Capítulo 2
As Etnias
Agrippa, o Mundo Material, está no centro da cosmolo-
gia de Ohmtar. É também o centro das atenções das enti-
dades mais poderosas dos cosmos: os deuses do Paraíso
e do Inferno, os primordiais e as entidades alienígenas
conhecidas simplesmente como aberrações.
Como Agrippa é o mundo da coragem, nada
mais natural que seja o berço da maioria dos heróis de
Ohmtar. O que motiva o surgimento de heróis? Uma
quantidade inimaginável de ameaças, monstros e vilões,
prontos para serem combatidos e terem seus planos vis
impedidos de se concretizarem. Mas não é só o povo da
coragem que forma heróis valorosos. Todos as etnias dos
sete povos que habitam Ohmtar têm sua cota de aventu-
reiros e de heroísmo. Agrippa é um chamariz para esses
heróis, tanto quanto é um chamariz para problemas de
diversas ordens e grandezas.
Altos-elfos. Também chamados de eladrins, os altos-el-
fos de Ohmtar costumam abandonar o Mundo Lendário
em busca de conhecimentos e experiências que só po-
dem ser encontradas no Mundo Material.
Anões. Os anões do Mundo Lendário mantêm relações
comerciais com governos de Agrippa e de tempos em
tempos enviam caravanas para o Mundo Material para
selar um acordo.
Anões-cinzentos. Os dvergar (ou duergar) comerciali-
zam metais e pedras preciosas com os broncos do Norte
de Agrippa. Muitos duergar, entretanto, vêm a Agrippa
em busca de obscuros foragidos.
Broncos. Também chamados de meio-orcs, os broncos
são dominantes nas Terras do Norte de Agrippa, com
suas cidades fortificadas, seus líderes ditatoriais e seus
exércitos armados e prontos para qualquer campanha.
Crias-trocadas. Esses simulacros muitas vezes vivem o-
cultos entre os membros dos povos de Agrippa fazendo-
se passar por uma raça a qual não pertencem.
Divinos. Esses servos dos deuses seguem para Agrippa
com o intuito principal de servir à Igreja de sua divin-
dade, pregar a palavra divina e apoiar os mortais em sua
jornada espiritual.
Donians. Os gigantes do Paraíso seguem para a Agrippa
com o intuito de proteger os mortais das forças infernais
e apoiar as igrejas benevolentes em seus trabalhos co-
munitários.
Draconatos. As criaturas dracônicas do Mundo Pri-
mordial normalmente alcançam Agrippa aleatoria-
mente, tragados pelos vórtices elementais. Alguns deles,
entretanto, o fazem voluntariamente, em busca de relí-
quias do antigo Império que tenham sido levadas por
mercadores ou aventureiros.
58
Os Povos
Elfos. Os elfos são nativos de Agrippa, dominantes nas
florestas das Terras Baixas, guardiões da vida natural e
dos conhecimentos ocultos pelos espíritos da natureza.
Elfos-negros. Também chamados de drows, os elfos-
negros abandonam o Submundo e rumam para Agrippa
por diversos motivos, normalmente sob o comando de
Ryltar, o Grande Bruxo. Suas jornadas costumam envol-
ver o estreitamento de relações com elfos e humanos, a
proteção de obscuros foragidos e a caçada a demônios
que tenham escapado do Inferno.
Eubuleus. Os eubuleus raramente abandonam o Sub-
mundo. Alguns indivíduos, entretanto, buscam através
de jornadas temporárias no Mundo Material a orien-
tação e a experiência necessárias para que possam dar
continuidade à sua missão no Mundo Subterrâneo.
Gal’mi. Os gal’mi que alcançam o Mundo Material
normalmente trabalham como guardiões especiais de
mercadores e da nobreza das Terras Baixas.
Gnolls. Os membros da raça que conseguem escapar do
poder e da influência dos demônios costuma se instalar
nas florestas, em tribos próximas às estradas, onde bus-
cam dar continuidade a suas vidas.
Gnomos. Esses pequenos alienígenas são habilidosos e
extremamente curiosos. O Mundo Material abre para
eles uma janela de infinitas possibilidades.
Halflings. São dominantes nas colinas das Terras Bai-
xas de Agrippa. Os heróis halflings costumam agir em
nome de seu povo em missões diplomáticas ou enfren-
tando ameaças estrangeiras, como criaturas invasoras e
exércitos que ameaças suas fronteiras.
Humanos. São dominantes nas planícies das Terras
Baixas de Agrippa. Como são muito numerosos, sua
movimentação costuma levá-los a ameaças territoriais,
conflitos com outras etnias ou mesmo a mons-
truosidades liberadas por algum tolo curioso.
Kalashes. Os elfos-celestiais, como são chamados pelos
humanos, vêm ao Mundo Material para cumprir pro-
messas feitas por eles às almas que chegam ao Paraíso e
que deixaram algum assunto pendente em vida - que
precisa ser solucionado para que possam ter o merecido
descanso eterno.
Lissos. Também chamados de meio-elfos, os lissos são
grandes artistas e mercadores. Os heróis lissos são des-
bravadores, dispostos a enfrentar as ameaças de Agrippa
e abrir os caminhos para o avanço e o progresso do povo
da coragem.
Metamorfos. Os homens-fera do Mundo Lendário al-
cançam o Mundo Material a partir das Encruzilhadas,
portais protegidos por eles em suas florestas mágicas.
Capítulo 2
Essa viagem geralmente é involuntária, mas sempre há
um ou outro metamorfo mais destemido disposto a
conhecer Agrippa um pouco melhor.
Metastrais. Deslocados no tempo e no espaço, o Mundo
Material é apenas uma das muitas possibilidades de
destino para os metastrais interessados em compre-
ender melhor o multiverso.
Minotauros. Os minotauros costumam vir ao Mundo
Material para desenvolver suas capacidades marciais
em conjunto com os broncos. A relação entre as duas ra-
ças é próxima e de confiança mútua.
Obscuros. Também chamados de humanos-cinzentos,
alguns obscuros fogem para Agrippa, escapando das tro-
pas escravagistas dos anões-cinzentos do Submundo.
Renascidos. Após receber a bênção das divindades hos-
tis e reviver no Inferno, muitos renascidos retornam ao
Mundo Material tentando desfazer seus erros do pas-
sado e conquistarem redenção diante das entidades be-
nevolentes.
Selvagens. Esses mensageiros do Mundo Lendário for-
mam a conexão entre os espíritos do Quinto Mundo e as
entidades da natureza de Agrippa.
Seres-primordiais. O Mestre forjou os seres-primordi-
ais para que eles sejam figuras de destaque no multiver-
so de Ohmtar. De tempos em tempos um ou outro mem-
bro dessa raça é levado pelo destino ao Mundo Material,
onde poderão se tornar heróis valorosos se realizarem as
escolhas corretas.
Tieflings. Essa raça infernal possui um relacionamento
poderoso com as divindades hostis. Os heróis tieflings
vêm ao Mundo Material na tentativa de manter a fúria
dessas divindades contida ou até mesmo combater os
servos dessas divindades que estejam atuando em
Agrippa.
Regras do Jogo: A Origem dos Povos
As etnias que formam os povos de Ohmtar são nativas de cada
um dos Sete Mundos criados pelo Mestre. Em termos de
regras, os membros das raças de personagem dos povos de
Ohmtar devem ser consideradas criaturas de uma das origens
abaixo (conforme as regras e origens apresentadas no D&D
4E Livro do Jogador e no D&D 4E Manual dos Monstros):
* Povo do Amor e da Loucura (Além): origem aberrante;
* Povo da Compaixão (Paraíso): origem imortal;
* Povo da Esperança (Mundo Lendário): origem feérica;
* Povo da Coragem (Mundo Material): origem natural;
* Povo do Medo (Submundo): origem feérica;
* Povo da Inveja (Inferno): origem imortal;
* Povo do Ódio (Mundo Primordial): origem elemental.
59
Os Povos
Regras do Jogo: Testes de Conhecimento
Abaixo apresentamos informações gerais a respeito dos testes
de conhecimento relacionados aos povos de Ohmtar. As
regras de Perícias e de Testes de Conhecimento são apresen-
tadas no livro D&D 4E Livro do Jogador.
Povos de Ohmtar e Perícias Relacionadas
* Arcanismo: Utilize a perícia Arcanismo para testes de co-
nhecimento relacionados aos povos da esperança, do medo e
do ódio;
* Exploração: Utilize a perícia Exploração para testes de co-
nhecimento relacionados ao povo do amor e da loucura;
* História: Utilize a perícia História para testes de conhe-
cimento relacionados à origem dos povos;
* Natureza: Utilize a perícia Natureza para testes de conhe-
cimento relacionados ao povo da coragem;
* Religião: Utilize a perícia Religião para testes de conhe-
cimento relacionados aos povos da compaixão e da inveja.
Dificuldades nos Testes de Conhecimento
Conhecimento Comum
* Origem do povo do personagem (perícia História);
* Descrição, aspectos raciais e características da própria et-
nia do personagem;
* Descrição, aspectos raciais e características das etnias do
mesmo povo do personagem;
* Informações a respeito das cidades, economia, relação com
outras etnias e aptidões étnicas da própria etnia do perso-
nagem;
* Idiomas do povo do personagem.
Conhecimento Especializado
* Informações a respeito das cidades, economia, relação com
outras etnias e aptidões étnicas das etnias do mesmo povo do
personagem;
* Descrição, aspectos raciais e características das etnias dos
outros povos;
* Organizações e personalidades do mesmo povo do perso-
nagem.
Conhecimento Pleno
* Origem de outros povos (perícia História);
* Informações a respeito das cidades, economia, relação com
outras etnias e aptidões étnicas das etnias que formam outros
povos;
* Relação dos outros povos com o Mestre;
* Idiomas dos outros povos;
* Organizações e personalidades dos outros povos.
Capítulo 2 Os Povos

Broncos (Meio-orcs; D&D 4E LdJ2)

Atributos: Força, Destreza
Perícias: Intimidação, Tolerância
Traços Raciais: Resiliência dos Meio-orcs, Investida Célere, Assalto
Furioso
Aptidões Heroicas: Atemorizador, Fanático, Mercenário

Elfos (D&D 4E LdJ)

Atributos: Destreza, Sabedoria
Povo da Coragem

Perícias: Natureza, Percepção

Traços Raciais: Proficiência com Armas dos Elfos, Prontidão Coletiva,
Passo Selvagem, Precisão Élfica
Aptidões Heroicas: Espiritualista, Mago, Protetor, Visionário

Halflings (D&D 4E LdJ)

Atributos: Destreza, Carisma
Perícias: Acrobacia, Ladinagem
Traços Raciais: Ousadia, Reação Lépida, Segunda Chance, Tamanho
Pequeno
Aptidões Heroicas: Cigano, Exterminador, Mensageiro

Humanos (D&D 4E LdJ)

Atributos: Um atributo a escolha
Perícias: Sem bonificações
Traços Raciais: Poder Sem Limite Adicional, Talento Adicional, Perícia
Adicional, Bônus de Defesa dos Humanos
Aptidões Heroicas: Adepto, Agitador, Aprendiz, Herdeiro, Soldado,
Vigilante

Lissos (Meio-elfos D&D 4E LdJ)

Atributos: Constituição, Carisma
Perícias: Diplomacia, Intuição
Traços Raciais: Diletante, Herança Dupla, Diplomacia Coletiva
Aptidões Heroicas: Artista, Fugitivo, Mercador

60
 Capítulo 2
Povo da Esperança Os Povos

Altos-Elfos (Eladrin; D&D 4E LdJ)

Atributos: Destreza, Inteligência
Perícias: Arcanismo, História
Traços Raciais: Educação dos Eladrin, Proficiência com Armas dos Eladrin,
Vontade dos Eladrin, Origem Feérica, Transe, Passo Feérico
Aptidões Heroicas: Acadêmico, Guardião da Muralha, Iniciado, Príncipe

Anões-cinzentos (Duergar; D&D 4E MM2)

Atributos: Constituição, Sabedoria
Perícias: Exploração
Traços Raciais: Espinhos Infernais
Aptidões Heroicas: Escravagista, Teurgista, Violeta
Anões (D&D 4E LdJ)
Atributos: Constituição, Sabedoria
Perícias: Exploração Tolerância
Traços Raciais: Estômago Inabalável, Resiliência dos Anões,
Proficiência com Armas dos Anões, Deslocamento com Sobrecarga,
Firmar-se ao Solo
Aptidões Heroicas: Cervejeiro, Ferreiro, Minerador

Elfos-negros (Drow; D&D 4E MM)

Atributos: Destreza, Carisma
Perícias: Furtividade, Intimidação
Traços Raciais: Transe, Tocado pelas Trevas
Aptidões Heroicas: Folco, Militar, Pactualista
Metamorfo (Nova Raça)
Atributos: Força ou Destreza, Sabedoria
Perícias: Atletismo e Tolerância, ou Acrobacia e Furtividade
Traços Raciais: Metamorfose Feral
Aptidões Heroicas: Caçador, Espreitador, Totemista

Eubuleus (Nova Raça)

Atributos: Sabedoria, Carisma
Perícias: Diplomacia ou Intimidação, Furtividade, Religião
Traços Raciais: Defesa do Eubuleu, Invisibilidade Dourada
Aptidões Heroicas: Executor, Inspirador, Profeta

Minotauro (Nova Raça)

Atributos: Força ou Constituição, Inteligência ou Sabedoria
Perícias: Arcanismo ou Natureza, Percepção
Traços Raciais: Arremetida, Investida com Chifres,
Povo do Medo

Investida Arrebatadora
Aptidões Heroicas: Brutamontes, Observador, Soldado

Obscuros (Nova Raça)

Atributos: Destreza, Inteligência
Perícias: Acrobacia, Furtividade
Traços Raciais: Fuga Sombria, Resistir ao Sofrimento
Aptidões Heroicas: Combatente, Jogador, Orador
Selvagens (Nova Raça)
Atributos: Constituição ou Destreza, Sabedoria
Perícias: Arcanismo, Furtividade, Natureza
Traços Raciais: Forma de Planta
Aptidões Heroicas: Contemplativo, Mensageiro, Sobrevivente

61
Capítulo 2 Os Povos

Povo da Compaixão

Divinos (Nova Raça)

Atributos: Inteligência, Sabedoria
Perícias: História, Religião
Traços Raciais: Aura Angelical, Imunidade Divina, Memória das Almas Enfileiradas
Aptidões Heroicas: Missionário, Pastor, Pesquisador

Donians (Nova Raça)

Atributos: Força, Constituição
Perícias: Religião, Tolerância
Traços Raciais: Firmeza da Montanha de Cristal, Punho do Diamante
Celestial, Pele de Mármore
Aptidões Heroicas: Obreiro, Salvador, Templário

Gnolls (D&D 4E MM)

Atributos: Constituição, Destreza
Perícias: Intimidação
Traços Raciais: Fúria do Sangue, Investida Feroz
Aptidões Heroicas: Furioso, Tribalista, Saqueador

Kalashes (Nova Raça)

Atributos: Sabedoria, Carisma
Perícias: Intuição, Uma perícia a escolha
Traços Raciais: Clareza Mental, Fuga para os Sonhos, Telepatia
Aptidões Heroicas: Alma Gêmea, Encarregador, Iluminador

Renascidos (Nova Raça)

Atributos: Constituição, Destreza
Perícias: Intimidação, Tolerância
Traços Raciais: Vida Passada, Dádiva do Renascimento, Foice Infernal
Aptidões Heroicas: Amargurado, Devoto, Miraculoso

Tieflings (D&D 4E LdJ)

Atributos: Inteligência, Carisma
Perícias: Blefe, Furtividade
Traços Raciais: Sanguissedento, Resistência ao Fogo, Cólera Infernal
Aptidões Heroicas: Apaziguador, Enganador, Herético

Povo da Inveja
62
Capítulo 2 Os Povos

Povo do Amor e da Loucura

Crias-trocadas (Nova Raça)

Atributos: Destreza ou Inteligência, Carisma
Perícias: Blefe, Intuição
Traços Raciais: Cópia Racial, Mente Desconcertante, Copiar Aparência
Aptidões Heroicas: Filho-feérico, Filho-natural, Filho-Subterrâneo

Gal’mi (Nova Raça)

Atributos: Força, Constituição
Perícias: Tolerância, Uma perícia a escolha
Traços Raciais: Construto Vivo, Mente Mecânica, Peitoral de Aço
Aptidões Heroicas: Armeiro, Canalizador, Retumbante

Gnomos (D&D 4E LdJ2)

Atributos: Inteligência, Carisma
Perícias: Arcanismo, Furtividade
Traços Raciais: Mestre Trapaceiro, Furtividade Reativa, Malandro Astuto, Desvanecer
Aptidões Heroicas: Alquimista, Duende Feérico, Embusteiro, Inventor

Draconatos (D&D 4E LdJ)

Atributos: Força, Carisma
Perícias: História, Intimidação
Traços Raciais: Fúria dos Draconatos, Herança Dracônica,
Sopro do Dragão
Aptidões Heroicas: Controlador, Militarista, Primalista, Servidor

Metastrais (Nova Raça)

Atributos: Destreza ou Inteligência, Sabedoria
Perícias: Acrobacia ou Atletismo, Intuição, Percepção
Traços Raciais: Instinto de Combate, Mente Poderosa,
Controle do Corpo e da Mente, Escudo Psíquico
Aptidões Heroicas: Shinto, Tengu, Turuq

Seres-primordiais (Nova Raça)

Atributos: Atributo ligado ao elemento predominante,
Um segundo atributo a escolha
Perícias: Tolerância, Uma perícia a escolha
Traços Raciais: Elemento Predominante
Aptidões Heroicas: Aéreo, Flamejante, Fluido, Rochoso

Povo do Ódio
63
Capítulo 2
ApresentaÇão das Etnias
As etnias que formam os povos de Ohmtar possuem uma série
de características e particularidades que vão além das estatís-
ticas de jogo. Essas características são apresentadas seguindo
o padrão elucidado nesta página.
Nome da Etnia, Povo e Origem. O nome da etnia a ser
detalhada vem sempre acompanhado no Povo de Ohmtar do
qual essa etnia faz parte. Os humanos, por exemplo, fazem
parte do Povo da Coragem. Além disso, é também informada
a Origem do personagem. Por exemplo, por ser membro do
povo da coragem, os humanos são considerados indivíduos de
origem Natural, assim como os elfos. Para saber mais sobre as
origens, consulte o D&D 4E Livro do Jogador e o D&D 4E
Manual dos Monstros.
Bloco de Estatísticas. O bloco de estatísticas apresenta as
informações básicas da etnia em termos de jogo, seguindo o
padrão estabelecido para as raças de personagens (consulte o
D&D 4E Livro do Jogador). Algumas etnias são apresentadas
detalhadamente, enquanto outras fazem referência à raças já
descritas em outras publicações e suportadas pelo D&D 4E
Documento de Referência do Sistema.
Descrição. A descrição das etnias não está direcionada aos
aspectos físicos dos membros da etnia, mas sim a uma série de
aspectos relacionados à ambientação, como a participação
da etnia nos mundos de Ohmtar, a forma como se estruturam
suas sociedades, como se desenvolve a economia dessas etnias
e como os membros da etnia se relacionam com indivíduos de
outras etnias de seu povo de origem.
Crenças. As crenças dos membros da etnia apresentada são
citadas neste bloco. As crenças são uma representação da
relação dos povos de Ohmtar com o Mestre.
Altos-elfos
Povo da Esperança
Origem Feérica (Mundo Lendário)
Estatísticas
Os altos-elfos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça eladrin apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os altos-elfos de Ohmtar são fisicamente
idênticos aos eladrins de outros mundos. Têm longas orelhas
pontiagudas, cabelos e olhos de cores vibrantes, rosto de
traços delicados e corpo esguio.
Em Ohmtar, entretanto, os altos-elfos erguem suas
cidades nas planícies e campos, e não nas florestas. Mas suas
cidades não deixam, por isso, de serem imponentes, fantás-
ticas e encantadoras. Características como arrogância e orgu-
lho são maximizadas aqui, principalmente quando o conheci-
mento arcano deles é questionado.
64
Os Povos
Regras do Jogo: AptidÕes Heroicas
Ao escolher uma das etnias de Ohmtar, o jogador deve
escolher para seu personagem uma das aptidões heroicas
apresentadas. Essas aptidões detalham os alicerces
fornecidos pela etnia do personagem que o levaram a se
tornar um herói. O detalhamento das aptidões heroicas
trazem, em sua descrição, alguns benefícios:
* Idiomas: A escolha da aptidão heroica permite ao persona-
gem obter proficiência automática em determinados idiomas.
* Carreira Heroica favorecida: Cada aptidão heroica pos-
sui uma Carreira Heroica que é considerada sua carreira fa-
vorecida. As carreiras são descritas no Capítulo 5: Os Heróis.
Caso o personagem do jogador pertença a uma classe de per-
sonagem relacionada a um dos arquétipos da carreira herói-
ca favorecida por sua aptidão heroica, ele pode selecionar um
dos Antecedentes disponíveis para esse arquétipo. As regras
para Antecedentes estão disponíveis no D&D 4E Livro do Jo-
gador 2. Além dos benefícios previstos nas regras, os antece-
dentes apresentados no Capítulo 5 fornecem um poder sem
limite gratuito, adicional aos já possuídos pelo personagem.
* Opções de Personalização: Cada aptidão heroica ofere-
ce uma ou mais opções de personalização. Com autorização
do Mestre do Jogo, o jogador pode optar por substituir uma de
suas características raciais (apresentadas nas estatísticas da
raça/etnia) pela característica apresentada neste bloco. Caso
a aptidão heroica ofereça mais de uma opção de personali-
zação, o jogador pode optar por fazer todas as substituições
que desejar para o seu personagem heroico, se o Mestre permi-
tir. Características de Origem não podem ser substituídas
desta forma (por seguirem orientações específicas para elas).
As opções deixadas de lado durante a construção do persona-
gem podem ser adquiridas posteriormente com o gasto de
talentos, partindo de uma avaliação de mestre e jogador(es).
Os altos-elfos são dominantes nas planícies da Terra das
Fadas, o grande continente encontrado no Mundo Len-
dário. Esses humanóides impressionantes são belos, vai-
dosos, arrogantes e orgulhosos como ninguém em todo o
multiverso.
Apesar do nome, os altos-elfos não possuem
parentesco com os elfos nativos de Agrippa, mas eles
usam esse título para sua raça por colocá-los numa posi-
ção semanticamente superior.
Os eladrins (como também são chamados) a-
dotaram ao longo do tempo uma postura de Guardiões
do Mundo Lendário. São eles os detentores dos grandes
segredos arcanos, são eles os que possuem as cidades
mais majestosos, são eles que habitam os mais belos
campos. Todos esses pontos podem ser, e são, questio-
nados pelas outras etnias. Mas uma situação é inquestio-
nável: os altos-elfos são os guardiões da Muralha Celes-
tial. Aos desatentos, a Muralha Celestial é uma estrutura
Capítulo 2
mágica indestrutível que atravessa o continente do
Mundo Lendário de um extremo a outro, separando a
Terra das Fadas (formada por florestas, campos e
colinas, ao sul) das Montanhas dos Gigantes (ao norte). A
Muralha Celestial é, também, a passagem para o Paraíso
e é através dela que os anjos e outros enviados das divin-
dades benevolentes alcançam o Mundo Lendário.
Mas, enquanto a maioria vê arrogância, or-
gulho e excesso de confiança, os estudiosos do com-
portamento mortal e também das forças do cosmos (os
monges do Limiar, por exemplo) percebem algumas
nuances que podem ser explicadas de uma forma mais
poética. Os altos-elfos são membros do povo da espe-
rança e, como tal, representam a plenitude deste senti-
mento: crença, fé. E, como deve ser, a esperança deve
partir primeiro da autoconfiança. Obviamente, quando
levada ao extremo, o que poderia ser uma virtude se
torna um defeito.
Cada etnia manifesta sua esperança de uma
forma diferente. Enquanto os anões acreditam na se-
gurança trazida por suas fortalezas e os minotauros a-
creditam na sua própria força e poderio militar para a
garantia de um futuro melhor, os altos-elfos acreditam
no seu conhecimento da magia arcana e nas forças ocul-
tas que regem o tecido da realidade.
Cidades dos altos-elfos. Os altos-elfos de Ohmtar er-
guem suas cidades nas planícies e campos do Mundo
Lendário. Essas cidades são feitas em sua maioria de
mármore, de diversas cores, com torres imensas pin-
tadas de ouro e prata. A mesma beleza é levada para as
muralhas que protegem essas cidades. É possível ver to-
da a história dessas cidades em entalhes e gravações fei-
tas nas muralhas através de pigmentos que nunca des-
gastam e magias que nunca se apagam.
No centro das cidades dos altos-elfos há sem-
pre uma torre com centenas de metros de altura. Essa
torre, chamada de Palácio Arcano, é o centro adminis-
trativo da cidade, local de trabalho dos Chefes-de-Clã.
Nos Palácios Arcanos estão localizadas também as Bibli-
otecas Primárias, onde são guardados os itens mais im-
portantes do precioso acervo cultural dos altos-elfos.
Criaturas fantásticas sempre podem ser vistas
voando sobre as cidades, como pássaros coloridos, ma-
cacos alados e, principalmente, pégasos e hipogrifos,
que costumam habitar os campos floridos que envolvem
as fabulosas cidades dos altos-elfos.
Kalindron: Localizada no coração do Mundo
Lendário, a mais importante cidade dos altos-elfos foi
erguida pelo poderoso clã Mithrandir diante da Mura-
lha Celestial. Esta cidade é a guardiã da passagem mági-
ca que leva ao Paraíso, a morada das divindades benevo-
lentes de Ohmtar. Para saber mais sobre Kalindron, con-
sulte o Capítulo 4: Os Mundos.
Economia dos altos-elfos. Como em todas as etnias do
povo da esperança, os altos-elfos evitam se relacionar
65
Os Povos
com outras cidades, mantendo-se isolados em relação ao
restante do seu mundo e produzindo tudo o que é neces-
sário para o seu Clã. Se algo não está disponível, eles
mudam seus hábitos. As flores e as ervas dos campos são
a base da alimentação, diretamente presentes nas me-
sas dos altos-elfos, ou indiretamente, como insumo para
a alimentação das abelhas e produção de mel.
Os altos-elfos, entretanto, são uma exceção
dentro do povo quando se abrem para negociar e
comercializar itens com outras etnias do Mundo Len-
dário e, também, com etnias do Mundo Material. Isso
porque os altos-elfos são a etnia responsável por prover
todo tipo de suprimento mundano consumido pelas
almas do Paraíso e pelos povos que habitam os reinos
dos deuses.
Relação com outras etnias. Os altos-elfos são difíceis...
Eu digo isso por experiência própria, pois já fui um deles,
quando ainda era um mortal. Cada alto-elfo se considera
um escolhido das forças do destino, o grande iluminado
pelos deuses benevolentes que habitam o Paraíso e se
conectam aos mortais a partir da cidade eladrin de Ka-
lindron.
A relação pacífica entre os arrogantes altos-
elfos e as raças do Mundo Lendário vêm das negociações
que correspondem ao atendimento às necessidades do
Paraíso. Se o motivo não é atender um pedido dos
deuses, dificilmente algum rei ou barão abrirá seus por-
tões para uma delegação eladrin.
Mas existem as relações hostis, e não são pou-
cas. Os altos-elfos constantemente lançam suas tropas ao
combate contra os minotauros que avançam sobre seus
campos ou sobre os anões que ousam se aproximar da
Muralha Celestial sem autorização. Não sem motivo,
anões e minotauros, principalmente, dizem que os altos-
elfos são os humanos do Mundo Lendário. O que, para o
povo da esperança, não é um elogio.
Altos-elfos e o Mundo Material. Os altos-elfos costu-
mam viajar ao Mundo Material para realizar negócios
com os humanos dos Braços Verdejantes. Entre os re-
sidentes de Agrippa, a maioria dos altos-elfos consiste de
estudiosos das artes arcanas, que servem de professores
e mentores na Universidade de Angabar, por exemplo, e
também de membros das igrejas dedicadas às divinda-
des benevolentes.
CrenÇas
Os altos-elfos possuem uma relação muito forte com a
Muralha Celestial e com a missão de proteger a passa-
gem para o Paraíso. Dessa forma, os altos-elfos são ser-
vos das divindades benevolentes que governam Ohmtar
a partir do Paraíso. Mesmo os altos-elfos malignos idola-
tram esses deuses, enaltecendo os aspectos punitivos
dessas divindades, como a inquisição pregada por mui-
tos servos de Saint Londahar e o poder implacável de
Ohm, o deus-sol.
Capítulo 2
A Igreja da Espada Celestial é dominante nas
grandes cidades eladrins que protegem a Muralha, prin-
cipalmente em Kalindron, a poderosa cidade do Clã
Mithrandiriann. É a igreja dedicada a Ananayan, deusa
dos territórios e das fronteiras, Jangall, deus da guerra e
da civilização, e Saint Londahar, deus da justiça. A Igreja
da Bênção Sagrada, dedicada a Frenn, deus das colhei-
tas, Sálvia, deusa dos lares, e Ohm, deus da bondade e da
espiritualidade, é dominante nas cidades eladrins mais
distantes da Muralha.
Muitos altos-elfos, além de devotos dos deuses,
dedicam sua espiritualidade à Filosofia, mais precisa-
mente aos ideais trazidos pela Tradição de Ohmnia, que
prega a Esperança como emoção fundamental e neces-
sária ao equilíbrio das forças de Ohmtar.
AptidÕes Heroicas
Os altos-elfos são tão fechados em sua cultura que difi-
cilmente eles se tornam heróis. Mas o Mestre é imprevi-
sível e ele sempre encontra uma maneira de conduzir os
eventos para que um indivíduo, mesmo o mais des-
crente, desperte sua semente de poder. Os altos-elfos
costumam viver quase 150 anos mergulhados em suas
cidades, ou viajando em suas comitivas. Os heróis altos-
elfos surgem quando eles escolhem abandonar esse
status quo e decidem descobrir o mundo e aprender
com a imensidão de conhecimento que pode ser encon-
trada além das muralhas de mármore.
Alto-elfo AcadÊmico
O alto-elfo acadêmico passou grande parte de sua vida
mergulhado em uma biblioteca, estudando os segredos
da magia arcana, os rituais, a história de seu Clã, de seu
povo e de seu mundo. Num dado momento eles
percebem que aquele conhecimento não é o suficiente.
Em alguns casos há um dedo do Destino, quando o alto-
elfo descobre alguma fórmula, alguma história ou algum
segredo oculto que, para ser plenamente compreendi-
do, requer uma busca, uma jornada.
Os altos-elfos acadêmicos costumam ser os
responsáveis por pregar a Esperança entre as etnias do
Mundo Lendário e mesmo de outros mundos, através
dos ideais da Tradição Ohmniana. Eles acreditam que os
altos-elfos possuem um papel importante na manuten-
ção da ordem cósmica e que todas as raças e povos de-
vem exercer seus papéis contra as ameaças lançadas pe-
lo Mestre, pois chegará o momento em que nada mais
poderá ser feito e somente a esperança será capaz de
romper as trevas.
Idiomas: Heroico, Lendário, Alto-élfico, Anão
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Constitui-
ção ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Religião ou
+2 em História
66
Os Povos
Talento Adicional: O alto-elfo recebe um talento adi-
cional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Alto-elfo Guardião da Muralha
Algumas famílias de altos-elfos são formadas por milita-
res tradicionais, dedicados por diversas gerações a guar-
dar a Muralha Celestial e impedir que mortais vindos do
próprio Mundo Lendário ou de outros mundos (como
muitos aventureiros do mundo de Agrippa) alcancem o
Paraíso sem a permissão das divindades. Esses soldados
são treinados por mentores experientes e acreditam que
sua luta vai muito além; se vêem imbuídos com a missão
sagrada de impedir que as forças infernais alcancem o
Sexto Mundo e, com isso, que uma nova batalha entre as
divindades leve Ohmtar à ruína.
Idiomas: Heroico, Lendário, Alto-élfico, Celestial.
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Força ou
+2 em Destreza
Bônus nas Perícias: +2 em História; +2 em Exploração ou
+2 em Intimidação
Proficiência com Armas dos Guardiões da Muralha: O
alto-elfo é proficiente com o uso da espada
bastarda.
Alto-elfo Iniciado
Muitos altos-elfos têm uma vida difícil, quase imprati-
cável. A sociedade eladrin é dura, exigente. Os altos-el-
fos devem ser sempre os melhores, os mais poderosos, os
mais bem treinados, os mais cultos. Nem todos os altos-
elfos o são: muitos vivem de impressões, de mentiras que
lhes garantam alguma posição mais confortável na soci-
edade. Outros, entretanto, optam por questionar essa so-
ciedade. Desses, poucos são os que conseguem suportar
as sanções da sociedade eladrin, mas sempre existem a-
queles que são fortes de espírito. São os verdadeiros por-
tadores da esperança, que acabam se abrindo para um
novo mundo, uma nova existência.
Idiomas: Heroico, Lendário, Alto-élfico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em História, +2 em Manha
Fortitude do Iniciado: O alto-elfo recebe +1 de bônus ra-
cial em sua defesa de Fortitude. Além disso, ele
recebe +5 de bônus racial em seus testes de
resistência contra venenos e doenças.
Alto-elfo Príncipe
Os Chefes-de-Clã são os mais poderosos membros de u-
ma cidade do povo da esperança. Com os altos-elfos isso
não é diferente. Eles são os tomadores de decisão e lí-
deres da sociedade eladrin. Como todo bom nobre, a ca-
pacidade de liderança está no sangue, e não na mente.
Capítulo 2
Por esse motivo, os príncipes e princesas, filhos dos Che-
fes-de-Clã, são os membros mais exigidos da sociedade,
treinados para comandarem militarmente e espiritual-
mente suas cidades.
Idiomas: Heroico, Lendário, Alto-élfico
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Carisma ou
+2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Diplomacia ou
+2 em História
Proficiência com Armaduras da Nobreza Eladrin: O alto-
elfo iniciado é proficiente com o uso de armadu-
ras de placas.
AnÕes
Povo da Esperança
Origem Feérica (Mundo Lendário)
Estatísticas
Os anões de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da raça
anão apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os anões de Ohmtar, diferentes dos anões
de outros mundos, são criaturas feéricas. Ao contrário das
outras fadas do Mundo Lendário, os anões rejeitam a magia e
o conhecimento arcano. Para eles, o poder sobrenatural digno
vem do apoio prestado pelos espíritos ancestrais, que sempre
acompanham os anões em suas batalhas. Os anões são xama-
nistas em sua essência. Após milênios combatendo as cria-
turas feéricas que avançam sobre seu território, os anões do
Mundo Lendário desenvolveram uma resistência extraordi-
nária às habilidades “mágicas” de muitas fadas, principal-
mente nas batalhas contra os gigantes feéricos.
Enquanto os altos-elfos dominam as planícies do Mundo
Lendário, os anões são a raça dominante das montanhas
e dos subterrâneos da Terra das Fadas. Esses indivíduos
atarracados são vigorosos, como massas achatadas de
músculos. Batalhadores e determinados, eles interca-
lam suas horas de trabalho nas minas ou de treinamento
militar com tantas outras horas de beberragem. Afinal,
só há uma coisa que os anões valorizam mais do que
cerveja fermentada em suas cavernas: suas volumosas
barbas.
Os anões são conhecidos por guardarem no
mais profundo salão de seu reino O Conhecimento, o se-
gredo máximo do controle da magia arcana. No passado,
os anões entraram em guerra contra os altos-elfos, que
roubaram esse conhecimento e ensinaram às outras
raças.
Para os anões, o conhecimento arcano deve ser
mantido onde está, intocado, e a Alta Magia nunca deve-
rá ser compreendida pelos mortais ou os Sete Mundos
cairão em ruínas. Seguindo esta crença, muitos anões
67
Os Povos
passaram a temer a magia. Como raça nativa do Mundo
Lendário, os Anões têm a magia fluindo em seu corpo,
em sua mente e em seu espírito. Por isso eles treinam
seus corpos para se tornarem verdadeiras armaduras
invulneráveis à magia arcana e, principalmente, resisti-
rem à tentação de utilizá-la um dia.
O Reino dos anões. Rumnahein, o Reino dos Anões, é
na verdade um gigantesco complexo de salões fortifi-
cados, masmorras e minas que tomam grande parte dos
subterrâneos das Terras das Fadas e parte das Monta-
nhas dos Gigantes. Os vários acessos a Rumnahein
sempre estão nas montanhas, e por esse motivo os anões
são ditos habitantes das montanhas, o que não é total-
mente verdade, portanto.
Os anões acreditam na importância dos seus
clãs e nos seus ancestrais. Os clãs dividem o território do
reino em áreas menores, as Terras dos Clãs. Cada um
desses territórios menores traz no centro um salão cha-
mado Salão dos Heróis, cavernas escavadas e lapidadas,
com colunas gigantescas, relíquias, artefatos e pedras
preciosas. Nas paredes e nas colunas é possível ver a
história do Clã sendo contada em imagens e em runas.
Nos Salões dos Heróis são realizados as prin-
cipais cerimônias, sendo a principal a nomeação do
Barão-do-Clã e seus Chefes. O Barão-do-Clã é o líder
militar e comercial dos territórios anões. Cada Clã,
entretanto, possui um Ancião, o anão mais velho e que
atua como líder espiritual da raça. Os Anciãos são os que
entram em contato com os espíritos dos ancestrais em
busca de orientações.
Rumnahein: O reino dos anões é um lugar gran-
dioso, repleto de salões habitados por diversos clãs. Para
saber mais sobre Rumnahein, consulte o Capítulo 4: Os
Mundos.
Economia dos anões. Enquanto os altos-elfos, que não
conhecem a metalurgia, se dizem superiores por porta-
rem armas e armaduras milenares, os anões extraem o
metal de suas montanhas e produzem incessantemente
armas e armaduras poderosas. Além de armeiros - os
melhores de Ohmtar - os anões extraem metais precio-
sos e gemas, como ouro, prata e diamantes. Eles utilizam
essas riquezas para elaborar objetos de arte, coroas,
cetros, tronos e adornar, também, suas armas e
armaduras. Esses objetos, sim, são utilizados nas nego-
ciações entre os clãs. O Clã mais rico, entretanto, não é o
clã dono das minas ou o clã armeiro, mas sim o Clã
Maldonai, o Clã Cervejeiro!
Relação com as outras etnias. Os anões se relacionam
relativamente bem com as outras etnias, apesar de sua
natureza militarista. Eles possuem boas relações com os
minotauros das colinas, inclusive promovendo campa-
nhas conjuntas contra ameaças menores que volta e
meia se manifestam nas Montanhas dos Gigantes.
Alguns anões mantém contato com o Mundo
Capítulo 2
Material e, por sua vez, cultivam uma relação pacífica
com os metamorfos das florestas - ou não conseguiriam
autorização para atravessar de um mundo ao outro.
Os altos-elfos e os anões, entretanto, são prati-
camente inimigos mortais. Forças do destino poderão
fazer com que eles trabalhem lado a lado, mas será um
caso raro e excepcional. Muitas batalhas infrutíferas são
iniciadas pelos altos-elfos quando uma patrulha anã se
aproxima demais da Muralha Celestial, mesmo nas
regiões em que a Muralha adentra as fronteiras de
Rumnahein.
Anões e o Mundo Material. Os anões realizam gran-
des negócios com os humanos do Mundo Material. Eles
produzem a maioria das armas e armaduras utilizadas
pelos humanos, e são também responsáveis por extrair
grande parte dos minérios e pedras preciosas utilizados
pela nobreza das Terras Baixas. É comum encontrar ca-
ravanas de anões seguindo viagem em direção a uma po-
derosa capital ou Cidade-Estado, sempre protegidos pe-
los mais poderosos guerreiros de Rumnahein. Anões e
broncos, entretanto, possuem relações hostis e muitas
batalhas já foram travadas nas terras arenosas do Norte.
CrenÇas
Os anões são muito claros em sua devoção aos espíritos -
ancestrais. São ancestrais guerreiros, ancestrais ferrei-
ros, ancestrais cervejeiros, todos com nomes gravados
na história e nas lendas anãs, dizendo aos anões como
dar continuidade ao legado deixado por eles.
Os espíritos de maior prestígio entre os anões
são os Anões Dourados, os antigos cervejeiros da
sociedade anã, que permanecem ao lado dos xamanistas
ensinando as técnicas da fabricação da bebida que é a
alma da cultura desta raça. Os aventureiros e heróis a-
nões costumam, também, ser acompanhandos por espí-
ritos de anões que passaram por experiências similares
no passado, como guerreiros que lutaram guerras me-
moráveis ou desbravadores que percorreram os Sete
Mundos de Ohmtar antes de alcançarem a imortalidade
(tornando-se espíritos).
AptidÕes Heroicas
Um anão pode ser motivado por muitas coisas, princi-
palmente quando suas realizações trouxerem honra ao
Clã - o que invariavelmente também lhe trará respeito e
reconhecimento. Em busca dessa honra, o anão iniciará
uma cruzada, o que pode significar ingressar nas fileiras
que batalharão contra gigantes e trolls em prol da defesa
de seu reino, ou mesmo lançar-se em uma jornada que
irá levá-lo a enfrentar os perigos do distante Mundo
Material na tentativa de localizar uma relíquia perdida
de seu Clã.
Anão Cervejeiro
Os anões cervejeiros são anões divertidos, supersti-
68
Os Povos
ciosos, mas são os anões mais sábios de todos. Dizem,
inclusive, que eles são meio perturbados. É comum ver
um anão conversando sozinho enquanto trabalha no
processo de fermentação da cerveja. Só quem é um anão
sabe a verdade, que o anão cervejeiro conversa com os
espíritos dos cervejeiros ancestrais que lhes dão as dicas
para a bebida perfeita. Não à toa, os anões cervejeiros são
os espiritualistas da raça anã. São eles que entram em
contato com as forças sobrenaturais para descobrir o
melhor momento da colheita da cevada, os dias em que
as cavernas estão na temperatura ideal e quando as nas-
centes terão as águas mais puras e límpidas. Não há mal-
dição maior para um anão cervejeiro do que ser tocado
pela mácula arcana e ter sua cerveja contaminada.
Idiomas: Heroico, Lendário, Anão, Élfico
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Carisma ou
+2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Natureza
ou +2 em Religião
Proteção contra Magia: O anão recebe +1 de bônus racial
em sua defesa de Vontade. Além disso, ele
recebe +5 de bônus racial nos testes de
resistência contra efeitos de Encanto.
Anão Ferreiro
Na cultura dos anões poucas coisas são mais honradas
que um soldado ser capaz de forjar sua própria arma ou
criar sua própria armadura. Os anões ferreiros são os
grandes combatentes do Reino dos Anões. Eles
carregam armas e armaduras feitas sob medida por eles
próprios. O conhecimento das manobras de luta corpo-
ral permite ao ferreiro desenvolver as armas e arma-
duras mais balanceadas. Conhecer os detalhes de sua ar-
ma permite ao combatente tirar o melhor proveito dela
no campo de batalha.
Idiomas: Heroico, Lendário, Anão
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia ou +2 em Explo-
ração; +2 em Tolerância ou +2 em Intimidação
Proficiência com Armaduras dos Anões: O anão é profi-
ciente com o uso de armaduras de placas.
Anão Minerador
As minas de Rumnahein são cobiçadas por muitas cria-
turas, como gigantes e trolls que de tempos em tempos
avançam em direção ao Reino dos Anões para saquear
suas preciosidades. Por esse motivo, os trabalhadores
das minas devem estar preparados para impedir o avan-
ço dessas criaturas ou mesmo caçá-las antecipadamen-
te, liberando caminhos nas profundezas para a passa-
gem dos produtos extraídos da rocha. Para ser um anão
minerador é preciso muita coragem. É um trabalho
Capítulo 2 Os Povos

