Você está na página 1de 9

Psicologia Unifacc-Mt

Aprendizagem baseadas em Projetos e Equipes Cooperativas


Acadêmicas:Adriana Conceição dos Reis
Cláudia Cristinne Fanaia de Almeida Dorst
Lex Ferro Ferraz
Maria Isabelly Jesus Lourenço
Docente: Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica

ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

INTRODUÇÃO

Este trabalho foi elaborado com o intuito de desenvolver, por meio do estudo e
pesquisa, o aprendizado por meio de uma nova metodologia implantada na
Unifacc-MT, como introdução, iremos expor esta nova metodologia e após seguiremos
com o desenvolvimento do tema, que surge baseado em um Problema - Resumo do
Mito da Caverna de Platão, que por meio do Tema Acessibilidade e Inclusão, foram
realizados análises e tempestade de Ideias, com o intuito de abrir espaço a subtemas
para trabalho e pesquisas dos acadêmicos. Logo abaixo iremos mencionar texto
sobre a importância do novo método dentro dos parâmetros da fé católica, encontrado
no Facebook:
“SYNERGEIA: Um Método Cooperativo e
Fraterno Católico de Ensino e
Aprendizagem Baseado em Projetos
Interdisciplinares

Aprendizagem Baseada em
Problemas (PBL): Uma metodologia ativa
que coloca o aluno no centro do processo
de aprendizagem por meio da resolução
de problemas

Pirâmide de Aprendizagem: Uma teoria


que demonstra a importância do processo
de aprendizagem através de diferentes
métodos de ensino.

SYNERGEIA: Inspiração para a


Transformação

Com essa nova forma de metodologia estamos fazendo o nosso primeiro Problema
mencionado em sala de aula, e que na tempestade de ideia, sobre o texto e também
sobre Tema principal que é Acessibilidade e Inclusão, escolhemos falar de
Conhecimento, Libertação, Inclusão Social, Direitos Sociais, Traumas,
Medos(fobias) e Solidariedade.

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 1


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO E PSICANÁLISE


Psicanálise é conhecimento de um fenômeno que não pode ser verificado. Uma das
grandes teorias da ciência moderna padece de problema semelhante: a teoria
evolutiva. Esta teoria trata de fenômenos que ocorreram no passado e, como tais, não
são passíveis de observação direta, logo, também não podem ser verificados.
Contudo, uma série de evidências indiretas do passado, como os fósseis, nos
informam que o processo evolutivo tem alterado o conjunto de seres vivos que
habitam a Terra. Do mesmo modo, experimentos de laboratório demonstram a
capacidade das forças evolutivas de alterar a constituição genotípica e fenotípica das
populações naturais no presente (SILVA, 2001).
No caso do conhecimento analítico o problema é maior. Diferentemente da teoria
evolutiva, o fenômeno analítico não se dá no passado, mas no presente. Contudo,
não é passível de observação direta porque existe como experiência vivida, o suposto
observador é parte do fenômeno, logo, não existe um olhar de fora. A objetividade
garantida pela distinção entre sujeito e objeto se esvai. Se o presente na psicanálise é
como o passado na teoria evolutiva, resta ainda o seguinte problema: como operar a
reconstituição desse dado, passado na teoria evolutiva, vivido no setting, um “vivida
do”?A questão que se coloca então é: qual a possibilidade de produção de
conhecimento numa experiência com as singularidades descritas acima? Ou seja,
conhecimento do que não existe como objeto, enquanto se dá o fenômeno, e uma vez
findo, o fenômeno, não existe como dado. Assim sendo, embora a psicanálise padeça
dos mesmos problemas da teoria evolutiva, não conta com as suas soluções. Em
psicanálise não há a possibilidade de se construir um dado concreto a partir do
resgate de indícios materiais ou experimentos controlados, porque os indícios são
eles mesmos construídos. Sendo o sujeito, pontual e evanescente, efeito da
linguagem, o sentido não é dado, não está posto é fechado, desliza na cadeia
significante, sendo produto de um ponto de basta que o traz para o presente. O
Indício é uma nomeação, ele próprio uma interpretação.
O problema da educação sempre esteve presente no pensamento de Freud, sendo o
texto de 1927, O futuro de uma ilusão, considerado como testamento pedagógico. A
pressão que a sociedade exerce sobre o indivíduo desde sua infância, a partir da
educação, faz com que a criança se conforme a uma realidade, que, é, de regra, a de
dissimular sua investigação e seu conhecimento de tudo o que possa se relacionar à
sexualidade. A finalidade da educação é a instauração do princípio de realidade, ou
seja, é permitir ao indivíduo, submetido ao princípio do prazer, a passagem de pura
satisfação das pulsões para um universo simbólico, que faz referência a uma lei, a lei
da castração. A entrada no universo simbólico se dá pela linguagem. É pela mediação
da palavra, à qual, desde sempre a criança encontra-se submetida, que é possível a
simbolização das relações afetivas (ARMANDO, 1974).
É essa condição de ser submetido à linguagem que diferencia o homem dos outros
animais, caracterizando-o em sua especificidade ao mesmo tempo em que permite a
constituição de sua subjetividade. A psicanálise, ao colocar a linguagem como marca
do humano, possibilita uma aproximação com as questões da educação,
principalmente no que diz respeito à importância que o professor deve atribuir àquilo
que a criança diz, bem como ao que é dito a ela.
Outra importante contribuição da psicanálise para a educação é encontrada em
autores que foram influenciados também pela releitura lacaniana da obra de Freud.

