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Cuidados Nutricionais Nas Anemias
Cuidados Nutricionais Nas Anemias
Anemias
1. O que é a anemia?
Perdas excessivas
Quando há uma perda de sangue, há uma maior absorção de água, o que vai diluir os glóbulos rubros,
desta forma, assim o corpo responde com o aumento de produção dos glóbulos rubros. Contudo o corpo
responde desta forma enquanto há matéria-prima para a produção, quando a mesma deixa de existir
instala-se um quadro de anemia.
Aumento da destruição de glóbulos rubros – há situações no organismo que levam a que o GR não tenha
um tempo de vida de 120 dias e que seja destruído antecipadamente. Esta situação, ao longo do tempo,
acabará por provocar uma anemia.
A intensidade dos sintomas de um individuo com anemia vai depender da rapidez com que ocorre a perda
de sangue:
o Se houver perda rápida → de cerca de 1/3 do fluido sanguíneo → pode ser fatal;
o Se houver perda lenta → até 2/3 dos glóbulos rubros → vai ser acompanhada de fadiga e outros
sintomas da anemia, mas não vai ser fatal.
3.1 Sintomas
Os sintomas, inicialmente, não existem. Há medida que a situação se vai agravando começam a surgir
sintomas como:
o Fadiga;
o Fraqueza;
o Sensação de desmaio;
o Tonturas – principalmente quando a pessoa se levanta/muda de posição bruscamente (hipotensão
ortostática);
o Sede e sudorese;
o Pulso fraco e rápido;
o Respiração acelerada;
o Incapacidade para o exercício – não tem aporte de oxigénio que o organismo exige para a realização
de exercício físico.
Esta situação vai-se agravando com a evolução do quadro clínico começando a surgir:
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Causas/ Sintomas/Tratamento
Dependendo das causas que levaram a anemia, existem diferentes tipos de tratamento:
Tratamento
o Esplenomegalia
o Obstáculos nos vasos Sanguíneos
o Reações Autoimunes
o Anormalidades dos Glóbulos Rubros
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2.1 Esplenomegalia
Ocorre quando o baço se encontra aumentado. Diz respeito à retenção e destruição dos GR pelo baço.
Características da doença:
o Evolução lenta;
o Sintomas discretos;
o Anemia faz-se acompanhar da diminuição do número de plaquetas e de glóbulos brancos (GB);
Ocorre quando há uma lesão mecânica dos glóbulos rubros por anormalidades dos vasos sanguíneos;
o Aneurisma;
o Prótese Valvular cardíaca;
o Pressão arterial elevada – muitas vezes os GR devido à pressão são expulsos com velocidade
aumentada, podendo levar à sua lesão;
Acontecem devido ao sistema imunológico que destrói as próprias células, cuja causa se desconhece.
Pode surgir:
o Anemia hemolítica autoimune (GR) - resulta da deteção da produção de anticorpos pelo nosso
organismo contra os glóbulos vermelhos
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Que tipos de reações autoimunes existem?
Ao calor- reação contra os glóbulos rubros a temperaturas elevadas. Ocorre principalmente em mulheres,
indivíduos com linfoma, leucemia, doenças do colagénio ou que consomem drogas. Pode resultar na
remoção do baço;
Podem ser:
o Aguda – que pode surgir em casos de indivíduos com pneumonia, mononucleose infeciosa,
desaparecendo sem tratamento;
o Crónica – mais comum em mulheres (+ de 40 anos, com reumatismo e artrite. Caracteriza-se por
apresentar poucos sintomas, permanecendo para o resto da vida;
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2.4. Anormalidades no próprio GR / Doenças congénitas
Caracteriza-se pela presença de GR em forma esférica (sendo que, em situação normal, a forma dos mesmos
é discoide). Em situações mais graves pode verificar-se:
o Aumento do fígado;
o Icterícia;
o Anemia;
o Cálculos biliares;
o Hepatite;
o Anormalidades ósseas;
2. Doenças da célula falciforme – comum na raça negra e que leva a uma anemia hemolítica cronica,
caracterizada pela presença de GR em forma de foice (facilmente detetável aquando da realização de um
hemograma);
4. Doença das Hemoglobinas – hemoglobina C (que surge em 2-3% dos americanos negros), Hemoglobina E
(surgem em negros e asiáticos) e Hemoglobina S-C (mais comum);
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5. Talassemias – verifica-se um desequilíbrio na produção de 1 das 4 cadeias de aminoácidos da Hemoglobina
(hemoglobina não funciona adequadamente).
