Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
na Manutenção
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
SAÚDE OCUPACIONAL......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS............................................................................................................. 11
CAPÍTULO 2
DOENÇAS OCUPACIONAIS..................................................................................................... 24
CAPÍTULO 3
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E SUA GESTÃO................................................................. 35
UNIDADE II
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO.................................................................................... 41
CAPÍTULO 1
SEGURANÇA DO TRABALHO – CONCEITOS E LEGISLAÇÃO...................................................... 41
CAPÍTULO 2
PREVENÇÃO DE ACIDENTES E A MANUTENÇÃO PREVENTIVA.................................................... 54
UNIDADE III
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO......................................................................................................... 60
CAPÍTULO 1
MEIO AMBIENTE – CONCEITOS, POLÍTICA AMBIENTAL, PRESERVAÇÃO E RESPONSABILIDADE..... 60
CAPÍTULO 2
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS.............................................................................................. 68
CAPÍTULO 3
EMPRESAS COM MELHORES PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE E EXEMPLOS DE DANOS E
DESASTRES AMBIENTAIS............................................................................................................ 72
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 80
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), “Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho”, tanto órgãos públicos, poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
quanto empresas públicas e privadas que dispuserem de empregados com contratação
regida pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) devem manter tais serviços com a
finalidade de proteção do trabalhador no local de trabalho e promover sua saúde.
Nesse material será utilizada a sigla SSMA para Saúde ou Saúde Ocupacional,
Segurança e Meio e o acrônimo SESMT sempre que nos referirmos ao setor resposável
por cuidar da SSMA dentro da empresa. Na literatura, há algumas variações de siglas
como SST especificando apenas Segurança e Saúde do Trabalho, porém tratando do
mesmo assunto. Internacionalmente a sigla HSE – Healthy, Safety and Environment
é utilizada. As Normas Regulamentadoras serão tratadas por NR e seu respectivo
número. Além do acrônimo CIPA à “Comissão Interna de Prevenção de Acidentes” e
CAT que é a Comunicação de Acidente de Trabalho.
Em uma breve consulta à base de dados da Previdência Social verificou-se uma média
de mais de 560.000 acidentes de trabalho no período de 1999 a 2014. (Disponível em:
<http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/>.
Acesso em: 19 julho 2017). Já em consulta ao Anuário Estatístico da Previdência
Social de 2015 – AEPS 2015, na Seção IV, em 2015 totalizaram 612.632 acidentes.
(Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-
previdencia-social/>. Acesso em: 5 jun. 2017). Esses dados reforçam a importância de
estudar este tema.
7
Antes de falarmos especificamente de SSMA, alguns conceitos serão apresentados com
o intuito de instigar o leitor sobre a importância do que será estudado. Se procurarmos
o significado das palavras que intitulam essa disciplina é possível entender como elas
estão intrinsecamente relacionadas e a relevância de cada uma dentro das empresas e
da manutenção em si.
“Segurança - Segurar+-ança
8
Logo, pode-se dizer que o setor de manutenção é a alma de qualquer empresa, é ele que
mantém tudo funcionando e em perfeitas condições, é ele que impacta diretamente a
produção, por isso da definição do ato de conservar. Daí a importância de se estudar
SSMA na manutenção ou em qualquer área, entender alguns conceitos relativos à
saúde ocupacional e segurança, saber que há uma legislação específica com normas
regulamentadoras e onde encontrá-las, além de saber o quanto cada atividade produtiva
impacta no meio ambiente, conhecendo ações de empresas que são referências em
sustentabilidade, e por meio de exemplos de acidentes trágicos entender a importância
de cada um dentro do processo produtivo.
Objetivos
»» Compreender como a manutenção pode impactar na saúde e segurança
do trabalhador e também no meio ambiente.
9
10
SAÚDE OCUPACIONAL UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Conceitos básicos
“Há, verdadeiramente, duas coisas diferentes: saber e crer que se sabe. A ciência
consiste em saber; em crer que se sabe está a ignorância”. (HIPÓCRATES)
11
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Santana (2006) estudou sobre a saúde do trabalhador no Brasil, com uma visão voltada
na quantidade de pesquisas que são geradas na pós-graduação, incluindo teses e
dissertações. A ferramenta utilizada pela autora foi a busca em bancos de dados com
as seguintes palavras-chave: ergonomia, higiene ocupacional, saúde do trabalhador,
toxicologia e saúde ocupacional. O período avaliado foi de 1970 a 2004 e mostrou um
crescimento em estudos com esse tema. Acredita-se que isso é devido ao aumento no
interesse em saúde pública e coletiva no país, juntamente com o crescimento do número
de programas de pós-graduação.
12
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
A palavra higiene vem do grego Hygéia, que significa sã ou sadio, nome da deusa
grega da saúde Hygéia, filha de Asklepios, o deus da medicina. Esta palavra foi
incorporada à língua portuguesa através do grego hygeinos que significa o
que é saudável. Disponível em: <https://www.dicionarioetimologico.com.br/
higiene/>. Acesso em: 1 jun 2017.
Na literatura você pode encontrar uma variação dos termos que se referem à saúde
do trabalhador, por exemplo, higiene industrial, higiene ocupacional ou simplesmente
higiene do trabalho. Porém, cabe aqui neste material apresentar as definições de
algumas associações e de alguns autores respeitados nessa área. Barsano e Barbosa
(2012) usaram em seu livro o conceito de higiene industrial da Associação Americana
de Higienistas Industriais – AIHA e relataram a importância de estudar essa ciência
relacionada à qualidade de vida e segurança do trabalho, justamente os preceitos
que SESMT trabalha; e assim possibilitar aos empregados um ambiente de trabalho
saudável, mantendo a integridade física e psíquica do trabalhador tanto quanto for
possível.
13
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Proteção das
pessoas dos
riscos à saúde no
ambiente de
trabalho
Gerenciamento Promoção de
da saúde dos estilo de vida
trabalhadores mais saudável
14
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
muitos dos membros são higienistas industriais certificados, ela possui como missão
criar conhecimento para proteger a saúde dos trabalhadores e, assim, a eliminação
de doenças no local de trabalho, sendo sua visão. Esta é uma das maiores associações
internacionais nessa área. Disponível em: <https://www.aiha.org/about-aiha/Pages/
default.aspx>. Acesso em: 1 jun 2017.
uma técnica não médica de prevenção, que atua frente aos contaminantes
ambientais derivados do trabalho, ao objeto de prevenir as doenças
ocupacionais dos indivíduos expostos a eles (FALAGÁN et al., 2000).
16
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
<http://www.bohs.org/wp-content/uploads/2016/11/Occupational-Hygiene-Explained.pdf>.
Acesso em: 6 jun 2017.
17
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Um trabalhador que está exposto a um ambiente não saudável pode vir a ficar
doente e, assim, ser incapaz de executar o trabalho, após o tratamento se o
trabalhador voltar ao mesmo ambiente onde contraiu a doença é muito provável
que a doença retorne, por isso há necessidade de tratar também o ambiente,
conhecendo os agentes prejudiciais neste, avaliar os riscos e assim adotar medidas
de controle. A figura 3 mostra, esquematicamente, como a Higiene Ocupacional
pode ser aplicada mostrando as três etapas citadas (BREVIGLIERO; POSSEBON;
SPINELLI, 2015).
Reconhecimento
Avaliação
Estudo do Controle
Processo
- Visitas -Estratégia
-Fonte HIGIENE
preliminares -Metodologia
-Percurso OCUPACIONAL
-Entrevistas com -Amostragem
-Trabalhador
trabalhadores -Análise
-Avaliações -Interpretação
preliminares
18
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
Classificação de riscos
Barbosa Filho (2010) define riscos ambientais a cada uma das vezes que o indivíduo,
no trabalho, esteja submetido a oportunidades de danos à sua integridade ou à saúde.
