividades do sujeito.
C. É o conjunto das atividades do sujeito: emoções, perceções, processos fisiológicos.
D. É a operação de atribuição de significados a um objeto.

15. Conjunto dinâmico de processos cognitivos, emocionais e conativos, onde se conjugam


fenómenos conscientes e inconscientes. A que conceito corresponde esta definição?
A. Mente.
B. Pensamento.
C. Perceção.
D. Conação.

16. A manipulação das representações mentais da informação também é conhecida por:


A. perceção.
B. aprendizagem.
C. memória.
D. pensamento.

17. A capacidade de combinar quadros ou sucessões de imagens e reorganizar traços mnésicos


sob uma nova forma designa-se:
A. perceção.
B. aprendizagem.
C. pensamento.
D. imaginação.

18. O que é a imaginação?


A. É a reorganização mental que fazemos das informações ou interpretação dos dados
sensoriais.
B. É um processo de manutenção e defesa dos mecanismos cerebrais.
C. É a aptidão para aprender, sendo mensurável através de testes de QI que determinam as
modificações ocorridas no sistema nervoso central e a sua localização.
D. É a aptidão para formar e ativar imagens mentais na ausência de qualquer modelo
percebido.

19. A caraterística distintiva do indivíduo é a sua:


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A. hereditariedade específica.
B. identidade.
C. auto-organização.
D. plasticidade cerebral.

20. Analise as afirmações que se seguem sobre a mente e o pensamento. Selecione, depois, a
alternativa que as identifica corretamente.
1. Referente às atividades cognitivas.
2. Conjunto dinâmico de processos cognitivos, emocionais e conativos.
3. Sistema que não se limita a captar informação do exterior, mas que atribui um
significado a essa mesma informação.
A. 1. pensamento; 2. mente; 3. mente.
B. 1. pensamento; 2. pensamento; 3. mente.
C. 1. mente; 2. pensamento; 3. pensamento.
D. 1. pensamento; 2. mente; 3. pensamento.

21. Analise as afirmações que se seguem sobre a mente. Selecione, depois, a alternativa que as
identifica corretamente.
1. Sede da atividade psíquica.
2. Permite a construção da noção de “Eu”.
3. Captação de informação do exterior.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. verdadeira.

22. Analise as afirmações que se seguem sobre os processos mentais. Selecione, depois, a
alternativa que as identifica corretamente.
1. Fatores de personalidade ligados às tendências para fazer algo.
2. Fatores de personalidade relacionados com o conhecer.
3. Fatores de personalidade ligados ao sentir.
A. 1. processos conativos; 2. processos cognitivos; 3. processos emocionais.
B. 1. processos cognitivos; 2. processos conativos; 3. processos emocionais.
C. 1. processos emotivos; 2. processos cognoscitivos; 3. processos conativos.
D. 1. processos emocionais; 2. processos conativos; 3. processos emotivos.

23. A perceção consiste na receção das sensações do mundo interior ou exterior através dos
mecanismos sensoriais. Esta afirmação é:
A. verdadeira, apesar de a perceção não permitir a atribuição de significado ou sentido ao
mundo exterior.
B. falsa, pois a perceção consiste na atribuição de um sentido ou significado.
C. verdadeira, mas essa receção não é pura nem passiva, pois alguns elementos sensoriais
são recebidos enquanto outros são excluídos.
D. falsa, pois a perceção consiste na organização dos dados sensoriais pela qual formamos
o conhecimento de um objeto.

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24. Analise as afirmações que se seguem sobre a memória. Selecione, depois, a alternativa que
as identifica corretamente.
1. Possui uma duração de 20 segundos e uma capacidade limitada a 5-9 itens.
2. Possui duração e capacidade muito alargadas.
3. Conserva os estímulos durante menos de um segundo.
A. 1. memória de curto prazo; 2. memória de longo prazo; 3. memória sensorial.
B. 1. memória episódica; 2. memória semântica; 3. memória declarativa.
C. 1. memória episódica; 2. memória semântica; 3. memória processual.
D. 1. memória sensorial; 2. memória processual; 3. memória episódica.

25. A aprendizagem consiste em alterações comportamentais decorrentes da maturação do


organismo, mesmo se dessa maturação não decorre qualquer interação com o meio. Esta
afirmação é:
A. verdadeira, pois a aprendizagem traduz-se no aumento das possibilidades de ação ou
conduta de forma relativamente estável e perdurável.
B. falsa, pois trata-se da interpretação e da organização dos dados sensoriais.
C. verdadeira, pois a aprendizagem permite-nos armazenar material durante horas, dias,
anos e até mais tempo.
D. falsa, pois trata-se da alteração no comportamento de um organismo que resulta da
influência do meio.

26. Analise as afirmações que se seguem sobre o afeto. Selecione, depois, a alternativa que as
identifica corretamente.
1. Predisposição do indivíduo para reagir de modo penoso ou agradável.
2. Estado de um organismo decorrente de uma situação.
3. Perturbação intensa da afetividade.
A. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
B. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.

27. Analise as afirmações que se seguem. Selecione, depois, a alternativa que as identifica
corretamente.
1. Estado psíquico elementar que se centra naquilo que é primariamente sentido.
2. Sentimentos têm duas dimensões distintas: interior (angústia, tristeza, alegria,
narcisismo) e exterior (amor, ódio, ciúme).
3. Estado de um organismo decorrente de uma situação, provocando uma experiência
subjetiva e manifestações somáticas e viscerais.
A. 1. sentimento; 2. emoção; 3. sentimento.
B. 1. afeto; 2. emoção; 3. sentimento.
C. 1. emoção; 2. afeto; 3. sentimento.
D. 1. sentimento; 2. afeto; 3. emoção.

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28. Analise as afirmações que se seguem sobre a mente. Selecione, depois, a alternativa que as
identifica corretamente.
1. Para formar e ativar imagens mentais na ausência de qualquer modelo percebido.
2. Interiorização de condutas através da função representativa e da linguagem.
3. Conjunto dinâmico de processos cognitivos, emocionais e conativos, onde se conjugam
fenómenos conscientes e inconscientes.
A. 1. mente; 2. cérebro; 3. imaginação.
B. 1. cérebro; 2. aprendizagem; 3. mente.
C. 1. imaginação; 2. pensamento; 3. mente.
D. 1. perceção; 2. aprendizagem; 3. pensamento.

29. A psicologia científica debruçou-se sobre o pensamento enquanto interiorização de


condutas através da função representativa e da linguagem. Esta afirmação é:
A. verdadeira, pois o pensamento é a função de captação dos estímulos provenientes do
meio.
B. falsa, porque a perspetiva psicológica e científica expurgou essa visão filosófica.
C. verdadeira, porque o pensamento é a própria atividade psíquica, processando todas as
nossas experiências, vivências, sentimentos, intenções, juízos e conhecimentos.
D. falsa, pois o pensamento consiste na interiorização de condutas através da função
representativa e da linguagem.

30. Analise as afirmações que se seguem sobre a imaginação. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. Capacidade de combinar quadros ou sucessões de imagens. Reorganização de traços
mnésicos sob uma nova forma.
2. Processo de reprodução do comportamento de um modelo observado.
3. Consiste na fluidez de ideias, raciocínio indutivo, inteligência divergente.
A. 1. imaginação; 2. imitação; 3. criatividade.
B. 1. memorização; 2. aprendizagem; 3. pensamento convergente.
C. 1. memorização; 2. imitação; 3. pensamento.
D. 1. criatividade; 2. imaginação; 3. imitação.

31. Analise as afirmações que se seguem sobre a identidade. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. O cérebro e a mente constituem a origem da identidade pessoal.
2. O sentimento de identidade pessoal é assegurado pela memória.
3. Mais que a pertença a uma espécie ou a uma cultura, são as histórias de vida que nos
tornam únicos e singulares, assegurando a nossa identidade.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. verdadeira.
C. 1. falsa; 2. falsa; 3. falsa.
D. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.

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Tema 2 – Perguntas de resposta curta

1 Cognição

1. O que entende por processos cognitivos?

2. Indique os principais processos cognitivos.

3. Defina perceção.

4. Defina aprendizagem.

5. Quais os elementos caracterizadores da aprendizagem?

6. As alterações comportamentais serão significativas de aprendizagem?

7. Qual a diferença entre reforço e castigo?

8. Qual a diferença entre reforço positivo e reforço negativo?

9. Defina memória.

10. Quais as etapas da memória?

11. Que relação há entre aprendizagem e memória?

12. A memória a curto prazo é o centro da consciência. Explique porquê.

13. Caracterize a memória a longo prazo.

14. Em que medida se pode afirmar que o esquecimento é um processo normal?

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Tema 2 – Perguntas de resposta curta

2 Emoção

1. O que entende por afetos?

2. O que é uma emoção?

3. Que diferença existe, segundo António Damásio, entre emoção e sentimento?

4. Quais os critérios a que obedecem as chamadas emoções básicas?

5. O que entende por emoções secundárias?

6. Inventarie as principais alterações fisiológicas da emoção.

7. Qual a função do sistema nervoso autónomo na emoção?

8. Qual a função do sistema nervoso central na emoção?

9. Quais as principais dificuldades em descrever a experiência subjetiva da emoção.

10. Em que sentido se pode falar de universalidade nas emoções?

11. Que relação há entre aprendizagem e memória.

12. Segundo António Damásio, qual a importância das emoções para o funcionamento da
mente?

13. Qual a perspetiva de Damásio sobre o modo como a mente humana toma decisões?

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Tema 2 – Perguntas de resposta curta

3 Conação

1. Explique em que consistem os processos conativos.

2. Que diferença existe entre atos voluntários e involuntários?

3. Quais as características dos atos especificamente humanos?

4. Quais os elementos essenciais do ato voluntário?

5. Qual a importância da deliberação?

6. O que são tendências?

7. Relacione tendência e motivação.

8. Que diferença se pode estabelecer entre tendências primárias e tendências secundárias?

9. O que são tendências individuais?

10. O que são tendências sociais?

11. O que são tendências ideais?

12. Em que consiste o esforço de realização?

13. O que é a vontade?

14. Qual o papel da vontade nas decisões humanas?

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Tema 2 – Perguntas de resposta curta

4 Identidade

1. Identifique os aspetos biológicos fundamentais do ser humano.

2. Identifique alguns aspetos socioculturais do comportamento humano.

3. Em que consiste a perspetiva biossociocultural da mente humana.

4. Explique em que medida o comportamento alimentar do ser humano é de natureza


biossociocultural.

5. Explique em que medida o comportamento sexual ilustra a natureza biossociocultural da


mente.

6. Qual a diferença entre necessidades e desejos?

7. Mostre que o conceito de necessidade pode ser socioculturalmente definido.

8. Em que medida a vida mental do ser humano é uma deriva entre o desejo e a necessidade?

9. Como se caracteriza a intervenção da mente na vida quotidiana?

10. Em que consiste o pensamento?

11. Em que medida os conceitos representam uma forma de economia mental?

12. Quais as principais fases implicadas na resolução de problemas?

13. Que diferença existe entre imaginação reprodutora e imaginação criadora?

14. O que é a criatividade?

15. Quais as principais etapas do pensamento criador?

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16. Em que sentido se pode afirmar que o homem é o construtor da realidade?

17. Relacione os conceitos de unidade e diversidade dos seres humanos.

18. Como se organiza a vida mental das pessoas?

19. Qual a diferença entre autoconceito e autoestima?

20. O que é a identidade pessoal?

21. Quais os principais aspetos caracterizadores da identidade pessoal?

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Tema 3 – Perguntas de escolha múltipla

1. O desenvolvimento social e das competências relacionais dá-se:


A. pela maturação das estruturas nervosas.
B. pela adaptação ao meio social.
C. pelo alargamento da esfera social.
D. pela aprendizagem social.

2. O laço emocional que se estabelece entre uma criança e uma pessoa em particular é:
A. a zona de desenvolvimento proximal.
B. a vinculação.
C. a ambivalência.
D. a individuação.

3. A primeira forma de relação social do bebé é a:


A. maturação.
B. atração.
C. ambivalência.
D. vinculação.

4. A impressão é organização mental que fazemos das informações ou interpretação de


indícios que recolhemos de alguém, de modo a:
A. categorizá-lo num sistema de significações percetivas.
B. categorizá-lo ou encaixá-lo numa determinada categoria que faça sentido para nós.
C. atribuir-lhe um conceito a que chamamos perceção.
D. atribuir-lhe uma significação de acordo com os nossos estereótipos mentais.

5. Em psicologia, a categoria designa:


A. a organização mental que fazemos das informações ou interpretação de indícios que
recolhemos de alguém.
B. a estrutura psíquica que se assemelha ao objeto ou acontecimento que está a ser
representado.
C. a construção semântica que as pessoas fazem para interpretar o que as rodeia.
D. uma estrutura cognitiva que engloba uma classe de objeto, pessoas ou situações
agrupados pelas semelhanças das suas propriedades.

6. A representação mental do mundo exterior, dos seus objetos e dos comportamentos que
nele ocorrem é a:
A. formação de impressões.
B. expectativa.
C. categorização social.
D. formação de estereótipos.
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7. A disposição interna do sujeito relativamente ao mundo social que orienta a sua conduta
quanto a esse mesmo mundo social designa-se:
A. atitude.
B. impressão.
C. categorização.
D. conação.

8. Uma representação social é:


A. a predisposição do indivíduo para agir.
B. o resultado das atividades de representação coletiva.
C. uma interação com o meio ambiente.
D. uma forma de influência social.

9. Socialmente, assim se designam os comportamentos tidos como desejáveis, mais frequentes


e admissíveis.
A. Conformismo.
B. Obediência.
C. Normalização.
D. Cristalização.

10. Conceito em função do qual o comportamento humano é avaliado. Esta definição


corresponde:
A. à normalização.
B. à obediência.
C. ao conformismo.
D. ao estereótipo.

11. Submissão ou aceitação do ponto de vista da maioria por parte do indivíduo. Esta definição
corresponde:
A. à obediência.
B. ao conformismo.
C. à normalização.
D. ao estereótipo.

12. Conduta social que consiste na submissão à autoridade. Falamos de:


A. obediência.
B. conformismo.
C. normalização.
D. estereótipo.

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13. A orientação positiva dirigida a outrem constitui a:
A. agressão.
B. intimidade.
C. sublimação.
D. atração.

14. Conduta que visa prejudicar o outro através de uma reação direta ou indireta, ativa ou
passiva, motora ou verbal. Esta afirmação refere-se à:
A. atração.
B. agressão.
C. intimidade.
D. conação.

15. Estado de proximidade emocional em relação a outra pessoa, caracterizada pela ausência
de manipulação e pela presença de uma comunicação autêntica. Esta afirmação refere-se:
A. à intimidade.
B. à atração.
C. à amizade.
D. ao amor.

16. Crença rígida e simplista, partilhada pelos membros de um grupo social, sobre pessoas,
grupos ou instituições sociais. Esta afirmação define:
A. o preconceito.
B. a categorização social.
C. a formação de impressões.
D. o estereótipo.

17. A avaliação positiva ou negativa de um grupo e dos seus membros designa-se:


A. estereótipo.
B. primeira impressão.
C. cognição social.
D. preconceito.

18. O estado psíquico originado pela tensão entre duas tendências percebidas como
antagónicas por uma pessoa designa-se:
A. cooperação.
B. estereótipo.
C. conflito.
D. neurose.

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19. Durante os primeiros tempos de vida, as relações sociais do bebé aplicam-se quase
exclusivamente à mãe, mas progressivamente surgem laços com outros indivíduos. Esta
afirmação define:
A. verdadeira, pois a primeira forma de relação social do bebé é a vinculação,
normalmente com a mãe.
B. falsa, pois as relações sociais iniciais do bebé não se limitam à mãe.
C. verdadeira, apesar de a qualidade dos laços criados com outros indivíduos se tornarem
rapidamente preferenciais relativamente à mãe.
D. falsa, pois os bebés não estabelecem laços emocionais com mais nenhum indivíduo
além dos progenitores biológicos.

20. Analise as afirmações que se seguem sobre processos de aprendizagem. Selecione, depois,
a alternativa que as identifica corretamente.
1. O recém-nascido desenvolve o comportamento de apego como estratégia para escapar
aos predadores.
2. Primatas privados de relações sociais apresentam problemas de desenvolvimento e de
sociabilidade.
3. A separação materna tem consequências no desenvolvimento infantil.
A. 1. Ainsworth; 2. Spitz; 3. Ainsworth.
B. 1. Harlow; 2. Bowlby; 3. Spitz.
C. 1. Bowlby; 2. Harlow; 3. Ainsworth.
D. 1. Spitz; 2. Bowlby; 3. Ainsworth.

21. Analise as afirmações que se seguem. Selecione, depois, a alternativa que as avalia
corretamente.
1. Conceito em função do qual o comportamento humano é avaliado.
2. Submissão ou aceitação do ponto de vista da maioria por parte do indivíduo.
3. Submissão à autoridade.
A. 1. conformismo; 2. normalização; 3. obediência.
B. 1. normalização; 2. conformismo; 3. obediência.
C. 1. representação; 2. conformismo; 3. obediência.
D. 1. normalização; 2. subjugação; 3. conformismo.

22. Analise as afirmações que se seguem. Selecione, depois, a alternativa que as avalia
corretamente.
1. Comportamento que magoa ou prejudica outro.
2. Orientação positiva dirigida a outrem.
3. Tensão entre duas tendências.
A. 1. conflito; 2. atração; 3. pulsão.
B. 1. agressão; 2. intimidade; 3. conflito.
C. 1. pulsão; 2. paixão; 3. tensão.

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D. 1. agressão; 2. atração; 3. conflito.

23. O preconceito é um julgamento desfavorável tomado a priori, acerca de outrem,


qualificando um grupo em geral de forma negativa. Esta afirmação define:
A. verdadeira, pois o preconceito é o resultado da estereotipia, isto é, da atribuição de
estereótipos.
B. falsa, pois os preconceitos são emitidos <i>a posteriori</i> e podem qualificar um grupo
de forma positiva.
C. verdadeira, pois os preconceitos acentuam as caraterísticas essenciais de cada grupo
social.
D. falsa, pois os preconceitos podem ser favoráveis ou desfavoráveis a respeito de grupos
particulares.

24. Analise as afirmações que se seguem. Selecione, depois, a alternativa que as avalia
corretamente.
1. Estado de um indivíduo dividido entre dois conceitos ou duas regras discordantes para
um mesmo problema.
2. Ambiguidade na captação de informações devido à existência de indícios contraditórios.
3. Interações divergentes, de antagonismo, entre grupos ou atores sociais.
A. 1. Conflitos percetivos; 2. Conflitos cognitivos; 3. Conflitos sociais.
B. 1. Conflitos psíquicos; 2. Conflitos sociais; 3. Conflitos culturais.
C. 1. Conflitos cognitivos; 2. Conflitos percetivos; 3. Conflitos culturais.
D. 1. Conflitos cognitivos; 2. Conflitos percetivos; 3. Conflitos sociais.

25. A cooperação emerge de um conjunto de interações sociais. A afirmação é:


A. verdadeira, se a cooperação se verificar em detrimento do egoísmo próprio.
B. falsa, pois a cooperação não necessita de interações sociais.
C. verdadeira, pois a cooperação consiste na junção de esforços, independentemente da
consecução de um fim.
D. falsa, pois a cooperação implica a conjunção de esforços com uma mesma finalidade.

26. O modo como interpretamos as impressões varia consoante as nossas experiências


passadas e os valores em que acreditamos. A afirmação é:
A. verdadeira, pois a impressão é um processo de reorganização de informações de modo
a que façam sentido para nós.
B. falsa, pois a impressão é uma forma básica de perceção.
C. verdadeira, pois a impressão é uma categorização mental que permite a formação de
conteúdos mnésicos.
D. falsa, pois a impressão consiste num processo de significações percetivas de natureza
objetiva.