Pode-se distinguir:
Talassemia major – caracteriza-se por icterícia, úlceras da pele, cálculos biliares e esplenomegalia (enorme);
Consequências: Estas talassemias dão anemia leve, mas nas crianças provocam um crescimento lento. Têm,
portanto, uma medula óssea hiperativa que leva ao espessamento dos ossos da cabeça e da face e,
consequentemente, a uma diminuição da resistência dos ossos longos.
Glóbulo Rubro
Como já se referiu, o glóbulo rubro tem um tempo de vida media de 120 dias. Se houver uma destruição
prematura sofre hemólise e, em resposta, a medula óssea produz mais glóbulos rubros. No entanto, se a
destruição dos GR for superior à produção desenvolve-se uma anemia hemolítica que pode ser problemática.
Quando existe uma anemia por diminuição da produção de GR significa que a produção não está a decorrer
aos níveis exigidos pelo organismo. Pode estar a falar-se de uma produção lenta e inadequada que origina
células deformadas, incapazes de transportar o oxigénio.
As principais causas dizem respeito às carências nutricionais porque, para produzir o glóbulo rubro, é
necessária a presença de:
o Ferro;
o Vitamina B12;
o Ácido Fólico;
o Vitamina C;
o Riboflavina;
o Cobre;
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o Equilíbrio hormonal (é preciso ter eritropoietina em condições que dá ordem para aumentar a
produção de GR de acordo com as necessidades)
Anemias Nutricionais
o Deficiência em Fe (=ferropénica);
o Deficiência em vitamina B12;
o Deficiência em ácido fólico;
o Ingestão insuficiente – por exemplo, a vitamina B12 só existe em produtos animais. Todos os
indivíduos que não comem carne são potenciais candidatos a desenvolver anemia por carência de
vitamina B12 - a não ser que tenham muito cuidado e uma suplementação complementar);
o Má absorção - por exemplo, na doença celíaca;
o Utilização inadequada;
o Necessidades acrescidas – por exemplo, durante a gravidez, a mãe precisa de nutrientes para si e
para o feto, pelo que tem de haver um maior aporte de nutrientes;
o Crescimento – precisa de quantidades superiores para suprir estas necessidades;
o Perdas sanguíneas – estas perdas mensais muitas vezes são elevadas, podendo causar insuficiências
principalmente no que diz respeito ao ferro.
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Anemia – Deficiência em Ferro
1. Quando acontecem?
Hemorragias
Se o glóbulo rubro morre dentro do organismo, o ferro volta à medula óssea, podendo ser usado como
matéria-prima do novo glóbulo rubro.
No entanto, se ocorre uma hemorragia e o glóbulo rubro sai, junto com o mesmo sairá o ferro instalando-se,
assim, as deficiências em ferro e, consequentemente, uma anemia.
Dieta
o No caso das lactentes e crianças, as necessidades encontram-se aumentadas, assim para que não
haja deficiência em ferro, devem consumir alimentos ricos em ferro.
o As grávidas necessitam de suplementos de ferro para evitar anemias na gravidez
o As mulheres na pré menopausa – durante a sua idade fértil podem desenvolver anemias por
défice de ferro;
Se depois da menopausa, quer em homens, quer em mulheres, surgir uma anemia, a mesma pode estar
relacionada com problemas ao nível do trato gastro intestinal – deve haver perdas extraordinárias para levar
à anemia.
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o Determinação da concentração da ferritina – dá uma ideia acerca dos depósitos de ferro. Isto
significa que se um individuo tem anemia e uma ferritina muito baixa, não tem depósitos de ferro
(reserva de ferro muito em baixo) – é sinal que é preciso repor ferro e perceber porque é que não
há absorção do ferro).
Caso esteja tudo bem realiza-se posteriormente o exame da médula óssea que serve para confirmar se a
medula óssea está a produzir (se o problema é défice de matéria prima) ou se a medula não está a produzir
(ainda que tenha tudo o que precisa).