Muitas são as variáveis que podem vir a causar tais danos, porém não sabemos se
irão concretizar, mas cabe aos responsáveis pelo setor de segurança e saúde avaliar
e tentar prever o quanto cada um desses elementos do dia a dia poderão contribuir
para que o trabalhador sofra tais danos. É necessário que haja um roteiro de
atividades para eliminação ou minimização de tais chances. Primeiramente, toda e
qualquer possibilidade de risco deverá ser identificada, seguida da avaliação quanto
a sua potencialidade e chances de ocorrência, e para cada fator de risco deve-se
avaliar qualitativamente e/ou quantitativamente dependendo da necessidade de
determinação exigida.
19
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Figura 5.
20
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
O mapa de riscos simboliza o grau e o tipo do risco por meio de uma alocação visual,
com cores e formas predefinidas em uma planta baixa dos vários setores da organização.
Tais mapas ajudam a orientar as pessoas que utilizam do espaço, de forma habitual,
transitória ou circulante, quanto aos procedimentos para garantir a integridade das
pessoas usuárias de cada um dos espaços da empresa (BARBOSA FILHO,2010). É
importante conhecer as cores que identificam cada risco de acordo com a natureza deste,
e para, principalmente, usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado
para cada atividade e local. Eles são divididos em cinco grupos, representados por
diferentes cores para facilitar a visualização.
Quadro 2. Anexo IV da Antiga NR-5 – “Classificação dos principais riscos ocupacionais em Grupos, de acordo
Grupo 1: verde Grupo 2: vermelho Grupo 3: marrom Grupo 4: amarelo Grupo 5: azul
Riscos físicos Riscos químicos Riscos biológicos Riscos ergonômicos Riscos de acidentes
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado
Levantamento e transporte Máquinas e equipamentos
Vibrações Fumos Bactérias
manual de peso sem proteção
Exigência de postura Ferramentas inadequadas
Radiações ionizantes Névoas Protozoários
inadequada ou defeituosas
Controle rígido de
Radiações não ionizantes Neblinas Fungos Iluminação inadequada
produtividade
Imposição de ritmos
Frio Gases Parasitas Eletricidade
excessivos
Trabalho em turno e Probabilidade de incêndio
Calor Vapores Bacilos
noturno ou explosão
Substâncias, compostos
Jornadas de trabalho Armazenamento
Pressões anormais ou produtos químicos
prolongadas inadequado
em geral
Umidade Monotonia e repetitividade Animais peçonhentos
Outras situações de risco
Outras situações
que poderão contribuir
causadoras de stress físico
para a ocorrência de
e/ou psíquico
acidentes
Fonte: Adaptado de <http://www.trabalhoseguro.com/NR/mapa_de_riscos.html>. Acesso em: 6 jun 2017. Portaria no25, de 29
de dezembro de 1994, Anexo IV – NR 5 CIPA.
21
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Barsano e Barbosa (2012) definem em seu livro o Mapa de Riscos como sendo uma
representação gráfica, simples e objetiva dos agentes de risco presentes no ambiente de
trabalho. Tem como objetivos reunir as informações para o diagnótisco do ambiente e
também estimular o trabalhador para atividades preventivas. Depois de aprovado pela
CIPA, o mapa completo ou setorial deve ser afixado em cada local analisado. Além das
cores, o tamanho do círculo representa a intensidade do risco naquele ambiente. Na
figura 6 está um exemplo de Mapa de Riscos.
Acerca dos Riscos de Acidentes, Barbosa Filho (2010) relata que são resultantes da
presença material de oportunidades de dano como partes móveis, arestas cortantes,
piso irregular, trânsito de deslocamento de cargas, fios expostos entre outros. Já Riscos
Ergonômicos, o autor acredita que vão além da NR 17 sobre Ergonomia, pois para ele
tais riscos vão desde uma inadequação antropométrica até mesmo a discussões acerca
22
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
A fim de fixar quais são os tipos de riscos ambientais que a NR 9 propõe, veja
a figura 7 e analise quais são esses riscos aos quais o trabalhador pode estar
exposto, seja na manutenção ou em qualquer outra atividade de trabalho e
também pense na cor correspondente ao grupo citado na figura 6.
23
CAPÍTULO 2
Doenças ocupacionais
O quadro 3 mostra os grupos que são apresentados no Anexo da Portaria 1339 segundo
a classificação internacional de doenças (CID-10).
(Grupo III da CID-10) Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos relacionadas com o trabalho.
24
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
(Grupo XII da CID-10) Doenças da pele e do tecido subcutâneo relacionadas com o trabalho.
(Grupo XIII da CID-10) Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, relacionadas com o trabalho.
Vimos no capítulo anterior acerca dos agentes que podem causar alguma doença no
trabalhador, agora neste capítulo iremos falar sobre quais são essas doenças chamadas
doenças ocupacionais ou profissionais. No Anuário Estatístico da Previdência
Social de 2015 (AEPS 2015) há alguns conceitos que serão utilizados em todo o capítulo,
como acidentes com CAT Registrada que refere-se àqueles que foram registrados no
INSS, da mesma forma os sem CAT Registrada, que não foram cadastrados no INSS.
Os acidentes típicos são aqueles originados da característica atividade profissional
executada pelo acidentado. Já o acidente de trajeto são os que ocorrem no caminho da
residência e o local de trabalho. Seguem outros conceitos:
25
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
No parágrafo 1o do Art. 20, da Lei 8.213, ainda é citado sobre os casos que não são
considerados como doença do trabalho, são estes: a doença degenerativa; a inerente a
grupo etário; a que não produza incapacidade laborativa; a doença endêmica adquirida
por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que
é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Barbosa Filho (2010) em seu livro diferencia o acidente da doença, onde o acidente
ocorre a curto prazo, tem uma resposta abrupta como resultado e normalmente associa
danos pessoais e perdas materiais, é mais aparente que a doença. Essa por sua vez,
possui uma resposta lenta na maioria dos casos e dependendo do prazo que ocorre,
médio ou longo, acontece de forma capciosa, este indivíduo pode não ter sintomas
aparentes inicialmente. Por isso é importante o registro e a guarda sobre a saúde dos
trabalhadores por longos prazos.
26
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
Como foi dito no capítulo anterior, é impossível tratar de qualquer assunto dentro
da SSMA sem fazer referência às Normas Regulamentadoras. A NR 15 – Atividades e
Operações Insalubres, define bem quais são as atividades consideradas insalubres e os
limites de tolerância que não causarão danos à saúde do trabalhador durante sua vida
laboral, como níveis de ruído, exposição ao calor, trabalhos sob condições hiperbáricas,
entre outras.
27
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Fonte: <https://trt13.jus.br/informe-se/noticias/2017/06/2017/06/2017/06/gari-
tem-direito-ao-adicional-de-insalubridade-em-grau-maximo-1>. Acesso em: 12
jun 2017.
Brevigliero; Possebon e Spinelli (2015) em seu livro permitem que o leitor obtenha
informações técnicas por meio de exemplos práticos para conhecer e reconhecer os
riscos que o exercício do trabalho possa representar para a saúde do trabalhador.
Separadamente, os autores relatam as principais doenças ocupacionais provocadas
por agentes biológicos (classificação dos agentes patogênicos e avaliação), químicos
28
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social de 2015 (AEPS 2015), foram 17.599
casos em 2014 com motivo: doenças do trabalho, com CAT registrada; em 2015 foram
13.240 casos. No capítulo referente a acidentes de trabalho, segundo os 50 códigos
da Classificação Internacional de Doenças (CID) está entre eles o Z57: Exposição
ocupacional a fatores de risco, 3.082 casos do total em 2014 e em 2015 foram 3.378
casos.
Quadro 4. Quantidade mensal de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo nos anos de 2013-
2015.
29
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Quadro 5. Quantidade de acidentes do trabalho por situação, registro e motivo segundo os subgrupos da
Quadro 6. Quantidade de acidentes do trabalho por situação, registro e motivo segundo os subgrupos da
<http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2016/07/principais-doencas-
ocupacionais-no-brasil.html>. Acesso 20 jun 2017.
