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Língua

gua
LIVRO DO PROFESSOR

Por
ortuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INICIAIS

5
O
ANO
Língua
Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INICIAIS

5
O
ANO

LIVRO DO PROFESSOR
Presidência: Paulo Serino Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Diretor Editorial: Lauri Cericato Acerta Brasil : Língua Portuguesa : 5o ano : Ensino
Diretor de Unidade de Negócios - fundamental / Obra coletiva. – 2. ed. – São Paulo : Ática,
Soluções para Governos: Volnei Korzenieski 2020.
Gestão de projeto editorial: Luciana Guimarães,
Maria Fernanda e Conrado Duclos Suplementado pelo manual do professor
Coordenação pedagógica: Erika Buch Bibliografia
Colaboração: Rafael Canesin
ISBN: 978-85-0819-374-5 – aluno
ISBN: 978-85-0819-375-2 – professor
Edição: lab212
Revisão: lab212 1. Língua portuguesa (Ensino fundamental)
Ilustração: lab212
Cartografia: lab212 20-1236 CDD 372.6
Licenciamento de textos: lab212
Projeto gráfico de capa e miolo: lab212 Angélica Ilacqua – CRB-8/7057
Diagramação: lab212
Ilustrações de capa: lab212

Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A.


Avenida Paulista, 901, 4º andar 2020
Jardins – São Paulo - SP – CEP 01310-200 2ª edição
Tel.: (0xx11) 4003-3061 1ª impressão
www.edocente.com.br / atendimento@aticascipione.com.br
Apresentação
No mundo das letras e das palavras, todo dia uma novidade, todo dia um
novo contexto social que abre as portas do mundo para que você aprenda,
construa, compartilhe e coloque a sua imaginação e criatividade em ação!
Este livro foi elaborado para que você possa desenvolver ainda mais as suas
habilidades no aprendizado de Língua Portuguesa e dá oportunidade para que
você conheça diferentes gêneros textuais, seus usos nas modalidades falada
e escrita da língua, e a importância deles para o seu entendimento do mundo,
para o aprendizado da interpretação e para a compreensão da sociedade.
Ao longo deste livro, você será convidado a ler e entender textos e
desenvolver diferentes propostas de atividades, utilizando tudo aquilo que
já aprendeu, exercitando a Língua Portuguesa em sua totalidade, na produção
escrita, na leitura e na aplicação de regras e normas essenciais da língua para ter
um bom desempenho escolar e social, aumentando o seu repertório e evoluindo
em imaginação e criatividade, reconhecendo e aplicando corretamente os
critérios ortográficos e gramaticais.
Venha para essa Missão e ganhe o mundo, compartilhando as descobertas
maravilhosas que você vivenciará.

LAB212

TRÊS 3
Conheça Este livro apresenta situações
que permitem aprender

seu livro Língua Portuguesa de um jeito


fácil, lúdico e divertido.

Veja como este


livro foi organiz
Abertura de Unidade ado
e aproveite bem
Cada Unidade começa com uma situação os
seus estudos!
muito legal baseada no que você vai estudar!

Ponto de partida
São apresentados alguns
questionamentos sobre a
imagem de abertura para
serem discutidos com os
colegas. Aqui você fala sobre
o que sabe de acordo com
a imagem apresentada e
também sobre a temática
Entendendo a Unidade da Unidade, antecipando
Texto localizado na abertura de cada Unidade, os seus conhecimentos.
informando o que será estudado nela.

Aquecendo

Missão Localiza-se logo após a


apresentação da Missão.
Cada capítulo
Apresenta um breve texto
tem seu conteúdo
que antecipa o gênero e a
desenvolvido
temática a serem estudados.
por meio de
É composto por texto (“Leitura”)
uma “missão”
e atividades didáticas.
a ser cumprida.

4 QUATRO
Valendo!
São propostas atividades relacionadas
aos temas estudados na Missão.

Prepare-se!
Orientações que intensificam
os estudos de compreensão,
interpretação e entendimento dos
diversos gêneros estudados para
Baú do conhecimento conduzir você para a realização
Boxe que traz resumidamente de atividades.
o conceito do gênero
Sugestão
estudado para auxiliar o
aluno a fixá-lo e a realizar as Apresenta uma orientação para a
atividades correlacionadas. resolução de uma atividade ou mais.

Missão final
Para finalizar, cada Unidade
apresenta um texto de acordo
com o gênero textual estudado
e propostas de atividades que
integram os temas da Missão.

Ícones
Ampliando pelo livro
Seção ao final do livro, com sugestões de
obras literárias, revistas, sites e locais para
visitação, todos eles relacionados aos Para atividades
temas e gêneros abordados no volume e com resposta oral.
que podem ajudar você em seus estudos.

CINCO 5
Sumário

1 ⏐ No dia a dia.................. 8
Missão 1 .................................................................. 10
Missão 2 ..................................................................15
Missão 3 .................................................................20
Missão 4 .................................................................24
Missão final ..........................................................26

2 ⏐ Eu penso que. . . ..... 28


Missão 1 ................................................................. 30
Missão 2 .................................................................37
Missão 3 .................................................................43
Missão 4 ................................................................ 48
Missão final ..........................................................52

6 SEIS
LAB212
3 ⏐ Uma viagem
pelas palavras ....... 54
Missão 1 ..................................................................56
Missão 2 .................................................................62
Missão 3 ..................................................................71
Missão 4 .................................................................79
Missão final ......................................................... 84

4 ⏐ Pesquisando
e aprendendo ........... 88
Missão 1 ................................................................. 90
Missão 2 .................................................................97
Missão 3 ...............................................................103
Missão final ........................................................108

Ampliando ............................................................ 110


Referências ...........................................................112

SETE 7
1 NO DIA
A DIA

Entendendo a Unidade
O dia a dia de qualquer pessoa é
repleto de atividades sociais e cultu-
rais, sempre com possibilidades de
conhecer coisas novas. Nesta Unida-
de você vai conhecer textos de dife-
rentes gêneros que circulam em nosso
dia a dia. Serão apresentados cartuns,
histórias em quadrinhos, regras de
jogos, resenhas e outros.

8 OITO
Ponto de partida
Veja respostas e orientações no Manual do Professor.
1. Qual jogo, brincadeira ou atividade representados
nesta imagem você conhece?

LAB212
2. Qual é seu jogo preferido? Por quê?
3. No dia a dia, como se aprende um novo jogo ou uma
brincadeira?
4. Você tem o hábito de ler histórias em quadrinhos? Quais
são seus personagens preferidos?

NOVE 9
ssão
i EF15LP18 | EF05LP09
M
V ocê sabia que textos não são formados apenas por

1 palavras? Existem diversas formas de compor um texto: com


desenhos, fotografias e até com imagens e palavras na página.
Esta Missão tem como objetivo ajudá-lo a entender melhor textos
formados por palavras e imagens.
D5 – Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,
foto etc.).

Aquecendo

Leitura 1 Regras de jogo

Você já brincou de Mamba? É um jogo muito popular entre as crianças da África do Sul.
Leia o texto a seguir para descobrir quais são as regras do jogo.

Mamba
Glossário
Mamba é um jogo de origem africana. Leia as indicações
para se divertir com os colegas. Mamba: nome dado a uma
espécie de cobra muito
1) Defina um espaço amplo para o jogo. Pode ser uma
venenosa e comprida,
quadra esportiva ou outro lugar em que se possa mar- existente na África do Sul.

JIRI PROCHAZKA/SHUTTERSTOCK
car o limite do espaço onde os jogadores podem ficar.
2) Um dos jogadores deve ser a cabeça da mamba.
Os demais vão tentar escapar dela.
3) A mamba tem a tarefa de capturar os jogadores, que
só podem se locomover no espaço delimitado.
LAB212

10 DEZ
4) O primeiro jogador capturado pela mamba deve segurar na cintura ou nos ombros dela.
5) Cada novo jogador capturado deve segurar no jogador capturado anteriormente,
para que se forme o “corpo” da mamba.
6) Somente o primeiro jogador da fila, a cabeça da mamba, poderá encostar nos
demais e pegá-los.
7) Os jogadores que fazem parte do corpo da mamba podem ajudar a limitar os movi-
mentos dos que ainda não foram pegos. Assim, fica mais fácil a mamba capturá-los.
8) Vence o jogo quem conseguir escapar da mamba!

Adaptado de Apostila de jogos infantis, africanos e afro-brasileiros. GeledŽs. Disponível em: <www.geledes.org.br/
wp-content/uploads/2015/11/apostila-jogos-infantis-africanos-e-afro-brasileiros.pdf>.
Acesso em: 30 set. 2019.

LAB212

1 O texto que você leu:

( ) informa os leitores sobre a origem do jogo.


( ) explica a importância do jogo.
( X ) orienta a realização do jogo.

ONZE 11
2 Qual é a função da cabeça da mamba?

Resposta: correr atrás dos demais jogadores, capturando-os.

3 Qual é o papel dos demais jogadores no jogo?

Resposta: fugir da mamba para não serem capturados por ela. Quando são capturados pela cabeça da mamba, os

jogadores passam a fazer parte do corpo da cobra, ajudando-a na captura dos demais jogadores.

4 Quem vence o jogo Mamba?

( ) O jogador que faz a cabeça da mamba.


( ) Qualquer jogador, menos a mamba.
( X ) O jogador que não for pego pela mamba.

5 A regra de jogo que você leu está organizada em quantas etapas?


( ) 4
( ) 5
( ) 6
( X ) 8

Baú do conhecimento
As regras de jogos são textos que têm por objetivo orientar, por meio de etapas, a
execução de um jogo. Em geral, elas também definem como os jogos devem começar
e terminar. Costumam ser veiculadas oralmente, mas atualmente é muito comum
virem em livros, revistas, jornais, apostilas, caixas de jogos, sites etc.

12 DOZE
Valendo!

Prepare-se!
▶ Releia a regra do jogo, observe as imagens e procure compreender como elas se
relacionam com o texto escrito.
▶ Você pode cobrir com as mãos as imagens e reler o texto. Houve alguma diferença
em relação à leitura anterior?
▶ Identifique os trechos do texto que estão representados nas imagens.
▶ Depois, contorne-os e numere-os, com o objetivo de poder localizá-los mais
facilmente.

Sugestão
Releia a regra do jogo e retome o trecho do texto representado pela 2a imagem
que você contornou.

Observe mais uma vez a 2a imagem do texto da regra do jogo.


Veja orientações no Manual do Professor.

1 A imagem tem a função de reforçar que quem pode tocar nos jogadores e
capturá-los é/são:
(A) apenas a cabeça da mamba.
(B) apenas os jogadores que ainda não foram pegos.
(C) apenas o último jogador atrás da mamba.
(D) todos os jogadores.
Resposta: alternativa A.

2 Em regras de jogo, as imagens são importantes porque:


(A) esclarecem informações vagas do texto.
(B) permitem a visualização das etapas descritas.
(C) repetem as informações do texto.
(D) acrescentam informações novas ao texto.
Resposta: alternativa B.

TREZE 13
Leitura 2 Regras de jogo

Você já brincou de um jogo de origem indígena?


A seguir, você conhecerá um jogo dos indígenas Kalapalo, que vivem na parte sul do
Parque Indígena Xingu, no estado do Mato Grosso.

Heiné Kuputisü
Nesta brincadeira, as crianças formam uma fila na horizontal. Marca-se uma
linha no chão, que será o ponto de largada e uma, a uns 100 metros de distância,
à frente, que será o ponto de chegada. Cada uma terá de correr da linha de partida
à de chegada, num pé só, feito saci, sem trocar de pé. Os que conseguirem ultra-
passar a linha de chegada serão considerados vencedores. Se ninguém conseguir
chegar lá, vence quem foi mais longe.

Há também uma variação. Podem


ser formados dois times e a cor-
rida é feita em duplas, um de
cada time. No final, vence o
grupo que teve mais parti-

LAB212
cipantes a ultrapassarem a
linha de chegada.
CENPEC EDUCAÇÃO.
Brincadeiras indígenas do Xingu.
Disponível em: <www.cenpec.org.
br/oficinas/brincadeiras-indigenas-do-
xingu>. Acesso em: 22 out. 2019.

Veja orientações no Manual do Professor.


1 Na imagem da regra de jogo, o leitor visualiza:
(A) apenas o espaço do jogo.
(B) tanto o espaço quanto a participação dos jogadores.
(C) apenas a participação dos jogadores no jogo.
(D) o espaço, a participação dos jogadores e a finalidade do jogo.
Resposta: alternativa D.

2 A imagem que acompanha o texto tem como objetivo reforçar que o propósito do
jogo é o de cruzar a linha de chegada:
(A) correndo. (C) caminhando.
(B) pulando com um pé só. (D) rastejando.
Resposta: alternativa B.

14 QUATORZE
ssão
i EF15LP03
M
Você sabia que um texto tem “camadas”? Quando lemos

2 um texto, há informações que podem ser facilmente identificadas


porque estão na primeira camada do texto – ou na superfície.
A Missão 2 vai ajudar você a compreender como localizar essas
informações.
D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

Aquecendo

Leitura 1 Resenha crítica

Antes de ver um filme ou ler um livro, algumas pessoas gostam de se informar melhor e
leem resenhas. Leia a seguir a resenha de um filme.

https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2020/01/hair-love-indicado-ao-oscar-curta-emociona-ao...

“Hair Love”: indicado

SONY PICTURES /DIVULGAÇÃO


ao Oscar emociona ao
mostrar pai aprendendo
a cuidar do cabelo
crespo da filha
O encantador curta de ani-
mação tem mais de 10 milhões
de visualizações no YouTube e
foi indicado ao Oscar 2020
REDAÇÃO GLAMOUR (14 JAN 2020 - 11H15
ATUALIZADO EM 14 JAN 2020 - 11H39)

Estamos encantadas com indica-


ção do curta de animação “Hair Love”,
escrito por Matthew A. Cherry, para o
Oscar 2020. O filme, que pode ser encontrado no YouTube, já conta com
mais de 10 milhões de visualizações na plataforma e narra a emocionante
e verdadeira história de um pai aprendendo a cuidar dos cabelos crespos
da filha. Choramos muito, é claro!

QUINZE 15
Lançado pela Sony Pictures Animation em dezembro de 2019, o curta
é estrelado por uma família negra e conta a história de um pai que tenta
arrumar os cabelos crespos da filha. Mesmo desajeitado, ele não desiste e
assiste a tutoriais para poder cuidar da pequena Zuri.

A mensagem de amor e inclusão é universal. “Embora o filme mostre


uma filha afro-americana e seu pai, acho que é uma história universal”,
disse Cherry ao site Refinery. “Pais de todos os lugares podem se relacionar
com isso da mesma maneira. Crianças de todas as etnias podem ver a
humanidade neste filme. Para mim, é uma história importante porque a
representação é importante.”

Issa Rae, que dubla a mãe, é a única personagem que fala durante o cur-
ta e foi a escolhida para apresentar os candidatos ao Oscar ao lado do ator
sul-coreano John Cho nesta segunda-feira, 13. Durante os anúncios, ela de-
monstrou insatisfação ao anunciar que não havia nenhuma mulher entre os
indicados a Melhor Diretor. “Parabéns a esses homens”, disse ela. Maravilhosa!

“HAIR Love”: indicado ao Oscar emociona ao mostrar pai aprendendo a cuidar do cabelo crespo da filha. Revista
Glamour. 11 jan. 2020. Disponível em: <https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/Must-Share/noticia/2020/01/
hair-love-indicado-ao-oscar-curta-emociona-ao-mostrar-pai-aprendendo-cuidar-dos-cabelos-da-filha.html;>.
Acesso em: 21 jan. 2020.

Veja orientações no Manual do Professor.

1 A resenha crítica que você leu:

( X ) comenta e avalia um filme.


( ) narra uma história.
( ) resume um filme.

2 Sobre o que trata o filme Hair Love?

Resposta: trata sobre amor, autoconfiança, representatividade e aceitação.

3 A avaliação do filme feita nessa resenha foi:

( X ) positiva. ( ) negativa.
Veja orientações no Manual do Professor.

4 Por que é dito que o curta-metragem tem “mais de 10 milhões de visualizações”?

Resposta: para ressaltar que o vídeo se popularizou e sensibilizou as pessoas.

Leve os alunos a perceber que essa informação contribui para valorizar positivamente o filme.

16 DEZESSEIS
Valendo!

Prepare-se!
▶ Leia a resenha crítica e numere os parágrafos para facilitar a busca de
informações.
▶ Leia os enunciados das atividades da página 19 e circule no texto a informação
que você precisa encontrar.
▶ Sublinhe as palavras-chave dessas informações, pois elas guiarão sua busca.

Leitura 2 Resenha crítica

A seguir, você lerá uma resenha crítica sobre um livro escrito em forma de diário por uma
menina chamada Myriam Rawick. Veja orientações no Manual do Professor.

http://minasnerds.com.br/2018/08/31/resenha-o-diario-de-myriam

Resenha – O diário de Myriam


Literatura | 31 agosto, 2018 | Livia Stevaux
Crânio, DarkSide Books, diário, Guerra da Síria, O Diário de Miryam, Philippe Lobjois

Entre 1942 e 1944, Anne Frank registrou em seu diário o cotidiano de sua
família judia em um esconderijo em Amsterdã durante a Segunda Guerra.
Em 1947, Otto Heinrich Frank, pai de Anne, publicou seu diário, que anos
depois seria considerado um dos livros mais importantes do século XX.

Em 2011, aos seis anos de idade, Myriam Rawick começa a escrever um


diário contando sobre a vida em Alepo durante a Guerra da Síria.

Separadas por décadas, Anne e Myriam possuem um importante


ponto em comum: ambas, ainda que não intencionalmente, criaram
registros poderosos e comoventes de suas realidades em meio ao caos
de uma guerra.

Lançado este ano pela DarkSide Books, O Diário de Myriam é o relato


honesto e tocante da vida da família Rawick, sírios cristãos de origem
armênia, pelos olhos de sua filha mais velha.

DEZESSETE 17
AFP/JOEL SAGET
Entre 2011 e 2017, com seu olhar
infantil, Myriam relatou o dia a dia
na Alepo pré-guerra, os primeiros
protestos contra o presidente Bashar
al-Assad, suas tentativas de entender
o que estava acontecendo em sua ci-
dade e o porquê de o caminho para
a escola estar se tornando perigoso.
Ao longo do livro, não apenas acom-
Myriam Rawick, garota síria, de 13 anos, que
panhamos a evolução da guerra, mas escreveu um diário contando o cotidiano da
também o crescimento da narradora. família na Síria, um país em guerra.
Acompanhamos sua família lamentar
os parentes perdidos nos conflitos, mudar-se em busca de um pouco mais
de segurança, tentar viver com o máximo de normalidade possível numa
cidade em que chove mísseis e os tiroteios parecem nunca acabar.

Myriam publicou seu diário com o incentivo do repórter de guerra


francês Philippe Lobjois. O repórter, autor de diversos livros, estava em
Alepo quando conheceu a história de Myriam e, acreditando em seu po-
tencial, a auxiliou a enriquecer suas memórias e organizá-las em forma
de publicação.

Desde 2011, mais de 400 mil pessoas morreram na Guerra da Síria,


e outros milhões sofrem com a violência dos conflitos. Myriam Rawick é
a voz que conseguiu fazer-se ouvir entre esses milhões.
DARKSIDE/DIVULGA‚ÌO

Ficha tŽcnica
Livro: O Diário de Myriam
Autora: Myriam Rawick
Editora: DarkSide Books
Ano: 2018
P‡ginas: 320

STEVAUX, Lívia. O diário de Myriam. Minas Nerds. 31 ago. 2018. Disponível em: <http://minasnerds.com.br/
2018/08/31/resenha-o-diario-de-myriam/>. Acesso em: 6 out. 2019.

18 DEZOITO
Sugestão
A resposta da atividade 1 está no 3 o parágrafo, bem na superfície do texto!

Veja orientações no Manual do Professor.

1 Segundo a resenhista, os diários de Anne Frank e de Myriam Rawick são registros:

(A) poderosos e comoventes.


(B) chocantes e deprimentes.
(C) alegres e esperançosos.
(D) afetivos e românticos.
Resposta: alternativa A.

2 Segundo a resenhista, em O diário de Myriam é possível acompanhar não só a evo-


lução da guerra, mas também:

(A) o pessimismo da narradora.


(B) o otimismo da narradora.
(C) o crescimento da narradora.
(D) a tristeza da narradora.
Resposta: alternativa C.

3 O jornalista de guerra francês Philippe Lobjois:

(A) ajudou a organizar o livro para publicação.


(B) escreveu o livro sozinho.
(C) publicou o livro no Brasil.
(D) traduziu o livro para o português.
Resposta: alternativa A.

Baú do conhecimento
As resenhas críticas são textos, em geral, mais curtos e informativos, que têm
por objetivo apresentar uma obra (livro, filme, peça teatral, álbum musical etc.),
avaliando-a de forma positiva ou negativa. Os profissionais que escrevem resenhas
são chamados resenhistas.

DEZENOVE 19
ssão
i EF15LP14
M
O que faz você rir? Já imaginou como o humor é construído?

3 A Missão 3 vai ajudar você a descobrir!


D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

Aquecendo

Leitura 1 História em quadrinhos

Leia a história em quadrinhos (HQ) a seguir e se divirta com os personagens Charlie


Brown e Sally.

PEANUTS, CHARLES SCHULZ © 1966 PEANUTS WORLDWIDE LLC / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

SCHULZ, Charles. Peanuts. GoComics, 13 nov. 2013. Disponível em: <https://www.gocomics.com/peanuts/2013/11/10>.


Acesso em: out. 2019.

1 A história em quadrinhos que você leu é composta de textos e imagens, ou seja, ela
se utiliza da linguagem:
( ) verbal. ( ) não verbal. ( X ) verbal e não verbal.

20 VINTE
2 No texto, a personagem Sally faz uma pergunta a Charlie Brown.

a) Que pergunta é essa?

Resposta: Sally pergunta a Charlie Brown se ele havia usado a escova de dentes dela.

b) E qual foi a resposta de Charlie Brown?

Resposta: ele responde que usou apenas o cabo, pois a escova de dentes é elétrica.

c) Diante da resposta dada por Charlie Brown, qual foi a reação de Sally?

Resposta: ela continua indignada pelo fato de ele ter usado a mesma “eletricidade” que ela.

3 Agora, observe a expressão facial dos personagens, o tipo de letra e as cores empre-
gadas no 5 o quadrinho da HQ e responda às questões a seguir.

a) O que o tipo de letra, a cor e a expressão facial da personagem Sally indicam?

Resposta: indicam que ela está gritando e com muita raiva.

b) O que a cor e a expressão facial de Charlie Brown indicam?

Resposta: indicam que ele está muito assustado.


Veja orientação no Manual do Professor.

Baú do conhecimento
História em quadrinhos (HQ) é um gênero que apresenta uma narrativa por meio
de uma sequência de quadrinhos. Nas HQs, as falas dos personagens aparecem em
balões, indicando circunstâncias diversas (grito, assobio, espirro, sussurro, choro, pen-
samento etc.). Os tipos de letras e as expressões faciais e corporais dos personagens
também contribuem para a construção dos sentidos do texto.

VINTE E UM 21
Valendo!

Prepare-se!
▶ Observe a imagem de cada quadrinho da HQ para compreender a história.
▶ Relacione as falas dos personagens às imagens e perceba a relação
entre elas.
▶ Observe com atenção a expressão facial e corporal dos personagens, pois elas
contribuem para formar os sentidos ao texto.
▶ Observe novamente os quadrinhos de 1 a 4 da HQ e diga o que você imagina que
acontecerá na sequência da história.

Leitura 2 História em quadrinhos

Leia a seguir uma HQ dos personagens Calvin e Haroldo.

CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON © 1988 WATTERSON / DIST. BY ANDREWS MCMEEL SYNDICATION

WATTERSON, Bill. Calvin e Haroldo – criaturas bizarras de outro planeta. São Paulo: Conrad, 2011. p. 20.

22 VINTE E DOIS
Veja orientações no Manual do Professor.
1 As ações do personagem Haroldo nos quadrinhos de 1 a 3 indicam que ele:
(A) não queria brincar com Calvin.
(B) estava dormindo.
(C) brincava enquanto Calvin estava na escola.
(D) estava se escondendo para assustar Calvin.
Resposta: alternativa D.

2 Observe o 8 o quadrinho da HQ. O que sugere a ação de Calvin?

CALVIN & HOBBES, BILL WATTERSON ©


1988 WATTERSON / DIST. BY ANDREWS
(A) Que ele irá assustar Haroldo. MCMEEL SYNDICATION

(B) Que ele irá arranhar Haroldo.


(C) Que ele irá ajudar Haroldo.
(D) Que ele irá acordar Haroldo.
Resposta: alternativa A.

3 Ao tentar atingir seu objetivo, Calvin acaba ficando:


(A) cansado.
(B) sonolento.
(C) irritado.
(D) agitado.
Resposta: alternativa C.

4 O humor da história em quadrinhos decorre do fato de Calvin ter:


(A) conseguido assustar Haroldo.
(B) se arrependido de assustar Haroldo.
(C) sido assustado por Haroldo.
(D) desistido de assustar Haroldo.
Resposta: alternativa B.

VINTE E TRÊS 23
ssão
i EF35LP03
M
Você sabe o que é um tema? Consegue identificá-lo em

4 um texto? Essa Missão levará você a essa descoberta. Vamos lá!


D6 – Identificar o tema de um texto.

Aquecendo

Leitura 1 Cartum

Leia o cartum a seguir.


ARIONAURO/ACERVO DO CARTUNISTA

1 Você sabe o que é um cartum?

Resposta: espera-se que o aluno conclua que o cartum é um


gênero textual jornalístico opinativo que se utiliza da crítica,
da sátira e do humorismo para questionar o comportamento
humano.

2 Onde o cartum foi publicado? Em que outros


locais pode-se encontrar um cartum?
Resposta: em um site. Espera-se que o aluno indique que pode
ser encontrado em revistas e jornais, impressos e eletrônicos.
Arionauro. Disponível em:
<http://www.arionaurocartuns.com.br/search/
label/desmatamento>. Acesso em: 3 nov. 2019.

3 Qual é o objetivo de um cartum?

( ) Informar algo. ( X ) Criticar algo. ( ) Explicar algo.

Baú do conhecimento
O cartum costuma fazer uma crítica a algum aspecto da sociedade, geralmente
por meio do humor. Os cartuns podem ou não apresentar linguagem verbal. Uma das
características de um cartum é a temporalidade, ou seja, a sua abordagem se dá por
meio de temas atuais.

24 VINTE E QUATRO
Valendo!

Prepare-se!
▶ Observe atentamente cada um dos elementos que compõem o cartum que
você leu.
▶ Reflita sobre a relação entre o pensamento e a ação do personagem do
cartum.

Veja orientações no Manual do Professor.

1 No cartum lido anteriormente, é feita uma crítica:


(A) às queimadas.
(B) à poluição atmosférica.
(C) ao aquecimento global.
(D) ao desmatamento.
Resposta: alternativa D.

Leitura 2 Cartum

JEAN GALVÃO/FOLHAPRESS

GALVÃO, Jean. 1912 Titanic, 2012. Folha de S.Paulo, p. A2, 13 abr. 2012.

2 O cartum critica:
(A) as queimadas. Sugestão
(B) a poluição atmosférica. Dê um título ao cartum que
represente o assunto principal.
(C) o aquecimento global.
(D) o desmatamento.
Resposta: alternativa C.

VINTE E CINCO 25
Missão final
Neste momento, você vai ler uma história em quadrinhos e, por meio das atividades,
praticar e treinar as Missões 1, 2, 3 e 4, estudadas nesta Unidade.
O objetivo desta seção é que os alunos treinem, de forma articulada, os descritores estudados ao longo da Unidade. A leitura da
HQ, norteada pelo trabalho com os descritores, favorece o desenvolvimento da competência leitora dos alunos.

© MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.

SOUSA, Mauricio de. Xadrez. Joca, São Paulo, n. 138, set. 2019.

26 VINTE E SEIS
Veja orientações no Manual do Professor.
1 A história em quadrinhos trata sobre:
(A) um campeonato de xadrez.
(B) um jogo de xadrez entre amigos.
(C) uma aula de xadrez.
(D) uma organização do tabuleiro de xadrez.
D6. Resposta: alternativa B.

2 Observe a expressão facial de Cebolinha nos quadrinhos 1 e 2, a seguir, e a expressão


facial de Mônica nos quadrinhos 3 e 4. As expressões sugerem que eles:

EDITORA LTDA.
© MAURICIO DE SOUSA
(A) têm uma ideia para uma jogada.
(B) preocupam-se com o jogo.
(C) temem perder o jogo.
(D) assustam-se com a jogada do adversário.
D5. Resposta: alternativa A.

3 No último quadrinho, da HQ, tanto Cebolinha quanto Mônica estão em dúvida sobre:
(A) como vencer o jogo.
(B) quais são as regras do jogo.
(C) quem deverá jogar naquele momento.
(D) quando a partida termina.
D1. Resposta: alternativa C.

4 O humor da história em quadrinhos da página 26 decorre do fato de os personagens


terem:
(A) demorado na partida de xadrez.
(B) pensado em uma estratégia para vencer.
(C) feito uma jogada difícil.
(D) se esquecido de quem é a vez de jogar.
D13. Resposta: alternativa D.

VINTE E SETE 27
2
EU PENSO
QUE...

Entendendo a Unidade
Você costuma participar de
debates sobre temas importantes
de sua comunidade? Como você se
informa sobre assuntos polêmicos
e de interesse coletivo? Nesta Uni-
dade, você vai ler notícias, charges,
reportagens, artigos de opinião e
textos de campanhas comunitárias.
Informe-se, estude, refl ita, dê sua
opinião e escute a opinião do outro!
Vamos lá?

28 VINTE E OITO
Ponto de partida

LAB212
Veja respostas e orientações no Manual do Professor.
1. O que está sendo representado na imagem?
2. Em sua opinião, por que é importante trocar ideias
e saber ouvir a opinião dos outros de maneira
respeitosa?
3. No dia a dia, você costuma ler notícias, charges,
reportagens, artigos de opinião ou anúncios?
O que sabe sobre esses textos?

VINTE E NOVE 29
ssão
i EF05LP16
M
Mesmo tema, olhares diferentes... Você sabia que, apesar

1 de alguns textos tratarem do mesmo tema, eles apresentam


diferenças? Com a Missão 1, você vai percebê-las e entender
alguns porquês.
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos
que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas
em que será recebido.

Aquecendo

Em 2019, aconteceram acidentes em diferentes partes do Brasil. A região Nordeste foi a


mais afetada. Um acontecimento que teve repercussão internacional foi o derramamento
de óleo no mar. Leia dois textos jornalísticos que tratam dessa questão.

Leitura 1 Charge Se necessário, antes da leitura da charge, leia com os alunos a notícia apresentada na página 31.

Leia a charge e depois responda ao que se pede.

Vazamento de óleo continua a se espalhar no


Nordeste...