Se houver carência de ferro durante este período, vão-se originar danos irreversíveis:
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fumarato, devendo o tratamento ter uma duração de 7 a 10 dias. Os suplementos férricos (Fe3+)
precipitam e saem sem fazer efeito.
o Devem escolher-se bem as fontes de ferro;
o Deve favorecer-se a absorção do ferro;
Uma vez eliminada a anemia, deve prosseguir-se o tratamento alimentar (alimentação rica em ferro a longo
prazo), no sentido de prevenir recaídas.
o Ovo
o Vísceras (fígado, rins e coração);
o Carne de vaca, vitela, aves,Carnes vermelhas magras (têm mais proteína que as gordas, no
entanto as gordas também têm);
o Produtos do mar (ostras, amêijoas, vieiras, sardinhas, …);
o Leguminosas (feijão) e certos legumes (espinafres, acelgas, batatas com pele, vegetais de folhas
verdes);
o Frutos desidratados e fruta;
o Amêndoas e sementes;
o Produtos com cereais integrais (farelo, sêmola de trigo enriquecida, cereais enriquecidos);
Ferro Hemínico
Na ausência de carne (ex: refeição vegetariana), o Fe presente vai ser menos absorvido.
Ex: Produtos com sangue (como por exemplo um arroz de cabidela) aumenta a absorção de Fe hemínico
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o Teor de Ca no alimento animal – não deve estar presente uma vez que compete com o ferro para
absorção – o cálcio é o que é absorvido;
o Tipo de preparação (tempo, temperatura) – afeta esta absorção de ferro hemínico;
Em alimentos sujeitos a elevada temperatura durante elevado tempo existe uma transformação de Fe heme
→ Fe não heme, perdendo-se a capacidade de absorção do ferro.
Fe não hemínico:
Fitatos (farelo):
É uma forma de armazenamento de fosfatos e minerais em grãos, sementes, frutos secos, vegetais e frutos;
Alimentos
Pão: rico em fitatos que originam fosfatos de inositol -> diminui absorção de Fe (no entanto, como o pão
é fermentado estes fitatos são quebrados e os minerais libertados)
Fibras:
São cereais ricos em fibra e fitatos podem diminuir a absorção Fe, Ca, Zn.
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Proteína de soja:
o Inibem absorção de Fe
o Teor elevado de fitatos (por ser vegetal) - Diminui absorção de ferro
o Ingestão simultânea de fontes animais (ferro heme) e vegetais ( fero não heme);
o A preseça de ácidos orgânicos
o Ingerir juntamente alimentos ricos em vitamina C (motivo pela qual vemos rodelas de laranja ou
limão no lombo).
De forma Geral
Vitamina C: É o principal favorecedor da absorção de ferro não heme (é o mais difícil de absorver, mas
favorece os 2)
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Onde esta presente? Frutos, vegetais, sumos (aumentam a absorção do Fe heme para o dobro ou triplo),
para além disso têm ácidos orgânicos
Vitamina C sintética: Aumenta a absorção de Fe (passa Fe3+ a Fe2+ no qual é mais facilmente absorvível
visto que o Fe3+ liga-se mais facilmente a vários ligandos não sendo absorvido, para além disso pode
precipitar a hidróxido férrico ao pH do duodeno, não sendo posteriormente absorvido).
Ácidos Orgânicos: por exemplo o ácido cítrico presente nos limões e laranjas
Aumenta a absorção apenas do Fe não heme
o Suplementação
o Fortificação
o Educação da População
O Ferro não causa apenas problemas com deficiências, mas também com excessos pelo que podem
acontecer devido a:
Reservas
o Como se falou anteriormente, a ferritina dá uma ideia das reservas de ferro do individuo.
o As mulheres têm 400-500 mg de reservas de ferro
o Os homens 1500 mg
o Talassemia Major;
o Consumo de cerveja fermentada em vasilhas de ferro;
o Alcoólicos que bebem vinho rico em ferro;
Estes excessos podem desenvolver um problema de excesso de absorção de ferro – Hemocromatose – que
vai provocar danos em diferentes órgãos:
o Fígado – cirrose
o Pâncreas –diabetes
o Coração – distúrbios cardíacos
1. Anemia
Quando há deficiência em vitamina B12 diz-se anemia perniciosa por falta de fator intrínseco.
A vitamina B12 é absorvida no íleo junto com o fator intrínseco (glicoproteína que é produzido no
estomago). Quando há problemas de estômago, não há fator intrínseco, estando impedida a absorção de
vitamina B12, resultando em anemia perniciosa.
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3. Causas da anemia perniciosa
4. Sintomas
5. Tratamento
o Fígado
o Carne (aves incluídas)
o Peixes de água salgada
o Ostras
o Leite
o Ovos
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o Levedura de cerveja
Este tipo de anemia é raro. No entanto, pode acontecer, sendo caracterizada pela produção de glóbulos rubro
muito pequenos. Esta situação pode ser resolvida com a ingestão diária de um comprimido de vitamina C.