arriscado que exige bastante do físico e da mente de um

anão, de forma que os anões mineradores devem ser os
AnÕes-cinzentos
Povo do Medo
melhores, os mais equilibrados e os mais bem dispostos.
Origem Feérica (Submundo)
É preciso conhecer as fraquezas das forças inimigas an-
tes de ser capaz de lançar-se em batalha, e os minerado-
Estatísticas
res sabem muito bem disso. Eles conhecem cada espé-
cie de fungo, de troll ou de goblinóide que vaga pela es-
Os anões-cinzentos de Ohmtar possuem as mesmas estatísti-
curidão de suas cavernas. Sabem quais as rochas são va-
cas da raça duergar apresentada no D&D 4E Manual dos
lorizadas por essas criaturas e quais os caminhos são os
Monstros 2.
mais perigosos e mais propensos a serem utilizados em
uma investida massiva contra as forças de Rumnahein.
Particularidades. Os anões-cinzentos de Ohmtar não são
Se os ferreiros são a nobreza das tropas anãs, os mine-
necessariamente malignos. Eles têm consciência de que seus
radores são a linha de frente dessa raça, tanto no traba-
atos são extremos (o escravagismo, por exemplo), mas con-
lho diário quanto nas batalhas. E não há como discutir o
sideram que possuem motivos suficientes. Para sobreviver no
quanto o trabalho, a cerveja e as batalhas são valoriza-
Submundo é preciso superar as dificuldades que as cavernas e
das pelos anões. Por esse motivo, talvez os mineradores
a escuridão trazem. Eles consideram que não podem contar
merecessem ser os verdadeiros reis de Rumnahein.
com a sorte e, se for preciso subjugar as outras raças pelo bem
Idiomas: Heroico, Lendário, Anão de sua própria, o farão. Além disso, os anões-cinzentos são
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas tementes ao poder dos deuses hostis aprisionados no Inferno,
Opções de Personalização: e farão o possível para apaziguar essas entidades.
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Consti-
tuição ou +2 em Força Esses anões de pele cinzenta, quase negra, de cabelos e
Visão: Escuro barbas brancos como a luz do dia, foram durante muito
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo ou +2 em Nature- tempo encarados como a contraparte maligna dos anões
za; +2 em Exploração ou +2 em Tolerância
nativos do Mundo Lendário. Nativos do Submundo, o
Proficiência com Armaduras dos Anões: O anão é profi-
mundo do medo encravado nas profundezas do Mundo
ciente com o uso de armaduras de placas.
Material, os anões-cinzentos preferem usar um outro
Fortitude dos Anões: O anão recebe +1 de bônus racial
nome para denominar sua raça: dvergar.
em sua defesa de Fortitude.
Os anões-cinzentos são robustos, frios como as
rochas e extremamente rudes. Conversar com um anão-
Anão Proscrito
cinzento é tão empolgante quanto organizar uma festa
No coração da Forja, o lugar mais profundo e protegido
com a ajuda de uma muralha de granito. Ela estará onde
de todo o reino de Rumnahein, os anões guardam Alta
se imagina, mas não espere uma resposta, uma opinião
Magia, impedindo que o poder bruto da magia arcana
ou um sorriso.
seja tocado pelas raças de Ohmtar. Os espíritos dos an-
Os hábitos dessas criaturas são tidos como
cestrais anões protegem a Força, mas de tempos em tem-
perturbadores (mesmo para as outras etnias do medo,
pos a Alta Magia pulsa e macula toda uma geração de a-
que têm sua cota de caos e maldade) e são a principal ra-
nões de Rumnahein. Poucos sobrevivem, deformados -
zão para sua fama de “criaturas do mal”, mas seus valo-
em corpo ou em mente - o suficiente para serem expul-
res e sua cultura são poderosos, desenvolvidos através
sos das montanhas. Alguns desses anões fogem para o
de milênios de tradições enraizadas em cada ação, em
Mundo Material, onde buscam compreender melhor
cada opinião, e em cada crença dos membros desta raça.
sua natureza e o poder que carregam dentro de si, na
tentativa de, um dia, serem aceitos ao menos uma vez
As montanhas dos anões-cinzentos. Os dvergar er-
por seu clã de origem.
guem suas cidades nas chamadas Montanhas do Sub-
Idiomas: Heroico, Lendário, Anão
mundo. Essas montanhas erguem-se com centenas, ou
Carreira Heroica favorecida: Mágico
mesmo milhares, de metros de altura, no interior das
Opções de Personalização:
Cavernas do Submundo, bolsões subterrânoes do tama-
Valores de Atributo: +2 em Inteligência ou +2 em
nho de reinos, com quilômetros de diâmetro, verda-
Carisma; +2 em Força ou +2 em Constituição
deiras bolhas no interior das rochas que formam o
Visão: Escuro
Mundo Material.
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Exploração
Essas montanhas são como gigantescas esta-
ou +2 em Tolerância
lagmites. Os anões-cinzentos constroem suas cidades
Proteção contra Magia: O anão recebe +1 de bônus racial
em sua defesa de Vontade. Além disso, ele nas faces externas dessas montanhas. As cidades, entre-
recebe +5 de bônus racial nos testes de tanto, penetram na rocha profundamente, onde estão lo-
resistência contra efeitos de Encanto. calizadas as grandes minas de metais e pedras preciosas.
Os líderes dos clãs dos anões-cinzentos nor-

69
Capítulo 2
malmente são os detentores das galerias com maior
quantidade de recursos minerais, ou mesmo os barões
que possuem a maior quantidade de escravos.
Os Três Clãs de Âmbar: Assim são chamados os
clãs mais poderosos e influentes de anões-cinzentos no
Submundo. As maiores cidades desta raça são domina-
das cada uma por um desses clãs: Hellinum-Áinkaldur,
Minngull-Hvítt e Steypa-Stalskuggi. Para saber mais a
respeito destas cidades, consulte o Capítulo 4: Os
Mundos.
A economia dos anões-cinzentos. Os dvergar são
grandes mineradores. Os metais e pedras preciosas ex-
traídos de suas montanhas são, grande parte das vezes,
vendidos de forma bruta para o povo da superfície, prin-
cipalmente para os broncos das Terras do Norte de
Agrippa. Suas cavernas são perigosas e instáveis. Para
garantir as riquezas de suas cidades e arriscar a menor
quantidade possível de anões-cinzentos nos trabalhos
pesados, os dvergar utilizam escravos de outras raças do
medo, principalmente obscuros (também conhecidos
como humanos-cinzentos).
As cidades dos anões-cinzentos costumam ne-
gociar escravos umas com as outras. Minério também é
negociado quando há o interesse de um ou mais barões
em intermediar a negociação das riquezas de suas cida-
des com o povo da superfície.
Relação com outras etnias. Os dvergar e os elfos-
negros possuem uma relação de respeito e temor. Os
anões-cinzentos conhecem os poderes mágicos dos elfos
subterrâneos e sabem muito bem da relação muito pró-
xima desses elfos com Ryltar, a entidade conhecida tam-
bém como O Grande Bruxo, o Rei de todo o Submundo.
Os elfos-negros, por sua vez, sabem do poderio militar
dos anões-cinzentos e dos segredos tenebrosos que eles
guardam, intocáveis, no coração de suas montanhas.
Os obscuros, vulgo humanos-cinzentos, têm os
dvergar como seus maiores inimigos. Os anões do Sub-
mundo avançam ferozmente sobre as terras dos obs-
curos, atacando sua população, escravizando homens e
mulheres, assassinando velhos e crianças.
Os eubuleus, por sua vez, são vistos como uma
lenda pelos anões-cinzentos, “Contos de Fadas” utiliza-
dos pelos obscuros para afugentarem suas forças.
Anões-cinzentos e o Mundo Material. Os anões-cin-
zentos raramente se aventuram pela superfície. Isso
costuma acontecer, entretanto, quando um barão quer
demostrar superioridade perante outros indivíduos de
seu próprio Clã ou de seus rivais. «Alcançar o mundo
ensolarado e negociar com os povos brancos» é um
evento de grande glória para os anões-cinzentos, capaz
de trazer enorme reputação tanto ao patrocinador da
empreitada quanto aos indivíduos que viajaram em seu
nome.
70
Os Povos
CrenÇas
O povo do medo é um povo temente ao Submundo e às
forças que a escuridão oculta em suas cavernas. Ryltar, o
Grande Bruxo, é a entidade que representa o medo em
suas mais diversas formas. É a grande entidade que
governa o Submundo, e todas as outras são apenas seus
aspectos.
Ryltar, o Grande Bruxo, é a entidade máxima
adorada (e temida) pelas raças do Submundo. Tido
geralmente como o Grande Líder Espiritual do povo do
medo, essa criatura milenar, um Agente do Destino, é
detentora do poder que mantém os Portões do Inferno
fechados há milênios: a Semente do Medo, a emoção
que dá forma ao Mundo Subterrâneo e a todas as coisas
nascidas no coração de suas cavernas. A história de
Ohmtar cita as lendas a respeito da entidade, e também
do momento em que Ryltar se entitulou Rei do Sub-
mundo.
Os anões-cinzentos são devotos de Ryltar,
reconhecendo sua divindade e dirigindo à ela suas
preces. Eles buscam em Ryltar a compreensão das forças
infernais, das palavras demoníacas que ecoam pelo
Submundo e imploram por uma orientação da entidade
para apaziguarem as divindades hostis aprisionadas no
Inferno.
Os anões-cinzentos adoram Ryltar cegamente.
Ele surge para eles como uma divindade poderosa e,
principalmente, neutra quanto às divergências entre o
Bem e o Mal. Ryltar trouxe os anões-cinzentos às igrejas
dedicadas às divindades hostis de Ohmtar: a Igreja da
Morte e do Sofrimento, dedicada a Artangul (a morte),
Tiamat (a tirania) e Kranitar (os segredos), e a Igreja da
Lança Vermelha, dedicada a Cyan (o pânico), Ha (o
conflito) e Todoth (a destruição).
Os anões-cinzentos acreditam que chegará o
dia em que as divindades infernais romperão os Portões
do Inferno e iniciarão uma campanha em direção ao
Paraíso. Com esse evento fatídico em vista, eles tentam
preparar a raça para a destruição inevitável. Enquanto
esse dia não vem, os anões-cinzentos oram e realizam sa-
crifícios na tentativa de adiar esse evento de todas as
maneiras.
AptidÕes Heroicas
Os anões-cinzentos são protetores de suas famílias, de
seus clãs e de suas propriedades. Eles enfrentarão cria-
turas monstruosas alienígenas para salvar um escravo se
este lhe for importante, e atravessarão as galerias escu-
ras do Submundo para se vingar de um ataque promo-
vido por um clã inimigo, sozinho ou acompanhado de
um exército. O medo move os anões-cinzentos em
muitas direções, mas nenhuma delas se refere à
estagnação. Muitos deles seguem para o Mundo Mate-
rial buscando desafiar as lideranças de sua cidade ou
provar que são capazes de sobreviver à luz de Ohm, ou
mais: sobreviver sem a proteção do Grande Bruxo.
Capítulo 2 Os Povos

Anão-cinzento Escravagista Carreira Heroica favorecida: Místico

Os anões-cinzentos se destacam em sua sociedade pela Opções de Personalização:
sua quantidade de posses, que incluem escravos - da Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Sabedo-
etnia dos obscuros, em sua maioria. Para comandar os ria ou +2 em Carisma ou +2 em Constituição
escravos e garantir que não haja nenhum levante ou Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Arcanismo
rebelião, os dvergar escravagistas precisam ser inti- ou +2 em Intimidação ou +2 em Religião
midadores e poderosos. Os escravagistas heróis surgem, Talento Adicional: O anão-cinzento recebe um talento
principalmente, quanto os escravos precisam ser prote- adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
gidos de uma ameaça externa. Nesses casos, os escravos requisitos do talento.
passam a respeitá-lo ao invés de simplesmente temê-lo.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Dvergar
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Broncos
Povo da Coragem
Opções de Personalização:
Origem Natural (Mundo Material)
Valores de Atributo: +2 em Constituição; +2 em Força ou
+2 em Carisma
Estatísticas
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Intimida-
ção ou +2 em Manha ou +2 em Socorro
Os broncos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
Talento Adicional: O anão-cinzento recebe um talento
raça meio-orc apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Particularidades. Os broncos de Ohmtar (também conhe-
cidos como meio-orcs) são uma raça sem uma origem órquica
Anão-cinzento Teurgista
como se imaginaria. A referência se dá apenas pela aparência
Os anões-cinzentos são tementes às divindades malig-
animalesca dos broncos, por muito tempo considerados bár-
nas aprisionadas no Inferno. Eles oram à Ryltar, O Gran-
baros selvagens e incultos - um preconceito ainda presente
de Bruxo, buscando compreender os anseios das enti-
nas brincadeiras e piadas dos humanos mais humildes. A
dades e o significado das palavras demoníacas que eco-
cultura dos broncos é muito similar às sociedades humanas de
am pelos Portões do Inferno em suas preces e rituais. Os
alta beligerância: rígidas, ditatoriais, conservadoras. Diversos
heróis teurgistas surgem em uma jornada que tem como
motivos (como a escassez de recursos das Terras do Norte) tor-
principal objetivo apaziguar a vontade feroz das divin-
naram os broncos pessoas duras, frias. Um bronco raramente
dades hostis e impedir, mesmo que temporariamente,
rirá de uma piada, raramente cumprimentará alguém por
que elas avancem com suas forças em direção ao Mundo
educação (mas o fará por formalismo sem questionar), e
Subterrâneo.
raramente agradará uma pessoa que não seja de sua família.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Dvergar, Infernal
Para eles, as regras existem para serem respeitadas e seus
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
líderes estão na posição que estão por merecimento; e pobre
Opções de Personalização:
daquele que ousar questionar essa postura.
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Força ou
+2 em Carisma
Os broncos são humanóides de aparência selvagem, co-
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Religião ou
mo seria uma mistura de humanos e orcs se isso fosse
+2 em Socorro
possível. São inquietos, mau-humorados e extremamen-
Talento Adicional: O anão-cinzento recebe um talento
te beligerantes. A natureza dura e ríspida dos broncos se
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
deve principalmente às privações pelas quais essa raça é
requisitos do talento.
submetida nas Terras do Norte, região de recursos natu-
rais escassos, onde são dominantes. Com suas cidades
Anão-cinzento Violeta
erguidas nos oásis que podem ser encontrados em meio
Os anões-cinzentos são supersticiosos e, mesmo para es-
ao deserto de rocha e areia, os broncos defendem seus
sas intimidadoras criaturas, existem versões deles pró-
territórios com exércitos poderosos e armamentos pesa-
prios capazes de silenciar uma caverna durante sua pas-
dos.
sagem. São os dvergars violetas. Esses anões-cinzentos
Como membros do povo da coragem eles sa-
possuem os olhos de cor púrpura, pele arroxeada e ações
bem da importância da sustentabilidade de seus recur-
caóticas que contrariam muitas das tradições da etnia.
sos, principalmente no que diz respeito a flora e a fauna
Os violetas são anões-cinzentos que se dispuseram a
locais. Por esse motivo, os broncos exploram metais,
colaborar com entidades do distante mundo conhecido
armam suas tropas e avançam em direção às cidades
simplesmente como O Além, o Sétimo Mundo. Eles se
vizinhas para saquear ou mesmo tomar suas fontes
tornam a visão, a audição e o tato dessas entidades, por
naturais.
motivos que dificilmente os próprios violetas são capa-
zes de compreender. Cidades dos broncos. Nas crateras das Terras do Norte
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Dvergar, Aberrante os broncos ergueram, em meio aos oásis, suas cidades.