CAZO

CAZO, Fernando. Vazamento de óleo continua a se espalhar no Nordeste.


Facebook: Luiz Fernando Cazo. Disponível em: <www.facebook.com/luizfernando.cazo>.
Acesso em: 12 jun. 2020.

30 TRINTA
1 Segundo os peixinhos da charge, por que não é bom ir para o Nordeste?

Resposta: porque lá, no Nordeste, o mar está contaminado.

2 Explique os sentidos da expressão o mar não está pra peixe.

Resposta: a expressão refere-se tanto a uma situação difícil quanto ao fato de o mar estar poluído para os peixes e

outros seres vivos. É importante que os alunos identifiquem o duplo sentido da expressão.

3 A charge lida:
( ) explica o derramamento de óleo no Nordeste.
( X ) critica o derramamento de óleo no Nordeste.

Baú do conhecimento
A charge, assim como o cartum, é formada por linguagem verbal e não verbal,
apresentando de maneira bem-humorada uma crítica social. Ela trata de um assunto
recente, que acaba de acontecer e, por isso, se relaciona com as notícias do dia.

Leitura 2 Notícia

Uma notícia traz relatos do cotidiano. Leia a seguir uma notícia sobre um acidente
ambiental no Nordeste brasileiro.

https://tribunadoceara.com.br/noticias/ceara/manchas-de-oleo-atingem-canoa-quebrada-uma-das-praias-mais-visitadas-...

Manchas de óleo atingem Canoa Quebrada, uma


das praias mais visitadas do Ceará
Por Tribuna do Ceará | Atualizado em 24 de outubro de 2019 às 15h01

Segundo a Prefeitura de Aracati, foram retirados 700 kg


de óleo da praia, com intervenção da Marinha, por meio da
Capitania dos Portos de Aracati
As manchas de óleo atingiram a praia de Canoa Quebrada, um dos
principais destinos turísticos do Ceará. A substância já foi encontrada em
centenas de praias do Nordeste desde setembro.

TRINTA E UM 31
Segundo informou a Prefeitura de Aracati nesta quinta-feira (24), foram
retirados 700 kg de óleo da praia, com intervenção da Marinha, por meio
da Capitania dos Portos de Aracati.

“Eles já foram devidamente recolhidos pela prefeitura e serão levados para


análise em Fortaleza”, disse em nota. Ainda de acordo com o órgão, o restante
do óleo não chegou a encalhar na faixa da praia. “Mas ainda pode ocorrer ou
pode estar encalhando em outras praias vizinhas de municípios da região”.

JOHN B MCMANUS/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK

AGÊNCIA O GLOBO/REPRODUÇÃO/SVM
Praia de Canoa Quebrada, Praia de Canoa Quebrada, no Ceará,
no Ceará, em 2017. contaminada por óleo em 2019.

O óleo foi encontrado na quarta-feira (23). Ainda conforme a prefeitura,


na manhã desta quinta-feira as praias de Aracati já estão limpas. “Nosso mo-
nitoramento continua, com auxílio da comunidade e, a qualquer momento,
nosso pessoal pode ser acionado para a retirada de mais óleo”. A origem do
óleo que atinge as praias do Nordeste ainda é desconhecida.

MANCHAS de óleo atingem Canoa Quebrada, uma das praias mais visitadas do Ceará. Tribuna do Cear‡,
24 out. 2019. Disponível em: <https://tribunadoceara.com.br/noticias/ceara/manchas-de-oleo-atingem-
canoa-quebrada-uma-das-praias-mais-visitadas-do-ceara/>. Acesso em: 30 out. 2019.

1 A notícia lida foi publicada em que veículo de comunicação?

Resposta: foi publicada em um jornal eletrônico intitulado Tribuna do Cear‡.

32 TRINTA E DOIS
2 Com que objetivo essa notícia foi escrita?

Resposta: informar o leitor sobre um acontecimento cotidiano de impacto ambiental.

3 Na notícia, foram apresentados depoimentos de pessoas.

a) De quem são os depoimentos apresentados na notícia?

Resposta: de um representante da Prefeitura de Aracati.

b) Com que intenção esses depoimentos são apresentados?

Resposta: com a intenção de conferir aos fatos relatados maior veracidade e credibilidade.

4 As notícias costumam apresentar um lide nos primeiros parágrafos, ou seja, as res-


postas às questões do texto.

O que? Quem? Onde? Quando? Por qu•?

Com base na compreensão do que é um lide, responda às questões a seguir.


a) O que aconteceu?

Resposta: uma das praias mais turísticas do Ceará foi contaminada por óleo.

b) Quem realizou a ação?

Resposta: pela leitura da notícia, não se sabe quem são os responsáveis pelo óleo derramado nas praias.

c) Onde a ação foi realizada?

Resposta: na Praia de Canoa Quebrada, no Ceará.

TRINTA E TRÊS 33
d) Quando a ação foi realizada?

Resposta: no ano de 2019. Se necessário, leve os alunos a observar a data de publicação da notícia no crédito

do texto.

e) Por que a ação foi realizada?

Resposta: não se sabe, até o momento, o porquê do derramamento de óleo. A hora é oportuna para promover

com os alunos uma roda de conversa sobre os motivos de derramamento de óleo já divulgados pela mídia.

Baú do conhecimento
A notícia é um texto jornalístico que tem por objetivo informar os leitores sobre
acontecimentos atuais ou extraordinários. Costuma apresentar lide no início do
texto e ser veiculada em revistas e jornais (nas versões impressas e digitais) e em
sites de internet.

Valendo!

Prepare-se!
▶ Releia com atenção a notícia lida anteriormente e a apresentada logo a seguir.
▶ Sublinhe nos dois textos os acontecimentos e o lugar em que ocorreram.
▶ Observe novamente a charge e procure relacioná-la com as notícias.

É importante que os alunos retomem as informações que sublinharam na notícia, identificando o que há em
comum entre ela e a charge, reconhecendo que ambas tratam sobre problemas ambientais ocorridos no Brasil.

1 A not’cia e a charge que voc• leu tratam sobre qual tema?


(A) Meio ambiente. (C) Comportamento.
(B) Esporte. (D) Cultura.
Resposta: alternativa A.

34 TRINTA E QUATRO
Leitura 3 Notícia

De que maneira as queimadas prejudicam os biomas do Brasil? Leia a notícia a seguir


para entender um pouco mais.

https://veja.abril.com.br/brasil/pais-registra-25-mais-queimadas-em-setembro-em-relacao-a-2018/

País registra 25% mais queimadas em setembro


em relação a 2018
Por Giovanna Romano | Publicado em 2 out 2019, 14h57

Dados do Inpe mostram diminuição do fogo na Amazônia,


mas aumento dos focos de incêndio em todos os outros biomas
O número de focos

ANDRE DIB /PULSAR IMAGENS


de queimadas registra-
dos em todo o Brasil em
setembro é 25% maior
em relação ao mesmo
mês de 2018. De acordo
com dados do Instituto
Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), a quan-
tidade de fogo diminuiu
na Amazônia, mas este
número cresceu em to-
Incêndio em vegetação de cerrado nativo no município dos os outros biomas
de Pacaraima, Roraima, 2019. do país. Em setembro
de 2019, o Inpe registrou em todo país 53.234 focos de queimadas contra
42.251 no mesmo mês em 2018.

Na Amazônia, as queimadas caíram de 24,8 mil ocorrências em setembro


do ano passado para 19,9 mil este ano. [...].

Os focos de incêndio praticamente dobraram no Cerrado (passou de


11,4 mil para 22,9) e na Mata Atlântica (salto de 2,3 mil para 4,3 mil).
No Pantanal, os registros passaram de 785 focos em setembro do ano
passado para 20,8 mil neste ano. A maior variação foi verificada no Pampa,
com um aumento de 307,4% (67 focos em 2018 contra 273 focos em 2019).

ROMANO, Giovanna. País registra 25% mais queimadas em setembro em relação a 2018. Veja,
2. out. 2019. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/brasil/pais-registra-25-mais-
queimadas-em-setembro-em-relacao-a-2018/>. Acesso em: 30 out. 2019.

TRINTA E CINCO 35
Leitura 4 Charge

Leia a seguir uma charge que trata do tema das queimadas.


Veja orientações no Manual do Professor.

CHARGE DE SINOVALDO PUBLICADA NO JORNAL NH


SINOVALDO. Charge disponível em: <http://bahiaempauta.com.br/2018/05/01/charge-do-dia-2519/>.
Acesso em: jan. 2020.

Sugestão
Retome os trechos que você sublinhou nas duas notícias lidas e responda
às questões a seguir.

1 As notícias e a charge tratam de qual temática?


(A) Problemas ambientais. (C) Problemas religiosos.
(B) Problemas econômicos. (D) Problemas políticos.
Resposta: alternativa A.

2 Ao compararmos as notícias e as charges, notamos que elas são diferentes porque:


(A) as charges informam o leitor e as notícias criticam a situação.
(B) as charges criticam a situação e as notícias informam o leitor.
(C) as charges informam o leitor e as notícias descrevem a situação.
(D) as charges criticam a situação e as notícias defendem uma ideia.
Resposta: alternativa B.

36 TRINTA E SEIS
ssão
i EF05LP07
M
Você já conseguiu entender que, para escrever um texto,

2 deve-se utilizar palavras e expressões que ligam os vocábulos, as


frases e os parágrafos. A Miss‹o 2 promoverá a sua compreensão
de como essas palavras e expressões são importantes em um
texto.
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.

Aquecendo

Você já ouviu falar sobre Greta Thunberg? O que sabe sobre ela? Leia a reportagem a
seguir para conhecê-la melhor e entender a importância da luta dessa adolescente pelas
causas ambientais.

Leitura 1 Reportagem

Crianças e jovens ao redor do planeta


protestam por ação pelo clima
Estudantes de 125 países faltaram às aulas no dia 15 de março
para protestar contra a falta de atitude dos governantes para
combater as mudanças climáticas. As manifestações, que
aconteceram nos cinco continentes, reuniram mais de 1 milhão
de crianças e jovens e tiveram alunos de escolas e universidades.
Os protestos fa- trabalham) levando
LIV OEIAN/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK

zem parte do movi- panfletos sobre mu-


mento “#FridaysFor danças climáticas e o
Future” (sextas para cartaz “em greve esco-
o futuro, em portu- lar pelo clima”.
guês), que começou Desde então, a
a partir da iniciativa menina tem feito o
de uma sueca de 16 Ativista sueca Greta Thunberg, criadora mesmo protesto to-
anos. Em agosto do do movimento “FridaysForFuture”. das as sextas-feiras,
ano passado, Greta inspirando jovens do
Thunberg foi para a frente do Parla- mundo inteiro a seguir o exemplo
mento da Suécia (onde os políticos e sair às ruas para cobrar medidas

TRINTA E SETE 37
mais efetivas dos governantes. Um aprendi sobre aquecimento global
dia antes do protesto de 15 de março, na escola, mas não tinha ideia dessas
Greta foi indicada ao prêmio Nobel consequências tão próximas”, diz. “É
da Paz, o maior prêmio da paz mun- realmente assustador.” Para Evelyn
dial. “Tudo precisa mudar. E precisa Araripe, 33 anos, diretora executiva
começar hoje”, disse Greta em en- da ONG Plant-for-the-Planet Brasil,
trevista ao News-O-Matic, site dos era esperado que o movimento por
Estados Unidos com notícias para aqui fosse menor do que em outras
crianças e jovens. partes do mundo. “Nas escolas bra-
sileiras, não se estuda a relação entre
Manifestações brasileiras as mudanças climáticas e problemas
do dia a dia, como enchentes e falta
O que está acontecendo
de água”, explica. Ainda assim, ela
com o planeta?
acredita que o movimento iniciado
Cientistas acreditam que ações
por Greta está ganhando visibilida-
humanas, como poluição e desma-
de e deve chamar mais a atenção
tamento, estão contribuindo para
de crianças e jovens no Brasil. “Não
o aumento da temperatura. Esse
podemos perder a esperança”.
processo, chamado aquecimento
global, traz diversas consequências,

RICARDO TELES /PULSAR IMAGENS


entre elas: derretimento de gelei-
ras, prejuízos à pesca e agricultura,
alterações no habitat dos animais e
aumento do nível dos mares.

No Brasil, protestos aconteceram


em sete capitais, como Recife e Brasí-
lia. “A manifestação em São Paulo foi
relativamente pequena. Contei uns
25 estudantes”, diz Richard Timoner,
16 anos, aluno do Colégio Santa Cruz.
Ele criou um grupo com colegas in-
teressados no tema e espera conse-
guir organizar uma manifestação
maior no dia 12 de abril.
Por meio da leitura de notícias,
Richard descobriu que a tempera- Queimada na floresta Amazônica, na cidade de
Maracajá, no estado do Pará, 2019. A floresta
tura na Terra pode subir três graus
Amazônica é a maior do mundo em biodiversidade.
até 2040, resultando em catástrofes É considerada o “pulmão do mundo” e está situada
ambientais, como enchentes. “Eu em sua maior parte em território brasileiro.

CRIANÇAS e jovens ao redor do planeta protestam por ação pelo clima.


Joca, São Paulo, ago. 2019, ed. 136. Mundo. p. 4.

38 TRINTA E OITO
1 A reportagem cita o movimento chamado FridaysForFuture (Sextas para o futuro).
a) Qual é o objetivo desse movimento?

Resposta: protestar contra a falta de atitude dos governantes para combater as mudanças climáticas.

b) Quem criou o movimento?

Resposta: a ativista sueca adolescente Greta Thunberg.

2 Onde a reportagem foi publicada?

Resposta: em um jornal impresso chamado Joca.

3 Veja a seguir o cabeçalho do veículo de comunicação em que a reportagem foi


publicada. Com base nele, responda: a quem a reportagem é destinada?

JORNAL JOCA

Resposta: jovens e crianças.

4 Na reportagem foram empregados dois intertítulos. Veja-os.


Manifestações brasileiras.
O que está acontecendo com o planeta?

O objetivo dos intertítulos em uma reportagem é:


( ) apresentar outros temas.
( X ) organizar as informações e orientar a leitura.

Baú do conhecimento
A reportagem é um texto jornalístico que tem por objetivo informar sobre um
assunto específico, analisando-o. Além de ser escrita, pode ser oral (apresentada
em telejornais ou, ainda, em podcasts). Geralmente, são incluídos depoimentos e
falas de especialistas ou de pessoas envolvidas no assunto tratado, a fim de dar mais
credibilidade às informações.

TRINTA E NOVE 39
Valendo!

Prepare-se!
▶ Releia os textos quantas vezes precisar e numere os parágrafos para recorrer a
eles durante a realização das atividades.
▶ Contorne as palavras e expressões que ligam as palavras, as frases
e os parágrafos.
▶ Releia o texto suprimindo as palavras que você contornou. Elas fizeram falta?

Sugestão
Volte à reportagem e localize os parágrafos numerados. Isso vai ajudá-lo a
identificar os trechos do texto.

1 No trecho da reportagem de jornal “reuniram mais de 1 milhão de crianças e jovens


e tiveram a participação de alunos de escolas e universidades”, a palavra destacada
e indica:
(A) adição. (C) conclusão.
(B) oposição. (D) explicação.
Resposta: alternativa A.

2 No trecho “No Brasil, protestos aconteceram em sete capitais, como Recife e Brasília”,
a expressão em destaque indica:
(A) modo. (C) tempo.
(B) finalidade. (D) lugar.
Resposta: alternativa D.

3 No trecho “Eu aprendi sobre aquecimento global na escola, mas não tinha ideia dessas
consequências tão próximas”, a palavra em destaque indica:
(A) conclusão. (C) adição.
(B) explicação. (D) oposição.
Resposta: alternativa D.

40 QUARENTA
Leitura 2 Notícia

Ler e escrever ajudam a compreender como o mundo funciona. Na notícia a seguir, veja
como uma criança ajudou um idoso nesse processo de aprendizagem.

https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/04/18/crianca-ensina-a-ler-e-a-escrever-vendedor-de-picole-que-trabalha-ha-...

Criança ensina a ler e a escrever vendedor de


picolé que trabalha há 40 anos em escola e história
viraliza no Ceará
Por Edson Freitas e Valdir Almeida, G1 CE | 18/04/2019 07h57 •

Idoso diz que tinha o sonho de escrever o nome. Professores e


familiares ajudam menina a ‘alfabetizar’ o vendedor de picolé.

Uma criança de 9 anos resolveu ensinar a ler e a escrever um idoso que


trabalha há mais de 40 anos vendendo picolé em frente a uma escola no
Crato, interior do Ceará, mas nunca foi alfabetizado. A história de amizade
entre os dois ‘viralizou’ nas redes sociais e emocionou familiares e profes-
sores do colégio onde a menina estuda.

Bárbara Matos, 9, conta que um dia, ao ir comprar um picolé, perguntou


ao idoso se ele sabia ler. O vendedor Francisco Santana Filho, conhecido
como “Seu Zezinho”, disse que não, mas tinha vontade de aprender. Então,
a criança resolver ajudar a alfabetizar o idoso.

As “aulas” acontecem na porta da escola, com a ajuda de uma professora


do Colégio Diocesano, no Centro do Crato. A criança diz que tenta fazer
com que o vendedor escreva palavras simples, até chegar ao seu nome.

“Eu coloco palavras como ‘casa’ pra ele cobrir, desenhos, letras pontilhadas.
Aí ele vai tentando adivinhar as letras e cobrir os nomes”, explica a menina.

Sonho de escrever o nome

O vendedor conta que trabalha há décadas na escola, mas nunca apren-


deu a ler e a escrever. Quando era jovem, o Zezinho tinha o sonho de ser
repórter de televisão. Agora, ele diz que o objetivo é conseguir escrever
sozinho o próprio nome.

QUARENTA E UM 41
“Eu velho, já com 68 anos, né?. Mas ela chegou, deu essa forcinha e
então agora a gente vai aprender uma coisinha. O importante é aprender,
então estou feliz. Vai ser bom demais escrever meu nome. Na semana que
vem eu aprendo. Eu vou conseguir”, diz emocionado o idoso.

Ajuda dos professores

A professora Rizélia Sobreira acompanha a estudante durante as lições.


Ela diz que a atitude da menina emocionou a todos na escola.

“Eu também me coloquei à disposição pra ajudar. Achei muito bonita


essa atitude. Eu chamei ela depois, dei um livro de caligrafia pra melhorar
as atividades e tarefas com ele”.

A avó de Bárbara, a aposentada Silvana Matos Costa, diz que ficou emocio-
nada ao saber da atitude da neta. “É muito gratificante. Eu só tenho uma palavra
pra dizer, que é gratidão. Eu tô orgulhosa e muito emocionada”, comentou.

FREITAS, Edson; ALMEIDA, Valdir. Criança ensina a ler e a escrever vendedor de picolé que trabalha há
40 anos em escola e história viraliza no Ceará. G1, 18 abr. 2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/ce/
ceara/noticia/2019/04/18/crianca-ensina-a-ler-e-a-escrever-vendedor-de-picole-que-trabalha-ha-40-
anos-em-escola-e-historia-viraliza-no-ceara.ghtml>. Acesso em: 26 out. 2019.

1 Na frase “A história de amizade entre os dois ‘viralizou’ nas redes sociais e emocio-
nou familiares [...].”, a palavra e em destaque indica:
(A) conclusão. (C) adição.
(B) explicação. (D) oposição.
Resposta: alternativa C. Retome com os alunos o conceito já estudado, ressaltando que a conjunção e liga
duas orações, conectando-as e estabelecendo uma relação de sentido de adição.

NIWAT SINGSAMARN/
SHUTTERSTOCK
2 No trecho “O importante é
aprender, então estou feliz”,
a palavra em destaque pode
ser substituída por:
(A) e.
(B) mas.
(C) pois.
(D) portanto.
Resposta: alternativa D.
Conclua com os alunos que a expressão então apresenta
sentido de conclusão, ou seja, “estar feliz” é uma conclu-
são da ação de aprender. Assim, a conjunção portanto
é a que apresenta esse mesmo valor.

42 QUARENTA E DOIS
ssão
i EF05LP16
M
Você sabe a diferença entre um fato e uma opinião? Pois

3 bem, agora é esse estudo que vamos desenvolver na Missão 3.


D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a ele.

Aquecendo

Em sua opinião, o texto de uma poesia pode de alguma maneira mudar o mundo? De que
forma? Leia o artigo de opinião a seguir para ter contato com um ponto de vista sobre isso.

Leitura 1 Texto de opinião

Um pedacinho, meu pedacinho


Um menino pode modificar a realidade a sua volta? Poesia para mudar o mun-
do? SIM! Essa é a resposta. Cada um pode impactar as pessoas e a comunidade a
seu redor como fez o Wesley, que tem 12 anos.

Ele mora em Perus, bairro da zona norte da cidade de São Paulo, e começou
a escrever poesia quando estava no 5º ano por conta de um trabalho de história.
Por meio das poesias, Wesley fala sobre a história dos negros no Brasil. Parece
pouco, mas, com isso, ele consegue impactar as pessoas e fazer com que reflitam
sobre a importância dos negros na nossa história e cultura.

Você pode achar que não muda nada, mas o fato de

LAB212
ele escrever e divulgar uma ideia de igualdade e equi-
dade faz muita diferença. Pessoas que não conhecem a
história dos negros e a importância deles no nosso país
podem aprender, ajudar a divulgar e rever suas opiniões,
mudando suas atitudes.

Temos a ilusão de que precisamos fazer coisas gran-


diosas para modificar nosso entorno... Na verdade, as
mudanças começam com pequenos gestos, que alteram
hábitos. Que tal tentar? Pense no que te incomoda. O que
você pode fazer a respeito? [...]
UM pedacinho, meu pedacinho. Joca,, São Paulo,
jan. 2018, ed. 106. Comportamento. p. 12.

QUARENTA E TRÊS 43
1 Em que veículo o artigo de opinião lido foi publicado?

Resposta: na versão impressa de um jornal.

2 Em que outros veículos podemos encontrar artigos de opinião?

Resposta: espera-se que os alunos consigam concluir que pode ser em revistas impressas e digitais, blogs, em alguns

canais do Youtube, nas redes sociais em geral.

3 Qual é a ideia central em torno da qual o texto é construído?

Resposta: a ideia central do texto é o fato de a poesia mudar a realidade das pessoas.

4 Por que no artigo é citado o exemplo de Wesley?

Resposta: para ilustrar e confirmar a ideia defendida: a poesia muda a realidade das pessoas.

5 De que forma as histórias como as de Wesley podem mudar a vida das pessoas?

Resposta: os textos escritos podem ajudar a informar as pessoas e a levá-las a refletir e, consequentemente, mudar de

posição sobre o assunto.

6 Você conhece alguma história parecida com a de Wesley? Converse com os colegas
e o professor.
Resposta: oriente a conversa com a turma, para que as histórias possam ser compartilhadas e eles possam opinar.

Baú do conhecimento
O artigo de opini‹o é um texto argumentativo que trata de assuntos de interesse
social. Nesses textos, o autor emprega uma estratégia variada de argumentos para
convencer o leitor e levá-lo a mudar sua postura sobre o assunto discutido. Além
disso, os artigos de opinião costumam ser veiculados em revistas e jornais (nas ver-
sões impressas e digitais) e em sites de internet.

44 QUARENTA E QUATRO
Valendo!

Prepare-se!

▶ Releia o texto quantas vezes achar necessário para compreendê-lo melhor.


▶ Contorne, com lápis de cor, os fatos apresentados.
▶ Sublinhe as opiniões expressas sobre o assunto.

Leia mais uma vez o texto de opinião Um pedacinho, meu pedacinho e responda ao
que se pede.

Sugestão
Retome as informações que você contornou e sublinhou no artigo de opinião.
Lembre-se de que o autor apresenta seu ponto de vista.

1 O trecho que apresenta um fato é:


(A) “Por meio das poesias, Wesley fala sobre a história dos negros no Brasil.”
(linha 5)
(B) “[...] o fato de ele escrever e divulgar uma ideia de igualdade e equidade faz
muita diferença”. (linha 9)
(C) “[...] Na verdade, as mudanças começam com pequenos gestos”. (linha 16)
(D) “Poesia para mudar o mundo? SIM!”. (linha 1)
Resposta: alternativa A.

2 O trecho que apresenta uma opinião é:


(A) “Por meio das poesias, Wesley fala sobre a história dos negros no Brasil.”
(linha 5)
(B) “Ele mora em Perus, bairro da zona norte da cidade de São Paulo.” (linha 4)
(C) “[...] o fato de ele escrever e divulgar uma ideia de igualdade e equidade faz
muita diferença”. (linha 9)
(D) “[...] começou a escrever poesia quando estava no 5o ano por conta de um
trabalho de história”. (linha 4)
Resposta: alternativa C.

QUARENTA E CINCO 45
Leitura 2 Notícia

Muitas vezes, simples atitudes cotidianas contribuem para a preservação do planeta.


A seguir, conheça algumas dicas de sustentabilidade.

https://envolverde.cartacapital.com.br/consumo-consciente-como-o-uso-de-produtos-sustentaveis-ajudam-a-diminuir-o-...

O uso de produtos sustentáveis ajuda a diminuir


a dívida ambiental?
AGUNG SAPUTRA/SHUTTERSTOCK
Por Laís de Oliveira | 31/08/2018

Você sabia que uma fralda descartável leva


até 500 anos para se decompor? A ideia de con-
sumo consciente vem sendo divulgada com
frequência nos últimos anos, onde ouvimos falar
sobre a importância de se rever comportamen-
tos e promover mudanças em nossos padrões e
hábitos. Porém, muitos ainda não entenderam
claramente o conceito e a relevância de levantar
essa bandeira pelo bem do planeta.

Recentemente, o Instituto Akatu, ONG que trabalha pela conscientiza-


ção e mobilização da sociedade para o consumo consciente, publicou uma
pesquisa em que os resultados não surpreendem. Ela aponta que 76% dos
entrevistados – homens e mulheres com mais de 16 anos – não praticam
o consumo consciente. O estudo também mostra que uma das barreiras
para a adoção de práticas sustentáveis é a necessidade de esforço para se
fazer isso.

O conceito envolve a escolha de produtos que


utilizem menos recursos naturais em sua produ-
ção e que poderão ser facilmente reutilizados
ou reaproveitados. Significa comprar
KUDRYASHKA/SHUTTERSTOCK

aquilo que é realmente necessário,


estendendo a vida útil deles tanto
quanto for possível. Dessa forma, a
sociedade civil mostra ao setor pro-
dutivo a necessidade de oferecer pro-
dutos e serviços que tragam impactos
positivos ou reduzam drasticamente o
desperdício de matérias-primas.

46 QUARENTA E SEIS
Mas como praticar o consumo sustentável? Há muitas maneiras, seja
cultivando hábitos no dia a dia, revendo nossos valores e repensando as
necessidades materiais. Os produtos sustentáveis estão presentes em pra-
ticamente todos os segmentos: desde as tradicionais sacolas reutilizáveis
e não poluentes em supermercados ou até mesmo em produtos de mater-
nidade como fraldas ecológicas.

Assim, cabe ao consumidor ficar atento ao escolher


produtos, levando sempre em consideração fatores

KUDRYASHKA/SHUTTERSTOCK
que comprovem seu caráter sustentável, como selos
de organizações. Além disso, conhecer a origem dele,
onde foi produzido, por quem e em quais condições de
trabalho, também são importantes na hora da tomada
de decisão. Ao invés de utilizar as sacolinhas plásticas,
você pode optar por sacolas de pano. Em casa, o ideal
é optar por produtos de limpeza que sejam feitos à
base de água e que não contenham produtos quí-
micos em sua composição. Outra saída é escolher lâmpadas fluorescentes
que gastam bem menos energia do que as incandescentes. Já os eletroele-
trônicos devem ser escolhidos de acordo com seu gasto energético.

Quanto mais informação tiver, mais alternativas você encontra para


adotar práticas sustentáveis. Incorporar isso ao dia a dia vai fazer bem
não só para o presente, mas também para as gerações futuras. Se cada um
fizer a sua parte, podemos acreditar em um futuro melhor para o planeta e
seus habitantes.

OLIVEIRA, Laís de. O uso de produtos sustentáveis ajuda a diminuir a dívida ambiental?. Agência Envolverde
Jornalismo, 31 ago. 2018. Disponível em: <https://envolverde.cartacapital.com.br/consumo-consciente-como-o-
uso-de-produtos-sustentaveis-ajudam-a-diminuir-o-debito-com-o-meio-ambiente/>. Acesso em: 28 out. 2019.

1 O trecho que apresenta uma opinião é:


(A) “O Instituto Akatu, ONG que trabalha pela conscientização e mobilização da
sociedade para o consumo consciente, publicou uma pesquisa em que os re-
sultados não surpreendem.” (linha 10)
(B) “76% dos entrevistados – homens e mulheres com mais de 16 anos – não prati-
cam o consumo consciente”. (linha 12)
(C) “O estudo também mostra que uma das barreiras para a adoção de práticas
sustentáveis é a necessidade de esforço para se fazer isso.” (linha 14)
(D) “Se cada um fizer a sua parte, podemos acreditar em um futuro melhor para o
planeta e seus habitantes.” (linha 50)
Resposta: alternativa D.

QUARENTA E SETE 47
ssão
i EF05LP07
M
Você já notou que, entre as partes de um texto, há elemen-

4 tos que são empregados para estabelecer uma relação de causa


e consequência? Ao desenvolver a Miss‹o 4, você vai estudar
esses elementos.
D8 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

Aquecendo

Leitura 1 Anúncio de campanha comunitária

Em sua opinião, quais são os cuidados que devemos ter no trânsito? Leia o texto de
campanha comunitária a seguir para conhecer um desses cuidados e refletir sobre a
importância dele no trânsito.

DETRAN/GOVERNO DE SÃO PAULO/CCP AGÊNCIA

Governo do Estado de
São Paulo. Campanha
“Foca no Trânsito".

48 QUARENTA E OITO
1 O texto de campanha comunitária que você acabou de ler tem por objetivo promover:
( ) uma marca, uma empresa. ( X ) uma ideia, uma causa.

2 Você sabe identificar quem é o responsável pela campanha?

Resposta: os responsáveis pelo anúncio são o Detran e o Governo do Estado de São Paulo.

3 Sobre o público da campanha, responda às questões.

a) A quem a campanha se destina?

Resposta: à população em geral que dirige automóveis.

b) Como você descobriu isso?

Resposta: espera-se que o alunos concluam que foi pela frase: “Não use o celular na direção”, que pressupõe um

diálogo com quem dirige.

4 No texto de campanha, a palavra foca foi empregada com duplo sentido.

a) Explique quais são esses sentidos.

Resposta: foca se refere ao animal representado na imagem do anúncio e ao modo imperativo do verbo focar.

b) O que o duplo sentido da palavra foca causa ao anúncio?

Resposta: causa humor.

Baú do conhecimento
O texto ou cartaz de campanha comunitária tem por objetivo divulgar uma cau-
sa, difundir uma ideia, a fim de convencer uma população a aderir a ela. Em geral, é
composto de linguagem verbal e não verbal, relacionando essas linguagens para a
construção de sentidos do texto. São divulgados em diferentes veículos de comu-
nicação, como revistas, jornais, sites, outdoors, cartazes, folhetos.