30
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
31
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Algumas doenças causadas por esforços repetitivos, todas elas inflamatórias, segundo
a apostila do Telecurso 2000 Profissionalizante sobre Higiene e Segurança do
Trabalho (sem data) são:
32
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
Barbosa Filho (2010) considera a poluição sonora uma das formas com maior potencial
de danificar nossa saúde, não só redução na capacidade auditiva (hipoacusia) como na
visão, cardiocirculatórias e neuropsíquicas. Com respeito aos ruídos e sua prevenção,
as medidas de controle são respectivamente nessa ordem: fonte, meio e no homem.
Deve-se priorizar a fonte quando tecnicamente viável, em seguida intervenção no meio e
por último no homem. Tal controle na fonte pode ser feito por meio de medidas técnicas
nos equipamentos e medidas administrativas na produção como reduzir a concentração
de máquinas, instalar sistemas de amortecedores, reprogramar e redistribuir as
operações, substituir peças de materiais rígidos por aqueles que absorvam mais vibração
e, claro, uma manutenção adequada muitas vezes minimiza a emissão de ruído na fonte.
33
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Quando não há como intervir na fonte do ruído, a opção é controlar o meio, evitando
a propagação por meio do isolamento da fonte e do receptor e por meio de absorção
maximizar as perdas energéticas. Na prática, enclausurar a fonte, usar barreiras,
adequar o ambiente como piso, paredes e teto ou utilizar materiais na construção que
permitam o tratamento acústico. Por último, resta controlar no homem ou no receptor,
ou seja, reduzir o tempo de exposição ao ruído e proteger esse indivíduo (BARBOSA
FILHO, 2010). Para os limites de tolerância permissível, consultar a NR-15.
Portanto, a fim de evitar as doenças ocupacionais: Esteja sempre atento aos primeiros
sinais de desconforto físico ou mental. Procure o SESMT de sua empresa para
orientações, pois dependendo do diagnóstico pode ser necessário mudança de função
ou até de profissão. Encaminhamento para médico do trabalho. Use sempre EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual). Evite jornadas exaustivas. Saiba lidar com a
pressão. Pratique atividade física e ginástica laboral. Respeite os intervalos necessários.
Trabalhe com postura correta.
<http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2016/07/principais-doencas-
ocupacionais-no-brasil.html>.
34
CAPÍTULO 3
Qualidade de vida no trabalho e sua
gestão
“O importante não é por quanto tempo viverás, mas que qualidade de vida terás”
Sêneca.
Para Santos (2016), a Qualidade de Vida (QV) e Saúde ocupacional são conceitos
intimamente ligados. Segundo a autora, o conceito mais aceito para QV é aquele que
vai além do bom funcionamento orgânico ou mental. São diversos fatores no trabalho
que podem influenciar no contentamento do indivíduo, por isso é necessário estudar a
Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), onde é definido o quanto o trabalhador encontra-
se satisfeito ou insatisfeito com a função que exerce ou com a carreira escolhida. Entre
os fatores que influenciam nessa satisfação podemos citar: a adequação dos ambientes,
o cuidado com os uniformes, local adequado para tomar banho, refeitório, horário de
descanso respeitado, incentivo à prática de esportes, ginástica laboral, entre outros.
Tais medidas partindo da empresa faz com que os trabalhadores se sintam valorizados
e satisfeitos, levando a um aumento do bem-estar e da produtividade. A qualidade
de vida promove a interação entre diversos aspectos da nossa vida como as relações
interpessoais, os aspectos religiosos, a alimentação, a prática de exercícios físicos,
educação, lazer, trabalho, entre outros.
35
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
Barbosa Filho (2010) define qualidade de vida no trabalho (QVT) como um fenômeno
social, e sua análise deve ser feita com o foco no contexto histórico, espacial e econômico
no qual está inserido. É um simbolismo para a percepção do conjunto das condições de
trabalho. Segundo o autor, cada um de nós define QVT segundo a visão individual, por
isso a complexidade do fenômeno, podendo ser considerado um conceito dinâmico.
As perspectivas relativas ao futuro, como o plano de carreira ou salários, ocupam um
lugar importante na trajetória profissional e isso pode ou não motivar este indivíduo e
influenciar em sua satisfação com o trabalho.
36
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
Necessidades
Percepções Expectativas
Condições de
Trabalho (reais ou
aparentes)
Qualidade de Vida
no Trabalho (QVT)
Fonte: (BARBOSA FILHO, 2005 apud BARBOSA FILHO,2010,p.211).
As empresas, nos últimos anos, buscam ser vistas com a marca da responsabilidade
social, , ou seja, são empresas que valorizam a qualidade de vida dos seus colaboradores
e não uma organização que visa somente lucros. A valorização do capital humano dentro
das organizações traz benefícios como melhora da saúde ocupacional dos trabalhadores
e consequentemente aumento de produtividade. Devido à complexidade do conceito
de QV, podem-se relatar fatores que influenciam os trabalhadores positivamente
ou negativamente, por exemplo: alimentação saudável, vícios (drogas, tabagismo e
alcoolismo), sedentarismo, obesidade, a prática de atividades físicas e o relacionamento
intrapessoal. Uma empresa que valoriza a QV de seus colaboradores só tem a ganhar
(BARSANO; BARBOSA, 2012).
37
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
38
SAÚDE OCUPACIONAL │ UNIDADE I
O Ministério da Saúde (MS) lançou uma plataforma sobre promoção à saúde, focando
quatro pilares que são: parar de fumar, ter um peso saudável, se exercitar e se alimentar
melhor. Neste portal é possível ver conteúdos com especialistas para apoiar a população
a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade. Ao entrar no
site, há um questionário que o usuário responderá e, a seguir, terá dicas personalizadas
de acordo com seu perfil, além de receitas com produtos. Segundo o MS, a plataforma é
dinâmica e os conteúdos e funcionalidades serão periodicamente atualizados, podendo
o usuário opinar.
39
UNIDADE I │ SAÚDE OCUPACIONAL
O Sistema Rede e-Tec Brasil foi lançado em 2007. Esta rede visa democratizar e
ampliar o acesso a cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, ofertando
educação profissional e tecnológica a distância. É possível baixar nos links, a
seguir, material didático sobre higiene ocupacional para complementar o que
foi abordado nesta Unidade.
Manutenção
40
SEGURANÇA DO
TRABALHO E A UNIDADE II
MANUTENÇÃO
CAPÍTULO 1
Segurança do Trabalho – conceitos e
legislação
41
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
Na figura 17, estão alguns temas que se relacionam direta ou indiretamente com a
segurança do trabalho, são eles:
42
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
Meio Qualidade de
Ambiente Vida
Ergonomia Primeiros
Socorros
Doenças Sistemas de
Ocupacionais gestão de
qualidade
Proteção
contra incêndios Psicologia do
e explosões Trabalho
Legislação
Medicina do
Trabalhista
Trabalho
Segurança
Higiene do
Trabalho/ do Trabalho Segurança
Patrimonial
Industrial
As catástrofes industriais têm um papel importante dentro das teorias sobre o erro,
na segurança e na confiabilidade humana, sem elas não haveria progressão. São as
catástrofes que fazem aumentar o entusiasmo por estudos de falhas e erros humanos.
Por isso, sem as catástrofes na área nuclear como de Three-Miles Island, Tchernobyl
e Fukushima, sem o acidente de Tenerife da aviação e sem a catástrofe da indústria
química de Bophal não haveria progressão para estudar os erros (AMALBERTI, 2016).
43
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
Figura 18. Logo da Campanha Abril Verde para o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças
do Trabalho.