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 2


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

Mannoni (1973) observa que, na relação professor-aluno, é criada uma barreira entre
o um professor "que sabe tudo" e um aluno "que não sabe nada", que garante e
contém um conjunto de proteções e resistências. A pedagogia funciona como um
drama que repete muitas vezes situações da família. Na escola, o desejo de saber do
aluno se confronta com o desejo do professor, que está ligado a um ideal pedagógico
colocado por ele mesmo, desde o início, e que se interdita ao mesmo tempo em que
se mostra ao aluno.
Expandimos nossa função analítica, compreendendo que havia um processo de
comunicação, via identificação projetiva, em que nos sentíamos também "estranhos"
a esse lugar. Entendemos que a experiência emocional era o que nos permitiria criar
ferramentas na construção de um modelo estético, na tentativa de que surgisse
material simbolizante, para sustentar os diversos sentidos do desejo individual e
coletivo de ser visto e reconhecido.
Incluímos aquilo que se apresentou incognoscível e irrepresentável, através
do acting do aluno, ao expor sua genitália púbere, transformando essa experiência na
porta-voz das sensações de desconhecimento e estranhamento, de todos os
componentes da cena: gestores, professores, alunos, pais, psicanalistas e psicólogos.
Compreendemos que a permanência e o desenvolvimento de alunos da proposta
inclusiva na escola, na medida em que as suas posições subjetivas podem revelar
impasses na constituição do si mesmo, dependem de um grupo que possa
desenvolver condições para ser um invólucro psíquico para as angústias próprias que
são despertadas nessas relações e para aquele que é o protagonista do
estranhamento.
Contudo, sabemos que num ambiente escolar, como na vida, haverá sempre a
expressão de elementos brutos, "crus", que dificilmente encontrarão sentidos, mas
nessa experiência foi possível simbolizar parte desses elementos e experimentar uma
construção coletiva, predominantemente colaborativa.
Com isso, sonhamos a possibilidade de pensar a psicanálise como uma parceira
contínua da educação, e a escola, efetivamente, como um local de promoção de
saúde mental, tendo como modelo a escuta para o sofrimento psíquico e a disposição
em suportar as tensões frente ao desconhecido, encontrando aliados em equipes
multidisciplinares.
Realizamos a nossa inclusão na educação e nos sentimos estimuladas em termos a
psicanálise como fonte de possibilidades criativas e insaturadas, sem excluirmos os
desafios do processo de incluir as diferenças epistemológicas entre essas ciências.

LIBERTAÇÃO
Em busca de um espaço de liberdade: a resistência e o si

Resistências e o novo eixo teórico da obra foucaultiana

Por que utilizar a noção de cuidado de si para dar conta da questão que nos orienta?
Novamente Foucault nos aponta a direção. Diante das dificuldades de atravessar a
linha das relações de poder-saber, o mesmo também se questiona a respeito dos

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 3


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

espaços possíveis de resistência, afirmando que onde há poder, há resistência e


possibilidade de luta.