QUARENTA E NOVE 49
Valendo!

Prepare-se!
▶ Leia atentamente o texto de campanha comunitária, observando os usos das
linguagens verbal e não verbal.
▶ Observe as ideias que apresentam uma relação de causa e consequência e
contorne-as.

Leitura 2 Cartaz de campanha comunitária

O cartaz é uma maneira de despertar o leitor para questões cotidianas de maneira rápida
e objetiva. Veja um cartaz de campanha comunitária veiculada no estado do Paraná.

SECRETARIA DA JUSTIÇA, FAMÍLIA


E TRABALHO DO GOVERNO DO
PARANÁ/ DIVULGAÇÃO

Governo do Estado do Paraná.


Campanha "Carnaval –
Trabalho Infantil".

50 CINQUENTA
1 De acordo com o cartaz de campanha comunitária que você leu, a consequência de
se comprar algo de uma criança que trabalha na rua é:
(A) a diminuição do trabalho infantil.
(B) o incentivo ao trabalho infantil.
(C) o fim do trabalho infantil.
(D) a ajuda a uma criança.
Resposta: alternativa B.

Leitura 3 Cartaz de campanha institucional

Você já realizou alguma campanha com a intenção de mobilizar as pessoas a respeito de


algum assunto que estivesse prejudicando o bem viver da comunidade ou do local em que
você mora?

GREENPEACE/DIVULGAÇÃO

Não há mais tempo, as florestas brasileiras estão sendo dizimadas e,


se não agirmos agora, elas farão parte do passado. O Brasil pode se
desenvolver sem desmatamento. Junte-se ao Greenpeace e faça
parte da mudança.

1 De acordo com o cartaz de campanha institucional acima, para que as florestas bra-
sileiras não fiquem no passado, é preciso:
(A) desmatá-las. (C) isolá-las.
(B) preservá-las. (D) dizimá-las.
Resposta: alternativa B.

CINQUENTA E UM 51
Miss„o final
O objetivo desta seção é que os alunos estudem, de forma articulada, os descritores da Unidade. A leitura de notícias, norteada
pelo trabalho com os descritores, favorece o desenvolvimento da competência leitora dos alunos. Inicie a atividade, solicitando
Neste momento, você deve ler uma notícia e uma charge para praticar e conquistar as
aos alunos que numerem os parágrafos da notícia, pois
Missões 1, 2, 3 e 4, estudadas nesta Unidade! nas atividades haverá remissões aos parágrafos em que
se encontram os trechos explorados.
O Brasil tem altos índices de agrotóxicos liberados. Leia a notícia a seguir.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/10/mais-57-agrotoxicos-sao-liberados-no-brasil.shtml

Mais 57 agrotóxicos são liberados no Brasil


Em 2019 foram registrados 382 pesticidas; no ano passado
foram 450

FOLHAPRESS/FOLHAPRESS
O número de agrotóxicos liberados no
Brasil em 2019 passou para 382, segundo lista
divulgada nesta quinta (3) pelo Ministério
da Agricultura, 57 a mais do que na última
atualização da relação, em setembro, e com
cerca de 46 ingredientes que ainda não haviam
aparecido na lista neste ano.

A Anvisa, uma das responsáveis pelo re-


gistro, afirma que está de fato acelerando os
processos de liberação, visando esvaziar a fila
de agrotóxicos e modernizar os pesticidas.

Em entrevista para a Folha, o diretor-presidente da Anvisa (Agência


Nacional de Vigilância Sanitária), William Dib, afirmou que havia um re-
presamento no licenciamento de agrotóxicos que não permitia estudar e
retirar alguns deles do mercado, deixando a agricultura sem alternativas.

“Vivíamos num cinismo. Você usa um agrotóxico extremamente pe-


rigoso porque o novo que é mais evoluído está na fila há oito anos. Aí eu
tiro da fila e vocês gritam. É o seguinte: agora conseguimos encontrar um
equilíbrio. Temos os registros em dia e agora vamos estudar os mais críticos
e sua retirada”, disse Dib.

Uma parte da explicação para isso, segundo especialistas e o próprio


Dib, é a diferença de plantações existentes em cada local. Também entram
na equação o clima e o nível de toxicidade permitido em cada país.

MAIS 57 agrotóxicos são liberados no Brasil. Folha de S.Paulo, 3 out. 2019. Disponível em:
<https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/10/mais-57-agrotoxicos-sao-liberados-
no-brasil.shtml>. Acesso em: 1o nov. 2019.

52 CINQUENTA E DOIS
JEAN GALVÃO/ FOLHAPRESS
Veja orientações no Manual do Professor.
1 Ao comparar a temática abordada na charge e na notícia, observa-se que elas:
(A) tratam do mesmo assunto com o mesmo objetivo.
(B) não tratam do mesmo assunto, mas têm o mesmo objetivo.
(C) tratam do mesmo assunto, mas com objetivos diferentes.
(D) não tratam do mesmo assunto nem têm o mesmo objetivo.
D15. Resposta: alternativa C.

2 No 4o parágrafo da notícia, o termo porque em destaque indica:


(A) modo.
(B) finalidade.
(C) conclusão.
(D) explicação.
D12. Resposta: alternativa D.

3 Na notícia, a frase que expressa uma opinião é:


(A) “Vivíamos num cinismo.” (linha 16)
(B) “Em 2019 foram registrados 382 pesticidas.” (linha fina)
(C) “Mais 57 agrotóxicos são liberados no Brasil.” (título)
(D) “Temos os registros em dia.” (linha 19)
D11. Resposta: alternativa A.

4 Segundo a notícia, o não estudo e a não retirada de agrotóxicos do mercado causam:


(A) o excesso de alternativas.
(B) o equilíbrio de alternativas.
(C) o surgimento de alternativas.
(D) a falta de alternativas.
D8. Resposta: alternativa D.

CINQUENTA E TRÊS 53
3 UMA VIAGEM
PELAS PALAVRAS

Entendendo a Unidade
Ler é abrir portas e descobrir outros mundos. A leitura desperta a criatividade
e a imaginação e permite que vivenciemos novas experiências.
Nesta Unidade, você vai estudar alguns textos literários, como poemas, cordéis,
textos teatrais e contos. Pronto para essa grande aventura?

54 CINQUENTA E QUATRO
Ponto de partida

LAB212
Veja respostas e orientações no Manual do Professor.
1. Observe a imagem apresentada
nas páginas. O que está represen-
tado nelas?
2. Você tem o hábito de ler livros li-
terários? Como se sente quando
os lê?
3. Poema, cordel, conto ou texto tea-
tral: o que você sabe sobre esses
textos? Qual deles você já leu e
qual prefere?

CINQUENTA E CINCO 55
ssão
i EF35LP23
M
Você sabia que, quando lemos um texto, podemos encontrar

1 pistas e descobrir quem são os interlocutores, ou seja, aqueles


(ou aquele) com quem se conversa? A Missão 1 vai ajudar você
nessa tarefa.
D10 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Aquecendo

Leitura 1 Poema

Você gosta de gatos? Por quê? Em sua opinião, por que os gatos conquistam tanto
as pessoas?

O gato
No alto do muro Só pode ser gato

pulando no escuro esse bicho exato

miando no mato acrobata nato

entrando em apuro que só cai de quatro.

é o gato, seguro.

o passado
De antigo

turo
e jeito futuro

vimento puro
movimento

cado
ar sofisticado

é o gato, de fato.
LAB212

COLASANTI, Marina. O gato. In: Cecília Meireles e outros. Caminho da poesia. São Paulo: Global, 2006. p. 24-25.
(Antologia de poesia para crianças)

56 CINQUENTA E SEIS
1 Sobre o que trata o poema lido?

Resposta: sobre um animal de estimação, o gato.

2 A quem esse poema é destinado?

Resposta: às crianças.

3 Como você descobriu?

Resposta: espera-se que os alunos concluam qual é o público-alvo do poema pelo crédito do texto, que traz o nome

da coleção e, também, pelo tema, que interessa às crianças.

4 Segundo o eu lírico, ou seja, quem fala no poema, por que o gato é um acrobata nato?

Resposta: porque o gato, quando cai, costuma cair em pé, sem se machucar.

5 Cada uma das linhas do poema é chamada de verso e o conjunto de versos é a estrofe.
Sabendo disso, indique nos parênteses o que se pede sobre o poema lido.
( 14 ) Quantidade de versos.

( 3 ) Quantidade de estrofes.

6 A rima é a semelhança entre os sons de palavras no final ou no meio dos versos. Agora,
releia o poema e com lápis de cores diferentes, contorne as rimas.
Resposta: 1 – muro, escuro, apuro, puro, seguro, futuro; 2 – pulando, miando, entrando; 3 – passado, sofisticado;
4 – fato, exato, gato, nato

Baú do conhecimento
O poema é um texto literário escrito em versos. Ele pode ser organizado em
estrofes e apresentar ou não rimas.
Eu l’rico é a voz do poeta, a voz que se manifesta no poema.

CINQUENTA E SETE 57
Valendo!

Prepare-se!
▶ Releia os poemas e numere os versos para localizar as informações pedidas
nas atividades.
▶ Circule as palavras e as expressões que permitem saber quem é o eu lírico.

Leitura 2 Poema

Leia o poema a seguir e se divirta com as lembranças do eu l’rico.

Gente grande
Gangorrar nas folhas da bananeira era tão bom

mas muito perigoso,

FATONIAL D/SHUTTERSTOCK
chupar manga lá nas grimpas da mangueira era uma beleza

mas perigoso,

rapar o tacho de goiabada era ótimo

mas quem come a rapa fica burro.

Que delícia um bolo saído do forno

mas bolo quente dá dor de barriga,


GRAPHICSRF/
SHUTTERSTOCK

beber água na bica e andar de pé no chão

enche a barriga da gente de bichinhos.

Que beleza as manhãs de inverno, a geada

mas é perigoso ficar resfriado,

amassar barro é tão bom


LAB212

mas a terra é muito suja.

Foi assim que aprendi a ter medo,

foi assim que virei gente grande.

AMARANTE, Wania. Gente grande. In: Wania Amarante. Quarto de costura. 3. ed. São Paulo: FTD, 2013. p. 52.

58 CINQUENTA E OITO
Leve os alunos a perceberem
1 O verso em que se percebe que o eu l’rico Ž um adulto Ž: que, pela informação do verso,
é possível concluir que o eu
(A) “Gangorrar nas folhas da bananeira era tão bom”. (1o verso) lírico não é mais criança (“virei
gente grande”). Reforce a eles
(B) “Que delícia um bolo saído do forno”. (7o verso) que, ao longo dos versos, ao
citar os prazeres da infância e,
(C) “Que beleza as manhãs de inverno, a geada”. (11o verso). na sequência, apresentar um
aspecto negativo deles (intro-
duzido pela conjunção mas), é
(D) “foi assim que virei gente grande”. (16o verso). possível concluir que o eu lírico
Resposta: alternativa D. é um adulto.

Leitura 3 Poema

Chegou a hora de sonhar! Leia o poema a seguir ou, se preferir, peça ao professor para
ler enquanto vocês ouvem de olhos fechados.

Drome, minininha
Drome, menininha,

MICROONE /SHUTTERSTOCK
Que logo vem o dia,

Cachorro tá latindo

No sonho da cotia.
Fecha os zoio e drome,

Minina, minininha,
Fecha os zoio e drome,
Que noite mais escura!
Minina, minininha,
Que noite mais daninha!
A noite assa bolo,

No forno da cozinha.
Sossega, minininha,
Sossega, tá na hora,
Drome, minininha,
Logo vão se abri
LISKUS/SHUTTERSTOCK

Papai num tá aqui,


Os zoio da Orora.
Enfeita a noite preta

Com zoio de rubi.

Drome, minininha,

Mamãe foi trabaiá,

Lavá a noite suja.

Com as água do luá.

CAPPARELLI, Sérgio. 111 poemas para crian•as. Porto Alegre: L&PM, 2018. p. 49.

CINQUENTA E NOVE 59
Veja orientações no Manual do Professor.
1 No poema, o eu lírico se dirige a:
(A) um adulto.
(B) um idoso.
(C) um adolescente.
(D) uma criança.
Resposta: alternativa D.

2 O verso que indica a quem o eu lírico se dirige é:


(A) “Drome, menininha,”.
(B) “Que logo vem o dia,”.
(C) “Cachorro tá latindo”.
(D) “No sonho da cotia.”
Resposta: alternativa A.

3 As expressões “drome” e “Orora” são usadas, habitualmente, em


quais regiões:
(A) urbanas.

COLORFUEL STUDIO/SHUTTERSTOCK
(B) rurais.
(C) periféricas.
(D) rurais e urbanas.
Resposta: alternativa B.

4 Em “Com as água do luá”, as expressões


destacadas são exemplos de que
tipo de linguagem?
(A) Jornalística.
(B) Técnica.
(C) Informal.
(D) Científica.
Resposta: alternativa C.

60 SESSENTA
Leitura 4 Poema

Você já viu um beija-flor? Você sabia que ele voa de flor em flor para se alimentar do néctar?

Jardim

ILUSTRAÇÕES; FREEPIK
— Menina faceira — Menina trigueira

de laço de fita de faces vermelhas

não vás tão bonita no jardim sem teu irmão

sozinha ao jardim. não fiques, não.

Se pensar Beija-Flor Se Beija-Flor imagina

que teu laço é flor, que teu rosto é flor,

pelos ares levará menina, minha menina,

um anel dos teus cabelos. de certo um beijo te dá.

— Mamãe, não tenha cuidado,


— Quando ele me der um beijo,
eu sei dar laço bem dado.
nas minhas mãos estará.

LISBOA, Henriqueta. O menino poeta. São Paulo: Peirópolis: 2008. p. 26.

Veja orientações no Manual do Professor.

1 O poema é constituído por um diálogo entre:


(A) mãe e pai.
(B) irmão e irmã.
(C) mãe e filha.
(D) pai e filho.
Resposta: alternativa C.

2 Pelo tema e pela linguagem, o poema é destinado a:


(A) adultos.
(B) idosos.
(C) crianças.
(D) adolescentes.
Resposta: alternativa C.

SESSENTA E UM 61
ssão
i EF35LP04 e EF35LP23
M
Você sabia que nem sempre todas as informações estão

2 explícitas em um texto, ou seja, em sua superfície? Às vezes, é


preciso mergulhar na leitura e deduzir as informações nas en-
trelinhas. A Miss‹o 2 vai ajudá-lo nessa tarefa.
D4 - Inferir uma informação implícita em um texto.

Aquecendo

Leitura 1 Cordel

Você já leu ou ouviu um cordel? O cordel a seguir apresenta a história de um príncipe


que foi enfeitiçado e se tornou uma fera. O que você imagina que acontece nessa história?
Leia o cordel para saber quem são a Bela e a Fera e o que ocorre com elas.

A Bela e a Fera
era em cordel
[...] O pai de Bela ia viajar

Um velho e sua filha, E estava ofegante

Em uma vila distante, Em vencer suas fronteiras,

Viviam a vida simples. Descobrir algum diamante

Ele viajava bastante, E outras muitas riquezas

Fazendo compras e vendas


endas Em qualquer lugar distante.

ILUSTRAÇÕES: LAB212
Era bom comerciante. [...]

A filha chamada Bela No caminho da viagem,

Era realmente linda Pegou grande tempestade,

E encantava a todos. Fugiu de ferozes lobos.

Moça solteira ainda, Quando viu a claridade,

Tinha muitos pretendentes


entes Foi em direção à luz.

E era sempre
e bem-vinda. Viu a torre, felicidade!

[...]

62 SESSENTA E DOIS
ILUSTRAÇÕES: LAB212
Por fora do castelo, Você me desrespeitou,

Não pôde encontrar ninguém. Irá virar prisioneiro.

Pela porta entreaberta, No encantado castelo,

Entrou devagar e além Ficará o cavalheiro

Encontrou um castiçal, E, por tanta ingratidão,

Enxergou tudo tão bem. Entre na prisão, ligeiro.”

O castelo era grande “Poderá o senhor vê-la,

E também muito bonito, Mas com uma condição:

Tinha ouro e tinha prata, Despeça-se dela e volte,

Mas era um pouco esquisito. Pois ficará na prisão.

Parecia tudo ter vida, Em obediência à Fera,

O pai dela estava aflito. Realize com precisão.”

[...] [...]

Na manhã do outro dia, Ao voltar a sua casa,

Ele avistou uma rosa. Contou o fato ocorrido.

Lembrou-se de sua filha A Bela, com atenção,

E pegou a flor formosa. Escutou seu pai querido

De repente apareceu E teve a grande ideia

Uma fera furiosa: De fazer nobre pedido:

“Que você pensa que faz? “Meu pai, eu irei contigo.

É jeito de agradecer? Estás velho e doente,

Ofereço meu castelo Se ficar lá, morrerás”.

E vem roubar meu prazer. O pai disse num repente:

Eu adoro minha rosa, “Não sabe daquela Fera,

Sentido do meu viver. Já velho, morro contente”.

SESSENTA E TRÊS 63
ILUSTRAÇÕES: LAB212
Os dois juntos viajaram. Disse Bela aos presentes:

Bela estava tão certa “Estou um pouco assustada.

Que comoveria a Fera. Eu não serei prisioneira,

Chegaram à porta aberta Viverei galanteada.

E entraram no castelo, Isso pode ser alegre,

Com cuidado e alerta. Só estou impressionada”.

Grande Fera apareceu, Tudo fora arranjado,

E a Bela assustada E o tempo foi passando.

Disse com toda coragem: Com saudades do


o seu pai,

“Eu sou a filha amada, Bela ia se lamentando.

Deixe o meu pai em paz, Mas os dias eram felizes,

O que ele fez não foi nada”. Estava se acostumando.

[...]
“Você fica em seu lugar

E deixo ele ir embora”. Fera percebeu que Bela

O pai falou indignado: Olhava-o diferente,

“Posso ver Bela só agora”. Para além da aparência.

Mas Fera insistiu: Bela era inteligente,

“Você parte em uma hora”. Fera se apaixonou,

Mas Bela era prudente.


Duque falou à Fera:
[...]
“Seja sempre delicado,

Não assuste essa moça, Bela sentiu saudades,

Mostre-se muito educado. Com o pai se preocupava.


va.

A casa será de Bela, Conseguiu a permissão,

Faça sempre bom grado”. Pegou trem que passava.

Foi depressa visitá-lo,

O seu pai bem não estava.

64 SESSENTA E QUATRO
Ao retornar ao castelo,

Bela viu Fera no chão,

Meio morto de saudade,

Lhe doía o coração.

Também Bela o amava,

Sentiu muita emoção...

...amor, compaixão, afago.


Fera deixou-a partir,
Fera era mais que amigo.
Nada ia lhe negar.
Ao vê-lo, se desespera:
Fera estava apaixonado,
o,
“Não morra, fique comigo”.
A magia ia quebrar.
Sentindo tamanho afeto,
Como seria importante
Assim, beijou seu querido.
Ao normal ele voltar.
Escute o que aconteceu,
Escu
Demorando a retornar,
Sem nenh
nenhuma falsidade:
Bela nunca mais chegava,
O monstro tornou-se príncipe,
Ela passou um bom tempo
po
Móveis, gen
gente de verdade!
Com o pai, que doente
te estava.
Fera e Bela se casaram
Fera caiu de tristeza,
E viram a feli
felicidade.
Dela, saudoso, chorava.
ILUSTRAÇÕES: LAB212

“Pai, vejo que


e melhorou.

Agora volto, enfim!

No castelo sou feliz.


eliz.

A Fera tem amor, sim.

Eu sou muito bem cuidada,

Lá tem tudo para mim.”

GOMES, Clara Rosa Cruz. A Bela e a Fera em cordel. São Paulo: Mundo
Mund Mirim, 2011. p. 7-26.

SESSENTA E CINCO 65
1 Ao tentar pegar uma flor no castelo para dar à filha, o que aconteceu com o pai de Bela?

Resposta: ele se tornou prisioneiro da Fera.

2 O que Bela fez ao descobrir o que ocorreu com seu pai?

Resposta: como seu pai estava doente, Bela se ofereceu para cumprir seu castigo e ficar como prisioneira da Fera.

3 Explique como o feitiço lançado sobre a Fera foi quebrado.

Resposta: quando Bela dá um beijo de amor verdadeiro em Fera, o feitiço se desfaz.

4 Quantos versos há em cada estrofe do cordel? Indique marcando com um X.


(A) ( ) 4 (C) ( X ) 6
(B) ( ) 5 (D) ( ) 7

5 Entre quais versos ocorrem as rimas nas estrofes?

( ) Entre o 1o, 3o e 5o verso.

( X ) Entre o 2o, 4o e 6o verso.

( ) Entre o 2o, 3o e 5o verso.

Baú do conhecimento
O cordel é um texto de origem oral, que narra uma história. É escrito em ver-
sos, organizados em estrofes e, geralmente, apresenta rimas. Originalmente é
publicado em folheto, mas podemos encontrar cordel em livros e sites. As ilustra-
ções são típicas, pois são feitas por meio de uma técnica chamada xilogravura,
embora atualmente haja também outros tipos de ilustrações.

66 SESSENTA E SEIS
Valendo!

Prepare-se!
▶ Numere as estrofes do cordel para retomar os trechos quando for necessário.
▶ Releia o cordel e identifique a ideia central de cada estrofe, para reconhecer as
informações que estão escondidas, ocultas no texto.

Veja orientações no Manual do Professor.


1 Ao trocar de lugar com o pai, Bela demonstrou ser:
(A) egoísta e malvada.
(B) malvada e corajosa.
(C) solidária e corajosa.
(D) rancorosa e egoísta.
Resposta: alternativa C.

2 Ao ver Fera no chão, Bela fica:


(A) preocupada.
(B) com pena.
(C) brava.
(D) feliz.
Resposta: alternativa A.

3 Ao encontrar Fera no chão, Bela:


(A) o levanta.
(B) o beija.
(C) o abraça.
(D) o assusta.
Resposta: alternativa B.

4 O desfecho da história é:
(A) triste.
(B) feliz.
(C) assustador.
(D) divertido.
Resposta: alternativa B.

SESSENTA E SETE 67
Leitura 2 Cordel

A literatura de cordel é uma manifestação artística e tradicional da cultura popular bra-


sileira. Vamos ler um cordel?

Prefiro a simplicidade
Carne-seca e macaxeira Tem cuscuz na cuscuzeira,

ILUSTRAÇÕES: LAB212
um cozido de capote tapioca e mucunzá

água fria lá no pote um bolinho de fubá

melhor que da geladeira. e tripa na frigideira.

No terreiro a poeira Milho assado na fogueira

se espalha na imensidão que aquece o coração

de paz e de comunhão além de ser tradição

que não se vê na cidade. é comida de verdade.

Prefiro a simplicidade Prefiro a simplicidade

das coisas lá do Sertão. das coisas lá do Sertão.

Bodegas pra se comprar A família retratada

é o nosso supermercado pendurada na parede

que ainda vende fiado não tem curtidas na rede

pois dá pra se confiar. mas tem rede bem armada.

Um caderno pra anotar A vida não é postada

não carece de cartão nem passa em televisão,

pois às vezes falta pão o HD do coração

mas não falta honestidade. é quem salva de verdade.

Prefiro a simplicidade Prefiro a simplicidade

das coisas lá do Sertão. das coisas lá do Sertão.

68 SESSENTA E OITO
A criançada brincando Tem a seca, essa bandida

ILUSTRAÇÕES: LAB212
de ser livre, de ser vivo to,
que é cinza feito o asfalto,

sem ter um aplicativo, porém não temos assalto

sem ter download baixando. tampouco bala perdida.

Vejo um menino pintando Não é fácil nossa vida,

um desenho feito à mão tidão


mas transbordo a gratidão

sem nenhuma intervenção de viver nesse torrão

lhe roubando a ingenuidade. mesmo com dificuldade.

Prefiro a simplicidade Prefiro a simplicidade

das coisas lá do Sertão. das coisas lá do Sertão.

Tem o som da natureza Ninguém venha me tachar

melhor que MP3 de matuto, ultrapassado,

eu garanto a vocês tampouco desinformado,

nem se compara a beleza. é fácil de se explicar.

Existe tanta riqueza Se um dia o homem usar

espalhada nesse chão toda e qualquer invenção

como disse Gonzagão pensando em evolução

e ecoa na eternidade. e no bem da humanidade,

Prefiro a simplicidade a tal da modernidade

das coisas lá do Sertão. é bem-vinda no Sertão.

BESSA, Bráulio. Poesia que transforma. Rio de Janeiro: Sextante, 2018. p. 58-59.

SESSENTA E NOVE 69
Veja orientações no Manual do Professor.
1 Qual é o tema do cordel lido?
(A) A saudade que o eu lírico tem do Sertão.
(B) O encantamento do eu lírico pela vida no Sertão.
(C) A mudança do eu lírico do Sertão para a cidade.
(D) A decepção do eu lírico com o Sertão.
Resposta: alternativa B.

2 Na 3a estrofe, o eu lírico faz referência a:


(A) pratos tradicionais.
(B) danças tradicionais.
(C) músicas tradicionais.
(D) artesanatos tradicionais.
Resposta: alternativa A.

3 Na 7a estrofe, o eu lírico sugere que a seca no Sertão causa:


(A) sofrimento.
(B) decepção.
(C) cansaço.
(D) revolta.
Resposta: alternativa A.

4 Pela leitura dos versos, é possível inferir que o eu lírico é do:


(A) Sul.
(B) Sudeste.
(C) Centro-Oeste.
(D) Nordeste.
Resposta: alternativa D.
ZOROASTO/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK

Livros de cordel
pendurados em cordão,
Rio de Janeiro, 2009.
A literatura de cordel
tem como suporte
pequenos livros ou folhetos,
ilustrados com a técnica
da xilogravura, que são
pendurados em linhas,
barbantes ou cordões.

70 SETENTA
ssão
i EF05LP04
M
O texto teatral é um escrito para ser falado em voz alta.

3 Sendo assim, como a pontuação pode ajudar o ator a representar


seu personagem? A leitura de textos teatrais irá contribuir para
que você responda a essa pergunta. Vamos lá?
D14 - Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

Aquecendo

Leitura 1 Texto teatral

Você já assistiu a uma peça de teatro? Em sua opinião, o que orienta a criação de uma
peça? Leia o texto a seguir e vamos descobrir juntos!

O Leão e o Javali
Personagens:

Leão, Javali, Dono do botequim e Urubus (figurantes)

Cenário:

Um botequim

É verão e faz um calor insuportável. O Leão e o Javali entram num botequim,


mortos de sede.

LAB212

SETENTA E UM 71
LAB212
LEÃO e JAVALI

(ao mesmo tempo) Uma mineral!

DONO DO BOTEQUIM

Quem pediu primeiro?

LEÃO e JAVALI

(ao mesmo tempo) Eu!

DONO DO BOTEQUIM

(mostrando uma garrafa de água mineral) É a última...

JAVALI Eu pedi primeiro.

LEÃO Eu pedi primeiro!

JAVALI Não! Fui eu!

LEÃO Eu! Além disso, eu sou o Rei dos Animais!

JAVALI Não quero nem saber: eu pedi primeiro!

LEÃO (mostrando o muque) Vai encarar?

JAVALI (mostrando o seu também) Vai encarar?

Vários urubus vão chegando, aos poucos, e se posicionam a uma distância


segura. Alguns, ansiosos, esfregam as mãos.

LEÃO Nunca ouviu falar do peso da minha patada, não?

JAVALI Quer conhecer a força da minha dentada?

LAB212

72 SETENTA E DOIS
Começam a girar, um em torno do outro, rosnando e fazendo ameaças.

LEÃO Ó!...

JAVALI Ó!...

Aos poucos, começam a perceber que o botequim está tomado de urubus. Um


deles fala.

URUBU Ei, vão demorar muito? A gente quer saber logo se a janta é carne de
leão ou de javali!

Os urubus riem. Leão e Javali se entreolham.

LEÃO Tá pensando o mesmo que eu, Javali?

JAVALI Melhor a gente fazer as pazes, ou um de nós pode virar comida de


urubu...

LEÃO É, é melhor mesmo... (estende a mão para o Javali, que o cumprimenta;


abraçam-se)

JAVALI (para a plateia)

Brigar à toa é bobagem. Melhor é viver em paz e... (enxotando alguns


urubus) evitar riscos desnecessários.

LEÃO (para o Dono do Botequim) Dois copos, por favor!

Cai o pano. Fim.

ARAGÃO, José Carlos. Quando os bichos faziam cena. Fábulas de Esopo adaptadas para teatro.
São Paulo: Planeta Infantil: 2012. p. 5-7.

Veja orientações no Manual do Professor.


1 Quem são os personagens principais do texto teatral?

Resposta: o Leão e o Javali.

2 Qual era o problema entre esses personagens?

Resposta: ambos estavam com sede e desejavam beber água, mas no bar só havia uma garrafa.

SETENTA E TRÊS 73
3 O que os motivou a resolver o problema entre eles? Explique.

Resposta: ao ver o Leão e o Javali brigando, os urubus se aproximaram com a intenção de comer um dos dois. Mas o

Leão e o Javali decidiram fazer as pazes para não serem comidos pelos urubus.

4 De que forma a história é contada no texto teatral?

Resposta: por meio das falas dos personagens.

5 Nos textos dramáticos, são empregadas as rubricas, ou seja, indicações cênicas com
a descrição do espaço, a movimentação dos personagens em cena ou os sentimentos
que eles devem expressar.

a) Sublinhe as rubricas do texto teatral lido.

Resposta: a resposta está sublinhada no texto.

b) Que recurso foi empregado para destacar as rubricas?

Resposta: o itálico e, em alguns casos, os parênteses.

Baú do conhecimento
O texto teatral tem por objetivo orientar atores, diretores e equipe técnica
a encenar uma peça. Nele, são empregadas rubricas para indicar a descrição do
ambiente, a movimentação dos personagens, seus sentimentos, entonações etc.

74 SETENTA E QUATRO
Valendo!

Prepare-se!
▶ Contorne nos textos as pontuações empregadas de forma expressiva.
▶ Procure reler os trechos sem pontuação. Em seguida, conclua: qual das leituras
é mais expressiva, com pontuação ou sem pontuação?

Sugestão
Retome as informações que você contornou no texto teatral para responder
às questões.

Veja orientações no Manual do Professor.


1 Nas rubricas, o destaque em itálico foi empregado para:
(A) misturar as rubricas com as falas dos personagens.
(B) aproximar as rubricas das falas dos personagens.
(C) diferenciar as rubricas das falas dos personagens.
(D) atribuir mais importância às rubricas que às falas dos personagens.
Resposta: alternativa C.

2 Tanto o Leão quanto o Javali empregam a expressão “Ó!...”. Nesse trecho, as reticên-
cias reforçam:
(A) a surpresa.
(B) a provocação.
(C) o questionamento.
(D) a decepção.
Resposta: alternativa B.