44
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional
competente;
45
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
Garcia (2009) em seu livro sobre Meio Ambiente do Trabalho – Direito, Segurança
e Medicina do Trabalho trata da responsabilidade civil, de acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais, estabilidade acidentária, insalubridade e periculosidade. O autor
relata a amplitude dessa temática e fala do importante papel das normas de segurança
e medicina do trabalho de estabelecer condições que assegurem a saúde e segurança
do trabalhador a fim de proteger, prevenir, recuperar e preservar a sua higidez física e
mental no âmbito das relações de trabalho.
Pode-se dizer que houve uma mudança cultural com respeito à segurança do trabalho no
Brasil após a promulgação da Constituição Federal de 1988, pois antes os empregadores
consideravam um bom funcionário aquele que não adoecia e nem faltava. Foi com
a CF/1988 que as leis, os decretos e outras normas que tratavam da segurança do
trabalho passaram a se adequar à nova Constituição, criando garantias trabalhistas.
Temos as leis, decretos, regulamentos, regimentos internos, portarias, instruções e
resoluções, tudo em prol de garantir um ambiente de trabalho saudável e seguro para
todos: empregadores, empregados, clientes, fornecedores, ou seja, todos os envolvidos
no processo de trabalho (BARSANO; BARBOSA, 2012). No artigo 7o da Constituição
Federal de 1988, (GARCIA, 2009), inciso XXII, assegurou-se o direito de “redução dos
riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança”.
Para saber mais sobre as Instruções Técnicas de cada estado, consulte o site do
corpo de bombeiros, segue link de alguns estados:
MG:<http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471-
instrucoes-tecnicas.html>. Acesso em: 23 jun 2017.
46
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
legislações estaduais e federais, além das leis, decretos e outros regulamentos municipais
referentes à segurança do trabalho (BARSANO; BARBOSA, 2012).
Legislação Federal
Na figura abaixo, há uma adaptação para o que Barsano e Barbosa (2012) citaram
em seu livro como marcos para a Legislação Trabalhista em âmbito Federal. A CLT
foi aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452 de 1o de maio de 1943. Em 1978, no dia 8 de
junho foram aprovadas as Normas Regulamentadoras do Capítulo V, Título II da CLT,
através da Portaria no 3.214. Em 1988, o art. 7o da Constituição Federal, Capítulo II (Dos
Direitos Sociais), incisos específicos sobre a Segurança e Saúde dos Trabalhadores. Em
1991, no dia 24 de julho foi instituída a Lei no 8.213, a qual dispõe sobre os planos de
benefícios da Previdência Social, além de abordar assuntos essenciais para a segurança
do trabalho como acidente do trabalho e CAT. E a Lei no 6.514 de 22 de dezembro de
1997 referente à alteração do Capítulo V do Título II da CLT relativo à Segurança e
Medicina do Trabalho.
CLT Constituição
aprovada Federal Lei no 6.514
(1943) (1988) (1997)
47
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
Fonte: <http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras>.
Acesso em: 23 jun 2017
48
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
Como foi dito anteriormente, para ter acesso às Normas Regulamentoras na íntegra
basta acessar o sítio do Ministério do Trabalho. A seguir, falaremos de algumas das NR.
Esta norma estabelece que todas as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos
da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão,
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho - SESMT com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade
do trabalhador no local de trabalho; sendo que o dimensionamento do SESMT
depende da gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados
do estabelecimento, conforme previsto nos Quadros I e II desta NR. Fonte: <http://
trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR4.pdf>. Acesso em: 23 jun 2017.
Esta norma define Equipamento de Proteção Individual – EPI como sendo “todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. O EPI,
seja ele fabricado nacionalmente ou importado, só poderá ser vendido se houver o
Certificado de Aprovação – CA expedido pelo órgão nacional competente do MTE. A
empresa é obrigada a fornecer aos empregados gratuitamente o EPI adequado ao risco,
em perfeito estado de conservação e funcionamento. É papel do SESMT recomendar ao
empregador o EPI adequado ao risco existente, se caso a empresa não possuir SESMT
(no caso da desobrigação) cabe ao próprio empregador a seleção e distribuição dos
EPIs. No Anexo I desta norma encontra-se uma lista de Equipamentos de Proteção
Individual para: proteção da cabeça, olhos e face, auditiva, respiratória, proteção do
49
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
Fonte: <http://www.gamma.es/blog/wp-content/uploads/2016/07/Elementos-construcci%C3%B3n-Gu%C3%ADa-Profesional.
jpg>Acesso em: 23 jun 2017.
Esta norma é extensa, possui 82 páginas, 14 anexos com limites de tolerância e agentes
de risco. A questão da insalubridade é um aspecto importante a ser considerado na vida
50
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
Também são consideradas atividades insalubres aquelas exercidas sob a ação de pressões
hiperbáricas, agentes químicos considerados insalubres em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho (arsênico, chumbo, hidrocarbonetos e outros compostos
de carbono, benzeno etc.) e agentes biológicos. Radiações não ionizantes, vibração, frio
e umidade quando comprovadas através de laudo de inspeção no local de trabalho.
O exercício de trabalho nessas condições de insalubridade assegura ao trabalhador a
percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a 40%
quando insalubridade de grau máximo, 20% quando insalubridade de grau médio e
10% quando insalubridade de grau mínimo (SANTOS, 2016).
NR 17 – Ergonomia
Esta norma visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho
incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais,
ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à
própria organização do trabalho.
Por exemplo, para trabalhos manuais sentado ou que tenham de ser feitos em pé,
as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador
condições de boa postura, visualização e operação e devem atender aos seguintes
requisitos mínimos: ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis
com o tipo de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com
a altura do assento; ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador
e ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação
adequados dos segmentos corporais.
51
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
A norma ainda diz em seu anexo quanto à ergonomia para as pessoas com deficiência e
aquelas cujas medidas antropométricas não sejam atendidas pelas especificações deste
Anexo, o mobiliário dos postos de trabalho deve ser adaptado para atender às suas
necessidades, e devem estar disponíveis ajudas técnicas necessárias em seu respectivo
posto de trabalho para facilitar sua integração ao trabalho, levando em consideração
as repercussões sobre a saúde destes trabalhadores. Fonte: <http://trabalho.gov.br/
images/Documentos/SST/NR/NR17.pdf>. Acesso em: 22 de jun 2017.
Fonte: <https://1.bp.blogspot.com/-tqJpaIHjsis/V5Djx5LSW7I/AAAAAAAAAIE/RCo1lNoWlf8fThIuFELSHNKE9Qkbf07mQCEw/s1600/5.
png>Acesso em: 23 jun 2017.
NR 25 – Resíduos Industriais
Esta norma visa conceituar o que entende-se como resíduos industriais, que são
aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou
combinação destas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas
não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais
alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados
em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes
líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos. A empresa deve buscar a
redução da geração de resíduos por meio da adoção das melhores práticas tecnológicas
e organizacionais disponíveis. Os resíduos industriais devem ter destino adequado
sendo proibido o lançamento ou a liberação no ambiente de trabalho de quaisquer
contaminantes que possam comprometer a segurança e saúde dos trabalhadores. Além
disso, a norma diz sobre a coleta de resíduos líquidos e sólidos produzidos por processos
e operações industriais, devendo ser adequadamente coletados, acondicionados,
armazenados, transportados, tratados e encaminhados à adequada disposição final
52
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
pela empresa. Neste material, na Unidade sobre Meio Ambiente, será falado sobre o
gerenciamento de resíduos. Fonte: <http://trabalho.gov.br/images/Documentos/
SST/NR/NR25.pdf>. Acesso em: 22 de jun 2017.