27. Leia as afirmações que se seguem e, depois, selecione a alternativa correta.


1. Processo de cognição social mediante o qual o indivíduo se situa a si próprio e aos
restantes em segmentos sociais aos quais atribui atributos específicos.
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2. Crença rígida e simplista, partilhada pelos membros de um grupo social, sobre pessoas,
grupos ou instituições sociais.
3. Processo de construção de quadros conceptuais de apreensão do outro e do mundo.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. verdadeira.

28. Leia as afirmações que se seguem e, depois, selecione a alternativa correta.


1. O que as pessoas esperam de um indivíduo, no que respeita à sua conduta em
determinadas situações sociais.
2. Julgamento a respeito de um indivíduo ou grupo de indivíduos.
3. Derivação do preconceito, centrando-se nas características mais evidentes ou
caricaturais do objeto a que se refere.
A. 1. expectativa; 2. preconceito; 3. estereótipo.
B. 1. estereótipo; 2. preconceito; 3. expectativa.
C. 1. atitude; 2. estereótipo; 3. impressão social.
D. 1. impressão social; 2. expectativa; 3. estereótipo.

29. Leia as afirmações que se seguem e, depois, selecione a alternativa correta.


1. Estrutura cognitiva partilhada por uma cultura, que permite assegurar a apropriação do
mundo e guiar a ação.
2. Resultado dos processos cognitivos e dos processos funcionais socialmente demarcados,
tais como os estímulos e as interações sociais.
3. Esquemas cognitivos associados a critérios como a aparência física, o sexo, a identidade
religiosa, política ou étnica; critérios que definem as crenças que guiam os julgamentos
sobre os grupos sociais e os seus membros.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.

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Tema 3 – Perguntas de resposta curta

1 Relações precoces

1. Pode o conceito de mãe reduzir-se aos critérios definidos pela biologia?

2. O que entende por mãe?

3. Caracterize a primeira relação que a criança estabelece com um adulto.

4. Qual a diferença entre o conceito tradicional de imaturidade da criança e o atual?

5. Quais as competências que a criança traz ao nascer?

6. Qual o contributo da psicologia do desenvolvimento para um “novo” conceito de infância?

7. Que competências maternais se podem considerar biológicas e universais?

8. Relacione os conceitos de competências maternais e aprendizagem social?

9. Descreva a experiência e as conclusões a que Harlow chegou com macacos-bebés criados


por mães artificiais.

10. Relacione vinculação e autonomia.

11. Qual a relação entre vinculação e desenvolvimento social e emocional?

12. Qual a opinião de Bowlby acerca das consequências negativas da privação prolongada do
convívio social em crianças?

13. O que entende por vinculação?

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14. Que consequências observou Harlow nos macacos que privou do convívio social quando
recém-nascidos?

15. Segundo Spitz, que sintomas negativos se podem manifestar se as crianças forem privadas
do convívio social e humano?

16. O que é a resiliência?

17. Indique os principais fatores da resiliência.

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Tema 3 – Perguntas de resposta curta

2 Relações interpessoais

1. O que são impressões sociais?

2. Em que consiste a categorização social?

3. Descreva a experiência de Asch acerca do papel dos traços centrais na formação das
impressões.

4. O que são expectativas?

5. Explique em que consiste o “efeito de primazia”.

6. O que são atitudes?

7. Quais as componentes das atitudes?

8. Esclareça o conceito de dissonância cognitiva.

9. O que é uma representação social?

10. Quais as principais funções das representações sociais?

11. O que é a objetivação?

12. O que entende por ancoragem?

13. Quais os principais fatores de cognição social?

14. O que entende por norma social?

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15. O que entende por normalização?

16. Como é que M. Sherif estudou o efeito autocinético?

17. O que significa conformismo?

18. Descreva a experiência de Asch sobre o conformismo.

19. Quais os principais fatores explicativos do conformismo?

20. O que significa obediência?

21. Descreva o estudo que Milgram levou a cabo sobre a obediência.

22. Quais os principais fatores de obediência?

23. Mostre alguns aspetos positivos do inconformismo e da desobediência.

24. O que entende por atração interpessoal?

25. Quais os principais fatores explicativos da atração interpessoal?

26. Caracterize a teoria da troca social quanto à explicação da atração.

27. O que entende por agressão?

28. Que relação se verifica entre agressão e frustração?

29. Que papel desempenha a aprendizagem social nos comportamentos agressivos?

30. Explique o efeito cumulativo da frustração nas condutas agressivas.

31. O que é o amor?

32. O que são estereótipos sociais?

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33. Quais as principais características dos estereótipos?

34. O que são preconceitos?

35. Quais os níveis de intensidade da hostilidade em relação a pessoas discriminadas?

36. Qual o fator que, na perspetiva de Sherif, está na origem dos conflitos intergrupais?

37. Que relações se estabelecem entre conflito, identidade e categorização?

38. Em que consiste a negociação?

39. Como se caracteriza a atitude propícia à integração social?

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Tema 4 – Perguntas de escolha múltipla

1. Na teoria de Urie Bronfenbrenner, o que constitui um contexto?


A. Trata-se de um conceito segundo o qual tudo o que existe deve ser compreendido num
todo global e dinâmico.
B. Trata-se de um modelo explicativo que considera a globalidade complexa dos ambientes
de que o ser humano faz parte.
C. Consiste no estudo científico das interações entre o ser humano e o meio ambiente.
D. Consiste no conjunto de acontecimentos e circunstâncias particulares dentro do qual
decorre a vida de um indivíduo.

2. Nos microssistemas desenrolam-se interações que Bronfenbrenner designa por:


A. processos proximais.
B. observações ecológicas.
C. redes sociais.
D. modelo ecológico.

3. O mesossistema não tem existência isolada, porque:


A. é constituído por elementos que não afeta, o ser humano.
B. é constituído por suportes sociais instrumentais.
C. trata-se das interações entre microssistemas.
D. trata-se das interações do macrossistema.

4. No exossistema incluem-se:
A. redes sociais.
B. elementos sociais que não afetam o ser humano em desenvolvimento.
C. cultura, sistemas políticos e ideológicos.
D. processos proximais.

5. Em que consiste o macrossistema?


A. Consiste na rede de contactos sociais do indivíduo e que lhe servem de suporte.
B. Trata-se do meio cultural em que os indivíduos estão inseridos.
C. Consiste na interação entre microssistemas.
D. Trata-se do nível privilegiado para as relações interpessoais.

6. A ecologia do desenvolvimento consiste:


A. no estudo científico das progressivas interações estabelecidas entre o ser humano e o
ambiente em mudança.
B. no estudo científico das sucessivas mudanças descontinuistas que se verificam no
desenvolvimento cognitivo do ser humano.
C. no estudo não científico das pulsões, neuroses e obsessões características da espécie
humana.
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D. no estudo estatístico das transações afetivas e económicas que se efetuam nas
comunidades humanas.

7. O que é o modelo ecológico do desenvolvimento?


A. É um modelo explicativo do desenvolvimento.
B. É uma perspetiva associacionista do desenvolvimento.
C. É um modelo ecológico da interação do homem com o meio ambiente.
D. É um modelo constituído por contextos paradigmáticos.

8. O nascimento do segundo filho obrigou Paulo a reorganizar a sua vida familiar. Trata-se da
reorganização do seu:
A. microssistema.
B. exossistema.
C. macrossistema.
D. mesossistema.

9. A configuração de vínculos e relações entre pessoas e subgrupos no interior de uma


estrutura ou grupo social mais alargado designa-se por:
A. reciprocidade.
B. relações proximais.
C. rede social.
D. contexto.

10. Sistema integrado de pessoas, funções e situações. Falamos de:


A. contextos.
B. redes sociais.
C. papéis sociais.
D. suportes sociais.

11. A cultura em que os indivíduos estão inseridos é o:


A. macrossistema.
B. mesossistema.
C. exossistema.
D. ecossistema.

12. O ser humano e o seu comportamento diferem em função do ambiente em que se


encontra. A afirmação é:
A. verdadeira, porque o comportamento humano não se submete ao conformismo.
B. falsa, porque as interações são equivalentes.
C. verdadeira, porque desempenhamos papéis diferentes.
D. falsa, porque o que varia são os contextos.

13. Analise as afirmações que se seguem, sobre a importância dos contextos na vida dos
indivíduos. Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Os contextos de vida são responsáveis pelo modo como os homens se comportam.
2. Os contextos são entidades abstratas.
3. De acordo com o modelo bioecológico, o homem é criador dos contextos de vida.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.

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B. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.

14. Os efeitos dos processos proximais são sempre positivos. A afirmação é:


A. verdadeira, dado que os efeitos positivos decorrem do desenvolvimento de habilidades,
capacidades e conhecimentos em todos os domínios.
B. falsa, pois os efeitos positivos referem-se a competências mas existem efeitos negativos
que levam a disfunções.
C. verdadeira, porque as famílias, as escolas e os companheiros são os únicos com relações
proximais com os indivíduos.
D. falsa, porque a família e a escola, de forma espontânea ou organizada, procuram o
desenvolvimento das crianças e jovens.

15. Analise as afirmações que se seguem sobre o modelo ecológico de desenvolvimento.


Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Primeiro nível de ambientes.
2. Contexto ideal para o desenvolvimento de experiências interpessoais.
3. Interações entre microssistemas.
A. 1. Microssistema; 2. Macrossistema; 3. Mesossistema.
B. 1. Macrossistema; 2. Exossistema; 3. Macrossistema.
C. 1. Macrossistema; 2. Microssistema; 3. Exossistema.
D. 1. Microssistema; 2. Microssistema; 3. Mesossistema.

16. Analise as afirmações que se seguem sobre os contextos. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. Um exemplo deste contexto é a interação escola-indivíduo.
2. É constituído por valores, crenças, ideologias e costumes específicos.
3. Interações estabelecidas entre todos os microssistemas.
A. 1. Mesossistema; 2. Microssistema; 3. Mesossistema.
B. 1. Mesossistema; 2. Macrossistema; 3. Exossistema.
C. 1. Exossistema; 2. Macrossistema; 3. Mesossistema.
D. 1. Mesossistema; 2. Macrossistema; 3. Mesossistema.

17. Analise as afirmações que se seguem, sobre o exossistema. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. Nível em que as interações são imediatas e diretas.
2. Único nível com que o ser humano lida diretamente.
3. Cenário das atividades que funcionam como suporte.

A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.


B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.

18. Analise as afirmações que se seguem sobre o macrossistema. Selecione, depois, a


alternativa que as identifica corretamente.
1. Um exemplo de macrossistema é a escola.
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2. Conjunto de todos os microssistemas.
3. Muda ao longo do tempo, em função das ações de cada geração.
A. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
B. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.

19. A relação entre contextos é estática. A afirmação é:


A. verdadeira, pois cada contexto vale por si.
B. falsa, pois as relações entre contextos são articuladas, interdependentes e recíprocas.
C. verdadeira, porque o dinamismo ocorre entre as pessoas e não entre contextos, que são
formulações abstratas e teóricas, representativas da realidade.
D. falsa, pois trata-se de um conjunto de ambientes globais e complexos, mas que são
construídos pelos sujeitos.

20. A relação entre contextos é estática. A afirmação é:


A. verdadeira, pois cada contexto vale por si.
B. falsa, pois as relações entre contextos são articuladas, interdependentes e recíprocas.
C. verdadeira, porque o dinamismo ocorre entre as pessoas e não entre contextos, que são
formulações abstratas e teóricas, representativas da realidade.
D. falsa, pois trata-se de um conjunto de ambientes globais e complexos, mas que são
construídos pelos sujeitos.

21. Analise as afirmações que se seguem sobre o modelo ecológico de desenvolvimento.


Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Configuração de vínculos e de relações entre pessoas.
2. Formas de interação imediata e direta entre seres humanos.
3. As ajudas financeiras constituem um suporte material.
A. 1. rede social; 2. processos proximais; 3. suporte social.
B. 1. contextos; 2. rede social; 3. exercício de papéis sociais.
C. 1. relações proximais; 2. reciprocidade de influências; 3. rede social.
D. 1. influências recíprocas; 2. processos proximais; 3. rede social.

22. Analise as afirmações que se seguem, sobre o modelo ecológico de desenvolvimento.


Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Os contextos de vida são responsáveis pelo modo como os humanos se comportam.
2. O comportamento humano difere conforme o ambiente em que se insere.
3. Os contextos criam o homem, mas o homem não cria os contextos.
A. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
B. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.

39 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA


Tema 4 – Perguntas de resposta curta

1. O que entende por holismo?

2. O que é a ecologia do desenvolvimento humano?

3. Caracterize o modelo ecológico do desenvolvimento.

4. Quais os diferentes contextos de existência dos indivíduos?

5. Como se diferencia um microssistema e um mesossistema?

6. O que é o exossistema?

7. Em que consiste o macrossistema?

8. O que são processos proximais?

9. Em que condições se podem estudar os processos proximais?

10. Que efeitos têm os processos proximais no desenvolvimento?

11. Que tipos de apoio podem ser prestados às pessoas?

12. Quais os efeitos do suporte no comportamento dos indivíduos?

13. O que é uma rede social?

14. Quais os principais elementos que integram uma rede social?

15. Explique como é que os seres humanos podem transformar os seus contextos de vida.

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Tema 5 – Perguntas de escolha múltipla

1. Como é que nos tornamos humanos? Esta questão conduziu-nos à dicotomia:


A. estabilidade/mudança.
B. individual/social.
C. interno/externo.
D. inato/adquirido.

2. Em que consiste a dicotomia inato/adquirido?


A. Consiste em determinar se à nascença estamos completos enquanto humanos ou se
necessitamos de uma aprendizagem efetuada no contacto com o meio.
B. Consiste em determinar se é o indivíduo ou o meio ambiente que faz dele aquilo que é.
C. Consiste em determinar se, ao longo da vida, somos sempre a mesma pessoa ou se há
alguma alteração na nossa identidade.
D. Consiste em saber se as alterações na nossa vida são de índole quantitativa ou
qualitativa.

3. Em que consiste a dicotomia continuidade/descontinuidade?


A. Consiste em determinar se à nascença estamos completos enquanto humanos ou se
necessitamos de uma aprendizagem efetuada no contacto com o meio.
B. Consiste em saber se as alterações na nossa vida são de índole quantitativa ou qualitativa.
C. Consiste em determinar se ao longo da vida somos sempre a mesma pessoa ou se há
alguma alteração na nossa identidade.
D. Consiste em determinar se é o indivíduo ou o meio ambiente que faz dele aquilo que é.

4. João fala-me da situação política, faz grandes gestos e ri às gargalhadas. Roberto escuta mas
fala pouco, faz observações pertinentes e é muito inteligente. Posso atribuir a cada um dos
meus amigos diferentes qualidades e sei aquilo que posso esperar de ambos. No fundo,
trata-se de:
A. reconhecer que o desenvolvimento humano se faz ora por saltos bruscos ora por uma
evolução contínua.
B. compreender que a mesma pessoa, ao longo da sua vida, se mantém a mesma embora
sofra modificações de identidade.
C. compreender que mais que um ser individual, cada um de nós é um ser social.
D. reconhecer que, mais do que pelas diferenças biológicas, é pela influência do meio
ambiente que reconhecemos as pessoas.

5. Em que consiste a dicotomia estabilidade/mudança?


A. Consiste em determinar se, à nascença, estamos completos enquanto humanos ou se
necessitamos de uma aprendizagem efetuada no contacto com o meio.
B. Consiste em determinar se, ao longo da vida, somos sempre a mesma pessoa ou se há
alguma alteração na nossa identidade.
C. Consiste em determinar se é o indivíduo ou o meio ambiente que faz dele aquilo que é.
D. Consiste em saber se as alterações na nossa vida são de índole quantitativa ou
qualitativa.
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6. De que natureza são os fatores que condicionam o comportamento do indivíduo? Esta
questão levou-nos à dicotomia:
A. Estabilidade/mudança.
B. Individual/social.
C. Interno/externo.
D. Inato/adquirido.

7. Como deve ser entendido o homem? Vale por si próprio ou só faz sentido numa sociedade?
Estas questões levaram-nos à dicotomia:
A. Estabilidade/mudança.
B. Individual/social.
C. Interno/externo.
D. Inato/adquirido.

8. Em que consiste a dicotomia individual/social?


A. Consiste em determinar se, à nascença, estamos completos enquanto humanos ou se
necessitamos de uma aprendizagem efetuada no contacto com o meio.
B. Consiste em determinar se é o indivíduo ou o meio ambiente que faz dele aquilo que é.
C. Consiste em saber se as alterações na nossa vida são de índole quantitativa ou qualitativa.
D. Consiste em determinar se, ao longo da vida, somos sempre a mesma pessoa ou se há
alguma alteração na nossa identidade.

9. O primeiro autor a estudar a consciência foi:


A. Wundt.
B. Freud.
C. Watson.
D. Pavlov.

10. Com a psicanálise, passou a constituir o objeto da psicologia. Referimo-nos:


A. ao consciente.
B. ao inconsciente.
C. à introspeção.
D. à mente.

11. A cognição foi objeto de estudos por parte de autores como:


A. Wundt.
B. Freud.
C. Watson.
D. Piaget.

12. De acordo com a psicologia cultural, o que é a mente?


A. É a capacidade de atribuir sentido à realidade.
B. É a capacidade de proceder a um conjunto de organizações e reorganizações sintáticas.
C. É a capacidade de elaborar um conjunto de procedimentos de caráter computacional.
D. É a capacidade de estabelecer processos interiores de armazenamento e tratamento de
informação.

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13. Segundo Jerome Bruner, o homem é um construtor de:
A. significados.
B. processos computacionais.
C. comportamentos observáveis.
D. organizações sintáticas.

14. Watson considera que o desenvolvimento se deve a processos de maturação do organismo.


Esta afirmação é:
A. verdadeira, porque as aprendizagens potenciam a maturação do organismo.
B. falsa, porque para Watson o desenvolvimento segue uma sequência geneticamente
programada.
C. verdadeira, porque Watson reduz o comportamento humano ao binómio S-R.
D. falsa, porque Watson sempre negligenciou a influência de fatores internos, ligados ao
organismo.

15. Analise as afirmações que se seguem sobre a dicotomia continuidade/descontinuidade.


Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Modelo que defende que existe uma continuidade no desenvolvimento humano.
2. Modelo que defende que existe uma continuidade no desenvolvimento humano.
3. Teoria behaviorista.
A. 1. modelo continuista; 2. teoria behaviorista; 3. modelo descontinuista.
B. 1. teoria construtivista; 2. modelo continuista; 3. modelo descontinuista.
C. 1. teoria maturacionista; 2. modelo descontinuista; 3. modelo descontinuista.
D. 1. teoria maturacionista; 2. modelo descontinuista; 3. modelo descontinuista.

16. Analise as afirmações que se seguem sobre a dicotomia interno/externo. Selecione, depois,
a alternativa que as identifica corretamente.
1. Estes fatores são transmitidos pelos genes ou referem-se à anatomia ou fisiologia do
indivíduo.
2. Circunstâncias que levam o indivíduo a assumir determinados comportamentos.
3. Dicotomia que acentua o papel passivo do ser humano.
A. 1. fatores individuais; 2. fatores sociais; 3. dicotomia interno/externo.
B. 1. fatores sociais; 2. fatores individuais; 3. dicotomia individual/social.
C. 1. fatores internos; 2. fatores externos; 3. dicotomia inato/adquirido.
D. 1. fatores internos; 2. fatores externos; 3. dicotomia interno/externo.

17. Analise as afirmações que se seguem sobre a dicotomia individual/social. Selecione,


depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Teorias como o estruturalismo, a psicanálise e o cognitivismo defendem que o homem
deve ser entendido como ser individual.
2. Autores como Bronfenbrenner e Bruner consideram que o homem só pode ser entendido
como ser social.
3. O outro não tem um papel determinante na constituição do ser humano individual.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
C. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.

43 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA


18. Segundo Watson, a psicologia deve ser objetiva e para tal o seu objeto de estudo deverá
ser o estudo da mente. Esta afirmação é:
A. verdadeira, pois pelo método introspetivo é possível analisar as sensações do sujeito.
B. falsa, porque não reduz a psicologia ao estudo da mente.
C. verdadeira, pois os processos mentais são objetivamente observáveis.
D. falsa, pois para Watson apenas o comportamento observável permite garantir tal
objetividade.