71
Capítulo 2
Grande parte da colonização do Norte foi feita por gru-
pamentos militares. Dessa forma, as cidades se desen-
volveram a partir de acampamentos que, mais tarde, se
tornaram grandes fortalezas. Gigantescas muralhas pro-
tegem essas cidades, assim como inúmeras torres de
vigília que são distribuídas nas regiões próximas às
cidades para proteger os territórios de possíveis espiões
ou invasores. Nas profundezas dessas cidades é possível
encontrar minas de ferro, de metais preciosos e também
de pedras de alto valor, como diamantes e cristais, fontes
de riqueza para os broncos e fonte também de grandes
batalhas políticas e militares entre os membros das Ca-
sas broncas.
Economia dos broncos. Recursos naturais como água
potável e alimentos são escassos nas Terras do Norte. Em
compensação, é uma região rica em recursos minerais.
Os broncos são grandes mineradores, negociando ferro,
cobre e ouro, além de carvão - principalmente com os
humanos - em troca de moedas cunhadas, alimentos e
outros artigos do sul.
As moedas são artigos de grande interesse para
os broncos. Quanto maior a influência de uma
determinada família ou Casa, maior a quantidade de
moedas de alto valor cunhadas com seu brasão em
circulação pela cidade.
Os broncos também negociam armas e
armaduras, itens que produzem de forma rústica com
grande qualidade e eficácia. Além disso, muitos broncos
se oferecem como mercenários, tanto no Norte quanto
nas Terras Baixas, para onde viajam em busca de novas
oportunidades de trabalho.
Relação com as outras etnias. Os broncos preferem se
manter isolados das outras raças de Agrippa. Eles res-
peitam os elfos e os lissos, mas não se relacionam direta-
mente com eles, por opção. Muitos humanos habitam
suas cidades, mas é deixado claro que as regras impostas
pelos broncos prevalecem. Os mercadores humanos
vindos das Terras Baixas são bem recebidos, mas os
broncos preferem viajar até o sul para trazerem eles pró-
prios as mercadorias que desejam.
CrenÇas
Os broncos são devotos de Jangall e Ananayan, realizan-
do preces a esses deuses antes de cada batalha. Mas as
guerras que assolam o Norte tem sido tão devastadoras,
tão doentias, que os broncos têm se voltado para as
divindades hostis, numa tentativa de apaziguá-las. Ha,
deus dos conflitos, e Cyan, deus dos massacres, são lem-
brados pelos mercenários broncos mais sanguinários e
pelos tiranos das Terras do Norte, que também voltam
seus pedidos a Tiamat, a deusa dos dragões e das
conquistas.
AptidÕes Heroicas
Os broncos estão envolvidos em inúmeras batalhas,
72
Os Povos
principalmente contra membros de sua própria raça.
São guerras intermináveis que persistem por anos e
envolvem a disputa pelo domínio dos oásis das Terras do
Norte. O domínio militar reprime a liberdade dos
indivíduos e alguns acabam, por necessidade ou por um
chamado do destino, despertando para o heroísmo.
Bronco Atemorizador
Apesar da fama, os broncos não são obrigatoriamente
selvagens. Muitos deles são, pelo contrário, sábios e
persuasivos. Esses são os verdadeiros líderes das nações
broncas. Os atemorizadores são os conselheiros da raça
dos broncos, os intimidadores, aqueles que conduzem a
linha de frente da política beligerante, que movem os
exércitos e que negociam a rendição dos inimigos. Em
suas viagens, porém, é comum que os atemorizadores
acabem caindo em armadilhas e emboscadas.
Idiomas: Heroico, Comum, Bronco, mais seu idioma
local, mais um quantidade de idiomas igual ao seu modi-
ficador de Inteligência.
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Intimidação; +2 em Diploma-
cia ou +2 em Manha
Proficiências Marciais dos Broncos: O bronco é profici-
ente com o uso de todas as armas militares,
armaduras e escudos.
Talento Adicional: O bronco recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Bronco Fanático
Sobreviver nas Terras do Norte é uma tarefa difícil. Essa
dificuldade torna os broncos extremamente suscetíveis
às palavras de qualquer um que seja um pouco mais
eloquente, um pouco mais vigoroso ou um pouco mais
intimidador. Os broncos fanáticos surgem tentando
impôr seus argumentos e suas vontades, normalmente
atrelados à algum tipo de crença ou conhecimento
oculto. Muitos se tornam líderes espirituais, tão
respeitados quanto temidos pela população comum.
Idiomas: Heroico, Comum, Bronco, Élfico, mais seu
idioma local, mais uma quantidade de idiomas igual ao
seu modificador de Inteligência.
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Sabedoria ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Arcanismo
ou +2 em História ou +2 em Intimidação ou +2
em Religião ou +2 em Tolerância
Espiritualidade dos Broncos: O bronco conhece um
poder de ataque sem limite de 1º nível de sua
classe de personagem.
Capítulo 2
Bronco Mercenário
Os broncos não são uma raça de boa vontade natural. Os
heróis surgem por mero acaso do destino, um despertar
doloroso... Vivendo em condições difíceis, muitos bron-
cos com alguma habilidade marcial se tornam merce-
nários, matadores de aluguel, guarda-costas e caçadores,
dispostos a enfrentar algum risco em troca de dinheiro
ou mesmo de segurança para eles próprios ou para suas
famílias. Os exércitos broncos são, também, formados
principalmente por mercenários. Os broncos mercená-
rios são aqueles que têm maior chance de se deparar
com o lado ainda mais perverso da realidade em que
vivem, e a escolha de um caminho de ordem ou de caos
será fundamental para seu futuro. Muitos deles, depois
de passar por algum evento extraordinário, acabam
rumando para as Terras Baixas, onde se misturam aos
humanos em suas grandiosas cidades, aproveitando-se
da fama de sua raça para conseguir algum trabalho.
Idiomas: Heroico, Comum, Bronco, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência.
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Inteligência ou
+2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Manha; +2 em Diplomacia
ou +2 em Intimidação ou +2 em Tolerância
Proficiências Marciais dos Broncos: O bronco é profici-
ente com o uso de todas as armas militares,
armaduras e escudos.
Talento Adicional: O bronco recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Crias-trocadas
Povo do Amor e da Loucura
Origem Aberrante (Além)
Estatísticas
Altura Média: Ver cópia racial
Peso Médio: Ver cópia racial
Valores de Atributo: +2 em Destreza ou em Inteligência, +2
em Carisma
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Blefe, +2 em Intuição
Cópia Racial: Escolha uma raça de um dos seguintes povos:
coragem, esperança e medo. O cria-trocada possui a aparên-
cia dessa raça. Ele pode selecionar talentos, trilhas exemplares
e destinos épicos que tenham a raça escolhida como pré-
requisito.
73
Os Povos
Mente Desconcertante: O cria-trocada recebe +1 de bônus
racial em sua defesa de Vontade.
Metamorfo: O cria-trocada é considerado um metamorfo
para efeitos que se apliquem a criaturas metamorfas. Consul-
te a descrição dessa palavra-chave no D&D 4E Manual dos
Monstros.
Copiar Aparência: O cria-trocada é capaz de usar o poder co-
piar aparência como um poder sem limite.
Talento Racial: O cria-trocada recebe um talento adicional
que tenha como pré-requisito a raça que ele selecionou como
cópia racial. Ele deve atender aos outros pré-requisitos do ta-
lento escolhido.
Copiar Aparência Poder Racial de Cria-trocada
Você altera sua forma para se parecer com outra pessoa.
Sem Limite * Metamorfose
Ação Mínima Pessoal
Efeito: O cria-trocada altera sua forma para simular a a-
parência de um indivíduo de tamanho Médio; ele precisa
já ter visto o indivíduo. Ele mantem suas estatísticas e seus
pertences não mudam. Qualquer criatura pode realizar
um teste de Intuição (resistido por um teste de Blefe +2
feito pelo cria-trocada) para perceber a farsa. Caso o indi-
víduo copiado seja membro da raça que ele tem como
escolha de cópia racial, o bônus no teste resistido de Blefe
é de +5.
Nas florestas de Agrippa, um ogro é atacado em seu covil
por um grupo de aventureiros. Ele é morto, os aventu-
reiros recolhem seus pertences e partem. Esse ogro era
uma fêmea, e sua cria estava ali, numa antecâmara. Com
frio, faminto, o tempo vai passando para a indefesa cria-
tura e ela, por fim, morre, caída no esquecimento. Esse é
um dos muitos exemplos que podem ser dados do des-
tino reservado às crias de criaturas monstruosas em
qualquer lugar de Ohmtar.
O espírito dessas criaturas não é resgatado pe-
los anjos, pois elas não têm consciência ainda da existên-
cia das divindades, nem se tornam espíritos da natureza,
pelo mesmo motivo. Um véu violeta cobrirá essas pe-
quenas criaturas após sua morte e elas despertarão em
um lugar muito distante, um vale coberto de flores no
coração do mais distante dos mundos de Ohmtar: o
Além. Lá, essas crias são resgatadas por criaturas aliení-
genas, repletas de olhos, bocas, membros. Têm seus
membros arrancados, assim como sua face. Os alie-
nígenas tratam as pequenas almas resgatadas como
bonecos de barro, dando a elas formas das mais variadas
e, então, o sopro da vida.
Nasce, então, uma cria-trocada. Esse nome sur-
giu porque, no início, eram mais comuns os casos de
morte dos rebentos de trolls, ogros e outros monstros o-
casionados por uma “troca”: eles deixavam suas crias aos
humanos e elfos e levavam os filhos destes em troca para
servirem como escravos. Mas isso foi muito antes das
Capítulo 2
grandes cidades e aglomerados urbanos ou rurais, que
concedem maior proteção aos seus habitantes.
Os crias-trocadas são criaturas perdidas. Sem-
pre de aspecto infantil, eles costumam ter semelhança
física das raças que habitam o mundo de origem de sua
alma. Os crias-trocadas vindos do Mundo Material cos-
tumam adotar a aparência distorcida de humanos e
elfos, por exemplo, enquanto aqueles dotados de almas
vindas do Submundo aparentam ser anões-cinzentos ou
elfos-negros. Eles possuem a habilidade de mudar de
forma livremente e costumam adotar uma aparência pa-
drão, bem como os trejeitos e até mesmo incorporar cos-
tumes de outras raças.
Cidades dos crias-trocadas. Um viajante caminha pe-
lo Além e se depara com uma bela floresta verdejante,
repleta de casas construídas em madeira nas copas das
árvores, ligadas umas as outras por pontes e cordas. Elfos
caminham por essas pontes, com seus arcos cruzados
sobre os ombros e espadas na cintura. Elfos no Além?
Não, são crias-trocadas. Esse é um exemplo. É possível
encontrar cidades humanas, com suas torres e castelos
imponentes, ou até mesmo cavernas escuras e rochosas.
As cidades dos crias-trocadas tentam replicar a aparên-
cia das cidades dos mundos mortais, ainda que o céu seja
violeta e coberto pelas fibras do Fluxo, e a chuva seja tão
alienígena quanto é de se esperar. No coração dessas
cidades, tenham elas a forma que for, sempre há um
templo imponente dedicado à entidade conhecida
como O Irmão Olho. Essa entidade é a responsável por
manter uma ligação sobrenatural dos crias-trocadas
com os mundos mortais. Nesse templo são realizados
rituais de observação, em que os crias-trocadas acompa-
nham por um breve período a vida e o movimento das ci-
dades que eles tentam replicar.
Economia dos crias-trocadas. Os crias-trocadas ten-
tam reproduzir o funcionamento da economia das raças
mortais (naturais, lendárias e subterrâneas). A diferença
é que o que se produz no Além é muito diferente do que
se produz nos outros mundos, mas os crias-trocadas não
têm essa percepção. Uma fazenda de sanguessugas fun-
ciona, para eles, da mesma forma que uma fazenda de
hortaliças.
Relação com as outras etnias. Os crias-trocadas são a
etnia mais presente no Além, mas sua diversidade é ta-
manha que eles acabam sendo percebidos como várias
etnias, e não uma só, pelas outras raças. São as crias-hu-
manas, crias-élficas, crias-órquicas, crias-pequeninas, e
outros tantos nomes, muitos deles impossíveis de repro-
duzir através da escrita. Ainda assim, mesmo sem terem
essa consciência, os crias-trocadas são o eixo ordeiro que
mantem o Além um lugar compreensível para os poucos
viajantes que se atrevem a chegar até ali.
Crias-trocadas e o Mundo Material. Os crias-troca-
74
Os Povos
das que conseguem alcançar o Mundo Material não che-
gam a ter um grande choque cultural; ao menos não tão
impactante como seria de se esperar. Eles vêem esse
novo mundo como sendo uma visão deturpada de seu
mundo de origem, mas conseguem perceber as seme-
lhanças e se adaptam com grande facilidade a elas. No
mais, como cópias de raças nativas de Agrippa, eles
conseguem se misturar facilmente aos mortais (a ponto
de esquecer sua própria origem no processo).
CrenÇas
Os membros das raças que formam o povo do amor e da
loucura são servos fervorosos das entidades de Ohmtar,
cada qual a sua maneira. No Além, eles direcionam sua
crença às entidades alienígenas daquele mundo. Essas
entidades, as chamadas Aberrações, são tão difíceis de
serem compreendidas que raramente são identificadas
de forma isolada. O Irmão Olho, a entidade adorada pe-
los crias-trocadas, talvez seja a principal exceção. A co-
nexão com essas entidades é, entretanto, muito frágil.
Servos de uma divindade banida para Ohmtar não rece-
bem dons clericais, por exemplo, assim como manter
contato com os espíritos do Além não fornece habi-
lidades xamânicas.
AptidÕes Heroicas
Os crias-trocadas são reproduções distorcidas das raças
que habitam os três mundos mortais: o Mundo Material,
o Mundo Lendário e o Submundo. Dos indivíduos que
conseguem viver tempo suficiente para se conside-
rarem membros “verdadeiros” dessas raças, alguns
deles bus-cam formas de alcançar um desses mundos.
Incapazes de atravessar o Paraíso, protegido pelas forças
de Saint Londahar, os crias-trocadas buscam contato
com as entidades alienígenas do Além.
Cria-trocada Filho-Feérico
Os crias-trocadas chamados de filhos-feéricos assumem
a identidade de membros do povo da esperança, que
habitam o Mundo Lendário. Eles são fascinados pelos
conhecimentos arcanos e pela relação íntima que essas
raças possuem com a magia que permeia a realidade. Os
heróis filhos-feéricos estão dispostos a provar que pos-
suem o controle dos segredos arcanos e que podem ser
úteis à sociedade que os acolheu.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Anão, mais o idioma de
sua cópia racial.
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza ou Inteligência; +2
em Carisma ou Constituição
Visão: Penumbra
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Arcanismo
ou +2 em Blefe ou +2 em Intuição
Talento Adicional: O cria-trocada recebe um talento adi-
cional no 1º nível e deve cumprir seus requisitos
Capítulo 2
Cria-trocada Filho-natural
Os crias-trocadas chamados de filhos-naturais são aque-
les que assumem a identidade de indivíduos do povo da
coragem, habitantes do Mundo Material. Eles admiram
a forma como essas raças, mesmo tão distantes do Para-
íso e do Inferno louvam e temem as divindades, criando
igrejas e cultos poderosos, e sustentam suas sociedades a
partir dessas crenças. Os heróis filhos-naturais buscam
alcançar essa ligação íntima que os mortais possuem
com as divindades para que, um dia, sejam recebidos
por elas após sua morte.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Celestial, mais o idioma
de sua cópia racial
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria ou Inteligência; +2
em Carisma ou Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Religião ou
+2 em Diplomacia ou +2 em Intuição ou +2 em
Socorro
Visão: Penumbra
Talento Adicional: O cria-trocada recebe um talento adi-
cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requi-
sitos do talento.
Cria-trocada Filho-subterrâneo
Os crias-trocadas filhos-subterrâneos assumem a forma
de habitantes do Submundo, membros do povo do me-
do. Existem criaturas do Submundo que adoram
secretamente as entidades do Além, e os heróis filhos-
subterrâneos surgem como enviados alienígenas que
ingressarão nos exércitos mortais para ajudá-los no duro
combate com os monstros da escuridão.
Idiomas: Heroico, Aberrante, mais o idioma de sua
cópia racial.
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza ou Inteligência; +2
em Força ou Constituição
Visão: Escuro
Bônus nas Perícias: +2 em Exploração; +2 em Atletismo
ou +2 em Intimidação ou +2 em Tolerância
Talento Adicional: O cria-trocada recebe um talento adi-
cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requi-
sitos do talento.
Divinos
Povo da Compaixão
Origem Imortal (Paraíso)
Estatísticas
Altura Média: 1,85m - 2,10m
Peso Médio: 80kg -100kg
Valores de Atributo: +2 em Inteligência, +2 em Sabedoria
Tamanho: Médio
75
Os Povos
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em História, +2 em Religião.
Aura Angelical: Os aliados do divino localizados a até 5
quadrados de distância recebem resistência vs. necrótico e
radiante igual a 5 + metade do nível do divino.
Imunidade Divina: O divino recebe um bônus de +5 nos testes
de resistência contra efeitos de medo, doenças e radiantes.
Memória das Almas Enfileiradas: O divino é capaz de usar o
poder memória das almas enfileiradas como um poder por
encontro.
Memória das Almas Enfileiradas Poder Racial de Divino
Você se recorda das histórias contadas pelas almas que
conduziu pelas Filas do Paraíso e extrai delas o conhecimento
necessário.
Encontro
Ação Livre Pessoal
Efeito: O divino adiciona 1d10 à sua próxima jogada de
ataque, teste de resistência ou teste de atributo.
Os membros da raça dos divinos são criados
pessoalmente pelos deuses bondosos que formam a
tríade à qual se dedicam os sacerdotes da Igreja da Bên-
ção Sagrada: Frenn, o deus das colheitas e da agricultura,
Sálvia, a deusa do lar e das famílias, e Ohm, o deus-sol da
bondade, da espirituali-dade e da fé. A aparência dos
divinos é muito similar à dos humanos, exceto pelos tons
metálicos de sua pele, olhos e cabelos.
São indivíduos bem-humorados, carismáticos,
cultos e bastante interessados no conhecimento e nas
particularidades de cada uma das almas que chegam ao
Paraíso, vindas principalmente do Mundo Material. Os
divinos são confiáveis, amigáveis, além de extremamen-
te educados - exageradamente formais em alguns casos.
Indivíduos de grande compaixão, são os grandes servos
divinos e auxiliares dos anjos na tarefa eterna de
conduzir as almas pelo Paraíso rumo ao descanso
eterno.
Vilas dos divinos. Os membros da etnia dos divinos são
muito comuns nas cidades onde vivem os deuses, mas
em menor quantidade que a de anjos e outros imortais.
Por outro lado, eles são mais numerosos nas cidades
erguidas por eles próprios, as chamadas Vilas. Essas
vilas, localizadas nas periferias dos Reinos Divinos, são
as localidades onde ficam temporariamente as almas,
enquanto se ambientam com o Paraíso e se preparam
para ir ao encontro de suas divindades patronas.
As Vilas são como grandes fazendas e
subúrbios, muito similares às fazendas e mercados en-
contrados no Mundo Material. No centro das Vilas estão
os templos dedicados à Tríade da Bênção Sagrada e,
diante dos templos, estão as gigantescas praças onde
Capítulo 2
são organizadas as Filas que levarão as almas às cidades
dos deuses.
Economia dos divinos. Os divinos são grandes com-
pradores de mercadorias mundanas. Com a ajuda dos
anjos, eles negociam principalmente diamantes-astrais
em troca das mercadorias provenientes dos mundos
centrais. Essa negociação é feita por intermédio da cida-
de de Kalindron, no Mundo Lendário, localizada diante
da Muralha Celestial e guardiã da passagem proibida
para o Paraíso.
Nas Vilas, as mercadorias são doadas às almas
para que elas possam desfrutar de tudo o que tinham em
vida antes de receber a recompensa plena por sua devo-
ção: a eternidade.
Relação com outras etnias. O relacionamento entre as
etnias do povo da compaixão é muito amigável. Todos os
indivíduos sabem dos seus papéis no mundo e respeitam
uns aos outros. Os divinos são mais inteligentes, mais
sábios e carismáticos, e se dedicam à preparação psico-
lógica das almas e por prover conforto a elas em sua
chegada ao Paraíso. Os donians sabem que são mais
fortes e resistentes, mais aptos ao trabalho pesado, como
preparação das fazendas e construção de casas, aloja-
mentos e preparação dos templos, e o farão de muito
bom grado. Além disso, por serem habitantes das caver-
nas e das montanhas do Paraíso, os divinos são auxili-
ados pelos donians na condução das almas originárias
do Submundo. Os kalashes são uma raça mais distante,
vivendo isolados dos divinos e dos donians, mas não das
almas. Segundo os divinos, os kalashes possuem uma
forma particular de tratar as almas que chegam ao
Paraíso e se os deuses estão de acordo, deixe-os fazerem
o seu melhor.
Divinos e o Mundo Material. Os divinos são muito ra-
ros no Mundo Material, apenas um punhado de indiví-
duos que se dedicam a ajudar os mortais nas tarefas
mundanas ou nas obras da Igreja da Bênção Sagrada.
Agrippa é, para eles, um grande campo de estudos, atra-
vés do qual são capazes de compreender melhor os com-
portamentos e as necessidades dos mortais.
CrenÇas
O Paraíso é a morada dos deuses benevolentes que go-
vernam Ohmtar. Os membros das raças que formam o
povo da compaixão foram criados pelos próprios deuses
a partir das matérias-primas que formam os reinos do
Paraíso. O povo da compaixão é grato aos deuses pela
vida, pela imortalidade e pelos milagres dos quais eles
podem compartilhar no Paraíso. São devotos dos deuses
benevolentes e grandes inimigos das entidades infernais
aprisionadas no Inferno de Ohmtar.
Os divinos, criados pelos deuses Frenn, Sálvia
e Ohm, são mais ligados à bondade e à liberdade do que
76
Os Povos
à ordem e à devoção cega; esses deuses são adorados
através da Igreja da Bênção Sagrada.
AptidÕes Heroicas
Os divinos são conhecidos por se envolverem emocio-
nalmente com as almas que chegam ao Paraíso. E são
tantas, tão carregadas de sentimentos e cheias de histó-
rias para contar, que os divinos realmente ficam fascina-
dos. Os heróis divinos acabam surgindo da grande curi-
osidade que surge e pulsa em seus corações depois de
tanto tempo lidando com as almas das criaturas mortais,
fazendo com que os divinos abandonem sua imortali-
dade para buscar a sensação de viver e experimentar os
mundos dos vivos.
Divino Missionário
Acompanhando as filas de almas que seguem para os
Reinos dos Deuses, os divinos se deparam com histórias
fantásticas de vidas felizes e completas. Em muitos mo-
mentos, entretanto, eles se deparam com situações de
angústia, de almas que deixaram para trás, assuntos mal
resolvidos, familiares que ficaram em perigo ou uma
conversa que nunca foi devidamente concluída. Os mis-
sionários emergem do Paraíso como heróis dedicados a
resolver essas pendências para que as almas possam
descansar em paz.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Força ou
+2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Intimidação
ou +2 em Socorro
Proteção Divina: O divino recebe +1 de bônus em suas
defesas de Fortitude, de Reflexos e de Vontade.
Proficiência do Vingador Sagrado: O divino é proficiente
com o uso de espadas bastardas.
Divino Pastor
Os pastores divinos são os responsáveis por conduzirem
os rebanhos de almas pelos caminhos do Paraíso que le-
varam aos Reinos dos Deuses. Esses pastores estão em
contato direto com as almas e são os primeiros a perce-
ber quando há algum desvio da fé e das crenças desses
indivíduos; almas de mortais que foram educados pelos
sacerdotes mortais de forma equivocada, que trazem pa-
ra o Paraíso um entendimento errado a respeito dos dog-
mas de seu deus. O herói pastor segue para os mundos
dos mortais com o objetivo de corrigir esse desvio, se tor-
nando um emissário verdadeiro das palavras divinas e
dos valores pregados pelos deuses benevolentes.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Capítulo 2
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Constitui-
ção ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Diplomacia ou
+2 em Intuição
Proteção Divina: O divino recebe +1 de bônus em suas
defesas de Fortitude, de Reflexos e de Vontade.
Presença Divina: O divino recebe +1 de bônus em suas
defesas contra ataques desferidos por criaturas
que estejam sangrando.
Divino Pesquisador
Os divinos estão sempre tão envolvidos com as almas
dos mortais que eles acabam sendo atraídos pelas ques-
tões mundanas de forma irreversível. São chamados de
pesquisadores os divinos que escolhem abandonar seus
postos no Paraíso para simplesmente experimentar to-
das as possibilidades que os mundos mortais (Mundo
Lendário, Mundo Material e Submundo) têm a oferecer.
Os heróis pesquisadores surgem quando os divinos se
deparam com situações em que a experimentação é
suprimida pela necessidade de ação e a bondade em
seus corações prevalece sobre a curiosidade e contem-
plação do mundo.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo, Anão
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Inteligên-
cia ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Arcanismo ou
+2 em História ou +2 em Intuição
Proteção Divina: O divino recebe +1 de bônus em suas
defesas de Fortitude, de Reflexos e de Vontade.
Talento Adicional: O divino recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Donians
Povo da Compaixão
Origem Imortal (Paraíso)
Estatísticas
Altura Média: 2,05m - 2,35m
Peso Médio: 160kg -210kg
Valores de Atributo: +2 em Força, +2 em Constituição
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Religião, +2 em Tolerância
Firmeza da Montanha de Cristal: O donian recebe +1 de bô-
nus racial em sua defesa de Vontade.
Punho do Diamante Celestial: O donian é capaz de utilizar
uma arma corpo a corpo de duas mãos com apenas uma mão,
tratando essa arma como uma arma versátil.
77
Os Povos
Pele de Mármore: O donian pode usar o poder pele de már-
more como um poder por encontro.
Pele de Mármore Poder Racial de Donian
Os ataques de seus inimigos são incapazes de penetrar sua
pele rochosa.
Encontro
Ação Mínima Pessoal
Efeito: O donian recebe resistência 5 a todos os tipos de
dano até o final do seu próximo turno.
11º nível: Resistência 10 a todos os tipos de dano
21º nível: Resistência 15 a todos os tipos de dano
Um gigante forjado no coração das montanhas de cristal
que emergem em meio às nuvens do Paraíso. Corpulen-
to, com braços grossos como troncos de árvores e pele
feita de mármore branco; assim é um donian, um gigan-
te do paraíso, uma das raças que formam o povo da com-
paixão.
Os donians são criados do cristal e das rochas
puras que formam as montanhas do Paraíso, lapidados
pela mão firme e pelas armas das divindades que for-
mam a tríade adorada pela Igreja da Espada Celestial:
Ananayan, a deusa das fronteiras e da realeza, Jangall, o
deus da guerra e da civilização, e Saint Londahar, o deus
da justiça e da ordem sacra.
Se os divinos são a mente do seu povo, os doni-
ans são o corpo. Fortes, resistentes, são conhecidos por
realizarem todo o trabalho pesado necessário à recep-
ção e salvação das almas que chegam ao Paraíso. São
eles os responsáveis por construir as cidades e vilarejos
que receberão as almas, por preparar as estradas, por
produzir alimentos nas fazendas e por manter as engre-
nagens da “vida após a morte” funcionando.
Donos de uma expressão fria e fechada, mas
simpáticos quando necessário e extremamente presta-
tivos a todo instante, os donians são aqueles que multi-
plicam a compaixão com atos simples que representam
muito mais do que palavras. Representam a divindade
que está na humildade, na solicitude e na preocupação
com o bem-estar do próximo, mesmo que o próximo já
tenha morrido.
Grutas dos donians. Os gigantes donians vivem nas
vilas dos divinos, trabalhando e ajudando na recepção
das almas. Mas eles ergueram seus próprios vilarejos no
coração das montanhas onde foram criados pelos deu-
ses, nas chamadas Grutas. Lá eles recebem as almas das
raças do Submundo devotas dos deuses benevolentes,
enviadas para cá por Ryltar, o Senhor do Submundo.
Nessas grutas eles preparam as almas do povo do medo
para o ingresso no mundo iluminado que é o Paraíso,
assim como os divinos preparam as almas do povo da
coragem e da esperança. Essas grutas têm pequenas for-
talezas em seu interior, dedicadas aos deuses leais e bon-
Capítulo 2
dosos, mas também templos dedicados aos outros deu-
ses benevolentes, para que as almas possam compreen-
der melhor essas divindades antes de serem recebidas
por elas nos Reinos Divinos.
Economia dos donians. Os donians são trabalhadores,
e não negociadores como os divinos. E como trabalha-
dores, são os responsáveis por extrair os valiosos dia-
mantes astrais do interior das montanhas do Paraíso,
diamantes esses que serão utilizados pelos divinos no
comércio com os povos mortais.
Relação com outras etnias. Os donians possuem uma
relação muito íntima com os divinos, de forma que uma
etnia não conseguiria se sustentar sem a ajuda da outra.
Enquanto os donians realizam os trabalhos físicos neces-
sários ao bem-estar das almas recebidas no Paraíso, os
divinos se encarregam de conduzir essas almas aos Rei-
nos dos Deuses. Os kalashes se mantém distantes dos
donians tanto quanto dos divinos.
Donians e o Mundo Material. Os poucos donians que
avançam ao Mundo Material o fazem em nome das di-
vindades da Ordem que habitam o Paraíso. Eles costu-
mam ter uma missão de suma importância a cumprir e
sabem que não há motivos para questionar a vontade
dos deuses, fazendo-o de bom grado, mesmo que essa
missão pareça injusta ou impraticável à primeira vista.
CrenÇas
Os donians foram criados pelos deuses benevolentes
Ananayan, Jangall e Saint Londahar, sendo mais ligados
à ordem e à lealdade necessárias a pregação do bem.
Eles conduzem a chamada Igreja da Espada Celestial. E-
les acreditam no poder da Ordem como instrumento de
pacificação e de promoção do bem, e estão sempre dis-
postos a provar o quão correta está sua crença (e o quão
equivocados os devotos de outras crenças estão).
AptidÕes Heroicas
Os donians são fisicamente poderosos e se envolvem
com as almas dos mortais tanto quanto os divinos. Sensí-
veis às histórias contadas pelos espíritos, os donians mui-
tas vezes abandonam sua imortalidade para se tornarem
heróis nos mundos mortais, utilizando sua força para
ajudar os mortais e protegê-los. O Paraíso espera as
almas dos devotos, mas nem por isso os mortais devem
ser deixados à mercê das ameaças do mundo. São vidas,
histórias e relacionamentos tão sagrados quanto a rela-
ção com os deuses e que, portanto, devem ser prote-
gidos.
Donian Obreiro
Os obreiros são os trabalhadores que se dedicam às cau-
sas de sua Igreja. Os donians obreiros se dedicam a tra-
balhar ao máximo para prover a estrutura necessária
78
Os Povos
Donians Gigantes de Cristal
Apesar de terem sido criados pelas divindades, os donians es-
tão tão intimamente ligados à natureza paradisíaca que se
tornaram protegidos de Dezau, o deus dos kalashes (uma ou-
tra etnia que, assim como os donians, formam o povo da com-
paixão). Dezau é a personificação das florestas mágicas, das
montanhas de cristal, das nuvens de diamantes e de todas as
coisas que dão forma ao Paraíso.
Muitos donians, principalmente aqueles que tam-
bém possuem ligações com o Mundo Lendário e com o Mundo
Material, talvez pela influência das almas vindas destes dois
mundos, acabam se tornando devotos de Dezau. Acontece
que Dezau é visto não só como uma divindade, mas como um
espírito (como os espíritos da natureza e elementais que habi-
tam outros mundos de Ohmtar).
Existem alguns poucos Donians que, apesar de
devotos das divindades do Paraíso, despertam seus poderes
através da Semente da Força (ligada à carreira pagã). Exóti-
cas situações deste tipo incluem donians que são imbuídos pe-
las divindades com a essência emocional de um determinado
espírito, levando o donian a uma jornada em busca da com-
preensão das emoções e sua influência na vida dos povos
mortais.
Os donians espiritualistas são conhecidos como
«gigantes de cristal». Em termos de regras, os donians podem
optar por adotar a carreira heroica Pagão como carreira
heroica favorecida para as aptidões heroicas Donian
Obreiro, Donian Salvador e Donian Templário.
Anões e Donians. Dizem as lendas que as grutas dos donians
guardam passagens para Rumnahein, o Reino dos Anões, lo-
calizado nas Montanhas dos Gigantes do Mundo Lendário.
Essas ligações teriam se iniciado quando os primeiros servos i-
mortais de Jangall e de Saint Londahar foram aos anões pre-
gar as palavras da Igreja da Espada Celestial. Os anões ouvi-
ram o que os imortais tinham a dizer, mas prosseguiram com
sua devoção aos espíritos ancestrais. Mesmo sem mudanças
aparentes, os xamãs cervejeiros têm se incomodado com o au-
mento da beligerância entre os líderes anões... Seria influência
dos deuses da Ordem? Talvez. O futuro nos dirá.
para que as igrejas alcancem e recebam seus devotos
adequadamente. Nos mundos mortais, os obreiros tra-
balham diretamente nos templos e possuem um contato
muito próximo com os fiéis, sendo na maioria das vezes
os primeiros a serem contatados para um pedido de
ajuda, mesmo não sendo muito bons nesses contatos.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo
Carreiras Heroicas favorecidas: Sacerdote, Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Diplomacia ou
+2 em Socorro
Capítulo 2
Religiosidade dos Donians: O donian conhece um poder
de ataque sem limite de 1º nível de sua classe de
personagem.
Talento Adicional: O donian recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisitos
do talento.
Donian Salvador
Os donians salvadores são aqueles que se dedicam à pro-
teger os mortais. Eles acreditam que receberam a força e
a resistência que possuem para serem capazes de en-
frentar os perigos que os mundos mortais trazem. São os
protetores celestiais dos inocentes; os primeiros a prote-
gerem os fiéis em situações de perigo. Alguns donians se
tornam os protetores sagrados de pequenos vilarejos do
Mundo Material, onde são os representantes máximos
da Igreja naquela localidade. É comum inclusive eles
receberem o nome de Frei Donian, como se Donian
fosse um nome próprio.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo
Carreiras Heroica favorecidas: Homem-de-armas,
Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Atletismo ou
+2 em Socorro
Religiosidade dos Donians: O donian conhece um poder
de ataque sem limite de 1º nível de sua classe de
personagem.
Talento Adicional: O donian recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisitos
do talento.
Donian Templário
Os donian templários são os inquisidores da Igreja da
Espada Celestial. Eles se consideram as armas dos seus
deuses, e devem fazer jus a essa dádiva. Eles avançam
para os mundos mortais, principalmente para o Mundo
Material, com a convicção de que o mundo está tomado
pelo pecado e pela heresia e que, para “descontaminá-
lo”, é preciso eliminar todo o mal que permeia as socie-
dades mortais. Eles farão tudo o que estiver ao alcance
para trazer a ordem aos mortais e a verdade inquestio-
nável proferida pelos deuses através dos dogmas da
Igreja.
Idiomas: Heroico, Celestial, Comum, Lendário, Subter-
râneo
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote, Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Sabedoria ou
+2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Intimidação
ou +2 em Intuição ou +2 em Socorro
Proficiência do Templário Sagrado: O donian é proficien-
te com o uso de todas as armaduras e escudos.
Talento Adicional: O donian recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve cumprir seus requisitos.
79
Os Povos
Draconatos
Povo do Ódio
Origem Elemental (Mundo Primordial)
Estatísticas
Os draconatos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça draconato apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os draconatos de Ohmtar são originários
do Mundo Primordial. Mesmo que o Império dos Dragões não
exista mais, eles habitam cidades poderosas e possuem uma
civilização importante e ativa naquele mundo. Os draconatos
que habitam os mundos mortais podem não sonhar em retor-
nar ao Mundo Primordial, mas se isso acontecer, eles sabem
que terão um lugar onde serão acolhidos por membros de sua
própria raça.
Esses humanóides de aparência dracônica carregam em
seus corpos, sob grossas camadas de escamas e couro
reptiliano, os elementos que formam o caótico Mundo
Primordial. Descendentes do antigo Império dos Dra-
gões, caído quando Tiamat foi expulsa do Primeiro Mun-
do pelos Lordes Elementais, os draconatos são determi-
nados, orgulhosos e extremamente honrados e leais aos
seus aliados, assim como justos com seus inimigos.
Mas os draconatos são criaturas do ódio e coi-
tados daqueles que são levados a confrontar esses guer-
reiros. A injustiça e o caos tiram os draconatos do sério:
sua seriedade será lançada ao horizonte e o draconato se
tornará um combatente violento, poderoso e preciso.
Além disso, os draconatos são indivíduos que
guardam rancor. Raros são aqueles que conseguem re-
conquistar a confiança de um draconato depois de de-
cepcioná-lo, e infelizes serão aqueles que tiverem a ini-
mizade de um membro dessa raça.
Casas dos draconatos. As fortalezas dos draconatos,
que recebem o nome de Casas Elementais assim como
as moradas dos seres-primordiais, foram construídas a
partir das ruínas dos grandes castelos do Império dos
Dragões. Esses castelos imponentes são carregados
pelos ventos do Mundo Primordial, guiados por um
grupo de draconatos condutores, capazes de manipular
os ventos para levar a Casa aonde eles desejam.
Nessas Casas os draconatos se dividem em três
castas: os Militaristas, que habitam as torres dos castelos
e garantem sua proteção; os Primalistas, que habitam os
grandes salões, onde erguem seus templos dedicados
aos espíritos elementais; e os Controladores, que habi-
tam as áreas externas dos castelos.
Economia dos draconatos. A economia do povo do ó-
dio gira em torno da negociação de indivíduos. Os dra-
conatos costumam comprar outros draconatos para suas
Casas, oferecendo em troca serviços mágicos de seus
Capítulo 2
controladores, militares treinados ou alguns seres-pri-
mordiais que venham a ser resgatados em suas viagens
por seus desbravadores.
Relação com outras etnias. Os draconatos e os seres-
primordiais possuem comportamentos e convicções
muito diferentes entre si. Enquanto os draconatos car-
regam uma série de valores de seu antigo Império, que
dizem as más línguas se tratarem de uma maldição de
Tiamat para que nunca fosse esquecida, os seres-
primordiais são mais ligados aos elementos e, como as
forças que moldam o Mundo Primordial, são menos
ordeiros.
Ainda assim as duas raças possuem uma rela-
ção muito pacífica na maioria dos casos. Como ambas as
raças odeiam o Mundo Primordial, elas buscarão agir
em conjunto sempre que necessário à sobrevivência de
seus membros ou se for preciso para extrair dos Lordes
Elementais o máximo que eles puderem oferecer.
Draconatos e o Mundo Material. Os draconatos que
alcançam o Mundo Material normalmente são tragados
por portais e vórtices elementais, sem chances de es-
capar. Depois de conhecer o mundo dos mortais, entre-
tanto, dificilmente eles buscarão retornar ao seu mundo
de origem. Algumas linhagens de draconatos chegaram
a Agrippa, entretanto, trazidas por dragões, como servos
ou mais comumente como escravos.
É comum encontrar draconatos principal-
mente nas terras de extremos, como o Ninho da Serpen-
te, as terras frias de Staniak, nas terras alagadas do Vale
dos Charcos e nos desertos das Terras do Norte, onde se
associam às forças dos broncos em suas cidades-fortale-
za.
Draconatos que venham a alcançar as Terras
Baixas, entretanto, são os que mais facilmente se tornam
servos dos deuses da Ordem, recebendo a ajuda da Igre-
ja da Espada Celestial para superar as adversidades de
um mundo que lhes é tão estranho e ordeiro.
CrenÇas
Dizem os monges do Limiar que o Mundo Primordial
surgiu em um momento de fúria do Mestre, o primeiro
mundo de Ohmtar, moldado no calor das batalhas de
ideias da Última Crise. Essa fúria flui abundantemente
pelos corpos de draconatos e seres-primordiais, as raças
do ódio.
Os Lordes Elementais são as poderosas entida-
des que governam o Mundo Primordial, e a relação des-
sas entidades com as raças do povo do ódio é tensa,
inconstante e imprevisível. Os Lordes oferecem recom-
pensas a seus servos, criando um vínculo mágico com
eles e explorando ao máximo os frutos dessa ligação. Os
Lordes Elementais são incapazes de perceber e experi-
mentar o Mundo Primordial em sua totalidade, por
estarem imersos em todo o caos elemental que forma
80
Os Povos
aquele lugar. Por isso, eles usam o vínculo com alguns
membros do povo do ódio para conseguirem, por algum
instante, essa capacidade.
Por sua vez, os indivíduos do ódio sabem que
esse vínculo com as entidades elementais enfraquece
seus espírito, seus corpos e suas mentes. Sabem que são
explorados pelas entidades, até que não passem de
carcaças inertes e imprestáveis. A única opção para os
servos dos Lordes Elementais é revidar, ampliar ao má-
ximo a ligação com as entidades para extrair a maior
quantidade de poder que elas têm a oferecer. E nesse
ciclo de ódio e exploração do potencial alheio surgem
entidades cada vez mais poderosas e servos cada vez
mais insanos.
Quando abandonam o Mundo Primordial, os
membros do povo do ódio encontram sua redenção, por
assim dizer. É muito óbvio para eles que a ausência dos
Lordes Elementais dá aos outros mundos uma gama de
possibilidades que seria impossível de serem obtidas di-
ante da voracidade daquelas criaturas.
Quando chegam aos mundos mortais, os mem-
bros do povo do ódio se deparam com espíritos da natu-
reza, criaturas feéricas e, principalmente, com a influên-
cia divina. São inúmeros os fatores que surgem para
aprisionar o ódio que eles carregam, dando lugar a ou-
tras emoções como a coragem e a esperança. Eles se tor-
nam devotos dos deuses ou emissários dos espíritos da
natureza, em muitos casos tão ou mais dedicados que a
grande maioria dos mortais.
AptidÕes Heroicas
Os draconatos são heróis desde sua origem. Heróis por
terem sobrevivido às intempéries do Mundo
Primordial, pela forma como combatem as criaturas
elementais em nome de seu povo, e pelo fato de que,
depois de tudo o que foi lançado contra eles, ainda são
capazes de cumprir suas promessas e garantirem a
honra de suas Casas.
Draconato Controlador
A casta dos draconatos controladores se dedica a estu-
dar o tecido que dá forma ao Mundo Material e como
aplicar fórmulas arcanas para o bem-estar de sua Casa.
São eles quem conduzem as cidades através dos ventos e
fornecem alimentos e outros itens mundanos para os
militaristas, principalmente.
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico, Anão
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Tolerância
ou +2 em História
Fúria Elemental: O draconato recebe um poder de ataque
de 1º nível adicional de sua classe.
Talento Adicional: O draconato recebe um talento adi-
cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-
requisitos do talento.
Capítulo 2 Os Povos