Convenções da OIT
<http://www.oitbrasil.org.br/convention>
<http://acesso.mte.gov.br/legislacao/convencoes-1.htm>
53
CAPÍTULO 2
Prevenção de acidentes e a
manutenção preventiva
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no
mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota”. Madre Teresa de Calcutá
ano 2000, partiu de Puerto Vallarta (México) para Seattle (Estados Unidos), onde
um problema de manutenção causou a queda desse avião. A falta de graxa em um
mecanismo de controle foi uma das principais causas do acidente do MD-83 da
Alaska Airlines que caiu no Oceano Pacífico no dia 31 de janeiro de 2000, próximo à
Califórnia, e que causou 88 mortes. A investigação durou 22 meses e os especialistas da
Secretaria Nacional de Segurança no Transporte (NTSB) chegaram à conclusão de que
a falta de graxa lubrificante provocou o desgaste prematuro da alavanca que permite
acionar o estabilizador horizontal situado na parte posterior do avião. Esta alavanca
permite controlar a altitude do aparelho. O avião estava a 31 mil pés de altura (10 mil
metros) quando o mecanismo do estabilizador horizontal ficou bloqueado em posição
descendente. Depois disso, o avião iniciou uma queda sem controle. Fonte: <http://
www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u48929.shtml>Acesso em: 23 jun 2017.
Amalberti (2016) acredita que não se deve limitar às soluções técnicas locais, quando
se aborda a segurança aplicada no ramo industrial: nuclear, químico, etc. ou ao de
serviços: médico, bancário, transporte, etc.; ela deve ser imperativamente sistêmica,
global. Dentro de uma empresa a gestão de riscos não está relacionada apenas a evitar
ou reduzir acidentes, ela engloba tudo que possa comprometer a sua sobrevivência:
ameaça econômica, política, social, ou a perda da imagem, especialmente após
acidentes. A segurança proporcionada por todas as proibições, limitações, exigências
legais, chamada segurança normatizada, somada à segurança trazida pela inteligência
adaptativa dos operadores e profissionais do sistema, ou seja, a segurança em ação
resulta na segurança de sistemas complexos, a segurança total.
55
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
A técnica de gestão de riscos utiliza o passado para se precaver contra o futuro e aposta
na estabilidade do mundo, considerando a linearidade das interferências, porém não
é uma verdade; o mundo evolui rapidamente e as inovações tecnológicas também,
acarretando consequente mudança nas regras de segurança. O importante é que a
técnica nunca muda sozinha, ela muda a organização do sistema, seu modelo de negócio
e seus agentes, ou seja, muda todo o modelo e, assim, o seu mapeamento de riscos e
construção de defesas. Por isso, o autor acredita que é necessário (re) questionar o
modelo de segurança que foi construído sobre as bases do passado. Nesse movimento
acelerado de tecnologias, os métodos prospectivos podem se revelar mais eficazes para
evitar os acidentes de amanhã do que os retrospectivos (AMALBERTI, 2016).
56
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
Além dos EPIs, também há os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), como capelas
de fluxo laminar, equipamentos de socorro imediato, extintores de incêndio, exaustores,
circulador, autoclaves, barreiras (sanitária, acústica, térmica e radioativa), dispositivos
de segurança em máquinas e equipamentos (figura abaixo). Santos (2016) define EPC:
Barbosa Filho (2010) afirma que ainda há muita negligência no ambiente de trabalho.
Muitas vezes a falta de instruções padronizadas, folhas de rotina de manutenção,
procedimentos analisados e aprovados leva o trabalhador a fazer escolhas baseadas na
subjetividade e frequentemente a aceitação de trabalhar em condições inadequadas.
O autor apresenta sete dicas sobre medidas preventivas e técnicas de simples
57
UNIDADE II │ SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO
58
SEGURANÇA DO TRABALHO E A MANUTENÇÃO │ UNIDADE II
Portanto, a fim de conhecer mais sobre a prevenção de acidentes o leitor pode consultar
a literatura clássica de segurança do trabalho. No livro de Barbosa Filho (2010), fala-
se sobre noções de prevenção e combate a incêndios e também sobre emergências e
primeiros socorros. Santos (2016) também fala sobre noções básicas de combate a
incêndio, normas da ABNT que abordam questões que envolvem a prevenção e proteção
contra incêndios, primeiros socorros e transporte de vítimas. Barsano e Barbosa (2012)
tratam com detalhes sobre proteção de incêndios e primeiros socorros.
59
MEIO AMBIENTE E UNIDADE III
MANUTENÇÃO
CAPÍTULO 1
Meio Ambiente – conceitos,
política ambiental, preservação e
responsabilidade
Sete anos atrás, Barbosa Filho (2010) em seu livro falou dessa preocupação que
deveríamos ter com o meio ambiente, depois desses anos que passaram há ainda
necessidade de mudança dos padrões de consumo da população e consciência. A água,
a alimentação, a energia, habitação e mobilidade são assuntos de interesse mundial,
totalmente relevantes. Esse cuidado é papel de todos os cidadãos e não só governamental,
como às vezes vemos cobranças e políticas públicas para conscientização, a mudança
comportamental também é importante.
60
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Ainda sobre a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu a Política Nacional
do Meio Ambiente, em seu art. 3o, define-se:
61
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Barsano e Barbosa (2012) atentam a necessidade que deve ser dada nas empresas sobre
a influência dos processos de trabalho no meio ambiente e suas consequências, além
das responsabilidades de cada um, do empregador e dos trabalhadores para inibir tais
riscos. O SESMT tem um papel importante por meio de seus conhecimentos técnicos
no cumprimento legal de controle ambiental e, principalmente, de conscientização e
preservação da vida. Pode ocorrer um desequilíbrio no ecossistema dependendo do grau
de alteração da relação homem e natureza, prejudicando todos os seus componentes.
62
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Em 1992, no Rio de Janeiro, 179 países da Organização das Nações Unidas (ONU)
assinaram a chamada “Agenda 21 Global” ou “Agenda 21”, fazendo referência ao
desejo de mudança para o século XXI, o evento Conferência das Nações Unidas sobre
o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD) ficou conhecido como a Rio-92,
ECO-92 e também como “Cúpula da Terra” ou “Conferência da Terra”. Essa agenda foi
um programa de ação descrito em um documento com 40 capítulos com o intuito de
implantar um novo padrão de desenvolvimento sustentável conciliando justiça social,
proteção ambiental e eficiência econômica. Disponível em: <http://www.mma.gov.
br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-global>. Acesso em: 3 jul
2017. Ficou acordado que os países em desenvolvimento receberiam apoio tecnológico
e financeiro a fim de se tornarem mais sustentáveis incluindo a redução dos padrões
de consumo, principalmente uso de combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral).
Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/rio20/a-
rio20/conferencia-rio-92-sobre-o-meio-ambiente-do-planeta-desenvolvimento-
sustentavel-dos-paises.aspx>. Acesso em: 3 jul 2017.
Assim, foi estabelecida neste evento a política ou o princípio dos 3R’s que se refere a um
conjunto de ações sugeridas com o objetivo de diminuir o lixo produzido, já que a sua
geração é inevitável. Os 3R’s se referem a Reduzir, Reutilizar e Reciclar o lixo produzido.
Juntamente com estes princípios, deve estar aliada a mudança de padrões de consumo
visando à sustentabilidade e à prevenção e não geração de resíduos. Para Barsano e
Barbosa (2012), o aproveitamento dos resíduos industriais e de serviços reflete de uma
gestão ambiental adequada, pois há a preocupação de solucionar os problemas nas
fontes dos resíduos. Essa teoria dos 3R’s veio para mostrar que é possível, sim, reduzir os
resíduos ou retorná-los às atividades industriais, adotando metodologias operacionais
e administrativas. Um exemplo prático de reutilização é o caso da empresa Natura, que
63
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
será abordado com mais detalhes no próximo capítulo, ela adotou o uso de refil, com
menos material na confecção da embalagem e com plástico reciclável.