19. Analise as afirmações que se seguem sobre a identidade. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. A narrativa é uma história pessoal mais ou menos estruturada.
2. A narrativa tem caráter pessoal, sendo isenta relativamente ao envolvimento do
narrador com a comunidade.
3. Uma narrativa é a expressão de uma subjetividade.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. verdadeira.

20. Leia as afirmações que se seguem e, depois, selecione a alternativa correta.


1. Como é possível distinguir as causas de comportamentos que são ambientais (influência
dos pais, familiares, experiências de vida) daquelas que são hereditárias (inscritas no
código genético do indivíduo)?
2. Como se dá o desenvolvimento humano?
3. De que tipo de fatores depende a nossa personalidade?
A. 1. inato/adquirido; 2. continuidade/descontinuidade; 3. interno/externo.
B. 1. individual/social; 2. continuidade/descontinuidade; 3. interno/externo.
C. 1. inato/adquirido; 2. interno/externo; 3. individual/social.
D. 1. individual/social; 2. interno/externo; 3. inato/adquirido.

21. As variações ao longo da vida explicam-se por grau de complexidade e não tanto por
diferenças estruturais. Esta afirmação é:
A. verdadeira, do ponto de vista dos defensores da continuidade do desenvolvimento.
B. verdadeira, do ponto de vista dos defensores da descontinuidade do desenvolvimento.
C. falsa, do ponto de vista dos defensores da estabilidade da identidade.
D. falsa, do ponto de vista dos defensores da mudança da identidade.

22. Leia as afirmações que se seguem e, depois, selecione a alternativa correta.


1. Muito embora a mudança seja reconhecível (e desejável), continua a existir na
identidade pessoal um conjunto de traços característicos e estáveis ao longo da vida que
nos permitem identificar alguém como sendo determinado indivíduo.
2. O desenvolvimento é gradual, um processo contínuo e cumulativo de experiências.
3. É possível moldar o comportamento através de uma sequência de estímulos-respostas,
independentemente da genética.
A. 1. individual; 2. continuidade; 3. adquirido.
B. 1. continuidade; 2. social; 3. adquirido.
C. 1. estabilidade; 2. mudança; 3. continuidade.

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D. 1. estabilidade; 2. continuidade; 3. adquirido.
Tema 5 – Perguntas de resposta curta

1. O que é a psicologia?

2. Qual a diferença entre comportamento e processos mentais?

3. Quais os objetivos gerais da psicologia científica?

4. Qual o contributo das visões dicotómicas no seio da psicologia?

5. Explicite o sentido da dicotomia inato-adquirido.

6. Que conceções de psicologia estão por trás dos conceitos de consciente, inconsciente,
comportamento, cognição e mente?

7. Qual o papel de Wundt no começo da psicologia científica?

8. Em que consiste o método introspetivo?

9. Porque se considera Wundt integrado numa perspetiva estruturalista?

10. Apresente três aspetos críticos da introspeção.

11. Descreva a conceção psicanalítica de mente.

12. Explique a estrutura freudiana do psiquismo humano.

13. Qual o conflito que, segundo Freud, dinamiza o aparelho psíquico?

14. Em que consiste o método psicanalítico?

15. Como é que Watson concebe o comportamento?

16. Quais os pressupostos básicos do behaviorismo?


45 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA
17. Como é que Piaget explica o processo de adaptação?

18. Quais os principais fatores do desenvolvimento intelectual apontados por Piaget?

19. Quais as características gerais do período sensorial-motor?

20. O que é a função simbólica?

21. Defina operação mental.

22. Em que consiste a reversibilidade?

23. Como se distinguem as operações concretas e as formais?

24. Qual o pressuposto em que assenta a conceção de mente de A. Damásio?

25. Qual o conceito que A. Damásio faz da mente humana?

26. Qual a diferença entre o papel das emoções e o dos sentimentos nos processos cognitivos?

27. Como é que os cognitivistas de tendência computacional perspetivam a mente humana?

28. Quais os principais argumentos de Bruner contra a perspetiva computacional da mente?

29. Como é que Bruner concebe a mente humana?

30. Explique em que medida se pode considerar a psicologia como a ciência dos significados.

31. Qual o papel das narrativas na construção da identidade pessoal?

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Tema 6 – Perguntas de escolha múltipla

1. A área da psicologia que procura explicar o comportamento humano através de conceitos e


teorias designa-se:
A. psicologia aplicada.
B. psicologia teórica.
C. investigação psicológica.
D. psicologia clínica.

2. A psicologia clínica permite o diagnóstico e tratamento dos problemas emocionais e


comportamentais recorrendo à medicação. Esta afirmação é:
A. verdadeira, pois a psicologia clínica resolve problemas como as crises de ansiedade, as
doenças mentais e o consumo de drogas.
B. falsa, pois os meios terapêuticos da psicologia clínica são de cariz psicológico.
C. verdadeira, porque os psicólogos clínicos utilizam manuais de receitas que aplicam
discriminadamente aos seus pacientes.
D. falsa, porque não é apenas a psiquiatria que pode prescrever receitas médicas.

3. Aponte um objetivo da psicologia educacional.


A. Melhorar a eficiência e o desempenho.
B. Acompanhar o trajeto intelectual dos jovens.
C. Identificar crianças com necessidades educativas especiais.
D. Diagnosticar problemas emocionais e comportamentais que prejudicam o rendimento
escolar.

4. Indivíduo, grupo, organização e comunidade constituem:


A. áreas de intervenção.
B. níveis de intervenção.
C. ocupações profissionais dos psicoterapeutas.
D. estratos sociais.

5. Psicologia educacional, psicologia do trabalho e das organizações, orientação vocacional e


profissional, psicologia clínica, psicologia criminal/forense e psicologia desportiva
constituem:
A. áreas de intervenção dos profissionais e saúde mental.
B. áreas de intervenção dos psicólogos se tiverem formação em medicina.
C. níveis de intervenção dos profissionais de saúde.
D. ocupações profissionais dos psicanalistas em geral.

6. Psicólogos clínicos, psiquiatras, psicanalistas e psicoterapeutas têm algo em comum:


A. formação inicial em medicina.
B. formação inicial em psicologia.
C. formação complementar em psicologia.
D. formação inicial ou complementar em psicologia.
47 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA
7. Os psicólogos clínicos:
A. diagnosticam e curam perturbações.
B. efetuam o diagnóstico e tratamento de distúrbios psiquiátricos.
C. utilizam terapias medicamentosas.
D. atuam ao nível dos problemas do foro psicoemocional.

8. Traumas e conflitos recalcados devem ser resolvidos com recurso a um:


A. psicanalista.
B. psicólogo clínico.
C. psiquiatra.
D. psicoterapeuta.

9. João tem vários problemas sexuais e conjugais que estão a perturbar a sua relação. Ele
deveria consultar:
A. um psicoterapeuta.
B. um médico de clínica geral.
C. um psiquiatra.
D. um neurologista.

10. O psicólogo é um promotor:


A. do desenvolvimento e da autonomia.
B. do regresso a vidas passadas.
C. do acesso aos conteúdos do inconsciente.
D. do diálogo entre culturas.

11. Trata-se de um processo pessoal, contínuo, global e integrado de mudanças, que se


concretiza na capacidade de a pessoa, autonomamente, equacionar os seus projetos de
vida. Qual é?
A. Desenvolvimento.
B. Autonomia.
C. Adaptação.
D. Remediação.

12. A capacidade de o indivíduo viver em equilíbrio com o meio físico e social, estando apto a
ultrapassar os obstáculos que enfrenta no decorrer do ciclo vital designa-se:
A. autonomia.
B. prevenção.
C. adaptação.
D. desenvolvimento.

13. A capacidade de cada um resolver os problemas que se lhe apresentam na vida designa-se:
A. autonomia.
B. prevenção.
C. adaptação.
D. desenvolvimento.

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14. Analise as afirmações que se seguem sobre níveis e áreas de trabalho da psicologia em
Portugal. Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. Estudo de relações interpessoais.
2. Reorganização do futuro.
3. Dificuldades de relacionamento com os outros.
A. 1. psicologia do trabalho e das organizações; 2. psicologia educacional; 3. psicologia
desportiva.
B. 1. psicologia clínica; 2. psicologia educacional; 3. psicologia do trabalho e das
organizações.
C. 1. psicologia clínica; 2. psicologia forense; 3. psicologia do trabalho e das organizações.
D. 1. psicologia do trabalho e das organizações; 2. orientação vocacional e profissional; 3.
psicologia clínica.

15. Analise as afirmações que se seguem sobre níveis e áreas de trabalho da psicologia em
Portugal. Selecione, depois, a alternativa que as identifica corretamente.
1. A psicologia educacional promove ações de formação para professores.
2. A psicologia do trabalho e das organizações procura melhorar a qualidade de vida das
pessoas.
3. A psicologia clínica procura detetar e gerir conflitos interpessoais.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. verdadeira.
D. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.

16. Os psicólogos são técnicos de prevenção e/ou de suporte. Esta afirmação é:


A. verdadeira, pois o psicólogo intervém em situações normais ou patológicas, com o
objetivo e promover o bem-estar dos indivíduos.
B. falsa, pois o psicólogo apenas intervém nas situações anormais ou patológicas.
C. verdadeira, pois o psicólogo é um técnico de saúde mental habilitado por uma faculdade
de medicina.
D. falsa, pois os psicólogos não atuam ao nível da prevenção.

17. Os psicólogos clínicos podem prescrever medicamentos. Esta afirmação é:


A. verdadeira, pois têm formação inicial em Medicina.
B. falsa, apesar de terem formação em Medicina.
C. verdadeira, pois a sua formação inicial é em Psiquiatria.
D. falsa, pois os seus meios terapêuticos são exclusivamente de cariz psicológico.

18. Analise as afirmações que se seguem sobre técnicos de saúde mental. Selecione, depois, a
alternativa que as identifica corretamente.
1. Licenciatura ou mestrado em medicina, formação complementar em psicanálise.
2. Licenciatura ou mestrado em psicologia, formação complementar em psicanálise.
3. Licenciatura ou mestrado em medicina, formação complementar em psicoterapia.
A. 1. médico; 2. psicólogo; 3. psiquiatra.
B. 1. psiquiatra; 2. psicanalista; 3. psicólogo clínico.
C. 1. psicanalista; 2. psicanalista; 3. psicoterapeuta.
D. 1. psicólogo clínico; 2. psicanalista; 3. psicoterapeuta.
49 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA
19. Analise as afirmações que se seguem sobre técnicos de saúde mental. Selecione, depois, a
alternativa que as identifica corretamente.
1. Tanto os psicólogos como os psiquiatras podem ser psicanalistas.
2. Os psiquiatras não podem ser psicoterapeutas.
3. Os psiquiatras podem prescrever receitas médicas, os psicólogos não.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. falsa; 3. verdadeira.
D. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. verdadeira.

20. Analise as afirmações que se seguem sobre a intervenção do psicólogo. Selecione, depois,
a alternativa que as identifica corretamente.
1. Aconselhar o professor com problemas de indisciplina na sala de aula.
2. Organizar um programa de ocupação de tempos livres.
3. Propor a melhoria das condições de trabalho na empresa.
A. 1. remediação; 2. prevenção; 3. prevenção.
B. 1. prevenção; 2. remediação; 3. remediação.
C. 1. prevenção; 2. remediação; 3. prevenção.
D. 1. remediação; 2. remediação; 3. prevenção.

21. Analise as afirmações que se seguem sobre as funções do psicólogo. Selecione, depois, a
alternativa que as identifica corretamente.
1. Dar formação aos trabalhadores de uma empresa sobre higiene e segurança no
trabalho.
2. Organizar na escola cursos de educação sexual.
3. Ajudar um adolescente a ultrapassar uma depressão resultante de um problema
amoroso.
A. 1. prevenção; 2. remediação; 3. prevenção.
B. 1. remediação; 2. prevenção; 3. prevenção.
C. 1. prevenção; 2. remediação; 3. remediação.
D. 1. prevenção; 2. prevenção; 3. remediação.

22. Analise as afirmações que se seguem sobre a psicologia. Selecione, depois, a alternativa
que as identifica corretamente.
1. A psicologia capacita-nos para nos ajudarmos a nós mesmos, num crescente processo de
autonomia.
2. A psicologia facilita a adaptação ao meio e aos diferentes contextos de vida.
3. A parapsicologia é um ramo da psicologia com autonomia quanto à sua metodologia
científica.
A. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. verdadeira.
B. 1. verdadeira; 2. verdadeira; 3. falsa.
C. 1. falsa; 2. verdadeira; 3. falsa.
D. 1. verdadeira; 2. falsa; 3. falsa.

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Tema 6 – Perguntas de resposta curta

1. Que diferença existe entre psicologia teórica e psicologia aplicada?

2. Quais as principais áreas em que os psicólogos portugueses trabalham?

3. O que é a psicologia educacional?

4. Quais as principais funções do psicólogo escolar?

5. Em que consiste a psicologia do trabalho e das organizações?

6. Quais as principais funções do psicólogo organizacional?

7. O que é a orientação vocacional e profissional?

8. Quais as fases do processo de aconselhamento vocacional?

9. Em que consiste a psicologia clínica?

10. Em que consiste a psicologia forense?

11. Em que consiste a psicologia desportiva?

12. Caracterize o conceito de situação de prática desportiva.

13. Qual a diferença entre psicólogo clínico e psiquiatra?

14. Qual a formação de um psicanalista?

15. O que é um psicoterapeuta?

16. Quais os principais processos usados em psicoterapia?

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17. Quais os pressupostos da técnica psicanalítica?

18. Estabeleça uma comparação entre as técnicas de terapia comportamental e as técnicas de


inspiração humanista.

19. Qual a diferença entre prevenção e remediação?

20. Dê exemplos de intervenção preventiva e de intervenção remediativa.

21. Explique o que é o desenvolvimento, no contexto da psicologia aplicada.

22. Que relação se pode estabelecer entre desenvolvimento e competências?

23. Explique em que consiste promover o desenvolvimento.

24. Dê exemplos de intervenções promotoras do desenvolvimento.

25. Como se pode relacionar adaptação e autonomia?

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Sol

Tema 1 – Antes de mim – A genética, o
cérebro e a cultura
1. A genética é uma área de investigação que se
dedica, entre outras coisas, ao estudo da variação
Perguntas de Escolha Múltipla
e da transmissão de características biológicas de
1. A genética
uma geração.
1. A.
2. Hereditariedade é a transmissão de
2. C.
potencialidades biológicas dos progenitores.
3. A.
3. Os principais agentes responsáveis pela
4. D.
transmissão genética são o ADN, os genes e os
5. C.
cromossomas. A transmissão genética dá-se
6. D.
quando o espermatozoide fecunda o ovócito e o
7. A.
transforma em ovo, que é a primeira célula do
8. C.
indivíduo e que contém todo o património
9. B.
hereditário.
10. C.
4. Os cromossomas são agrupamentos de milhares
11. D.
de genes que se encontram no núcleo da célula.
12. C.
O seu número é constante em todas as células do
13. D.
indivíduo e nos indivíduos da mesma espécie. No
14. C.
caso da espécie humana, há 23 cromossomas de
15. D.
origem paterna e 23 de origem materna,
16. D.
dispostos aos pares. Apresentam a forma de um X
17. B.
e, se no último par de cromossomas aparecer um
18. A.
com a forma de Y, o indivíduo é do género
19. D.
masculino. Os genes são o nosso património
20. B.
hereditário, isto é, as unidades elementares
responsáveis pela nossa predisposição para
2. O cérebro
desenvolver certas características.
1. C.
5. A hereditariedade específica é a transmissão dos
2. A.
progenitores à geração seguinte dos carateres
3. A.
comuns aos indivíduos de uma espécie e que os
4. C.
distingue dos de espécies diferentes; a
5. B.
hereditariedade individual é a transmissão de um
6. A.
conjunto único de características que distingue
7. D.
quem as recebe de todos os outros indivíduos.
8. C.
6. Os genes são as unidades elementares da
9. A.
transmissão genética e podem ser dominantes ou
10. A.
recessivos. O gene dominante produz efeito
11. A.
fenotipicamente, mesmo se estiver presente em
apenas um dos cromossomas do par, enquanto o
3. A cultura
recessivo só produz efeito se estiver presente nos
1. A.
dois cromossomas do par.
2. B.
7. Genótipo designa a constituição genética, isto é, o
3. B.
conjunto de genes que cada indivíduo herda dos
4. C.
seus progenitores. Fenótipo designa as
5. B.
características “visíveis” que se manifestam no
6. A.
indivíduo, as quais dependem do património
7. A.
genético e da influência do meio.
8. A.
8. Preformismo e epigénese são teorias relativas ao
9. D.
papel da genética na determinação dos carateres
10. D.
fenotípicos. O preformismo pressupõe uma
conceção determinista do desenvolvimento,
Perguntas de Resposta Curta
colocando-o na exclusiva dependência de um
1. A genética
53 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA
programa previamente inscrito na constituição 12. Neotenia é a tendência para preservar traços
genética. A epigénese sustenta que o juvenis em períodos prolongados do
desenvolvimento é o resultado da ação recíproca desenvolvimento.
entre fatores genéticos e ambientais. Nesta 13. O Homem é biologicamente inacabado porque
perspetiva, o desenvolvimento vai-se carece de respostas pré-programadas que lhe
processando de acordo com estas interações, o permitiriam modos de reagir automáticos e de
que significa que as características e as acordo com um programa determinado pela
competências se manifestam não apenas a partir natureza. Na ausência desse tipo de respostas, o
de raízes inatas, mas também como resultado de Homem tem que inventar ou aprender com os
experiências e aprendizagens efetuadas no meio. outros a melhor forma de atuar. Daí a
9. Ontogénese e filogénese são dois conceitos necessidade que tem do grupo social para, não
referentes à evolução. Ontogénese designa o só durante a sua longa infância mas durante
desenvolvimento do ser humano individual desde toda a vida, aprender como sobreviver e como
o embrião à velhice. Filogénese refere-se à se adaptar às situações com que se depara.
transição de umas espécies a outras, desde a 14. A imaturidade ou prematuridade biológica
formação da vida na Terra até ao aparecimento subtrai o ser humano à fixidez dos
do ser humano atual. À luz da teoria da evolução comportamentos pré-programados e instiga-o a
por seleção natural, pode-se dizer que, em certa desenvolver uma multiplicidade e diversidade
medida, a filogénese resulta da ontogénese, pois de condutas. Por carecer de respostas
o aparecimento de novas espécies deve-se a definitivas e acabadas como as dos outros
variações aleatórias a nível genético, mas a sua animais, tem que aprender com os outros e
sobrevivência ou extinção, dependem, até certo recorrer à imaginação para desenvolver
ponto, do percurso individual de cada organismo renovadas formas de atuação. A concretização
– nomeadamente do facto de este ser bem desta plasticidade numa gama infinita e variada
sucedido na adaptação ao seu meio envolvente de condutas tem-lhe permitido ultrapassar com
assegurando a sua sobrevivência e a transmissão sucesso os desafios do meio e,
das suas características genéticas à geração consequentemente, sobreviver como espécie
seguinte. devidamente adaptada.
10. O Homem é um sistema aberto, pois está
constantemente a trocar informações com o 2. O cérebro
meio ambiente, inclusivamente a nível biológico. 1. O sistema nervoso central é especializado na
Um e outro coproduzem-se mediante as trocas coordenação das informações. Nesse sentido,
estabelecidas. O Homem é, portanto, sensível superintende nas tarefas associadas ao
ao meio, integrando a sua influência. É nele que processamento de informação. O sistema nervoso
se desenrolam as suas experiências e periférico é especialista na condução da
aprendizagens, à custa das quais evolui e informação. Nesse sentido, desempenha as
consegue renovadas formas de atuação. tarefas associadas à circulação das mensagens.
11. Os programas genéticos mais fechados deixam 2. O neurónio é constituído por um corpo celular, no
pouco espaço para a interferência de fatores interior do qual se encontra o núcleo, de onde se
externos no comportamento e desenvolvimento estende um conjunto de prolongamentos. Um
dos organismos. Os programas genéticos mais desses prolongamentos é bastante mais
abertos inscrevem na programação inicial dos comprido do que os outros (chegando a
organismos a possibilidade de estes se irem apresentar alguns decímetros de comprimento) e
reprogramando em função dos estímulos dá pelo nome de axónio. Os restantes designam-
provenientes do meio onde se desenvolvem, ou se dendrites. O axónio termina num conjunto de
seja, têm alguma permeabilidade à interferência ramificações em forma de raiz chamadas
de fatores externos no comportamento e telodendrites. O axónio de alguns neurónios
desenvolvimento dos organismos. Os programas encontra-se envolvido por uma bainha de mielina
genéticos mais abertos permitem uma maior – uma substância gordurosa que serve de
diversidade de comportamentos, pois a proteção ao axónio e permite maior velocidade
reprogramação que cada organismo sofre ao na circulação de mensagens.
longo da sua vida vai influenciá-lo de uma forma 3. Os neurónios apresentam como propriedades: 1 –
única e singular. Os organismos com programas excitabilidade: capacidade de reagir a estímulos.
genéticos mais fechados exibem, geralmente, 2 – condutibilidade: capacidade de transmitir o
um conjunto limitado e padronizado de influxo nervoso a outros neurónios.
comportamentos, que correspondem a formas 4. Sinapse é a ligação funcional, de natureza
pré-programadas de responder aos desafios do eletroquímica, que se estabelece entre dois
meio. neurónios.

