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Casos síndromes febris agudas DIP

1. Genésio:
- Hipótese diagnóstica: Leptospirose / Síndrome de Weil. Primeiramente, o contato recente com
regiões de alagamento é um grande indicador de contaminação por leptospiras. Além disso, o
paciente apresenta sintomas específicos importantes, como: icterícia da pele e das escleras,
sufusão conjuntival e mialgia na região das panturrilhas. O aumento de transaminases,
creatinina, plaquetas e diminuição de potássio podem indicar aumento da gravidade do caso.
- Tratamento: Hidratação. Iniciar antibioticoterapia empírica após hemocultura para fazer
diagnósticos diferenciais. Pode-se citar a ceftriaxona como exemplo de antibiótico adequado
para este caso. Se confirmado o diagnóstico de leptospirose, iniciar penicilina endovenosa.
Iniciar reposição cautelosa de potássio endovenoso. A presença de crepitações indica
alterações pulmonares e justifica o início de VNI, mas a função respiratória deve ser verificada
por meio de gasometria arterial e raio-x de tórax.
- Testes laboratoriais: Hemocultura para fazer diagnósticos diferenciais. PCR para confirmar
diagnóstico de leptospirose, pois está no terceiro dia. Exame de urina, creatinina sérica e
potássio sérico para acompanhar quadro renal. Bilirrubina e transaminases para acompanhar
quadro hepático.

2. Alfredo:
- Hipótese diagnóstica: Malária. A exposição a região silvestre e o momento de aparecimento
dos sintomas são característicos da doença. Além disso, apresenta febre em ciclos com
sudorese e calafrios intensos, esplenomegalia e anemia características.
- Tratamento: Primeiramente verificar se é vacinado contra malária. Hidratação. Fazer
gasometria para verificar função pulmonar. Em caso de TDR positivo, iniciar tratamento com
cloroquina 150 mg (7 dias) e primaquina 15 mg por 14 dias caso seja P. vivax, ou artemeter 20
mg + lumefantrina 120 mg caso seja P. falciparum por 3 dias.
- Testes laboratoriais: Testes de gota espessa e TDR. Exame de urina e creatinina sérica para
acompanhar quadro renal. Bilirrubina e transaminases para acompanhar quadro hepático.

3. Guiomar:
- Hipótese diagnóstica: Febre amarela. A exposição a região silvestre e o momento de
aparecimento dos sintomas coincidem com o período de incubação do vírus. Ademais,
apresenta sintomas específicos da doença, como icterícia e hepatomegalia, e o sintoma
característico da síndrome de Faget (dissociação pulso - temperatura). Leptospirose, malária e
hepatite também são diagnósticos diferenciais nesse caso, por isso, fazer exames laboratoriais
para todas essas síndromes é adequado.
- Tratamento: Primeiramente verificar se é vacinado para febre amarela. O tratamento da febre
amarela se resume a medidas sintomáticas / suportivas. Deve-se fazer hidratação e uso de
antiinflamatórios por via endovenosa, pois o paciente apresenta náuseas e vômitos, para
controlar os sintomas. Fazer gasometria para verificar função pulmonar e eletrocardiograma
para verificar função cardíaca.
- Testes laboratoriais: Hemograma para acompanhar evolução do caso. Hemocultura para fazer
diagnósticos diferenciais. Pedir PCR e IGM para febre amarela. PCR e IGM para leptospirose.
Testes de gota espessa. Exame de urina, eletrólitos e creatinina sérica para acompanhar
quadro renal. Bilirrubina e transaminases para acompanhar quadro hepático.
4. Jonas:
- Hipótese diagnóstica: Hepatite A. O quadro de icterícia e hepatomegalia, em conjunto com a
possível exposição a água contaminada são característicos do quadro. Leptospirose e outras
hepatites são diagnósticos diferenciais para o caso.
- Tratamento: Primeiramente verificar se é vacinado contra hepatites. O tratamento da hepatite
A se resume a medidas sintomáticas / suportivas. Deve-se fazer hidratação e uso de
antiinflamatórios por via endovenosa, pois o paciente apresenta náuseas e vômitos, para
controlar os sintomas.
- Testes laboratoriais: Pedir IGM de vírus de hepatite A para confirmar o diagnóstico. Além
disso, pedir IGM para hepatites B, C, D e E e PCR para leptospirose para fazer diagnósticos
diferenciais. Pedir hemograma para verificar volume globular, função plaquetária e leucocitária.
Exame de urina e creatinina sérica para acompanhar quadro renal. Bilirrubina e transaminases
para acompanhar quadro hepático.

5. Luciana:
- Hipótese diagnóstica: Dengue. O contato com indivíduos com quadros febris e o momento de
aparecimento dos sintomas são característicos da doença. Nesse momento, Luciana apresenta
sintomas inespecíficos (febre, mialgia, artralgia, astenia) sem sinais de alarme e não possui
comorbidades, indicando que é uma paciente do grupo A.
- Tratamento: Orientar a respeito dos riscos da doença e da importância da hidratação oral (60
mL/kg/24h). De acordo com o peso da paciente, ela deve ingerir 4,2 litros de líquido por dia,
sendo que 1.4 litros devem ser soro caseiro (1 colher de chá de sal e 2 colheres de sopa de
açúcar para 1L de água) e 2.8 litros devem ser água. Agendar retorno após 5 dias ou quando
defervescer.
- Testes laboratoriais: Pedir antígeno NS1 e IGM de vírus da dengue para confirmar o
diagnóstico. Pedir hemograma para verificar volume globular, função plaquetária e leucocitária.

6. Adolfo:
- Hipótese diagnóstica: Dengue. O paciente apresenta comorbidades, sintomas inespecíficos
(mialgia, cefaléia e febre) e hipotensão postural, que é um sinal de gravidade. Isso indica que é
um paciente do grupo C.
- Tratamento: Iniciar hidratação parenteral com cristalóides (10 mL/Kg/2h) e reavaliar após
resultado do VG. Orientar a respeito da importância da hidratação oral mesmo em ambiente
hospitalar (60 mL/kg/24h). O paciente deve ingerir 4,2 litros de líquido por dia de acordo com
seu peso. Fazer gasometria arterial para verificar função respiratória. Fazer ecografia verificar
presença de outros sinais de alarme.
- Testes laboratoriais: IGM de vírus da dengue para confirmar o diagnóstico. Hemograma de
emergência para verificar volume globular, função plaquetária e leucocitária. Exame de urina e
creatinina sérica para verificar a função renal. Albuminas e transaminases para verificar a
função e inflamação hepática.

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