Draconato Militarista Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Diplomacia ou

A casta dos draconatos militaristas é responsável pela +2 em Tolerância ou +2 em Socorro
proteção de suas Casas contra as criaturas elementais Fúria Elemental: O draconato recebe um poder de ataque
que habitam o Mundo Primordial. Eles dedicam suas de 1º nível adicional de sua classe.
vidas ao treinamento marcial, às melhores técnicas de Talento Adicional: O draconato recebe um talento adi-
combate armado e desarmado, incluindo uso de armas cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-
das mais variadas, armaduras e posturas de combate. Na requisitos do talento.
hierarquia dos militaristas os combatentes mais expe-
rientes assumem posições de liderança e são respon-
sáveis pelo suprimento de recursos para seu grupa-
Elfos
Povo da Coragem
mento.
Origem Natural (Mundo Material)
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Estatísticas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição Os elfos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da raça
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo; +2 em Intimidação elfo apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
ou +2 em Tolerância
Fúria Elemental: O draconato recebe um poder de ataque
Particularidades. Os elfos de Ohmtar são enigmáticos, ao
de 1º nível adicional de sua classe.
menos no olhar das outras raças. Seus cantos podem ser
Talento Adicional: O draconato recebe um talento adi-
ouvidos nas florestas, mas ninguém irá realmente ver um elfo
cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-
cantar. Os elfos preferem se manter reservados, criando uma
requisitos do talento.
aura de suspense e admiração que sustenta grande parte das
lendas que envolvem sua etnia. Diferente do que acontece com
Draconato Primalista
os elfos de outros mundos do Megaverso, os elfos de Ohmtar
A casta dos primalistas está em contato direto com as
são tão longevos quanto os humanos. Isso torna os elfos me-
entidades elementais que governam o Mundo Primor-
nos contemplativos: em Agrippa, eles são arrogantes e impa-
dial. Seus membros oferecem sua servidão a essas enti-
cientes, se consideram superiores às outras raças, e simples-
dades, sabendo que poderão extrair delas o máximo de
mente adoram corrigir ou menosprezar as capacidades dos
poder e recursos para a subsistência de sua Casa. Os he-
membros de outras etnias.
róis primalistas surgem principalmente desafiando os
excessos dessas entidades.
Os elfos são humanóides graciosos, de corpos esguios,
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico
traços delicados e orelhas pontiagudas e protuberantes
Carreira Heroica favorecida: Pagão
que lhes são bastante características. Em Ohmtar, os el-
Opções de Personalização:
fos são a raça dominante nas florestas de Agrippa, o
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Força ou
Mundo Material. Mesmo sendo bem recebidos nas ter-
+2 em Constituição
ras humanas, e vice-versa, eles preferem se manter isola-
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Natureza
dos em suas vilas escondidas em meio às árvores.
ou +2 em Tolerância
Conhecidos pela arte do canto, da poesia e da
Fúria Elemental: O draconato recebe um poder de ataque
dança que nenhuma outra raça tem permissão para pre-
de 1º nível adicional de sua classe.
senciar, os elfos são quietos, impetuosos e impulsivos,
Talento Adicional: O draconato recebe um talento adi-
sempre preparados para proteger seu povo, seus vila-
cional no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-
rejos e sua cultura. Vulcões adormecidos, a um passo de
requisitos do talento.
uma explosão imprevista. Suas faces sisudas normal-
mente são substituídas por uma graciosidade e educa-
Draconato Servidor
Os draconatos servidores abandonaram todas as suas ção incomparáveis, mesmo com aqueles que não aten-
crenças e mesmo os ditames de sua casta de origem para dem às expectativas élficas.
se dedicar à devoção às divindades maiores de Ohmtar,
rompendo definitivamente os laços com as forças ele- Vilas élficas. Os elfos constroem suas vilas nas copas
mentais que governam o Mundo Primordial. Como ser- das árvores robustas das florestas das Terras Baixas.
vos dos deuses eles buscam iluminação e um lugar no Muitos humanos transitam por essas florestas por anos
Paraíso em retribuição a seus feitos. sem nunca perceber os elfos acima de suas cabeças. As
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico vilas élficas são construídas em harmonia com as árvo-
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote res, com inúmeras cabanas de madeira ligadas por pon-
Opções de Personalização: tes de cordas. Algumas lendas dizem que apenas convi-
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou dados são capazes de encontrar uma vila élfica, talvez
+2 em Sabedoria uma confusão com as habilidades mágicas que os elfos

81
Capítulo 2
não possuem - mas sim os altos-elfos, que habitam o
Mundo Lendário. Se isso é verdade, poucos sabem, mas
é fato que as vilas são muito bem patrulhadas por ar-
queiros e exímios espadachins. O grande destaque nes-
sas vilas são os templos erguidos no coração das maiores
árvores, onde os elfos oram para os espíritos da natureza
e onde são tomadas as decisões políticas mais impor-
tantes.
Economia dos elfos. Volta e meia os elfos recebem
visita de mercadores importantes que buscam realizar
algum tipo de relação comercial. As artes élficas são ad-
miradas em todo o mundo, e eles sentem um enorme
prazer em mostrar para o mundo sua superioridade
intelectual. Os elfos não consideram ter a menor neces-
sidade de adquirir itens produzidos por outras raças,
mas o fazem por educação, como uma formalidade das
práticas comerciais. Os artigos mais importantes pro-
duzidos pelos elfos - e muito valorizados pelos merca-
dores - são joias, vestimentas, tecidos finos, vinhos, azei-
tes e temperos. Muitas relíquias élficas são objeto de
cobiça por parte das outras raças, mas estas são, entre-
tanto, inegociáveis, sejam elas mágicas ou não; se é seu
interesse, faça por merecer, e torça pelo destino estar ao
seu lado.
Relação com as outras etnias. Os elfos odeiam os
broncos, e nunca aceitarão de boa vontade um membro
desta raça em suas florestas. Se isso acontecer, será uma
exceção, e terá um bom motivo. Não há razão para este
ódio, apenas preconceito e, como sabemos, para o pre-
conceito não existe justificativa - mesmo que os broncos
não tenham essa postura (apenas indiferença). Elfos
também não se sentem confortáveis com a presença de
humanos, aos quais chamam de “gordos gananciosos”,
mas irão recebê-los em suas vilas como se fossem
grandes amigos. Os lissos acabam sendo o canal de rela-
cionamento entre os elfos e os humanos, pois são muito
benquistos por ambas as raças. Os halflings, por sua vez,
raramente adentram as florestas élficas - os elfos consi-
deram os pequeninos eternas crianças, o que não agrada
aos halflings nem um pouco.
CrenÇas
Os elfos são muito reservados quanto às suas crenças.
Suas preces são silenciosas e seus rituais são pratica-
mente desconhecidos. Eu, Gënnlarioneth, já presenciei
esses rituais diversas vezes, em sua maioria ao lado da
entidade adorada pelos elfos: Logan, o espírito das flo-
restas. Também conhecido como O Grande Lobo, ele é a
personificação do ímpeto selvagem e guerreiro que per-
meia a natureza. Os elfos são muito gratos aos feitos de
Logan, contados através das lendas que atravessam as
gerações e superam a passagem do tempo.
Os xamãs e druidas élficos também se comuni-
cam com os espíritos menores dos animais e dos ante-
passados do seu povo, cujos conselhos são sempre ouvi-
82
Os Povos
dos e representam muito para a cultura desses habitan-
tes das florestas.
Alguns elfos adoram uma divindade conhe-
cida como Iwak. Os registros a respeito dessa entidade
são desencontrados. Uns dizem que Iwak é o deus dos
elfos, outros que ele é um poderoso espírito da natureza
que habita o Mundo Lendário e que teria abandonado os
elfos e se voltado aos altos-elfos há muito tempo atrás.
O entendimento geral é de que tudo não passa
de uma pequena confusão. Iwak, o espírito da vida ado-
rado pelos altos-elfos é uma entidade distinta e que o
Iwak adorado pelos elfos seria apenas um outro nome
para O Grande Lobo.
AptidÕes Heroicas
Muitos elfos se sentem desconfortáveis com diversas si-
tuações, principalmente quando acreditam que essas si-
tuações precisam ser corrigidas. Alguns deles, ao invés
de simplesmente reclamar da vida, preferem agir. Mui-
tos heróis surgem dessas ações, quando elfos de bom co-
ração resolvem ajudar sua raça ou membros de outras
etnias de suas próprias mazelas ou das mazelas do
mundo.
Elfo Espiritualista
A raça élfica possui uma ligação muito íntima com a na-
tureza. Eles conversam com os espíritos e com os
agentes divinos através de suas canções, suas lendas e
suas palavras de guerra. O elfo espiritualista é o guia
espiritual dos vilarejos élficos. É ele quem conduz os
rituais e lidera as orações coletivas, em tempos de paz e
de guerra. Espiritualistas são muitas vezes vistos como
oráculos e milagreiros dentro da sociedade élfica, e suas
palavras e conselhos são seguidos à risca. Eles
reverenciam a natureza ou as divindades, tendo a
consciência de que todos os indivíduos - assim como eles
- fazem parte de um só universo. É muito comum que os
espiritualistas alcancem um poder elevado através do
contato com poderosos espíritos da natureza, como
Logan - o Grande Lobo, ou anjos de alguma divindade.
Idiomas: Heroico, Comum, Élfico, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Destreza
ou +2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Intuição ou
+2 em Percepção ou +2 em Tolerância
Espiritualidade Élfica: O elfo conhece um poder de ata-
que sem limite de 1º nível adicional de sua
classe de personagem.
Elfo Mago
Vivendo nas profundas florestas de Agrippa, os elfos ine-
vitavelmente se vêem em contato com as forças mágicas
que habitam o Mundo Lendário e que caminham entre
Capítulo 2 Os Povos

os mundos através das Encruzilhadas. Alguns desses Opções de Personalização:

magos acabam por se interessar pelos segredos da magia Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Carisma ou
arcana, desenvolvendo suas habilidades com a ajuda +2 em Constituição
principalmente de seus «primos feéricos», os altos-elfos, Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Intuição ou
também conhecidos como eladrins. +2 em Percepção ou +2 em Socorro ou +2 em
Idiomas: Heroico, Comum, Élfico, Anão, Lendário, Tolerância
mais seu idioma local, mais uma quantidade de idiomas Técnica da Mente Translúcida: O elfo recebe um poder
igual ao seu modificador de Inteligência de ataque sem limite de 1º nível adicional de sua
Carreira Heroica favorecida: Mágico classe de personagem.
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Destreza Elfos-negros
ou +2 em Sabedoria ou +2 em Carisma Povo do Medo
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Natureza Origem Feérica (Submundo)
ou +2 em Intuição
Segredos das Florestas Lendárias: O elfo recebe um
Estatísticas
poder de ataque sem limite de 1º nível adicional
de sua classe de personagem.
Os elfos-negros de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas
da raça drow apresentada no D&D 4E Manual dos
Elfo Protetor Monstros.
Muitos elfos se dedicam a proteger as vilas onde moram.
Eles passam sua infância e sua juventude treinando o
Particularidades. Os elfos-negros possuem uma nação po-
uso do arco e da espada para que, quando adultos, pos-
derosa, com cidades aliadas em prol de um bem maior: a
sam guardar suas casas e suas famílias. Os protetores él-
proteção de sua raça e seu povo diante das ameaças do
ficos são os membros mais importantes dos clãs, aqueles
Inferno. Diferentes dos drows de outros mundos, os elfos-
que terão a palavra final nas decisões que envolvam a
negros de Ohmtar não fazem parte de uma sociedade
segurança das tribos e de seus membros. Os protetores
matriarcal, em que as fêmeas se tornam feiticeiras poderosas.
mais experientes se tornam os líderes das vilas élficas,
No Submundo de Ohmtar, os drows são devotos de Ryltar, o
sempre apoiados pelos conselhos dos espíritos da
Grande Bruxo, e possuem relações não-hostis com as raças da
natureza trazidos pelos espiritualistas élficos.
superfície. Além disso, a origem dos drows não remete à
Idiomas: Heroico, Comum, Élfico, mais seu idioma
origem dos elfos ou dos eladrins, sendo - neste caso - raças com
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo- origens completamentes diferentes.
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas Os elfos-negros, também conhecidos como drows, são a
Opções de Personalização: contraparte subterrânea dos altos-elfos do Mundo Len-
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2 dário. Eles são dominantes nas áreas do Submundo co-
em Constituição ou +2 em Carisma nhecidas simplesmente como Cavernas, as mesmas
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia; +2 em Intimida-
regiões habitadas pelos anões-cinzentos. Enquanto os
ção ou +2 em Natureza ou +2 em Intuição
dvergar habitam as montanhas das Cavernas, os drows
Técnica da Lua Crescente: O elfo recebe um poder de a-
habitam os perigosos vales, com suas florestas formadas
taque sem limite de 1º nível adicional de sua
por fungos gigantescos e repletas de criaturas tenebro-
classe de personagem.
sas e predadores vorazes.
Protegidos de Ryltar, o Grande Bruxo, os elfos-
Elfo Visionário
negros se consideram os verdadeiros representantes do
Os elfos visionários surgem como figuras de destaque na
povo do medo e guardiões do Submundo. No coração de
sociedade élfica. Esses bem-aventurados buscam sem-
todos os membros do povo do medo essa emoção está
pre ir além, buscar os melhores caminhos, novas manei-
devidamente plantada, e com os elfos-negros não é dife-
ras para resolver velhos problemas, romper com pre-
rente.
conceitos e com tradições sem cabimento. Os visio-
A postura dos elfos-negros diante das mazelas
nários élficos não são oráculos, são idealistas. Eles obser-
do mundo e da tensão provocada pelos perigos dos sub-
vam as tendências, se antecipam às mudanças. São
terrâneos é extremamente passiva. Seus exércitos estão
vistos como sonhadores, utopistas, sempre perdidos em
sempre a postos, seus bruxos estão sempre em contato
seus devaneios e em palavras sem sentido (uma aparên-
com Ryltar, os folcos (habitantes mais pobres das cida-
cia propositalmente escolhida por eles).
des drow) estão sempre implorando por misericórdia.
Idiomas: Heroico, Comum, Élfico, mais seu idioma
Todos aguardando o momento fatídico em que todo o
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
esforço terá sido em vão.
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Místico Cidadelas dos elfos-negros. Os drows erguem gigan-