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5. Os nervos são conjuntos de fibras nervosas – é provocada por uma lesão na área sensorial
formados por feixes de dendrites e axónios primária do lobo parietal e a assomatognosia
cobertos por uma membrana – ao longo dos por uma lesão na área sensorial secundária do
quais acumulam os impulsos nervosos. Os mesmo lobo; a paralisia cortical é da
sensoriais conduzem-na da periferia até ao responsabilidade de uma lesão na área primária
centro, ou seja, dos órgãos recetores aos centros do movimento no lobo frontal e a apraxia, a
nervosos. Os motores transportam as mensagens afasia (Broca) e a agrafia em lesões nas áreas
do centro para a periferia, quer dizer, dos órgãos secundárias do movimento no mesmo lobo.
centrais até aos efetores (músculos e glândulas). 12. Função de suplência ou vicariante do cérebro
6. Quando o influxo nervoso atinge as telodendrites consiste no facto de outras áreas poderem vir a
pré-sinápticas, as vesículas sinápticas segregam assegurar funções que determinadas áreas
os neurotransmissores que preenchem a fenda deixaram de poder exercer.
sináptica. Preenchido quimicamente este espaço, 13. Unidade funcional do cérebro é o conceito
o influxo passa, então, das telodendrites de um central de uma teoria que admite a existência
neurónio para as dendrites do neurónio seguinte. de áreas cerebrais como suporte fisiológico de
7. A espinal medula é o centro coordenador da dadas funções orgânicas ou psíquicas, mas
atividade reflexa, o que significa que comanda as considera que estas áreas funcionam de modo
respostas diretas e mecânicas que damos interdependente e não de forma isolada.
involuntariamente a estímulos do meio. Tem Segundo esta teoria, o funcionamento de cada
ainda a função de condução de e para o cérebro. zona subordina-se à estrutura global do cérebro
O cérebro é o coordenador da atividade que, em caso de emergência, é capaz de, pela
voluntária, isto é, dos atos conscientes, função vicariante, suprir as atividades
intencionais e que exigem planificação e pertencentes a setores incapacitados.
deliberação. É a estrutura nervosa que processa 14. Segundo Damásio, o funcionamento do cérebro
as informações que lhe chegam dos órgãos obedece aos princípios de especialização e
internos e organiza as respostas adequadas. integração. A especialização refere-se à
8. O hemisfério esquerdo comanda as atividades que competência que cada departamento tem em
exigem lógica e simbolização; permite o executar adequadamente a sua função, dando o
pensamento analítico, linear e verbal. Pela sua seu contributo específico para o bom
incidência no rigor, permite a matemática, a funcionamento cerebral. A integração relaciona
investigação científica e a tecnologia. O direito se com a necessidade de várias áreas
organiza a perceção do espaço e dirige o concorrerem para desempenhar funções mais
pensamento sintético, holístico e imaginativo. É a complexas. A unidade conjunta do cérebro
parte cerebral dada à criatividade, pelo que resulta das várias tarefas especializadas, mas em
superintende na música e nas atividades artísticas conjugação umas com as outras.
em geral. 15. Diz-se que o cérebro funciona de modo sistémico
9. Em todos os lobos há áreas primárias e em oposição à ideia de áreas funcionais isoladas
secundárias. As primárias têm por função fazer- e independentes. De facto, os especialistas
nos sentir os estímulos (ver, ouvir, cheirar, sentir, defendem que o cérebro funciona como um
etc.); as secundárias permitem interpretar os todo, como um sistema organizado em que o
estímulos, de modo a saber o que vemos, funcionamento especializado de todos os
ouvimos, sentimos, etc. departamentos colabora de forma integrada
10. Em cada hemisfério há quatro lobos, cada um para a unidade funcional do sistema conjunto.
com uma responsabilidade geral própria: o 16. Com extraordinário desenvolvimento no
frontal é o que preside aos movimentos, o Homem, as áreas pré-frontais são as que
parietal às sensações do corpo, o temporal à presidem às funções tipicamente humanas,
audição e o occipital à visão. como o pensamento e a linguagem. Assim,
11. Há distúrbios que se devem a lesões em áreas desempenham notável papel na atenção,
específicas do cérebro. Assim, a alexia e a imaginação, reflexão, planificação, deliberação,
agnosia visual devem-se a lesões em áreas previsão, decisão e facultam a vontade, o
visuais secundárias no lobo occipital, enquanto a pensamento abstrato e a integração da
cegueira cortical se deve a uma lesão na área personalidade. Sede dos processos mentais
visual primária do mesmo lobo; a surdez cortical superiores, facilitam a execução de tarefas que
surge com uma lesão na zona auditiva primária impliquem a elaboração de projeto prévio,
do lobo temporal e a agnosia auditiva e a surdez recurso à memória e tomadas de decisão.
verbal (Wernicke) com lesões em áreas auditivas Presidem a todas as atividades que se associam
secundárias do mesmo lobo; a anestesia cortical à ciência e à arte.

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17. A complexidade do nosso sistema nervoso deve- tudo o que é adquirido e de influência social; 2 –
se, em larga medida, à lentificação que se a natureza refere-se ao que no Homem é
verifica no nosso ritmo de desenvolvimento. O espontâneo, a cultura refere-se ao que é regulado
facto de o nosso cérebro se estruturar a par dos por normas; 3 – a natureza diz respeito ao que é
estímulos do meio é crucial para a sua universal, a cultura ao que é comum aos
complexidade e plasticidade. A lentificação membros de uma determinada comunidade. Esta
corresponde a uma crescente complexificação diferenciação é útil sob o ponto de vista
do comportamento e, consequentemente, a conceptual. Porém, na prática, não encontramos
uma maior individuação, ou seja, a um aumento no Homem nenhuma conduta absolutamente
do número de diferenças apresentadas entre os natural, em virtude de o modo humano de agir
indivíduos da mesma espécie. sempre influenciado pelo contexto da cultura a
18. A plasticidade é a capacidade de reorganizar que cada um pertence.
redes neuronais ao longo do tempo em função 6. Padrões ou modelos culturais são formas coletivas
das necessidades e dos estímulos do ambiente. de comportamento que permitem aos seres
A plasticidade cerebral traduz-se numa enorme humanos aferir a conduta individual e prever a
disponibilidade para a aprendizagem, que, conduta dos outros. Fazer campismo,
embora seja mais notória nos primeiros anos do cumprimentar as pessoas, usar calças de ganga, ir
nosso desenvolvimento, se mantém ao longo de à discoteca ou ao cinema ao fim de semana são
toda a nossa vida. A ausência de estimulação exemplos de padrões culturais vigentes na
conduz à extinção de ligações sinápticas. A sociedade a que pertencemos.
ativação neuronal provoca uma ampliação das 7. Os padrões culturais são de extrema utilidade
ramificações dendríticas dos neurónios, tanto para o indivíduo como para a sociedade. Em
promovendo a eficácia da comunicação nervosa relação ao primeiro, constituem-se como uma
nessas áreas. Assim, novas aprendizagens abrem referência orientadora do seu comportamento,
caminho a novas possibilidades de com vista à integração no grupo social. Além
aprendizagem e vice-versa. disso, permitem-lhe antever as condutas que
pode esperar dos outros. Em relação à sociedade,
3. A cultura eles permitem a normalização dos
1. O aparecimento das crianças selvagens veio comportamentos individuais, de modo a que
revelar que a “humanidade” do Homem não é todos possam conviver de forma pacífica.
inata, mas construída, e que essa construção 8. O sentir-se realizado é uma questão pessoal. Por
exige contacto com o meio social. Veio ainda maior que seja a objetividade e exterioridade que
mostrar que há períodos adequados para o os índices de realização pessoal manifestem, a
desenvolvimento de certas predisposições parte mais importante é o modo como cada ser
genéticas, fora dos quais não é possível qualquer humano sente isso. O que é significativo é o
desenvolvimento. sentido de realização. Esta apreciação subjetiva
2. Socialização é o processo de integração de um pode generalizar-se a tudo aquilo por que o
indivíduo no grupo social, operado pela adoção indivíduo passa: pessoas, coisas, paisagens,
de atitudes, crenças, comportamentos, padrões e peripécias, situações, acontecimentos. Tudo
valores mais significativos da cultura desse grupo. atravessa o sujeito que constata, que vivencia,
3. A socialização primária, feita na infância e que assimila, que transfigura tudo nas suas
adolescência sob a ação da família e da escola, experiências, de acordo com formas pessoais de
permite a aquisição de hábitos necessários à ver, pensar e sentir, ditadas pelas suas
adaptação à vida quotidiana. A socialização significações particulares.
secundária, feita na idade adulta, ocorre quando 9. Auto-organização é a construção consciente da
a pessoa é obrigada a enfrentar situações que nossa individualidade, feita ao longo da história
exigem novas adaptações e aprendizagens. pessoal, à custa da integração de todos os
Normalmente ocorre em virtude de alterações elementos que nos constituem, desde os
significativas na condição social do indivíduo. genéticos aos culturais, dos inatos aos resultantes
4. Cultura é um complexo de condutas, ideias, das experiências e aprendizagens feitas em
sentimentos, valores, atitudes e tradições mais ou contacto com os ambientes físico e social. Com
menos estáveis, comum aos elementos de uma tudo isto, o Eu faz uma síntese original e
comunidade e transmitido de umas a outras evolutiva, a qual nos faz reconhecer, como
gerações. nossos, elementos que nos parecem nada ter a
5. A cultura prolonga a natureza, corrigindo-a e ver connosco.
ampliando-lhe a eficácia. Contudo, natureza e 10. O ser humano conta com duas heranças que
cultura são conceitos que se opõem: 1 – a fazem dele um ser biocultural: a genética e a
natureza diz respeito a tudo o que no Homem é cultural. A genética processa-se biologicamente
inato e hereditário, enquanto a cultura respeita a através da hereditariedade; a cultural processa-
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se socialmente através das aprendizagens pessoal, que o individualizam e lhe conferem
possibilitadas pelas interações com os outros. carateres únicos.
11. A diversidade humana respeita ao facto de não
existirem no mundo duas pessoas iguais, todas Perguntas de Resposta Extensa
elas divergindo sob o ponto de vista fisiológico, 1. Tópicos de conteúdo:
psicológico, social, moral, etc. A enorme a) ADN, genes de desenvolvimento e
panóplia de tipos humanos traduz-se numa cromossomas.
riqueza de formas de atuação voluntária, b) Hereditariedade específica e individual:
consciente e livre, tendo cada pessoa motivos definições.
pessoais para agir como age. c) Caracterização de genótipo e fenótipo.
12. O contacto com pessoas e culturas diferentes é 2. Tópicos de conteúdo:
enriquecedor. Entre os aspetos positivos da a) ADN, genes de desenvolvimento e
diversidade humana, destacamos: 1 – é um fator cromossomas.
de aprendizagem. O convívio com pessoas b) Hereditariedade específica e individual:
diferentes multiplica-nos as hipóteses de definições.
aprender coisas novas; 2 – é um fator de c) Caracterização de genótipo e fenótipo.
abertura e tolerância. O convívio com outras d) Preformismo e epigénese – do determinismo
pessoas desbrava horizontes novos, levando-nos ao construtivismo; neotenia e vantagens da
à descoberta de valores que nos enriquecem; 3 prematuridade biológica – plasticidade e
– é um fator de desenvolvimento intelectual. A capacidade adaptativa.
coexistência com pessoas diferentes oferece- 3. Tópicos de conteúdo:
nos muitas possibilidades de exercitar as a) Especificidade do cérebro humano:
competências mentais; 4 – é ainda fator de especialização funcional e integração
progresso cultural, pela renovação que sistémica; a auto-organização permanente.
possibilita em todas as culturas. b) Programa genético aberto por oposição a
13. Como elementos explicativos da diversidade programa genético fechado.
humana, podemos apontar: 1 – cada indivíduo c) Preformismo e epigénese – do determinismo
forma-se no interior de uma cultura em que a ao construtivismo; a imaturidade do humano –
diversidade de regras, padrões, valores, a plasticidade cerebral como resposta
estereótipos, crenças e costumes contribuem adaptativa do organismo.
para diferenciar as pessoas que a ela pertencem 4. Tópicos de conteúdo:
das que pertencem a outras culturas; 2 – dentro a) Interdependência das características genéticas,
de cada cultura, cada ser humano constrói-se a cerebrais e culturais do ser humano;
partir das potencialidades genéticas resultantes variabilidade dos modos de ser, pensar e agir.
da combinação de múltiplos pares de genes b) Conceito de auto-organização enquanto
provenientes do óvulo e do espermatozoide dos capacidade humana de se estruturar em torno
seus ascendentes. Em virtude das hipóteses de ambientes socioculturais para suporte e
caprichosas de combinação a nível dos gâmetas, proteção.
cada indivíduo apresenta, à partida, um c) Socialização primária e secundária: a
genótipo ímpar sob o ponto de vista interiorização de modelos ao longo de toda a
biopsicológico; 3 – acrescente-se que o genótipo vida. A inserção do indivíduo na cultura da
só se pode transformar em fenótipo num meio comunidade. A construção da história pessoal
físico, social e cultural que lhe permita atualizar- de vida: significação e individualidade, do
se. Como estes meios divergem e como cada ser objetivamente percebido ao subjetivamente
humano vivencia à sua maneira as experiências construído.
de vida, a identidade de cada um constrói-se de
tal modo que a sua forma de ser, pensar, sentir Tema 2 – Eu – A mente e os processos
e agir são irrepetíveis. Quer dizer, apesar dos mentais; A mente como um sistema integrado
carateres próprios da espécie que torna os seres de construção do mundo
humanos semelhantes uns aos outros, as
interações do indivíduo e do meio, dos fatores Perguntas de Escolha Múltipla
genéticos com os epigenéticos, dos fatores 1. A.
físicos com os sociais e culturais, dos elementos 2. B.
de ordem inata com os que resultam das 3. A.
aprendizagens, determinam uma diversidade 4. C.
infinita na paisagem humana, apresentando 5. D.
cada ser humano uma identidade, uma história 6. C.

57 © Psicologia em ação Guia do ProfessorEdições ASA


7. A. 7. Reforço e castigo são elementos associados às
8. D. investigações de Skinner sobre o
9. D. condicionamento operante. O reforço é qualquer
10. B. estímulo que, na sequência de uma conduta,
11. D. incrementa a sua ocorrência. Castigo é um
12. C. estímulo que, na sequência de uma conduta,
13. B. diminui a sua ocorrência.
14. A. 8. O reforço pode ser positivo e negativo, o que
15. A. significa que se pode aumentar a ocorrência de
16. D. uma conduta de duas formas: ou apresentando a
17. D. seguir à conduta um estímulo apetecível (reforço
18. D. positivo) ou retirando um estímulo aversivo
19. B. (reforço negativo).
20. A. 9. A memória é um processo de recordação de
21. C. conteúdos aprendidos que foram armazenados
22. A. para utilização posterior.
23. C. 10. As etapas da memória são as seguintes: 1 –
24. A. Aquisição, memorização ou aprendizagem. 2 –
25. D. Retenção, conservação ou armazenamento. 3 –
26. B. Atualização, reativação, recordação ou
27. D. evocação. A estas etapas podemos ainda
28. C. acrescentar o esquecimento como forma de
29. C. conseguir espaço para novas aquisições.
30. A. 11. Aprendizagem e memória são processos
31. B. indissociáveis, na medida em que só se pode
falar de aprendizagem depois de se terem
Perguntas de Resposta Curta memorizado a conduta ou conhecimento que se
1. Cognição adquiriu; de igual modo, não se pode falar de
1. Processo cognitivo é uma atividade intelectual conduta ou conhecimento memorizado se antes
implicada na compreensão, processamento, não tiverem sido aprendidos.
utilização e comunicação do saber. 12. A memória a curto prazo é considerada como o
2. O processo cognitivo é uma atividade complexa centro da consciência humana. Nela reside a
que se realiza à custa de outros processos e que informação que num momento determinado a
são os seguintes: 1 – perceção, para contactar e pessoa é capaz de utilizar, sendo por isso
apreender os objetos; 2 – aprendizagem, para chamada a memória de trabalho. Tem como
adquirir conhecimentos e condutas novas; 3 – principais funções: prestar atenção ao material
memória, para conservar o que se aprendeu. novo, selecionando-o, codificando-o e enviando-
Perceção o para a memória a longo prazo e recuperar a
3. Perceção é o processo de organização e informação da memória a longo prazo quando
interpretação da informação proveniente dos tem de a usar. Em termos de duração, a
estímulos do meio, de modo a identificarmos os informação é armazenada apenas pelo período
objetos e acontecimentos significativos que nele que vai de alguns segundos a um minuto, caso
ocorrem. seja repetida. De facto, o material armazenado
4. Aprendizagem é o processo que permite alterar, perde-se rapidamente, sobretudo se sofrer
de forma estável, o comportamento ou o interferências. Quanto à capacidade, retém
conhecimento, em virtude da experiência, treino apenas cerca de oito unidades de informação, as
ou estudo. que, em geral, constituem um número de
5. O processo de aprendizagem caracteriza-se por telefone. Pode reter mais facilmente a
três elementos essenciais: 1 – Haver modificações informação e em maior quantidade se esta for
em relação a um estado anterior. 2 – As organizada. Por exemplo, o número 089156745
modificações serem duradouras. 3 – As é mais fácil conservá-lo se for lido e repetido por
modificações serem devidas ao exercício, treino agrupamentos: 089 156 745.
ou estudo. 13. O sistema da memória a longo prazo
6. Nem todas as alterações comportamentais são corresponde àquilo que mais correntemente
sinónimas de aprendizagem. As modificações chamamos memória. É o “local” onde se
processadas por maturação neurofisiológica, por encontra tudo o que aprendemos espontânea
doença, acidente, lesão ou cansaço, e ainda pela ou intencionalmente: experiências pessoais
ação de drogas ou de álcool, nada têm a ver com positivas ou negativas, conteúdos académicos,
os processos de aprendizagem. factos, conhecimentos de processos ou técnicas.
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As informações nela conservadas resultam de manifestam. As emoções básicas são as que
uma codificação essencialmente semântica, isto aparecem na generalidade das pessoas,
é, processada com base no significado. O independentemente da cultura a que pertencem.
material é armazenado por um período que vai 5. Emoções secundárias são derivadas das básicas
de alguns segundos até uma vida inteira, ficando ou primárias, distinguindo-se delas, segundo
disponível para ser recuperado e utilizado pela Robert Plutchik, pela intensidade. Assim, o medo
memória a curto prazo. A recuperação pode ser é uma emoção básica. Com menor intensidade,
muito simples, como, por exemplo, lembrar o torna-se timidez, e, com maior, torna-se pânico.
nome das pessoas da família, ou muito difícil, Segundo A. Damásio, as emoções secundárias
como recordar o nome de uma pessoa que nos envolvem já aprendizagem e representações de
apresentaram há anos e com quem nunca mais estímulos e respostas anteriores, avaliadas como
estivemos. A recuperação de certos boas ou más. Por outras palavras, as emoções
conhecimentos pode ser tão difícil que exija o secundárias implicam já a intervenção do córtex
recurso a estratégias especiais. cerebral.
14. O esquecimento é um processo que só a partir de 6. As alterações fisiológicas que acompanham a
determinados limites se pode considerar como emoção são as seguintes: 1 – Respiração
negativo, por fazer desaparecer uma parte ofegante. 2 – Tremuras musculares. 3 – Rubor ou
considerável daquilo que se aprende. palidez do rosto. 4 – Dilatação das pupilas. 5 –
Atendendo a que a memória não tem poderes Aceleração do ritmo cardíaco. 6 – Aumento da
infinitos, o esquecimento torna-se positivo, ao pressão arterial. 7 – Decréscimo da secreção
criar “espaço” para novas aprendizagens. Para salivar, provocando secura na boca e na garganta.
além disso, Freud via no esquecimento uma 8 – Libertação de açúcar pelo fígado. 9 – Reações
espécie de proteção do ego, pois, de modo pilomotoras. 10 – Alterações na resistência
inconsciente, o sujeito se libertava das elétrica da pele. 11 – Alterações na composição
recordações que eventualmente o faziam passar química do sangue. 12 – Alterações no processo
por desonesto ou por algo de menos honroso. de digestão. 13 – Estimulação das glândulas
endócrinas, designadamente das suprarrenais.
2. Emoção 7. O sistema nervoso autónomo, através da sua
1. Afetos são predisposições do indivíduo para secção simpática, mobiliza os recursos do corpo,
reagir de modo penoso ou agradável nos vínculos preparando-o para a ação. Atuando
que estabelece com as pessoas e outros independentemente da vontade, acelera o ritmo
elementos do mundo que o envolve. cardíaco, fazendo subir a pressão sanguínea; inibe
2. Emoção é um estado agradável ou desagradável a secreção salivar e estimula a transpiração; faz
do organismo, geralmente de curta duração e dilatar as pupilas; estimula o fígado para libertar
grande intensidade, como reação a um açúcar no sangue e as suprarrenais para
acontecimento inesperado, que interfere na produzirem adrenalina.
relação que o sujeito estabelece com a realidade. 8. O sistema nervoso central participa no controlo
3. Segundo Damásio, as emoções são de natureza das emoções através de alguns dos seus
fisiológica, enquanto os sentimentos são de constituintes. Assim, o S.A.R. avalia a informação
natureza psicológica. As emoções dizem respeito sensorial, chamando a atenção do córtex para a
a um conjunto de alterações com que o corpo que é suscetível de desencadear emoções. O
responde imediata e automaticamente a uma hipotálamo ativa o sistema simpático para
situação inesperada do meio. Os sentimentos desencadear as alterações fisiológicas
respeitam à tomada de consciência, ou imprescindíveis à defesa orgânica em estados de
experiência do que se passa no organismo emergência. O córtex cerebral também intervém,
quando estamos emocionados. mas de preferência nas emoções secundárias, ou
4. Emoções básicas são as mais próximas dos seja, naquelas cuja manifestação implica
impulsos naturais do homem, por conseguinte, aprendizagem e certo controlo racional.
comandadas pelo hipotálamo e pela secção 9. Só o próprio é capaz de aceder à vivência da
simpática do sistema nervoso autónomo, sem emoção, pelo que apenas ele é capaz de relatar
que interfira qualquer esforço de racionalização. os aspetos conscientes do que se passa consigo.
Na indagação de emoções deste tipo, os Ora, a sua descrição carece de rigor, sendo vários
psicólogos muniram-se de critérios como, por os entraves à objetividade do relato: 1 – As
exemplo: 1 – Época em que se manifestam no ser pessoas têm dificuldade em observar-se a si
humano. As emoções básicas são as que surgem próprias. 2 – A tomada de consciência da emoção
muito cedo, antes que a aprendizagem social se faz com que esta se altere. 3 – As descrições são
faça notar. 2 – Número de pessoas em que se baseadas na memória, pelo que podem falhar. 4 –

