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• Disfunção no funcionamento de órgãos e sistemas, secundária a resposta desregulada de um hospedeiro a uma infecção;
• Principal causa de mortalidade hospitalar no mundo, superando o IAM;
• O tratamento da sepse é focado no direcionamento antimicrobiano, apesar que nos primeiros instantes utiliza-se antimicrobianos
Definição
empiricamente;
• A antiga definição de sepse como “infecção generalizada”, caiu em desuso. Pois sabe-se que o foco infeccioso pode estar localizado em
um órgão específico, o qual esta leva a uma resposta inflamatória sistêmica;
Variam conforme o foco infeccioso. Sinais gerais de sepse:
• Febre → ausente em 10-15% das pessoas
• Taquicardia;
• Leucocitose;
• Hipotensão;
Quadro clínico
Com o quadro mais agravado:
• Choque circulatório;
• Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA);
• Lesão renal aguda (LRA);
• Coagulação intravascular disseminada (CIVD);
qSOFA → avaliação rápida, porém sensível a disfunção orgânica, porém não específica;
0-1→baixo risco
2-3→alto risco
ESCORES
Exames sugeridos:
• Hemograma completo
o Leucocitose >12.000 ou leucopenia <4.000
o Contagem de leucócitos com>10% de formas imaturas;
Observações o Trompocitopenia < 150.000/mL
• Bilirrubina total
o Hiperbilirrubinemia >1,2mg/Dl
• Creatinina
o >0,3 mg/dL da creatinina basal
• Gasomentria arterial
o PaO2 / FiO2 <300
• Lactato sérico
o Hiperlactatemia, >18 mg/dL ou 2 mmol/L
• Culturas de focos
o Positivas
• A sepse pode potencialmente se tornar um choque séptico, definido como → choque circulatório e metabólico, ou seja, causa de mecanismo
distributivo;
• Clinicamente, o choque séptico é definido como:
𝑃𝐴𝑆 𝑋 2 𝑃𝐴𝐷
o Necessidade de vasopressor para manter a PAM >65 mmHg (pct hipertensos 80-85 mmHg);----------> PAM= 3
o Lactato sérico >18 mg/dL;
o Ausência de hipovolemia;
• Sinas de má perfusão sistêmica:
Choque séptico o Pele fria, pálida e pegajosa;
o Aumento do TEC → > 3s
o Livedo (resposta vasoespástica);
o Cianose de extremidades;
o EM alterado;
o Oligúria;
Os exames de perfusão periférica devem ser pesquisados e reconhecidos precocemente, não aguardando os critérios diagnósticos para tomar a
terapêutica;
1- Iniciar o ABC
A- Vias aéreas pérvias → elevação da cabeça
B- Oxigênio terapia → Suplementação de 02 por máscara ( Sat02 94-98%) ou IOT com VM (indicada se: dispneia grave; hipoxemia refratária;
Gasgow < 8)
Medicações para IOT: quetamina e etomidato (evitar drogas cardiodepressoras ou hipotensoras, como: midazolam; fentanil; propofol)
C- Circulação → podem ser iniciadas em acesso venoso periférico para agilizar
o Reposição volêmica (cristaloides) → Ringer lactato na dose de 30ml/Kg preferencialmente em bolus 250-500 mL 10 min (avaliar a
fluidotolerância do pct). Se a PAM continuar <65 mmHg
o Drogas vasoativas → Noradrenalina (maiores receptores alfa adrenérgicos p/ vasoconstrição) 0,05-2 ug/Kg/min, se , associar com vasopressina
2- Iniciar antibioticoterapia
Terapêutica inicial • Preferencialmente até a primeira hora (e após obtenção de culturas) devendo ser direcionada para a suspeita do foco da infecção;
• Sugere-se que os ATB cubram os agentes infecciosos gram-negativos e gram-positivos;
• Não há consenso em relação aos critérios de suspensão do ATB. Sendo assim, leva-se em consideração a melhora clínica, laboratorial e
dos exames de imagem;
• Reavaliar hipóteses diagnósticas e plano terapêutico;
• Modulação da resposta inflamatória → recomendada em sepse por COVID-19 → dexametasona 6mg por 10 dias + oxigenioterapia se
necessário;
• Corticoides em sepses bacterianas não está recomendado → Porém, considerar associação de hidrocortisona 200mg IV dia por 7 dias em
Não responsividade à pacientes com choque séptico em uso de vasopressores e/ ou VM;
terapia inicial • Terapia Inotrópica → para pct que não responderam a reposição volêmica e vasopressores, ainda mais se suspeita-se de baixo DC →
dobutamina;
• Transfusões sanguíneas → Se o pct não estiver em choque hemorrágico ou isquemia miocárdica ativa → a transfusão é indicada apenas se
Hb <7 g/dL;