Reduzir
É consumir menos produtos, é pensar antes de consumir, dar preferência aos produtos
com menor potencial de gerar resíduos, com maior durabilidade, assim minimizando
a quantidade de lixo gerado, ter consciência de não comprar somente produtos
descartáveis, são essas pequenas ações que impactam nessa redução, desde evitar o
desperdício de alimentos a dar preferência a produtos reutilizáveis. Barsano e Barbosa
(2012) ainda se atentam na fabricação de embalagens plásticas mais otimizadas
investindo em novas tecnologias.
Reutilizar
Reciclar
Se caso não for possível reutilizar o objeto, pensar na reciclagem, onde é o processo
que transforma resíduos em novas matérias-primas ou produtos por meio de processos
artesanais ou industriais. Cabe ressaltar aqui a importância da coleta seletiva, que
através da separação dos resíduos terá somente o que for reciclável como papel,
64
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
alumínio, plástico, vidro, etc; assim evitando que extraia mais matérias-primas da
natureza e também o descarte inadequado de resíduos perigosos.
Disponível em : <http://www.mma.gov.br/component/k2/item/7589?Itemid=849>
Repensar
Recusar
65
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Como Barbosa Filho (2010) disse, cabe a nós, enquanto consumidores, trabalhadores ou
empreendedores relacionados à produção de bens e serviços cuidar em nosso cotidiano
das nossas ações, atenções estas voltadas ao meio ambiente. Santos (2016) reafirma que
é de compromisso de todos a preservação ambiental, sociedade e também empresas
devem promover a conservação ambiental a fim de garantir para as futuras gerações
recursos naturais necessários à sobrevivência. O Ministério do Meio Ambiente (MMA)
afirma que o “consumo consciente é uma questão de hábito: pequenas mudanças em
nosso dia a dia têm grande impacto no futuro. Assim, o consumo consciente é uma
contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida
no planeta”. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/component/k2/item/7591>.
Acesso em: 2 jul 2017.
Coleta Seletiva
AZUL: papel/papelão.
VERMELHO: plástico.
PRETO: madeira.
66
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Os materiais não recicláveis deverão ser evitados, se não for possível deverão ser
destinados ao lixo comum, como por exemplo os termofixos, muito utilizados na
indústria eletrônica e na produção de alguns computadores (SANTOS, 2016).
67
CAPÍTULO 2
Gerenciamento de resíduos
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse
o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de
fome”. Mahatma Gandhi
2017.
Resíduos sólidos
68
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Fonte: <http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/residuos-solidos-6/Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos-16.
jpg>. Acesso em: 22 de jun 2017
Resíduos líquidos
A poluição é o que mais acarreta perigo aos recursos hídricos. Empresas no ramo de
farmacologia e alimentícias são exemplos de indústrias que requerem a purificação da
água em várias de suas atividades industriais. A poluição inviabiliza o uso da água e
representa um perigo ao meio ambiente e seres vivos, aumentando a mortalidade de
ecossistemas áquaticos (BARSANO; BARBOSA, 2012). No Capítulo 3 será tratado do
desastre ambiental em Mariana, o quanto o meio ambiente sofreu e ainda sofre com as
consequências do rompimento da barragem.
Resíduos gasosos
A emissão de resíduos gasosos em forma de fumaças, névoas e vapores é um fator
preocupante tanto para o trabalhador quanto para o meio ambiente. Para controlar
o limite de exposição a esse tipo de resíduo existem normas regulamentadoras, sem
69
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Fonte: <http://3.bp.blogspot.com/-31R6f4DMoRU/TdfaC_4LIsI/AAAAAAAAAAw/byPBB4o3NIE/s1600/poluicaoindustrial_chamines.
jpg>. Acesso em: 22 de junho 2017.
Em 1997, no Japão, países do mundo todo se reuniram para tratar o compromisso a fim
de reduzir a emissão de gases na atmosfera com foco nos países industrizalizados, sendo
criado o Protocolo de Quioto, mas os Estados Unidos não assinaram o trato por motivos
de interesses econômicos. Na Suécia, em 2001, o Tratado de Estocolmo foi assinado
por 127 países para banir os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), os quais são 12
substâncias, a maioria usada para fabricar inseticidas e herbicidas, substâncias essas
cancerígenas (BARSANO; BARBOSA, 2012).
O termo sustentabilidade está muito in voga nos últimos anos, ser uma empresa
sustentável significa ser bem vista pelos consumidores, cada vez mais buscamos empresas
com boas práticas socioambientais. Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, a
palavra sustentabilidade significa “qualidade ou condição do que é sustentável, um
modelo de sistema que tem condições para se manter ou conservar”. (Fonte: <https://
www.priberam.pt/dlpo/sustentabilidade>. Acesso em: 23 jun 2017)
Fonte: <http://1.bp.blogspot.com/-GlLwdowXTcA/U6BOxIOYquI/AAAAAAAAABk/aIdf-rurfQo/s1600/img_meio_ambiente.jpg>.
Acesso em: 22 jun 2017.
70
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
71
CAPÍTULO 3
Empresas com melhores práticas de
sustentabilidade e exemplos de danos
e desastres ambientais
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Antoine Lavoisier
72
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Já em 2017, a empresa brasileira Natura chegou aos Top 20 das empresas mais
sustentáveis do mundo. Em 2015, foi a 44ª mais sustentável, depois caindo para
61ª posição em 2016 e agora entre as 20 melhores. O Banco do Brasil, por sua vez,
que apareceu na 75ª posição no ranking de 2016, não foi selecionado este ano. Já o
Santander Brasil, que não aparecia antes entre os 100 aparece na 60ª posição. Os países
com maior participação das empresas do Global 100 foram os EUA (19), a França (12),
a U.K. (11), o Canadá (6), a Alemanha (6) e os Países Baixos (5).
Numa visita rápida ao site da empresa Natura, o leitor verá a história de que há 34 anos
a empresa passou a oferecer a opção de refil, cuja massa é 50% menor que a embalagem
regular e o plástico utilizado é reciclável, promovendo o consumo consciente dos
recursos naturais, pense nessa época o quão inovador foi essa ideia e pioneira. (Fonte:
<http://www.natura.com.br/a-natura/inovacao/sustentabilidade>. Acesso em: 13 jun
2017)
73
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Para saber mais a respeito do prêmio dado pela ONU à empresa Natura e sobre
como a empresa vê a importância da sustentabilidade em seus negócios, acesse:
Em seu relatório anual de 2016, a Natura fala sobre o Programa Carbono Neutro que
tem o objetivo de reduzir os impactos das emissões de gás carbônico (CO2) presente
desde a extração de matérias-primas até a destinação das embalagens dos produtos
pós-consumo. Desde 2007 é uma empresa de carbono neutro, pois as emissões que
não podem ser evitadas são 100% compensadas, ocorrendo por meio da compra de
créditos de carbono de organizações que reduziram suas emissões. Até 2020 espera-se
reduzir em 33% a emissão relativa de gases de efeito estufa, e implementar estratégia
de diversificação de fontes de energia renovável para as operações no Brasil. Além desse
programa dos gases do efeito estufa, a empresa apresenta gestão de resíduos e água,
programas de sociobiodiversidade, o Programa Amazônia, lançado em 2011, que busca
fomentar a criação de negócios sustentáveis na região amazônica e outros programas.
Fonte:<http://www.natura.com.br/relatorioanual/2016>. Acesso em: 19 julho 2017.
74
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Depois desse escândalo, o grupo para melhorar sua imagem, anunciou a volta de seus
investimentos em carros híbridos ou 100% elétricos, com 30 novos modelos até 2025.
O caso tem sido chamado de Dieselgate, fazendo referência ao caso Watergate, grande
escândalo da história política dos Estados Unidos. (Fonte:<http://especiais.g1.globo.
com/carros/2016/volkswagen-dieselgate/>. Acesso em: 22 jun 2017).