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As pessoas não dispõem de linguagem objetiva tomadas de decisão. As decisões resultam da
para transmitir o que se passa consigo. intervenção do marcador-somático, espécie de
10. Fala-se de universalidade das emoções a campainha de alarme que, avaliando
propósito das básicas, isto é, daquelas que se rapidamente as situações, envia mensagens de
manifestam muito cedo e que se observam na agrado ou repulsa ao sujeito que, dessa forma,
generalidade das pessoas das diferentes fica a saber se deve ou não deve agir. Porém, se
culturas. Trata-se de emoções que têm base o sujeito for privado de emoções, permanecerá
inata e cujo controlo é feito essencialmente pelo indeciso, porque o marcador-somático não
S.A.R. e pelo hipotálamo, que põe em ação o fornece qualquer indicação. De base orgânica, o
sistema sim pático. O carácter universal das marcador atua pela modificação de padrões
emoções foi comprovado por Paul Ekman que neuronais inatos, mas a sua ação é mais eficaz
organizou trabalhos a nível internacional em com as achegas das aprendizagens em que se
que as pessoas de diferentes culturas associaram sensações de agrado ou desagrado a
identificaram de modo semelhante fotografias determinadas ocorrências.
de rostos reveladores de emoções.
11. A expressão das emoções regula-se por normas 3. Conação
culturais específicas. Tais normas são 1. Os processos conativos são processos mentais
particularmente sentidas a nível das emoções que impulsionam o ser humano para a realização
secundárias e definem, por exemplo, onde e de ações deliberadas. A conação refere-se aos
quando o riso ou o choro são adequados ou processos que permitem às intenções
inadequados, em que situações o ciúme e a concretizarem-se em ações. Perspetivando os
inveja são tolerados, a que propósito é lícito ter processos conativos desta forma, está a
medo, etc. Otto Klineberg dá exemplos de restringir-se a conação aos atos resultantes das
gestos e sinais usuais em dadas culturas para decisões humanas, excluindo todos os que são
exprimir emoções que entre nós têm significado praticados sem intervenção da vontade.
diferente. David G. Meyers considera que se 2. Os atos voluntários envolvem a participação ativa
admitirmos uma linguagem universal para de um sujeito autónomo que, antes de agir,
expressar emoções, as culturas diferem no pondera os seus atos, escolhe os meios de os
modo e na intensidade com que a usam. praticar e pensa, de modo responsável, nas
12. Pensava-se que as emoções dificultavam o consequências que desses atos podem advir.
exercício da razão. Diferentemente, os estudos Diferentemente, os involuntários dispensam a
de Damásio vieram mostrar o contrário, ou seja, intervenção da vontade, sendo executados de
que a emoção favorece a racionalidade. As suas forma automática e habitual. Dizem respeito a
investigações foram feitas a partir de pessoas atos como os reflexos simples, as reações
(Phineas Gage e Elliot) com incapacidade prática habituais e os que garantem o funcionamento dos
no campo das decisões e no da realização de nossos órgãos internos.
projetos coerentes e escolhas acertadas. Depois 3. Os atos humanos apresentam as seguintes
de inúmeros estudos neurocientíficos, chegou à características: 1 – São conscientes. 2 – São
conclusão de que as deficiências daqueles voluntários. 3 – São intencionais. Enquanto
pacientes se deviam a lesões no córtex pré- conscientes, são atos realizados por um sujeito
frontal que os privara de emoções. Segundo que sabe exatamente aquilo que está a fazer.
Damásio, a carência de emoções reflete-se Enquanto voluntários, são premeditados por um
negativamente no funcionamento prático da sujeito que quer fazer aquilo que faz porque o
mente, determinando incapacidades a nível decidiu de modo livre. Enquanto intencional, são
pessoal e de relacionamento social. atos de um sujeito que sabe para que age, ou
13. Segundo Damásio, existem duas posições seja, sabe aquilo que se propõe atingir com a
interpretativas do modo como a mente humana ação que quer realizar.
decide. Uma, de índole racionalista, é a que vê 4. Os elementos que a psicologia tradicional
na razão a capacidade decisora, a qual não pode distingue no ato voluntário são os seguintes:
ser perturbada pelas emoções, consideradas conceção, deliberação, decisão e execução. A
obstáculo à sua atividade. Servindo-se deste conceção, também designada por projeto,
processo, a razão necessita de ponderar, consiste na representação de um objetivo ou fim
analisar a situação, refletir sobre as estratégias e a alcançar. A deliberação consiste na ponderação
avaliar os riscos da ação, antes de tomar das vantagens e inconvenientes de uma
qualquer decisão. Este processo torna-se determinada ação. A decisão é a escolha ou
cansativo e moroso, não compatível com determinação da vontade por uma conduta entre
situações que reclamem resposta urgente. A várias possíveis. A execução é a concretização do
outra interpretação, perfilhada por Damásio, que se decidiu fazer.
atribui às emoções um papel imprescindível nas
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5. Dado que o ser humano não dispõe de programas para assumir riscos e aptidão para escolher o
fechados de ação, tem de lançar mão de que é importante e oportuno.
capacidades especiais, isto é, tem de pensar, 13. A vontade é uma capacidade humana
refletir, antes de tomar decisões muitas vezes identificada com o poder de escolha. Ora, a
difíceis e arriscadas. Não sendo a expressão direta liberdade de escolher acarreta a
de um querer imediato, os catos humanos responsabilidade por aquilo que se escolhe e
exigem, pois, séria ponderação, a fim de se pelas consequências daquilo que se escolhe.
reduzirem as hipóteses da ocorrência de erros e Não é fácil escolher, em virtude de a vontade
efeitos indesejáveis. não ser infalível, não ser uma capacidade que
6. Tendências ou motivações são disposições decida de forma inequívoca e perfeita. Ela é
internas de um organismo para efetuar sensível à ignorância, a preconceitos, ao
determinadas ações ou facilitar a sua execução. temperamento pessoal, a desejos e paixões, que
7. Tendência e motivação são conceitos sinónimos, muitas vezes se constituem como forças em
na medida em que ambos se referem a colisão. Neste palco de contradições em que se
disposições internas de um organismo para agir. movem forças em conflito, a vontade tem de ser
Uma e outra se traduzem por carências de que capaz de gerir tudo isto, de preterir muitos
nasce o impulso ou energia condutora dos aspetos em favor de outros, de conseguir
comportamentos. imparcialidade bastante para deliberar com
8. As tendências primárias correspondem a acerto, a fim de que as decisões sejam as mais
necessidades básicas e são predisposições inatas, corretas.
ou seja, independentes da aprendizagem. As 14. A vontade é o elemento racional da conação.
tendências secundárias correspondem a Por maiores que sejam os condicionalismos a
necessidades que surgem por influência social e, interferir nas nossas decisões, é sempre a
consequentemente, são adquiridas por vontade que tem o poder de dizer sim ou dizer
aprendizagem. não, de decidir fazer ou não fazer. Os motivos
9. As tendências individuais visam a satisfação de que interferem podem apresentar-se com vigor,
interesses próprios do sujeito, e a sua satisfação mas a sua força foi-lhes conferida pela vontade
garante a sobrevivência e o progresso do humana que os elegeu como elementos
indivíduo em termos de satisfação pessoal. preponderantes. A este respeito, a vontade é
Podem ser orgânicas, como a tendência para irredutível, não podendo ser ignorada ou
comer e beber, movimentar-se e dormir, ou camuflada atrás de preconceitos, paixões,
psicológicas, como a imitação, o amor-próprio e a desejos ou interesses. Ela é sempre a expressão
ambição. de um eu que reflete, que quer, que decide e
10. As tendências sociais são as que visam o que tem de se responsabilizar pelas
relacionamento do indivíduo com os consequências dos atos que leva à prática.
semelhantes, sendo fundamentais para a
manutenção da vida em grupo. Entre elas, o 4. Identidade
gregarismo, a competição e a partilha. 1. O ser humano tem uma base biológica constituída
11. As tendências ideais são as que visam promover pelo corpo com os seus aspetos anatómicos e
a concretização de valores, sejam eles de ordem fisiológicos ligados ao funcionamento dos seus
intelectual, moral, estética ou religiosa. órgãos internos. Pelo papel que representam no
12. O esforço de realização diz respeito ao funcionamento orgânico e nos comportamentos,
empenhamento que colocamos na prossecução são de destacar os sistemas nervoso e hormonal.
dos nossos objetivos. Relaciona-se com a 2. Se o corpo é de natureza biológica, todos os
perseverança e com a coragem de não desistir comportamentos efetuados por seu intermédio, à
dos nossos intentos, mesmo que nos surjam exceção dos reflexos simples, são de carácter
barreiras difíceis de transpor. É que a realização sociocultural, por sofrerem influência de regras e
pessoal não se consegue com o mero passar do padrões sociais. Alimentar-se, ter relações
tempo. Não se trata de uma promoção sexuais, comunicar com os outros, chorar, sorrir,
automática, mas de uma construção ativa e saudar as pessoas, apanhar o autocarro, ir à
empenhada em que se exige vigor e escola ou ao cinema são condutas que implicam
refinamento de competências: força de atos de natureza sociocultural.
vontade, firmeza de carácter, criatividade, 3. A perspetiva biossociocultural da mente é
compreensão dos problemas, espírito aberto e defendida por vários pensadores, nomeadamente
capacidade de autocrítica. Requer-se ainda por Edgar Morin, que concebem o ser humano, a
desejo de enfrentar situações novas, coragem mente, como um conjunto de estruturas globais
em que todas as dimensões se implicam

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mutuamente. Deste modo, não há aspetos 9. A intervenção da mente no quotidiano
naturais da mente para um lado e aspetos sociais caracteriza-se por ser: 1 – Espontânea, isto é,
para outro; não há cisão entre comportamentos destituída de reflexão critica. 2 – Provável, ou
exclusivamente biológicos ou exclusivamente seja, sem garantia absoluta de que ocorram os
culturais. Qualquer aspeto referente à mente efeitos esperados. 3 – Pragmática, visando
humana, qualquer ato, o próprio homem, são resultados que surgem como efeitos diretos das
simultânea e totalmente biológicos, totalmente atuações. 4 – Generalizadora, o que significa que
sociais, totalmente culturais. Natureza, biologia, tende a tomar por regra geral o que não passa de
sociedade e cultura constituem um todo incidentes particulares.
indissociável no homem. 10. O pensamento é uma sequência interna de atos
4. As necessidades alimentares são de natureza mentais dirigidos para um objetivo final que
biológica, reguladas pelos centros ativador e consiste na resolução de problemas.
inibidor da fome, situados no hipotálamo, mas o 11. Os conceitos são uma forma de economia
que escolhemos para as atender e o modo como mental porque cada um deles se aplica a todos
comemos são de influência cultural. A os seres de uma espécie. O seu carácter eco nó -
alimentação torna-se, assim, num ritual, mico permite-nos fazer juízos e raciocínios sobre
celebrado de modos diferentes conforme as muitas coisas na sua ausência e sem ter que
sociedades. designar cada uma delas.
5. O impulso sexual, desencadeado pelo sistema 12. Normalmente, a resolução de um problema
hormonal e por centros hipotalâmicos, é de base implica o prosseguimento de quatro etapas: 1 –
orgânica, mas é incrementado pela perceção de Definição do problema – A dificuldade a resolver
indícios ou sinais sexuais cujo significado varia de tem que ser conceptualizada e definida de modo
umas culturas para outras e é socialmente explícito. 2 – Escolha de estratégias – Passam-se
aprendido. Além disso, o entendimento entre em revista hipóteses solucionadoras possíveis,
pares e a consumação do ato efetua-se de acordo atendendo à sua exequibilidade e eficácia. 3 –
com hábitos culturais, variáveis com o tempo e Aplicação – Põe-se em prática as estratégias
com os agrupamentos humanos. escolhidas. 4 – Verificação da eficácia – Se uma
6. Por princípio, as necessidades correspondem a estratégia resultar, o problema fica resolvido.
carências orgânicas que, se não forem atendidas, Caso nenhuma delas resulte, há que
põem em risco a sobrevivência individual. Isto reconsiderar outras hipóteses de solução.
significa que não podem ser racionalmente 13. A imaginação reprodutora refere-se ao poder de
controladas. Já os desejos levam a evocar imagens provenientes de perceções
comportamentos que, se não forem efetuados, anteriores, reestruturando-as de forma original,
não deixam o organismo na iminência de de modo a produzir padrões afastados dos
desaparecer. Relacionando-se com aprendizagens dados sensoriais. A imaginação criadora consiste
de natureza psicossocial, os desejos podem ser em estabelecer combinações de elementos que
controlados pelo sujeito que os submete a nunca foram percecionados. Neste sentido,
processos de racionalização. imaginação é sinónimo de fantasia, colocando
7. Geralmente conceptualiza-se a necessidade como algo de diferente em relação à perceção.
sendo de origem orgânica e visando a 14. Dá-se o nome de criatividade à competência dos
sobrevivência. Contudo, este conceito tem de ser seres humanos para dar origem a qualquer coisa
alargado em função de dados contextos culturais. de inédito, sentida como criação sua.
De facto, há sociedades que têm como bá- sicas 15. O pensamento criador necessita de percorrer
necessidades que noutras culturas não existem quatro etapas essenciais: 1 – Preparação.
ou figuram como desejos. Numa sociedade Consiste na investigação e recolha de dados
industrializada, as necessidades básicas não se relacionados com o trabalho a desenvolver.
confinam à alimentação, vestuário e abrigo. A Estudar, treinar, refletir, adquirir
satisfação destas condições mínimas de vida exige conhecimentos, refinar técnicas são algumas das
um emprego e o cumprimento de horários que atividades que precedem a execução do
transformam os relógios, os meios de transporte, trabalho. 2 – Incubação. É uma fase de latência
as cantinas, etc., em necessidades básicas que em que os investigadores ou criadores,
têm de ser satisfeitas. desiludidos por não descobrirem a chave do
8. Necessidade e desejo são os impulsionadores problema, desistem das indagações. 3 –
básicos dos atos humanos. Porém, na maior parte Iluminação. Também chamada inspiração,
dos casos é difícil saber se o que nos move é a consiste na descoberta do resultado, que surge
necessidade ou o desejo. Em alguns casos, as normalmente de forma súbita, como
necessidades confundem-se com os desejos. Em consequência de associações inconscientes de
outros, os desejos são derivações das dados durante a incubação. 4 – Verificação. As
necessidades.
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soluções encontradas são submetidas a controlo social e cultural, quer dizer, fruto de uma
para apurar a sua validade. sociedade que é condição de realização livre e
16. Quando se diz que o ser humano é o criador da responsável da pessoa. 4 – É uma construção
realidade não se pretende aludir ao poder que a aglutinadora e significativa, ou seja, resultante
ciência e a tecnologia lhe conferem para criar de uma assimilação ativa do sujeito que
objetos e intervir no mundo físico, alterando- -o. seleciona os elementos que integra, em função
Criar a realidade, neste contexto, significa ser do sentido que ele próprio lhes confere.
capaz de produzir significados com que se
atribuem novos sentidos ao mundo. Tema 3 – Eu com os outros – As relações
17. Entre os seres humanos reina a diversidade. precoces e as relações interpessoais
Cada homem é um ser único, construindo a sua
identidade a partir de uma história pessoal em Perguntas de Escolha Múltipla
que o seu encontro com o mundo se reveste de 1. C.
características ímpares. Porém, esta diversidade 2. B.
não invalida a existência de uma estrutura 3. D.
comum que os irmana: todos são pessoas, todos 4. B.
possuem um corpo, todos são permeáveis a 5. D.
influências sociais, todos produzem cultura, 6. B.
todos têm capacidades especiais de 7. A.
aprendizagem, todos têm o poder de se 8. B.
autoconstruir, etc. Quer dizer, para lá da 9. C.
diversidade, há uma unidade comum a toda a 10. A.
espécie. 11. B.
18. A vida mental é o reflexo da nossa história 12. A.
pessoal de vida. Os modos de ver, pensar, sentir 13. D.
e agir formam-se na interação que 14. B.
estabelecemos com o meio físico e humano. As 15. A.
vivências que ocorrem nos primeiros tempos de 16. D.
vida têm impacto na formação do carácter, 17. D.
influenciando os nossos valores, princípios, 18. C.
prioridades, conceções de vida, expectativas, em 19. A.
suma, o nosso modo de nos relacionarmos com 20. C.
os outros. Outro momento significativo é a 21. B.
adolescência em que a influência dos pares 22. D.
parece superior à parental. Pretendendo 23. D.
desbravar, por si só, o seu próprio caminho, o 24. D.
adolescente opõe- -se muitas vezes ao adulto, 25. A.
sem que isto signifique que resista à sua 26. A.
influência. 27. A.
19. O autoconceito é de ordem intelectual e refere- 28. A.
-se ao que o sujeito sabe a seu respeito; a 29. B.
autoestima é de ordem afetiva e refere-se ao
apreço que o sujeito tem por si mesmo. Perguntas de Resposta Curta
20. A identidade pessoal é o modo singular e 1. Relações precoces
idêntico de existir, e de ser reconhecido pelos 1. Se bem que algumas competências exigidas a
outros, resultante da interação com as uma mãe se relacionem com a biologia, a maior
experiências por que passa ao longo da vida. parte delas são desenvolvidas por aprendizagem
21. A identidade pessoal caracteriza-se pelo no seio social. Por isso, tanto o pai como outras
seguinte: 1 – É uma construção global e pessoas podem assumir o papel de “mãe”, se
interativa, isto é, as componentes hereditárias, fizerem as aprendizagens adequadas. O que é
ambientais, fisiológicas, psicológicas, preciso é que amem a criança, disponham de
emocionais, morais, sociais e culturais tempo para a educar e lhe prestem os cuidados
interagem umas sobre as outras, constituindo necessários.
uma totalidade organizada. 2 – É uma 2. Em termos psicoafectivos, mãe é um adulto
construção dinâmica e aberta, ou seja, sujeita a significativo que dispõe de tempo para dedicar à
reorganizações constantes em função dos criança, mostrando-se capaz de lhe proporcionar
diferentes contextos. 3 – É uma construção