3 No trecho “Vai encarar?”, o ponto de interrogação indica um:


(A) questionamento.
(B) aviso.
(C) enfrentamento.
(D) surpresa.
Resposta: alternativa C.

SETENTA E CINCO 75
Leitura 2 Texto teatral

Você sabia que um texto teatral pode ter vários elementos não verbais, como cenário,
figurino, iluminação e muitos outros?

O menino e o rio
[...]

Cena II

(Um campo cerrado, com algumas árvores tortas e um ipê sem flores. Entra o
menino, seguido do mico, ambos com os braços estendidos, marcando a direção.
Atravessam a cena e saem. Logo depois entra o poeta-viajante, também com um
dos braços estendidos, marcando a direção. Em uma das mãos, segura um mapa
já velho e estragado.)

POETA-VIAJANTE – Por aqui? (olha o mapa) Não. Por ali? (olha o mapa) Também
não. (olha novamente o mapa). Ah! Por aqui. (segue em linha reta, olhando sempre
o mapa e com um braço estendido para a frente)

(Do outro lado, entra novamente o menino, seguido do mico, fazendo exatamente
a mesma coisa. No meio do palco, o menino tromba com o poeta e os dois dão
um grito de susto.)

OS DOIS – Ah!...

POETA-VIAJANTE – O que foi? Machucou?

MENINO – Não. Tudo bem. Foi só um susto. Quem é você?

POETA-VIAJANTE – Eu sou o poeta-viajante.

MENINO – O que você faz?

POETA-VIAJANTE – Faço poesias e viajo.

MENINO – Ótimo, então faça uma poesia pra gente. Nós estamos precisando
muito.
LAB212
CREDITO

76 SETENTA E SEIS
POETA-VIAJANTE – Esse é o problema. Eu não consigo mais fazer poesias. Perdi
a inspiração. Hoje, ando pelo mundo atrás de inspiração que perdi.

MENINO – É... Isso é muito sério. Mas você tem ideia de onde pode encontrar
inspiração?

POETA-VIAJANTE – O meu professor de poesia?

MENINO – Professor de poesia?

POETA-VIAJANTE – Sim! O meu professor de poesia disse que, quando eu encontrar


um rio limpo, de água transparente, com peixe no fundo e libélula voando na
beirada, voltarei a fazer poesias. Por isso, eu viajo sem parar, procurando esse rio
por toda parte...

MENINO – Que coincidência! O seu professor é careca?

POETA-VIAJANTE – Careca? Não!

MENINO – Pois o meu é. Ele entende de tudo sobre a natureza, sobre os bichos e
sobre as plantas. Disse que ainda existe um rio limpo no mundo, e agora eu e meu
amigo mico-estrela andamos atrás desse rio.

POETA-VIAJANTE – Que bom! Que bom! Quem sabe, a gente pode procurar junto...

MENINO – Ótima ideia! Assim nosso rio vai ficar sendo seu também. Nós estamos
tentando encontrar o Rio do Peixe.

POETA-VIAJANTE – Rio do Peixe...

MENINO – É! Olhe ele aqui no mapa.

POETA-VIAJANTE – Rio do
Peixe. LAB212

TODOS JUNTOS –
(apontando) Norte. Sul. Leste.
Oeste. Vamos! (saem)

[...]

MACHADO, Ângelo. O menino e o rio. Belo Horizonte: Lê, 2003. p. 7-9.

SETENTA E SETE 77
Veja orientações no Manual do Professor.
1 No trecho “Ah!...” (1a fala da cena), as pontuações em destaque indicam:
(A) susto.
(B) surpresa.
(C) reclamação.
(D) raiva.
Resposta: alternativa A.

2 No trecho “É... Isso é muito sério.”, as reticências indicam que o personagem:


(A) gaguejou.
(B) hesitou.
(C) repetiu.
(D) enfatizou.
Resposta: alternativa B.

3 No trecho “Rio do Peixe...”, as retic•ncias indicam que o personagem:


(A) esqueceu o que ia dizer.
(B) começou a imaginar o rio.
(C) encontrou o rio.
(D) descreveu o rio.
Resposta: alternativa B.

4 No trecho “Que bom! Que bom!”, a repetição de frases exclamativas indica que o
personagem ficou:
(A) irritado.
(B) calmo.
(C) desanimado.
LAB212

(D) empolgado.
Resposta: alternativa D.

78 SETENTA E OITO
ssão
i EF35LP29
M
Quando lemos um texto narrativo, você já reparou que existe

4 um acontecimento que desencadeia os demais? A Miss‹o 4 tem


a função de identificar esses elementos.
D7 - Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

Aquecendo

Leitura 1 Conto

Com base no título e na ilustração do texto a seguir, sobre o que você imagina que o conto
vai tratar? Para descobrir, leia-o.

Asas de palha•o
Ângelo estava de férias e adorou quando o homem baixinho, de cabelos en-
caracolados e rosto rechonchudo, veio pintar sua casa. Logo se tornaram ami-
gos. O pintor deixava o menino fazer estripulias e nem ligava se derrubava tinta
pelo chão e estragava os pincéis. O pintor fazia mais artes que Ângelo: trepava
em sua comprida escada e, enquanto passava o rolo lá no alto das paredes, fazia
acrobacias e caretas como um palhaço.

Um dia, subiu no último degrau, soltou as mãos e ficou num pé só, equilibran-
do-se, enquanto retocava o beiral do telhado.

— Você não tem medo de cair aí de cima? — perguntou-lhe Ângelo.


LAB212

— Não — respondeu o homem, sorrindo e emendou: — Eu tenho asas.

— Não estou vendo — disse o menino.

— São invisíveis — respondeu o pintor.

— Eu também queria ter — disse Ângelo.

— Você terá quando descobrir a sua


vocação — assegurou o pintor.

Quando o serviço terminou,


o amigo foi embora e o menino
se entristeceu.

SETENTA E NOVE 79
Nessa mesma noite, sentado na varanda, Ângelo descobriu entre as folhagens,
ao lado da casa, a escada do pintor toda suja de tinta. “Ele se esqueceu”, pensou o
menino. Apoiou a escada numa árvore e foi subindo, subindo, e os degraus nunca
acabavam. Até que uma hora ergueu as mãos e, de repente, tocou o céu. As estre-
las cintilavam diante de seu nariz, e o menino começou a colhê-las, como frutas
numa árvore. Colocou-as dentro da camisa até ficar com uma barrigona e depois
desceu, devagarinho. Ao chegar em casa, guardou-as numa gaveta no fundo do
guarda-roupa.

As aulas recomeçaram e, na

LAB212
hora do recreio, os colegas quise-
ram mostrar o que tinham achado
nas férias. Alguns exibiram frutas
desconhecidas e seixos redondi-
nhos; outros, vaga-lumes e trevos
de quatro folhas. Mas a grandeu
sensação foram as estrelas que
Ângelo tirou do bolso. Todos se
encantaram, principalmente um
garoto que andava sempre triste e
nunca sorria. Ao ver aquelas maravilhas brilhando, os olhos do garoto faiscaram,
e ele abriu um lindo sorriso quando Ângelo lhe ofereceu uma delas.

À tarde, um tio de Ângelo apareceu para visitar a família. Era agricultor e estava
aborrecido porque perdera toda a colheita. O menino foi sorrateiramente até o guarda-
-roupa e pegou uma de suas estrelas. Enfiou-a no paletó do tio, que, ao vesti-lo,
mudou subitamente de humor. Reanimou-se, decidiu regressar no ato às suas
terras e preparar nova semeadura.

Passaram-se alguns dias, e, de certa manhã, o cachorro da filha da vizinha su-


miu. A menina ficou profundamente abatida. Ao saber de seu sofrimento, Ângelo
tirou do bolso uma das maiores estrelas que colhera e prendeu como uma flor nos
cabelos dela. E não é que a garota se avivou, saiu em busca de seu cão e tantas fez
que o encontrou?!

Pois assim, toda vez que via uma pessoa desiludida, Ângelo lhe dava uma
estrela para reanimá-la. Mas as estrelas acabaram. E o menino foi procurar e não
a encontrou. Tentou subir em outras escadas; nenhum chegava tão alto. Então,
começou a fazer brincadeiras, a dar cambalhotas e a falar coisas engraçadas. E toda
vez que divertia as pessoas com suas palhaçadas, Ângelo se lembrava do pintor,
seu amigo, e sentia um ruflar de asas às suas costas.

CARRASCOZA, João Anzanello. Histórias para sonhar acordado. São Paulo: Scipione, 2002. p. 46-48.

80 OITENTA
1 No conto lido, o narrador:
(A) ( X ) apenas conta a história.
(B) ( ) conta a história e participa dela.

2 Sublinhe nos trechos a seguir as palavras que indicam o tempo em que a ação
ocorreu.
A. Um dia, subiu no último degrau [...]
B. À tarde, um tio de Ângelo apareceu para visitar a família.

Conheça a seguir as partes de uma narrativa.

A. Situação inicial C. Clímax (momento de


(momento de equilíbrio). maior tensão).

B. Conflito (momento em que D. Desfecho (resolução do conflito).


inicia a tensão).

3 Agora, relacione os acontecimentos do conto às partes da narrativa.

B O pintor desaparece.
A Ângelo conhece o pintor nas férias.
C As estrelas se acabam.
D Ângelo decide divertir as pessoas com palhaçadas.

Baú do conhecimento
O conto é um texto narrativo relativamente curto. A história narrada é construí-
da em torno de um personagem. Costuma apresentar os elementos na narrativa
(personagem, narrador, espaço e tempo), e as partes da narrativa: situação inicial,
conflito, clímax e desfecho.
LAB212

OITENTA E UM 81
Valendo!

Prepare-se!
▶ Leia o conto e observe qual acontecimento dá origem aos demais aconteci-
mentos da história.
▶ Observe as ideias que apresentam uma relação de causa e consequência e
contorne-as.

Leitura 2 Conto

Você sabia que um conto é um texto ficcional e apresenta narrador e personagens?


Leia o conto a seguir e conheça interessantes personagens.

Bran, o viajante do tempo


Bran era um navegador da Irlanda antiga. Certo dia, ele encontrou uma bela
varinha de prata. Então reuniu seus homens e balançou a varinha para testar se ela
possuía algum poder mágico. Neste mesmo instante, surgiu ao seu lado uma jovem
belíssima. Ela entoou uma melodiosa canção em que descrevia as maravilhas do
mundo de onde viera. Nascera nas Ilhas encantadas do Outro Mundo, nas quais
não há tristeza ou sofrimento. Quando sua voz se calou, todos continuaram imóveis
diante de tamanha surpresa, e antes que alguém pudesse impedi-la, a jovem tirou
a varinha das mãos de Bran, fez com ela um gesto e desapareceu.

Apaixonado pela jovem, Bran reuniu sua tripulação e imediatamente partiu em


busca das ilhas encantadas onde morava sua amada. Depois de muito navegar, a
nau de Bran atravessou o limiar do mundo real e penetrou nas águas enfeitiçadas
do universo mágico. As ondas do mar transformaram-se em flores e árvores
aquáticas. Logo em seguida, a nau de Bran chegou à ilha da Felicidade, e todos
ficaram deslumbrados com sua grande beleza.

Mas era muito difícil atracar, pois o mar estava muito bravio. Bran avistou sua
amada e acenou-lhe. Ela então lançou uma corda mágica ao navio, que se amarrou
à proa e o puxou até o porto.

Bran e os tripulantes do navio casaram-se com as moças da ilha, exceto um,


que queria regressar à Irlanda porque sentia saudade da namorada.

82 OITENTA E DOIS
O tempo foi passando e, embora Bran e seus amigos tivessem a impressão de que
se encontravam na ilha havia apenas poucos meses, muitos anos tinham se passado.

Quando Bran voltou à terra natal para levar o amigo que não se casara, percebeu
que tudo estava mudado. Havia uma estátua dele no meio do porto: Bran havia se
tornado uma lenda.

— Fique conosco — disse ele ao amigo —, não desça do navio. Tudo mudou,
estes são outros tempos. Venha, precisamos retornar à ilha mágica.

Mas o amigo ignorou seus conselhos, lançou-se ao mar e nadou até a praia.
Porém, assim que fincou os pés na areia, seu corpo se transformou em uma estátua
de cinzas, que rapidamente se desvaneceu.

Os olhos de Bran encheram-se de lágrimas. “E se eu me perder no mar?” “E se


não conseguir regressar à ilha?”, pensou. Mas, nesse momento, a corda mágica de
sua amada enroscou-se na proa da embarcação e Bran foi levado de volta à ilha
da Felicidade, onde continua a viver até os dias de hoje.

PRIETO, Heloisa. L‡ vem hist—ria. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 18-19.

Veja orientações no Manual do Professor.


1 O acontecimento que dá origem às demais ações do conto é:
(A) Bran querer voltar à ilha.
(B) Bran encontrar uma varinha mágica.
(C) Bran se apaixonar.
(D) Bran ajudar o amigo.
Resposta: alternativa B.

2 O clímax do conto ocorre quando Bran:


(A) encontra a varinha.
(B) se apaixona.
(C) volta à terra natal e o amigo decide descer do barco.
(D) é ajudado por sua amada.
Resposta: alternativa C.

3 O desfecho do conto ocorre quando Bran:


(A) se apaixona.
(B) retorna à terra de sua amada.
(C) volta à sua terra natal.
(D) é ajudado por sua amada.
Resposta: alternativa D.

OITENTA E TRÊS 83
Miss„o final
Neste momento, você lerá um conto e, por meio das atividades, irá praticar e con-
quistar as Missões 1, 2, 3 e 4, estudadas nesta Unidade. Veja orientações no Manual do Professor.

Galileu Conto

Foram quase vinte dias deliciosos com meus avós em uma pitoresca casa de
praia no litoral paulista.

No início eu estranhei um pouco, desacostumado de viver rodeado de tanta


gente. Onde eu moro, uma pequena cidade do interior, são duas ruas principais
e um punhado de outras pequenas ruas e praças. Tem pouca gente na cidade e
todo mundo se conhece. Não faz muito tempo que nós moramos nessa cidade,
mas eu já aprendi a gostar dela, das pessoas, do jeito de viver, brincar, estudar. A
gente conversa com todo mundo, brinca na rua, nas praças, no campo de futebol.

Mas o passeio para a praia, promessa do meu pai e dos meus tios, tinha sido
um intervalo saboroso na minha vida em Nova Esperança. Apenas eu, meu primo
Zé Roberto, sua irmã Celinha e meus avós. Por alguns dias vivemos momentos de
experiências novíssimas e, certamente, inesquecíveis. Quando vi o mar pela primei-
ra vez, uma coisa grande parou no meio da minha garganta e depois desceu para
o peito. Não consegui ouvir a explicação do meu avô, nem suas recomendações
sobre o perigo daquela imensidão de água. Admirado, não conseguia imaginar
como uma criação tão linda da natureza poderia oferecer perigo a uma criança.
Quantas vezes, nesse período, em vez de brincar com a areia limpa e quente, eu
preferia mesmo ficar sentado debaixo do guarda-sol olhando para o mar.

Na volta para casa, não consegui esconder a admira-


LAB212
ção pela lagoa azul, e roubei-lhe um pouco da água
salgada de lembrança.

Aos poucos, a viagem de volta


foi acontecendo, meus
avós na frente do carro
e nós três acomo-
dados no bando
de trás.
NOVO_ACERTA_EF1_LP5_LA_U3_I020 Ilus-
-
cantamento provocado pelo mar Ð talvez a
imagem de uma praia com conchas na areia.
Ver texto

84 OITENTA E QUATRO
LISKUS/SHUTTERSTOCK
Conversávamos, mastigáva-
mos, dormíamos e a distância
de trezentos quilômetros
foi diminuindo.

Enfim, chegamos. Com


bagagem maior, um pouco de cor
escura a mais na pele e muita sau-
dade, cada uma das suas coisas.
Engraçado... nos dias de praia e
mar eu até sentia saudade do meu
quarto, dos meus brinquedos, da
minha velha bicicleta, do Galileu,
dos meus pais. Mas era uma sau-
dade gostosa, que ficava guardada
sem machucar, porque eu sabia que
logo voltaria ao convívio de antes.

Agora estava ali. Abraços, beijos,


presentes, perguntas. Mas faltava alguma coisa.
Eu percebi imediatamente. E meus pais perceberam que eu havia sentido. Então
ficamos ali, meio aflitos, com medo de puxar o assunto, conversando conversa
mole, conversa pra boi dormir.

— Estávamos com saudades.

— Eu também.

— Você gostou?

— Muito.

— Quem sabe no ano que vem...

— É... se der certo.

— Seus amigos já perguntaram por você muitas vezes...

A conversa seguiu mais um pouco nesse tom, até que eu juntei a coragem que
estava faltando e perguntei:

— Mãe, cadê o Galileu?

Minha mãe sentiu a pergunta. Sentou-se mais perto de mim na cama, espe-
rou alguns segundos, talvez pensando na melhor resposta. Não dei tempo a ela e
mandei de novo a pergunta, desta vez pro meu pai.

OITENTA E CINCO 85
Missão final
— Pai, cadê o Galileu?

O silêncio na casa indicava alguma coisa diferente do normal. Galileu não dava
sossego para ninguém. Ele por perto era sinônimo de muita alegria, muita farra.
Meu pai ensaiou uma resposta.

— Bem... o Galileu...o Galileu não está mais aqui com a gente.

Claro que não era isso. Eles não teriam coragem de dar sumiço no Galileu
na minha ausência. Eles também gostavam muito dele. Era impossível não ficar
apaixonado pelo Galileu com poucas horas de convivência com ele. Manso, alegre,
brincalhão, até seu latido era uma voz de convívio fácil e gostoso.

— Mãe, cadê o Galileu, mãe?

Minha mãe foi mais forte. Fico imaginando quanta força ela deve ter arrumado
para contar a verdade para mim. Uma verdade tão grande e dura em uma frase
pequenina.

— Ele morreu, filhão.

Quem falou que homem não chora? Quem falou nunca foi homem ou nunca
sentiu amor grande por qualquer coisa na vida. Quem já sentiu e perdeu sabe que
homem chora.

Ela me abraçou mais forte, enquanto soltei muitas lágrimas. Tão salgadas
quanto a água do mar.

O tempo foi passando e acomodando em mim a tristeza sentida pela falta do


Galileu, mas nada o substitui. Dele restou a casinha de madeira no fundo do quintal,
a coleira e uma foto em que nós dois estávamos brincando. Sei que não é possível,
mas se fosse eu teria trocado minha viagem de
férias para a praia pela vida dele.

Às vezes, penso que ele foi me


LISKUS/SHUTTERSTOCK

procurar na praia e se perdeu, su-


miu. Transformou-se num pouco
do imenso e belo mar azul. E está
guardado, em forma de água de
mar, na garrafa de plástico que trouxe
comigo do passeio.

Eu sei... Galileu ainda vive comigo.

GARCIA, Edson Gabriel. Meninos & meninas: as alegrias, os prazeres e as atrapalhações das férias.
São Paulo: Edições Loyola, 2001. p. 25-28.

86 OITENTA E SEIS
Veja orientações no Manual do Professor.

1 Ao ver o mar pela primeira vez, o narrador ficou:

(A) fascinado.
(B) assustado.
(C) indiferente.
(D) desconfiado.
D4. Resposta: alternativa A.

2 Dos trechos a seguir, um deles tem características que indicam que o narrador também
participa da história, sendo, portanto, um narrador-personagem. Assinale a alternativa
Esclareça aos alunos que a alternativa D indica o narrador-personagem,
que traz essa indicação. com a história contada na primeira pessoa, pois o narrador participa
do enredo e acrescenta subjetividade,
com opiniões e emoções.
(A) “Quem já sentiu e perdeu sabe que homem chora.”
(B) “Eles também gostavam muito dele.”
(C) “Dele restou a casinha de madeira no fundo do quintal, a coleira e uma foto.”
(D) “Quantas vezes, nesse período, em vez de brincar com a areia limpa e quente, eu
preferia mesmo ficar sentado debaixo do guarda-sol olhando para o mar.”
D10. Resposta: alternativa D.

3 No trecho “— Bem... o Galileu... o Galileu não está mais aqui com a gente”, o emprego
das reticências e a repetição da expressão destacada indicam que o pai estava:

(A) calmo.
(B) nervoso.
(C) seguro.
(D) feliz.
D14. Resposta: alternativa B.

4 No conto lido, o conflito inicia quando o narrador:

(A) vê o mar pela primeira vez.


(B) percebe a ausência de Galileu.
(C) está na estrada com seus avós.
(D) encontra seus pais.
D7. Resposta: alternativa B.

OITENTA E SETE 87
4
PESQUISANDO E
APRENDENDO...

Entendendo a Unidade
Você já deve ter feito várias atividades de estudo e pesquisa,
não é mesmo? Neste momento, vamos conhecer textos que são
resultados de pesquisas, como o artigo de curiosidade, o verbete
de enciclopédia e o texto de divulgação científica.

88 OITENTA E OITO
Ponto de partida
Veja respostas e orientações

LAB212
no Manual do Professor.
1. O que as crianças representadas na
imagem estão fazendo?
2. Quando você faz os trabalhos
da escola, de que forma você rea-
liza as pesquisas? Quem costuma
ajudá-lo?
3. Os textos lidos no dia a dia resultam
de pesquisas e de verificação das
fontes, como um artigo de curiosi-
dade e o verbete de enciclopédia.
Comente com os colegas o que você
sabe sobre esses textos.

OITENTA E NOVE
# 89
ssão
i EF35LP05
M
É possível saber o sentido que as palavras apresentam

1 pelo contexto em que são empregadas. A Missão 1 vai ajudá-lo


nessa tarefa.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

Aquecendo

Leitura 1 Artigo de curiosidade

Você tem medo de baratas ou de outros insetos? Você imagina por que a maioria das
pessoas tem medo de barata? Leia um artigo de curiosidade para conferir.

Por que temos medo de barata?

NIKULINA TATIANA/SHUTTERSTOCK
Segundo o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto,
autor do livro Sem medo de ter medo, a noção de
repulsa às baratas não tem a ver com a aparên-
cia asquerosa do animal. Trata-se na verdade
de um ciclo vicioso: “As crianças imitam o
comportamento dos pais. Se o filho observa
a mãe gritando ao ver uma barata, vai fazer
igual, mesmo sem saber direito o porquê”.

Ele explica ainda que a repulsa tem mais a


ver com nojo do que propriamente com o medo. É
bom tomar cuidado: apesar de não ser fonte direta
de nenhuma delas, as baratas podem sim transmitir
doenças: “Ela pode carregar vírus e bactérias causadoras de doenças como herpes,
hepatite B, alergias e, principalmente, de diarreia”, conta Carlos Campaner, biólogo
do Museu de Zoologia da USP.

Você certamente já ouviu falar que as baratas seriam capazes inclusive de resistir
a uma guerra nuclear. Não é bem assim, embora, de fato, elas tenham maior chance
de sobrevivência porque vivem em abrigos subterrâneos e se adaptam facilmente
aos mais diversos ambientes.

POR QUE temos medo de barata? Guia dos curiosos. Disponível em: <http://guiadoscuriosos.uol.com.
br/curiosidades/bichos/insetos/barata/por-que-temos-medo-de-barata/>. Acesso em: 11 nov. 2019.

90 NOVENTA
1 O objetivo desse artigo de curiosidade é:

(A) ( ) contar uma história curiosa.


(B) ( X ) informar e explicar um fato curioso.
(C) ( ) argumentar sobre um fato curioso.

2 Em que site o artigo de curiosidade foi publicado?

Resposta: no site Guia dos curiosos.

3 Como o título do site permite identificar o objetivo do texto?

Resposta: o título do site, Guia dos curiosos, sugere que serão publicados nesse veículo textos de curiosidade.

4 Quem são os profissionais citados no texto?

Resposta: o psiquiatra Tito Paes de Barros Neto e o biólogo Carlos Campaner.

5 Qual é a importância das falas dos profissionais citados?

Resposta: atribuir mais credibilidade às informações apresentadas.

6 Como o artigo de curiosidade explica o medo de baratas?

Resposta: segundo o artigo de curiosidade, as pessoas tendem a observar o comportamento dos pais, reproduzindo-o.

Baú do conhecimento
O artigo de curiosidade apresenta aos leitores curiosidades sobre um assunto
específico de diversas áreas do conhecimento. Costuma ser divulgado em revistas
e jornais, nas versões impressas e digitais.

NOVENTA E UM 91
Valendo! Veja orientações no Manual do Professor.

Prepare-se!
▶ Releia o texto quantas vezes achar necessário, até compreendê-lo bem.
▶ Circule as palavras e as expressões desconhecidas para procurar descobrir o
sentido delas pelo contexto em que aparecem e, se necessário, consultar um
dicionário.

1 No trecho “a noção de repulsa às baratas”,


a expressão em destaque indica: Sugestão
Volte às palavras e expressões
(A) atração. que você circulou e veja se estão
(B) aversão. sendo exploradas nas atividades.

(C) afinidade.
(D) indiferença.
Resposta: alternativa B.

2 No trecho “as baratas seriam capazes inclusive de resistir a uma guerra nuclear.”,
a expressão em destaque significa:

(A) opor-se.
(B) não se submeter.
(C) recusar-se.
(D) sobreviver.
Resposta: alternativa D.

3 No último parágrafo, a palavra destacada na expressão “abrigo subterr‰neo” significa:

(A) abaixo da terra.


(B) acima da terra.
(C) na terra.
(D) distante da terra.
Resposta: alternativa A.

92 NOVENTA E DOIS
Leitura 2 Artigo de curiosidade

Um é carnívoro e o outro é vegetariano... Eles são bastante diferentes, apesar de per-


tencerem à mesma família. Você sabe de que animais estamos falando? Leia o artigo de
curiosidade a seguir e descubra.

https://super.abril.com.br/blog/oraculo/quais-as-diferencas-entre-o-panda-e-outros-ursos/

Ciência

Quais as diferenças entre o panda e outros ursos?

VOLODYMYR BURDIAK/SHUTTERSTOCK
ORHAN CAM/SHUTTERSTOCK

Urso panda. Urso marrom.

1. Hábitos

Pandas passam o dia paradões degustando seiva de bambu. Os ursos,


por sua vez, são caçadores ativos, que, depois de uma
temporada acumulando gordura, hibernam –
o que não faz parte do ciclo de vida dos pandas.
LAB212
2. Anatomia

Para manipular o bambu, os pandas contam


com cinco dedos (A) e um polegar opositor (B),
que não aparece nas patas dos demais ursos.

3. Dieta

Pandas são vegetarianos, enquanto os ursos


são preferencialmente carnívoros.

ORÁCULO. Quais as diferenças entre o panda e outros ursos? Superinteressante. 13 jul. 2019.
Disponível em: <https://super.abril.com.br/blog/oraculo/quais-as-diferencas-
entre-o-panda-e-outros-ursos/>. Acesso em: 12 nov. 2019.

NOVENTA E TRÊS 93
Veja orientações no Manual do Professor.

1 No trecho “Pandas passam o dia paradões”, a palavra em destaque é o mesmo que:

(A) agitados. (C) preguiçosos.


(B) rápidos. (D) brincalhões.
Resposta: alternativa C.

2 No trecho “degustando seiva de bambu”, o termo degustando poderia ser


substituído por:

(A) conhecendo. (C) provando.


(B) tentando. (D) cheirando.
Resposta: alternativa C.

3 No texto, a forma verbal hiberna é o mesmo que:

(A) ficar ativo durante o inverno.


(B) ficar ativo durante o verão.
(C) ficar inativo durante o inverno.
(D) ficar inativo durante o verão.
Resposta: alternativa C.

4 No intertítulo 2, anatomia significa:

(A) peso do corpo.


(B) tamanho do corpo.
(C) cor do corpo.
(D) partes e estruturas do corpo.
Resposta: alternativa D.

5 No intertítulo 3 do artigo de curiosidade, dieta se refere:

(A) à falta de alimentação.


(B) ao tipo de alimentação.
(C) ao excesso de alimentação.
(D) à importância da alimentação.
Resposta: alternativa B.

94 NOVENTA E QUATRO
Leitura 3 Artigo de curiosidade

O “ronron” dos gatos encantou o poeta Ferreira Gullar, que escreveu “O gato é uma
maquininha/que a natureza inventou”. Mas você já imaginou por que os gatos ronronam?
Descubra agora e boa leitura!

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/pets/voce-sabia-por-que-os-gatos-ronronam,b3495015b6226ce45a2040c43de7f94

Você sabia? Por que os gatos ronronam?


Quem gosta de gatos está mais do que acostumado a escutar um som
estranho, o ronronar do bichano, e muitas pessoas não sabem que ruído
é este ou por que ele ocorre. Será que ele está doente ou precisando de
alguma coisa? Será que está feliz? Segundo o biólogo Guilherme Dome-
nichelli, do Zoológico de São Paulo, o ronronar é um processo normal do
corpo dos felinos, usado para expressar sentimentos.

Segundo ele, o ronronar está diretamente ligado ao osso que os felinos


têm na garganta, conhecido como hioide (semelhante ao existente na parte
anterior do pescoço humano).

Assim como o miado, o ronronar é uma forma que os felinos usam para
expressar seus sentimentos. “Os grandes felinos, como tigres, leões, leopardos
e onças-pintadas, conseguem rugir em vez de ronronar ou miar, como fazem
as espécies menores”, informa.

ANURAK PONGPATIMET/SHUTTERSTOCK

NOVENTA E CINCO 95
“O ronronar acontece quando o animal puxa o ar para dentro, diferente
do rugido, que é o momento em que o ar é expulso do corpo com bastante
força”, explicou.

Geralmente o gato ronrona quando expressa sensações de tranquilida-


de, prazer e satisfação. Porém, também pode emitir o som, pela vibração das
cordas vocais, quando está com raiva, dor ou fome.

VOCÊ sabia? Por que os gatos ronronam? Terra. Disponível em: <https://www.terra.com.br/
vida-e-estilo/pets/voce-sabia-por-que-os-gatos-ronronam,b3495015b6226
ce45a2040c43de7f940jbqry746.html>. Acesso em: 18 nov. 2019.

1 Na oração “emitir o som”, emitir significa:


(A) liberar.
(B) abafar.
(C) esconder.
(D) circular.
Resposta: alternativa A. Os alunos devem concluir que emitir o som significa lançar o som para fora de si,
ou seja, liberar, exteriorizar o som.

2 No trecho "expressar sentimentos", a palavra em destaque indica:


(A) esconder. (C) compartilhar.
(B) demonstrar. (D) camuflar.
Resposta: alternativa B.

3 No trecho "pela vibração das cordas vocais", a palavra em destaque indica:


(A) irritação.
(B) desânimo.
(C) movimento.
(D) empolgação.
Resposta: alternativa C.

4 No texto, a palavra ronronar significa:


(A) cheiro emitido pelos gatos.
(B) calor emitido pelos gatos.
(C) sensações sentidas pelos gatos.
(D) barulho produzido pelos gatos.
Resposta: alternativa D.