83
Capítulo 2
tescas fortalezas de rocha negra (normalmente semipre-
ciosa) nos vales profundos das cavernas do Submundo.
Essas fortalezas são habitadas pelos exércitos drow, pe-
los barões mercadores e pelos pactualistas. Do lado de
fora das fortalezas, em meio às florestas de fungos ou no
interior de grutas úmidas e pegajosas, habitam os folcos,
os “mendigos drows”, que não tem condições de pagar
por uma residência no interior das fortalezas.
As fortalezas dos elfos-negros giram em torno
dos templos erguidos pelos bruxos em homenagem a
Ryltar, o Grande Bruxo, e através dos quais eles entram
em contato com a entidade. Esses templos são repro-
duções da grandiosa caverna onde foi erguida a maior
cidade dos drows: Penocuephata, uma poderosa for-
taleza erguida em torno dos Portões do Inferno, a temida
passagem selada por Ryltar para impedir o avanço de
demônios e divindades hostis vindos do Segundo
Mundo.
Economia dos elfos-negros. Os drows, assim como os
anões-cinzentos, são grandes conhecedores dos Desfila-
deiros, as passagens mágicas que ligam Agrippa, o Mun-
do Material, ao Submundo, o Mundo Subterrâneo. Eles
utilizam esse conhecimento para negociar com o povo
da superfície uma série de materiais raros que só exis-
tem no Submundo, como fungos e partes de criaturas
que servem de insumo principalmente para os estudi-
osos das artes arcanas. São materiais de alto valor, nor-
malmente trocados por grandes quantidades de itens
comuns e alimentos que não podem ser produzidos no
Subterrâneo.
Relações com outras etnias. Os elfos-negros possuem
uma relação muito próxima com os obscuros. Eles cos-
tumam empregar nas fazendas de fungos os sobre-
viventes de regiões atacadas por anões-cinzentos. O que
é mais interessante nesse contexto é o fato de que elfos-
negros não são empregados nessas fazendas: os barões
consideram que sua raça está acima dos trabalhos ma-
nuais das fazendas, mesmo que, por esse motivo, muitos
drows permaneçam abandonados e em total condição
de miséria.
A relação com os anões-cinzentos é pacífica,
mas não por amizade ou aliança, e sim pelo fato de que
as raças se temem a ponto de preferirem não intervir nas
ações umas das outras.
Os elfos-negros possuem algum contato com
as criaturas místicas conhecidas como eubuleus, uma
espécie de etnia perdida do povo do medo. Esse contato
normalmente é feito pelos bruxos drows, que buscam
compreender o papel dos eubuleus no Submundo e
adquirir parte do conhecimento oculto dessa raça
misteriosa.
Elfos-negros e o Mundo Material. Muitos dos elfos-
negros vistos no Mundo Material fazem parte de comiti-
vas de mercadores, seja como diplomatas, comerciantes
84
Os Povos
ou membros mais abastados que aproveitaram a opor-
tunidade para passear pelo mundo da superfície, ou co-
mo soldados ou mercenários contratados para proteger
a caravana em sua viagem. Alguns desses indivíduos se
apaixonam pelo Mundo Material e vêem o sem fim de
possibilidades que as cidades erguidas sob a luz do sol
podem fornecer.
Mas existem, também, aqueles que vêm ao
Mundo Material com outros propósitos. São bandidos
foragidos e também os soldados que vêm em seu encal-
ço, ou mesmo folcos que desistem de sua vida sofrida nas
profundezas do Submundo e tentam buscar um lugar li-
teralmente ao sol.
CrenÇas
Os elfos-negros encaram Ryltar de uma forma diferente
da interpretação dada pelos anões-cinzentos. Não como
uma entidade suprema, mas como um indivíduo que de-
tém o controle sobre a emoção que molda o Submundo:
O Medo. Eles acreditam que o poder de Ryltar não vem
da devoção de sua raça, mas sim da própria capacidade
do Grande Bruxo de compreender e manipular o tecido
da realidade. Um poder arcano, do qual eles buscam
compartilhar através de pactos.
AptidÕes Heroicas
Os elfos-negros são extremamente passivos com relação
aos perigos de seu mundo. Eles preferem não se arriscar,
ou arriscar seus exércitos, para garantir que suas forças
estejam sempre prontas para quando os Portões do In-
ferno se abrirem. Os heróis elfos-negros surgem exata-
mente quando saem dessa passividade; indivíduos dis-
postos a se arriscar pelo bem de alguém, seja de sua
família, de seu clã ou de sua cidade.
Elfo-negro Folco
Os folcos são miseráveis, elfos-negros desnutridos larga-
dos à mercê dos perigos das florestas de fungos e das
grutas que pontilham os vales dos Bolsões de Trevas.
Alvos constantes das criaturas dos Submundo, eles pre-
cisam encontrar em seu próprio interior a força neces-
sária para sobreviver ao destino terrível que lhes foi tra-
çado. Os heróis folcos surgem nos momentos de deses-
pero, ajudando seus pares a sobreviver por mais tempo
ou, em alguns casos, a fugir das ameaças que surgem em
suas terras.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Drow
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Constituição; +2 em Destre-
za ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Tolerância; +2 em Exploração
ou +2 em Manha
Talento Adicional: O elfo-negro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Capítulo 2
Elfo-negro Militar
Os soldados drows são treinados durante toda a vida nas
habilidades necessárias para proteger suas cidades do
avanço de criaturas demoníacas. O treinamento é rea-
lizado com a participação de criaturas subterrâneas sub-
jugadas através de magia para servirem como teste para
os militares. Infelizmente, nem sempre essas criaturas
permanecem sob controle e acabam avançando contra
os elfos-negros e suas cidades selvagemente. Os mili-
tares que se tornam heróis normalmente abandonam as
fileiras dos exércitos drows, optando por tomar a inici-
ativa contra as ameaças do Submundo que espreitam
suas cidades e ameaçam suas famílias.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Drow
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Força ou +2
em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Tolerância; +2 em Atletismo
ou +2 em Exploração ou +2 em Tolerância
Treinamento Militar: O elfo-negro conhece um poder a-
dicional de ataque sem limite de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O elfo-negro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Elfo-negro Pactualista
Os elfos-negros são devotos de Ryltar, o Grande Bruxo.
Através dos pactualistas, a entidade profere suas orien-
tações para a raça dos elfos-negros. Quando agir, quan-
do aguardar, quando se proteger, quando se unir contra
as forças infernais. Os pactualistas são extremamente
respeitados e muitos deles se tornam os líderes máximos
das cidades drows, representantes da vontade divina do
Grande Bruxo. Os heróis pactualistas surgem a partir da
vontade do Rei do Submundo, quando são levados a
cumprirem missões que envolvem, muitas vezes, jorna-
das ao Mundo Material. As lendas cantadas pelos bardos
indicam que os pactualistas têm como objetivo conquis-
tar a confiança dos humanos e dos elfos, principalmente,
de uma forma nunca antes possível, e que vai muito a-
lém das negociações comerciais. O que Ryltar, o Grande
Bruxo, planeja com essa aproximação, só o futuro nos
dirá.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Drow
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Inteligência
ou +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Exploração
ou +2 em Intuição
Talento Adicional: O elfo-negro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Poder Arcano: O elfo-negro conhece um poder adicional
de ataque sem limite de 1º nível de sua classe.
85
Os Povos
Eubuleus
Povo do Medo
Origem Feérica (Submundo)
Estatísticas
Altura Média: 1,80m - 2,05m
Peso Médio: 70kg - 95kg
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria, +2 em Carisma
Tamanho: Médio
Deslocamento: 7 quadrados
Visão: Escuro
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia ou Intimidação, +2
em Furtividade, +2 em Religião
Defesa do Eubuleu: O eubuleu recebe +1 de bônus racial em
sua defesa de Fortitude ou de Reflexos.
Invisibilidade Dourada: O eubuleu é capaz de usar o poder
invisibilidade dourada como um poder por encontro.
Invisibilidade Dourada Poder Racial de Eubuleu
Um brilho dourado ofusca seus inimigos e você desaparece.
Encontro * Ilusão
Ação Mínima Pessoal
Efeito: O eubuleu se torna invisível até realizar um ataque.
Os eubuleus são praticamente uma lenda entre os mem-
bros do povo do medo (assim como os selvagens o são
para o povo da esperança). Conhecidos também como
os sussurantes, os eubuleus são humanóides muito pare-
cidos com os elfos-negros, com seus corpos esguios, tra-
ços delicados e orelhas pontiagudas. A grande diferença
física está no fato de que, ao contrário do que se espera
das raças do medo, a pele dos eubuleus é totalmente
amarela, praticamente dourada, e eles não possuem pê-
los pelo corpo. Seus olhos são tão amarelos quanto sua
pele. Ao olhar de relance para um eubuleu, são raros
aqueles que conseguem perceber os traços de seus ros-
tos, vendo apenas um grande borrão amarelo.
Eles caminham silenciosamente pelo Sub-
mundo, como se carregados pelos ventos canalizados
que cortam as cavernas. Seus gestos se assemelham a
danças cerimoniais, e suas palavras saem de suas bocas
em forma de cânticos, facilmente compreendidos pelo
povo do medo, mas ininteligíveis para os outros povos.
Os eubuleus são sábios e atenciosos, sempre
dispostos a ouvir e ajudar aqueles que se vêem aflitos ou
vulneráveis diante dos perigos do Submundo.
Coros dos eubuleus. Os eubuleus são nômades, vagan-
do pelo Submundo levando suas palavras para os opri-
midos. Eles se reúnem nos chamados Coros, grupos de
dezenas de membros da raça. Eles não são criaturas má-
Capítulo 2
gicas. Ainda precisam dormir, se alimentar, se vestir.
Para tal, eles normalmente se acomodam nas caravanas
dos obscuros, apenas pelo tempo que for necessário -
geralmente, até o fim de alguma cerimônia ritual, quan-
do abandonam a caravana em busca de uma próxima
que precise de sua ajuda e de suas palavras.
Relação com outras etnias. Apenas os obscuros consi-
deram os eubuleus reais, visto que eles compartilham
muitos de seus costumes, principalmente religiosos. A-
penas os elfos-negros mais pobres, com uma maior apro-
ximação da cultura dos obscuros têm algum contato
com os eubuleus, enquanto os drows mais abastados vê-
em essa raça mítica apenas como uma lenda distante. Os
anões-cinzentos ignoram a existência dos eubuleus, ale-
gando que não passa de uma crença dos obscuros, cren-
ça esta que os duergar reprimem severamente.
Eubuleus e o Mundo Material. Os eubuleus raramen-
te são vistos no Submundo, muito menos no Mundo Ma-
terial. Quando isso acontece, eles normalmente estão a-
companhados de obscuros foragidos das minas dos
dvergar. Um eubuleu solitário no Mundo Material pro-
vavelmente carrega a amargura de ter visto seus amigos
e aliados tombarem um a um ao longo da árdua viagem
em direção ao mundo da superfície.
CrenÇas
Os eubuleus voltaram sua devoção clerical a uma outra
entidade, que eles chamam simplesmente de A Sombra.
Essa entidade seria um espírito das forças da escuridão
ou uma divindade menor que seria a verdadeira deten-
tora do poder sobre as trevas, sobre a escuridão e sobre
as criaturas que habitam o Mundo Subterrâneo.
Eu, Gënnlarioneth, fiquei muito curioso e bus-
quei compreender melhor essa entidade. Observando o
multiverso e vasculhando os segredos ocultos pelo Mes-
tre, pude perceber que essa entidade ainda era feita de
luz, apesar de sua forma sombria, pois ainda precisava
da luz para que sua sombra se projetasse sobre o Sub-
mundo.
AptidÕes Heroicas
Os eubuleus são compreendidos pelos obscuros como
sendo emissários de uma entidade conhecida como A
Sombra, uma força inerente ao Submundo, uma divin-
dade oprimida pelas crenças dos anões-cinzentos e dos
elfos-negros. Os eubuleus são aqueles que surgem nos
momentos de amargura, que trarão bons conselhos e
darão orientações aos obscuros antes de desaparecerem
na escuridão.
Eubuleu Executor
Os eubuleus são tranquilos, mas não são necessaria-
mente pacíficos. Os executores são aqueles que ajuda-
rão os necessitados quando as palavras não forem sufi-
86
Os Povos
cientes. São combatentes treinados, inspirados pelas pa-
lavras divinas da entidade conhecida como A Sombra,
dispostos a usar o medo contra o medo, levantar suas
armas e derrotar as ameaças que avançam contra seus
protegidos. Os heróis eubuleus costumam escolher uma
caravana de obscuros para permanecer ao seu lado por
toda a sua vida.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Eubulian
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Força ou
+2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Diplomacia;
+2 em Intuição ou +2 em Socorro
Talento Adicional: O eubuleu recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Eubuleu Inspirador
Os cânticos dos eubuleus, também chamados de sussur-
ros, contam histórias de um passado distante, quando
outras raças caminhavam pelo Submundo, uma época
em que não havia escravidão nem sofrimento. Os inspi-
radores são aqueles que buscam inspirar seus prote-
gidos, fazê-los resistir aos perigos que os cercam e agir
contra essas ameaças. O inspirador instiga os vulne-
ráveis a se levantarem e lutarem por suas vidas, por sua
honra e por sua dignidade.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Eubulian
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Carisma; +2 em Inteligência
ou +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Diploma-
cia; +2 em Intuição ou +2 em Socorro
Talento Adicional: O eubuleu recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Eubuleu Profeta
Os profetas eubuleus surgem como pregadores do Me-
do. Suas palavras são como navalhas afiadas, que cortam
a pele de seus interlocutores, apenas para provar que o
sofrimento é real, e que há algo muito pior por vir. Os
profetas são emissários das palavras d’A Sombra. Eles
proferem cânticos de dor e sofrimento, usando o medo
para causar comoção nos oprimidos. São os instigadores
das revoltas nas minas dos dvergar.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo, Eubulian
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria ou +2 em Carisma;
+2 em um atributo a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Diploma-
cia; +2 em Intuição ou +2 em Socorro
Talento Adicional: O eubuleu recebe um talento adicio-
nal no 1º nível e deve cumprir seus requisitos.
Capítulo 2
Gal’mi
Povo do Amor e da Loucura
Origem Aberrante (Além)
Estatísticas
Altura Média: 1,80m - 1,95m
Peso Médio: 135kg - 150kg
Valores de Atributo: +2 em Força, +2 em Constituição
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Tolerância, +2 em uma perícia a
escolha.
Construto Vivo: Por ser um construto vivo, o gal’mi recebe as
características a seguir (consulte a definição de construto vivo
no D&D 4E Manual dos Monstros): +2 de bônus nos testes de
resistência contra dano contínuo; não precisa comer, beber ou
respirar; precisa de apenas 4 horas para obter os benefícios de
um descanso prolongado; ao realizar um teste de resistência
contra morte, pode optar pelo resultado dos dados ou 10, o
que for melhor, sendo que ele ainda morre ao atingir um
número de PV negativos igual à sua condição sangrando.
Mente Mecânica: O gal’mi recebe +1 de bônus racial em sua
defesa de Vontade.
Peitoral de Aço: O gal’mi recebe +1 de bônus racial em sua
Classe de Armadura.
Humanóides robustos, com pele de metal e corações de
fornalha. No lugar de sangue, o fluido alienígena que ali-
menta o Sétimo Mundo. Em vez de ossos e juntas, rolda-
nas de metal, madeira mística e outros elementos que só
existem lá, no Além.
Esses são os gal’mi (lê-se gal-mí), o nome aber-
rante das criaturas conhecidas como golens. Mas há
muito mais num gal’mi do que magia e uma carcaça de
metal. Há amor, há loucura, emoções que moldam em
abundância os indivíduos do povo violeta.
Os gal’mi surgiram como os outros membros
do povo do amor e da loucura, através da observação e
do aproveitamento de partes perdidas de todo o tipo de
coisa que dá forma ao Além. No caso dos gal’mi, eles fo-
ram forjados com os restos extraordinários da tecnologia
utópica do antigo Império das Sete Nações, caído ao fim
da Décima Segunda Era.
Algumas lendas dizem que as almas que habi-
tam os corpos gal’mi são originárias da Décima Segunda
Era, e carregam muitos dos ideais do Império, principal-
mente quanto à formação de uma sociedade perfeita e
de poder insuperável, que possa resistir à passagem do
tempo e dos deuses.
Quartéis dos gal’mi. Os gal’mi vivem isolados, em for-
talezas impenetráveis construídas com o mesmo mate-
87
Os Povos
rial que dá forma aos seus corpos. Eles chamam essas
fortalezas de Quartéis. No interior dessas fortalezas eles
desenvolvem novos componentes para seus corpos, trei-
nam suas habilidades marciais e suas poderosas habi-
lidades arcanas, provenientes dos centros de energia
mágica que carregam em seus corações. Eles se estru-
turam como uma organização militar, de hierarquia rígi-
da e funções bem definidas.
Economia dos gal’mi. Os gal’mi recuperam materiais
antigos, da Décima Segunda Era, colhendo itens dos
veios de material alienígena que percorrem os Fluxos e
fazendo o devido tratamento desses itens no interior de
seus Quartéis. Esses materiais, depois de recuperados,
são utilizados para forjar novos itens e componentes
para os corpos gal’mi. Os Quartéis também mantêm
rotas de comércio com as Vilas dos gnomos - grandes
compradores dos itens gal’mi. Em alguns casos, com a
ajuda de viajantes crias-trocadas, os gal’mi criam laços
comerciais com criaturas dos mundos mortais.
Relação com outras etnias. Os gal’mi são grandes alia-
dos dos crias-trocadas e dos gnomos, principalmente
pelas relações comerciais entre essas raças. Os crias-tro-
cadas possuem um apreço especial pelos gal’mi, visto
que os primeiros são os principais responsáveis pelo fato
de alguns gal’mi hoje habitarem os mundos mortais de
Ohmtar (Mundo Material, Mundo Lendário e Sub-
mundo).
Gal’mi e o Mundo Material. Gal’mi são mais comuns
no mundo de Agrippa do que é de se imaginar, mas rara-
mente são vistos em público, exceto quando acom-
panhando membros de seu próprio povo. Gal’mi já fo-
ram vistos como membros de guardas de elite de reno-
madas Casas humanas, e também como temidos guer-
reiros entre os poderosos exércitos broncos. Seus pode-
res extraordinários e sua natureza mística é fonte de es-
tudos, curiosidade e ganância de muitos barões e magos
do Mundo Material.
CrenÇas
O Mestre é uma entidade muito presente na cultura dos
gal’mi, os construtos vivos nativos do Além. Os indi-
víduos dessa raça estudam a relação com o Mestre atra-
vés da luz violeta - formada pelo amor e pela loucura que
ajudam a moldar o universo. Eles acreditam no poder
dessas emoções tão extremas. Em seus quartéis, sempre
existirão alas inteiras dedicadas às ordens ligadas à Tra-
dição Safiana, voltada para a devoção à Luz do Mestre.
Ainda assim, quando chegam aos mundos
mortais, os gal’mi acabam sendo tocados pelo poder das
divindades e dos espíritos de Ohmtar, como acontece
com as outras raças. Por mais firmes e dedicados eles
sejam aos valores safianos, sua conversão a uma religião
ou círculo é esperada.
Capítulo 2
AptidÕes Heroicas
Os gal’mi não acreditam que foram banidos para o A-
lém. A crença da raça é de eles foram criados para tra-
zerem de volta a Ohmtar todas as possibilidades que fo-
ram perdidas durante A Crise, como os avanços sociais
trazidos pelo Império das Sete Nações e, principalmen-
te, a tecnologia muito superior à tecnologia atual e ca-
paz de rivalizar tanto com a magia quanto com o poder
proveniente dos espíritos e das divindades que gover-
nam o multiverso. Os heróis gal’mi surgem buscando
provar suas capacidades, na tentativa de revelar as ma-
ravilhas que se encontram abandonadas no Além, pron-
tas para serem recuperadas.
Gal’mi Armeiro
Os armeiros gal’mi foram construídos como verdadeiras
máquinas de batalha. Poderosos e resistentes, são dota-
dos de grande conhecimento de técnicas de combate e
incrível habilidade tanto para a batalha direta quanto
para o comando dos exércitos. Os heróis armeiros se
destacam como soldados e também como comandantes,
sempre armeiros mais experientes na hierarquia dos
Quartéis.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Comum
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Destreza ou +2
em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo ou +2 em Intimida-
ção; +2 em uma perícia a escolha
Maquinário Programado: O gal’mi recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O gal’mi recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gal’mi Canalizador
Os gal’mi não acreditam nos espíritos, nem nas divin-
dades. Para eles, a única força que comanda e dá forma
ao multiverso é o Mestre, e sua representação está na Luz
que permeia todas as coisas. Os canalizadores conhe-
cem a história do Império das Sete Nações e sabem que
seus corações carregam parte da essência luminosa que
resistiu à Última Crise. Os heróis canalizadores conse-
guem direcionar essa essência para realizar feitos extra-
ordinários que não seriam possíveis para seres tão céti-
cos no que diz respeito às entidades de Ohmtar.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Comum
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Carisma
ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo ou +2 em História;
+2 em uma perícia a escolha
Maquinário Programado: O gal’mi recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
88
Os Povos
classe de personagem.
Talento Adicional: O gal’mi recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gal’mi Retumbante
O gal’mi ostenta seus poderes, pois está ciente de que
alcançou uma unidade com a luz que permeia o multi-
verso da forma que nenhum outro ser é capaz de repro-
duzir. Orgulhosos de seu poder, eles partem para os
mundos mortais para demonstrarem sua superioridade.
Os heróis retumbantes surgem como os “heróis defini-
tivos”, aqueles que resgatarão os mortais da escuridão
em que estão mergulhados. São aqueles que levarão os
mortais à Luz.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Comum
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Carisma ou +2
em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia ou +2 em Intimi-
dação; +2 em uma perícia a escolha
Maquinário Programado: O gal’mi recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O gal’mi recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnolls
Povo da Inveja
Origem imortal (Inferno)
Estatísticas
Os gnolls de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da raça
gnoll apresentada no D&D 4E Manual dos Monstros.
Particularidades. Diferente do que seria de se imaginar, os
gnolls de Ohmtar não são necessariamente malignos. Insa-
tisfeitos, violentos, mas não malignos (apesar de a grande
maioria realmente corroborar com essa crença). Muitos deles
buscam alternativas, uma fuga. Eles acreditam que existem
lugares muito melhores para se viver além dos Portões do
Inferno.
Infelizmente para eles, raros são os gnolls que con-
seguem alcançar o Submundo - sendo logo eliminados pelos
Pássaros Negros de Ryltar. Um ou outro de coração mais forte
e com uma dose extra de sorte consegue alcançar o Mundo
Material e estabelecer, ali, uma nova vida.
Quando nascem, no coração pustulento dos pântanos de
sangue, os gnolls são os primeiros a devorarem seus ir-
mãos e conseguirem escapar dali. Esses humanóides
corpulentos se assemelham a hienas, com músculos
fortes, coluna aparente e cabeças animalescas, com den-
tes afiados e protuberantes. São caçadores, invejosos,
Capítulo 2
violentos e insatisfeitos com todo o sofrimento ao qual
precisam se submeter. Apesar de mais altos e robustos
que os humanos, os gnolls são ágeis e precisos.
Essas criaturas infernais são, em sua maioria,
servos dos demônios que comandam o Segundo Mundo,
servindo de escravos, soldados ou até mesmo comida
para esses monstros grotescos.
Tribos dos gnolls. Os gnolls habitam as cidadelas de-
moníacas do Inferno. Muitos deles, entretanto, conse-
guem escapar para regiões isoladas, onde montam a-
campamento e formam suas tribos. Essas tribos crescem
rapidamente, à medida que novos gnolls foragidos as
alcançam. Muitas tribos chegam a ser formadas por cen-
tenas de gnolls. Localizadas em geral ao lado de cami-
nhos ou estradas usadas pelos povos da inveja, seus
membros atacam os viajantes sem compaixão, eliminan-
do suas vidas e roubando seus pertences. Algumas tribos
gnolls já foram avistadas no Mundo Material, mas sua
origem (assim como a origem dessa informação) é
incerta.
Relação com outras etnias. Gnolls são inimigos de
renascidos e de tieflings. Não porque eles desejam isso,
mas porque as forças que comandam o Inferno levam as
raças que lá habitam a uma guerra perpétua. O Inferno é
o mundo da Inveja. Todos querem mais, todos desejam
ser mais, ter e poder mais.
Demônios (criaturas espirituais do Inferno,
manifestações da natureza local, se é que ela existe) es-
tão em confronto permanente com as divindades hostis
aprisionadas no Inferno pelos deuses benevolentes. Os
demônios acreditam que chegaram antes ali, que as
divindades são invasoras de seu território e, portanto,
devam ser eliminadas, assim como seus seguidores. Os
gnolls, escravizados pelos demônios, são jogados em
confrontos suicidas contra os exércitos das divindades,
muito mais poderosos.
Gnolls e o Mundo Material. Gnolls costumam alcan-
çar o mundo de Agrippa invocados por servos de entida-
des infernais e adoradores de demônios. Livres de seu
comando eles acabam por formar pequenas tribos nas
florestas e nas proximidades das estradas, vivendo prin-
cipalmente dos saques realizados nos ataques às carava-
nas e aos viajantes, seguindo as práticas adotadas pelos
próprios gnolls nas inóspitas terras do Segundo Mundo.
CrenÇas
Os gnolls, por outro lado, são reféns das criaturas conhe-
cidas como demônios, entidades de maleficência plena,
consideradas manifestações dos espíritos da natureza
que dão forma ao Inferno. Esses espíritos foram relega-
dos ao Segundo Mundo por serem caóticos e destrutivos
demais para habitarem o Mundo Material, o Submundo
e muito menos o Mundo Lendário.
89
Os Povos
O mais temido demônio do Inferno é uma
criatura conhecida como Pessiilliandinnsemétgoh, ou
“Aquele Demônio que Devora Deuses”, em tradução
literal. Ele é o líder de várias cidadelas da região chama-
da de Caldeirão das Almas Imortais.
Demônios e deuses são inimigos declarados,
todos decididos a tomarem o Inferno para si. Por esse
motivo, gnolls são inimigos de tieflings e renascidos
grande parte das vezes, mas em cercas ocasiões eles
podem se aliar por um bem comum: sobrevivência, por
exemplo.
AptidÕes Heroicas
Alguns poucos gnolls se tornam heróis. Em determi-
nadas circunstâncias, eles precisam confrontar o Infer-
no, os demônios, as divindades, tieflings, renascidos, o
que for que surgir a sua frente para poderem, então,
sobreviver. Eles precisam recorrer a seus instintos e
torcer para que alguém olhe por eles e lhes dê uma
chance. Isso será o suficiente para que eles possam mos-
trar tudo de que são capazes.
Gnoll Furioso
Os gnolls são escravos nas cidadelas demoníacas, força-
dos a todo tipo de trabalho degradante, servindo inclu-
sive de alimento para os demônios mais vorazes. A gran-
de maioria acaba carregando uma grande revolta dentro
de si, invejosos do tratamento que os deuses dão aos
tieflings e aos renascidos. Os furiosos são os gnolls que se
revoltam contra os demônios aos quais têm servido
durante tantos anos. Eles erguem suas armas e avançam
contra a cidadela que os manteve presos durante tanto
tempo. Sem saber, eles acabam levando consigo muito
da essência que dá forma aos demônios e à natureza do
Inferno, com seus rios de sangue e florestas de ossos e
carne putrefata.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo; +2 em Tolerância
Talento Adicional: O gnoll recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnoll Tribalista
Os gnolls que conseguem escapar das cidadelas demo-
níacas estabelecem tribos em locais distantes, onde eles
podem se proteger dos demônios e de suas hordas. Os
tribalistas são os gnolls que organizarão e liderarão as
tribos, tentando direcionar os esforços dessas criaturas
selvagens e intempestivas. Muitos tribalistas se tornam
heróis quando emergem nos conflitos como grandes
salvadores de suas tribos, conduzindo a fúria contida de
seus membros na direção de um objetivo comum.
Idiomas: Heroico, Infernal
Capítulo 2
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Força ou
+2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Tolerância; +2 em Arcanismo
ou +2 em Natureza
Talento Adicional: O gnoll recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnoll Saqueador
Se os tribalistas são os líderes das tribos gnolls, os saque-
adores são seu exército. São eles que atacam os viajantes
e avançam sobre as outras tribos. Podem ser comba-
tentes treinados, caçadores ou simplesmente criaturas
ambiciosas dispostas a dilacerar seus oponentes. As tri-
bos gnolls se mantêm graças aos esforços dos saque-
adores. Além disso, se um grupo de gnolls for visto fora
do Inferno, provavelmente se tratará de um bando de
saqueadores, por serem os mais aptos a sobreviverem
fora de seu mundo de origem.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo; +2 em Furtividade
ou +2 em Intimidação
Talento Adicional: O gnoll recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnomos
Povo do Amor e da Loucura
Origem Aberrante (Além)
Estatísticas
Os gnomos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça gnomo apresentada no D&D 4E Livro do Jogador 2.
Particularidades. Diferente dos gnomos de outros mundos,
os gnomos de Ohmtar não possuem origem feérica. Ainda
assim eles possuem grande ligação com as forças arcanas.
Enquanto os gal’mi vêem a tecnologia da Décima Segunda
Era como a fonte de seus poderes, os gnomos entendem que os
corações dos gal’mi e as antiguidades encontradas no Além
são apenas meios de se alcançar o controle sobre o tecido da
realidade.
Esses pequeninos humanóides eram originários de um
mundo conhecido como Mundo das Fadas, ainda na Dé-
cima Segunda Era. Com A Crise e a recriação do multi-
verso, o Mestre optou por levar os gnomos para longe
dos mundos mortais, relegando-os ao esquecimento no
Além, o distante Sétimo Mundo de Ohmtar. Lá, eles re-
nasceram nas mãos das entidades fadadas a desaparecer
90
Os Povos
com a passagem do Tempo.
A curiosidade inata à raça, entretanto, levou
seus membros a desbravarem o Além. Eles encontraram
divindades enlouquecidas, criaturas alienígenas e tan-
tas outras raças e povos quanto somente uma mente
insana poderia ser capaz de criar. Para eles, aquele era o
local perfeito.
A história nos traz a participação dos gnomos
em uma guerra que envolveu uma entidade chamada
Lasts e as divindades do Paraíso. Os gnomos, derrotados
pelas forças divinas, foram encarados como inimigos
durante muito tempo. Buscando reconstruir (ou cons-
truir) uma imagem mais ordeira, eles passaram a resga-
tar tecnologia antiga, com a ajuda dos gal’mi, para criar
ferramentas e relíquias que viessem facilitar a vida das
pessoas. Infelizmente, esses artefatos nunca foram
muito precisos, por empregarem uma tecnologia cujo
conhecimento pleno a respeito foi apagado da
existência pelo próprio Mestre ao fim da Guerra do
Vapor Púrpura, quando Ele decretou que nunca mais as
máquinas caminhariam por Ohmtar.
Os gnomos continuam tentando, com fins pa-
cíficos (espera-se), mas sem muitos prejuízos, exceto pa-
ra os tolos que se arriscam a utilizar as chamadas “gerin-
gonças”.
Vilas dos gnomos. Sobre os nós dos Fluxos do Além os
gnomos erguem suas vilas, compostas por algumas de-
zenas de casas habitadas por centenas, senão milhares
de indivíduos. Eles caminham pelas vias e praças carre-
gando seus animais de estimação de muitos olhos e
bocas, festejam nas ruas um aniversário, um casamento,
uma fuga ou mesmo uma morte. Amam as coisas, todas
as coisas, e suas Vilas são manifestações desse amor
extremo.
Economia dos gnomos. Nos mercados de suas Vilas os
gnomos negociam suas geringonças, construídas a partir
de itens perdidos no Além ou componentes comprados
dos Quartéis Gal’mi. Muitos gnomos fazem viagens rápi-
das aos mundos mortais para levar suas geringonças e
trazer de volta mercadorias e matéria-prima para suas
experiências.
Relação com outras etnias. Os gnomos possuem uma
relação muito forte com os gal’mi, comprando deles
componentes para suas geringonças, e com os crias-
trocadas, que levam os gnomos aos mundos mortais em
suas viagens.
Gnomos e o Mundo Material. Os gnomos que alcan-
çam o Mundo Material logo encontram seu lugar nas
grandes cidades, onde podem descobrir coisas novas e
explorar ao máximo suas habilidades comunicativas. A
exceção são os gnomos conhecidos como duendes feéri-
cos, que encontram lugar junto aos elfos nas florestas
que possuem forte ligação com o Mundo Lendário.
Capítulo 2
CrenÇas
Os membros das raças que formam o povo do amor e da
loucura são servos fervorosos das entidades de Ohmtar,
cada qual a sua maneira. No Além, eles direcionam sua
crença às entidades alienígenas daquele mundo. Essas
entidades, as chamadas Aberrações, são tão difíceis de
serem compreendidas que raramente são identificadas
de forma isolada. O Irmão Olho, a entidade adorada pe-
los crias-trocadas, talvez seja a principal exceção.
Essas entidades possuem origens das mais
diversas. São deuses que foram banidos de Ohmtar du-
rante a Última Crise (ou mesmo antes do evento), espí-
ritos que foram esquecidos pelos mortais ou almas en-
louquecidas após serem abandonadas pelos deuses. A
conexão com essas entidades é, entretanto, muito frágil.
Servos de uma divindade banida para Ohmtar não
recebem dons clericais, por exemplo, assim como
manter contato com os espíritos do Além não fornece
habilidades xamânicas.
Quando abandonam o Além e alcançam os
mundos mortais, os membros do povo do amor e da
loucura acabam sendo percebidos pelos deuses e pelos
espíritos. Nesse momento se iniciam as primeiras cone-
xões que podem ou não levar ao desenvolvimento de
uma fé verdadeira.
AptidÕes Heroicas
Os gnomos são curiosos, interessados, trabalhadores.
Tudo o que eles fazem é com muita paixão, a ponto de se
tornarem psicóticos! Eles amam o trabalho, amam os a-
migos, amam os aliados. Para que um gnomo enlouque-
ça, basta um pequeno empurrão, normalmente vindo
com uma grande decepção: um amor não correspondi-
do, um trabalho não concluído, um abandono.
O Além faz isso nas pessoas, e muitos gnomos,
antes de se tornarem parte das criaturas grotescas que
eles próprios temem em seu mundo, abandonam o
Sétimo Mundo com a ajuda dos crias-trocadas. Nos
mundos mortais, eles tentam um ar mais agradável,
menos enlouquecedor, para que possam dar continui-
dade as suas vidas. Além disso, os mundos mortais têm
muito a oferecer. São infinitas as possibilidades de
segredos e de revelações, e não há nada mais apaixo-
nante para um gnomo do que isso.
Gnomo Alquimista
Os gnomos alquimistas são experimentadores de fórmu-
las. Eles buscam reproduzir as coisas da natureza através
da conjugação de materiais mágicos e mundanos. Atra-
vés de seus estudos eles acabam se deparando com co-
nhecimentos ocultos, magias poderosas e lendas a res-
peito de antigos artífices que não habitam mais Ohmtar.
Os heróis gnomos alquimistas, diante de problemas,
principalmente os mais complexos, estão sempre pron-
tos para buscar uma solução, por mais arriscada que ela
seja.
91
Os Povos
Idiomas: Heroico, Aberrante
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Sabedo-
ria ou +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Exploração
Alquimista: O gnomo recebe o talento alquimista (con-
sulte o D&D 4E Arsenal do Aventureiro).
Gnomo Duende Feérico
Os gnomos duendes feéricos possuem um grande senso
de humor, mas não são grosseiros ou espalhafatosos. São
artistas natos e se tornam aventureiros corriqueiramen-
te, desbravando os mundos mortais e levando sua arte.
São corajosos, esperançosos e apaixonados, uma mis-
tura de emoções rara e de grande valor. Os heróis duen-
des feéricos se vêem tão ligados à natureza mágica do
Mundo Lendário que se consideram seus guardiões,
salvadores enviados pelas forças caóticas do Além.
Idiomas: Heroico, Aberrante, Lendário
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Sabedo-
ria ou +2 em Destreza
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Natureza
Talento Adicional: O gnomo recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnomo Embusteiro
Por mais dedicados que sejam os membros da raça
gnômica, existem muitos indivíduos que só têm amor a
si e a mais ninguém. Chamados de embusteiros, esses
gnomos bus-cam adquirir vantagem em tudo o que
fazem. Os heróis embusteiros ajudam os outros, pois
carregam a essência heroica em seus espíritos, por mais
que não queiram admitir e ajam sob a fachada de que
buscam apenas fama, glória e fortuna.
Idiomas: Heroico, Aberrante
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Blefe; +2 em Furtividade
Talento Adicional: O gnomo recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Gnomo Inventor
Enquanto os gnomos alquimistas buscam soluções para
os problemas, os inventores trabalham para solucionar
problemas que ainda não existem. Eles são grandes vi-
sionários, sempre preparados, antecipando as necessi-
dades das pessoas. Os heróis inventores oferecem seus
serviços mesmo quando não é necessário, como se pos-
suíssem uma necessidade sobrenatural de aceitação e
auto-afirmação.
Idiomas: Heroico, Aberrante
Capítulo 2
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência ou +2 em Caris-
ma; +2 em um atributo a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Intuição; +2 em uma perícia a
escolha
Talento Adicional: O gnomo recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Halflings
Povo da Coragem
Origem Natural (Mundo Material)
Estatísticas
Os halflings de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça halfling apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os halflings de outros mundos do Megaver-
so costumam ser nômades, viajantes ou peregrinos, suscetí-
veis ao desejo de abandonar seus clãs para se misturar a ou-
tras raças e culturas. Em Agrippa, entretanto, os halflings são
devotos da ordem, da família e do seu clã, antes mesmo de
serem devotos de divindades ou espíritos. Os halflings de
Ohmtar são ordeiros, organizados e trabalhadores. Suas
construções são duradouras e eles defendem ferozmente suas
terras natais contra as ameaças que fariam seus primos
“extra-agrippanos” simplesmente fugirem. Vulneráveis ao
avanço de criaturas e exércitos vindos do Norte, os halflings
mantêm uma tradição militar e não temem demonstrar um
pouco de arrogância ou confiança nas próprias habilidades e
pontos fortes.
Os halflings curtem os prazeres da vida como nin-
guém. Afinal, eles trabalham sempre com um objetivo em
mente: adquirir riquezas e desfrutar do que o dinheiro conse-
gue proporcionar. Costumam, inclusive, gastar suas fortunas
tão rapidamente quanto a obtiveram.
Os halflings são dominantes nas colinas das Terras Bai-
xas do mundo de Agrippa, o Mundo Material. Esses pe-
queninos humanóides, que raramente ultrapassam 90
centímetros de altura, são espertos, competentes e opor-
tunistas. São encrenqueiros, curiosos e confiantes, além
de demonstrarem uma coragem capaz de superar até
mesmo a dos indivíduos de outras raças do seu povo.
Dizem os mais críticos que os halflings podem
ser pequeninos honestos e bonachões ou ladrões à espe-
ra de uma oportunidade para realizar um grande golpe e
desaparecer na escuridão da noite. De qualquer forma
eles são astutos, ágeis e engenhosos, o que é indiscutível.
Aldeias dos halflings. Os halflings constroem suas al-
deias no coração inacessível das regiões de colinas que
separam as Terras Baixas de Agrippa das Terras do Nor-
te. Suas habitações são construídas através da escavação
das encostas das colinas, como tocas cheias de aposentos
92
Os Povos
ricamente mobiliados. As fontes de água potável são o
coração de suas aldeias, como lagos e rios. Ao redor são
erguidas praças, tavernas e áreas pavimentadas para fei-
ras, jogos e festivais. Estradas rudimentares ligam as
aldeias dos halflings, enquanto estradas de maior porte
ligam a região das colinas às cidades humanas. Essas
estradas são sempre muito movimentadas, seguindo o
fluxo comercial entre as duas raças, fazendo com que
várias aldeias e vilas surjam rapidamente por todos os
cantos.
Economia dos halflings. Os halflings são grandes cria-
dores de animais de menor porte, como ovelhas, cabras
e aves, como galinhas, marrecos e perus. Se vangloriam
por produzir, também, itens que os humanos não neces-
sitam, mas desejam. Os produtos mais vendidos pelos
halflings são o fumo (principalmente o tabaco e o folha-
de-coca, uma planta produzida exclusivamente por
eles), o café, frutas, óleos, ervas, temperos e bebidas dos
mais variados tipos. Eles também são produtores de
perfumes, muito apreciados pelas mulheres humanas
mais humildes (e odiado pela nobreza e, principal-
mente, pelos elfos).
Relação com outras etnias. Os halflings buscam convi-
ver bem com todas as outras etnias. Eles se relacionam
bem com os humanos, com quem possuem importantes
laços comerciais; com os lissos, sempre interessados nas
mercadorias dos halflings; e com os elfos, com quem
adoram compartilhar suas danças e sua música. Os
broncos são uma ameaça aos halflings, uma tensão pro-
movida pela movimentação militar nas fronteiras das
terras dos pequeninos. Mas mesmo os broncos os hal-
flings buscam tratar com respeito e, porque não, um
pouco de agrado. Os halflings são cativantes. Eles sabem
das dificuldades que os broncos precisam enfrentar no
Norte, e expressam um pouco de compaixão que, vez ou
outra, amolece um ou outro coração-duro, por mais que
os broncos tentem negar.
CrenÇas
Os halflings são devotos de um sem número de deuses
menores e espíritos. São deuses do fumo, das bebidas, da
comida, das festas, da caça esportiva, dos jogos, do
descanso, dos sonhos impossíveis. Os teólogos resumem
a crença dos pequeninos no que eles chamam de
Panteão halfling. Os deuses benevolentes, entretanto,
são grandes interessados na raça dos halflings. Do Paraí-
so eles observam e se divertem com os pequenos, como
se observassem um romance ou um conto folclórico em
pleno desenvolvimento.
Esses deuses costumam interceder pelos
pequenos através das divindades menores com as quais
possuem algum tipo de conexão. Frenn, Sálvia e Ohm
são os deuses benevolentes com os quais os halflings pos-
suem uma relação mais íntima, mesmo que eles não te-
nham consciência disso.
Capítulo 2
AptidÕes Heroicas
A curiosidade nata dos halflings é o grande propulsor
para uma vida de aventuras. Muitos halflings se lançam
ao mundo em busca de uma forma de adquirir riqueza
ou reputação. Eles buscarão as melhores oportunidades,
mesmo que para isso venham a quebrar algumas regras
ou leis. A coragem e a curiosidade dos halflings faz com
que eles acompanhem grupos de aventureiros pelo puro
prazer da aventura e da conquista.
Halfling Cigano
Os halflings são devotos de seus próprios “deuses”, en-
tidades menores relacionadas às coisas pequenas; deu-
ses das festas, do fumo, do vinho, dos banhos. Essas en-
tidades são, na verdade, espíritos, que se comunicam
com os halflings mais sensíveis ou suscetíveis, os cha-
mados ciganos. Dotados de diversas ferramentas, como
cartas, pedras rúnicas, ossos de galinhas e velas colo-
ridas, os ciganos conversam com os espíritos para pedir
orientações para todo tipo de coisa, desde a escolha do
nome de um bebê até se devem ou não evacuar um
vilarejo em caso de uma catástrofe iminente.
Idiomas: Heroico, Comum, Halfling, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Sabedo-
ria ou +2 em Destreza
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Ladinagem
ou +2 em Intuição
Talento Adicional: O halfling recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Halfling Exterminador
Os humanos tratam com graça o título de “extermi-
nador” adotado por muitos halflings. Os pequeninos,
por sua vez, não acham nenhuma graça, porque eles
sabem muito bem as ameaças que precisam enfrentar
em suas terras. Os exterminadores são os guardiões dos
vilarejos dos halflings. São eles quem patrulham as fron-
teiras, que se esgueiram em cavernas e pântanos, sem-
pre em busca das tocas de bestas e monstros selvagens
que ameaçam seus lares. São os heróis das criancinhas e
adorados pelas mocinhas halflings.
Idiomas: Heroico, Comum, Halfling, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Força ou +2
em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Atletismo ou
+2 em Exploração ou +2 em Tolerância
Talento Adicional: O halfling recebe um talento adicional
no 1º nível, e deve cumprir seus pré-requisitos.
93
Os Povos
Halfling Mensageiro
Os halflings adoram os humanos. Muitos deles abando-
nam seus lares para desfrutar das oportunidades trazi-
das pela vida urbana das cidades humanas nas Terras
Baixas de Agrippa. Curiosos, alguns halflings se tornam
mensageiros. Afinal, não há forma melhor para um pe-
quenino conhecer pessoas importantes, ouvir histórias e
segredos, conhecer becos escuros, lugares proibidos,
vilões sinistros, heróis, lendas...
Idiomas: Heroico, Comum, Halfling, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Constitui-
ção ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia; +2 em Blefe ou +2
em Furtividade ou +2 em Ladinagem ou +2 em
Intuição ou +2 em Percepção
Talento Adicional: O halfling recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Humanos
Povo da Coragem
Origem Natural (Mundo Material)
Estatísticas
Os humanos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça humano apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os humanos de Ohmtar são fisicamente
idênticos a maioria dos humanos de outros mundos do Me-
gaverso. Eles também são complicados, diversificados, impre-
visíveis. A maior diferença é a relação dos humanos com o
mundo de Agrippa. A proximidade com os elfos e com os espí-
ritos da natureza permitiu aos humanos ter uma visão
diferenciada do mundo que os cerca. O respeito ao meio-
ambiente, característico do povo da coragem, é uma novidade
para aqueles que comparam os humanos de Agrippa com os
de outros mundos.
Os humanos são dominantes nas planícies das Terras
Baixas de Agrippa, o Mundo Material. Em suas cidades,
cheias de parques, praças, bibliotecas e mercados baru-
lhentos, eles cultuam as divindades e os espíritos da na-
tureza, pregam as palavras da Filosofia, adoram a luz e
multiplicam as palavras do Mestre.
Digamos que os humanos sejam encrenquei-
ros natos. Sempre dispostos a ir além, eles acabam se
arriscando muito mais do que o necessário, por bus-
carem superar seus próprios limites, por uma oportu-
nidade de ganhos financeiros, por fama, influência ou,
em muitos casos, por poder.
São grandes defensores de suas causas, sejam
Capítulo 2
elas individuais, de uma organização, de sua nação ou de
todo seu povo. Muitos se tornam grandes heróis. Infe-
lizmente, a humanidade também é capaz de gerar mui-
tos vilões... Na verdade, os piores.
Cidades dos humanos. Os humanos formam seus vila-
rejos, aldeias e cidades em meio, preferencialmente, às
planícies. Nas Terras Baixas, onde esse relevo é proemi-
nente, são incontáveis os assentamentos humanos. Nor-
malmente eles são construídos às margens de um rio,
córrego, lago ou outra fonte de água potável. O marco
zero dessas cidades é comumente um templo dedicado
a alguma divindade benevolente.
A cidade cresce em torno desse templo ou
igreja. As fazendas e outras áreas de cultivo se desen-
volvem em torno dos centros urbanos. É comum o
surgimento de pequenas áreas urbanas em meio às
áreas rurais, os chamados subúrbios.
As Casas mais importantes exercem sua influ-
ência e comandam as cidades e vilarejos, seja publica-
mente, seja através de tramas complexas e disputas de
bastidores.
Economia dos humanos. Os humanos são provedores
de muitas mercadorias importantes para todo o povo da
coragem: grãos, vegetais, bens de consumo, leite e deri-
vados, carâmica, artigos de couro, tecidos finos, objetos
de arte, carnes, cavalos e veículos. Os humanos também
são grandes cunhadores, transformando metais precio-
sos brutos em moedas utilizadas por todo o mundo de
Agrippa, uma arte antiga e respeitada. As estradas cons-
truídas pelos humanos são como desenhos nas Terras
Baixas, cortando as planícies e florestas, ligando as cida-
des e permitindo o trânsito de mercadorias. Muitas
estradas acompanham o curso dos rios, permitindo
principalmente que possa ser feita a segurança das em-
barcações também por terra.
Os humanos de Agrippa convivem, na medida
do possível, em harmonia com a natureza. O impacto
ambiental provocado por suas cidades e suas fazendas
muitas vezes é impossível de ser impedido ou revertido,
mas os humanos sempre levarão em consideração essa
questão antes da tomada de decisões importantes. Os
elfos são radicais nessa questão, e os atritos entre huma-
nos e elfos costuma vir do fato de que para os elfos não há
meio termo e o progresso econômico não justifica a
ocupação de áreas de campo e florestas.
Relação com outras etnias. Os humanos possuem um
bom relacionamento com todas as outras etnias do povo
da coragem, servindo - de certa forma - como integra-
dores das culturas das raças de Agrippa. Sua relação
com os halflings é muito próxima, havendo uma inte-
ração muito forte entre as áreas rurais humanas e as
terras dos halflings nas colinas. Os broncos são vistos
como selvagens pelo povo comum, mas os nobres
humanos reconhecem o poderio militar dos seus
94
Os Povos
vizinhos do Norte. As relações comerciais entre as duas
raças são muito fortes, principalmente pelo fato de que
os broncos são os grandes fornecedores de metais como
ferro, cobre e ouro. A relação com os elfos é delicada,
principalmente quando os humanos avançam com seus
territórios em direção às florestas. Os lissos são grandes
negociadores, e são os principais responsáveis pela
manutenção da paz entre humanos e elfos, que perdura
há séculos.
CrenÇas
O Mestre é a grande entidade que rege o multiverso de
Ohmtar. Ele representa tudo a volta dos indivíduos, sen-
do ou não percebido. Ele é o sol, as florestas, os ventos, os
animais, as doenças. É também os espíritos, os elemen-
tos, as emoções, a luz, os deuses bondosos, os deuses
malignos, anjos, demônios, as lendas, o passado, o pre-
sente, o futuro.
Todos os indivíduos se relacionam com o
Mestre de alguma forma, através das religiões ou de uma
simples reverência. Cada povo possui diversas formas
de se relacionar com o mundo e com as entidades que
regem Ohmtar. Mesmo dentro de um mesmo povo é
possível perceber variações entre indivíduos de raças,
de origens ou de personalidades diferentes.
Os humanos são servos devotados aos deuses
benevolentes de Ohmtar. Nas áreas urbanas é comum
que eles frequentem os templos e catedrais da Igreja da
Espada Celestial. Esta Igreja é dedicada aos deuses
Ananayan, deusa dos territórios e das fronteiras seguida
por nobres e aristocratas, Jangall, o deus da guerra, dos
artesãos e da civilização, e Saint Londahar, o deus da
ordem e da justiça.
Nas áreas rurais, os humanos servem aos deu-
ses que formam a tríade da Igreja da Bênção Sagrada:
Freen, o deus das colheitas, Sálvia, a deusa dos lares e
das famílias, e Ohm, o Sol, deus da bondade, da
iluminação e da espiritualidade. Sálvia possui um
pequeno templo dentro de cada casa humana de
Agrippa. Pequenos templos à Ananayan também são
erguidos nas áreas de fronteira, onde servem inclusive
para delimitar os territórios dos reinos.
As Tradições, agremiações filosóficas que
buscam o conhecimento para a aproximação com o
Mestre, são voltadas para os aspectos das emoções e da
luz que permeia o universo. A Tradição da Coragem, ob-
viamente, é a que possui maior relevância para o povo
nativo do Mundo Material, ainda que as outras Tradi-
ções tenham espaço em Agrippa.
AptidÕes Heroicas
Os humanos estiveram no centro de muitos eventos im-
portantes da história de Ohmtar. Nesses eventos, muitos
humanos se destacaram, indo além do corriqueiro em
momentos de dificuldade e de incerteza. Esses humanos
se tornaram heróis!
Capítulo 2
Humano Adepto
Os humanos são devotos das entidades de Ohmtar, se-
jam elas divindades ou espíritos da natureza. Eles lou-
vam os deuses ao mesmo tempo em que oram para seus
antepassados e imploram às forças da natureza por uma
colheita mais farta ou uma chuva mais branda. Os adep-
tos são mulheres e homens sábios, conhecedores dos ri-
tuais e das orações, procurados pelas pessoas comuns
em busca de ajuda, de conselhos ou de uma real salvação
divina.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em um atribu-
to a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em uma perícia a
escolha
Humano Agitador
Os humanos são insatisfeitos por natureza. Por muitos
motivos eles acabam se colocando em situações de
conflito, onde desafiam a lei, a ordem e os interesses da
sociedade onde vivem. Muitos fazem isso por opção,
buscando satisfazer suas necessidades de liberdade e de
crescimento, mesmo à custa dos outros. Alguns, entre-
tanto, o fazem por falta de alternativas, de oportuni-
dades, ou mesmo por falta de conhecimento. São bandi-
dos, baderneiros, batedores de carteira ou, porque não,
vagabundos e interesseiros.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em um atributo a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Blefe ou +2 em Manha; +2 em
uma perícia a escolha
Humano Aprendiz
Os humanos são uma raça dedicada. Estão sempre inte-
ressados em aprender, em aprimorar suas capacidades,
suas habilidades e seus conhecimentos. Em seus estu-
dos, os aprendizes se debruçam sobre a história e as
lendas do seu povo, sobre o comportamento da socie-
dade, sobre as leis da natureza e, também, sobre segre-
dos ocultos em tomos empoeirados, escritos em línguas
antigas e desconhecidas pela maioria das pessoas.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, Anão, mais seu
idioma local, mais uma quantidade de idiomas igual ao
seu modificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em um atri-
buto a escolha
95
Os Povos
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo ou +2 em História;
+2 em uma perícia a escolha
Humano Herdeiro
Os humanos dão muito valor às suas origens. São filhos
de ferreiros, de chefes locais, de aristocratas ou mesmo
herdeiros da família real. Carregam o nome de suas
Casas e a expectativa de gerações de sua família. Mas
uma origem mais abastada ou mais favorável não é
garantia de um destino fácil. Muitos herdeiros acabam
seguindo caminhos tortuosos, onde passam por prova-
ções que exigem deles o melhor de sua formação, de
seus valores morais e de suas capacidades de liderança e
superação.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, mais seu idioma
local, maus uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência.
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em um atribu-
to a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em uma perícia a
escolha
Humano Soldado
Para muitos humanos ingressar na guarda de sua vila ou
de sua cidade é motivo de grande orgulho, um caminho
para se tornar uma figura de renome e, quem sabe, tra-
zer algum título (acompanhando de poder e influência)
para si ou para sua família. Os soldados se tornam heróis
quando, em algum momento, percebem que existem
coisas muito mais importante que seu sobrenome ou seu
brasão; que o mundo precisa de heróis de verdade, e não
apenas de guerreiros montados em cavalos desfilando
pelas ruas de pedra.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, mais seu idioma
local, maus uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência.
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Carisma; +2
em um atributo a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia ou +2 em Socorro;
+2 em uma perícia a escolha
Humano Vigilante
Muitos humanos são heróis natos, sempre dispostos a
ajudar, sempre prontos para resgatar ou salvar alguém.
Lendas urbanas ou rurais, cujas histórias são contadas
nas tavernas de suas cidades e vilarejos natais.
Idiomas: Heroico, Comum, Humano, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em dois atributos a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em duas perícias a escolha
Capítulo 2
Kalashes
Povo da Compaixão
Origem Imortal (Paraíso)
Estatísticas
Altura Média: 1,70m - 1,85m
Peso Médio: 60kg -80kg
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria, +2 em Carisma
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Intuição, +2 em uma perícia a
escolha.
Clareza Mental: O kalash pode usar o poder clareza mental
como um poder por encontro.
Fuga para os Sonhos: O kalash recebe um bônus de +2 em
seus testes de resistência originários de ataques contra sua
defesa de Vontade. Além disso, ele pode realizar o teste de
resistência contra esses efeitos no começo de seu turno; nesse
caso, se falhar no teste, não poderá refazê-lo ao final do seu
turno.
Telepatia: O kalash pode se comunicar com qualquer criatura
em sua linha de visão a até 5 quadrados e que possua algum
tipo de linguagem. A telepatia permite uma comunicação em
duas vias (ida e volta).
Clareza Mental Poder Racial de Kalash
Você ergue um escudo mental para proteger a sanidade dos
seus aliados.
Encontro
Ação Mínima Explosão contígua 5
Alvo: Os aliados na explosão.
Efeito: O alvo recebe um bônus de +4 na defesa de Vonta-
de até o fim do próximo turno do kalash.
Quem nunca sonhou com uma pessoa desconhecida,
como se aquele pessoa tivesse feito parte de sua vida
todo o tempo? Se assemelham muito a humanos de pele
bronzeada ou morena, olhos de cor anil, muito bri-
lhantes, e cabelos em tons mundanos (preto, castanho,
loiro ou ruivo), sempre volumosos e esvoaçantes.
Dizem as lendas que os kalashes foram criados
pelos deuses a partir das almas das criaturas da natureza
que por algum motivo alcançaram o Paraíso, uma ten-
tativa de explicar a ligação dos kalashes com as criaturas
naturais e lendárias.
Servos dos deuses tanto quanto os divinos e os
donians, os kalashes se mantém distantes das Filas de
Almas que rumam aos Reinos dos Deuses. Eles são co-
nhecidos, entretanto, por levarem as almas para fora das
Filas. Como servos dos deuses, os kalashes estão encar-
96
Os Povos
regados de preparar as almas que possuiam uma ligação
mais forte com as entidades da natureza do que com as
divindades benevolentes, mas que aceitaram vir ao Pa-
raíso após sua morte
Círculos dos kalashes. No Paraíso existem florestas
fantásticas, com árvores perfeitas crescendo em meio a
cristais das mais variadas cores, de onde nascem flores e
frutos de cor anil. Em meio a essas florestas os kalashes
formam acampamentos em torno de círculos sagrados
dedicados a Dezau, a divindade menor que dizem ser o
Corpo do Paraíso. Nesses círculos os kalashes recebem
as almas das raras criaturas da natureza que aceitam o
convite de um anjo para receber a eternidade no Sexto
Mundo.
Nos círculos, diante das fogueiras, eles reali-
zam rituais poderosos, através dos quais se tornam parte
de Ohmtar. Através dos rituais eles ingressam nos so-
nhos dos vivos e acompanham seus pensamentos.
Normalmente, eles acompanham um indivíduo através
de seus sonhos durante toda a vida, recepcionando sua
alma no Paraíso quando da sua morte.
As almas recebidas pelos kalashes ingressam
aos poucos nos rituais e, depois de algum tempo, passam
a também ingressar nos sonhos dos mortais. A grande
maioria opta por acompanhar os sonhos de algum ente
querido, para recebê-lo no futuro.
Economia dos kalashes. Não há economia para o povo
kalash. Eles tiram das florestas todo o seu sustento, e
tudo o que é necessário para a adaptação das almas
recém-chegadas.
Relação com outras etnias. Os kalashes se mantém
distantes dos divinos e dos donians grande parte do tem-
po, exceto quando eles buscam uma alma específica em
meio às Filas para levá-la ao coração das florestas do Pa-
raíso. Alguns devotos mais fervorosos, entretanto, consi-
deram a postura dos kalashes questionável, principal-
mente do ponto de vista dos chamados templários.
Kalashes e o Mundo Material. Os kalashes têm se tor-
nado cada vez mais comuns em Agrippa, mas eles nor-
malmente ocultam sua identidade verdadeira. A pre-
sença deles próprios, além de divinos, donians e tam-
bém de tieflings e gnolls podem apontar algum tipo de
mudança na ordem cósmica ou de movimentos dos deu-
ses em direção a algum tipo de conflito, o que poderia le-
var ao caos, à histeria coletiva e ao fortalecimento de i-
grejas que atuem a partir da intimidação e da promoção
do medo.
CrenÇas
Uma divindade menor é conhecida como o Deus dos
Kalashes. Seu nome é Dezau (de-záu), interpretada pe-
los monges do Limiar como sendo a entidade da natu-
Capítulo 2
reza celestial, que dá forma às montanhas, às nuvens e às
florestas sagradas do Paraíso. Eles respeitam os deuses
maiores, prestam suas reverências, mas direcionam sua
fé a Dezau através dos rituais executados no interior dos
Círculos.
AptidÕes Heroicas
Os kalashes são uma raça exótica e misteriosa. A habili-
dade de acessar os sonhos dos mortais permite a esses
indivíduos alcançar conhecimentos e emoções que nor-
malmente estariam indisponíveis. Essas emoções, enrai-
zadas na mente obscura dos mortais, podem ser incom-
preensíveis e caóticas, colocando a resistência mental
dos kalashes à prova. Os heróis kalashes são os corajosos
que se preparam para mergulhar na vida dos mortais,
buscando compreender os fatos geradores dos sonhos, o
processo do sonhar, e a natureza dos desejos e das
vontades mortais, para que possam, detendo essa com-
preensão, ajudar as almas que chegam ao Paraíso.
Kalash Alma GÊmea
Os kalashes criam vínculos muito poderosos com os in-
divíduos cujos sonhos são acompanhados por eles. Os
chamados almas gêmeas são aqueles que resolvem a-
bandonar o Paraíso para acompanhar de perto o in-
divíduo que eles resolveram acolher e proteger. Eles sur-
gem como emissários divinos, “anjos” dedicados a pro-
teger seu escolhido, mesmo que à distância. São aqueles
rostos supostamente conhecidos que aparecem na mul-
tidão tão rapidamente quanto desaparecem, os mesmos
rostos que vemos de relance quando escapamos do
perigo.
Idiomas: Heroico, Celestial
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria ou +2 em Carisma;
+2 em um atributo a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Socorro; +2 em uma perícia a
escolha
Kalash Encarregado
Os kalashes encarregados são aqueles que, para atender
ao pedido desesperado de alguma alma resgatada por
ele, abandonam o Paraíso. Eles se dispõem a ajudar, e
avançam para os mundos mortais para cumprir aquela
missão. É comum que os kalashes nessas situações te-
nham seus próprios sonhos acessados por outros kala-
shes ou almas de seu círculo, recebendo e realizando
uma missão após a outra, até o momento em que eles
percebem que se tornaram tão mortais quanto aqueles
que eles vieram ajudar.
Idiomas: Heroico, Celestial
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria ou +2 em Carisma;
+2 em um atributo a escolha
97
Os Povos
Bônus nas Perícias: +2 em Religião ou +2 em Socorro; +2
em uma perícia a escolha
Kalash Iluminador
Talvez ainda esteja se perguntando: o que motiva um in-
divíduo dedicado às entidades da natureza a se deixar
levar ao Paraíso após sua morte? A resposta: os kalashes
iluminadores. Esses kalashes são enviados aos mundos
mortais pelos próprios deuses (provavelmente por De-
zau) para cativar e converter os indivíduos ainda em
vida, abrindo seus corações para a fé nas divindades,
mostrando que o Paraíso possui sua própria natureza
perfeita, uma bênção aguardando os fiéis. Os ilumina-
dores são também combatentes poderosos, heróis valo-
rosos e respeitados, aqueles que mostram aos mortais
que os deuses e os espíritos da natureza não estão tão
distantes uns dos outros como muitos imaginam.
Idiomas: Heroico, Celestial
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em dois atributos a escolha
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza ou +2 em Religião;
+2 em uma perícia a escolha
Lissos
Povo da Coragem
Origem Natural (Mundo Material)
Estatísticas
Os lissos de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da raça
meio-elfo apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Os lissos de Ohmtar são fisicamente iguais
aos lissos de outros mundos. As diferenças mais significativas
estão no fato de que eles não possuem a longevidade que os
elfos de outros mundos têm, nem são originários da relação
entre humanos e elfos (sendo, assim, uma raça independente).
Eles são ordeiros e confiáveis, líderes natos, prontos para
trazer paz àqueles que estão a sua volta, amigos ou inimigos,
familiares ou desconhecidos. Aventureiros natos, os lissos são
atraídos por todo tipo de carreira estranha e excêntrica,
dispostos a aprender com os próprios erros, pelo simples
prazer do aprendizado e do conhecimento.
Os lissos são uma das mais importantes raças de Agrip-
pa. Mesmo não sendo a maioria, eles são o elo de ligação
que mantém o povo da coragem unido apesar das dife-
renças étnicas. Para os elfos, os lissos se parecem com os
humanos; para os humanos, os lissos parecem elfos.
Atraídos pelas aventuras e pela diversidade do
mundo, eles acreditam que sua raça - e não a dos hu-
manos - representam verdadeiramente a coragem que
permeia o Mundo Material. Mas eles não tornam isso
uma disputa, sendo apenas um pensamento geral, e não
uma ideologia ou filosofia de vida.
Capítulo 2
Bairros dos lissos. Os lissos não possuem cidades pró-
prias, sendo bem aceitos tanto nas terras dos humanos
quanto nas florestas élficas. Apesar de grande parte dos
lissos preferir viver sozinho ou com sua família por toda
sua vida, em algumas cidades os membros da raça con-
vivem juntos em bairros próprio. Esses bairros são influ-
enciados pela cultura de diversos cantos do mundo, se
destacando artística e culturamente do restante das ci-
dades onde se inserem.
Economia dos lissos. Os lissos não possuem uma
cultura de produção de mercadorias, mas eles são os
maiores comerciantes de todo o mundo! Mercadores
que estão sempre cruzando as estradas, os mares e os
rios, eles buscam os melhores produtos para oferecer e
negociar em suas viagens. Alguns se tornam caçadores
de relíquias, aventureiros treinados que vivem das anti-
gas riquezas que conseguem recuperar de ruínas perdi-
das e masmorras repletas de monstros e armadilhas.
Relação com outras etnias. Os lissos são os integra-
dores do povo da coragem, aqueles que mantém a tênue
paz entre as raças de Agrippa. São eles quem negociam
com os humanos e com os elfos quando das divergências
políticas que, por sinal, são praticamente uma constante.
São os lissos também os principais negociadores das
mercadorias produzidas pelos halflings que vivem
isolados nas colinas, distantes das cidades humanas. Os
broncos são uma exceção... Eles consideram os lissos in-
trometidos, hipócritas e nunca aceitarão qualquer nego-
ciação com um lisso. Para os broncos, essa indiferença é
por respeito, uma forma de evitar conflitos e batalhas
desnecessárias; os lissos não consideram uma forma de
respeito, mas sim grosseria.
CrenÇas
Os lissos adoram as mesmas divindades que os huma-
nos, que os elfos, que os halflings ou qualquer outra
etnia, se for importante para sua diplomacia. Muitos di-
zem que a fé dos lissos, por esse motivo, não é verda-
deira. O que essas pessoas não sabem é que, no fundo, a
maioria dos lissos está voltada para A Filosofia, as pala-
vras trazidas pelos Monges do Limiar. O que isso quer
dizer? Que os lissos, ao invés de venerarem os deuses,
veneram o Mestre.
Muitos lissos, principalmente os mais abasta-
dos, são membros de Tradições da Luz, com as quais
podem aprimorar suas redes de contatos e de negócios,
ao mesmo tempo em que podem se aprofundar no
conhecimento a respeito de relíquias e artefatos dos
quais são detentores ou negociadores.
AptidÕes Heroicas
Os lissos trazem o espírito aventureiro no sangue. Eles
buscarão sempre os desafios mais complexos, os ca-
minhos mais imprevisíveis e os negócios mais arris-
98
Os Povos
cados. Em muitos momentos, eles se depararão com
situações aparentemente intransponíveis, em que preci-
sarão alcançar um estado de plenitude que só é possível
através do Despertar Heroico.
Lisso Artista
O povo da coragem tem as artes como seus maiores te-
souros, e dão um grande valor aos objetos de arte (como
artesanato, obras e arquitetura), às manifestações
artísticas (canto, dança, teatro e literatura) e aos artistas
propriamente ditos. Quando um indivíduo se destaca
por suas habilidades artísticas, ele conquistará fama e
renome na vila ou cidade onde vive. Os lissos, como
grandes artistas, se utilizam desse renome para se
tornarem porta-vozes, negociadores e conselheiros,
para os humanos, elfos, halflings e para sua própria raça.
Muitas pessoas, principalmente as mais humildes, se
tornam verdadeiras devotas dos artistas lissos.
Idiomas: Heroico, Comum, Lisso, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu
modificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Carisma; +2 em Inteligência
ou +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Intuição
Talento Adicional: O lisso recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Lisso Fugitivo
Os lissos são indivíduos assertivos; sempre tentando so-
lucionar os problemas, sempre tentando ajudar os
outros, sempre afirmativos e, por ventura, arrogantes. A
natureza dos lissos acaba por colocá-los, muitas vezes,
em situações adversas. Nas Terras do Norte, onde os
broncos não são muito pacientes com as atitudes dos
lissos, muitos acabam sendo expulsos, perseguidos, ca-
çados como animais. Eles precisam se ocultar, negociar
e, claro, lutar por sua sobrevivência. Alguns deles se iso-
lam, buscando alcançar algum tipo de conhecimento su-
perior ou aprimorar suas técnicas para que possam
prosseguir com suas jornadas sem abandonarem, mes-
mo na fuga, suas convicções.
Idiomas: Heroico, Comum, Lisso, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inteligência
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Carisma ou
+2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia ou +2 em Furtivida-
de; +2 em Blefe ou +2 em Manha ou +2 em
Intuição
Talento Adicional: O lisso recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Capítulo 2
Lisso Mercador
Comerciantes, mercadores, viajantes. Os lissos são os
grandes agentes do comércio entre as raças que formam
os povos da coragem, principalmente na região das Ter-
ras Baixas. Eles atravessam as estradas com suas cara-
vanas ou os rios e mares com suas embarcações, trazen-
do produtos e preciosidades de muitos valores e origens
diferentes. As relíquias são os objetos mais desejados e
os mercadores acumulam grande conhecimento a res-
peito desses itens. Os melhores mercadores buscam,
inclusive, conhecimentos ocultos que permitam com-
preender melhor os objetos que negociarão, tanto para
que possam avaliar corretamente os itens quanto dire-
cioná-los aos compradores que terão um melhor apro-
veitamento das propriedades de cada item negociado.
Ajuste de Atributos: +1 em Carisma, -1 em Força
Idiomas: Heroico, Comum, Lisso, mais seu idioma
local, mais uma quantidade de idiomas igual ao seu mo-
dificador de Inleligência
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Carisma
ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Blefe ou +2
em Intuição ou +2 em Manha
Talento Adicional: O lisso recebe um talento adicional
no 1º nível. Ele deve atender aos pré-requisitos
do talento.
Metamorfos
Povo da Esperança
Origem Feérica (Mundo Lendário)
Estatísticas
Altura Média: 1,70m - 1,85m
Peso Médio: 65kg - 90kg
Valores de Atributo: +2 em Força ou Destreza, +2 em
Sabedoria
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Penumbra
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo e em Tolerância, ou +2
em Acrobacia e em Furtividade.
Metamorfose Feral: O metamorfo de Ohmtar possui o poder
metamorfose feral como um poder por encontro. Quando
usar o poder, escolha um dos efeitos listados.
Os metamorfos são humanóides animalescos, repre-
sentações da vida animal fantástica que habita o Mundo
Lendário. Membros do povo da esperança, eles são os
guardiões das florestas do Quinto Mundo, espíritos vivos
da natureza.
Eles possuem a aparência muito parecida com
a dos humanos, mas são peludos, possuem garras e ore-
99
Os Povos
Metamorfose Feral Poder Racial de Metamorfo
Você manifesta a ligação sobrenatural com os espíritos dos
animais lendários e assume a forma de um humanóide fantás-
tico, similar a uma mistura entre um elfo e um lobo ou um
tigre.
Encontro * Metamorfose
Ação Mínima Pessoal
Efeito: Até o fim do encontro, o personagem aumenta seu
deslocamento em 2 quadrados e recebe +1 de bônus em
sua Classe de Armadura e na defesa de Reflexos.
Efeito (Cura): O personage recebe +2 de bônus em suas
jogadas de dano, até o final do encontro. Além disso, en-
quanto estiver sangrando ele recebe regeneração 2.
Nível 11: regeneração 4
Nível 21: regeneração 6
lhas protuberantes. Alguns são mais ágeis e esguios, co-
mo felinos, enquanto outros são mais robustos e com
músculos poderosos, como lobos e ursos. Os metamor-
fos recebem esse nome por possuirem a capacidade de,
em determinadas condições, ampliarem suas caracte-
rísticas animalescas. Eles não são capazes, entretanto, de
tomar uma forma animal plena, mesmo que muitas
lendas digam isso (por apontarem, na verdade, para fei-
tos realizados por druidas).
A personalidade dos membros da raça costu-
ma seguir seus traços animalescos. Os metamorfos fe-
linos são silenciosos, independentes e desconfiados. Os
metamorfos lupinos são expansivos, companheiros e
sociáveis. São caçadores poderosos, mas sabem que
cada animal que servirá de alimento às suas tribos fazem
parte do espírito da floresta e devem ser respeitados co-
mo tal.
Tribos dos metamorfos. Os metamorfos vivem em pe-
quenas tribos, de no máximo 10 ou 12 cabanas, que
abrigarão uma família cada. No centro da tribo há um
grande pátio onde fica a fogueira cerimonial. É em torno
dela que os metamorfos se alimentam, dançam, oram e
realizam seus rituais e cerimônias. Se a tribo começa a
crescer demais, o líder caçador abandona a tribo com
sua família, para iniciar uma nova tribo em outro lugar.
Uma honra concedida apenas ao caçador mais capaz e
experiente.
Economia dos metamorfos. Os metamorfos não nego-
ciam itens. Eles produzem apenas o suficiente para sus-
tentar suas famílias e contribuir para o bem-estar de suas
tribos. Nunca caçarão, extrairão mais madeira, mais
folhas ou mais frutos do que o necessário para sua
sobrevivência. Eles não hesitarão em avançar contra
aqueles que ousem invadir suas florestas para retirar
uma erva que seja.
Capítulo 2
Metamorfos e o Mundo Material. Por sua proximida-
de com as Encruzilhadas que ligam o Mundo Lendário
ao Mundo Material, a presença de metamorfos em A-
grippa é deveras comum. Na maioria dos casos, entre-
tanto, o trânsito se dá de forma aleatória e o metamorfo
se vê perdido em um mundo desconhecido que ele não
queria conhecer.
Para os metamorfos, o Mundo Material é uma
versão pálida de seu mundo original e o primeiro impac-
to que eles têm, além dos cheiros e sons tão diferentes, é
a sensação de isolamento, já que eles não estão ligados
aos espíritos naturais da mesma forma que estavam liga-
dos aos espíritos feéricos. Uma ligação que eles preci-
sam entender e explorar, num exercício que demanda
principalmente tempo.
CrenÇas
Os metamorfos são adoradores dos espíritos lendários,
forças que regem a natureza do Mundo Lendário. Os
metamorfos são muito ligados aos espíritos dos animais
mágicos. Eles desenvolvem poderosos rituais capazes de
gerar áreas mágicas onde são realizadas as principais
cerimônicas de seus cultos.
AptidÕes Heroicas
Muitas são as razões que podem levar um indivíduo
metamorfo ao caminho do heroísmo. As florestas lendá-
rias são tão belas quanto perigosas. Criaturas fantásticas
se esgueiram entre as árvores milenares, ou em tocas
sobre rochas cobertas de musgo luminoso multicolo-
rido. Além disso, suas florestas guardam segredos que
eles protegem com todas as suas forças, como poços de
energia arcana pura e pedras preciosas únicas. As
Encruzilhadas, portais invisíveis que servem de passa-
gem entre o Mundo Lendário e o Mundo Material, são
sua maior dádiva e sua maior maldição.
Metamorfo CaÇador
Os caçadores são indivíduos fundamentais na sociedade
dos metamorfos. São eles quem protegem as tribos dos
invasores e das criaturas selvagens. São eles também os
responsáveis por trazer o alimento sagrado para as
refeições cerimoniais (as crianças são responsáveis pe-
las ervas e frutos). Alguns caçadores destreinados aca-
bam entrando em áreas proibidas das florestas, e atra-
vessam as Encruzilhadas em direção ao Mundo Material
sem perceberem. Quando vêem já é tarde demais.
Idiomas: Heroico, Lendário, Metamórfico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Percepção
Talento Adicional: O metamorfo recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
100
Os Povos
Variante Feérica: O metamorfo recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Metamorfo Espreitador
Alguns metamorfos, que não são caçadores de destaque
em suas tribos, estão insatisfeitos com suas situações.
Eles gostariam de ser os caçadores principais, ou ainda
não consideram adequada a forma passiva como a tribo
tem lidado com as ameaças externas. Os espreitadores
surgem como perseguidores e afrontadores. Eles des-
respeitam as orientações dos espíritos, avançam nas áre-
as proibidas das florestas e perseguem as criaturas mági-
cas que se aproximam do território da tribo, mesmo que
essas criaturas não representem ainda alguma ameaça.
Idiomas: Heroico, Lendário, Metamórfico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Furtividade; +2 em Blefe ou +2
em Intimidação ou +2 em Intuição
Talento Adicional: O metamorfo recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Variante Feérica: O metamorfo recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Metamorfo Totemista
Os totemistas são os responsáveis pela orientação espiri-
tual das tribos dos metamorfos. Eles são capazes de ca-
nalizar o poder dos elementos e dos espíritos que habi-
tam o Mundo Lendário. Eles consideram Iwak, o Espíri-
to da Vida, a entidade superior que rege o seu mundo, e
realizam rituais e cerimônias para agradá-lo em troca da
paz e do bem-estar do seu povo. Os metamorfos reveren-
ciam o totemista como sendo o coração da tribo, aquele
que guardará em seu espírito todas as emoções, felici-
dades, frustrações, anseios e temores. Um totemista com
o espírito mais fraco pode se sentir pressionado e acabar
sendo corrompido por forças sobrenaturais e espíritos
de má índole, como o espírito de um ancestral proscrito
ou vinculado a alguma praga ou doença.
Idiomas: Heroico, Lendário, Metamórfico
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Constitui-
ção ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Natureza; +2 em Intuição ou
+2 em Socorro ou +2 em Tolerância
Talento Adicional: O metamorfo recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Variante Feérica: O metamorfo recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Capítulo 2
Metastrais
Povo do Amor e da Loucura
Origem Aberrante (Além)
Estatísticas
Altura Média: 1,80m - 1,95m
Peso Médio: 80kg - 95kg
Valores de Atributo: +2 em Destreza ou em Inteligência, +2
em Sabedoria
Tamanho: Médio
Deslocamento: 7 quadrados
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia ou Atletismo, +2 em
Intuição, +2 em Percepção.
Instinto de Combate: O metastral recebe +2 de bônus racial
nos testes de iniciativa.
Mente Poderosa: O metastral recebe +2 de bônus racial nos
testes de resistência para efeitos provenientes de ataques con-
tra sua defesa de Vontade.
Controle do Corpo e da Mente: Quando usar uma ação de re-
tomar o fôlego, o metastral pode ajustar 3 quadrados como u-
ma ação livre.
Escudo Psíquico: O metastral pode usar o poder escudo psí-
quico como um poder por encontro.
Escudo Psíquico Poder Racial de Metastral
Você é alvo de um ataque e, como resposta, sua mente projeta
uma aura de proteção em torno de seu corpo.
Encontro * Psíquico
Interrupção Imediata Pessoal
Gatilho: O metastral é atingido por um ataque.
Efeito: O metastral recebe +2 de bônus em todas as defe-
sas até o fim de seu próximo turno.
Um humanóide de pele violeta, orelhas pontiagudas e
rosto esquálido caminha solitário pelas estradas de Flu-
xo, no mundo conhecido como Além. Cobrindo seu cor-
po, um manto pesado, um entrelaçado de fibras de um
tecido desconhecido nos mundos mortais. Dizem que
esse indivíduo, renascido em Ohmtar, teve sua origem
em um mundo que não existe mais na cosmologia deste
universo, apagado da existência durante os eventos da
Última Crise. Mas ele não está sozinho. É membro de u-
ma raça praticamente desconhecida, até mesmo pelos
indivíduos do povo do amor e da loucura, chamada sim-
plesmente de metastrais.
Até onde se sabe, a raça dos metastrais foi es-
cravizada durante muito tempo pelas entidades alie-
nígenas do Sétimo Mundo. Muitos dos membros dessa
etnia foram obliterados da existência, devorados por
criaturas que simplesmente nem deveriam existir. Os
101
Os Povos
sobreviventes desenvolveram ao longo do tempo habi-
lidades especiais para resistir à loucura do Além.
Os metastrais são dotados de mentes fascinan-
tes, capazes de compreender certas nuances do Além, u-
ma capacidade que - quando aplicada sobre os conceito
mais mundanos dos mundos mortais - tornam os metas-
trais verdadeiros gênios da lógica e da percepção. Dizem
que eles são capazes de experimentar o multiverso co-
mo nenhuma outra raça.
Esses indivíduos são naturalmente solitários e,
mesmo nas cidades de outros membros do povo do amor
e da loucura, preferem se manter ocultos. A principal ex-
plicação para essa solidão está no fato de que os metas-
trais têm plena consciência de sua natureza pragmática.
Eles amam o conhecimento, amam a realidade, amam a
ordem tanto quanto amam o caos, e serão rudes e preci-
sos em seus argumentos quando alguém agir de forma
contrária a suas convicções.
Metastrais e o Mundo Material. Os metastrais pos-
suem uma ligação muito forte e muito difícil de explicar
com o mundo de Agrippa . Quando eles chegam a Agrip-
pa, sentem-se estranhamente em casa, e acabam viajan-
do pelo mundo, experimentando todas as coisas que ele
tem a oferecer na tentativa de conseguir respostas para
essa sensação. É como se o Mundo Material fosse de
certa forma muito similar ao antigo mundo dos metas-
trais, similaridade que se estende também às forças que
regem o mundo, como os deuses e as próprias emoções.
CrenÇas
Os metastrais sabem que os deuses da Antigüidade que
sobreviveram às Crises e ainda existem, aprisionados no
Além, não são mais os mesmos e não passam de enti-
dades disformes e enlouquecidas. Mesmo cientes disso,
os metastrais não direcionam sua crença a outras enti-
dades do multiverso, preferindo acreditar na redenção
de sua raça aos olhos da única entidade cuja devoção va-
leria realmente a pena: o Mestre de Ohmtar. Existem,
entretanto, sacerdotes metastrais. Eles acreditam que as
divindades de Ohmtar nada mais são do que mani-
festações da entidade suprema e, se é assim que o Mestre
se apresenta, não cabe aos metastrais ignorá-las.
AptidÕes Heroicas
O Além é um mundo caótico, mas ainda é o local de ori-
gem dos metastrais. Apesar de tudo, portanto, eles pre-
ferem respeitar seu mundo e experimentá-lo o quanto
for possível. Muitos metastrais alcançam os mundos
mortais através de caminhos ocultos no Fluxo, e que só
eles são capazes de perceber. Nos mundos mortais sua
percepção traz a esses indivíduos novas formas de ver as
coisas. Eles se interessam pelo cotidiano dos mortais,
pelas interações sociais e pela fantástica capacidade que
os mortais têm de se ajudarem, mesmo que façam algum
julgamento posterior.
Capítulo 2 Os Povos