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experiências positivas e estimulantes e de lhe Manifestando-se com a gravidez, prolongam a
dispensar a atenção e o afeto de que necessita. sua ação ao longo da amamentação do bebé.
3. A primeira relação que a criança estabelece com Fundamentalmente, trata-se do desenvolvimento
um adulto é o que se designa por vinculação e se das glândulas mamárias, cujo papel principal
caracteriza pelo desenvolvimento de uma forte consiste na produção de leite para o alimentar. O
ligação afetiva da criança em relação à mãe. seu desenvolvimento é estimulado pela
Nesta ligação gera-se um clima de emotividade progesterona, segregada pelos ovários, e pela
em que o sentimento de dependência é prolactina, segregada pela hipófise.
compensado pelo facto de se sentir querida e 8. Além dos mecanismos associados à produção de
amada pela mãe. Esta relação é o ponto de leite, as competências maternais são adquiridas
partida básico da estruturação das relações por aprendizagem social. Isto significa que, se
sociais que futuramente a criança estabelecerá, uma mulher não presenciar condutas maternais,
cujo êxito ou inêxito dependem do carácter não se informar junto das mães do seu grupo e
gratificante ou frustrante vivido nesta vinculação. cultura, não ler artigos em livros e revistas sobre
4. Tradicionalmente associava-se o conceito de temas materno-infantis ou não frequentar cursos
imaturidade infantil às ideias de passividade e de específicos de puericultura, não saberá o que
incompetência, vendo-se a criança como um ser fazer para cuidar adequadamente de uma
desprovido de capacidades e indiferente ao criança.
mundo. Atualmente, vê-se a criança como um ser 9. Harlow realizou experiências com macacos
ativo, dispondo de necessidades que reclamam criados por duas mães artificiais: uma de ara me,
ser satisfeitas e de competências apropriadas à outra de veludo. A primeira tinha um dispositivo
sua idade que têm de ser estimuladas e que permitia aos macaquinhos alimentarem-se. A
desenvolvidas. A imaturidade da criança concebe- outra, revestida de material felpudo,
se como dependência em relação ao adulto, mas proporcionava-lhes um contacto macio e
não como falta de aptidão, incompetência ou agradável. Era a esta que os pequenos animais se
indigência. abraçavam, permanecendo junto dela a
5. Desde o nascimento que a criança é um ser ativo reivindicar o conforto que a "mãe de arame" não
e desperto para o mundo. É portadora de lhes podia dar. Mesmo com fome, ou quando
necessidades específicas que têm que ser queriam explorar objetos, procuravam não
satisfeitas e de capacidades à espera de serem perder o contacto com a mãe mais confortável.
desenvolvidas. Possui sentidos que a abrem ao Na presença de algo estranho, agarravam-se à
mundo e reflexos para lhe reagir. Começa a “mãe de veludo”, procuravam acalmar-se, e só
relacionar-se com os outros, dispondo de formas depois iam observar o que se passava. A
de interação, das quais se destaca o choro, o exploração do meio era cautelosamente feita,
sorriso e os gestos, que são uma espécie de usando a mãe como base de proteção e apoio.
linguagem. Harlow concluiu que, após estabelecido o vínculo
6. Ao acentuar o carácter ativo da criança e a com a “mãe felpuda”, esta funcionava como
necessidade que ela tem de desenvolver proteção, capaz de subtrair os pequenos animais
capacidades específicas, a psicologia do ao sentimento de medo em face de situações
desenvolvimento contribuiu para um novo estranhas. A “mãe felpuda” dava-lhes segurança,
conceito de infância. Assim, Jean Piaget acentua a contributo importante para o desenvolvimento
necessidade de a criança desenvolver os da autoconfiança e autonomia.
esquemas de ação e cuja maturação permitirá a 10. Jacques-Philippe Leyens considera que quanto
instalação de esquemas de pensamento. Sigmund mais forte e gratificante for o vínculo do filho
Freud insiste na necessidade de as primeiras em relação à mãe, mais independente ele se
vivências serem proporcionadoras de prazer, a torna, em virtude da segurança que esse vínculo
fim de que o desenvolvimento emocional não lhe confere. É que uma vinculação bem
fique comprometido. Erik Erikson chama a estabelecida significa segurança e confiança,
atenção para a necessidade de a criança sentimentos que garantem ao bebé elevado
ultrapassar com sucesso o seu primeiro conflito grau de autonomia.
existencial, a fim de que se desenvolva a 11. A vinculação às mães, por parte dos bebés,
esperança de, em fases posteriores, conseguir um tanto humanos como primatas, pode ser vivido
relacionamento social gratificante. No seu de modo gratificante ou penoso. No primeiro
conjunto, estes psicólogos evidenciam caracteres caso, os sentimentos nutridos são geradores de
que distanciam a criança do velho conceito que confiança, pelo que os bebés se sentem aptos a
fazia dela um tubo digestivo com necessidades estabelecer novos e benéficos contactos sociais.
essencialmente reduzidas à esfera orgânica. Ao invés, as experiências negativas traumatizam
7. Há competências maternais que são naturais e os bebés, que podem não tentar estabelecer
inatas, relacionadas com a biologia. novas relações ou fazê-lo desconfiadamente e
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dominados pelo medo. Experiências com linguagem e raciocínio abstrato, e de
primatas e observações de seres humanos perturbações sociais e emocionais: indiferença,
levaram ao estabelecimento de uma relação agressividade e delinquência.
direta entre perturbações na vinculação e 16. Resiliência é a capacidade para enfrentar,
desequilíbrios nos relacionamentos social e vencer e ser fortalecido por experiências
emocional. adversas.
12. Observações em crianças de tenra idade 17. Entre os principais fatores da resiliência contam-
efetuadas por Bowlby levaram-no a concluir que se os seguintes: 1 – Otimismo, que se relaciona
as crianças, quando afastadas da família por com a esperança de que as coisas talvez não
períodos superiores a três meses, vêm a sofrer sejam dramáticas e que podem melhorar. 2 –
de perturbações que se desenvolvem por fases: Autoconfiança, ou crença de que a pessoa tem
Inicialmente, há uma fase de desespero. Em recursos suficientes para resolver a situação. 3 –
seguida, surge irritação e cólera. Por último, as Conhecimento da situação, ou consciência das
crianças ficam indiferentes e apáticas. causas e circunstâncias reais do problema. 4 –
13. Vinculação é a tendência manifestada pelos Autodomínio, ou controlo dos impulsos,
seres vivos de várias espécies para, nos mantendo um estado de serenidade. 5 –
primeiros tempos de vida, se ligarem Empatia, ou relação de compreensão intuitiva
emocionalmente à mãe, permanecendo junto do outro e das suas reações. 6 – Relacionação,
dela, ou de outro adulto de que eventualmente ou capacidade para conseguir redes de apoio.
dependam.
14. Harlow manteve macaquinhos-bebés em jaulas 2. Relações interpessoais
vazias, em completo isolamento, sem contacto 1. Impressões sociais são noções criadas no
com ninguém. Quando o isolamento era contacto com as pessoas, fornecedoras de um
superior a um ano, os animais tornavam-se quadro interpretativo para as julgarmos no que
inadaptados, manifestando problemas sociais e elas são e nas suas condutas.
emocionais. Abraçavam-se a si próprios ou 2. A categorização social consiste numa construção
mordiam-se, autopremiando-se ou de quadros conceptuais de apreensão dos outros
autopunindo-se, e efetuavam movimentos e do mundo, com base na semelhança das suas
oscilantes como se estivessem num baloiço. propriedades. De uma maneira geral, consiste em
Colocados em contacto com outros macacos incluir indivíduos em categorias ou classes. Allport
criados normalmente, não brincavam, não os desenvolve o conceito de categorização social,
perseguiam nem respondiam aos seus ataques fazendo dela: 1 – Uma inclusão de pessoas, coisas
agressivos. Esta inadaptação persistiu em idades e acontecimentos singulares em conjuntos
futuras, mostrando-se incompetentes em familiares, previamente organizados. 2 – Uma
questões sexuais e inaptos nas relações integração de um máximo de informação num
parentais. Alguns machos tornaram-se conjunto. 3 – Uma identificação rápida de objetos
sexualmente indiferentes, e os que tentavam e acontecimentos portadores de marcas ou sinais
acasalar agarravam-se indiscriminadamente a próprios das categorias ou grupos em questão. 4
macacos de qualquer sexo, não conseguindo – Uma atribuição de um conjunto de ideias e
qualquer tipo de relacionamento. As fêmeas emoções aos objetos categorizados que, assim,
resistiam às solicitações dos machos normais e, passam a fazer parte de cada um deles.
fecundadas artificialmente, não mostravam 3. Solomon Asch fez estudos no sentido de
amor pelos filhos, antes os maltratavam e comprovar que, quando criamos uma impressão
mordiam. de uma pessoa, organizamos as suas qualidades
15. As consequências em crianças da privação de de modo a que os traços centrais conferem
estímulos humanos são negativas, muito significação global a todos os outros. A
semelhantes às verificadas em macacos: experiência de Asch consistiu no seguinte: Os
aberrações no desenvolvimento social e sujeitos de dois grupos teriam que dar a sua
emocional, que podem ir da procura obsessiva e opinião acerca de uma pessoa a partir de uma
doentia de afeto à indiferença em relação ao lista de sete traços de personalidade –
adulto. A indiferença é a conduta mais inteligente, habilidoso, laborioso, caloroso,
generalizada, sendo muitos os casos de evitação determinado, prático e cauteloso – que foi
de pessoas, de isolamento e apatia, entregue ao grupo A. A lista entregue ao grupo B
permanecendo agarrados à barra da cama, ou era igual, apenas com uma diferença: o traço
baloiçando-se, de rosto inexpressivo. “caloroso” foi substituído pelo traço “frio”. A
Observações futuras revelaram casos de défice generalidade das pessoas do grupo A tendeu a
intelectual, nomeadamente em relação à descrever a pessoa como generosa e bem-

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humorada, enquanto no grupo B as descrições elaborada e partilhada, com um objetivo prático,
insistiam numa pessoa pretensiosa e antipática. A e contribuindo para a constituição de uma
hipótese de Asch foi confirmada, pois os traços realidade comum a um conjunto social.
“caloroso” e “frio” subjugaram os outros. 10. As representações sociais têm por função doar
4. Expectativas são atitudes psicoafectivas que, face sentido às coisas e orientar as condutas das
a certos indícios, permitem ao indivíduo efetuar pessoas. Nas sociedades contemporâneas, elas
antecipações em relação a determinadas são uma espécie de senso comum que dá aos
ocorrências sociais. seres humanos interpretações dos
5. O efeito de primazia é um conceito de que Asch acontecimentos e, simultaneamente,
se serviu para explicar como as primeiras orientações de atuação prática.
impressões são determinantes na organização das 11. A objetivação é uma forma de organização dos
nossas cognições. De acordo com este conceito, elementos da representação e o percurso que
as primeiras impressões recolhidas de uma efetuam até exprimirem uma realidade pensada
pessoa condicionam as eventuais avaliações que que é tida como natural ou material.
futuramente fizermos a seu respeito. Numa 12. Ancoragem é um processo cognitivo que
situação experimental, Asch pediu aos indivíduos consiste em recorrer a noções conhecidas para
de dois grupos que dessem a sua opinião sobre induzir a compreensão de outros conceitos ou
uma pessoa que apresentava como caracteres situações e agir em conformidade com eles.
principais os constantes de uma lista. As listas 13. Os fatores da cognição social coincidem
apresentadas aos dois grupos continham os essencialmente com os agentes de socialização.
mesmos caracteres, mas indicados por ordem Neste sentido, devem referir-se os grupos em
inversa: no grupo A, a lista iniciava-se com os que nos fomos inserindo, a sociedade em geral,
caracteres positivos “inteligente” e “laborioso”; o processo educativo e os meios de
na lista B, estes caracteres vinham no fim e a lista comunicação social. A influência da família é
começava com “invejoso” e “teimoso”, os últimos particularmente notável durante a infância,
da lista A. Como Asch esperava, as características sendo os pais responsáveis por grande número
que iniciavam as listas imprimiram-se nos das nossas cognições. À medida que os jovens se
sujeitos, levando a descrições diferentes. vão integrando noutros grupos, a família perde a
6. Atitudes são predisposições adquiridas e sua hegemonia, aparecendo-nos na
relativamente estáveis que levam os indivíduos a adolescência praticamente preterida pelos
reagir de forma positiva ou negativa em relação a pares, cujo papel é significativo na formação das
objetos de índole social. representações. Especialmente na infância e
7. As atitudes são compostas por três elementos: 1 adolescência, a educação familiar e escolar são
– Elemento intelectual – crença que pode ser poderosos atuantes na formação e organização
expressa por um juízo e corresponde ao que das nossas cognições. A idade adulta é uma fase
sabemos sobre o objeto da atitude; 2 – Elemento de maior resistência à influência dos outros, o
emocional – sentimentos que nutrimos acerca que não significa que não se mude de opinião
das coisas e que determinam uma avaliação em muitos aspetos. Em todo este processo
positiva ou negativa a seu respeito; 3 – Elemento evidenciam-se também os meios de
comportamental – resultado da combinação dos comunicação audiovisual, especialmente a
dois constituintes anteriores, consiste numa televisão e a Internet, que dispõem de formas
predisposição para vir a atuar de determinada sugestivas e quase mágicas de se introduzirem
forma. na organização do universo cognitivo das
8. Dissonância cognitiva é, segundo Festinger, a pessoas.
existência simultânea de cognições 14. Norma social, segundo Sherif, é uma escala de
contraditórias, pelo que não se ajustam entre si. referência ou de avaliação que define uma
Por exemplo, a pessoa que sabe que o tabaco margem de comportamentos, atitudes e
prejudica a saúde e continua com o hábito de opiniões, permitidos ou condenáveis.
fumar vive em estado de dissonância cognitiva, o 15. Designa-se por normalização o estabelecimento
que a perturba psicologicamente. Daí que, tendo de normas sociais com base na influência
optado pelo prazer do cigarro, tente atenuar a recíproca dos membros de um grupo de
contradição em que vive, alterando a sua indivíduos, hesitantes quanto aos modos
convicção acerca dos malefícios do tabaco. convenientes de pensar e de agir.
Distorce, então, a realidade dos factos com 16. M. Sherif explorou o efeito autocinético em
argumentos que só o convencerão a si próprio: há experiências laboratoriais para averiguar as
quem fume e morra de velho e há quem não capacidades de normalização individual e co
fume e morre novo. letiva. Numa sala às escuras, os sujeitos
9. Segundo Jodelet, uma representação social é uma submetiam-se à experiência da ilusão percetiva
modalidade de conhecimento, socialmente da deslocação de um ponto luminoso, tendo
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que avaliar a distância que o ponto percorria. A 21. Sob o falso pretexto de estudar o efeito das
nível individual, os sujeitos chegaram punições sobre a aprendizagem de pares de
brevemente à regularidade de um padrão de palavras, o sujeito ingénuo desempenhava o
avaliação, o que levou Sherif a concluir que cada papel de professor e recebia ordens para
pessoa tende a elaborar as suas próprias normas carregar num botão de um painel que
quando elas não existem. A nível de grupo, e supostamente provocaria um choque elétrico,
experimentando com pessoas que previamente sempre que o aluno, colocado noutra sala,
tinham já elaborado a sua norma pessoal de cometia um erro. Os choques aumentavam 15
avaliação, Sherif verificou que as normas in volts, de erro para erro, podendo atingir os 450,
dividuais vão sendo substituídas por uma norma mais que suficientes para matar o “aluno”, caso
geral, a qual resulta de ajustes motivados pelo a quantidade de erros fizesse chegar a esse
confronto intergrupal. Com a repetição de uma ponto. Evidentemente, o “aluno” era um sujeito
variedade e multiplicidade de experiências do conivente a colaborar com o investigador, e que
efeito autocinético, Sherif chegou às conclusões dava erros propositados e gritava com fingidas
seguintes: 1 – Há uma tendência individual e dores alucinantes, sempre que o “professor”
coletiva para organizar os dados da experiência, carregava no botão. Das muitas experiências
mesmo que não se disponha de qualquer feitas, Milgram concluiu que 65% das pessoas
referencial objetivo para a execução de tal lhe obedeciam, aplicando choques que
tarefa. 2 – A influência dos outros torna-se aumentavam progressivamente 15 volts até
decisiva na elaboração das normas sociais. atingir os 450, isto é, aceitavam realizar um
17. Conformismo é a tendência das pessoas para comportamento mortal.
aproximarem as suas atitudes e 22. Milgram enumerou quatro fatores da
comportamentos das atitudes e obediência: 1 – Autoconfiança. Quanto mais
comportamentos dos outros elementos do autoconfiantes, menos obedientes se
grupo. apresentam as pessoas. 2 – Desejo de ser aceite.
18. Solomon Asch provou a tendência para o No pressuposto que a obediência é premiada e a
conformismo com uma experiência em que um desobediência punida, as pessoas submetem-se
sujeito tinha que selecionar, entre três linhas de às ordens das pessoas influentes do grupo com
comprimento desigual, traçadas num cartão, a o propósito de nele serem admitidos. 3 – Desejo
que era do comprimento de uma outra linha, de agradar. As pessoas obedecem, tentando
observada noutro cartão. As provas não tinham “cair nas boas graças” das pessoas que sobre
dificuldades de maior, a não ser a presença de elas exercem forte poder de atração. 4 –
sujeitos coniventes com o experimentador, Autoridade. A autoridade dos que julgamos
instruídos para, a partir da segunda prova, superiores ou que por outro motivo admiramos
começarem a dar todos a mesma resposta é fator que incrementa a tendência para lhe
errada. Embora reconhecendo inicialmente que obedecermos. 5 – Atração pessoal. As pessoas
as respostas não podiam ser as dadas pelos tendem a submeter-se à influência das
sujeitos participantes, a partir de determinada qualidades atrativas de uma personalidade. 6 –
altura, o sujeito ingénuo começou a duvidar de Credibilidade. As pessoas obedecem com mais
si próprio, acabando por se deixar arrastar pela facilidade a quem julgam competente, sendo a
opinião dos participantes coniventes, dando a competência vista como garantia de verdade.
resposta falsa que eles davam. 23. Há casos em que o inconformismo e a
19. Os fatores que Asch considerou responsáveis desobediência são mais meritórios que as
pelo conformismo são fundamentalmente dois: atitudes contrárias: 1 – São as atitudes
1 – Autoconfiança. Quanto maior for o sentido inconformistas que muitas vezes incentivam as
de autonomia e de autoestima de uma pessoa, descobertas científicas, sistemas filosóficos
menor será a sua tendência para o originais e inovações no campo da arte. A
conformismo. 2 – Unanimidade. O número de autonomia do pensar e do agir nunca se
pessoas concordantes não influi no compadece com o princípio da autoridade. 2 – O
conformismo, mas sim o acordo unânime. inconformismo e desobediência são salutares
Outros investigadores detetaram um terceiro quanto à alteração de normas e costumes
elemento, que é o contacto visual, também sociais que se impõem meramente por rotina,
incrementador do conformismo. perdendo vigência social. 3 – Em casos de
20. Obediência é a tendência das pessoas para se regimes ditatoriais e de ordens inexequíveis, a
submeterem e cumprirem normas e instruções desobediência pode ser uma saída preferível à
definidas e ditadas por outrem. obediência. 4 – O inconformismo pode ser

