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HISTÓRIA DA

AVALIAÇÃO
PSICOLÓGICA
PTOF VILCIELE DAMASCENO
PRIMEIROS REGISTROS

• China – 2200 a.C. – Seleção de candidatos no serviço público civil;

• Idade Média: proposta mais sistematizada de testes psicológicos;

• Idade Moderna: tentativa de compreensão das doenças mentais;

• Idade Contemporânea: surgimento da testagem psicológica

moderna.
Francis Galton

• Contribuições entre 1822 e 1911;

• Estudos das diferenças individuais – avaliação das

aptidões humanas por meio de medidas sensoriais;

• Pai da psicometria - desenvolvimento da análise fatorial;

• Genética do comportamento – eugenia – avaliação da

inteligência.
Karl Pearson (1857 – 1936)

• Karl Pearson foi um grande contribuidor para o desenvolvimento da

estatística como uma disciplina científica séria e independente.

• Foi em 1890, quando Karl Pearson tinha 33 anos, que um


acontecimento muito importante ocorreu em sua vida, uma vida na
qual ele havia estudado matemática, mas ainda não havia se
aprofundado em estatística. Ele se interessou por estatística
graças ao primo de Charles Darwin, Francis Galton.

• Técnica de correlação r de Pearson; O coeficiente de correlação


de Pearson (r) é um teste cujo objetivo é medir o grau de
correlação linear entre duas variáveis quantitativas, atributo
ou característica de determinado assunto.
Wilhelm Max Wundt (1832-1921)

• 1º Laboratório de psicologia experimental;

• Geralmente celebrado nos manuais de história da


psicologia como o fundador da psicologia científica.

• Foco nas semelhanças e não nas diferenças;

• Orientador de James Cattell – diferenças individuais


quanto ao tempo de reação.
James Cattell

• Experimento: Mental Tests and Measurements;

• Avaliação das diferenças individuais e de


desempenho acadêmico de crianças;

• Origem do termo mental test .


Charles Spearman (1863-1945)

• Inicia o estudo científico da inteligência


humana;

• Origina a Psicometria Clássica;

• Fator geral (G) de inteligência.


Alfred Binet (1857-1911)

• Formação influenciada pela psicologia


experimental;
• Contribuição para compreensão do
desenvolvimento cognitivo e para a
aplicação de instrumentos cognitivos;

• Escala Binet-Simon de Inteligência – marco


dos testes psicológicos;
• Incluiu itens destinados a avaliar habilidades de
resolução de problemas, memória de curto prazo,
capacidade de seguir instruções e atenção.
• Os resultados de QI eram alcançados
comparando a idade mental da criança e sua
idade cronológica.
DADOS IMPORTANTES

• 1930 – Década da análise fatorial; é uma técnica estatística que reduz um


conjunto de variáveis, extraindo todas as suas semelhanças em um número
menor de fatores. Também pode ser chamada de redução de dados.
• Ao observar um grande número de variáveis, alguns padrões comuns emergem, que
são conhecidos como fatores.
• 1938 – Thurstone - habilidades mentais primárias; aptidões espaciais e visuais,
rapidez percetual, aptidão numérica, compreensão verbal, memória, fluidez
verbal e raciocínio.
• 1951 – Lee Cronbach – coeficiente Alpha; Ele mede a correlação entre respostas em
um questionário através da análise das respostas dadas pelos respondentes,
apresentando uma correlação média entre as perguntas.
DADOS IMPORTANTES

• 1963 – Reymond Cattell – Inteligência Fluida e Cristalizada; Enquanto a inteligência


fluida envolve nossa capacidade atual de raciocinar e lidar com informações complexas
em torno de nós, inteligência cristalizada envolve aprendizado, o conhecimento e as
habilidades que são adquiridas ao longo da vida.
• Surgimento da Teoria de Resposta ao Item; A Teoria de Resposta ao Item (TRI),
método adotado nas provas do ENEM, é um sistema matemático que tem por objetivo
evitar que candidatos submetidos a um teste utilizem o fator sorte na hora de
responder às questões (itens). Esta é uma definição bem ampla e direta, considerando
a complexidade do sistema.
• 2000 – Psicologia Positiva: A psicologia positiva é um movimento recente dentro
da ciência psicológica que visa a fazer com que os psicólogos contemporâneos adotem
"uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades
humanas“.
• Peterson e Seligman (2004) desenvolveram um sistema de classificação para os aspectos
positivos, enfatizando as forças e o caráter denominado Values in Action (VIA)
Classification of Strengths and Virtues Manual (Tradução livre: Valores em ação - Manual
de classificação de forças e virtudes).
Registros históricos nacionais

