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Ainda acerca desse tema, podemos fazer uma breve definição sobre
o Esquecimento, que nada mais é do que a incapacidade de recuperarmos os
dados. Ou seja, ele é um aliado da memória, pois, só o esquecimento tem um
caráter seletivo e adaptativo, mesmo porque ele seleciona aquilo que nos é útil
e elimina o que está em desuso.
Aristóteles
Para a maioria dos filósofos, a memória, a imaginação e a percepção eram
modalidades distintas de conhecimento do mundo. Isso acontecia pela análise
da relação entre a vivacidade de imagens, os sentimentos e os julgamentos da
realidade. É em Aristóteles que se encontra a 1ª reflexão psicológica
sistemática sobre a experiência da memória, no escrito Tratado Sobre a Alma.
Conforme a teoria, a memoria é contrastada com a recordação, sendo que a
recordação é uma prerrogativa dos humanos. Portanto, há a distinção entre a
capacidade de lembrar:
Hume
No Tratado da Natureza Humana, Hume também se dedicou a estudar
a memória, distinguindo-a das fantasias. Para ela, a principal característica que
separavam ambas não eram as ideias simples e nem mesmo a forma como elas
estavam associadas. Na verdade, a imaginação podia representar todos os
objetos que a memória, porém essa vivacidade seria representada como um
sentimento quanto à ideias.
Para ele, as imagens determinam um evento ou objeto e se ele será dito como
passado ou não. Esse sentimento constitui um 1º ato de julgamento sobre a
realidade. Logo, distinguir lembranças de imaginações só é possível quando as
primeiras citadas são mais fortes e vividas.
William James
No seu célebre Princípios de Psicologia, James considerou a memória através
da distinção da memória primária e secundária.
1. Sendo que a primária diz respeito à percepção dos objetos em um
passado intuitivo, logo, a imagem que caracteriza mais os sentidos
trazem a recordação do objeto.
2. A memória secundária, ou a memória propriamente dita, implica na
consciência do passado e na experiência de recorda, estando ciente da
reativação de uma experiência que já passou.
René Descartes
Na obra Meditações Metafísicas, Descartes fala sobre a sua total descrença na
memória, já que ela tem como principal fonte de subsídios os sentidos. Para ele,
os sentidos não são bons porque foram responsáveis em transferir a ele o que
tido como verdadeiro e seguro e isso o enganou em determinado momento.
Assim, René conclui que esses sentidos o enganaram e, por isso, não são
confiáveis.
George Berkeley
Outra concepção é vista por George, que vai, inclusive, na direção oposta de
Descartes. Para Berkeley, os sentidos atuam como coparticipantes na formação
da Memória e, assim, são úteis ao conhecimento humano, conforme dito na
obra Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano.
“É evidente a quem tome para examinar os objetos do conhecimento humano,
que eles também podem ser ideias atualmente impressa através dos sentidos,
ou também semelhante às percebidas por atender as paixões e as operações do
espírito ou finalmente as ideias formadas por ajuda da memória e imaginação,
também compondo, dividindo ou simplesmente representando aqueles
originalmente percebidas de modo supracitado”.
Para Berkeley, então, tudo o que é objeto de conhecimento humano é
percebido e esta percepção é realizada pelos sentidos (olfato, tato, paladar,
audição, visão). Um pensamento totalmente avesso ao de Descartes.
Bertrand Russell
A Análise da Mente é uma obra clássica de Russell, onde ele ressalta
a influência da memória no processo de conhecer o mundo, considerando que
toda forma de conhecimento pressupõe alguma modalidade de memória.
Para ele, se o conhecimento pode ser atingido de coisas que estão além da
nossa própria experiência profissional, o que para ele só ocorre pelo fato de que
podemos relembrar e agrupar vários fragmentos de nossas experiências
pessoais.
Ele cita também o “monismo materialista”, uma teoria que diz que toda
realidade é física e que os fenômenos mentais são rearranjos da matéria física.
Por fim, Russel diz que não existem objetos irreais de conhecimento, tanto a
imaginação, como uma relação de familiaridade, pode ser tão real como
sensação. Já á sensação é familiar com o objeto e o objeto da sensação é
simultaneamente presente no assunto.