Diferenciando a relação de violência da relação de poder, Foucault vai afirmar que


esta última só existe articulada com dois elementos fundamentais: que todos os
envolvidos sejam reconhecidos até o fim como sujeitos livres e "que se abra, diante
da relação de poder, todo um campo de respostas, reações, efeitos, invenções
possíveis" (FOUCAULT, 1995, p. 243).

Portanto, o poder só se exerce sobre sujeitos livres, visto que a escravidão não é uma
relação de poder, mas sim de coação e dominação. Não há uma relação de exclusão
entre poder e liberdade, pelo contrário, a liberdade é condição de possibilidade para
que o poder se exerça. É intrínseco às relações de poder a abertura de um campo de
resistência.

Desta forma, resistência e liberdade articulam-se diretamente com as relações de


poder. É sob o fundo de liberdade que a resistência frente ao poder se exerce. "Pois,
se é verdade que no centro das relações de poder e como condição permanente de
sua existência, há uma ‘insubmissão’ e liberdades essencialmente renitentes, não há
relação de poder sem resistência, sem escapatória ou fuga" (ibid., p. 248).

De acordo com Foucault, historicamente as várias formas de resistência articulam-se


em três principais tipos de luta: I) contra as formas de dominação (étnica, social e
religiosa); II) contra as formas de exploração que separam os indivíduos daquilo que
eles produzem; e III) contra as formas de sujeição, ou seja, contra a submissão da
subjetividade, sendo esta última a mais importante para ele na atualidade.

Este último tipo de resistência se caracteriza como luta contra os dispositivos de


poder-saber que confinam e fixam o sujeito à sua própria identidade, subjugando-o e
tornando-o "sujeito a", ou seja, classificando e normalizando sua subjetividade. Não
se sujeitar é resistir, é abrir-se para outros e novos modos de ser sujeito e de estar no
mundo. "Talvez, o objetivo hoje em dia não seja descobrir quem somos, mas recusar
o que somos (...). Temos que promover novas formas de subjetividade através da
recusa deste tipo de individualidade que nos foi imposto há vários séculos" (Ibid., p.
239).

Neste momento, Foucault concebe a possibilidade de uma relação consigo como


alternativa aos efeitos normalizantes do poder disciplinar moderno e do biopoder. Ao
tentar escapar da relação circular entre poder e saber, Foucault inaugura e acrescenta
um novo eixo teórico à sua obra: o si (soi). É neste ponto que Foucault mergulha na
Antiguidade greco-romana para pesquisar a noção de cuidado de si.

ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO - DIREITOS E INCLUSÃO


Desde de 1988 estava previsto na Constituição da República, o amparo à pessoa
com deficiência e ainda presente nas relações de trabalho desde a Consolidação de
Leis do Trabalho (CLT) porém apenas foi consolidado no Estatuto da Pessoa com
Deficiência (Lei 13.146/2015) na Presidência da Dilma Rousseff, trazendo a
importância dos Direitos sociais e a inclusão.

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 4


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

De acordo com o estatuto, pessoa com deficiência é “aquela que tem impedimento de
longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação
com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.

A Norma Brasileira Regulamentadora (NBR 9050), criada pela Associação de


Normas Técnicas (ABNT), traz uma série de exigências para a construção de prédios
urbanos e públicos, a Lei de Cotas, que visa a inclusão de profissionais com
deficiência no mercado de trabalho. Órgãos reguladores também visam garantir os
direitos às pessoas com deficiência. A ANS – Agência Nacional de Saúde
Suplementar exige que as alterações dos planos de saúde sejam comunicadas de
forma acessível e clara. Já na Educação, o MEC exige que os ambientes físico e
digital das universidades sejam acessíveis a todos. Caso a regulamentação não seja
cumprida, as instituições de ensino são impedidas de cadastrar ou renovar novos
cursos.
É comum a falta de acessibilidade em diversos setores, ferindo direitos de ir e vir, por
isso, a conscientização da sociedade a respeito das dificuldades enfrentadas pelas
pessoas com deficiência é determinante para mudanças. Se pessoas necessitam do
auxílio de outras para alcançar seus objetivos, não se pode afirmar que há inclusão e
igualdade. Uma sociedade inclusiva existe quando todos têm autonomia e
independência.