Metastral Shinto
Os metastrais shinto (o que significa “caminho dos deu-
Minotauros
Povo da Esperança
ses” na língua astral) são aqueles que possuem uma per-
Origem Feérica (Mundo Lendário)
cepção ampliada das emanações divinas e das mani-
festações das entidades de Ohmtar sobre as coisas do
multiverso. Os shinto se dedicam a compreender o pa-
Estatísticas
pel dos deuses no mundo. Assim, os heróis shinto sur-
Altura Média: 1,80m - 2,05m
gem como devotos das divindades de Ohmtar, despertos
para a fé. Peso Médio: 250kg - 300kg
Idiomas: Heroico, Aberrante, Astral, Celestial, Infernal
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Constituição, +2
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
em Inteligência ou +2 em Sabedoria
Opções de Personalização:
Tamanho: Médio
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Carisma
Deslocamento: 6 quadrados
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia, +2 em Religião e
Visão: Normal
+2 em Socorro
Poder Cósmico Oculto: O metastral recebe um poder
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo ou Natureza, +2 em
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
Percepção
classe de personagem.
Arremetida: O minotauro possui a característica da classe
Metastral Tengu bárbaro arremetida (consulte D&D4E Livro do Jogador 2).
Na língua dos metastrais, tengu quer dizer “cão celesti- Investida com Chifres: O minotauro de Ohmtar pode usar o
al”, citado num antigo mito sobre a morada dos deuses poder investida com chifres como um poder por encontro.
da Antiguidade, um mundo habitado pelos ancestrais Investida Arrebatadora: O minotauro de Ohmtar recebe +2
dos metastrais e que não existe mais. Os tengus são dedi- de bônus na CA contra ataques de oportunidade provocados
cados ao desenvolvimento do controle da mente sobre o por ele quando realiza um ataque de investida.
corpo, do desenvolvimento das capacidades físicas e das
habilidades de combate marcial. Os heróis tengu sur- Investida com Chifres Poder Racial de Minotauro
gem como combatentes valorosos, mestres na mobi- Você avança contra seus inimigos com seus poderosos chifres.
lidade corporal em batalha. Encontro
Idiomas: Heroico, Aberrante, Astral Ação Padrão Explosão contígua 1
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas Efeito: O personagem realiza uma investida e faz o seguin-
Opções de Personalização: te ataque ao final do movimento, ao invés de um ataque
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Constituição, básico.
+2 em Sabedoria Alvo: Os inimigos na explosão
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo, +2 em Intimidação Ataque: Força, Constituição ou Destreza, +4 (+6
e +2 em Tolerância no 11º nível, +8 no 21º nível) vs. CA
Poder Cósmico Oculto: O metastral recebe um poder Sucesso: 1d6 de dano (2d6 no 11º nível, 3d6 no 21º
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua nível) e o alvo é conduzido 1 quadrado e fica
classe de personagem. derrubado.