Gases poluentes são liberados na atmosfera com a queima do diesel como monóxido de
carbono, óxido de nitrogênio, enxofre etc. Esses gases são responsáveis pela morte de
muitas pessoas e é por isso que os países regulam as emissões desses gases. Comparado
à gasolina, o diesel é sete vezes pior em relação à emissão de poluentes. A exposição
prolongada aumenta os riscos de câncer de pulmão e bexiga, podendo agravar
inflamações nos pulmões, aumentar riscos de ataques cardíacos e derrames. Além de
poder desencadear asma e bronquite.
(Fonte:<http://www.ecycle.com.br/component/content/article/38-no-mundo/3813-
entenda-por-que-o-escandalo-da-volkswagen-e-um-problema-de-saude-publica-mundial.
html>. Acesso em: 22 jun 2017.
Casos como esse da Volkswagen são silenciosos, às vezes nós não conseguimos enxergar
o real impacto ambiental gerado e a influência deste nas nossas vidas. Por isso a
importância da fiscalização e da manutenção. Estudar a Engenharia da Manutenção no
foco da Saúde, Segurança e Meio Ambiente é enxergar que a engenharia é sistêmica e não
trabalha sozinha. Não adianta pensar unicamente na gestão das ações da manutenção
se não levar em conta a saúde e segurança do trabalhador no ambiente de trabalho, se as
ações deste trabalhador impactarão no ambiente ou nos que trabalham próximos a ele
de alguma forma. Portanto, cabe ao engenheiro fazer tais análises e, assim, juntamente
com o SESMT da empresa, fornecer um ambiente seguro e saudável, além de auxiliar
na preservação do meio ambiente.
75
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Você leitor que costuma assistir aos noticiários, se alguém lhe pedisse para citar um
grande desastre ambiental, nos últimos cinco anos, com certeza a resposta da maioria
seria o desastre ocorrido em Mariana (MG), onde houve o rompimento de uma barragem
que impactou ambientalmente não só MG como também o Espírito Santo, para os
mineiros e capixabas o impacto e as lembranças estarão sempre vivas. Como não se
lembrar daquela espessa lama destruindo tudo, aqueles animais cobertos com aquela
lama, as pessoas desabrigadas, sem água. Este desastre é considerado por especialistas
e pelo Governo Federal a maior catástrofe ambiental da história do Brasil.
76
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Figura 34. Animais na lama deixada após rompimento de barragem em Mariana (MG).
77
UNIDADE III │ MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO
Uma matéria da Agência Brasil relatou, em janeiro de 2016, que cerca de 20 peritos
criminais federais estavam participando das investigações da Polícia Federal sobre o
rompimento de uma barragem da mineradora Samarco e se lembraram do trabalho feito
em 2003, na cidade mineira de Cataguases, a qual também uma barragem se rompeu
com resíduos industriais da Indústria Cataguases de Papel. Na época, identificaram como
causas do acidente problemas como a falta de manutenção e de fiscalização e o excessivo
prolongamento da vida útil da barragem, o que resultou em um processo erosivo da obra.
Para o caso de Mariana, os peritos acreditam que a tragédia podia ter sido evitada caso
houvesse fiscalização adequada conforme alertas para o poder público. Fonte: <http://
agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/para-abrir-sabadoperitos-reforcam-
alerta-sobre-falhas-na-fiscalizacao-e>. Acesso em: 16 jun 2017.
78
MEIO AMBIENTE E MANUTENÇÃO │ UNIDADE III
Buscando reportagens do que ocorreu na região um ano após o desastre, pouco de positivo
se vê. A revista Isto É relatou, em novembro de 2016, que nenhuma casa foi construída,
sendo que o maior compromisso da Samarco era de construir novos povoados para
os habitantes de Bento Rodrigues e Paracatu. E as pessoas que dependiam da pesca
como ficaram? E os que trabalhavam na mineradora e agora estão desempregados?
Muitas perguntas ainda faltam ser respondidas, ou melhor dizendo, um desastre dessa
proporção nunca será esquecido e o meio ambiente recomposto como era antes. No
portal da Globo, o G1, até esta data, novembro de 2016, a Samarco só havia retirado 2%
da lama que se acumulou entre Bento Rodrigues, e para o Ministério Público de Minas
Gerais (MPMG) a remoção do rejeito deveria ser essencial e urgente para evitar novas
tragédias e para o início efetivo da recuperação ambiental. Disponível em: <http://istoe.
com.br/um-ano-depois-as-feridas-da-tragedia-de-mariana-continuam-abertas/>. e
<http://especiais.g1.globo.com/minas-gerais/minas-gerais/desastre-ambiental-em-
mariana/2016/1-ano-apos-o-mar-de-lama--e-agora/>. Acesso em: 23 jun. 2017.
<http://www.ibama.gov.br/phocadownload/barragemdefundao/laudos/
laudo_tecnico_preliminar_Ibama.pdf>. Acesso em: 16 junho 2017.
<http://www.agenciaminas.mg.gov.br/ckeditor_assets/attachments/770/
relatorio_final_ft_03_02_2016_15h5min.pdf>. Acesso em: 16 junho 2017.
<http://www.ibama.gov.br/recuperacao-ambiental/rompimento-da-barragem-
de-fundao-desastre-da-samarco/documentos-relacionados-ao-desastre-da-
samarco-em-mariana-mg>. Acesso em: 16 junho 2017.
<http://especiais.g1.globo.com/minas-gerais/minas-gerais/desastre-
ambiental-em-mariana/2016/1-ano-apos-o-mar-de-lama--e-agora/>Acesso
em: 16 junho 2017.
79
Referências
80
REFERÊNCIAS
81
REFERÊNCIAS
Sites
<http://01greekmythology.blogspot.com.br/2014/01/hygeia.html>. Acesso em: 2 jun
2017
<http://1.bp.blogspot.com/-GlLwdowXTcA/U6BOxIOYquI/AAAAAAAAABk/aIdf-
rurfQo/s1600/img_meio_ambiente.jpg>. Acesso em: 22 jun 2017
<http://3.bp.blogspot.com/-31R6f4DMoRU/TdfaC_4LIsI/AAAAAAAAAAw/
byPBB4o3NIE/s1600/poluicaoindustrial_chamines.jpg>. Acesso em: 22 de junho
2017
<http://acesso.mte.gov.br/legislacao/convencoes-1.htm>
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/para-abrir-sabadoperitos-
reforcam-alerta-sobre-falhas-na-fiscalizacao-e>. Acesso em: 16 jun 2017.
<http://breathe.com.br/wp-content/uploads/2014/01/efluentes-sistemas-ar-
mandado-respiravel.s1600.jpg>. Acesso em: 6 jun 2017
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1999/prt1339_18_11_1999.html>.
Acesso em: 21 jun 2017.
<http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/educacao-ambiental-os-
5-rs.htm>. Acesso em: 3 jul 2017.
<http://entretenimento.r7.com/blogs/andre-barcinski/files/2015/11/lama.jpg>.
Acesso em: 16 jun 2017.
<http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/35/imagens/i267543.jpg>.
Acesso em: 22 jun 2017.
<http://especiais.g1.globo.com/carros/2016/volkswagen-dieselgate/>Acesso em: 22
jun 2017.
82
REFERÊNCIAS
<http://especiais.g1.globo.com/minas-gerais/minas-gerais/desastre-ambiental-em-
mariana/2016/1-ano-apos-o-mar-de-lama--e-agora/>Acesso em: 16 junho 2017.
<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/quarta_etapa/higiene_
ocupacional_2.pdf>. Acesso em: 2 jun 2017.
<http://estudio01.proj.ufsm.br/cadernos_seguranca/sexta_etapa/arte_1edrev_hoc-
iii.pdf>. Acesso em: 2 jun 2017.
<http://exame.abril.com.br/negocios/as-100-empresas-mais-sustentaveis-do-
mundo-em-2016/>. Acesso em: 13 jun 2017.
<http://images.agoramedia.com/EverydayHealth/gcms/Shift-Work-May-Put-
Damper-on-a-Mans-Sex-Life-1440x810.jpg>. Acesso em: 6 jun 2017.