Vamos elencar alguns direitos:

1. Acessibilidade - diz respeito à condição de possibilidade para a transposição


dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de
pessoas nos vários âmbitos da vida social. No contexto da pessoa com
deficiência (PcD), o termo se refere à utilização, com segurança e autonomia,
total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das
edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de
comunicação e informação.
Diferença entre acessibilidade e inclusão?
● A acessibilidade é transformar o ambiente físico e digital para a autonomia e
liberdade de qualquer pessoa com deficiência.
● A inclusão é um conjunto de atitudes e artifícios utilizados para garantir que
diferenças de classe social, idade, educação, gênero, raça e também
condições físicas e mentais não sejam barreiras para o acesso a bens,
serviços e oportunidades que são de direito a todos. Portanto a acessibilidade
é um dos atributos que a inclusão tem como objetivos.

Exemplos de acessibilidade:

● Uma pessoa cadeirante, por exemplo, precisa de rampas para ter


acesso aos prédios;
● pessoas cegas e/ou de baixa visão necessitam de recursos em braile ou
em letra ampliada;
● pessoas surdas requerem intérpretes que possam mediar a
comunicação em Libras;

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 5


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

● Os portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem precisar


de monitoria/mentoria, e assim por diante.
2. Cotas - De acordo com a Lei da Previdência Social (Lei 8.213/1991, artigo
93), as empresas com cem ou mais empregados estão obrigadas a preencher
de 2% a 5% de seus quadros com beneficiários reabilitados ou pessoas com
deficiência.
3. Educação inclusiva - A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com
Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3318/23,
que destina a pessoas com deficiência 5% das vagas de ampla concorrência
em universidades e institutos federais de ensino, Também é garantido pela
Constituição o atendimento educacional especializado às pessoas com
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (artigo 208, inciso III).
4. Serviço público - Lei 8.112/1991, artigo 5º, parágrafo 2º, até 20% das vagas
oferecidas nos concursos devem ser reservadas a pessoas com deficiência. O
mesmo percentual se aplica aos cargos cujas atribuições sejam compatíveis
com as deficiências dos servidores.

5. Prioridade processual - Pessoas com deficiência têm prioridade na fila de


processos trabalhistas. Esse direito é assegurado pela Lei 12.008/2009,
Também está previsto no art. 9º, inciso VII, do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, que determina o atendimento prioritário.

6. Discriminação - Considera-se discriminação toda forma de distinção, restrição


ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de
prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e
das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência. A definição se aplica
também à recusa em promover adaptações razoáveis e fornecer tecnologias
assistivas. É proibida ainda qualquer discriminação em relação a salário e
critérios de admissão do trabalhador com deficiência (artigo 7º, inciso XXXI, da
Constituição e artigo 34, parágrafo 2º, do Estatuto da Pessoa com
Deficiência,). Também é assegurada a proteção contra toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão
e tratamento desumano ou degradante.

7. Aprendizes - O contrato de aprendizagem, que é um contrato de trabalho


especial e por prazo máximo de dois, se aplica a pessoas entre 14 e 24 anos
inscritas em programa de aprendizagem e de formação técnico-profissional,
com anotação da Carteira de Trabalho e Previdência Social e comprovação de
matrícula e frequência do aprendiz na escola. As restrições relativas à duração
do contrato e à idade, no entanto, não se aplicam às pessoas com deficiência
(artigo 428, parágrafo 3º, da CLT). Para o aprendiz com deficiência com 18
anos ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na
carteira de trabalho, matrícula e frequência em programa de aprendizagem
desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação
técnico-profissional metódica

8. Dispensa discriminatória - A dispensa é considerada discriminatória quando


for motivada por origem, raça, cor, sexo, estado civil, situação familiar,

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 6


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

deficiência, reabilitação profissional ou idade. Caso a dispensa tenha sido


ocasionada por algum dos motivos previstos na Lei 9.029/1995, o empregado
pode requerer indenização por dano moral e reintegração ao emprego, com
ressarcimento integral de todo o período de afastamento.