Metastral Turuq
Os minotauros são humanóides poderosos, como uma
Os metastrais turuq são tidos como contempladores da
mistura de humanos e búfalos, com seus corpos mus-
verdade. Através de sua grande percepção, eles experi-
culosos e cabeças bovinas. Territorialistas, eles ergue-
mentam, analisam e desenvolvem o controle sobre a re-
ram incontáveis cidadelas fortificadas em uma ampla
alidade e sobre a teia arcana que cobre o mundo como
região de colinas na Terra das Fadas, onde eles prospe-
um véu e que serve de instrumento para todos os pra-
ram sem grandes dificuldades, apesar da ameaça cons-
ticantes das artes mágicas. Os heróis turuq surgem do
tante dos gigantes subterrâneos chamados fomorianos.
despertar arcano, utilizando suas habilidades extra-
A etnia dos minotauros é dotada de uma lógica
ordinárias para tornar o mundo um lugar melhor.
muito peculiar. Eles são extremamente inteligentes, mas
Idiomas: Heroico, Aberrante, Astral
de uma forma diferente, dificilmente compreendida pe-
Carreira Heroica favorecida: Mágico
las outras etnias - e muito menos pelos membros de ou-
Opções de Personalização:
tros povos. Eles são selvagens e civilizados, disciplinados
Valores de Atributo: +2 em Inteligência, +2 em Carisma
e loucos, incapazes de tomar duas vezes uma mesma de-
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo, +2 em Intuição e
cisão sobre o mesmo assunto, mas ainda assim decisões
+2 em Percepção.
estas corroboradas pelos argumentos perfeitos. Eles es-
Poder Cósmico Oculto: O metastral recebe um poder
tão sempre certos, mesmo quando mudam de opinião a
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem. todo instante.