96 NOVENTA E SEIS
ssão
i EF35LP06 | EF35LP14
M
Para relacionar as partes de um texto, podemos empregar

2 alguns recursos que contribuem para a continuidade do texto,


como substituir ou repetir palavras. A Missão 2 vai ajudá-lo nessa
tarefa.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou subs-
tituições que contribuem para a continuidade de um texto.

Aquecendo

Leitura 1 Texto de divulgação científica

Você acredita que um cachorrinho pode saber o que as pessoas sentem? Por quê? Alguns
pesquisadores se interessaram pelo assunto e fizeram alguns testes. O que será que eles
descobriram? Leia o texto para conferir.

http://chc.org.br/habilidade-de-um-grande-amigo/

Habilidade de um grande amigo

HALFPOINT/SHUTTERSTOCK

Quem tem um cachorro em casa talvez já desconfie de que eles são muito
atentos aos sentimentos de seus donos. Mas reconhecer emoções de um ser
de outra espécie – a humana, no caso – é uma habilidade muito complexa,
e os cientistas queriam testar se realmente os cães tinham essa capacidade.

NOVENTA E SETE 97
Por isso, realizaram um experimento com 17 cachorros de raças distintas.
Em uma tela, eram projetadas fotos de humanos ou cães com expressões
positivas (felicidade/brincadeira) ou negativas (raiva/agressividade). Ao
mesmo tempo, os animais ouviam sons que podiam combinar ou não com
as imagens.

Como resultado, os cachorros observaram por mais tempo as ima-


gens quando os sons ouvidos transmitiam a mesma emoção. Segundo a
bióloga Natalia Albuquerque, da Universidade de São Paulo, isso mostra
que os cães conseguiram interpretar as emoções retratadas nas fotos e
reforçadas pelos sons.

Os cientistas já sabiam que os cachorros eram capazes de interpretar ex-


pressões faciais de humanos, mas unir os estímulos visual (as fotos) e auditivo
(os sons) demonstra uma habilidade ainda mais impressionante. “Outros estu-
dos mostraram que cães são capazes de discriminar expressões emocionais,
mas nós mostramos que eles podem fazer mais do que isso: eles conseguem
acessar seu conteúdo”, comemora a pesquisadora.

Outros animais, como chimpanzés e macacos rhesus, também já haviam


demonstrado em experimentos a capacidade de reconhecer emoções de
outros representantes da mesma espécie. Mas os cachorros foram os pri-
meiros, depois dos humanos, a demonstrarem essa capacidade também
em relação a seres de outra espécie – uma habilidade muito importante
para um animal essencialmente doméstico que convive com os seres hu-
manos há milhares de anos.

Depois de comprovar a
esperteza dos cachorros, os STONE36/SHUTTERSTOCK

cientistas já têm novas per-


guntas para responder. Por
exemplo: será que os cães
reconhecem outras emoções
além da alegria e da raiva? Que
outros animais poderiam de-
monstrar a mesma habilidade?
As novas pesquisas já come-
çaram, e Natalia garante: “Es-
peramos ter respostas muito
em breve!”

HABILIDADE de um grande amigo. Revista Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:
<http://chc.org.br/habilidade-de-um-grande-amigo/>. Acesso em: 17 nov. 2019.

98 NOVENTA E OITO
Veja respostas e orientações no Manual do Professor.

1 Sobre a pesquisa citada no texto, responda às questões:

a) Qual era o objetivo da pesquisa?

b) Explique como a pesquisa foi feita.

c) O que foi descoberto com a pesquisa?

2 Esse texto de divulgação científica foi escrito com que função?

3 Onde o texto foi publicado?

4 A quem se destina esse texto?

Baú do conhecimento
O texto de divulga•‹o cient’fica apresenta a leitores não especialistas os re-
sultados de uma pesquisa científica, que pode ser de diversas áreas do conheci-
mento. Nesse texto, podem ser apresentadas citações dos pesquisadores envolvi-
dos na descoberta, a fim de atribuir mais credibilidade ao texto.

NOVENTA E NOVE 99
Valendo!

Prepare-se!
▶ Numere os parágrafos do texto de divulgação científica que você acabou de ler
para localizar as informações facilmente.
▶ Preste atenção às palavras empregadas para evitar repetição e contorne-as.

1 No trecho “os cientistas queriam testar se


Sugestão
realmente os cães tinham essa capacida-
de” (1o parágrafo), a expressão destacada Releia os parágrafos indicados
se refere à capacidade de: nas atividades, conforme a marcação
que você fez anteriormente em cada
(A) sentir cheiro. parágrafo.
(B) sentir sons.
(C) reconhecer sentimentos.
(D) ver cores.
Resposta: alternativa C.

2 No trecho “isso mostra que os cães conseguiram interpretar as emoções” (3o parágrafo),
isso refere-se:

(A) às etapas do teste.


(B) aos resultados do teste.
(C) à dificuldade do teste.
(D) à necessidade do teste.
Resposta: alternativa B.

3 No trecho “nós mostramos que eles podem fazer mais do que isso” (4o parágrafo),
eles é a expressão que substitui:

(A) cientistas.
(B) pesquisadores.
(C) estudos.
(D) cães.
Resposta: alternativa D.

100 CEM
Leitura 2 Artigo de divulgação científica

Será que assistir a filmes pode ajudar as pessoas a viver melhor? Leia a seguir um artigo
de divulgação científica publicado no jornal Joca.

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

MARVEL STUDIOS/DIVULGAÇÃO
Cenas de filmes de
Homem-Aranha ajudam a
tratar fobia, conclui estudo
Pesquisadores das universidades
Ariel e Bar-Ilan, em Israel, divulgaram
em abril um estudo sobre um tratamen-
to inusitado para pessoas com fobia de
aranhas e formigas: exibir cenas de fil-
mes dos personagens Homem-Aranha
e Homem-Formiga.

Fobia é o medo de algo que não re-


presenta perigo real. Pessoas com fobia
de aranhas, por exemplo, podem sentir
desconforto só de ver uma foto desse ani-
Cartaz do filme “O Homem-Aranha:
longe da casa”, de Jon Watts, lançado mal, mesmo que a imagem em si não seja
em 2019. capaz de causar nenhum mal.

O estudo da área de psicologia foi feito com 424 voluntários que sofrem
dessas fobias.

Metade dos participantes assistiu a cenas de dois filmes dos heróis du-
rante sete segundos. Já os outros observaram imagens reais dos insetos.
Os sintomas da fobia diminuíram 20% entre aqueles que assistiram aos fil-
mes. No segundo grupo, não houve mudanças significativas. De acordo com
os autores da pesquisa, isso acontece porque nos longas da Marvel aranhas
e formigas ganham um sentido positivo ao serem associadas a heróis e ao
mundo do entretenimento.

Os psicólogos também afirmam que esses filmes podem ajudar os es-


pectadores a se sentir melhores consigo mesmos e a enfrentar seus medos.
O próximo passo da pesquisa será examinar quais são os benefícios
das produções da Marvel para pessoas que enfrentam outros problemas
psicológicos.

CENTO E UM 101
Orientação de um especialista

Apesar de o método ajudar a diminuir os sintomas, é importante que as


pessoas com qualquer tipo de fobia recebam tratamento adequado para seu
caso. Para isso, é recomendável sempre buscar a ajuda de um psicólogo.

CENAS de filmes de Homem-Aranha ajudam a tratar fobia, conclui estudo. Joca,


São Paulo, n. 131, maio 2019. Magia de Ler. p. 7.

1 No 2o parágrafo, a palavra animal foi usada para evitar a repetição do termo:

(A) formigas.
(B) aranhas.
(C) baratas.
(D) formigas e aranhas.
Resposta: alternativa B.

2 No 4o parágrafo, o pronome isso se refere a:

(A) diminuição da fobia em quem viu o filme.


(B) permanência da fobia em quem viu o filme.
(C) aumento da fobia em quem viu o filme.
(D) mudança da fobia em quem viu o filme.
Resposta: alternativa A.

3 No 5o parágrafo, os pronomes consigo e seus referem-se a:

(A) filmes.
(B) psicólogos.
(C) espectadores.
(D) medos.
Resposta: alternativa C.

4 No 6o parágrafo, o pronome seu refere-se a:

(A) pessoas.
(B) especialistas.
(C) psicólogos.
(D) espectadores.
Resposta: alternativa A.

102 CENTO E DOIS


ssão
i EF15LP01
M
Você sabia que todo texto que produzimos tem uma fina-

3 lidade? Na Missão 3, você vai estudar o verbete de enciclopédia


e descobrir a função desse texto.
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Aquecendo

Leitura 1 Verbete de enciclopédia

Sobre o que você imagina que os verbetes de enciclopédia tratam? Conheça um exemplo
para saber como os verbetes se organizam e qual é sua principal função.

https://escola.britannica.com.br/artigo/teatro/482667

Teatro

FCG/AGÊNCIA/SHUTTERSTOCK

Teatro Amazonas.

Introdu•‹o
O teatro é um lugar aonde as pessoas vão para assistir a espetáculos, ge-
ralmente apresentados em um palco. A palavra “teatro” também se refere à
arte de representar, ou encenar, ao vivo. A forma mais comum de represen-
tação no palco é a peça teatral, uma história que é encenada para uma plateia.

CENTO E TRÊS 103


Há também produções teatrais que utilizam outros elementos além da his-
tória: música, marionetes, números de circo, de ópera ou de balé e outras
variedades de dança.

Dentro do teatro

LEANDRO MORAES/FOLHAPRESS
A parte mais importan-
te de um teatro, como casa
de espetáculos, é o palco.
A encenação acontece na
parte da frente do palco,
conhecida como proscênio.
O palco costuma ser retan-
gular, com um lado aberto,
de frente para o público. A
plateia assiste à produção
que se desenvolve no pal-
co como se estivesse en-
xergando através da parede
de uma sala. Alguns teatros Espetáculo teatral Peter Pan e Wendy , no teatro Alfa, em São
têm um palco que avança Paulo, 2008.
parcialmente sobre a plateia.
O público ocupa três lados da seção projetada desse palco. Já no chamado
teatro de arena, também conhecido como anfiteatro, o público se dispõe
em torno do palco, pois ele fica no centro. Outras partes importantes do
teatro são os bastidores e os camarins. Há também uma cabine na qual
técnicos controlam a iluminação e o som.

Os profissionais do teatro
Montar uma peça de teatro é um trabalho de equipe. Muitas pessoas traba-
lham juntas, e cada uma tem sua função. Em uma peça, os papéis mais visíveis
são os dos atores. As pessoas principais que trabalham nos bastidores são o
produtor e o diretor. O produtor é o principal responsável pelo financiamento
da peça. É ele quem busca patrocínios e administra o dinheiro para a mon-
tagem. O diretor é quem decide como a peça será encenada, e isso envolve
dirigir o trabalho dos atores e da equipe técnica que trabalha nos bastidores.
O diretor também comanda os ensaios. Um dramaturgo escreve o roteiro ou
o texto da peça, que contém a história e as falas dos atores.

Britannica Escola. Disponível em: <https://escola.britannica.com.br/


artigo/teatro/482667>. Acesso em: 10 nov. 2019.

104 CENTO E QUATRO


1 O verbete de enciclopédia lido foi publicado em:
Oriente os alunos a observar o crédito na parte inferior
( ) livro. do verbete. Informe a eles que, além da enciclopédia
digital, os verbetes podem ser encontrados em
( ) enciclopédia impressa. enciclopédias impressas.

( X ) enciclopédia digital.

( ) revista.

( ) jornal.

( ) catálogo.

2 Sobre o que trata o verbete?

Resposta: trata sobre o teatro.

3 Relacione as partes do verbete aos assuntos apresentados.

A. Introdução.
B. Dentro do teatro.
C. Os profissionais do teatro.

( B ) Apresenta a estrutura interna de um teatro.


( C ) Informa sobre o teatro ser um trabalho em equipe.
( A ) Contextualiza o leitor sobre o que é o teatro.

4 Por que o verbete foi produzido em diferentes partes?

Resposta: para organizar melhor as informações do verbete.

5 Em sua opinião, que tipo de informações podem ser encontradas em verbetes de


enciclopédia?

Resposta pessoal. Oriente os alunos a concluir que em verbetes de enciclopédia podemos encontrar informações sobre

objetos, lugares, personalidades, invenções etc.

CENTO E CINCO 105


Baú do conhecimento
O verbete de enciclopŽdia é cada um dos verbetes que formam uma enci-
clopédia, digital ou impressa. Costumam apresentar uma linguagem mais formal
e objetiva. Eles são organizados em ordem alfabética. Nas enciclopédias digitais,
podem ser empregadas abas para organizar as informações.

Valendo! Veja orientações no Manual do Professor.

Prepare-se!
▶ Releia o texto e contorne a entrada do verbete.
▶ Com base na leitura do texto, procure perceber a relação entre o texto e a pala-
vra da entrada.

1 Os verbetes de enciclopédia são escritos para:

(A) narrar.
(B) argumentar.
(C) relatar.
(D) informar.
Resposta: alternativa D.

Sugestão
Para responder às questões, retome a relação entre o texto e a entrada do verbete.

2 O verbete de enciclopédia lido tem por objetivo apresentar:

(A) informações sobre o teatro.


(B) orientações sobre o teatro.
(C) argumentações sobre a importância do teatro.
(D) narrações que ocorrem no teatro.
Resposta: alternativa A.

106 CENTO E SEIS


Leitura 2 Verbete de enciclopédia

O verbete a seguir faz parte da Enciclopédia Latino-americana, da editora Boitempo.

http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/z/ziraldo

Ziraldo
Caratinga (Brasil), 1932
[...]

Cartunista, caricaturista, chargista, autor de his-

RICARDO BORGES/FOLHAPRESS
tórias em quadrinhos, teatrólogo, poeta, roteirista
de televisão, artista gráfico, publicitário e showman,
Ziraldo tem uma presença marcante na cena cultural
brasileira. É também um dos mais populares autores
de livros infantis brasileiros da atualidade. O seu O
menino maluquinho (1979) já passa de dois milhões
de exemplares vendidos, tendo sido também adap-
tado para teatro e cinema, além de gerar uma série
de outros produtos.

Nos quadrinhos, Ziraldo criou personagens baseados no folclore brasi-


leiro, como A turma do Perer• (1959), aliando grande qualidade estética a
expressivo sucesso popular.

[...]

Enciclopédia Latinoamericana. Ziraldo. Disponível em:


<http://latinoamericana.wiki.br/verbetes/z/ziraldo>. Acesso em: 16 nov. 2019.

1 O verbete de enciclopŽdia lido tem a fun•‹o de: Veja orientação no Manual do Professor.

(A) informar sobre a vida e obra de Ziraldo.


(B) narrar a vida de Ziraldo.
(C) argumentar sobre a importância de Ziraldo.
(D) descrever como é Ziraldo.
Resposta: alternativa A.

CENTO E SETE 107


Missão final
Veja orientações no Manual do Professor.
Neste momento, você deverá ler um texto de divulgação científica e, por meio das ativi-
dades, praticar o que você estudou nas Missões 1, 2 e 3, desta Unidade.

http://infantil.minasfazciencia.com.br/2019/05/22/abelha-abelhinha-faz-zunzum-pra-mim/

Abelha, abelhinha… faz zunzum pra mim!


Estudo da Universidade Federal de Lavras revela situação das abelhas em
florestas nativas e em ambientes agrícolas.

STUDIOSMART/SHUTTERSTOCK
Elas produzem o mel, o própolis,
a cera e a geleia real. Elas também
são responsáveis pela polinização de
aproximadamente 73% das espécies
de plantas cultivadas no mundo. Elas
são pequenas, coloridas e já foram
até protagonista de filmes. Já sabe
de quem estou falando? Isso mesmo,
das abelhas!

Este pequeno inseto, comerciali-


zado para diversos fins desde a época
do Egito Antigo, é muito mais formidável que Glossário
muita gente imagina! Por serem tão importantes,
a Universidade Federal de Lavras realiza diversas Polinização: transpor-
pesquisas sobre estes insetos. te do grão do pólen.

Uma dessas pesquisas procura identificar como as abelhas se distribuem


nas paisagens agrícolas localizadas nas proximidades da Mata Atlântica.
A ideia do estudo é conhecer a diversidade de abelhas de cada local e en-
tender o que pode afetar a sobrevivência de comunidades desses bichinhos
em locais muito específicos, como as plantações agrícolas, onde há um uso
grande de agrotóxicos.

Insetos em extinção
Durante um ano inteiro, os pesquisadores coletaram abelhas em cinco
áreas de preservação diferentes. As armadilhas para capturar as abelhinhas
foram colocadas em pomares de macieira, oliveira, pêssego – que geralmente

108 CENTO E OITO


já atraem as abelhas – e em duas áreas de Mata Atlântica próximas a essas
culturas. O estudo ainda está em andamento, mas já foi possível coletar mais
de 640 abelhas de 15 espécies diferentes.

Até então, os pesquisadores viram que a maior parte das abelhas foi encon-
trada na área de floresta nativa, com um total de 210 indivíduos de 11 espécies.
Os resultados mostram, também, que em áreas agrícolas a presença de abelhas
pode aumentar em até 30% a produção! É por isso que é importante para os
agricultores conciliarem a produção de alimentos com a presença de abelhas.

Contudo, a situação das abelhas no mundo não está das melhores. Com
o avanço da agricultura e da degradação do meio ambiente, as abelhas estão
sumindo do mapa! Atualmente, os cientistas sabem que pelo menos sete
espécies já estão na lista de extinção.

ALENCAR, Mariana. Abelha, abelhinha... faz zunzum pra mim!. Minas faz Ciência – infantil.
22 maio 2019. Disponível em: <http://minasfazciencia.com.br/infantil/2019/05/22/
abelha-abelhinha-faz-zunzum-pra-mim/>. Acesso em: 20 jan. 2020.

Veja orientações no Manual do Professor.

1 Na expressão “degradação do meio ambiente”, degradação é o mesmo que:

(A) preservação. (C) destruição.


(B) construção. (D) produção.
D3. Resposta: alternativa C.

2 No 1o parágrafo do texto, o pronome elas foi empregado três vezes para se referir a:

(A) lavras.
(B) abelhas.
(C) florestas.
(D) agrícolas.
D2. Resposta: alternativa B.

3 A finalidade de um texto de divulgação científica é:

(A) ensinar os resultados de uma pesquisa científica.


(B) informar os resultados de uma pesquisa científica.
(C) avaliar os resultados de uma pesquisa científica.
(D) criticar os resultados de uma pesquisa científica.
D9. Resposta: alternativa B.

CENTO E NOVE 109


Ampliando

1 000 tiras em quadrinhos: Jornal Joca


Turma do Xaxado

DIVULGAÇÃO
MARTIN CLARET/
DIVULGAÇÃO

Capa do livro 1 000 tiras


em quadrinhos: Turma
do Xaxado, de Antonio
Cedraz. São Paulo:
Martin Claret, 2012.

Por meio de tirinhas, a obra apresenta


O jornal Joca é destinado a crianças
personagens divertidos, que proporcionam
como você e a adolescentes. Ao acessar o
uma viagem pelo Sertão nordestino, levan-
site, você encontra diversas informações
do o leitor a conhecer hábitos e costumes
interessantes sobre o Brasil e o mundo,
tradicionais dessa região do Brasil. Vale a
além de jogos, histórias em quadrinhos,
pena conferir!
curiosidades, entre outros textos para se
O jogo da onça... e outras informar e se divertir.
Adaptado de Jornal Joca. Disponível em: <https://
brincadeiras indígenas www.jornaljoca.com.br/>. Acesso em: 19 nov. 2019.
PANDA BOOKS/
DIVULGAÇÃO

Revista Recreio
DIVULGAÇÃO

Capa do livro O jogo


da onça... e outras
brincadeiras indígenas,
de Antônio Barreto e
Maurício Lima. São Paulo:
Panda Books, 2010.

Ao ler este livro, você irá acompanhar


o professor Think e descobrir quais são as
brincadeiras e os jogos dos povos indígenas
A revista Recreio também é destinada
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110 CENTO E DEZ


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Acesso em: 4 fev. 2020.
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CENTO E ONZE 111


Referências

ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão & coerência. São Paulo: Parábola, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC, 2018.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 19 nov. 2019.
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna, 2000.
COSSON, Rildo. Letramento literário. In: FRADE, I. C. A. S.; VAL, M. G. C.; BREGUNCI, M. G. C. (Orgs.). Glossário
Ceale, 2014. Disponível em: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/letramento-
literario>. Acesso em: 16 nov. 2019.
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matrizes e Escalas. Disponível
em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/matrizes-e-escalas.pdf/>. Acesso em: 19 nov. 2019.
KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998.
KOCH, Ingedore Villaça. O texto e a construção dos sentidos. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2001. (Caminhos
da Linguística).
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12. ed. São Paulo: Cultrix, 2004.
ROJO, Roxane. Hipermodernidade, Multiletramentos e Gêneros Discursivos. São Paulo: Parábola, 2015.
______. (Org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
______. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim et al. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de
Letras, 2004.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. São Paulo:
Cortez, 2012.

112 CENTO E DOZE


Língua
Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL • ANOS INICIAIS

Manual do Professor

5
O
ANO
SUMÁRIO
Orientações gerais ..........................................................4
Fundamentos teórico-metodológicos de Língua Portuguesa ......................4
O que é o Saeb? ................................................................................................ 10
Organização da coleção ................................................................................. 13
Referências ...................................................................................................... 15

Orientações específicas ................................................ 16


Itinerário Matriz Saeb para o 5º ano ............................................................. 16
Descritores da Matriz de Referência para Avaliação Saeb e habilidades
da BNCC .............................................................................................................17
Unidade 1 - No dia a dia ..................................................20
Missão 1 .............................................................................................................20
Missão 2 ............................................................................................................ 21
Missão 3 ............................................................................................................22
Missão 4 ............................................................................................................22
Missão final ......................................................................................................23
Unidade 2 - Eu penso que... ............................................24
Missão 1 .............................................................................................................24
Missão 2 ............................................................................................................25
Missão 3 ............................................................................................................26
Missão 4 ............................................................................................................27
Missão final ......................................................................................................27
Unidade 3 - Uma viagem pelas palavras ........................28
Missão 1 .............................................................................................................28
Missão 2 ............................................................................................................29
Missão 3 ........................................................................................................... 30
Missão 4 ............................................................................................................ 31
Missão final ...................................................................................................... 31
Unidade 4 - Pesquisando e aprendendo ........................32
Missão 1 .............................................................................................................32
Missão 2 ............................................................................................................33
Missão 3 ............................................................................................................34
Missão final ......................................................................................................34
Referências ...................................................................35
2 Manual do Professor
CARO PROFESSOR,

A coleção Acerta Brasil busca oportunizar diferentes situações de aprendizagem


para contribuir com a formação de alunos comunicativos e conscientes, dispostos a
assumir uma postura participativa na sociedade.

Na obra, são abordados conteúdos essenciais visando ao desenvolvimento pro-


gressivo de competências, mobilizando conhecimentos e habilidades e reforçando
valores e atitudes que devem ser constituídos na Educação Básica. Os conteúdos
foram organizados a partir da associação de habilidades explicitadas pelos descritores
das Matrizes de Referência de Língua Portuguesa e de Matemática do Sistema Nacio-
nal de Avaliação da Educação Básica (Matrizes e Escalas – Saeb) e pelas habilidades
definidas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em especial, para o 2o ano do
Ensino Fundamental, foram consideradas também as habilidades da Matriz da ANA.

Os livros desta coleção atuam como um importante material de apoio comple-


mentar ao livro didático, difundindo uma metodologia de ensino e aprendizagem e
propiciando aos alunos engajamento em uma missão de aprendizagem.

Nessa perspectiva, as propostas de atividades didáticas, em conformidade com os


descritores da Matriz de Referência do Saeb, asseguram que sejam adquiridas apren-
dizagens essenciais e significativas para a vivência diária.

A coleção Acerta Brasil aborda os conteúdos da área de Língua Portuguesa e, assim,


constitui ferramenta essencial para o aprimoramento do trabalho do professor em
sala de aula.

Apoiados nesses ideais e a fim de contribuir para auxiliá-lo, propomos este orien-
tador didático, nos moldes de um manual. Nele, encontram-se os pressupostos teóri-
co-metodológicos, a organização geral da coleção e os comentários específicos para
a orientação das atividades propostas em cada um dos volumes desta coleção.

Boa jornada!

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 3


ORIENTAÇÕES GERAIS
Este Manual do Professor é indicado para os professores dos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Apresenta, inicialmente, os fundamentos teórico-metodológicos de Língua
Portuguesa, centrando em aspectos relacionados à leitura e aos gêneros textuais, além
de outras perspectivas. Após, é apresentada a organização geral da coleção e outros as-
pectos específicos desta obra. Ao final, são trazidas as orientações no Manual Específico,
a fim de auxiliar o professor na aplicação das atividades do volume.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
DE LÍNGUA PORTUGUESA
A importância da formação de leitores na Educação
Brasileira
Segundo dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), divulgados pelo
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2016,
os resultados sobre a proficiência em leitura e escrita dos alunos no final do 3o ano do
Ensino Fundamental indicaram que apenas cerca de 13% dos avaliados estavam no nível
4 de leitura, considerado o ideal. Os índices obtidos na escala de escrita revelaram que
aproximadamente 34% dos estudantes apresentaram proficiência insuficiente.
Um cenário parecido também se repetiu nos resultados do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2017, divulgados no Relatório Saeb (2019), a partir
dos testes aplicados no 5o e no 9o ano do Ensino Fundamental. A proficiência nacional
do 5o ano em Língua Portuguesa no Brasil teve média de 214,5, nível 4 da escala de
proficiência, com referencial de 0 a 9. Na escala de proficiência de Língua Portuguesa dos
estudantes do 9o ano do Ensino Fundamental, com referencial de 0 a 8, a média nacional
(258,4) situou-se no intervalo referente ao nível 3.
De modo geral, os resultados dos 3o , 5o e 9o anos do Ensino Fundamental demonstram
que há um longo caminho a ser percorrido para a melhoria das habilidades de leitura
desenvolvidas pelos alunos em cada nível das escalas de proficiência.
Os dados indicam ser fundamental que o professor se conscientize a respeito da
importância do aperfeiçoamento da proficiência leitora dos alunos, essencial para o
desenvolvimento integral do ser humano. O ato de ler é geralmente ligado aos livros e a
uma prática mais voltada ao ambiente escolar. No entanto, a leitura vai além da decodi-
ficação. Segundo Martins (1990), a leitura de mundo, a compreensão, é mais abrangente
do que a decodificação; é preciso extrapolar essa visão mecânica, pois as pessoas se
educam “mediatizadas pelo mundo” (FREIRE, 1983, p. 79), o tempo todo.
Assim, é preciso levar os alunos a refletir sobre as diversas leituras de mundo como
preponderantes na compreensão do processo de significação e significantes, dentro e
fora do mundo escolar, dos muros que circundam a escola. A leitura é o caminho para
a interação entre os interlocutores, sendo reconhecida como um processo individual e
único pelo qual um indivíduo perpassa: ler, entender, compreender gestos; decodificar
a mensagem de placas, anúncios, outdoors, dentre outros. Assim, a leitura torna-se es-
sencial ao longo da Educação Básica e no decorrer de todo o processo escolar e deve ser
intensificada e retomada em todas as áreas do conhecimento.

4 Manual do Professor
A leitura é um processo de construção de sentido, sentido dos textos e contextos, es-
tabelecido pelo leitor a partir das informações do texto e de seus conhecimentos. Assim,
é preciso que os alunos compreendam, reflitam e formem senso crítico sobre o que leem,
em um processo ativo, partindo da decodificação para o estabelecimento de relações
entre as informações decodificadas e os seus conhecimentos prévios, seu conhecimento
textual, reconhecendo a intertextualidade. Desse modo, essa ação articula-se ao tópico
III sobre a relação entre textos da Matriz Saeb para o 5o ano, quanto à habilidade de re-
conhecer informações na comparação entre textos de mesmo tema (descritor 15), bem
como aos demais procedimentos de leitura.
Antecedendo à leitura, é fundamental que os alunos façam um levantamento de hi-
póteses, comparação e reflexão em relação ao texto, dialogando com o autor. Assim,
Kleiman (2004) propõe o ensino de estratégias de leitura e procedimentos para que os
alunos leiam com objetivos determinados. Para tanto, importa discutir diferentes gêneros
textuais e traçar objetivos de leitura, a fim de que os aprendizes possam estimular sua
competência leitora e ampliar seu conhecimento de mundo e seu repertório cultural, de
modo a torná-los leitores competentes. É fundamental que a formação básica do cidadão
seja norteada mediante:

I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o


pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnolo-
gia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisi-
ção de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
BRASIL, 1996. Art.32, incisos I a III.

Do que é capaz um leitor competente? A competência


comunicativa nos dias de hoje.
A leitura deve ser estimulada e, para incentivá-la, é fundamental que os gêneros tex-
tuais e as situações de interação sejam diversificadas. No processamento do texto, im-
portam considerar: elementos linguísticos e textuais, o contexto de produção e de leitura.
Do mesmo modo, o leitor deve refletir sobre a finalidade da leitura, os conhecimentos que
ele deve mobilizar para compreender um texto e antecipar as informações que ele espera
encontrar. Conforme Kleiman (2004), deve portar-se como um leitor competente, ativo
e engajado na construção de sentido do texto.
Nesse sentido, como processadores ativos, os alunos devem construir sua proficiên-
cia em leitura mobilizando conhecimentos prévios sobre os textos a serem lidos, levan-
tando hipóteses, inferências e antecipando informações quanto ao tema, ao gênero
e ao autor, explica Solé (1998). Assim, importam estabelecer expectativas de leitura,
segundo a BNCC.

Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições anteci-


padoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus
conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o
gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, re-
cursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando
antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a
adequação das hipóteses realizadas.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 95. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2020.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 5


Atualmente, as relações de comunicação são caracterizadas pela circulação de grande e
diversificado volume de informações de várias naturezas. Nesse contexto, a capacidade de
ler e de interpretar textos de variadas linguagens — orais e escritos, verbais e não verbais —, é
imprescindível, pois, sem ela, torna-se mais difícil compreender e aproveitar as informações. A
fluência e a proficiência em leitura são chaves para o desenvolvimento cognitivo do indivíduo,
fundamental para a apropriação e produção de saberes organizados na sociedade letrada.
Desse modo, os alunos, como leitores competentes e proficientes, serão capazes de
produzir e compreender textos conforme os efeitos de sentido desejados pelo autor, além
de avaliar as situações de comunicação, desenvolvendo sua competência comunicativa.