9. Aposentadoria - Trabalhadores com deficiência têm direito a aposentadoria


diferenciada, nos termos da Lei Complementar 142/2013. O benefício é
assegurado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ao cidadão que
comprovar o tempo de contribuição necessário, conforme o seu grau de
deficiência. Desse período, no mínimo 180 meses (15 anos) devem ter sido
trabalhados na condição de pessoa com deficiência. O grau de deficiência é
avaliado pela perícia médica e pelo serviço social do INSS. A lei prevê ainda a
aposentadoria por idade aos 60 anos para os homens e aos 55 para as
mulheres, independentemente do grau de deficiência, desde que cumpridos os
15 anos de contribuição nessa condição. A Reforma da Previdência (Emenda
Constitucional 103/2019) admite a adoção de requisitos diferenciados para a
concessão dos benefícios às pessoas com deficiência por meio de lei
complementar.

10. Outros direitos - A habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a


promoção de sua integração à vida comunitária é um dos objetivos da
assistência social estatal. O artigo 203, inciso V, da Constituição garante às
pessoas com deficiência que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção ou de tê-la provida pela família o benefício de um salário
mínimo mensal.

11. Ações estratégicas para o cuidado psicossocial de crianças e


adolescentes: a política de saúde mental em ação - em fevereiro de 2002,
foi publicada a Portaria 336/2002, contendo um capítulo especificamente
destinado à criação de Centros de Atenção Psicossocial para crianças e
adolescentes, os CAPSi.

Solidariedade – Psicanálise
A solidariedade é um valor muito importante, já que tem o poder de engajar pessoas
de uma comunidade em torno de um objetivo comum. E por “comunidade”, pode-se
compreender desde um bairro até mesmo o planeta como um todo. Afinal, os
problemas globais são sentidos da mesma maneira pelas pessoas que os enfrentam.
A dor da fome, por exemplo, é igual para pessoas em qualquer lugar do mundo.

Praticar a solidariedade é ter empatia à flor da pele. Assim, a pessoa ou a


comunidade se sente compelida a agir em situações de calamidade, seja ela social,
política ou ambiental. Dessa maneira, é importante que a solidariedade seja
estimulada desde cedo nas pessoas. Afinal, elas podem se tornar adultas mais
conscientes do seu papel na sociedade.

O sociólogo francês Émile Durkheim descreveu a solidariedade em sua obra intitulada


“Da Divisão do Trabalho Social”, publicada em 1983. Segundo o pensador, a
solidariedade é uma relação moral que permite aos indivíduos se sentirem

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 7


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

pertencentes a uma sociedade. Além disso, ela depende de fatores como as tradições
e os costumes desse próprio grupo.

Durkheim também separou a solidariedade em três categorias:


● Solidariedade comunitária: o sentimento social que agrega interesses
comuns de um grande grupo de indivíduos que lutam juntos pelo mesmo
objetivo.
● Solidariedade orgânica: como os indivíduos de uma mesma sociedade estão
cada vez mais especializados em determinados assuntos, cria-se uma
dependência social em que cada um é importante para uma finalidade.
● Solidariedade mecânica: neste tipo, os indivíduos realizam suas atividades de
maneira individual e independente de seus pares, dando continuidade às
crenças e aos costumes comuns que possibilitam a vida em sociedade.

Em um mundo cada vez mais digital, tem surgido um novo termo: a solidariedade de
dados. As práticas digitais têm gerado uma infinidade de dados sobre assuntos
importantes, como meio ambiente, educação, desigualdade e autoritarismo. O acesso
a essas informações pode ser crucial para tomada de decisões rápidas e assertivas.

Maneiras de exercer a solidariedade na prática


1. Lembre-se que todos somos iguais
Esqueça os rótulos. Ignore gênero, raça, etnia, origem, idade, orientação sexual,
religião ou qualquer outra característica usada, muitas vezes, para discriminar. Tenha
na cabeça que os seres humanos dependem um do outro. Seja solidário com quem
precisa de você e esteja aberto a receber ajuda quando precisar.

2. Ouça o que o outro tem a dizer


Muitas vezes, a solidariedade pode ser praticada apenas com algo que não custa
nada: tempo e ouvido. Escutar as demandas do outro, principalmente as mais
complexas, pode aliviar o fardo. Além disso, é possível ter visões diferentes de como
ajudar apenas compreendendo a real necessidade da pessoa.