102
Capítulo 2
Labirintos dos minotauros. Viajantes que se deparam
com uma cidade minotáurica têm grande dificuldade
para compreender a organização e a arquitetura dessa
etnia. A mente dos minotauros funciona como um gran-
de labirinto, repleto de compartimentos e caminhos que
levam a lugar algum ou a vários lugares. As cidades dos
minotauros, erguidas sobre colinas, são repletas de mu-
ralhas e corredores, e suas casas e praças são como sa-
lões de um labirinto maior. No ponto mais alto da colina,
está o centro do labirinto, o chamado Observatório.
Dos Observatórios os minotauroso são capazes
de observar toda o labirinto em que estão, bem como ver
outras labirintos em outras colinas. Esse é um padrão
para os minotauros: suas cidades devem estar sempre
visíveis para as outras, dia e noite, para que, em caso de
perigo iminente ou mesmo um ataque, as outras cidades
possam enviar ajuda.
Economia dos minotauros. Os minotauros conside-
ram o controle da magia uma forma de se permitir o su-
primento das necessidades do seu povo. Eles produzem
tudo o que as colinas permitem, mas consideram que
ainda não é o suficiente. Por esse motivo, eles negociam
secretamente com os broncos do Mundo Material, for-
nencendo relíquias e materiais mágicos em troca de ar-
mas, armaduras e outros itens importantes. Alguns a-
nões sabem da realização desses negócios, mas estão ci-
entes de que o fortalecimento militar dos minotauros é
importante para a manutenção da paz no Mundo Len-
dário.
Relação com outras etnias. A etnia dos minotauros
possui um excelente relacionamento com os anões, com
os quais compartilham de uma personalidade guerreira
e determinada. Eles preferem não se relacionar com os
metamorfos ou com os selvagens: eles possuem um
grande respeito por essas raças, às quais consideram
forças da natureza. Por outro lado, os minotauros des-
prezam completamente os altos-elfos, com os quais rara-
mente a diplomacia funciona.
Minotauros e o Mundo Material. Os minotauros pos-
suem um contato muito próximo com a etnia dos bron-
cos, do povo da coragem, que habita principalmente as
Terras do Norte de Agrippa. As duas raças realizam mui-
tos negócios - os minotauros fornecem rituais, itens e
componentes mágicos de origem feérica aos broncos em
troca de poderosas armas, armaduras e outros equipa-
mentos, utilizando nas constantes batalhas contra os fo-
morianos.
É comum encontrar minotauros habitando as
cidades broncas, mas já é possível encontrar uma quan-
tidade significativa de membros da raça em algumas ci-
dades e vilas das Terras Baixas atuando como aventu-
reiros e mercenários, atraídos pelas riquezas da região e
pelo sem número de oportunidades que essas terras ofe-
recem.
103
Os Povos
CrenÇas
Os minotauros são adoradores dos espíritos que regem a
natureza do Mundo Lendário. Enquanto outras raças
são ligadas aos espíritos de animais míticos ou de árvores
ancestrais, os minotauros entram em contato com forças
mais difíceis de serem compreendidas, como os espí-
ritos das estrelas e dos raios cósmicos, que eles chamam
simplesmente de As Constelações.
AptidÕes Heroicas
Os minotauros são indivíduos geralmente passionais e
inconstantes. Eles podem largar a disciplina de anos de
treinamento em troca de uma boa aventura se isso lhe
parecer a melhor coisa a se fazer no momento. Dados a
decisões que pareceriam impensadas ao olhar de outras
raças (que não conseguem compreender a incrível
capacidade de raciocínio destes seres), os minotauros se
põem em caminhos que levarão a desafios dos mais
variados. Os heróis minotauros surgem quando, diante
desses desafios, passam a tomar suas rápidas decisões
com base na segurança de seus aliados e de inocentes.
Minotauro Brutamontes
Os minotauros exibem seus corpos musculosos como
uma forma de intimidar e também de atrair a atenção
das fêmeas. Alguns minotauros mantém um tipo de dis-
ciplina muito particular, que busca tornar seus corpos
mais e mais poderosos e imponentes. Esses minotauros,
ao invés de treinarem para se tornarem soldados, aca-
bam buscando outras formas de satisfazer suas neces-
sidades selvagens. Eles brigam por motivos inúteis. Ou-
tros saem das muralhas das cidades para combater gi-
gantes das colinas e animais mágicos por pura diversão.
Muitos dos brutamontes se deixam levar por propostas
enganosas e passam a trabalhar para criminosos. Ou-
tros, mais esperançosos, se tornam heróis.
Idiomas: Heroico, Lendário, Táurico
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força, +2 em Constituição
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo, +2 em Natureza ou
+2 em Tolerância
Talento Adicional: O minotauro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Minotauro Observador
No Ponto de Observação de sua colina, alguns minotau-
ros observam as estrelas. Nelas, eles vêem o movimento
do cosmo, o trânsito dos anjos e a sombra de uma ame-
aça escondida na escuridão. Alguns entram em contato
com os espíritos das estrelas, alcançados através de ri-
tuais que envolvem ervas mágicas e bebidas de comu-
nhão. Outros observadores buscam compreender as pa-
lavras mágicas usadas pelas entidades para formular as
leis que governam a realidade.
Capítulo 2
Idiomas: Heroico, Lendário, Táurico, Anão
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Constitu-
ição ou +2 em Sabedoria ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Intuição ou
+2 em Natureza ou +2 em Tolerância
Talento Adicional: O minotauro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Minotauro Soldado
As fileiras militares das tropas dos minotauros são inti-
midadoras. Desde a guarda de uma cidade até o exército
de Astheron, o Reino dos Minotauros, não há força mili-
tar mais temida no Mundo Lendário. Armados e prote-
gidos com as poderosas armas forjadas pelos broncos do
Mundo Material, eles iniciaram uma silenciosa batalha
contra as ameaças vindas das Terras dos Gigantes. Se
uma guerra for iniciada, os minotauros estarão prepara-
dos não só para simplesmente lutar, mas para vencer.
Idiomas: Heroico, Lendário, Táurico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força; +2 em Constituição ou
+2 em Sabedoria ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo; +2 em Diplomacia
ou +2 em Manha ou +2 em Tolerência
Talento Adicional: O minotauro recebe um talento
adicional no 1º nível. Ele deve atender aos pré-
requisitos do talento.
Obscuros
Povo do Medo
Origem Feérica (Submundo)
Estatísticas
Altura Média: 1,60m - 1,80m
Peso Médio: 50kg - 70kg
Valores de Atributo: +2 em Destreza, +2 em Inteligência
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Escuro
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia, +2 em Furtividade.
Fuga Sombria: O obscuro é capaz de usar o poder fuga
sombria como um poder por encontro.
Resistir ao Sofrimento: O obscuro recebe um +1 de bônus
racial em sua defesa de Fortitude, além de +2 de bônus racial
nos testes de resistência contra a morte e contra a condição
inconsciente.
104
Os Povos
Fuga Sombria Poder Racial de Obscuro
Você se transforma em sombra e viaja entre dois pontos, onde
seu corpo então voltará a sua forma material.
Encontro * Sombra, Teleporte
Ação de Movimento Pessoal
Efeito: O personagem se teleporta 3 quadrados e se torna
incorpóreo até o início do seu próximo turno.
A etnia dos obscuros representa a maioria dos membros
do povo do medo, mas está longe, e muito, de formar a
etnia dominante. Também chamados de humanos-cin-
zentos por sua aparência, os obscuros são vistos como
fracos pelos duergar e vulneráveis pelos drows. Os
obscuros são idênticos aos humanos em suas formas hu-
manóides, a não ser por sua pele cinza e pálida e seus ca-
belos brancos mesmo quando jovens.
Aparentam fraqueza e fragilidade, o que mui-
tas vezes é real - principalmente no caso dos obscuros
submetidos à escravidão pelos anões-cinzentos. Deten-
tores de uma mente poderosa e de paixões avassala-
doras, os obscuros preferem ocultar sua natureza, mes-
mo diante das ameaças, se portando como criaturas frias
e sem sentimentos. A aparência frágil é deixada de lado
nos rituais e cerimônias internas da raça (proibidas pe-
los anões-cinzentos em suas terras), quando eles fazem
tatuagens em seus corpos com fungos luminosos e co-
brem seus corpos com joias e brincos dos mais variados
tipos.
Somente a mente poderosa dos obscuros é ca-
paz de explicar as mazelas e o sofrimento pelos quais a
raça é submetida. Algumas lendas dizem que existe uma
entidade louvada pelos obscuros, uma entidade de tre-
vas que vaga oculta pelas cavernas do Submundo co-
nhecida simplesmente como A Sombra, que protege os
obscuros silenciosamente e impede que a raça deixe de
existir por completo.
Caravanas dos obscuros. Os obscuros vivem em tribos
formadas por no máximo 20 famílias, amontoados em
cavernas de tamanho médio, geralmente perto de uma
das raras fontes de água potável do Submundo. Eles per-
manecem nessas cavernas enquanto são capazes de bus-
car alimento nas redondezas, quando então levantam
acampamento e se mudam para um lugar distante. Infe-
lizmente, muitas vezes suas caravanas são atacadas
pelas forças dos anões-cinzentos, que fazem dos obscu-
ros seus escravos.
Relação com outras etnias. Os obscuros têm os anões-
cinzentos como seus maiores inimigos. Os duergar es-
cravizam os obscuros abertamente, avançando com sel-
vageria sobre suas caravanas, eliminando os mais frágeis
e levando os homens e mulheres adultos para trabalha-
rem em suas minas de metais e pedras preciosas. Os el-
fos-negros, por sua vez, tentam proteger os obscuros, tra-
Capítulo 2
zendo-os para trabalharem em suas fazendas de fungos
raros. Essa, entretanto, é uma relação delicada, pois os
obscuros são capazes de perceber que os barões drows
buscam apenas se promover com esse "ato de bondade".
Por esse motivo, quanto à relação com os elfos-negros, os
obscuros se aproximam muito mais dos miseráveis fol-
cos, com quem compartilham muito do sofrimento.
Os obscuros possuem uma relação muito pró-
xima com a raça chamada por eles de "eubuleus", os
espíritos das sombras. Essas criaturas, invisíveis e pra-
ticamente desconhecidas, surgem para os obscuros du-
rante seus rituais dedicados à Sombra, atuando como
conselheiros e oráculos para os humanos-cinzentos.
Obscuros e o Mundo Material. Escravizados pelos a-
nões-cinzentos no Submundo (ou super-protegidos
pelos elfos-negros), os obscuros vêem Agrippa, o mundo
da superfície, como a «Terra Prometida», um lugar onde
estarão protegidos pelos deuses e pelos espíritos de luz,
onde terão livre-arbítrio e poderão seguir suas vidas da
forma como acharem melhor. Com isso em mente eles
acabam desbravando os temíveis Desfiladeiros. Infeliz-
mente, aqueles que sobrevivem à viagem descobrem
que o mundo de Agrippa não é um mundo só de flores...
Mas reconhecem que, apesar dos problemas e das ame-
aças que cercam a vida na superfície, nada pior que viver
com medo.
CrenÇas
Os obscuros são devotos da entidade conhecida como A
Sombra, uma entidade silenciosa, que não se comunica
com seus devotos, mas que ainda assim é presente e
ativa, como um agente que salva eubuleus e obscuros
das garras de criaturas subterrâneas ou mesmo dos
exércitos dvergar. Uma entidade cujo culto está carre-
gado de superstições. Uma inquestionável entidade do
Medo, talvez a melhor personificação dessa emoção
dentre todas as outras pseudoentidades do Mundo Sub-
terrâneo.
Realmente, Ryltar encontrou uma forma de
tocar o coração dessas duas raças... Mais do que medo,
ele trouxe a elas uma coisa que prezo muito: esperança.
A figura d’A Sombra talvez inspire tantos heróis no Sub-
mundo quanto Ohm ou Logan o fazem em Agrippa, o
Mundo Material. Por mais que Ryltar não queira admi-
tir, ele ainda é um herói.
AptidÕes Heroicas
Os obscuros são frágeis e vulneráveis. Vagando pelo
Submundo, suas caravanas tem pouca capacidade de
resistir aos ataques de predadores ou de um exército de
anões-cinzentos. De tempos em tempos, surgem obscu-
ros dedicados a proteger seu povo, aptos a compreender
os segredos dos subterrâneos e combater as criaturas
que avançam sem pena sobre suas famílias. As
caravanas e tribos obscuras idolatram seus heróis como
105
Os Povos
se fossem pequenas divindades. Esses heróis acabam se
tornando líderes e salvadores de suas caravanas e tribos,
aqueles que guiarão seu povo pelas gargantas do
Submundo e resgatarão suas famílias das entranhas das
minas dvergar.
Obscuro Combatente
As famílias obscuras precisam de proteção a todo instan-
te. Os subterrâneos são perigosos e, por mais que perma-
neçam em grupos relativamente grandes, a população
obscura que forma uma caravana é formada em sua
maioria por crianças, velhos e mulheres frágeis. São
poucos aqueles com algum treinamento para proteger
seus pares, visto que são geralmente os primeiros a
tombarem num ataque. Os combatentes heroicos
surgem em ocasiões extraordinárias, como a maioria
dos heróis. Seu treinamento é colocado à prova, e o
Mestre irá agraciar os melhores combatentes com os
dons necessários à salvação de sua raça.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia ou +2 em Atletis-
mo; +2 em Socorro
Talento Adicional: O obscuro recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Obscuro Jogador
Muitos obscuros estão acomodados em suas condições.
Enquanto os combatentes mantém a liderança da cara-
vana ou da tribo, os jogadores buscam outras formas de
se manter. Eles treinam em combate para agir se neces-
sário. Eles se divertem para se manterem em evidência.
Eles enganam, negociam, corrompem. São os primeiros
a se venderem (ou a venderem suas caravanas) em troca
de "um lugar ao sol". Alguns deles são colocados no cami-
nho do Bem à força, diante de condições que deixam cla-
ro que o caminho escolhido por eles até então não é o
ideal, que apenas a bondade e o heroísmo poderá trazer
o retorno e o reconhecimento que eles tanto desejam
sem (muitas) contrapartidas.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Acrobacia; +2 em Blefe ou +2
em Manha
Talento Adicional: O obscuro recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Obscuro Orador
Os oradores obscuros são os orientadores espirituais das
caravanas e tribos de sua etnia. São eles quem condu-
Capítulo 2
zem as cerimônias e rituais, que proferem as palavras o-
cultas d'A Sombra e interpretam as orientações trazidas
pelos eubuleus. São aqueles que protegeram as famílias
obscuras enquanto os combatentes estão em batalha,
aqueles que conduzirão os sobreviventes até um lugar
seguro, ou simplesmente aqueles que implorarão às for-
ças do Submundo por um milagre em situações aparen-
temente irremediáveis.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Inteligên-
cia ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em Socorro
Talento Adicional: O obscuro recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Renascidos
Povo da Inveja
Origem Imortal (Inferno)
Estatísticas
Altura Média: Ver vida passada
Peso Médio: Ver vida passada
Valores de Atributo: +2 em Constituição, +2 em Destreza
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Penumbra
Bônus nas Perícias: +2 em Intimidação, +2 em Tolerância
Vida Passada: Escolha uma raça de um dos seguintes povos:
coragem, esperança e medo. O renascido possui uma aparên-
cia distorcida dessa raça. Ele pode selecionar talentos, trilhas
exemplares e destinos épicos que tenham a raça escolhida co-
mo pré-requisito.
Dádiva do Renascimento: Sempre que o renascido for redu-
zido a 0 PV ou menos, ele estará morrendo, mas não cairá
inconsciente. Até que tenha uma falha no teste de resistência
contra a morte (consulte o D&D 4E Livro do Jogador), o
renascido poderá realizar ações mínimas e de movimento. Ele
pode realizar uma ação padrão e, quando o fizer, cairá incons-
ciente e considerará que teve uma falha no teste de resistência
contra a morte.
Foice Infernal: O renascido é capaz de usar o poder foice
infernal como um poder por encontro.
Quando os indivíduos dos mundos mortais sucumbem,
suas almas são levadas pelos anjos ao Paraíso. Quando
esses indivíduos não merecem o descanso eterno, os an-
jos benevolentes deixam essas almas para trás, e elas são
levadas ao Inferno pelos servos das divindades hostis.
As almas que chegam ao Inferno são escravi-
zadas pelas divindades que habitam o Mundo da Inveja.
Algumas dessas divindades, entretanto, reconhecem o
106
Os Povos
Foice Infernal Poder Racial de Renascido
Você molda uma foice de sombras com as almas de seus
inimigos caídos.
Encontro * Necrótico
Reação Imediata
Gatilho: Um inimigo tem seus PV reduzidos a 0 ou menos
por um ataque do renascido.
Efeito: O personagem realiza um ataque básico corpo a
corpo contra um inimigo a até 2 quadrados dele.
árduo trabalho de algumas dessas almas, e concedem a
elas uma nova vida. Para as divindades, não há bênção
maior a ser outorgada. Para as almas renascidas, entre-
tanto, uma nova vida no Inferno não é necessariamente
um presente...
Quando concedida a dádiva do renascimento,
as almas desaparecem e renascem no coração dos pân-
tanos de sangue, agora como membros do povo da inve-
ja. Eles surgem como versões sombrias de sua raça origi-
nal. Sua pele se torna cinza e ressecada. Seus ossos se tor-
nam protuberantes, seus olhos ficam avermelhados,
parte dos seus cabelos cai, assim como suas unhas e seus
dentes.
Mausoléus dos renascidos. Os renascidos habitam
construções monumentais funerárias, os chamados
Mausoléus. Essas construções, formadas por castelos
suntuosos e masmorras quilométricas em seus subter-
râneos, são erguidas em torno de um grande templo
dedicado aos deuses da tríade da Igreja da Morte e do
Sofrimento: Artangul, deus da morte e dos assassinatos,
Tiamat, deusa dos dragões e da tirania, e Kranitar, deusa
dos segredos e do ocultismo. Nos mausoléus, os renasci-
dos têm tudo o que lhes é necessário enquanto se dedi-
cam plenamente aos deuses. É no coração desses mau-
soléus que eles desenvolvem suas habilidades místicas
para enfrentar as forças demoníacas do Inferno.
Relação com outras etnias. Renascidos e tieflings são
aliados ao mesmo momento em que são inimigos decla-
rados dos gnolls. Apesar da existência de duas Igrejas de-
dicadas às divindades hostis, os deuses sabem da impor-
tância da união deles contra os demônios, para que pos-
sam alcançar o poder necessário a tão planejada jornada
em direção ao Paraíso. Ainda assim, os renascidos são os
primeiros a tolerarem a presença (ou mesmo a aliança)
de gnolls, quando se tratarem de desertores e foragidos
das cidadelas demoníacas. São esses poucos renascidos
que acabam trazendo os gnolls para suas fileiras nos
combates contra os demônios de Ohmtar.
Renascidos e o Mundo Material. Os renascidos que
vêm ao Mundo Material o fazem na maioria das vezes
como tentativa de retomar suas vidas passadas e encer-
rar assuntos que tenham ficado pendentes.
Capítulo 2
CrenÇas
O Inferno é o lar das chamadas divindades hostis, opos-
tos aos deuses benevolentes que habitam o Paraíso. Tan-
to os deuses benevolentes quanto os deuses hostis estão
aprisionados em seus respectivos mundos por imposi-
ção do Mestre. Resta a eles utilizarem de diversos arti-
fícios para manter acesa a guerra de ideais que promo-
vem desde o início dos tempos. Seus servos são, nessa
guerra, seus principais instrumentos.
Os renascidos são servos das divindades malig-
nas não-caóticas, para as quais ergueram a Igreja da
Morte e do Sofrimento. São divindades que não acre-
ditam simplesmente na destruição. Os tieflings, por sua
vez, buscam através da Igreja da Lança Vermelha man-
ter as divindades caóticas do Inferno satisfeitas, mesmo
diante da tensão permanente de que, num vento mais
forte, essas divindades decidam simplesmente avançar
em uma guerra final contra todos os mortais e imortais
de Ohmtar.
AptidÕes Heroicas
Os renascidos são centrados, mentalistas, calculistas e
pragmáticos. Eles são uma raça que consegue perceber
com clareza uma série de equívocos na forma como as
coisas acontecem no Inferno. São eles que traçarão
planos conjuntos com os tieflings, ou investigarão for-
mas de fragilizar um demônio ou fugir do Inferno de
uma vez por todas.
Renascido Amargurado
Muitos renascidos simplesmente não gostariam de ter
recebido uma nova vida, ainda mais uma vida como es-
sa. São normalmente originários de almas que deixaram
uma série de pendências no seu mundo natal e que estão
dispostos a fazer o possível para encerrar esses assuntos.
Os renascidos amargurados normalmente vivem solitá-
rios, vagando pelo Inferno, tentando descobrir uma for-
ma de sair dali. Muitos conseguem, acompanhados por
aventureiros que de tempos em tempos vêm a esse mun-
do em busca de problemas.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em Constituição ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Atletismo; +2 em Intimidação
Origem Resgatada: O renascido recebe uma das caracte-
rísticas de sua raça original.
Renascido Devoto
Os devotos são os renascidos dedicados aos dogmas da
Igreja da Morte e do Sofrimentos. São servos das divin-
dades hostis Artangul, Kranitar e Tiamat. Muitos deles,
entretanto, não adoram essas divindades, mas as temem,
e farão o possível para mantê-las satisfeitas. Heróis devo-
tos surgem quando a divindade hostil conduz o renas-
107
Os Povos
cido em um caminho de bondade e salvação, um ponto
de vista impossível para muitos, inaceitável para alguns,
e justificável para poucos. Afinal, é muito difícil separar
o entendimento “divindades hostis” de “divindades
malignas”, e as interpretações sobre esses termos se
confundem.
Idiomas: Heroico, Subterrâneo
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Constituição; +2 em Sabe-
doria
Bônus nas Perícias: +2 em Intimidação; +2 em Religião
Origem Resgatada: O renascido recebe uma das caracte-
rísticas de sua raça original.
Renascido Miraculoso
Os renascidos miraculosos abandonaram a fé nos deu-
ses hostis para realizar seus próprios milagres. Depois
de um longo tempo dedicados às divindades do Inferno,
eles conseguiram compreender como essas divindades
manifestam seu poder. Os mortais são incapazes de
manifestar esse poder da mesma forma, mas existem
alternativas. O conhecimento arcano é uma delas, um
instrumento poderoso e que pode levar à vitória num
ambiente tão complexo e hostil como o Segundo Mun-
do. Os heróis miraculosos surgem quando usam desse
conhecimento arcano para desafiar os deuses do Infer-
no e para localizar as passagens ocultas que levam aos
mundos além dos Portões.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Consti-
tuição ou +2 em Destreza ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Furtividade
ou +2 em Intuição
Origem Resgatada: O renascido recebe uma das caracte-
rísticas de sua raça original.
Selvagem
Povo da Compaixão
Origem Feérica (Mundo Lendário)
Estatísticas
Altura Média: 1,65m - 1,75m
Peso Médio: 50kg - 75kg
Valores de Atributo: +2 em Constituição ou Destreza, +2 em
Sabedoria
Tamanho: Médio
Deslocamento: 6 quadrados
Visão: Penumbra
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo, +2 em Furtividade, +2
em Natureza
Capítulo 2
Forma de Planta: Sempre que completar um descanso pro-
longado, o personagem escolhe uma das formas de planta
apresentadas abaixo:
Forma das Folhas Caídas: O selvagem pode usar o
poder nuvem das folhas caídas nessa forma;
Forma do Carvalho Ancestral: O selvagem pode usar o
poder corpo do carvalho ancestral nessa forma;
Forma da Roseira Espinhenta: O selvagem pode usar o
poder espinhos da roseira dourada nessa forma.
Nuvem das Folhas Caídas Poder Racial de Selvagem
Você toma a forma de uma nuvem de folhas mortas e secas.
Encontro * Teleporte
Interrupção Imediata Pessoal
Gatilho: Um inimigo ataca o personagem
Efeito: O personagem se teleporta 3 quadrados e fica in-
corpóreo até o início do seu próximo turno.
Sustentação de Movimento: O personagem se mantém
incorpóreo
Corpo do Carvalho Ancestral Poder Racial de Selvagem
Com a forma robusta de um carvalho, você avança contra seus
inimigos com galhos robustos e destruidores.
Encontro
Ação Mínima Rajada contígua 3
Alvo: Os inimigos na rajada
Ataque: Sabedoria +2 vs. Reflexos
Sucesso: 1d6 + modificador de Constituição de dano, ou
1d6 + modificador de Destreza de dano. Aumente o dano
para 2d6 + modificador de atributo no 11º nível, e para
3d6 + modificador de atributo no 21º nível.
Espinhos da Roseira Dourada Poder Racial de Selvagem
Você projeta espinhos enormes em direção ao seus oponentes.
Encontro
Ação Mínima Rajada contígua 3
Alvo: Os inimigos na rajada
Ataque: Sabedoria vs. Reflexos
Sucesso: 1d6 de dano. Aumente o dano para 2d6 no 11º
nível e para 3d6 no 21º nível. Faça um ataque secundário.
Ataque secundário: Sabedoria vs. Fortitude
Sucesso: 5 de dano venenoso contínuo (TR encerra).
Aumente para 10 de dano venenoso contínuo (TR
encerra) no 11º nível, e para 15 de dano venenoso
contínuo no 21º nível.
A etnia dos selvagens é vista como uma raça
distante, inalcançável para a maioria dos mortais. Se os
metamorfos são a manifestação corpórea dos espíritos
da fauna do Mundo Lendário, os selvagens manifestam a
pureza da rica flora da Terra das Fadas.
Habitantes dos campos floridos e das florestas
108
Os Povos
do Mundo Lendário, eles têm o corpo formado por ma-
téria vegetal e são tão diversos quanto: alguns são flori-
dos e leves, enquanto outros escuros e robustos como
amendoeiras. Os selvagens são naturalmente tranqui-
los, observadores, sempre banhando-se com a luz de seu
sol azul ou caminhando ao sabor dos ventos. Mas muitos
escolhem viajar para o Mundo Material, com a esperan-
ça de levar essa tranquilidade para o povo da coragem.
A viagem ao Mundo Material, entretanto, é
muito dolorosa. O clima diferenciado e as estações do
ano são os principais problemas encontrados pelos sel-
vagens que se mudam, temporária ou permanentemen-
te, para Agrippa.
Campos dos selvagens. Os selvagens vagam pelos
campos floridos, caminhando pelos pastos entre os den-
tes-de-leão que servem de alimento para os pégasos. Ra-
ramente vistos por outras raças, são indivíduos solitá-
rios. As mesmas lendas que citam os selvagens falam a
respeito de regiões ocultas nos campos, nas colinas e no
coração das florestas onde os selvagens vivem parte de
suas vidas. Nesses Campos, eles formam uma espécie de
floresta particular, com os indivíduos mais antigos enrai-
zados no centro e os brotos mais jovens crescendo a sua
volta. Esses Campos seriam fontes de primórdio, a maté-
ria-prima fundamental do multiverso. Muitas dessas
lendas já alcançaram o Mundo Material e existe uma
preocupação do povo da esperança em proteger os sel-
vagens das ameaças vindas de outros mundos.
Relação com outras etnias. Os selvagens preferem se
manter isolados. As outras etnias do povo da esperança
consideram os selvagens indivíduos tão puros, tão per-
feitos, que preferem não se envolver diretamente com
eles. Os membros das outras etnias consideram esse
afastamento uma forma de respeito, pois os selvagens
poderiam ser contaminados pelos pecados mundanos
das pessoas
Selvagens e o Mundo Material. Os selvagens costu-
mam ter um bom conhecimento a respeito da localiza-
ção das Encruzilhadas que ligam o Mundo Lendário ao
Mundo Material e, dessa forma, raramente transitam
entre esses mundos sem que seja por vontade própria.
Quando o fazem, costumam seguir em direção às pro-
fundas florestas élficas, acompanhando o chamado de
um círculo druídico, mas também podem ser encontra-
dos como protetores dos oásis encontrados nos desertos
das Terras do Norte.
CrenÇas
Os selvagens se relacionam principalmente com os espí-
ritos da vida vegetal do Mundo Lendário. Essa ligação é
tão impressionante que, em muitos momentos, é possí-
vel acreditar que os selvagens e os espíritos são uma úni-
ca entidade. Os selvagens também idolatram Sasqua-
Capítulo 2
sohuh, o sol azul que ilumina o céu do Mundo Lendário.
Nos registros dos monges do Limiar, Sasquasohuh é cita-
do muitas vezes quando se fala do Mundo Lendário e do
povo da esperança. Em alguns momentos, Sasquasohuh
é citado como um deus menor, com clérigos e outros
sacerdotes como seus devotos. Em outros momentos,
Sasquasohuh é dito um espírito lendário, adorado por
círculos de devoção formados por druidas, xamãs e ou-
tros. A única certeza é que Sasquasohuh é uma grande
incógnita.
AptidÕes Heroicas
Os selvagens são pacientes, tranquilos e contemplativos.
Sua personalidade permite que eles tenham uma visão
muito particular do mundo em que vivem. Para os
monges do Limiar, eles experimentam a realidade de u-
ma forma única. Não só por sua forma vegetal, mas por
uma mente privilegiada, aberta a novas situações e con-
dições. Os heróis selvagens surgem da possibilidade de
mudança, de inovação, quando percebem que suas
capacidades, ideias e experiências podem contribuir de
uma forma diferente. Essa é a razão, inclusive, para que
muitos selvagens despertem sua semente de poder
durante uma passagem, mesmo que breve, pelo Mundo
Material, um local naturalmente favorável ao desenvol-
vimento de heróis.
Selvagem Contemplativo
Os selvagens despertam de seus Campos e iniciam uma
caminhada pelo Mundo Lendário. No caminho, eles ob-
servam cada planta, cada animal, cada córrego e se de-
leitam com os raios do sol azul que ilumina o céu do
Quinto Mundo. Esses são os selvagens contemplativos,
ditos os seres com a mais próxima relação com os es-
píritos da natureza lendária. Rezam as lendas que eles
caminham e conversam com os espíritos seguindo ori-
entações de Sasquasohuh, o sol azul. Esses selvagens,
quando alcançam o Mundo Material, são os mais aptos a
uma conexão com os espíritos da natureza material.
Idiomas: Heroico, Lendário, Selvagem
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Inteligên-
cia ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Natureza;
+2 em Intuição
Canalizar Primórdio: O selvagem recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O selvagem recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Selvagem Mensageiro
Muitos selvagens adotam a postura de mensageiros do
Mundo Lendário. Eles são os porta-vozes dos espíritos da
natureza, repletos de convicções e ideais a respeito da
109
Os Povos
relação dos indivíduos com sua etnia, com seu povo, com
seu mundo e com o cosmos. Os selvagens mensageiros
são abertos a todo tipo de conhecimento, o que os torna
extremamente aptos ao desenvolvimento de habilida-
des arcanas e também à compreensão das palavras da
Filosofia trazidas a eles através de outros mensageiros:
os monges.
Idiomas: Heroico, Lendário, Selvagem
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Inteligência; +2 em Sabedo-
ria ou +2 em Carisma
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Natureza;
+2 em Diplomacia ou +2 em História ou +2 em
Intuição ou +2 em Religião
Canalizar Primórdio: O selvagem recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O selvagem recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Selvagem Sobrevivente
Alguns mensageiros desafortunados têm dificuldades
em sua jornada pelo Mundo Material. Essas dificuldades
são suficientes para romper com as relações do
indivíduo com suas raízes no Mundo Lendário. Sua alma
se torna dividida entre a necessidade da vida e suas con-
vicções. Eles se esgueiram pelas florestas fugindo de hor-
das bestiais, caçadores de recompensas e elfos proteto-
res de suas tribos.
Idiomas: Heroico, Lendário, Selvagem
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Força ou +2 em Destreza; +2
em Constituição ou +2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Furtividade; +2 em Natureza;
+2 em Diplomacia ou +2 em Acrobacia ou +2
em Atletismo ou +2 em Tolerância
Canalizar Primórdio: O selvagem recebe um poder adi-
cional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Talento Adicional: O selvagem recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.
Seres-primordiais
Povo do Ódio
Origem Elemental (Mundo Primordial)
Estatísticas
Altura Média: 1,60m - 2,15m
Peso Médio: 30kg - 250kg
Valores de Atributo: +2 no atributo relacionado ao seu ele-
mento predominante; +2 em um atributo a escolha.
Capítulo 2
Tamanho: Médio
Deslocamento: De acordo com o elemento predominante
Visão: Normal
Bônus nas Perícias: +2 em Tolerância, +2 em uma perícia a
escolha.
Elemento Predominante: Escolha qual elemento será predo-
minante no personagem: água, ar, fogo ou terra. Cada ele-
mento predominante fornece uma série de benefícios, listados
abaixo:
Ar
Atributo relacionado: Inteligência
Deslocamento: 7 quadrados
Mente Volátil: O ser-primordial recebe +1 de bônus
racial em sua defesa de Vontade;
Resistência ao Frio: O ser-primordial recebe resistên-
cia 5 a dano congelante (aumenta para 10 no 11º nível,
e para 15no 21º nível).
Água
Atributo relacionado: Sabedoria
Deslocamento: 6
Fortitude Elemental: O ser-primordial recebe +1 de
bônus racial na defesa de Fortitude;
Passos Fluidos: O ser-primordial ignora terreno difícil;
Resistência Adaptável: O ser-primordial recebe +2 de
bônus racial nos testes de resistência contra dano
contínuo;
Respirar Sob a Água: O ser-primordial é capaz de res-
pirar sob a água (sendo imune, portanto, ao afoga-
mento; consulte o D&D 4E Guia do Mestre).
Fogo
Atributo relacionado: Carisma
Deslocamento: 6 quadrados
Dança da Chama: O ser-primordial recebe +1 de bô-
nus racial na defesa de Reflexos;
Resistência ao Fogo: O ser-primordial recebe resis-
tência 5 a dano flamejante (aumenta para 10 no
11º nível, e para 15 no 21º nível).
Terra
Atributo relacionado: Constituição
Deslocamento: 5 quadrados
Corpo Rochoso: O ser-primordial recebe +1 de bônus
racial na defesa de Fortitude;
Estrutura de Pedra: O ser-primordial não pode ser
derrubado;
Resistência da Terra: O ser-primordial recebe +1 de
bônus nos testes de resistência.
Os seres-primordiais são as criaturas com uma herança
primordial mais forte. Elas são formadas pelos elemen-
tos que moldam a realidade e dão forma ao Mundo Pri-
mordial: fogo, água, terra e ar. Esses humanóides pos-
suem aparências muito variadas, de acordo com o ele-
mento com maior predominância em seus corpos.
Os seres-primordiais aéreos possuem a pele a-
zulada, corpos esguios e cabelos esvoaçantes. Os seres-
primordiais fluidos possuem a pele esverdeada, e corpo
110
Os Povos
com traços mais robustos, mas músculos pouco firmes.
Os seres-primordiais rochosos, por sua vez, são mais al-
tos e mais fortes, com a pele cor de terra e músculos
poderosos. Por último, os seres-primordiais flamejantes,
com sua pele cor de fogo e seus olhos vermelhos bri-
lhantes.
Os membros dessa raça são diversificados e
interessantes. Para quem observa, é difícil imaginar que
criaturas tão diferentes possam fazer parte de uma mes-
ma raça, mas um olhar mais atento nos permite per-
ceber que esses seres, assim como os elementos, se
completam.
Casas dos seres-primordiais. As fortalezas dos seres-
primordiais são construídas a partir de estruturas ele-
mentais poderosas, praticamente indestrutíveis e que
normalmente seguem um padrão, de acordo com os
tipos de membros que podemos encontrar. Por exem-
plo, as Casas com maioria de aéreos e fluidos normal-
mente são formadas a partir de gigantescos blocos de
gelo que flutuam como icebergs pelos rios e mares
turbulentos do Mundo Primordial. As Casas com
maioria de rochosos e flamejantes normalmente são
feitas de bronze ou cobre e flutuam como castelos gigan-
tescos em meio aos vulcões e aos fluxos de lava que
emergem por todos os cantos do mundo.
Economia dos seres-primordiais. A base da economia
dos seres-primordiais gira em torno do Primórdio, a ma-
téria-prima fundamental de Ohmtar, que eles negociam
principalmente com os draconatos. Quando um ser-pri-
mordial morre por envelhecimento, seu corpo se trans-
forma em uma poeira brilhante muito fina, que nada
mais é do que uma das formas mais puras de Primórdio.
O Primórdio possui aplicações das mais vari-
adas, mas a mais importante certamente é sua capa-
cidade de permitir, a um indivíduo, um maior controle
sobre suas Sementes de Poder. Por esse motivo o pri-
mórdio é objeto da ganância de muitos indivíduos, den-
tro e fora do Mundo Primordial, e - até onde se sabe - os
seres-primordiais são a única fonte disponível.
Relações com outras etnias. Os seres-primordiais e os
draconatos são aliados desde o fim da Guerra dos Dra-
gões, há 5.000 anos, e suas sociedades se desenvolveram
a partir da colaboração entre as Casas. É difícil imaginar
que os seres-primordiais possam sobreviver ao caos do
Mundo Primordial sem a ajuda dos draconatos, e vice-
versa.
Seres-primordiais e o Mundo Material. A chegada de
seres-primordiais ao Mundo Material tem se tornado u-
ma constante. A cada ano eles surgem como membros
das academias arcanas, como soldados de exércitos
broncos, como mercenários ou como simples viajantes.
Dizem os estudiosos que a presença dos seres-primor-
diais tem se dado em função do aumento também da
Capítulo 2
presença de servos das divindades benevolentes, como
uma forma de equilibrar a influência de divindades e
primordiais no Mundo Material.
CrenÇas
Os seres-primordiais acreditam na influência das emo-
ções sobre o multiverso e seus habitantes. Sabem que
carregam o ódio em cada parte de seu corpo e buscarão
uma forma de canalizar essa emoção da melhor forma
possível. Para compreender melhor as emoções e como
elas influenciam as ideias que moldam o mundo, os
seres- primordiais se tornam seguidores d’A Filosofia.
Alguns membros da raça, entretanto, se
rendem às maravilhas dos mundos de Ohmtar e se tor-
nam servos das divindades que governam o multiverso,
ou servos dos espíritos da natureza e dos grandes Lordes
Elementais.
AptidÕes Heroicas
Os seres-primordiais estão entre as raças mais disponí-
veis para o Despertar Heroico. O Mundo Primordial é
muito pequeno para eles e a ligação desses indivíduos
com o primórdio e com os elementos lhes dá uma
percepção única da realidade. Os heróis seres-primor-
diais surgem ainda no Mundo Primordial, nas corridas
incessantes pela salvação de suas crias e nas batalhas
contra as criaturas elementais. O Mestre tem um cari-
nho especial por eles e não é raro um ou outro membro
dessa raça ser levado pelas mãos do Destino ao Mundo
Material, onde certamente farão diferença em momen-
tos de dificuldade.
Ser-primordial Aéreo
Elemento Predominante: Ar
Os aéreos são indivíduos sempre cheios de ideias. Consi-
deram que o mundo é feito de pensamentos, e que esses
pensamentos moldam verdadeiramente a realidade.
São estudiosos das artes arcanas e da manipulação da re-
alidade através da magia. Eles acreditam que sua raça
surgiu como uma instrumento de ordem trazido pelo
cosmos para se equilibrar ao caos do Mundo Primordial.
Os heróis aéreos despertam a partir do contato com for-
ças arcanas poderosas ou diante de ameaças incompre-
ensíveis a não ser pelos praticantes de magia.
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico, Anão
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em uma perícia
a escolha
Atributo relacionado: Destreza
Canalizar Primórdio: O ser-primordial recebe um poder
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Ser-primordial Flamejante
Elemento Predominante: Fogo
Os flamejantes são impulsivos, intuitivos e autoconfian-
111
Os Povos
tes. São passionais, se vinculam afetivamente com tudo o
que se envolvem e se decepcionam com grande faci-
lidade, sempre reativos à menor provocação. Os heróis
flamejantes se relacionam de forma muito íntima com
as entidades elementais, uma interação de amor e ódio.
No Mundo Material, eles se agarram aos espíritos da
natureza, com os quais se identificam mais fortemente.
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico
Carreira Heroica favorecida: Pagão
Opções de Personalização:
Bônus nas Perícias: +2 em Intimidação; +2 em um atribu-
to a escolha
Atributo relacionado: Constituição
Canalizar Primórdio: O ser-primordial recebe um poder
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Ser-primordial Fluido
Elemento Predominante: Água
Os fluidos são emotivos e flexíveis, além de serem for-
temente compreensíveis e dedicados. Diante das di-
ficuldades eles facilmente perceberão o melhor cami-
nho ou a melhor postura a se tomar, e mudarão suas
posições se for necessário ao equilíbrio e à ordem. Os he-
róis fluidos se sentem deslocados no caótico Mundo Pri-
mordial e encontram no Mundo Material o alento às
suas convicções: a influência das divindades, das quais
se tornam devotos.
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Opções de Personalização:
Bônus nas Perícias: +2 em Religião; +2 em uma perícia
a escolha
Atributo relacionado: Carisma
Canalizar Primórdio: O ser-primordial recebe um poder
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Ser-primordial Rochoso
Elemento Predominante: Terra
Os rochosos são firmes como granito. Trabalhadores, se
julgam prontos para enfrentar todas as dificuldades que
surgirem em seus caminhos. Mas também são dotados
de grande paciência; mesmo que saibam como agir, sa-
berão esperar pelo momento mais favorável. Os heróis
rochosos são combatentes poderosos, treinando seus
corpos e suas mentes com grande dedicação. No Mundo
Material eles são extremamente valorizados quando
membros de exércitos ou organizações militares.
Idiomas: Heroico, Primordial, Dracônico
Carreira Heroica favorecida: Homem-de-armas
Opções de Personalização:
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia; +2 em uma
perícia a escolha
Atributo relacionado: Força
Canalizar Primórdio: O ser-primordial recebe um poder
adicional sem limite de ataque de 1º nível de sua
classe de personagem.
Capítulo 2
Tieflings
Povo da Inveja
Origem Imortal (Inferno)
Estatísticas
Os tieflings de Ohmtar possuem as mesmas estatísticas da
raça tiefling apresentada no D&D 4E Livro do Jogador.
Particularidades. Diferente dos tieflings de outros mundos,
os tieflings de Ohmtar não são humanos com alguma des-
cendência infernal. Aqui, eles são criações diretas das forças
malignas que governam o Inferno. Eles possuem um vínculo
muito forte com as divindades hostis que habitam o Inferno, o
que não os impede de buscarem outros caminhos em outros
mundos, principalmente no Mundo Material.
Os tieflings são uma raça bastante temida no Inferno e
em outros mundos, principalmente por sua conexão
com as divindades mais cruéis e destrutivas de Ohmtar.
Esses humanóides de chifres e caudas são o que muitos
mortais chamam de “diabos” (embora, tecnicamente,
essa denominação esteja equivocada). São as encarna-
ções da inveja, emoção cuja cor eles trazem marcada em
sua pele.
Os membros dessa raça são servos da tríade de
divindades hostis às quais é dedicada a Igreja da Lança
Vermelha, divindades cruéis e extremamente malignas:
Cyan, deus dos massacres, Ha, deus dos conflitos e das
guerras sangrentas, e Todoth, deus das trevas e da des-
truição. Deuses poderosos, inconstantes e extremamen-
te temidos, inclusive pelos próprios tieflings.
Ruínas dos tieflings. As cidades habitadas pelos tie-
flings no Inferno foram erguidas sobre as ruínas de um
antigo império, Illu Heimsvelddi. Durante uma guerra
contra os demônios, Illu Heimsvelddi tombou e hoje jaz
em ruínas. Os tieflings sobreviventes se ocultaram nos
cantos mais inóspitos do Inferno com a ajuda das trevas
de Todoth e, então, retornaram à Illu Heimsvelddi.
As Ruínas, hoje, abrigam grande parte da
população tiefling do Inferno, como também membros
de outras raças que porventura tenham se convertido à
fé nos três deuses do Caos. Grande parte das ruínas que
permaneceram intactas é formada pelos templos dedi-
cados aos deuses Cyan, Ha e Todoth. Enquanto habitam
as Ruínas, os tieflings nunca terão fome, sede ou sono,
desde que orem aos seus deuses regularmente.
Supridas suas necessidades mais básicas, eles
podem se dedicar a outras causas, principalmente as
causas relacionadas ao crescimento da influência das
divindades e à queda dos demônios.
Relação com outras etnias. Os tieflings são difíceis de
serem compreendidos em sua plenitude. Eles mantêm
um relacionamento pacífico com os renascidos, são ini-
112
Os Povos
migos declarados dos gnolls e dos demônios aos quais as
hienas-infernais servem, mas ainda assim eles podem
demonstrar situações completamente opostas. Como
servos dos deuses caóticos e malignos Cyan, Ha e To-
doth, é quase impossível prever o que planejam os tie-
flings que habitam o Inferno.
Tieflings e o Mundo Material. Os tieflings que habi-
tam o Mundo Material normalmente são criaturas ma-
lignas, servos das divindades do Inferno e líderes de sei-
tas dedicadas a estas entidades. Alguns tieflings, entre-
tanto, habitam principalmente as grandes cidades, on-
de tentam ocultar sua real natureza, misturando-se à po-
pulação local. Dessa forma, eles conseguem se proteger
de inquisidores e outros devotos da Igreja da Espada Ce-
lestial.
CrenÇas
O Inferno é o lar das chamadas divindades hostis, opos-
tos aos deuses benevolentes que habitam o Paraíso. Tan-
to os deuses benevolentes quanto os deuses hostis estão
aprisionados em seus respectivos mundos por imposi-
ção do Mestre. Resta a eles se utilizarem de diversos arti-
fícios para manter acesa a guerra de ideais que promo-
vem desde o início dos tempos. Seus servos são, nessa
guerra, seus principais instrumentos. Os tieflings bus-
cam através da Igreja da Lança Vermelha manter as di-
vindades caóticas do Inferno satisfeitas, mesmo diante
da tensão permanente de que, num vento mais forte, es-
sas divindades decidam simplesmente avançar em uma
guerra final contra todos os mortais e imortais de
Ohmtar.
AptidÕes Heroicas
Mesmo servindo aos deuses mais selvagens e destrutivos
de Ohmtar, os tieflings não se sentem à vontade diante
do poder dessas divindades. Talvez daí venha o poder
delas: do medo que brota de seus servos. Desse temor
surgem tieflings que despertam para o heroísmo, bus-
cando formas de manter essas divindades sob controle,
apaziguadas, como dizemos. É uma tarefa árdua e que
muitas vezes envolve a viagem desses tieflings para ou-
tros mundos, principalmente para o Mundo Material.
Tiefling Apaziguador
Cyan, Ha e Todoth são entidades destrutivas. Eles plane-
jam avançar contra o Paraíso, destruindo tudo o que
houver no caminho e ampliando ainda mais a fileira de
almas que agoniza eternamente sob as sombras de seus
mantos. Os tieflings apaziguadores sabem da importân-
cia de manter essas entidades controladas e satisfeitas.
Eles farão o possível para cumprir as ordens dessas enti-
dades, e ainda assim adiar o máximo possível a con-
cretização de seus planos definitivos.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Sacerdote
Capítulo 2 Os Povos

Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Sabedoria; +2 em Carisma ou
+2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em Diplomacia; +2 em Religião
Talento Adicional: O tiefling recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.

Tiefling Enganador
Muitos tiefling não estão satisfeitos com suas condições.
Eles não estão preocupados com as divindades, mas fa-
rão o possível para abandonarem o Inferno em que, lite-
ralmente, vivem. Alguns deles conseguem, mas não sem
atrair a ira de suas divindades. Para se manterem distan-
tes o máximo de tempo possível do Segundo Mundo,
eles se ocultarão em meio aos membros de outras raças,
de outros povos e longe do alcance da Igreja da Lança
Vermelha.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Místico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Destreza; +2 em Carisma ou
+2 em Sabedoria
Bônus nas Perícias: +2 em Blefe ou +2 em Furtividade; +2
em Intuição ou +2 em Percepção
Talento Adicional: O tiefling recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.

Tiefling Herético
Os heréticos são os grandes inimigos da Igreja da Lança
Vermelha, tieflings que renegaram a devoção aos deuses
infernais. Além disso, os heréticos buscam outras formas
de poder para se tornarem suficientemente capazes de
enfrentar a Igreja de Cyan, Ha e Todoth. Eles levantarão
suas vozes, manipularão a realidade e angariarão alia-
dos, no Inferno ou nos outros mundos, e irão até onde for
necessário para impedir que a Tríade da Lança Verme-
lha vença no final.
Idiomas: Heroico, Infernal
Carreira Heroica favorecida: Mágico
Opções de Personalização:
Valores de Atributo: +2 em Constituição; +2 em Carisma
ou +2 em Inteligência
Bônus nas Perícias: +2 em Arcanismo; +2 em Blefe ou +2
em Intimidação ou +2 em Intuição
Talento Adicional: O tiefling recebe um talento adicio-
nal no 1º nível. Ele deve cumprir os pré-requisi-
tos do talento.

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