A centralidade do texto no ensino de Língua Portuguesa


O texto, tanto na leitura quanto na escrita, deve ser considerado ponto de partida para
o ensino da Língua Portuguesa. Tal centralidade já era indicada nos Parâmetros Curricula-
res Nacionais (PCN) e continuou com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ainda,
quanto às competências específicas, a BNCC traz o texto como o lugar em que são nego-
ciados os sentidos, os valores e as ideologias:

Competências gerais da Base Nacional Comum Curricular


1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mun-
do físico, social e cultural para entender e explicar a realidade (fatos, informações,
fenômenos e processos linguísticos, culturais, sociais, econômicos, científicos, tec-
nológicos e naturais), colaborando para a construção de uma sociedade solidária.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,
incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade,
para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Desenvolver o senso estético para reconhecer, valorizar e fruir as diversas ma-
nifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também para participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar conhecimentos das linguagens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-visual
(como Libras), corporal, multimodal, artística, matemática, científica, tecnológica e digi-
tal para expressar-se e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em di-
ferentes contextos e, com eles, produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Utilizar tecnologias digitais de comunicação e informação de forma crítica, significa-
tiva, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano (incluindo as escolares) ao se comu-
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhe-
cimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao seu projeto de vida pessoal, profissional e
social, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, ne-
gociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam
os direitos humanos e a consciência socioambiental em âmbito local, regional e global,
com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, reconhecendo
suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas e com
a pressão do grupo.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazen-
do-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de origem, etnia, gênero, idade, habilidade/necessi-
dade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza, reconhecendo-se como parte
de uma coletividade com a qual deve se comprometer.

6 Manual do Professor
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, re-
siliência e determinação, tomando decisões, com base nos conhecimentos construídos
na escola, segundo princípios éticos democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. p. 18-19.

Ao trabalhar com o texto no ensino a partir da visão enunciativo-discursiva assumida


pelos documentos oficiais, é importante situar o seu contexto de produção. Os alunos, em
uma compreensão de textos ativa, devem ter contato com variadas atividades de leitura,
oralidade e produção de textos, e reconhecer as condições de produção (quem escreve, em
que contexto) e de recepção (a quem se destina, em que contexto), efetivando a relação
entre textos, tópico da Matriz Saeb. Ainda nessa concepção, o texto é considerado a partir
de seu pertencimento a um gênero textual vinculado a esferas de atividade humana espe-
cíficas. Importa considerar que os textos podem combinar variados tipos de linguagens,
sendo verbais, não verbais ou até multimodais, mesclando mais de um tipo de linguagem
(desenhos, músicas, dentre outras).
É importante que os alunos reconstruam o sentido do texto, resgatando, por meio de
pistas explícitas ou implícitas, os sentidos pretendidos pelo autor, reconhecendo as mar-
cas linguísticas de coesão e a relevância da coerência textual. A coesão e a coerência no
processamento do texto, também reforçadas como tópico de avaliação na Matriz do Saeb,
são temas importantes a serem abordados, por garantirem a conexão entre as partes e a
construção de sentido no texto.

Gêneros textuais e ensino de Língua Portuguesa e os


Multiletramentos
Os gêneros textuais são definidos como enunciados mais ou menos estáveis, caracte-
rizados por suas funções sociais e comunicativas, conforme Bakhtin (1992).
Quanto às características dos gêneros, o tema trata sobre o conteúdo (do modo como é
tratado pelo autor/falante), o estilo diz respeito ao vocabulário, à estrutura das frases, à lingua-
gem do mais formal ao mais informal, e a forma de composição é ligada à estrutura do texto, à
coesão e à coerência. Os gêneros estão vinculados às esferas de circulação, conforme os PCN
e a BNCC, como a esfera íntima, em que circulam os bilhetes, diários, entre outros.
Os tipos textuais são cinco: narração, argumentação, exposição, descrição e injunção.
São usados para classificar os textos segundo suas características linguísticas e gramaticais.
Outro elemento a ser esclarecido aos alunos são os portadores ou suportes de gêneros, que
servem de fixação dos gêneros, para que possam circular na sociedade. Quanto ao suporte/
portador, Marcuschi apresenta sua definição:

Definição de suporte: entendemos aqui como suporte de um gênero um locus


físico ou virtual com formato específico que serve de base ou ambiente de fixação
do gênero materializado como texto. Pode-se dizer que suporte de um gênero é uma
superfície física em formato específico que suporta, fixa e mostra um texto.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.
São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p. 174.

Assim, os gêneros são vinculados a um suporte. Alguns exemplos de portadores ou su-


porte são os jornais, outdoors, blogs, livros, entre outros.
Na abordagem dos textos, é importante ir além dos gêneros da esfera escolar, am-
pliando a abordagem para outras esferas de atividades, levando os alunos a reconhecer
a função social da escrita e a leitura como fonte de informação e prazer. Nesse sentido, é
importante que os alunos interpretem os textos além da linguagem textual, desenvolvendo

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 7


a observação a partir de materiais gráficos diversos, conforme estabelece o descritor 5 da
Matriz do Saeb para o 5o ano.
No ensino centrado nos textos e gêneros textuais, é essencial que o professor se con-
centre na seleção de textos apropriados para se trabalhar em cada ano de escolaridade.
Nesse sentido, é preciso:
▶ atentar-se aos temas, gêneros textuais, vocabulário e extensão de texto mais adequa-
dos a cada faixa etária;
▶ diversificar os gêneros explorados;
▶ orientar os alunos na seleção de textos e gêneros de acordo com o objetivo de leitura
(pesquisa, diversão etc.).
Desse modo, na organização do trabalho pedagógico, é preciso ter claras as habilidades
a serem expandidas a cada ano e os gêneros adotados conforme os objetivos do professor
e as propostas de atividades. Em consonância com o tópico II da Matriz do Saeb do 5o ano
que categoriza os descritores de habilidades ligadas ao gênero, ao suporte e ao enunciador
na compreensão do texto, reforça-se a importância da reflexão quanto a esses temas no
ensino de Língua Portuguesa. Tais ações contribuem ampliando o letramento dos alunos,
como estabelece a BNCC.
Tratando-se de Língua Portuguesa, assim como a BNCC, o conceito de multiletramentos
traz o aluno para a dinâmica de práticas sociais, fomentando as diversas possibilidades de
interação, perpassando pela escrita e ampliando o processo de aprendizado por meio da
linguagem de computadores (computacional), literário, digital, tecnológico e muitos outros,
mas todos no sentido de efetivar a comunicação social, com os usos da linguagem verbal
(falada e escrita), verbo-visual, sonoros e visuais. A professora Roxane Rojo diz (2014):

E isso se dá porque hoje dispomos de novas tecnologias e ferramentas de “leitu-


ra-escrita”, que, convocando novos letramentos, configuram os enunciados/textos em
sua multissemiose (multiplicidade de semioses ou linguagens), ou multimodalidade.
São modos de significar e configurações que se valem das possibilidades hipertex-
tuais, multimidiáticas e hipermidiáticas do texto eletrônico e que trazem novas feições
para o ato de leitura: já não basta mais a leitura do texto verbal escrito – é preciso co-
locá-lo em relação com um conjunto de signos de outras modalidades de linguagem
(imagem estática, imagem em movimento, som, fala) que o cercam, ou intercalam
ou impregnam. Esses textos multissemióticos extrapolaram os limites dos ambientes
digitais e invadiram, hoje, também os impressos (jornais, revistas, livros didáticos).
ROJO, Roxane. Textos multimodais. In: FRADE, I. C. A. S.; VAL, M. G. C.; BREGUNCI, M. G. C. (Orgs.).
Glossário Ceale. 2014. Disponível em: <http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/ glossarioceale/
verbetes/textos-multimodais>. Acesso em: 17. mar. 2020.

Avaliação: diagnóstico e acompanhamento das


aprendizagens
A avaliação deve ser entendida como uma ação realizada a fim de examinar o conhe-
cimento adquirido pelos alunos, para que o professor possa orientar o processo de en-
sino-aprendizagem. Por meio dela, é possível reconhecer em que estágio se encontra o
processo de aprendizagem dos alunos. Para que cumpra sua função pedagógico-didática,
é necessário um encadeamento contínuo e diversificado de avaliação, partindo do conhe-
cimento dos alunos e dos objetivos traçados para cada conteúdo.
A prática avaliativa pode ser realizada de diferentes maneiras. Entre elas, citamos:
▶ avaliação diagnóstica (formativa) – deve ser realizada no início de um determinado mo-
mento da escolaridade, a fim de identificar os conhecimentos prévios dos alunos. Desse
modo, auxilia como ponto de partida na abordagem de conteúdo. Especificamente nos

8 Manual do Professor
processos de ensino e aprendizagem da palavra escrita, permite diagnosticar o estágio
em que os alunos se encontram quanto à leitura e à escrita (pré-silábico, silábico, silá-
bico-alfabético, alfabético), permitindo a busca de intervenções mais adequadas. Para
essa finalidade, importa selecionar atividades para identificar a capacidade de decodi-
ficação (leitura silabada; decodificação com fluência e compreensão do sentido; leitura
somente no nível da palavra, recuperando alguns significados; leitura fluente, entre ou-
tras). A partir desse panorama dos alunos, o professor pode propor intervenções didáti-
cas mais assertivas.
▶ Avaliação somativa – por meio dessa avaliação, é possível verificar o rendimento
para realizar um balanço geral, ao final de uma etapa de aprendizagem, permitindo
um diagnóstico de aprendizado em um período mais longo. Ela sintetiza as apren-
dizagens do aluno.

Avaliações externas
As avaliações externas buscam mensurar competências e habilidades que devem ser
adquiridas em determinadas etapas da escolarização.
A avaliação de larga escala, um tipo de avaliação externa, compõe um dos instrumentos
para indicação de resultados educacionais. Ela apresenta como objetivo demonstrar o de-
sempenho dos alunos e o contexto social e econômico das escolas por meio de indicadores
(representados por valores estatísticos). Esses resultados possibilitam a implementação de
políticas públicas. Dessa maneira, busca garantir a qualidade na educação, além de apre-
sentar um cenário do desempenho educacional.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 9


O QUE É O SAEB?
O Saeb, denominado Prova Brasil até 2018, é um conjunto de avaliações externas de
larga escala que apresenta a função de realizar um diagnóstico da Educação Básica bra-
sileira, fornecendo indicadores que subsidiam a criação e o monitoramento das políticas
educacionais. As provas aplicadas pelo governo durante toda a Educação Básica tinham
três denominações diferentes: Prova Brasil, Saeb e Avaliação Nacional da Alfabetização
(ANA). Os exames também tinham calendários diferentes. Em 2018, o Ministério da Edu-
cação (MEC) decidiu unificar o nome e as datas de aplicação – todos passaram a ser
chamados de Saeb.
Por meio dos resultados do Saeb, é possível calcular, junto ao Censo Escolar, o Ideb,
indicando o nível de qualidade no ensino. A prova do Saeb é realizada pelo Inep, que, por
sua vez, é vinculado ao MEC.

Como é a prova Saeb?


As provas de Língua Portuguesa e de Matemática do Saeb são compostas por questões
de múltipla escolha. As avaliações dos alunos do 5o ano são constituídas por 22 itens de
Língua Portuguesa e 22 questões de Matemática. Já os estudantes do 9o ano do Ensino
Fundamental e da 3a e 4a séries do Ensino Médio respondem a 26 itens de Língua Portugue-
sa e 26 de Matemática. A partir de 2019, uma amostra de estudantes do 2o ano do Ensino
Fundamental passou a realizar testes e os alunos do 9o ano da mesma etapa resolveram
provas de Ciências da Natureza (CN) e Ciências Humanas (CH).
A avaliação, realizada a cada dois anos, conta, também, com os questionários contex-
tuais, aplicados aos alunos, professores, diretores e secretários municipais e estaduais de
educação. Nesses questionários, coletam-se informações sobre fatores socioeconômicos
e de contexto que auxiliam na compreensão dos resultados dos testes aplicados.

Matriz de Referência X Matriz Curricular


A Matriz de Referência, denominação utilizada nas avaliações em larga escala, indica
as habilidades esperadas conforme a etapa da escolarização, orientando a elaboração de
provas e testes. A Matriz Curricular, por sua vez, especifica os componentes curriculares
dentro do Projeto Pedagógico de uma instituição de ensino, estabelecendo a teoria, as me-
tas e os conceitos a serem trabalhados ao longo do ano.
Nesse sentido, é importante ter claro que a Matriz de Referência difere do currículo a
ser desenvolvido pelo professor em sala de aula, tendo em vista que ela não contempla na
totalidade os conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais imprescindíveis para
uma formação integral do aluno do Ensino Fundamental. As Matrizes de Referência são
organizadas em descritores, que, por sua vez, descrevem as habilidades esperadas e orien-
tam os itens das provas de cada disciplina, como as de Língua Portuguesa.

Matriz de Referência para Avaliação de Língua Portuguesa


A Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb, com foco na capacidade leitora
do aluno, é estruturada em duas partes: o objeto do conhecimento, organizado em seis tó-
picos mais amplos, e os descritores de habilidades que são vinculados a esses temas. Esses
descritores indicam habilidades a serem desenvolvidas e que serão objeto de avaliação.
Na avaliação de Língua Portuguesa, a Matriz de Referência traz descritores de habilida-
des centrados na perspectiva do texto e de seu processamento de uso, tidas como essen-
ciais em situações de leitura na interação com os textos verbais e não verbais.
Os descritores especificam as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos e orien-
tam a elaboração de itens em testes das áreas de conhecimento, conforme cada período
escolar avaliado. Os resultados são apresentados em uma escala de proficiência e, a partir

10 Manual do Professor
das respostas dadas aos itens, é possível verificar quais habilidades previstas na matriz
foram de fato desenvolvidas. Desse modo, podem colaborar na intervenção pedagógica, no
sentido de levar o professor a repensar estratégias para conduzir os alunos a desenvolver
essas aprendizagens.
Os tópicos que compõem a Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb são
descritos a seguir. Logo após, são listados os descritores aos quais esses tópicos estão
vinculados.

Tópico I. Procedimento de leitura


Conjunto de conteúdos relacionados aos procedimentos fundamentais do ato de ler:
identificação de informações explícitas e implícitas no texto, localização e compreen-
são de vocabulário e interpretação global da informação trazida no texto.

Tópico II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do


enunciador na compreensão do texto
Relaciona-se ao texto em sua caracterização como gênero discursivo específico: sua
estrutura, sua organização, o suporte em que aparece e a forma como é veiculado.

Tópico III. Relação entre textos


Diz respeito à intertextualidade, ao conjunto de relações de sentido explícitas e implí-
citas que um texto mantém com outro.

Tópico IV. Coerência e coesão no processamento do texto


Tópico relacionado à ligação de sentidos no texto; os recursos gramaticais para estabe-
lecer a progressão de informações.

Tópico V. Relação entre recursos expressivos e efeitos de


sentido
Esse tópico diz respeito ao efeito expressivo nos textos: o uso de recursos lexicais (pa-
lavras, expressões), fonológicos (relação entre letra e som) e notacionais (pontuação
e sinais gráficos).

Tópico VI. Variação linguística


Neste tópico, buscam-se identificar as marcas que caracterizam a relação entre os pro-
dutores e os interlocutores do texto, levando em consideração a variação no uso da
língua, conforme aspectos de tempo, espaço e sociais, e o perfil dos falantes (diferenças
no falar entre homens, mulheres, crianças, idosos).

Descritores de Língua Portuguesa para os Anos Iniciais do


Ensino Fundamental
A Matriz de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa do Saeb para os Anos Ini-
ciais do Ensino Fundamental é composta por 15 descritores, detalhados a seguir, conforme
os tópicos aos quais se relacionam.

Tópico I. Procedimentos de leitura


D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
D6 – Identificar o tema de um texto.
D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 11


Tópico II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do
enunciador na compreensão do texto
D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos,
foto etc.).
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Tópico III. Relação entre textos


D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de tex-
tos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.

Tópico IV. Coerência e coesão no processamento do texto


D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substi-
tuições que contribuem para a continuidade de um texto.
D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
D8 – Estabelecer relação causa-consequência entre partes e elementos do texto.
D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjun-
ções, advérbios etc.

Tópico V. Relações entre recursos expressivos e efeitos de


sentido
D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

Tópico VI. Variação linguística


D10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um
texto.

Como os resultados dos alunos são classificados?


O resultado da avaliação da prova Saeb é apresentado por meio de pontos em uma esca-
la de proficiência (nível 0 ao 9). Essa escala, denominada Escala Saeb, situa o aprendizado
dos alunos conforme as competências de leitura e interpretação e resolução de problemas
matemáticos.
A escala de desempenho dos estudantes pode ser comparada a uma régua, constituída
com base nos padrões selecionados para os itens da avaliação. A descrição desses itens, a
cada intervalo da escala, aproxima-se das habilidades esperadas. Os resultados são utiliza-
dos para calcular o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O que é Ideb? Qual é a meta da escola com relação ao Ideb?


O Ideb é um indicador de desempenho utilizado para avaliar a qualidade da Educação
Básica no Brasil. O índice da avaliação varia de 0 a 10. Ele é calculado a partir dos dados
sobre o fluxo escolar (reprovação / distorção de idade e série / abandono) obtidos por meio
do Censo Escolar, e das médias de desempenho nos exames do Saeb.
Ainda, o Ideb estabelece metas diferenciadas para cada escola e rede de ensino, cal-
culadas de formas individual, com o objetivo de alcançar seis pontos até 2022, média dos
sistemas educacionais de países desenvolvidos.

12 Manual do Professor
ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO
A coleção Acerta Brasil é destinada aos alunos, professores e gestores que buscam apri-
morar o desempenho em avaliações externas. Cada um dos quatro volumes (2o ao 5o ano) da
coleção está organizado em quatro Unidades Temáticas. A abordagem dos descritores da Ma-
triz Saeb nessas Unidades tem como pano de fundo os Campos de Atuação, relacionados às
práticas de linguagem estabelecidas pela BNCC para os Anos Iniciais: Campo da vida cotidiana,
Campo da vida pública, Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e pesquisa.
Cada Unidade é iniciada por duas páginas de Abertura, ilustradas de acordo com a temá-
tica dos Campos de Atuação da BNCC. Ainda na Abertura, nos boxes Entendendo a Unidade
e Ponto de Partida, são apresentados, respectivamente, uma situação e alguns questiona-
mentos para que o professor desenvolva estratégias de leitura de imagens junto aos alunos,
a partir do levantamento de hipóteses e da ativação dos conhecimentos prévios a respeito
dos temas das Unidades, além de serem antecipados os gêneros que serão estudados e
estão relacionados a essas temáticas.
Após a Abertura de Unidade, a Missão apresenta um desafio que está diretamente re-
lacionado ao descritor. Para o desenvolvimento desse descritor – dada a centralidade do
gênero textual no ensino de Língua Portuguesa, com suas funções sociais e comunicativas,
além do fato de os alunos estarem se apropriando de muitos deles – propõe-se, a cada
Missão, a leitura de textos de um gênero relacionado ao Campo de Atuação da Unidade.
Na seção Aquecendo, é proposta a leitura de um exemplar do gênero selecionado para a
Missão, seguida de atividades relacionadas a esse gênero. Essas atividades têm como ob-
jetivo preparar os alunos, ou “aquecê-los”, para a seção Valendo!, quando o descritor será
devidamente explorado.
Após as atividades, o boxe Baú do conhecimento resume e sistematiza algumas carac-
terísticas do gênero textual estudado. Vencido esse desafio, no boxe Prepare-se! os alunos
recebem novas indicações de estratégias de leitura para desenvolver o descritor trabalhado
na Unidade, preparando-os para a próxima fase.
A seção Valendo! traz atividades com foco no descritor; os alunos são estimulados a trei-
nar o desenvolvimento de habilidades com base na leitura do texto estudado no Aquecendo
ou, agora que já estão familiarizados, com outros textos do gênero. Para tanto, são propostas
questões de múltipla escolha contendo quatro alternativas, formuladas nos moldes da Pro-
va Saeb. Nessa seção, o boxe Sugestão fornece indicações para a resolução das atividades.
Em Missão final, por meio da leitura de um ou mais textos dos gêneros do Campo de
atuação selecionado para a Unidade, são propostas atividades que avaliam os descritores
estudados de forma articulados.
Finalmente, o aluno, ao cumprir a missão proposta, completa a experiência de leitura de
diversos gêneros do mesmo campo.
O Manual do Professor, organizado em duas partes, apresenta, na primeira, os pressu-
postos teóricos e metodológicos que norteiam a coleção e a relação do material com a
Matriz de Referência do Saeb e com as habilidades da BNCC, esclarecendo algumas no-
menclaturas relacionadas a essas avaliações.
Na segunda parte, traz o Manual Específico, apresentando o Itinerário Matriz Saeb, um
sumário dos descritores por tópicos (que organizam os descritores da Matriz Saeb), siste-
matizando o mapeamento dos temas discutidos na coleção, além de orientações didáticas
específicas para o desenvolvimento da dinâmica do trabalho do professor.

A Matriz Saeb e a BNCC


A BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo, elaborado por
especialistas de várias áreas de conhecimento em diálogo com os professores. Assim, ele
busca garantir o desenvolvimento integral dos alunos, definindo um conjunto de aprendi-
zagens essenciais que devem ser desenvolvidas ao longo da Educação Básica.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 13


A BNCC está estruturada em dez Competências Gerais. De acordo com o documento,
competência é definida como:

[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades


(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do traba-
lho.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 8.

Tais competências consubstanciam direitos de aprendizagem e desenvolvimento, no


âmbito pedagógico. Nesse sentido,

A partir das Competências Gerais, cada área do conhecimento apresenta suas


competências específicas e seus componentes curriculares. Dessa maneira, essas
competências da BNCC vão ao encontro dos termos estabelecidos pela Lei de Diretri-
zes e Bases da Educação Nacional (LDB), “[...] articulando-se na construção de conhe-
cimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores”.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. p. 9.

Esta coleção tem como meta o desenvolvimento dessas competências, apoiando-se


nas competências específicas de Língua Portuguesa determinadas pela BNCC, aliadas às
habilidades e competências descritas pelos descritores da Matriz do Saeb.

A articulação da Matriz Saeb com a BNCC como parâmetro de


reformulação da coleção
Na concepção da reformulação da coleção Acerta Brasil, os descritores de habilidades
listados na Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Saeb e na BNCC de Língua Portu-
guesa no Ensino Fundamental – Anos Iniciais – foram articulados e tomados como parâme-
tros para a formulação dos conteúdos e para a seleção das atividades.
A organização da coleção enfoca a Matriz de Referência do Saeb, que é voltada para a
avaliação do índice de proficiência dos alunos do 5o e 9o ano do Ensino Fundamental e da
3ª série do Ensino Médio. Porém, na construção e atualização deste material, foi necessário
realizar um desdobramento dessa matriz para os demais anos de escolaridade, em uma
ação realizada à luz da BNCC, que indica habilidades essenciais a serem desenvolvidas ao
longo de determinado seguimento.
Embora não seja uma matriz de avaliação, a BNCC é um documento normativo impres-
cindível, que indica as habilidades a serem desenvolvidas pelos alunos, e esse fato norteou
a decisão de inclusão desse parâmetro como referência para a reformulação.
A articulação entre os descritores Saeb e as habilidades da BNCC ancorou a renovação
da proposta metodológica desta coleção. No Manual Específico, são listadas as habilidades
da BNCC e os descritores Saeb por ano, organizados em quadros específicos. Nesse sentido,
no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, na seleção e elaboração do conteúdo, foram rela-
cionados três elementos: habilidades do Saeb, habilidades listadas na BNCC e os gêneros
e tipos textuais associados a essas habilidades.

Tópicos e habilidades Gêneros e tipologias


Saeb associados às
habilidades
→ Habilidades BNCC → textuais associados
às habilidades

Especificamente para o 2o ano do Ensino Fundamental, as habilidades da Matriz da ANA


foram também consideradas.

14 Manual do Professor
REFERÊNCIAS
▶ BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
▶ BORTONI-RICARDO, Stella M.; CASTANHEIRA, Salete F.; MACHADO, Veruska R.
A formação do professor como agente letrador. São Paulo: Contexto, 2010.
▶ BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
▶ BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portugue-
sa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
▶ BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Relatório Saeb [recurso eletrônico]. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira, 2019.
▶ BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Relatório Saeb/ANA 2016: panorama do Brasil e dos estados. Brasília: Instituto Nacio-
nal de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2018.
▶ BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Avaliação Nacional da Alfabetização. Edição 2016. Brasília, Ministério da Educação,
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2017.
▶ BRASIL. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal,
Coordenação de Edições Técnicas, 2017.
▶ FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1985.
▶ FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 13. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
▶ INEP-MEC – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Cartilha do Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb), 2019. Disponí-
vel em: <http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/-/asset_publisher/
6JYIsGMAMkW1/document/id/6734620>. Acesso em: 25 mar. 2020.
▶ KLEIMAN, Angela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 9. ed. São Paulo: Pon-
tes, 2004.
▶ MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO,
A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). Gêneros textuais & ensino. São Paulo:
Parábola Editorial, 2010. p. 19-38.
▶ ______, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
▶ MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. 12. ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.
▶ SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de
Educação. Rio de Janeiro, n. 25, abr. 2004.
▶ ______, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 4. ed. Belo Horizonte: Autên-
tica, 2010.
▶ SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 15


ORIENTAÇÕES
ESPECÍFICAS
ITINERÁRIO MATRIZ SAEB PARA O 5º ANO
Este sumário apresenta os descritores desenvolvidos ao longo do volume, agrupados
por tópicos. A consulta deste sumário é uma alternativa para o planejamento das suas au-
las, pois permite abordar os descritores na ordem apresentada pela Matriz de Referência
para Avaliação.

Tópico I. Procedimentos de leitura

Descritor 1 – Localizar informações explícitas em um texto. Páginas 15 a 19

Descritor 3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Páginas 90 a 96

Descritor 4 – Inferir uma informação implícita em um texto. Páginas 62 a 70

Descritor 6 – Identificar o tema de um texto. Páginas 24 e 25

Descritor 11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato. Páginas 43 a 47

Tópico II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador


na compreensão do texto

Descritor 2 – Estabelecer relações entre partes de um texto,


identificando repetições ou substituições que contribuem para a Páginas 97 a 102
continuidade de um texto.

Descritor 5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico


Páginas 10 a 14
diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.).

Descritor 7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos


Páginas 79 a 83
que constroem a narrativa.

Descritor 8 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes


Páginas 48 a 51
e elementos do texto.

Descritor 9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Páginas 103 a 107

Descritor 10 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o


Páginas 56 a 61
locutor e o interlocutor de um texto.

Descritor 12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no


Páginas 37 a 42
texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

16 Manual do Professor
Descritor 13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados. Páginas 20 a 23

Descritor 14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da


Páginas 71 a 78
pontuação e de outras notações.

Descritor 15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma


informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema,
Páginas 30 a 36
em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em
que será recebido.

DESCRITORES DA MATRIZ DE REFERÊNCIA


PARA AVALIAÇÃO SAEB E HABILIDADES
DA BNCC
Com a finalidade de capacitar os alunos para a prova do Saeb, foram propostas neste
volume da coleção diversas atividades que favorecem o desenvolvimento e a prática dos
15 descritores previstos na Matriz de Referência para Avaliação em Língua Portuguesa para
os anos iniciais do Ensino Fundamental. Associadas a esses descritores, algumas das ha-
bilidades da BNCC também foram exploradas no volume. Veja a seguir um quadro com a
proposta de articulação entre os descritores e as habilidades.

Tópico I. Procedimentos de leitura

Descritor 1 – Localizar informações explícitas EF15LP03: Localizar informações


em um texto. explícitas em textos.

EF35LP05: Inferir o sentido de palavras


Descritor 3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressões desconhecidas em
ou expressão. textos, com base no contexto da frase
ou do texto.

EF35LP04: Inferir informações


implícitas nos textos lidos.

Descritor 4 – Inferir uma informação implícita EF35LP23: Apreciar poemas e outros


em um texto. textos versificados, observando rimas,
aliterações e diferentes modos de
divisão dos versos, estrofes e refrões e
seu efeito de sentido.

EF35LP03: Identificar a ideia central


Descritor 6 – Identificar o tema de um texto. do texto, demonstrando compreensão
global.

EF05LP16: Comparar informações


Descritor 11 – Distinguir um fato da opinião sobre um mesmo fato veiculadas em
relativa a esse fato. diferentes mídias e concluir sobre qual
é mais confiável e por quê.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 17


Tópico II. Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador
na compreensão do texto

EF15LP18: Relacionar texto com


ilustrações e outros recursos gráficos.

EF05LP09: Ler e compreender, com


Descritor 5 – Interpretar texto com auxílio autonomia, textos instrucionais de
de material gráfico diverso (propagandas, regras de jogo, entre outros gêneros
quadrinhos, foto etc.). do campo da vida cotidiana, de acordo
com as convenções do gênero e
considerando a situação comunicativa
e a finalidade do texto.

EF15LP01: Identificar a função


social de textos que circulam em
campos da vida social dos quais
participa cotidianamente (a casa, a
Descritor 9 – Identificar a finalidade de textos
rua, a comunidade, a escola) e nas
de diferentes gêneros.
mídias impressa, de massa e digital,
reconhecendo para que foram
produzidos, onde circulam, quem os
produziu e a quem se destinam.

Tópico III. Relação entre textos

Descritor 15 – Reconhecer diferentes formas


EF05LP16: Comparar informações
de tratar uma informação na comparação de
sobre um mesmo fato veiculadas em
textos que tratam do mesmo tema, em função
diferentes mídias e concluir sobre qual
das condições em que ele foi produzido e
é mais confiável e por quê.
daquelas em que será recebido.

Tópico IV. Coerência e coesão no processamento do texto

EF35LP06: Recuperar relações entre


partes de um texto, identificando
Descritor 2 – Estabelecer relações entre
substituições lexicais (de substantivos
partes de um texto, identificando repetições
por sinônimos) ou pronominais (uso
ou substituições que contribuem para a
de pronomes anafóricos – pessoais,
continuidade de um texto.
possessivos, demonstrativos) que
contribuem para a continuidade do texto.

EF35LP29: Identificar, em narrativas,


cenário, personagem central, conflito
Descritor 7 – Identificar o conflito gerador
gerador, resolução e o ponto de
do enredo e os elementos que constroem a
vista com base no qual histórias são
narrativa.
narradas, diferenciando narrativas em
primeira e terceira pessoas.

18 Manual do Professor
EF05LP07: Identificar, em textos, o
Descritor 8 – Estabelecer relação causa/ uso de conjunções e a relação que
consequência entre partes e elementos do estabelecem entre partes do texto:
texto. adição, oposição, tempo, causa,
condição, finalidade.

EF05LP07: Identificar, em textos, o


Descritor 12 – Estabelecer relações lógico- uso de conjunções e a relação que
-discursivas presentes no texto, marcadas por estabelecem entre partes do texto:
conjunções, advérbios etc. adição, oposição, tempo, causa,
condição, finalidade.

Tópico V. Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

EF15LP14: Construir o sentido de


histórias em quadrinhos e tirinhas,
Descritor 13 – Identificar efeitos de ironia ou
relacionando imagens e palavras e
humor em textos variados.
interpretando recursos gráficos (tipos
de balões, de letras, onomatopeias).

EF05LP04: Diferenciar, na leitura


de textos, vírgula, ponto e vírgula,
Descritor 14 – Identificar o efeito de sentido
dois-pontos e reconhecer, na leitura
decorrente do uso da pontuação e de outras
de textos, o efeito de sentido que
notações.
decorre do uso de reticências, aspas,
parênteses.