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importante para lutar e desfazer preconceitos pressão, até que o pretexto de uma pequena
sociais. contrariedade se torna suficiente para
24. Designa-se por atração interpessoal o conjunto despoletar de uma só vez tudo o que se foi
de sentimentos positivos que leva um ser acumulando no interior do ser humano.
humano a aproximar-se de outro. 31. Amor é uma emoção caracterizada por uma
25. Entre os fatores da atração pessoal contam- -se: intensa concentração no objeto amado, a que se
1 – Proximidade física – Sem ela não é possível o associa forte excitação fisiológica e um desejo
contacto social, condição necessária para que constante da sua presença.
alguém atraia ou seja atraído por alguém. 2 – 32. Estereótipos sociais são crenças ou
Desejo de afiliação – Trata-se de uma motivação representações rígidas e simplificadoras acerca
que nos leva a desejar seguir os outros, que se de pessoas, grupos e instituições que resultam
traduz no estabelecimento de relações positivas de uma generalização excessiva.
de afeto com eles e no prazer de se sentir aceite 33. Os estereótipos caracterizam-se pelo seguinte: 1
e amado. 3 – Boa aparência – A boa aparência – São de natureza cognitiva, apresentando-se
exterior é o primeiro aspeto desencadeador da como noções ou ideias seguras na orientação
atração. 4 – Semelhanças culturais – A atração das relações sociais. 2 – Configuram realidades
entre pessoas é facilitada pelas similaridades a sociais exteriores ao sujeito, como sejam
nível de atitudes, preferências, valores, pontos pessoas, grupos e instituições. 3 – São visões
de vista, etc. 5 – Reciprocidade – Julgar os rígidas e simplistas, referindo apenas aspetos
outros e ser por eles julgados em termos parcelares e caricaturais. 4 – São esquemas
positivos facilita a atração, dado que temos unificadores dos seres de uma classe ou
tendência a gostar de quem gosta de nós. categoria que, apresentando os aspetos mais
26. A teoria da troca social baseia-se na ideia de salientes, ignoram aspetos que por vezes são
reciprocidade e de lucro para explicar a atração significativos.
interpessoal. Segundo esta teoria, o que nos 34. Preconceitos são atitudes geralmente negativas
leva a desejar atrair alguém ou ser atraídos é em relação a membros de um grupo, resultantes
uma espécie de cálculo que estabelecemos nas de juízos desfavoráveis que foram prévia e
relações interpessoais, procurando sempre infundadamente constituídos.
maximizar os ganhos e minimizar os custos que 35. A hostilidade contra um alvo social parece ser
imputamos à relação com as pessoas. inerente ao preconceito. Trata-se de um impulso
27. Designa-se por agressão os comportamentos agressivo que, segundo Allport, é socialmente
físicos ou verbais realizados com o objetivo de aprendido e que assume formas de intensidade
produzir sofrimento, dor ou prejuízo a pessoas, variada: 1 – Verbalização negativa. As pessoas
objetos ou a si próprio. limitam- -se a falar dos preconceitos entre quem
28. Frustração e agressão relacionam-se lhes merece confiança. 2 – Evitamento. As
diretamente, na medida em que a frustração é pessoas furtam-se ao convívio com os
na maioria dos casos a principal causa da elementos do grupo hostilizado. 3 –
agressão. Isto significa que sempre que um Discriminação. As pessoas separam-se,
indivíduo é impedido de atingir um objetivo, enquanto grupo “nós”, do grupo “eles”,
tende a reagir com agressividade. excluindo os segundos da ocupação de lugares
29. Os comportamentos agressivos são, em boa em empresas, de morar nos seus bairros, de
razão, adquiridos no contacto social, por frequentar os mesmos estabelecimentos
aprendizagem. Há sociedades mais agressivas e escolares, de participar em cargos políticos ou
competitivas, outras menos. Na nossa de aceder a quaisquer privilégios sociais. 4 –
sociedade, abundam os exemplos em que Ataque físico. As pessoas do endogrupo
agentes de educação, interessados em que as entregam-se a catos de violência física em
crianças sejam pacíficas, lhes proporcionam relação aos elementos do exogrupo. 5 –
modelos de agressividade para lhes mostrar que Extermínio. Liquidação do exogrupo, pela
não se deve ser agressivo. A aprendizagem sujeição dos seus elementos a processos de
social da agressividade pode também ser massacre, linchamento, genocídio étnico, etc.
facilitada por modelos sedutores que 36. Segundo Sherif, a origem dos conflitos
disseminam formas sugestivas, mas agressivas, intergrupais reside no antagonismo de
de conduta, através dos programas televisivos. interesses. Assim, quando o mesmo objetivo é
30. O efeito cumulativo da frustração desencadeia prosseguido por dois grupos e só pode ser
condutas agressivas de forma repentina e alcançado por um deles, gera-se um espírito
explosiva. Pequenas frustrações, por si sós competitivo sintomático da instalação do
incapazes de gerar reações violentas conflito. A sua hipótese acerca da origem dos
significativas, vão-se adicionando umas às conflitos foi comprovada na experiência da
outras, acumulando a sua força, intensificando a “Caverna dos ladrões” em que os prémios a
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atribuir a todos os indivíduos do grupo vencedor 13. A.
funcionavam como pivot desencadeador e 14. B.
alimentador do conflito. 15. D.
37. Em cada grupo, a identidade e a categorização 16. D.
formam um bloco inextricável, situado num 17. C.
plano que antagoniza com o do outro grupo. 18. D.
Cada grupo apresenta a sua identidade própria 19. B.
que diferencia da do outro. Ao demarcar as 20. B.
fronteiras entre “nós” e “eles”, reforça a 21. A.
categorização e, simultaneamente, acentua-se o 22. A.
conflito. O antagonismo pode observar-se
também nos sentimentos com que os grupos se Perguntas de Resposta Curta
avaliam: o endogrupo é sempre investido de 1. O holismo é uma teoria segundo a qual não se
elevada missão, instaurador da ordem e da pode estudar o homem e o seu comportamento
justiça no cosmos, enquanto o exogrupo é separados do mundo. A realidade é um todo
propagador da anarquia e da desordem. dinâmico que só pode ser compreendido
38. A negociação é uma estratégia de resolução de globalmente, excluindo-se qualquer visão
conflitos por via argumentativa e diplomática, parcelar e estática. As teorias holistas são de
em que, à custa de cedências e exigências de inspiração gestaltista, corrente psicológica que vê
ambas as partes, se pretende alcançar uma as formas como todos organizados em que a
plataforma de entendimento, evitando hipótese de decomposição em elementos é
confrontos violentos. inviável por lhes alterar a estrutura significativa.
39. As comunidades de imigrantes integrar-se-ão 2. A ecologia do desenvolvimento humano é o
adequadamente nas sociedades de acolhimento estudo científico de uma progressiva e mútua
se estas assumirem uma atitude de abertura em acomodação entre um ser humano ativo e o
relação aos hábitos culturais dos primeiros. ambiente em mudança. Esta investigação
Assim, os grupos de acolhimento devem científica adota uma perspetiva holística em
desenvolver um espírito de interculturalismo, relação ao ser humano, procurando estudá-lo nos
atuando de acordo com os seguintes seus diversos ambientes, estando atento às forças
imperativos: 1 – Reconhecer e respeitar a que, emanando de um e de outros, interagem,
identidade própria dos imigrantes. 2 – provocando alterações significativas em ambos.
Compreender a legitimidade dos seus padrões, 3. O modelo ecológico, proposto por
crenças, aspirações e valores. 3 – Aceitar que os Bronfenbrenner para explicar o desenvolvimento
imigrantes sejam livres de desenvolver um estilo humano, é de inspiração holista, pelo que se
de vida parecido com o seu, adotando as recusa a compreender as coisas de modo parcelar
normas e padrões vigentes. 4 – Estar abertos à e estático. Segundo este modelo, o
sua cultura, mostrando-se sensíveis e desenvolvimento processa-se como resultado de
permeáveis a padrões que consideram razoáveis múltiplas influências provenientes dos contextos,
e eficazes. ambientes ou sistemas em que o ser humano se
insere. Homem e ambientes formam uma
globalidade em que se desenham interações
Tema 4 – Eu nos contextos – O modelo facilitadoras das mudanças processadas no ser
ecológico do desenvolvimento humano e no ambiente, de modo a que se
ajustem e coexistam de forma adaptada.
Perguntas de Escolha Múltipla 4. Os contextos de existência em que se insere o ser
1. D. humano são o microssistema, o mesossistema, o
2. A. exossistema e o macrossistema, ordenados por
3. C. Bronfenbrenner de modo crescente em relação
4. B. ao seu nível de abrangência.
5. B. 5. Os microssistemas são os ambientes que
6. A. influenciam diretamente o indivíduo como, por
7. A. exemplo, a família, a escola, a igreja e as forças
8. A. policiais do bairro, nos quais se desenrolam os
9. C. processos proximais. Estes microssistemas
10. B. exercem também influências uns sobre os outros,
11. A. cujo conjunto constitui o mesossistema. Este
12. C. apenas atua indiretamente nos indivíduos,

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exercendo-se a sua influência através de cada material ou instrumental traduz-se numa ajuda
microssistema, influenciado pelos restantes. financeira, na realização de tarefas, na partilha
6. O exossistema é o conjunto de pessoas e de responsabilidades ou numa informação
instituições que, não interagindo diretamente pertinente para a normalidade funcional da
com determinados seres humanos, são instituição. O psicológico ou emocional diz
importantes pelo apoio ou suporte que dão às respeito à preocupação, ao carinho, à simpatia,
pessoas que com eles contactam. Por exemplo, as à compreensão e entusiasmo com que umas
pessoas que colaboram numa campanha contra a pessoas acolhem as outras e aprovam ou não as
fome sabem que estão a apoiar uma boa causa e suas decisões.
entregam os seus donativos sem necessidade de 12. Fazendo diminuir a probabilidade de ocorrência
conhecer as pessoas que deles vão usufruir. A de comportamentos desajustados, os suportes
ação do exossistema é importante em altura de ou apoios sociais podem proporcionar ajuda,
crise ou de grandes transformações, suscetíveis imprescindível à ultrapassagem das épocas de
de criar rutura. transição ou de crise. Os principais efeitos que
7. O macrossistema é constituído pela cultura, os apoios sociais provocam nos indivíduos são
contexto amplo que abarca e impregna com a sua os seguintes: 1 – Contribuem para a
influência todos os outros contextos ou manutenção e para a melhoria da saúde mental
ambientes. Com os seus valores, normas e das pessoas. 2 – Permitem ampliar as
padrões sociais, o macrossistema dá o tom geral a possibilidades de enfrentar situações penosas,
todas as interações processadas entre e no provocadoras de stress. 3 – Promovem
interior de todos os contextos mais restritos. Dos consequências benéficas nos processos
recursos instrumentais e humanos desenvolvidos fisiológicos ligados ao sistema endócrino,
numa dada cultura é que vai depender a eficácia imunológico e cardiovascular.
das relações estabelecidas entre todos os outros 13. Uma rede social é um sistema de
sistemas sociais. interdependências de pessoas e instituições
8. Processos proximais são formas de interação dispostas a colaborar umas com as outras, de
estabelecidas entre o ser humano e os contextos modo a desenvolver esquemas de ajuda ou
com que contacta de modo direto, ou seja, com apoio aos elementos mais carenciados. O apoio
os microssistemas. de uma rede mostra-se sobretudo eficaz nos
9. Bronfenbrenner designa as formas de interação casos em que pessoas ou instituições estão a
que se efetuam entre o ser humano e os passar por períodos de instabilidade e crise.
microssistemas por processos proximais, e 14. Os elementos integrantes de uma rede social
considera que, para os estudar, é necessário são os seguintes: 1 – Pessoas. Isoladas ou
recorrer à observação ecológica, que deve estar integradas em instituições, as pessoas são os
de acordo com as condições seguintes: 1 – A elementos constitutivos de uma rede social. 2 –
pessoa tem que estar implicada numa atividade. 2 Funções. Como elementos ativos, as pessoas
– A interação deve ocorrer em períodos de tempo desempenham papéis sociais no interior de uma
regulares, não se estabelecendo em atividades rede. 3 – Situações. Os papéis desempenhados
ocasionais. 3 – As atividades devem-se ir pelas pessoas são mais ou menos úteis, em
complexificando de modo progressivo. 4 – As função dos contextos de desempenho.
relações interpessoais devem ser recíprocas. 5 – 15. A vida do ser humano decorre no interior de
Os objetos e símbolos presentes no ambiente contextos que com ele interagem, contribuindo
imediato devem estimular a atenção, a para o seu desenvolvimento. Mas os contextos
manipulação e a imaginação do ser humano em que o influenciam não são objetivos, antes
desenvolvimento. realidades vividas por si que os interpreta e
10. Os processos proximais podem refletir-se de sente de acordo com as suas significações. Deste
forma positiva ou negativa no ser humano em modo, o ser humano transforma a realidade na
desenvolvimento. No primeiro caso, contribuem sua realidade, na realidade interpretada com a
para a sua formação, ampliando-lhe as ajuda do sentido que lhe atribui. Este sentido foi
competências. Habilidades, conhecimentos e construído por si próprio, graças à capacidade
capacidades físicas, intelectuais, emocionais e que possui de criar significados para interpretar
artísticas desenvolvem-se no ser humano, o que o rodeia.
contribuindo para a sua melhor adaptação e
atuação no ambiente. No segundo caso, os Tema 5 – Problemas e conceitos teóricos
efeitos são nefastos, traduzindo-se em estruturadores da psicologia
disfunções geradoras de dificuldades de
controlo, adaptação e integração. Perguntas de Escolha Múltipla
11. O apoio prestado pode ser material ou 1. D.
instrumental e psicológico ou emocional. O
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2. A. numa dimensão interior do homem: o
3. B. estruturalismo de Wundt valoriza a dimensão
4. B. consciente dos fenómenos da mente; a
5. B. psicanálise de Freud valoriza a dimensão
6. C. inconsciente dessa mesma mente. O
7. B. comportamento é a base de uma perspetiva
8. B. centrada numa dimensão externa, alimentando
9. A. as teorias behavioristas de Watson, Skinner e
10. B. Bandura. A cognição e a mente estão subjacentes
11. D. a uma perspetiva centrada em visões
12. A. integradoras: o cognitivismo de Piaget integra
13. A. indivíduo-meio, inato-adquirido, interno- -
14. D. externo; o mentalismo de Damásio integra corpo-
15. C. mente, intelectual-afetivo, razão-emoção.
16. D. 7. Wundt foi o fundador da psicologia científica com
17. C. a criação, em Leipzig, em 1879, do primeiro
18. D. laboratório de psicologia experimental, onde se
19. A. dedicou a investigar a consciência e os seus
20. A. fenómenos. Provocava sensações em pessoas,
21. A. interrogando-as acerca do que sentiam. As
22. D. pessoas tinham que se autoanalisar e relatar o
que se passava com elas, processos que são
Perguntas de Resposta Curta sempre acompanhados de subjetividade. Para
1. Psicologia é a ciência que estuda o contornar esta limitação do método introspetivo,
comportamento e os processos mentais. Wundt só o aplicava em laboratório e em
2. O comportamento é exterior e pode ser situações que pudesse controlar.
observado objetivamente pelos outros enquanto 8. O método introspetivo é uma análise interior,
os processos mentais são interiores e só o próprio feita criteriosamente e com objetivos científicos.
os pode observar. O comportamento refere-se a Nela intervêm duas pessoas: o sujeito, que se
qualquer ato efetuado pelo organismo, suscetível analisa a si próprio e descreve o que se passa no
de ser observado e registado. Processos mentais seu interior, e o psicólogo, que anota e interpreta
são experiências internas e subjetivas inferidas a os resultados.
partir dos comportamentos. 9. Wundt é estruturalista porque o seu objetivo é a
3. A psicologia tem como objetivos gerais os compreensão da estrutura global da mente. Se
seguintes: 1 – Descrever comportamentos e decompõe a consciência nos seus elementos mais
processos mentais. 2 – Explicar esses simples, as sensações, fá-lo simplesmente por
comportamentos e processos. 3 – Prever com questões estratégicas. O seu propósito é explicar
portamentos. 4 – Controlar as circunstâncias em a estrutura da vida psicológica centrada na
que ocorrem os comportamentos. mente.
4. As dicotomias no seio da psicologia têm que ser 10. Podem ser apresentadas três das seguintes
vistas de duas maneiras. Por um lado, elas podem críticas: 1 – É difícil o observador observar-se a si
evidenciar e ajudar a definir determinados mesmo. Segundo Comte, o sujeito pensante não
conceitos e teorias. Por outro, elas são formas de pode dividir-se em dois: um que pensa e outro
ver exageradas e simplistas, conduzindo a que se analisa a pensar. 2 – Quando se
panoramas redutores dos assuntos. Por isso, as descrevem os fenómenos psíquicos eles já
tendências atuais da psicologia vão no sentido de ocorreram. Tem que se recorrer à memória, o
as ultrapassar, preferindo visões globais e que provoca distorções. 3 – A tomada de
integradoras. consciência de um fenómeno altera esse
5. A dicotomia inato-adquirido significa a oposição fenómeno. A aná lise racional de um facto
que existe entre os psicólogos que defendem que psíquico reduz os seus componentes afetivos. 4
nascemos com todas as disposições que nos – É impossível observar a consciência de
permitem vir a ser humanos e a comportarmo- outrem, pelo que é um processo que
nos como tal, e os que defendem que o facto de dificilmente é controlado por outros
sermos humanos depende de aquisições feitas no observadores. 5 – Os sujeitos podem não dispor
contacto com o meio. de linguagem apropriada para transmitir o que
6. Os conceitos de consciente e inconsciente estão se passa no seu interior e, além disso, as pessoas
por trás de uma perspetiva psicológica centrada têm linguagens diferentes para descrever o

