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Desenvolvimento sustentável
1.1. Conceito
O desenvolvimento sustentável no seu conceito mais amplo não será alcançado enquanto
prevalecer a lógica de mercado ao invés da lógica das necessidades, pois os padrões de consumo
e de acumulação da sociedade contrastam com a finitude dos recursos naturais não-renováveis, e
com os limites de assimilação e suporte impostos pela natureza.
Para Gutman (1994), embora a maioria dos autores refiram-se ao desenvolvimento sustentável
como uma necessidade de uma eqüidade intergeracional (preservar o ambiente para as futuras
gerações), para os países periféricos, a sustentabilidade crítica é a sustentabilidade
intrageracional, ou seja, como fazer o uso eqüitativo do ambiente agora, como enfrentar o
problema da pobreza e desigualdade no presente. Esta é pertinente e deve estar presente ao se
definir e desenvolver indicadores de sustentabilidade.
Segundo Sevilia (2000), o desenvolvimento rural sustentável, sob a ótica dos organismos
internacionais, responde ao discurso ecologista apoiado em uma construção teórica
ecotecnocrática. Esta se baseia na premissa de que os riscos que envolvem o planeta estão
relacionados às altas taxas de crescimento populacional dos “países pobres”, que degradam o
ambiente, principalmente por meio da destruição das florestas, e não pelas formas de produção e
consumo dos países ricos que, além de demandarem elevados níveis de exploração de energia e
recursos, geram altos níveis de contaminação e desequilíbrios ambientais.
A teoria econômica tem se abstraído da questão da escala de duas maneiras opostas: de um lado
assume que o meio ambiente é uma fonte de recursos infinita e do outro lado que esse mesmo
meio constitui depósito de resíduos de tamanho infinito em relação à escala do subsistema
econômico. A crise surge quando a economia, ou o subsistema econômico, cresce de tal maneira
que a demanda sobre o meio ambiente ultrapassa seus limites.
A sustentabilidade geográfica pode ser alcançada por meio de uma melhor distribuição dos
assentamentos humanos e das atividades econômicas.
Por último, a sustentabilidade cultural, a mais difícil de ser concretizada, segundo Sachs (1997),
está relacionada ao caminho da modernização sem o rompimento da identidade cultural dentro
de contextos espaciais específicos.
Referências bibliográficas
Daly, H. (1994). For the common good: redirecting the economy toward community, the
environment, and a sustainable future. Boston: Beacon Press