Tópico VI. Variação linguística

EF35LP23: Apreciar poemas e outros


Descritor 10 – Identificar as marcas textos versificados, observando rimas,
linguísticas que evidenciam o locutor e o aliterações e diferentes modos de
interlocutor de um texto. divisão dos versos, estrofes e refrões e
seu efeito de sentido.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 19


gens e outros recursos gráficos nas regras de jogo e realizar
UNIDADE 1 leituras significativas desses elementos favorecem o desen-
volvimento da competência leitora e contribuem para que o
descritor 5 e as habilidades EF15LP18 e EF05LP09 da BNCC
NO DIA A DIA sejam contempladas.

O objetivo desta Unidade é levar os alunos a se tornarem Habilidades da BNCC


leitores mais competentes ao desenvolver as habilidades ▶ EF15LP18: Relacionar texto com ilustrações e outros re-
previstas pelos descritores 1, 5, 6 e 13, tendo como base a lei- cursos gráficos.
tura e a compreensão de gêneros diversos do campo da vida ▶ EF05LP09: Ler e compreender, com autonomia, textos
cotidiana. Nesse sentido, por meio de regras de jogo, os alu- instrucionais de regras de jogo, entre outros gêneros do
nos são orientados a interpretar texto com auxílio de mate- campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções
rial gráfico diverso (descritor 5); a partir da leitura de resenha do gênero e considerando a situação comunicativa e a
crítica, são levados a localizar informações explícitas finalidade do texto.
(descritor 1); com a leitura de história em quadrinhos, eles
têm a oportunidade de identificar os efeitos de ironia ou hu-
mor (descritor 13); e, por fim, o estudo do cartum favorece
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
a habilidade de localizar temas em um texto (descritor 6).
1. Resposta pessoal. Oriente os alunos, antes de realizar a Objetivos da Missão
atividade, a observar atentamente a imagem apresentada, a • Compreender as características de uma regra
fim de que eles identifiquem cada uma das ações praticadas de jogo.
pelas pessoas no parque. Aproveite esta oportunidade e ques-
• Relacionar linguagem verbal e não verbal para
tione se eles costumam jogar algum dos jogos ou brincadeiras
compreender regra de jogo.
representados na imagem e qual deles é o preferido da turma.
2. Resposta pessoal. Incentive os alunos a compartilhar
suas preferências de jogos com os colegas e a observar qual Links para outros sites
jogo foi mais citado pela turma.
Para saber mais sobre os textos multimodais, acesse o
3. Possíveis respostas: é possível aprender um jogo por link a seguir, extraído do Glossário Ceale.
meio de regras de jogo, com a ajuda de um amigo, ao assistir • Disponível em: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/
a um tutorial em vídeo etc. webroot/glossarioceale/verbetes/textos-multimo-
4. Resposta pessoal. Incentive o compartilhamento das dais>. Acesso em: 23 fev. 2020.
preferências de personagens de HQ. Se preferir, peça que os
alunos façam um desenho de seus personagens preferidos, Aquecendo ▶ Páginas 10 a 12
apresentando-os visualmente à turma, que pode adivinhar
O estudo de regras de jogo na escola, levando os alunos a
qual personagem está representado. Pergunte a eles o que
compreender as características estruturais e discursivas de
mais gostam nessas histórias, se eles se divertem ao lê-las etc.
gêneros instrucionais, é importante para o desenvolvimento
da competência leitora. Além disso, incentiva a realização
de jogos de regras entre os alunos, estimulando neles o sen-
MISSÃO 1 .......................................Páginas 10 a 14 so de coletividade, o trabalho em grupo, o respeito às regras
e ao espaço do outro e a empatia. Nesse sentido, verifique
D5 – Interpretar texto com auxílio de material grá-
com a coordenação e a direção da escola um espaço ade-
fico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.). quado e um dia e horário para realizar os jogos apresenta-
Em alguns gêneros multissemióticos, como as histórias dos na Unidade com os alunos, a fim de engajá-los na reali-
em quadrinhos e os cartuns, a presença de imagens e outros zação das atividades.
recursos gráficos contribuem para a construção dos sentidos
do texto, a qual decorre da relação que se estabelece entre Valendo! ▶ Páginas 13 e 14
as linguagens (verbais e não verbais). Dessa forma, tanto a
linguagem verbal quanto a não verbal são importantes para a Durante a resolução das atividades, espera-se que os
compreensão textual e devem ser analisadas na relação que alunos consigam relacionar as ilustrações às etapas do
se estabelece. O gênero escolhido para o estudo do descritor jogo, realizando a análise das imagens. Para isso, peça a
é a regra de jogo. Assim, reconhecer a importância de ima- eles que observem atentamente cada uma das imagens e,

20 Manual do Professor
na sequência, localizem qual trecho do texto refere-se a ela. tir a um filme. Após a leitura, indague-os se a resenha lida
Leve-os a observar em cada ilustração: o espaço em que despertou neles o interesse pelo filme ou não e o porquê.
o jogo está sendo realizado, a quantidade de jogadores, a Oriente-os, durante a leitura das resenhas, a observar as pa-
função e a posição de cada um deles. lavras e expressões empregadas para caracterizar o filme/
O comentário a seguir refere-se às atividades da página 13. livro ou os elementos do filme/livro. Peça a eles que subli-
nhem essas expressões e concluam se elas atribuem um
1. Os alunos devem relacionar o texto à segunda imagem, re- valor positivo ou negativo às obras.
conhecendo a função do jogador que desempenha o papel
de cabeça da mamba: capturar os demais jogadores. É im- Prepare-se! ▶ Página 17
portante destacar que essa atividade prepara os alunos para
que eles cheguem à conclusão da resposta da atividade 2, Se necessário, oriente os alunos a identificar os parágra-
reconhecendo a importância das imagens em regras de jogo. fos do texto, retomando com eles esse conceito e verifique,
ao final, se a numeração está correta. Leve-os a concluir que
Os comentários a seguir referem-se às atividades da pá-
as informações que aparecem imediatamente após o título
gina 14.
não são parágrafos, mas trazem informações importantes
1. É importante que os alunos percebam que a ilustração sobre a resenha: a área de atuação na qual ela se insere, o
da regra do jogo contextualiza o leitor, mostrando os ele- nome da autora e palavras-chave.
mentos importantes para a realização do jogo, como o es-
paço e os jogadores e, ainda, a finalidade. Valendo! ▶ Páginas 17 a 19
2. Nesta atividade, os alunos devem relacionar o texto à Antes da leitura da resenha apresentada nas páginas 17 e
imagem, reconhecendo o objetivo do jogo. 18, informe aos alunos que no Brasil a primeira notícia sobre
a menina Myriam foi publicada no jornal Joca, destinado a
MISSÃO 2 ..................................... Páginas 15 a 19 crianças e adolescentes. Após a publicação, os jovens lei-
tores escreveram ao jornal manifestando o desejo de que
D1 – Localizar informações explícitas em um texto. esse livro fosse publicado no Brasil. A fundadora do jornal,
Neste momento, os alunos serão levados a realizar uma Stéphanie Habrich, diante de tantos pedidos dos leitores,
importante estratégia de leitura, a localização de informa- entrou em contato com a editora DarkSide e, em 2018, o
ções explícitas no texto. Essa estratégia, articulada a outras, livro O diário de Myriam foi traduzido para o português e
contribui para o desenvolvimento da competência leitora publicado no Brasil, agradando, assim, os jovens leitores.
dos alunos e, justamente por isso, precisa ser explorada com
1. Peça aos alunos que releiam o terceiro parágrafo da rese-
eles. Ao serem levados a localizar informações explícitas em
nha crítica, a fim de perceber que o ponto comum entre as
resenhas, os alunos desenvolvem o descritor 1 e a habilida-
meninas citadas é o fato de elas terem registrado de forma
de EF15LP03.
poderosa e comovente em diários os horrores da guerra
Habilidade da BNCC (Segunda Guerra Mundial e Guerra na Síria). Para solucionar
esta atividade, as crianças devem analisar os sentidos dos
▶ EF15LP03: Localizar informações explícitas em textos. adjetivos empregados nas alternativas, a fim de compreen-
der qual delas é a resposta correta.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 2. Sugira aos alunos que releiam o quinto parágrafo do
texto, identificando a informação solicitada. Peça-lhes que
Objetivos da Missão contornem os substantivos principais das alternativas (pes-
simismo, otimismo, crescimento e tristeza) e verifiquem
• Compreender as características de uma resenha qual deles revela a informação.
crítica.
• Retomar ideias do texto, localizando as informa- 3. Peça aos alunos que releiam o sexto parágrafo do texto
ções explícitas. e identifiquem que o jornalista colaborou com o enrique-
cimento da linguagem do diário escrito por Myriam, tendo,
portanto, ajudado a menina na organização e publicação do
livro. Para responder a essa atividade, oriente-os a observar
Aquecendo ▶ Páginas 15 e 16 com atenção as formas verbais empregadas nas alternati-
vas (ajudou, escreveu, publicou e traduziu). Reconhecer o
Antes da leitura da resenha, questione os alunos se eles sentido dos verbos é fundamental para responder com cla-
têm o hábito de ler resenhas antes de ler um livro ou assis- reza à questão.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 21


Baú do conhecimento ▶ Página 19 Valendo! ▶ Páginas 22 e 23

Se necessário, esclareça aos alunos a diferença entre 1. É importante que os alunos construam os sentidos do
resenha e sinopse. Leve-os a perceber que sinopse é um texto por meio da leitura das imagens dos quadrinhos. Nesta
resumo de uma obra (filme, livro, peça de teatro etc.) escri- atividade, o objetivo é que os alunos identifiquem a expec-
ta com a finalidade de permitir ao leitor saber sobre o que tativa que a HQ cria no leitor. Ao mostrar Haroldo se escon-
trata a produção. A resenha, além de apresentar um breve dendo, a expressão facial do personagem no 3o quadrinho
resumo, também buscar analisar a obra, apresentando uma revela que ele tem a intenção de assustar Calvin.
apreciação positiva ou negativa do resenhista em relação ao 2. É fundamental que os alunos percebam a expectativa
objeto resenhado. criada em relação à ação de Calvin, sugerindo que ele deve
assustar Haroldo, surpreendendo-o.
MISSÃO 3 ....................................Páginas 20 a 23 3. Leve os alunos a concluir que a expectativa era de que
Calvin assustasse Haroldo e se divertisse com isso, mas,
D13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em pelo contrário, acaba sendo arranhado e se dando mal, fi-
textos variados. cando irritado. Peça-lhes que observem o penúltimo qua-
drinho da HQ e vejam que Haroldo, ao se assustar, perde o
Neste momento, os alunos são levados a localizar e a re- controle e sai pulando para todo lado.
fletir sobre os efeitos de humor em história em quadrinhos,
4. Oriente os alunos a concluir que o efeito de humor das
gênero produtivo para esse trabalho. Para identificar o hu-
HQs costuma ser construído ao longo dos quadrinhos e é
mor da HQ lida, eles precisam ser orientados a identificar o
provocado, geralmente, por uma quebra de expectativa. Em
contexto da história, a expectativa criada no leitor, a que-
resumo, a expectativa no texto lido é que Calvin assuste Ha-
bra de expectativa, as palavras e expressões empregadas
roldo e se divirta com isso, mas o menino é surpreendido
e, por fim, a concluir como o humor é construído ao longo pelo susto de Haroldo, que acaba arranhando o garoto.
dos quadrinhos. Por meio dessas práticas, criam-se opor-
tunidades para que os alunos desenvolvam o descritor 13 e
a habilidade EF15LP14 da BNCC. MISSÃO 4 .................................... Páginas 24 e 25
D6 – Identificar o tema de um texto.
Habilidade da BNCC
A identificação do tema de um texto é fundamental du-
▶ EF15LP14: Construir o sentido de histórias em quadri- rante a leitura de qualquer gênero, por isso é um importante
nhos e tirinhas, relacionando imagens e palavras e inter- objeto de estudo, pois só assim é possível apreender seu
pretando recursos gráficos (tipos de balões, de letras, sentido global, reconhecendo as informações principais e
onomatopeias). as secundárias. Na identificação do tema em cartuns, res-
salte aos alunos a importância de relacionar as linguagens
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS verbais e não verbais, observando tanto as frases quanto os
elementos visuais. Ao propor a leitura de cartuns e a iden-
tificação temática, os alunos são levados a desenvolver o
Objetivos da Missão descritor 6 e a habilidade EF35LP03.
• Compreender as características de histórias em
quadrinhos. Habilidade da BNCC
• Analisar as expectativas criadas no leitor e os ▶ EF35LP03: Identificar a ideia central do texto, demons-
elementos que levam à quebra da expectativa. trando compreensão global.
• Concluir como o humor é construído nas histó-
rias em quadrinhos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS

Objetivos da Missão
Aquecendo ▶ Páginas 20 e 21
• Compreender as características de um cartum.
3. Chame a atenção dos alunos para o fato de que as co- • Identificar a ideia central em torno da qual um
texto é construído.
res e os tipos de letras, bem como a expressão facial dos
personagens, são recursos empregados nas HQs de forma • Reconhecer informações principais e secundárias.
expressiva, a fim de contribuir com os efeitos de sentidos.

22 Manual do Professor
Baú do conhecimento ▶ Página 24 MISSÃO FINAL ..........................Páginas 26 e 27
Ao estudar o cartum com os alunos, se houver necessi- 1. D6 – Nesta atividade os alunos são levados a refletir so-
dade, diferencie-o da charge. Nesse sentido, destaque a eles bre o tema da HQ, identificando-o no texto lido. Para isso,
que os cartuns abordam temas universais e atemporais, en- leve-os a compreender globalmente o texto, questionan-
quanto as charges dialogam com um acontecimento atual e do-os sobre cada uma das cenas da HQ, as ações das per-
localizável no tempo. sonagens e os efeitos de sentido das expressões faciais de
Mônica e Cebolinha.
Valendo! ▶ Página 25
2. D5 – Por meio desta atividade, os alunos devem refletir
sobre um dos recursos visuais importantes na HQ, a expres-
2. Nesta atividade, apresentada na Leitura 2, pergunte aos são facial dos personagens, a qual contribui para a expressi-
alunos se eles sabem o que foi o Titanic. Informe-lhes que vidade e os sentidos construídos na leitura do texto.
essa embarcação foi um navio britânico de passageiros que
naufragou em sua viagem inaugural em 1912 ao colidir com 3. D1 – Neste momento, os alunos têm a oportunidade de
um iceberg. Na sequência, peça a eles que observem atenta- desenvolver a localização de informações explícitas. Para
mente a geleira no quadro 1 do cartum. Questione-os sobre o isso, peça-lhes que observem com atenção o último qua-
que aconteceu com a geleira no quadro 2. Leve-os a concluir drinho da HQ.
que ela derreteu, fato confirmado pela imagem de um urso 4. D13 – Neste momento, a habilidade de inferir o humor
polar tentando se equilibrar no que sobrou do gelo. Pergunte do texto é desenvolvida. Nesse sentido, as questões 1 a 3
a eles se sabem o porquê de a geleira ter derretido, levando- preparam os alunos para a conclusão da questão 4. Por isso,
-os a inferir a causa do acontecimento. Espera-se que eles é importante que eles compreendam bem as atividades 1 a
concluam que o cartum faz uma crítica ao aquecimento glo- 3 antes de chegar a essa conclusão.
bal. Se necessário, esclareça aos alunos que o aquecimento
global se refere ao aumento da temperatura média da Terra.

ANOTAÇÕES

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 23


na forma de tratar a informação. Nesse sentido, conhecer a
UNIDADE 2 situação comunicativa (o objetivo comunicativo, o contexto
de circulação e os interlocutores) é fundamental para iden-
tificar essas diferenças. Nesta Unidade, que compreende
EU PENSO QUE... gêneros do campo da vida pública, selecionamos notícias
e charges sobre um mesmo tema, a fim de levar os alunos a
O objetivo desta Unidade é levar os alunos a se tor- reconhecer o elemento comum e apontar as diferenças de
narem leitores mais competentes ao desenvolver as abordagem e de finalidades entre os textos. Ao realizar as
habilidades previstas pelos descritores 8, 11, 12 e 15, por atividades, os alunos desenvolvem o descritor 15 e a habili-
intermédio de leitura e compreensão de diversos gêne- dade EF05LP16 da BNCC.
ros do campo da atuação na vida pública. Nesse senti-
do, por meio de charge e notícia, os alunos são orien- Habilidade da BNCC
tados a reconhecer diferentes formas de tratar uma ▶ EF05LP16: Comparar informações sobre um mesmo
informação ao comparar textos que tratam do mesmo fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre
tema (descritor 15). A partir da leitura de uma reportagem, qual é mais confiável e por quê.
os alunos são levados a estabelecer relações lógico-dis-
cursivas presentes no texto (descritor 12); com a leitura de ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
artigos de opinião, eles têm a oportunidade de diferenciar
o fato das opiniões (descritor 11); e, por fim, o estudo do
anúncio de campanha publicitária oportuniza a habilidade Objetivos da Missão
de estabelecer relação causa/consequência entre partes e
• Compreender as características do gênero tex-
elementos do texto (descritor 8). tual notícias e charges.
1. Um grupo de crianças e um adulto conversando infor- • Reconhecer a semelhança temática entre dois
malmente, trocando ideias sobre algo. Oriente os alunos a gêneros textuais distintos.
observar atentamente a imagem apresentada, a fim de que • Identificar a diferença na abordagem do mesmo
eles identifiquem a finalidade da conversa entre as pessoas. tema em charges e notícias.
Leve-os a observar que, enquanto um está se manifestando
oralmente, os demais estão ouvindo com atenção. Aproveite
e reforce a importância do respeito aos turnos de fala em uma
situação de comunicação oral, tanto formal quanto informal. Textos de apoio
Comparar textos que tratam sobre o mesmo assunto
2. Resposta pessoal. Aproveite e pergunte aos alunos se exige compreender, além da situação comunicativa, as suas
eles costumam, no dia a dia, conversar e trocar ideias com características estruturais e discursivas. Nesse sentido, para
as pessoas sobre assuntos socialmente importantes. Leve- conhecer mais sobre os gêneros textuais notícia e charge,
-os a refletir sobre a necessidade de respeitar as opiniões di- leia os trechos de textos a seguir.
vergentes e promover a tolerância em relação às diferenças.
3. Resposta pessoal. Leve os alunos a compartilhar o co- Texto I
nhecimento prévio sobre o que conhecem sobre os gêneros
que serão estudados na Unidade. Se considerar oportuno,
peça a eles que anotem as hipóteses levantadas oralmente [...]
Quanto a temáticas e conteúdos, a notícia é o re-
e, após o término da Unidade, retome-as com a finalidade
lato (v.) de transformações (da ordem do fazer), de
de verificar o que aprenderam ao logo deste estudo.
deslocamentos (da ordem do ir) e de enunciações
observáveis no mundo (da ordem do dizer), de inte-
resse do leitor. As aparências são o universo da notí-
MISSÃO 1 .................................... Páginas 30 a 36 cia. Não basta que seja verdadeira. Ela precisa pare-
cer verdadeira. Em função disso, na estrutura geral da
D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma notícia, os eventos/fatos devem se ordenar mais pelo
informação na comparação de textos que tratam interesse ou importância decrescente na perspectiva
de quem relata ou na suposta perspectiva de quem
do mesmo tema, em função das condições em que ouve do que pela sequência temporal deles. Por isso a
ele foi produzido e daquelas em que será recebido. necessidade de uma seleção prévia de fatos mais im-
Embora muitos textos que lemos no dia a dia tratem dos portantes, que devem ser ordenados criteriosamente,
sempre tendo em mente a tentativa de tornar a leitura
mesmos assuntos, eles, em geral, apresentam diferenças

24 Manual do Professor
e a compreensão da notícia o mais fácil possível. lni- 2. Por meio desta atividade, os alunos devem concluir que,
cia-se com o Lead/Lide (v.), que deve informar quem apesar de a charge tratar dos mesmos temas das notícias,
fez o que, a quem, quando, onde, como, por que e elas têm objetivos distintos, pois a charge visa criticar os
para que e depois continua-se o relato dos fatos, se- problemas ambientais, incentivando os leitores a refletir
guindo-se a ordem previamente selecionada. sobre o assunto e, consequentemente, a mudar de postura.
COSTA, Sergio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Por outro lado, as notícias visam informar os leitores sobre
Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 142-143.
os acontecimentos.

Texto II MISSÃO 2 .................................... Páginas 37 a 42


D12 – Estabelecer relações lógico-discursivas pre-
[...] sentes no texto, marcadas por conjunções, advér-
A charge engloba o verbal e o não-verbal como bios etc.
reforçadores na produção dos efeitos de sentido. Fo-
calizando frequentemente a política, a charge pode
Neste momento, os alunos têm a oportunidade de refle-
apresentar-se em um único quadro ou em mais cenas tir sobre os mecanismos de coesão textual. A sequenciação
com escritas representando as falas dos personagens ou a articulação textual podem ser observadas tanto entre
em balões ou até mesmo sem nenhuma representação palavras quanto entre orações, períodos ou parágrafos de
da escrita, apenas a imagem falando por si mesma. um texto. Uma das formas de se estabelecer a sequencia-
Na charge tudo significa, imagem e escrita se ção e a articulação entre as partes do texto é por meio de
“completam na produção dos efeitos de sentido” elementos coesivos, como as conjunções e os pronomes,
(SOUZA, MACHADO, 2005, p. 59). O traçado das letras
os quais contribuem para a coesão e a progressão textual.
que compõem o verbal, a forma dos balões que repre-
sentam a fala, sinais de pontuação, expressões faciais, Dessa forma, os alunos serão levados a reconhecer os senti-
cores, enfim todos os elementos estão carregados de dos que alguns conectivos estabelecem no encadeamento
significação e devem ser observados atentamente para de um texto, reconhecendo as relações lógico-discursivas
tornar a leitura mais eficiente. [...] presentes. Assim, serão contemplados o descritor 12 e a
ANGELO, Cristiane Malinoski Pianaro; TEIXEIRA, Maria Cláudia. O habilidade EF05LP07 da BNCC.
gênero jornalístico charge no letramento escolar. Universidade Regional

Habilidade da BNCC
Integrada do Alto Uruguai e das Missões. Disponível em:
<http://www.revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/
view/147/285>. Acesso em: 23 fev. 2020.
▶ EF05LP07: Identificar, em textos, o uso de conjunções e
a relação que estabelecem entre partes do texto: adição,
oposição, tempo, causa, condição, finalidade.
Valendo! ▶ Páginas 34 a 36

Ao propor as atividades da página 36, peça aos alunos ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS


que observem atentamente a charge. Leve-os a identifi-
car a imagem da bandeira do Brasil sendo corroída pelo Objetivos da Missão
desmatamento e pelo derramamento de óleo. Reforce os
elementos visuais que confirmam essas informações: o • Compreender as características de reportagens.
desmatamento (pela imagem das árvores em chamas) e • Reconhecer conjunções e advérbios como me-
o derramamento de óleo no mar (pela faixa preta sobre o canismos de coesão textual.
azul da bandeira). É importante que eles concluam que a • Analisar a relação de sentido de conjunções e
charge critica a falta de recursos adequados do Brasil com advérbios nos textos.
questões ambientais relevantes para o equilíbrio do meio
ambiente.
1. Leve os alunos a retomar as informações que sublinha-
Prepare-se! ▶ Página 40
ram nas notícias, identificando o que há em comum entre
elas, relacionando os assuntos à charge, reconhecendo que Para que os alunos consigam localizar e contornar as pa-
todos tratam sobre problemas ambientais no Brasil. Enfatize lavras e expressões que ligam as partes do texto, realize uma
que a primeira notícia trata sobre o derramamento de óleo leitura em voz alta de cada parágrafo, pausadamente, e per-
no mar do Nordeste, em 2019, e a segunda, sobre as quei- gunte a eles quais palavras ligam palavras e orações. Dê um
madas. Na charge da página 36, há uma crítica aos dois dos tempo para que eles consigam, de forma autônoma, locali-
assuntos tratados nas notícias. zar as expressões. Caso eles tenham dificuldade, auxilie-os.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 25


Valendo! ▶ Páginas 40 a 42 MISSÃO 3 ....................................Páginas 43 a 47
Os comentários a seguir referem-se às atividades da D11 – Distinguir um fato da opinião relativa a ele.
página 40.
Em diversos gêneros textuais, é comum a presença
1. Leve os alunos a perceber que a conjunção aditiva e
de fatos e de opiniões associados para a construção dos
conecta palavras (crianças e jovens) e partes do texto –
sentidos. É importante que os alunos saibam que fato é
orações (reuniram mais de 1 milhão de crianças e jovens e
algo que existe concretamente e é inquestionável; já opi-
tiveram alunos de escolas e universidades).
nião se trata de um posicionamento subjetivo sobre um
2. Os alunos devem concluir que a expressão no Brasil indica assunto, podendo, portanto, ser questionada e refutada.
lugar, pois mostra o espaço em que a ação referida ocorreu. O gênero selecionado para levar os alunos a diferenciar
Destaque a eles que, em notícias e reportagens, essas expres- esses elementos em um texto é o artigo de opinião. Ao
sões que indicam tempo e lugar são frequentes, pois especi-
realizar a leitura e conseguir localizar e diferenciar fatos e
ficam e detalham os fatos relatados. Peça a eles que citem
opiniões os alunos desenvolvem o descritor 11 e a habili-
outros exemplos de locuções adverbiais de lugar, como: “na
dade EF05LP16 da BNCC.
cidade”, “no centro”, “em alguns países asiáticos” etc.
3. Verifique se os alunos concluem que a conjunção mas Habilidade da BNCC
indica oposição. Se for apropriado para o momento, le-
ve-os a identificar as duas ideias que estão se opondo no ▶ EF05LP16: Comparar informações sobre um mesmo
enunciado (estudar na escola e não ter ideia das causas). fato veiculadas em diferentes mídias e concluir sobre
Oriente-os, ainda, a reler o trecho, substituindo a conjunção qual é mais confiável e por quê.
destacada pelas que aparecem nas alternativas, a fim de
perceber melhor a relação de sentido entre os enunciados. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
Texto de apoio
Para saber mais sobre coesão textual, leia o trecho do Objetivos da Missão
texto a seguir, extraído do verbete do Glossário Ceale, da
• Compreender as características de um artigo de
Universidade Federal de Minas Gerais.
opinião.
• Diferenciar fatos de opiniões.
[...]
Por meio de diferentes recursos do léxico e da gra-
mática, nexos, laços, elos vão sendo criados entre todos
esses segmentos, de modo a promover – e permitir que
seja reconhecida pelo ouvinte/leitor – a necessária con- Valendo! ▶ Páginas 45 a 47
tinuidade do texto, que, por sua vez, promove a sua uni-
dade semântica e a sua unidade pragmática. Um texto Os comentários a seguir referem-se às atividades da
se faz, assim, como resultado de uma cadeia de nexos, página 45.
em direção à construção de um determinado núcleo: o
1. Leve os alunos a comparar os trechos apresentados para
tema global, o objetivo principal, a função comunicativa
predominante, por exemplo. que consigam perceber que apenas o trecho da alternativa
Essa cadeia de nexos, ao longo do texto, se estabe- A apresenta um fato e os demais apresentam opiniões, ou
lece: a) pelos recursos da reiteração (repetições, pará- seja, pontos de vista subjetivos sobre o assunto.
frases, retomadas pronominais, retomadas por palavras
sinônimas ou por hiperônimos); b) pela associação de 2. Oriente os alunos a ler atentamente os trechos indica-
sentido entre as palavras do texto (palavras semantica- dos. Se houver necessidade, peça-lhes que releiam o texto
mente afins); c) pelo uso dos diferentes tipos de conec- e observem com atenção qual dos fragmentos apresenta
tores (preposições, conjunções, advérbios e respectivas uma opinião sobre o assunto discutido.
locuções). Assim, tudo no texto está interligado, uma uni-
dade dando acesso a outra, ligando-se a outra, anterior O comentário a seguir refere-se à atividade da página 47.
ou subsequente; nada está solto; nenhuma palavra está
ali aleatoriamente ou por algum motivo que não seja a 1. Peça aos alunos que leiam atentamente os trechos indi-
expressão dos sentidos e das intenções pretendidos. cados. Se houver necessidade, peça-lhes que releiam o tex-
[...] to e observem com atenção qual dos fragmentos apresenta
ANTUNES, Irandé. Glossário Ceale. Disponível em: <http://ceale.fae.ufmg. uma opinião sobre o assunto discutido
br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/coesao-textual>. Acesso em: 23 fev. 2020.

26 Manual do Professor
MISSÃO 4 .................................... Páginas 48 a 51 com eles, a fim de que percebam a relação entre a causa e
a consequência expressas no trecho.
D8 – Estabelecer relação causa/consequência 1. Na segunda atividade na página 51, os alunos devem con-
entre partes e elementos do texto. cluir que a resposta está no trecho que aparece na parte in-
Nesta missão, os alunos serão orientados a identificar as ferior do cartaz. Para complementar o estudo desse texto,
relações estabelecidas entre as diversas partes que com- peça aos alunos que observem a imagem central (ampu-
põem um texto, averiguando sequências de causa e efeito, lheta) e busquem relacioná-las com o tema e o texto verbal
problema e solução etc. Esse descritor avalia a percepção que apresentado.
os alunos têm da organização dos elementos do texto. Em ge-
ral, os fatos se sucedem numa ordem de causa e consequên-
cia, ou de motivo e efeito. Estabelecer esse nexo constitui um
MISSÃO FINAL .......................... Páginas 52 e 53
recurso significativo para a apreensão de sentidos do texto. 1. D15 – É importante que os alunos consigam realizar com-
Dessa forma, ao serem levados a identificar os elementos que parações entre os textos e, por consequência, identifiquem
estabelecem a relação de causa e consequência e reconhe- o tema que é comum: o aumento do uso de agrotóxico no
cer sua importância na coesão e continuidade textual, eles Brasil. Além disso, eles devem observar que os textos apre-
desenvolvem o descritor 8 e a habilidade EF05LP07 da BNCC. sentam funções diferentes: a notícia informa o leitor e a
charge traz uma crítica por meio de uma situação exagera-
Habilidade da BNCC da que gera humor. Para complementar o estudo da charge,
▶ EF05LP07: Identificar, em textos, o uso de conjunções e questione os alunos sobre os elementos visuais que contri-
a relação que estabelecem entre partes do texto: adição, buem para a situação de exagero e causam humor. Eles de-
oposição, tempo, causa, condição, finalidade. vem citar o repositor de maçãs com roupas e equipamentos
de proteção e o vendedor cobrindo o nariz com o chapéu.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 2. D12 – Leve os alunos a concluir que a expressão por-
que, no contexto da frase, indica explicação. Se necessário,
Objetivos da Missão questione-os que outras expressões poderiam ser empre-
gadas substituindo a expressão porque, mas mantendo o
• Compreender as características de Cartazes de mesmo sentido. Espera-se que eles citem como exemplos
campanha comunitária e institucional (anúncios as expressões pois, visto que.
de propagandas).
3. D11 – Os alunos devem perceber que os trechos apresen-
• Identificar a relação de causa e consequência tam fatos, com exceção do trecho A, que traz uma opinião
entre os fatos apresentados em cartazes de de um dos entrevistados, ao julgar como cinismo o mo-
campanha comunitária e institucional. mento vivido antes. Reforce aos alunos que, apesar de as
notícias relatarem fatos, elas podem apresentar em alguns
momentos marcas de subjetividade.
Valendo! ▶ Páginas 50 e 51 4. D8 – Peça que os alunos releiam o 3o parágrafo da notí-
cia, identificando que a causa do licenciamento relacionado
1. Na primeira atividade da página 51, leve os alunos a per- aos agrotóxicos é a falta de alternativas. Nesta atividade, é
ceber que a resposta a esta questão está no trecho desta- importante que eles consigam observar as relações de cau-
cado no fundo vermelho do cartaz. Se necessário, releia-o sa e consequência no texto.