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mesmo fenómeno. 6 – Não se aplica a factos de que lhes provocavam distúrbios
natureza fisiológica. 7 – Não se aplica no âmbito psicoemocionais e comportamentais. Entre os
da psicologia infantil, da psicologia patológica processos de libertação do inconsciente, o
nem da psicologia animal. 8 – Não permite psicanalista pode recorrer à associação livre, à
observar o inconsciente. análise dos sonhos e ao estudo do transfert.
11. Freud considera a mente humana semelhante a Este método assenta no pressuposto de que
um iceberg. A parte emersa corresponde ao uma vez que o sujeito tome consciência do que
consciente, constituído pelas noções, se passa no inconsciente, as pulsões libertam-se,
lembranças, imagens que a pessoa é capaz de deixando de perturbar a pessoa.
evocar e utilizar. A suportar esta parte, existe 15. Segundo Watson, o comportamento é um
uma outra, sob as águas, que Freud compara ao conjunto de respostas que o organismo dá a
inconsciente. Este é constituído por pulsões, uma situação. Para este psicólogo, situações e
traumas e desejos socialmente inaceitáveis que, reações são objetivamente observáveis e existe
aprisionados e recalcados, anseiam manifestar- entre ambas uma relação de causa-efeito, o
se, só o podendo fazer sob forma disfarçada. A que, uma vez detetada, permite estabelecer leis
pressão que exercem é perturbadora, estando explicativas e preditivas do comportamento.
na origem de distúrbios emocionais. Freud 16. O behaviorismo assenta em pressupostos
valoriza o inconsciente, instância a que não positivistas que, fundamentalmente, são os
temos acesso, mas em que residem pulsões seguintes: 1 – A psicologia tem que ser objetiva.
básicas que, como o eros e o thanatos, 2 – Deve estudar o comportamento observável e
comandam, sub-repticiamente, toda a nossa não a consciência e os seus fenómenos. 3 – O
vida psicológica. comportamento reduz-se a respostas objetivas a
12. O aparelho psíquico é uma estrutura que se estímulos também objetivos. 4 – Entre situação
subdivide em três substruturas que interatuam e reação há relações mecânicas que permitem
umas sobre as outras, mas com papéis chegar a leis. 5 – As leis permitem prever e
específicos: id, ego e superego. O id é controlar comportamentos. 6 – Não há
constituído por impulsos biológicos como a diferença entre psicologia humana e psicologia
fome, a sede e o sexo, que exigem satisfação animal. 7 – A psicologia deve usar a
imediata. Constitui a base da sobrevivência experimentação para poder efetuar
individual e da continuidade da espécie. O generalizações.
superego é formado pela interiorização das 17. A inteligência é uma forma de o indivíduo se
regras impostas pelos pais e pela sociedade em adaptar ao meio ambiente, vivendo em
geral. O superego tem carácter ideal e é o harmonia com ele. Segundo Piaget, adaptação
fundamento da moral. O ego é um elemento implica dois processos antagónicos mas
consciente e tem por função tomar as decisões complementares: a assimilação e a acomodação.
quanto à resolução do conflito travado entre o A assimilação consiste na integração dos dados
id e o superego. Trata-se do elemento racional exteriores nas estruturas do sujeito; a
da personalidade. acomodação, na modificação das estruturas do
13. No centro do nosso psiquismo, trava-se um sujeito em função das imposições do meio. O
conflito dinâmico entre o id e o superego. O id primeiro é uma tendência egocêntrica que
representa o que há de mais primitivo no conduziria à alteração do mundo exterior,
homem. Centro da líbido, o id só obedece ao pondo-o de acordo com o querer do sujeito.
princípio do prazer, o que o impulsiona a reduzir Como isso não é possível, e o sujeito só subsiste
de imediato as tensões. O superego, que é a se adaptado, o sujeito tem que pôr em ação a
instância moral da personalidade, conflitua com tendência inversa que é modificar-se em função
os impulsos biológicos, sexuais e agressivos do dos imperativos externos. O equilíbrio destes
id. O ego é o mediador entre ambos. Operando dois processos garante, segundo Piaget, uma
de acordo com o princípio da realidade, tenta adequada adaptação.
moderar o id e retardar a gratificação imediata 18. Piaget considera a existência de quatro fatores
que o princípio do prazer requer. fundamentais de desenvolvimento intelectual: 1
Essencialmente consciente, é a instância – Hereditariedade. A maturação orgânica é fator
executiva da personalidade: seleciona as básico de toda a evolução. 2 – Experiência física.
situações a que a pessoa tem de responder, As ações sobre os objetos é que vão originar,
controla a ação e decide o modo como as depois de interiorizadas, as operações mentais.
necessidades pessoais podem ser satisfeitas. 3 – Transmissão social. É necessário assimilar o
14. O método psicanalítico consiste num conjunto que é transmitido por educação. 4 –
de processos que visam trazer à consciência das Equilibração. Os três fatores anteriores devem
pessoas os impulsos, complexos, traumas e compensar-se mutuamente, de modo a
frustrações recalcados no seu inconsciente e participarem de forma equilibrada no
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desenvolvimento. Pretende-se que, em cada 25. Damásio põe termo à visão dicotómica corpo- -
fase, o equilíbrio seja progressivamente mente, defendendo que corpo e mente formam
superior. uma unidade integrada. A função principal da
19. O período sensorial-motor, que vai do mente é pensar, mas o pensamento não é
nascimento aos 18-24 meses, é a fase da ação, exclusivamente intelectual, apresentando
das perceções e dos movimentos, que se também componentes emocionais. Se a emoção
organizam em esquemas ou estruturas de falhar, embora continue apto a raciocinar
reação ao meio. Ainda não há operação ou abstratamente, o homem é incapaz de se
pensamento, mas há inteligência. Trata-se de relacionar socialmente e de tomar decisões
uma inteligência prática, manifestada pela acertadas no quotidiano.
manipulação e uso adequado dos objetos e não 26. Emoções e sentimentos contribuem para a
por competências representativas ou simbólicas. nossa tomada de decisões em relação aos
20. A função simbólica é a capacidade de produzir problemas colocados pela adaptação ao meio.
símbolos e de lidar mentalmente com eles. As emoções, de índole corporal, permitem-nos
Surge quando a criança passa da fase sensorial- reagir prontamente, quando as situações
motora para a da pré-operatividade, exigem uma resposta rápida, a executar antes
manifestando-se pela linguagem, desenho, que a razão tenha tempo e oportunidade de
imagem mental e jogo simbólico. A presença da intervir. Os sentimentos são de índole racional e
função simbólica atesta uma nova forma de facultam respostas ponderadas, selecionadas
inteligência, a representativa ou pensamento, entre as que melhor possam resolver os
que começa de modo incipiente porque as problemas. Permitindo fazer antecipações e
operações ainda não são reversíveis. Será previsões, as respostas dadas a nível de
necessário esperar pelos 6-7 anos para que a sentimentos são responsáveis, pois são
criança transite da pré para a operatividade. decididas atendendo às consequências dos atos
21. Operação mental é uma ação interiorizada, ou a efetuar.
seja, a ação que a criança exercia manualmente 27. Os cognitivistas computacionais veem a mente
sobre os objetos é executada no interior e humana semelhante a um computador, em que
intelectualmente. A ação exigia a manipulação o cérebro se equipara ao hardware, e os
de objetos; a operação exige a “manipulação processos mentais, ao software. Funcionam da
mental” de símbolos ou representações de mesma forma, havendo, numa e noutro,
objetos. entrada, processamento e saída de informação.
22. Reversibilidade é a capacidade de a criança A mente, como o computador, obedecem a leis
regressar mentalmente ao ponto de partida. É a lógico- -sintáticas, o que lhes permite efetuar
característica cuja presença atesta que a criança operações rigorosas de natureza semelhante à
já opera intelectualmente com representações, de cálculos matemáticos.
isto é, já pensa de forma lógica. 28. Contra a perspetiva computacional, J. Bruner
23. Há duas modalidades de operações: as lança, sensivelmente, os seguintes argumentos:
concretas e as formais. As concretas, próprias da 1 – A perspetiva computacional subverte a
criança que frequenta os primeiros anos de revolução cognitivista, ao enveredar por um
escolaridade, necessitam, para se exercer, do reducionismo igual ou ainda maior do que o
apoio dos objetos. Muito presa ainda ao behaviorismo, corrente contra a qual se originou
esquema percetivo, a criança necessita, para o movimento revolucionário. 2 – A perspetiva
operar, de manipular objetos, contar pelos computacional não abrange todas as dimensões
dedos, apoiar-se em imagens, desenhos, etc. As da mente humana, que não é apenas sintaxe,
operações formais ou abstratas, cuja instalação mas também e principalmente semântica, o que
no sujeito se inicia no 4.o ou 5.o ano de lhe permite exercer a função de atribuir
escolaridade, exercem-se sobre enunciados significados às coisas. 3 – A perspetiva
verbais ou outros símbolos, como as expressões computacional tem uma conceção da mente
matemáticas. São estas operações que demasiado formal e mecânica, que não engloba
assinalam a entrada e o domínio do pensamento os aspetos vivenciais do homem, que vive e foi
formal, também chamado abstrato, conceptual, produzido pela linguagem e outros símbolos
verbal, representativo, lógico-matemático, etc. específicos de dada cultura.
24. António Damásio parte do princípio de que a 29. Para Bruner, a mente humana é essencialmente
mente é aquilo que o cérebro faz, o que lhe uma semântica. Com ela constrói significados
permite pensar que é possível compreender os para atribuir àquilo com que depara. Estes
processos mentais através do estudo do significados não são arbitrários porque a mente
cérebro. formou-se no decorrer de um período histórico,

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interagindo com a sociedade e a cultura. Neste 14. D.
desenrolar de interações, a mente foi 15. D.
interiorizando toda uma bagagem de símbolos 16. A.
linguísticos e significados que lhe era 17. D.
preexistente e constituía um património 18. C.
comum, partilhado pela comunidade. É com 19. A.
esta bagagem comum que a pessoa dará sentido 20. A.
às coisas e aos acontecimentos. 21. D.
30. A tendência atual para ver a psicologia como a 22. B.
ciência dos significados explica-se porque se
trata de uma ciência que quer conhecer o Perguntas de Resposta Curta
homem e este é um ser que cria símbolos com 1. A psicologia teórica diz respeito a investigações
que atribui significado a si e ao mundo. Tudo o acerca do homem, da sua conduta e dos seus
que se possa saber a respeito de si e do mundo processos mentais, ou aprofundar conclusões já
passa pelo homem que perceciona, interpreta e existentes. A psicologia aplicada põe em prática
transmite pela linguagem as suas impressões. A as conclusões da psicologia teórica, resolvendo
existência do mundo, das pessoas, das coisas, problemas dos vários campos de atividade, de
dos problemas e do homem passa pelo facto de modo a que o homem se adapte mais facilmente
alguém, o ser humano, dar conta de tudo isso. ao meio e, desse modo, amplie o seu bem-estar.
Compreender o que quer que seja é 2. Mais que fazer investigação, grande parte dos
compreender o modo como alguém o viu e o psicólogos portugueses exerce a sua atividade a
interpretou, ou seja, o significado ou sentido trabalhar na intervenção. As principais áreas de
que lhe atribuiu. atividade são as seguintes: psicologia
31. As narrativas são histórias pessoais contadas educacional, psicologia do trabalho e das
pelo sujeito. Segundo Bruner, o psicólogo tem organizações, orientação vocacional e
que as aproveitar porque compreender uma profissional, psicologia clínica, psicologia forense
pessoa não é conhecê-la por fora, mas saber o e psicologia desportiva.
que se passa no interior do seu universo mental. 3. A psicologia educacional é um ramo da psicologia
Ora, só o próprio é que tem acesso a este aplicada que procura intervir a nível familiar,
universo, só o próprio é que tem uma escolar e de outras instituições, para que o
verdadeira vivência da sua mente, dispondo da ensino/aprendizagem efetue melhorias e, assim,
linguagem para transmitir o que está mais se promova o desenvolvimento das pessoas em
próximo de si do que de mais ninguém. Bruner geral e dos alunos de modo particular.
valoriza as narrativas porque elas não só 4. Entre as principais funções do psicólogo escolar,
exprimem a pessoa que narra as vivências, mas contam-se as seguintes: 1 – Avaliação das
o universo social e cultural em que a pessoa se necessidades educativas do aluno. 2 – Orientação
desenvolveu e construiu a sua história pessoal e aconselhamento escolar e vocacional. 3 –
de vida. Ao narrar, a pessoa serve-se de Discussão e proposta de medidas que visem a
símbolos, de uma linguagem, de significados melhoria da ação educativa. 4 – Formação e
partilhados com que interpretou as vivências aconselhamento familiar. 5 – Intervenção
que presidiram à formação da sua identidade. socioeducativa.
5. A psicologia do trabalho e das organizações é uma
Tema 6 – A psicologia aplicada em Portugal área da psicologia que procura melhorar a
eficiência, a satisfação e o bem-estar das pessoas
Perguntas de Escolha Múltipla no desempenho da sua profissão.
1. B. 6. Entre as funções do psicólogo organizacional,
2. B. contam-se as seguintes: 1 – Seleção de pessoal. 2
3. C. – Estudo de relações interpessoais. 3 – Deteção
4. B. de conflitos e tensões entre grupos. 4 – Alívio do
5. A. stress. 5 – Adaptação dos trabalhadores ao
6. D. ambiente físico e às máquinas que utilizam.
7. A. 7. A orientação vocacional e profissional é uma área
8. A. da psicologia que procura ajudar as pessoas a
9. A. decidir-se quanto ao curso superior ou carreira
10. A. profissional a seguir. Para ser eficaz, o
11. A. aconselhamento deve ser um processo
12. C. prolongado e implicar a participação ativa do
13. A. cliente.

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8. O aconselhamento vocacional é um procedimento psicanálise, acessível quer a psiquiatras quer a
que se desenrola em quatro fases: 1 – Entrevista, psicólogos clínicos.
que incide sobre o meio pessoal, educacional, 15. Um psicoterapeuta é um especialista da
vocacional, gostos, interesses e aspirações do psicologia habilitado a diagnosticar e tratar
cliente. Nos seus objetivos, a entrevista inclui a perturbações psicológicas dos clientes.
recolha de dados que permitam selecionar o Psicólogo clínico, psiquiatra e psicanalista, todos
programa de testes a aplicar ao cliente. 2 – Exame são considerados psicoterapeutas.
psicológico, em que se aplicam testes para obter 16. Os principais processos utilizados em
informações acerca dos tipos de inteligência da psicoterapia são as técnicas de modificação
pessoa, suas qualidades, competências, comportamental, as técnicas psicanalíticas e as
motivações, etc. 3 – Encontro, em que, num técnicas humanistas centradas na pessoa.
diálogo com o cliente, se interpretam e 17. As técnicas psicanalíticas assentam nos seguintes
contextualizam os dados, de modo a que este se pressupostos: 1 – Os distúrbios
vá determinando na sua opção. 4 – Relatório, ou comportamentais são causados pelos traumas e
síntese escrita dos dados recolhidos nas etapas conflitos infantis, recalcados no inconsciente. 2
anteriores e que fundamentam as orientações e – A tomada de consciência dessas causas liberta
sugestões apresentadas. o indivíduo da sua pressão, cessando os efeitos
9. A psicologia clínica consiste na aplicação dos perturbadores.
princípios teóricos da psicologia ao diagnóstico e 18. As terapias comportamentais são técnicas de
tratamento de problemas emocionais e modificação de condutas inspiradas na
comportamentais como, por exemplo, aprendizagem por condicionamento. Trata-se de
delinquência juvenil, depressão, ansiedade, estabelecer planos específicos de reforço com o
doenças mentais, dependência de drogas, etc. objetivo de adquirir comportamentos aceitáveis,
10. Também chamada criminal e judiciária, a para substituição de outros tidos por
psicologia forense consiste na aplicação da indesejáveis. As terapias de inspiração
psicologia aos contextos do direito e da justiça, humanista baseiam-se no diálogo entre
com o objetivo de proteger os direitos do psicólogo e cliente em que se estabelece uma
cidadão sem menosprezar os interesses gerais relação compreensiva, criadora de um clima
da sociedade. propício à autodeterminação do sujeito quanto
11. Em que consiste a psicologia desportiva? A a modificar condutas e adotar novos projetos de
psicologia desportiva é uma área da psicologia vida. Nas terapias comportamentais, as
que se ocupa do comportamento e dos estratégias são definidas fora do sujeito,
processos mentais dos atletas com vista a enquanto nas humanistas o sujeito é que decide
promover o seu equilíbrio e bem-estar, de modo o que e como fazer.
se rem capazes de resolver os conflitos 19. A prevenção é um conjunto de processos
ocasionados em situações de prática desportiva. tendentes a evitar a ocorrência de problemas,
12. A situação de prática desportiva não se restringe enquanto a remediação consta de processos de
aos períodos em que os atletas estão em tratamento dos distúrbios já ocorridos. A
competição, abarcando todas as circunstâncias prevenção é voltada para o futuro e visa uma
que os precedem, acompanham ou seguem. população generalizada. A remediação visa
Assim, a situação desportiva inclui os treinos, extinguir distúrbios com origem no passado em
deslocações, exercícios, ambiente pós- sujeitos particulares.
competição com o clima de vitória ou de
derrota, as relações interpessoais estabelecidas 20. Exemplos de intervenções de prevenção: 1 –
entre companheiros, adversários, dirigentes, Programas de prevenção de consumo de
treinadores, público, jornalistas, etc. substâncias. 2 – Programas de prevenção de
13. Psiquiatra e psicólogo clínico distinguem-se pela comportamentos de risco para adolescentes. 3 –
formação de base que possuem: antes de se Atuações nos contextos empresariais a nível da
especializarem em diagnóstico e tratamento de higiene e segurança no trabalho. Exemplos de
problemas psicológicos, o primeiro é licenciado intervenções de remediação: 1 – Problemas
em psicologia e o segundo em medicina. Por ser escolares e de aprendizagem. 2 – Problemas
médico, o psiquiatra pode recorrer a terapias relacionais. 3 – Problemas sexuais. 4 – Trauma,
medicamentosas, enquanto o psicólogo se limita violência ou abuso. 5 – Dependência de
a técnicas clínicas específicas da psicologia. substâncias tóxicas. 6 – Problemas de saúde
14. Ser psicanalista implica uma especialização, isto física. 7 – Problemas no trabalho.
é, ter uma formação suplementar em 21. No contexto da psicologia aplicada, o
desenvolvimento é um conceito de difícil

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definição. Para compreender de que se trata,
podemos lançar mão de alguns indicativos: 1 – É
um processo contínuo e pessoal de mudanças
que ocorre do nascimento até à morte. 2 – É um
processo aberto que se manifesta pela
possibilidade de reformulação constante de
projetos de vida. 3 – É um processo realista a
realizar de acordo com a bagagem de
qualidades, capacidades e competências de
cada um. 4 – É um processo integrado que visa
harmonizar aspetos operacionais com os papéis
sociais que simultaneamente tem de
representar.
22. As competências são o elemento essencial do
desenvolvimento. Promover o desenvolvimento
é um processo de atualização e ampliação de
competências, pelo que se considera que um
indivíduo é tanto mais desenvolvido quanto
mais alargado e operacional for o seu leque de
saberes ou de capacidades.
23. O objetivo geral da psicologia aplicada é
promover o desenvolvimento. Nesse sentido, os
psicólogos desenvolvem ações formativas para
que os indivíduos adquiram ou ampliem todas
as suas potencialidades. Promover o
desenvolvimento é, dito por outras palavras,
proporcionar aos indivíduos os meios que
permitam que as suas potencialidades se
atualizem, tornando-se competências efetivas.
Só deste modo o indivíduo poderá prosseguir
em direção ao topo da hierarquia das
motivações preconizadas por Maslow.
24. Exemplos de intervenções de promoção do
desenvolvimento: 1 – Promoção do
desenvolvimento vocacional, ajudando
adolescentes, jovens e adultos a formular e
reformular projetos de vida. 2 –
Desenvolvimento pessoal e social de alunos em
escolas, através de várias atividades e projetos
como, por exemplo, programas sobre educação
sexual ou sobre metodologias de estudo. 3 –
Intervenção comunitária, nomeadamente
auxiliando pais a desenvolver competências
para melhor lidar com os filhos adolescentes ou
desenvolvendo programas tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida dos idosos, entre
outros.
25. Adaptação e autonomia relacionam-se quando
referentes ao ser humano. Estar em harmonia
com o meio (adaptação) não é reagir de forma
passiva ao que nos rodeia, mas estarmos aptos a
resolver as situações com ações escolhidas,
decididas e orientadas por nós (autonomia).

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