<http://istoe.com.br/um-ano-depois-as-feridas-da-tragedia-de-mariana-continuam-
abertas/>. Acesso em: 23 jun. 2017.
<http://meioambiente.culturamix.com/blog/wp-content/gallery/residuos-solidos-6/
Res%C3%ADduos-S%C3%B3lidos-16.jpg>. Acesso em: 22 de jun 2017.
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=manuten%C3%A7%C3
%A3o>. Acesso em: 24 maio 2017.
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=sa%C3%BAde>. Acesso
em: 24 maio 2017.
83
REFERÊNCIAS
<http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=seguran%C3%A7a>.
Acesso em: 24 maio 2017.
<http://midias.folhavitoria.com.br/files/2015/11/737488717-lama-barragem.jpg>.
Acesso em: 16 jun 2017.
<http://photobucket.com/gallery/user/rocha87/media/
bWVkaWFJZDo1MzYwOTU4MQ==/?ref>. Acesso em: 22 jun 2017.
<http://portal.andina.com.pe/EDPfotografia3/
Thumbnail/2016/02/06/000339557W.jpg>. Acesso em: 16 jun 2017.
<http://portalsaude.saude.gov.br/saudebrasil>.
<http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec_
seguranca/seg_trabalho/151012_seg_trab_i.pdf>. Acesso em: 2 jun 2017.
<http://revistacipa.com.br/normas-regulamentadoras-nrs/>.
<http://sabertrabalhista.com.br/wp-content/uploads/2017/04/20160321-garis-
rj201403060001.jpg>. Acesso em: 12 jun 2017.
<http://saudebrasilportal.com.br/>.
<http://static.inbep.com.br/blog/uploads/2015/12/24124416/exemplos-de-epc-01.
jpg>. Acesso em: 19 jun 2017.
<http://sucatas.com/portal/img/imagens_modelo/lixeiras_coleta_seletiva.jpg>.
Acesso em: 3 jul 2017.
84
REFERÊNCIAS
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/ASCOM/cartilha_modernizacao.pdf>.
Acesso em: 22 jun 2017.
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR09/NR-09-2016.pdf>.
Acesso em: 7 jun 2017.
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR09/NR-09-2016.pdf>.
Acesso em: 23 jun 2017. (NR09)
<http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR15/NR15-ANEXO15.pdf>.
Acesso em: 22 de jun 2017. (NR15)
<http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras>. Ministério do Trabalho e Emprego - Normas Regulamentadoras.
<http://www.agenciaminas.mg.gov.br/ckeditor_assets/attachments/770/relatorio_
final_ft_03_02_2016_15h5min.pdf>. Acesso em: 16 junho 2017.
85
REFERÊNCIAS
<http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2016/07/principais-doencas-
ocupacionais-no-brasil.html>. Acesso em: 20 jun 2017.
<http://www.bohs.org/>.
<http://www.bohs.org/wp-content/uploads/2016/11/Occupational-Hygiene-
Explained.pdf>. Acesso em: 6 jun 2017.
<http://www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471-instrucoes-
tecnicas.html>. Acesso em: 23 jun 2017.
<http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2015/12/entenda-o-acidente-de-mariana-
e-suas-consequencias-para-o-meio-ambiente>. Acesso em: 16 jun 2017.
<http://www.corporateknights.com/magazines/2017-global-100-issue/2017-global-
100-results-14846083/>. Acesso em: 13 jun 2017.
<http://www.corporativo.hsp.spdm.org.br/cipa/mapas_risco/2014_2015/
EnfermariaObstetricia8andar_HSP715.jpg>. Acesso em: 19 jul 2017.
<http://www.ecycle.com.br/component/content/article/38-no-mundo/3813-
entenda-por-que-o-escandalo-da-volkswagen-e-um-problema-de-saude-publica-
mundial.html>Acesso em: 22 jun 2017.
<http://www.gamma.es/blog/wp-content/uploads/2016/07/Elementos-
construcci%C3%B3n-Gu%C3%ADa-Profesional.jpg>Acesso em: 23 jun 2017.
<http://www.grifftour.com/site/wp-content/uploads/2014/12/1366723122915respon
sabilidade-social.jpg>. Acesso em: 21 jun 2017.
86
REFERÊNCIAS
<http://www.ibama.gov.br/phocadownload/barragemdefundao/laudos/laudo_
tecnico_preliminar_Ibama.pdf>Acesso em: 16 junho 2017.
<http://www.ibama.gov.br/recuperacao-ambiental/rompimento-da-barragem-de-
fundao-desastre-da-samarco/documentos-relacionados-ao-desastre-da-samarco-em-
mariana-mg>. Acesso em: 16 jun 2017.
<http://www.metalurgicositapeva.org/images/Perigo%20das%20Soldas%20(2).jpg>.
Acesso em: 6 jun 2017.
<http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-
global>. Acesso em: 3 jul 2017.
<http://www.oitbrasil.org.br/convention>.
<http://www.pensamentoverde.com.br/wp-content/uploads/2013/09/4.jpg>Acesso
em: 22 de jun 2017.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm#art2>. (Decreto-lei
no 5.452, de 1o de maio de 1943)
87
REFERÊNCIAS
<http://www.previdencia.gov.br/dados-abertos/dados-abertos-previdencia-social/>.
Acesso em: 5 junho 2017.
<http://www.sadprev.go.gov.br/site/wp-content/uploads/2016/04/Exemplo-2.jpg>.
Acesso em: 23 jun 2017.
<http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/rio20/a-rio20/
conferencia-rio-92-sobre-o-meio-ambiente-do-planeta-desenvolvimento-sustentavel-
dos-paises.aspx>. Acesso em: 3 jul 2017.
<http://www.sinpait.com.br/images/sampledata/asimages/slider/slide-14.png>.
Acesso em: 19 jul 2017.
<http://www.who.int/occupational_health/ambientes_de_trabalho.pdf>. Acesso
em: 19 jul 2017. (Frase Dra. Maria Neira, Diretora, Departamento de Saúde Pública e
Ambiente, OMS
<http://www.who.int/occupational_health/topics/workplace/en/index1.html>.
Acesso em: 6 jun 2017. (World Health Organization (WHO) ou Organização Mundial
de Saúde (OMS).
<https://1.bp.blogspot.com/-tqJpaIHjsis/V5Djx5LSW7I/AAAAAAAAAIE/
RCo1lNoWlf8fThIuFELSHNKE9Qkbf07mQCEw/s1600/5.png>. Acesso em: 23 jun
2017.
88
REFERÊNCIAS
<https://ianvarella.jusbrasil.com.br/noticias/453999299/trabalhar-em-camara-
frigorifica-sem-intervalo-gera-adicional-de-insalubridade?ref=topic_feed>Acesso em:
12 jun 2017.
<https://trt13.jus.br/informe-se/noticias/2017/06/2017/06/2017/06/gari-tem-
direito-ao-adicional-de-insalubridade-em-grau-maximo-1>. Acesso em: 12 jun 2017.
<https://www.driving.co.uk/s3/st-driving-prod/uploads/2016/03/dieselgate-new.
jpg>. Acesso em: 13 jun 2017.
<https://www.osha.gov/dte/library/industrial_hygiene/industrial_hygiene.pdf>.
Acesso em: 6 jun 2017.
89
REFERÊNCIAS
<https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/senado-verde/img/5Rs_
pequeno.jpg>. Acesso em: 22 jun 2017.
<https://wwwassets.rand.org/content/rand/blog/2011/12/heed-film-lessons-on-
outbreak/jcr:content/par/teaser.aspectfit.0x1200.jpg/1429146764603.jpg>. Acesso
em: 6 jun 2017.
<https://2.bp.blogspot.com/-dGe77RYU91w/TY_ZAw-NvnI/AAAAAAAAJMQ/
rZXGCg-Ff0s/s1600/Imagem2.png>.
90