ANOTAÇÕES

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 27


e, consequentemente, promover o combate ao precon-
UNIDADE 3 ceito linguístico. O grupo social, a idade, a escolaridade, o
momento histórico, a região, o assunto e a situação comu-
nicativa são alguns dos fatores que contribuem para a varia-
UMA VIAGEM ção linguística. Assim, a depender da situação comunicati-
va (que envolve fatores como interlocutores, finalidade do
PELAS PALAVRAS texto e contexto de circulação), pode-se monitorar mais ou
menos o uso que se faz da língua (tanto na linguagem verbal
O objetivo desta Unidade é conduzir os alunos a se tor- como na não verbal). Em uma palestra, que é uma situação
narem leitores mais competentes ao desenvolver as habi- comunicativa específica, por exemplo, monitoramos mais o
lidades previstas pelos descritores 4, 7, 10 e 14, por meio da uso da língua do que em uma conversa entre amigos.
leitura e da compreensão de diversos gêneros textuais do Analisar a situação comunicativa é importante para com-
campo artístico-literário. Nesse sentido, mediante o estudo preender a escolha pelo tipo de registro empregado em um
de poemas, os alunos são orientados a identificar as marcas texto. Por meio dessa compreensão, podemos reconhecer
linguísticas que revelam os interlocutores (descritor 10); a em um texto as marcas linguísticas que permitem eviden-
partir da leitura de textos de cordéis, devem inferir informa- ciar os interlocutores. Dessa forma, a realização desses
ções implícitas (descritor 4); com a leitura de textos tea- estudos a partir da leitura de poemas favorece o desenvol-
trais, os alunos têm a oportunidade de identificar o efeito vimento do descritor 10, previsto no tópico “Variação lin-
de sentido decorrente do uso de pontuação (descritor 14); guística”, e da habilidade EF35LP23 da BNCC.
e, por fim, o estudo de contos favorece a habilidade de reco-
nhecer o conflito e os elementos da narrativa (descritor 7).
Habilidade da BNCC
▶ EF35LP23: Apreciar poemas e outros textos versifi-
1. Um menino realizando a leitura de um livro supostamen-
cados, observando rimas, aliterações e diferentes
te literário. Questione os alunos sobre os elementos apre-
modos de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu
sentados na imagem e leve-os a concluir que remetem ao
efeito de sentido.
universo poético, imaginário, criativo. É importante que eles
percebam que a leitura de textos literários é responsável por
nos conectar com o universo da fantasia, trazendo contex-
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
tos de ampliação da visão de mundo, e nos permite cons-
truir novos conhecimentos e nos emocionar a cada página. Objetivos da Missão
2. Respostas pessoais. Peça aos alunos que compartilhem • Compreender as características de um poema.
suas experiências com os colegas, trocando ideias. Para
• Analisar as marcas linguísticas de poemas para
complementar a atividade, pergunte a eles que livro literário
inferir quem é o eu lírico e com quem ele dialoga.
já leram que marcou a vida deles, indicando o porquê. Pe-
ça-lhes que façam um resumo desse livro e apresentem-no
oralmente à turma. Aproveite a para organizar um cantinho
da leitura da turma (caso ainda não tenha), a fim de incen- Link para outro site
tivá-los ao hábito e o prazer de ler. Para saber mais sobre a importância da situação comu-
nicativa, acesse o link a seguir, extraído do Glossário Ceale.
3. Respostas pessoais. Peça aos alunos que compartilhem
• Disponível em: <http://ceale.fae.ufmg.br/app/
seu conhecimento prévio sobre os gêneros textuais a serem
webroot/glossarioceale/verbetes/situacao-
estudados na Unidade. Se possível, sugira para eles que ano-
comunicativa>. Acesso em: 24 fev. 2020.
tem as hipóteses levantadas e, após o término da Unidade,
retome-as, a fim de que possam verificar o que aprenderam Baú do conhecimento ▶ Página 57
ao longo deste estudo.
É importante que os alunos entendam que nem todos
os poemas apresentam rimas. Para isso, selecione alguns
poemas sem rimas e realize a leitura com os alunos. Após
MISSÃO 1 ..................................... Páginas 56 a 61 a leitura dos textos, questione-os: quais são as seme-
D10 – Identificar as marcas linguísticas que eviden- lhanças e as diferenças entre esses poemas e o lido na
página 56? Os alunos devem concluir que a semelhança
ciam o locutor e o interlocutor de um texto.
é a composição em versos e estrofes, se houver mais de
O estudo de variação linguística é fundamental para levar uma, e as diferenças são a presença de rimas em um e a
os alunos a refletir sobre as situações reais de uso da língua ausência em outros.

28 Manual do Professor
Valendo! ▶ Páginas 58 a 61 Na Missão 2, os alunos vão desenvolver a habilidade de
inferir informações implícitas, as quais aparecem claramen-
Os comentários a seguir referem-se às atividades da pá- te no texto, mas devem ser subentendidas ou pressupos-
gina 60. tas. Nesse sentido, por meio da leitura de cordéis, os alunos
1. Os alunos devem identificar no poema o vocativo em- serão levados a criar técnicas para realizar esses tipos de
pregado (menininha e minina, minininha) e, com base nisso, inferências. Nesse sentido, as atividades propostas favore-
concluir que o eu lírico se dirige a uma criança. cem o desenvolvimento do descritor 4 e das habilidades
EF35LP04 e EF35LP23 da BNCC.
2. É importante que os alunos reconheçam o vocativo
empregado no poema (menininha), o que permite concluir Habilidade da BNCC
que o eu lírico dialoga com uma criança que está sendo
ninada por ele. ▶ EF35LP04: Inferir informações implícitas nos textos lidos.
3. Verifique se os alunos reconhecem que drome e orora ▶ EF35LP23: Apreciar poemas e outros textos versifica-
são exemplos de variedades regionais, empregadas de for- dos, observando rimas, aliterações e diferentes modos
ma mais produtiva em algumas regiões rurais do Brasil. de divisão dos versos, estrofes e refrões e seu efeito de
sentido.
4. Destaque aos alunos que no poema foram emprega-
das: expressões próprias de um registro mais informal
(como a não concordância nominal de acordo com as
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
regras da norma-padrão), marcas de oralidade (como a
redução de palavras – tá) e variedade linguística (como Objetivos da Missão
drome e orora, consideradas por alguns teóricos como
exemplos de dialeto rural). Ressalte aos alunos que a • Compreender as características de um texto de
presença desses elementos no poema reforça o modo cordel.
de falar do eu lírico. • Reconhecer marcas linguísticas que permitem
inferir informações.
Os comentários a seguir referem-se às atividades da
• Inferir as características de personagens por
página 61.
meio da análise de suas ações.
1. É importante que os alunos identifiquem as marcas lin-
guísticas que permitem concluir quem são os interlocutores
presentes no diálogo do poema. Assim, leve-os a perceber
o emprego do vocativo mamãe na segunda estrofe e a refe- Valendo! ▶ Páginas 67 a 70
rência à menina na segunda e terceira estrofes, sugerindo
que se trata de um diálogo entre mãe e filha. Para que os alu- Os comentários a seguir referem-se às atividades da
nos percebam esse diálogo no poema, peça a dois alunos página 67.
voluntários que façam a leitura, um deles representando a 1. Para inferir as qualidades de Bela, os alunos precisam
mãe, e outro, a filha. analisar suas ações no texto, especialmente no trecho
2. Os alunos precisam analisar o tema do poema e a lingua- mencionado na atividade. Assim, eles irão concluir que a
gem empregada, a fim de concluir que se trata de um poema personagem é solidária, generosa, corajosa e determinada.
infantil. Peça a eles que, para isso, observem o emprego de Oriente-os a reler o poema.
mamãe no poema, vocativo muito empregado por crianças, 2. É importante que os alunos notem que, neste momento
e o contexto infantil construído de forma poética. da história, é possível perceber que Bela, de fato, amava a
Fera e, por isso, se preocupava com ele.
MISSÃO 2 ....................................Páginas 62 a 70 Os comentários a seguir referem-se às atividades da
D4 – Inferir uma informação implícita em um texto. página 70.
Para que a leitura de um texto seja significativa, devem-se 1. Os alunos devem demonstrar que compreenderam o
empregar diversas estratégias de leitura, como o levanta- tema do cordel, reconhecendo a ideia central implícita nos
mento de conhecimentos prévios antes da leitura, a reto- versos do texto. Leve-os a perceber que, em alguns momen-
mada desses levantamentos após a leitura, a localização de tos, o eu lírico contrasta situações da vida na cidade e da
informações explícitas, a realização de inferências, a extra- vida no Sertão, apresentando uma preferência pela simpli-
polação para relacionar as informações e construir novos cidade do Sertão, mostrando, assim, seu encantamento por
conhecimentos. essa região.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 29


2. Leve os alunos a concluir que cuscuz, tapioca e mucun- Valendo! ▶ Páginas 75 a 78
zá são comidas tradicionais da região Nordeste do Brasil,
embora muitas delas tenham se popularizado em outras Em todas as questões apresentadas nas páginas 75 e
regiões brasileiras. Destaque a eles que, ao citá-las, o eu líri- 78, é importante orientar os alunos a localizar no texto os
co valoriza a culinária do Nordeste. trechos e a relê-los no contexto em que aparecem, pro-
3. É fundamental que os alunos percebam que o eu lírico, curando inferir o efeito de sentido dos recursos explora-
ao contrastar a simplicidade do Sertão à cidade, destaca a dos (pontuação e repetições). Para que eles percebam a
seca como um dos aspectos negativos dessa região. importância desses recursos no texto teatral, peça a eles
que realizem uma leitura dramatizada do texto, em que
4. Oriente os alunos a reconhecer que a preferência pela cada aluno lê as falas de um personagem. Peça-lhes que,
simplicidade do Sertão, os elementos citados (comidas, nessa leitura do texto, os alunos observem a expressivi-
música, situações), as palavras empregadas (como a varie- dade da pontuação e como ela contribui para os sentidos
dade regional – macaxeira) e a referência ao fato de viver no do texto.
Sertão sugerem que o eu lírico é nordestino.
Os comentários a seguir referem-se às atividades da
MISSÃO 3 .....................................Páginas 71 a 78 página 75.
1. Leve os alunos a perceber que as falas dos personagens
D14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do são grafadas sem destaques e as rubricas com itálico e,
uso da pontuação e de outras notações. em alguns casos, entre parênteses. É importante que eles
Nesta Missão, é importante que os alunos identifiquem percebam que esse destaque tem o objetivo de diferenciar
as pontuações (ponto final, ponto de interrogação, pon- as falas das rubricas para organizar melhor as informações
to de exclamação, parênteses, aspas etc.) e os recursos, no texto.
como estilo da letra, corpo, destaques, letras maiúsculas e 2. Peça que os alunos localizem no texto o trecho citado.
minúsculas etc. No entanto, para que realizem uma leitura
Em seguida, oriente-os a reler a rubrica que aparece an-
significativa do texto, desenvolvendo a competência leitora,
tes, para que possam se contextualizar melhor na situa-
é preciso levá-los a inferir os efeitos de sentido do emprego
ção apresentada e inferir que a expressão Ó!... (empregada
da pontuação e de outros recursos, os quais contribuem
pelos dois personagens) sugere um enfrentamento, uma
para a expressividade dos textos.
provocação.
Reforce aos alunos que, especialmente em textos literá-
rios e publicitários, o emprego desses recursos expressivos 3. Para identificar que sentido a interrogação indica nesta
da pontuação é bem produtivo. Nesse sentido, a leitura e a expressão, o aluno necessita conhecer o uso regular des-
compreensão dos efeitos de sentido de pontuação e outras sa pontuação e comparar com o contexto em que foi em-
notações em textos teatrais contribuem para o desenvolvi- pregada aqui. É importante indagar aos alunos: será que
mento do descritor 14 e da habilidade EF05LP04 da BNCC. o personagem está fazendo uma pergunta e espera uma
resposta ou está apenas querendo provocar o outro?
Habilidade da BNCC
Os comentários a seguir referem-se às atividades da
▶ EF05LP04: Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, página 78.
ponto e vírgula, dois-pontos e reconhecer, na leitura de
textos, o efeito de sentido que decorre do uso de reti- 1. Peça aos alunos que releiam atenciosamente as rubri-
cências, aspas, parênteses. cas que antecedem as falas do texto. Assim, eles podem se
contextualizar em relação à cena em que os personagens
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS gritam, assustando-se um com o outro.
2. Ressalte aos alunos que as reticências, muitas vezes, in-
Objetivos da Missão dicam marcas de oralidade, como as hesitações e as pausas
em uma fala. Reforce que esse recurso é empregado com
• Compreender as características de um texto frequência em textos que visam reproduzir a oralidade,
teatral. como as falas de um texto teatral.
• Localizar pontuações empregadas de forma ex-
3. Os alunos devem perceber o efeito de sentido das reti-
pressiva no texto.
cências. Para inferir isso, peça a eles que releiam a fala do
• Inferir o efeito de sentido do emprego de pon- Poeta-viajante que aparece na sequência que foi citada na
tuações e outras notações em textos teatrais. atividade. Leve-os a perceber a diferença do emprego das
reticências e do ponto final na mesma frase.

30 Manual do Professor
4. É fundamental que os alunos concluam que as repeti- Habilidade da BNCC
ções, assim como as pontuações, são recursos expressi-
vos importantes em um texto literário. Nesse sentido, leve ▶ EF35LP29: Identificar, em narrativas, cenário, persona-
os alunos a inferir o que a repetição da frase exclamativa gem central, conflito gerador, resolução e o ponto de
sugere. Eles devem concluir que sugere a empolgação do vista com base no qual histórias são narradas, diferen-
personagem. ciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

MISSÃO 4 ....................................Páginas 79 a 83 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS


D7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os Objetivos da Missão
elementos que constroem a narrativa.
• Compreender as características de um conto.
O estudo de gêneros textuais cuja sequência ti-
pológica é narrativa, como conto, crônica, nove- • Identificar os elementos da narrativa em contos.
la, romance, permite levar os alunos a compreender • Reconhecer as partes da narrativa em contos.
tanto os elementos que fazem parte da narrativa (per-
sonagens, tempo, espaço, narrador) quanto as par-
tes da narrativa (situação inicial ou exposição, conflito
ou complicação, clímax e desfecho). Nesta Missão 4, Valendo! ▶ Páginas 82 e 83
a leitura de contos e a localização de elementos e partes
da narrativa favorecem o desenvolvimento do descritor 7 1. É importante que os alunos percebam que o encontro
e da habilidade EF35LP29 da BNCC. da varinha é a causa dos episódios do conto. Leve-os a
chegar a essa conclusão realizando questionamentos de
Texto de apoio acordo com a cronologia dos acontecimentos.
Para saber mais sobre as partes da narrativa, leia o texto 2. Para que os alunos cheguem a essa conclusão, inda-
a seguir. gue-os sobre qual acontecimento apreende mais a aten-
ção dos leitores.
Em termos de estrutura, o conflito, geralmente, 3. Questione os alunos perguntando se o desfecho traz
determina as partes do enredo: um final feliz, trágico ou cômico.
1. Exposição (ou introdução ou apresentação):

MISSÃO FINAL ......................... Páginas 84 a 87


coincide geralmente com o começo da história, no
qual são apresentados os fatos iniciais, as persona-
gens, às vezes, o tempo e o espaço. Enfim, é a parte
na qual se situa o leitor diante da história que irá ler. 1. D4 – Esta atividade favorece verificar se os alunos se
Em geral, fica clara a intenção do enredo, vinculada apropriaram da habilidade de inferir informações. É impor-
ao desejo ou necessidade da personagem principal. tante que eles percebam os trechos que reforçam o fascínio
2. Complicação (ou desenvolvimento): é a parte do do menino diante do mar.
enredo na qual se desenvolve o conflito (ou os con-
3. D10 – Leve os alunos a perceber que as reticências suge-
flitos – na verdade pode haver mais de um conflito
rem uma hesitação na fala e expressam a falta de coragem
na narrativa). A complicação constitui a maior parte
da narrativa, na qual agem forças auxiliares e oposi- e o nervosismo do pai ao ter que contar a verdade ao filho.
toras ao desejo da personagem e que intensificam o 4. D7 – Releia com os alunos o texto e leve-os a identificar
conflito. todas as partes da narrativa: a situação inicial (o menino
3. Clímax: é o momento culminante da história, o em viagem com os avós pela praia), o conflito do conto (a
momento de maior tensão, no qual o conflito chega percepção do narrador de que seu cachorro não está em
ao seu ponto máximo. O clímax é o ponto de referên-
casa), o clímax (quando a mãe conta a verdade ao filho) e
cia para as outras partes do enredo, que se organizam
em função dele.
o desfecho da história (a tentativa de o narrador imaginar
que o cachorro ainda está ao seu lado). É importante des-
4. Desfecho (ou desenlace ou conclusão): é a so-
lução dos conflitos, boa ou má, vale dizer configu-
tacar aos alunos que, nos contos, nem sempre existe um
rando-se num final feliz ou não. Há muitos tipos de desfecho e, em alguns casos, ele é aberto à interpretação
desfechos: surpreendente, feliz, trágico, cômico etc. do leitor.
GANCHO, Cândida Vilares. Como analisar narrativas. 9. ed.
São Paulo: Ática: 2006. p. 13-14. (Série Princípios)

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 31


UNIDADE 4 Habilidade da BNCC
▶ EF35LP05: Inferir o sentido de palavras ou expressões
desconhecidas em textos, com base no contexto da
PESQUISANDO frase ou do texto.

E APRENDENDO... ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS


O objetivo desta Unidade é levar os alunos a se tornarem Objetivos da Missão
leitores mais competentes ao desenvolver as habilidades
previstas pelos descritores 2, 3 e 9 por meio da leitura e da • Compreender as características de um artigo de
compreensão de diversos gêneros do campo da prática de curiosidade.
estudo e pesquisa. Nesse sentido, por meio de artigos de • Analisar o contexto em que palavras e expres-
curiosidades, os alunos são orientados a inferir o sentido sões são empregadas.
de palavras e expressões (descritor 3); a partir da leitura de • Pelo contexto, inferir o sentido de palavras e ex-
textos de divulgação científica, devem identificar elemen- pressões.
tos coesivos que contribuem para a coesão e a continuida-
• Ampliar o repertório de vocabulário.
de de um texto (descritor 2); com a leitura de verbetes de
enciclopédias, os alunos têm a oportunidade de identificar
a finalidade dos textos lidos (descritor 9).
1. Há grupos de crianças desempenhando atividades re- Valendo! ▶ Páginas 92 a 96
lacionadas ao estudo e à pesquisa, como a realização de Os comentários a seguir referem-se às atividades da
pesquisas na internet e em livros impressos, de entrevistas página 92.
e de experimentos científicos. Questione os alunos sobre
quais das atividades representadas eles costumam fazer no 1. Peça aos alunos que releiam o primeiro e o segundo
dia a dia na escola e de quais mais gostam. parágrafos do verbete e, pelo contexto, procurem inferir o
sentido da palavra repulsa. É importante que eles concluam
2. Respostas pessoais. Peça aos alunos que compartilhem que repulsa é sinônimo de aversão e antônimo de atração.
as respostas com os colegas, trocando ideias. Incentive-os Uma possibilidade é que os alunos releiam os parágrafos
a comentar as fontes de pesquisa que eles utilizam para tra- substituindo a palavra pelas opções das alternativas, a fim
balhos escolares. Leve-os a perceber que a pesquisa é uma de concluir a resposta correta.
das mais importantes fontes de conhecimentos. Podemos
2. Oriente os alunos a inferir o sentido de resistir no trecho
realizá-las em livros, na internet, executando experimentos,
lido. Destaque a eles que o verbo resistir apresenta vários
testes etc.
sentidos, dependendo do contexto, como: não se submeter,
3. Resposta pessoal. Se achar interessante, peça aos alunos opor-se, negar-se, recusar-se etc. No entanto, no trecho lido,
que anotem as hipóteses levantadas no caderno e, após o a expressão foi empregada como sinônimo de sobreviver.
estudo dos gêneros, leve-os a retomá-las, a fim de verificar
3. Leve os alunos a observar o prefixo empregado na pala-
o que aprenderam nesta Unidade. vra subterrâneo (sub-). Leve-os a concluir que esse prefixo
significa abaixo de. Para que eles cheguem a essa conclu-
são, releia a expressão substituindo a palavra subterrâneo
MISSÃO 1 ....................................Páginas 90 a 96 pelas apresentadas nas alternativas.
D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Os comentários a seguir referem-se às atividades da pá-
gina 94.
Por meio da Missão 1, os alunos serão levados a analisar
o contexto de uso de palavras e expressões, com a finali- 1. Leia com os alunos o trecho e, pelo contexto, leve-os a
dade de inferir os sentidos de termos desconhecidos sem inferir o sentido de paradões. Eles devem concluir que se
precisar recorrer ao uso de dicionários. O uso dessa ferra- trata de uma característica típica dos pandas: serem pre-
menta pode ser proposto ao fim do bloco de atividades, guiçosos. Para verificar se eles entenderam o sentido da
com a finalidade de que os alunos consultem os dicionários palavra, peça-lhes que criem frases empregando-a.
impressos e digitais para verificação das respostas. Neste 2. Peça aos alunos que releiam o trecho tentando substituir
estudo, os alunos desenvolvem o descritor 3 e a habilidade cada uma das palavras apresentadas nas alternativas A a D.
EF35LP05 da BNCC. Oriente-os a identificar qual delas apresenta sentido seme-

32 Manual do Professor
lhante à ação de degustar. Os alunos devem concluir que é b) Para a realização da pesquisa, foram escolhidos 17 ca-
a resposta C (provando). chorros de diferentes raças. Eles deveriam observar em uma
tela imagens de humanos ou cães com expressões positivas
3. Informe aos alunos que alguns animais, durante o inver-
ou negativas e, ao mesmo tempo, ouvir sons que combina-
no, entram em estado de hibernação para poder poupar
vam ou não com as imagens. Assim, os cães observavam
energia e sobreviver à estação, utilizando-se de reservas
por mais tempo as imagens quando os sons transmitiam a
energéticas acumuladas em meses com temperaturas
mesma emoção.
mais amenas.
4. Releia o trecho apresentado no intertítulo anatomia, para c) Com a pesquisa, foi descoberto que os cães consegui-
que, pelo contexto, eles cheguem à resposta. ram interpretar as emoções retratadas nas fotos e reforça-
das pelos sons.
5. Releia o trecho apresentado no intertítulo dieta, a fim de
que eles concluam que se refere ao tipo de alimentação. 2. A função do texto é divulgar uma pesquisa e seus re-
sultados. Reforce aos alunos que, muitas vezes, divulga-se
também as contribuições esperadas com a pesquisa, mos-
MISSÃO 2 ..................................Páginas 97 a 102 trando sua relevância social.
D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, 3. O texto foi publicado na versão digital da Revista Ciência
identificando repetições ou substituições que con- Hoje das Crianças. Oriente os alunos a observar a fonte após
tribuem para a continuidade de um texto. o texto, localizando o veículo de publicação.
Nesta Missão, os alunos serão orientados, por meio de Valendo! ▶ Páginas 100 a 102
leituras de textos de divulgação científica, a reconhecer
o uso de pronomes em funções anafóricas e sinônimos, Para responder às questões propostas nesta seção, peça
empregados com a finalidade de evitar repetições desne- aos alunos que voltem aos parágrafos numerados, a fim de
cessárias e contribuir para a coesão e continuidade textual. que os releiam e observem o contexto.
Dessa forma, ao longo do estudo, os alunos desenvolvem o Os comentários a seguir referem-se às atividades da
descritor 2 e as habilidades EF35LP06 e EF35LP14 da BNCC. página 100.
Habilidade da BNCC 1. Peça que os alunos releiam o primeiro parágrafo e
▶ EF35LP06: Recuperar relações entre partes de um texto, percebam que a expressão essa capacidade se refere ao
identificando substituições lexicais (de substantivos por reconhecimento de sentimentos. Indague-os a respeito
sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes anafóri- da função desse emprego: evitar a repetição e garantir a
cos – pessoais, possessivos, demonstrativos) que con- fluidez do texto.
tribuem para a continuidade do texto. 2. É importante que os alunos percebam a função anafórica
▶ EF35LP14: Identificar em textos e usar na produção tex- do pronome demonstrativo isso, substituindo a informação
tual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, apresentada sobre os resultados do teste.
como recurso coesivo anafórico. 3. Os alunos devem perceber a função anafórica do prono-
me pessoal eles, substituindo a expressão cães, empregada
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS anteriormente. Reforce que esse uso contribui para a coe-
são e continuidade textual, evitando a repetição desneces-
Objetivos da Missão sária de palavras no texto.
Os comentários a seguir referem-se às atividades da pá-
• Compreender as características de um texto de
gina 102.
divulgação científica.
• Localizar palavras que retomam informações. 1. Os alunos devem reler o segundo parágrafo do texto e
perceber que a expressão animal é um sinônimo empre-
• Conhecer a importância de elementos coesivos
gado para se referir às aranhas, citadas como exemplo no
para a continuidade textual.
trecho.
2. Peça aos alunos que releiam o quarto parágrafo do texto
Aquecendo ▶ Páginas 97 e 99 e concluam que o teste mostrou que os sintomas da fobia
diminuíram 20% entre aqueles que assistiram aos filmes.
1. a) O objetivo da pesquisa era descobrir se os cães con- 3. Releia com os alunos o quinto parágrafo do texto e
seguem reconhecer os sentimentos dos humanos. peça-lhes que contornem os pronomes consigo e seus.

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 33


Em seguida, oriente-os a localizar a que os pronomes se Valendo! ▶ Páginas 106 e 107
referem. Os alunos devem concluir que se referem aos
espectadores. Os comentários a seguir referem-se às atividades da
página 106.
4. Releia com os alunos o sexto parágrafo do texto e peça-
-lhes que contornem o pronome seu. Em seguida, oriente- 1. Os alunos devem concluir, com base na leitura do texto,
-os a localizar a que o pronome se refere. Os alunos devem a função de um verbete de enciclopédia. Para prepará-los
concluir que se referem às pessoas. para essa questão, questione-os sobre o porquê de as pes-
soas lerem verbetes. Leve-os a concluir que as enciclopé-
MISSÃO 3 ................................ Páginas 103 a 107 dias são comumente consultadas para realização de pes-
quisas, com a finalidade de obter mais informações sobre
D9 – Identificar a finalidade de textos de diferentes um assunto específico.
gêneros. 2. É importante que os alunos reconheçam o objetivo do ver-
Todos os gêneros textuais apresentam um propósito bete de enciclopédia lido: informar sobre o teatro, mostrando
comunicativo específico: informar ou esclarecer, expor diferentes aspectos sobre essa manifestação artística.
um ponto de vista, refutar uma posição, narrar um acon- O comentário a seguir refere-se à atividade da página 107.
tecimento, fazer uma advertência, instruir sobre a realiza-
ção de algo, persuadir alguém de alguma coisa etc. Nesta 1. Oriente os alunos a perceber o aspecto biográfico do ver-
Missão, os alunos são levados a localizar e refletir sobre bete de enciclopédia, reconhecendo que o texto apresenta
a finalidade de verbetes de enciclopédia. Ao longo do es- informações sobre a vida e a obra de Ziraldo.
tudo, os alunos desenvolvem o descritor 9 e a habilidade
EF15LP01 da BNCC. MISSÃO FINAL ..................... Páginas 108 e 109
Habilidade da BNCC 1. D3 – Esta atividade é uma ótima oportunidade para ve-
rificar se os alunos, de fato, compreenderam como analisar
▶ EF15LP01: Identificar a função social de textos que circu-
o sentido de palavras e expressões pelo contexto. Assim,
lam em campos da vida social dos quais participa coti-
oriente-os a reler o sexto parágrafo do texto, analisando-o.
dianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas
mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para 2. D2 – Nesta atividade, será cobrada dos alunos a habilida-
que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu de de reconhecer a função de elementos coesivos, identifi-
e a quem se destinam. cando os referentes de um pronome em função anafórica.
Para isso, releia com eles o título e a linha fina do texto e, na
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS sequência, o primeiro parágrafo. Peça-lhes que contornem
o pronome elas que se repete no texto e leve-os a localizar
a qual palavra o pronome se refere. Eles devem concluir que
Objetivos da Missão é a palavra abelhas, empregada na linha fina.
• Compreender as características de um verbete 3. D9 – Por meio desta atividade, os alunos devem, inicial-
de enciclopédia. mente, compreender as características do texto de divul-
• Analisar as características de um verbete de en- gação científica para, na sequência, concluir a função do
ciclopédia. gênero. Se necessário, relembre-os de que a função do texto
é socializar os resultados de uma pesquisa, informando os
• Reconhecer a função de verbetes de enciclopédia.
leitores sobre ela. Reforce que, geralmente, os leitores des-
ses textos não são especialistas no assunto.

ANOTAÇÕES

34 Manual do Professor
REFERÊNCIAS
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Brasília: MEC, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso
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▶ COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo:
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▶ COSSON, Rildo. Letramento literário. In: FRADE, I. C. A. S.; VAL, M. G. C.; BREGUNCI, M.
G. C. (Orgs.). Glossário Ceale, 2014. Disponível em: <http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/
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▶ COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
▶ DIONISIO, Angela Paiva; MARCUSCHI, Luiz Antônio. Fala e escrita. Belo Horizonte:
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▶ Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Matrizes e Escalas.
Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/matrizes-e-escalas.
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▶ KLEIMAN, Angela. Oficina de leitura: teoria e prática. 6. ed. Campinas: Pontes, 1998.
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▶ XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção
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Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 35


ANOTA‚ÍES

36 Manual do Professor
ANOTA‚ÍES

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 37


ANOTA‚ÍES

38 Manual do Professor
ANOTA‚ÍES

Acerta Brasil | Língua Portuguesa | 5o ano 39


ANOTA‚ÍES

40 Manual do Professor
PROFESSOR 661205

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