• Introdução de testes pós segunda guerra sem adaptação;


• Período de descrédito;

• 1990: Retomada de interesse na Avaliação Psicológica;

• 1997: Criação do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP)


AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL

 No Brasil, a Avaliação Psicológica teve início no início do século XX com a criação de


Centros de Psicologia Aplicada, conhecidos como laboratórios, mas que não eram o
que conhecemos como tal atualmente.
 Durante este percurso até a atualidade, a área viveu fases que variaram de críticas
negativas e negação do uso dos testes até a sua ascensão baseada em
desenvolvimento técnico, científico e profissional, como o que está ocorrendo.
 As primeiras medidas psicológicas estavam relacionadas a medidas fisiológicas em
estudos internacionais.
 Os primeiros Centros de Psicologia Aplicada ou similares foram criados no início do
século XX em São Paulo, Recife e Minas Gerais por iniciativa de profissionais de
outras áreas da saúde e/ou educação.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO BRASIL

 O primeiro teste foi criado por Lourenço Filho e se propunha a mensurar medidas
escolares (Teste ABC de Prontidão Escolar). Praticamente na mesma época, publicaram-
se livros importantes para este início, estando relacionados à metodologia dos testes
psicológicos ou a construtos, como a inteligência.
 O primeiro periódico científico foi o Arquivo Brasileiro de Psicotécnica, posteriormente
renomeado de Arquivos de Psicologia.
 A área de Orientação Profissional foi um dos impulsionadores do desenvolvimento de
instrumentos de Avaliação Psicológica por ter conseguido apoio de entidades
governamentais.
 A organização dos profissionais de Avaliação Psicológica em sociedades científicas, bem
como o apoio dos Conselhos Regionais e Federal de Psicologia, possibilitaram o
desenvolvimento atual da área.
 promoveu um esforço em formar docentes e profissionais mais qualificados e
preocupados com a construção de instrumentos que seguissem diretrizes internacionais,
além de criar o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), um grande marco
para o aumento da qualidade dos instrumentos de avaliação.
 A perspectiva futura é a incorporação de técnicas contemporâneas de avaliação, como a
utilização da Teoria de Resposta ao Item, testes adaptativos, entre outros.
ETAPAS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
 1º passo – Anamnese

 Também chamada de entrevista diagnóstica, é o momento em que o psicólogo conversa com a pessoa.

 Assim, a anamnese pode ser tanto estruturada (com perguntas pré-escolhidas que seguem uma ordem importante) ou aberta (em que o paciente fica à
vontade para conduzir a entrevista) ou até mesmo semiestruturada (na qual o examinado tem certa liberdade, mas o psicólogo intervém com perguntas).

 2º passo – Aplicação das técnicas

 O 2º passo é o momento para aplicar os testes e avaliações a fim de obter os dados para o tipo de laudo solicitado.

 Aqui é preciso que o profissional tenha não só conhecimento dos protocolos, mas também possua habilidade para relacionar os dados coletados nos
diferentes testes.

 3º passo – Devolução ao paciente

 Uma resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP – 004/2019) prevê que o psicólogo deve dar um parecer ao paciente sobre como foi o teste.

 Isso passa mais segurança ao paciente a fim de compreender (ainda que não a teoria) parte do processo da avaliação psicológica.

 4º passo – Emissão do laudo

 Após esses 3 passos, é a hora de emitir o laudo.

 Este é o documento usado para avaliar como serão feitas algumas das intervenções terapêuticas, no caso do tratamento de dependentes químicos.

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