3. Tenha um olhar mais atento


Algumas situações se tornam tão rotineiras que podemos não perceber que elas
fazem diferença na vida de outras pessoas. Tomar banho ou trocar de absorvente, por
exemplo, parecem atitudes banais, mas muitas não têm acesso.

4. Compartilhe o seu dom


Você certamente possui algum dom ou alguma habilidade que pode fazer a diferença.
Inclusive, sendo parte da sua profissão. Porém, que tal reservar momentos no mês ou
no ano para compartilhar essa experiência com quem necessita?

5. Seja genuíno
A solidariedade deve ser um comportamento altruísta. Ou seja, você deve exercê-la
sem esperar algo em troca. Seu desejo de ajudar o próximo deve ser genuíno e pode,
inclusive, ser feito no anonimato.

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 8


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos
Psicologia Unifacc-Mt

·A importância da solidariedade
Ser solidário é, também, ser amigo e empático, permitindo-se sentir a dor do outro
para, em seguida, buscar ajudá-lo de alguma maneira. Você é solidário quando se
sensibiliza por uma causa social e se torna parte dela, quando dedica seu tempo a
ouvir um ente querido que está atravessando um momento delicado, quando se deixa
em segundo planos por alguns instantes para priorizar uma pessoa que precisa de
ajuda.

Essa colaboração mútua sempre foi e sempre será fundamental para a sobrevivência
humana. Inclusive, foi através dela que o homem sobreviveu desde os primórdios até
os dias atuais. Afinal de contas, estando juntos conseguimos suportar as
adversidades sem medo. O apoio, seja ele funcional ou emocional, é fundamental
para vencermos obstáculos.

A solidariedade é definida pela Porto Editora como “sentimento que leva a prestar
auxílio a alguém” ou “responsabilidade recíproca entre elementos de um grupo social,
profissional, institucional ou de uma comunidade”.

Já a solidariedade social é um conceito sociológico. De uma forma simples, é o laço


que une os indivíduos numa sociedade, sendo responsável pela coesão social. Por
exemplo, se uma comunidade fosse um muro de tijolos, a solidariedade social seria o
cimento que os une. Se o muro tiver bastante cimento, os tijolos mantêm-se presos
uns aos outros, formando uma unidade. Já se o cimento for pouco, a ligação entre os
tijolos é menos intensa, podendo levar à ruína do muro.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

● L13146 (planalto.gov.br)
● 20170724-Cartilha-Atualizada-1.pdf (ufmg.br)
● Inclusão e acessibilidade: você sabe a diferença? - Audima
● Crianças e adolescentes na agenda política da saúde mental brasileira: inclusão tardia,
desafios atuais
● Contratação de pessoas com deficiência: desafios vão além da necessidade de inclusão
● Inclusão no mercado de trabalho: Lei de cotas para pessoas com deficiência completa 29
anos
● https://www.santander.pt/salto/solidariedade-social
● https://www.paccoby.com.br/post/1088/por-que-devemos-ser-solidarios-
● https://grupomarista.org.br/blog/solidariedade/
● Abrão, J. L. (2006). As influências da psicanálise na educação brasileira no início do século
XX. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(2),233-240.
● ALTHUSSER, L. Freud e Lacan, Marx e Freud. 2. ed. Rio de Janeiro:
Graal,1985.BACHELARD, G. Filosofia do não: filosofia do novo espírito científico. 3.
ed.Lisboa: Presença, 1984.CHALMERS, A. F. What is this thing called science? 2nd ed.
London: OpenUniversity Press, Milton Keynes, 1982.COTTET, S. Penso onde não sou, sou
onde não penso. In: MILLER, G. (Org.)Lacan. Rio de Janeiro: J. Zahar, 198
● Facebook - UNIFACC - MATO GROSSO

Curso: Psicologia - 5 semestre - Acessibilidade e Inclusão / Direitos Sociais 9


Disciplina: Bases Epistemológicas da Psicologia III - Psicanálise e Psicologia Analítica - Prof. Esp.Clara Regina Guedes Campos

Você também pode gostar