1. Anemia
Quando há deficiência em vitamina B12 (Cobalamina) e em vitamina B9 (ácido fólico) diz-se anemia
megaloblástica – a medula forma glóbulos rubros grandes e anormais.
A anemia por deficiência de ácido fólico surge, especialmente em altura em que as necessidades estão
aumentadas:
o Grávidas;
o Lactentes;
o Hemodialisados;
o Alcoólicos – excesso de álcool vai necessitar de quantidades aumentadas de ácido fólico, que pode
ser fornecido por comprimidos
o Drogas anticonvulsivantes;
o Contracetivos;
NOTA: De acordo com alguns especialistas a mulher, em idade fértil, deve tomar todos os meses durante
uma semana suplementos de ácido fólico para que haja quantidade suficiente do mesmo para suprir as
necessidades do organismo.
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4. Quais os riscos relacionados com a alimentação que levam a uma ingestão desequilibrada de ácido
fólico?
O ácido fólico é fornecido pelo fígado, leveduras, vegetais folhosos, legumes e frutos, contudo alguns dos
alimentos são fortificados com ácido fólico para prevenir malformações, todavia em excesso torna-se
prejudica:
Excesso: Mascara a anemia perniciosa (por défice de vitamina B12), podendo alterar a função do Zn
Antagonista de certos medicamentos (anticonvulsivantes)
A ingestão de ácido fólico é muito importante. No entanto, esta vitamina perde-se facilmente por
processamento térmico dos alimentos e na água, por ser hidrossolúvel. Neste sentido, há que aumentar as
fontes em ácido fólico para evitar os problemas que a sua deficiência pode acarretar.
No entanto, a fortificação de alimentos já é algo que se tem vindo a tentar fazer ao longo dos anos:
A fortificação com ácido fólico vai dificultar a deteção de deficiências em Vitamina B12 em idosos (apenas
em doses superiores a 5000mg/dia).
A presença de ácido fólico em quantidades adequadas, mas a deficiência em vitamina B12 vai manter os
problemas de demência; dano neurológico; afetação das funções cognitivas.
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Porque não ter alimentos fortificados, não fortificados e com dupla fortificação?
Onde se faz fortificação? Faz-se voluntariamente farinhas, durante a moagem, com Ca, Fe, tiamina, niacina;
Onde surge o problema da fortificação? Americanos idosos com fortificação com Ácido Fólico manifestam
uma carência em vitamina B12 e verifica-se um aumento do folato sérico. No entanto, a anemia mantém-se
e as funções cognitivas mantêm-se diminuídas.
Se, por outro lado, os teores de vitamina B12 se mantiverem normais, o aumento do folato sérico vai proteger
as funções cognitivas.
Assim, conclui-se que não chega fortificar com ácido fólico porque a carência de vitamina B12 continua a ter
um efeito negativo a nível neurológico.
Mas então, porque não se pode fazer uma dupla fortificação com B12?
Às grávidas recomenda-se a ingestão de 400μg antes de engravidar (há estudos que provam que as crianças
cujas mães foram suplementadas com ácido fólico ao longo da gravidez têm maior função cognitiva).
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6. Onde é utilizado o ácido fólico?
Na Noruega, com a fortificação de 400 μg/dia, baixou-se em 40% o risco de nascimento de crianças com o
lábio leporino (com ou sem palato).
1.Tubo Neural
Neste sentido, o grande objetivo da suplementação em ácido fólico diz respeito à prevenção de defeitos ao
nível do tubo neural, evitando:
o Espinha bífica;
o Deficiência de desenvolvimento do cérebro;
NOTA: Esta fortificação com ácido fólico parece ter um efeito secundário que é dar origem a mães que vão
dar à luz filhos gémeos. Este facto não se encontra, no entanto, provada.
Esta fortificação funcionou bem em hispânicos e não hispânicos brancos com diminuições de 26-34% de
problemas do tubo neural. Apesar disso, em hispânicos negros, esta fortificação não mostrou ter efeitos
significativos, logo não chega a fortificação com ácido fólico.
Dose adequada: O que se verificou foi que 5mg/dia (grande quantidade) baixava em 80% os defeitos do tubo
neural.
2. Risco de Enfarte
A presença de ácido fólico vai diminuir os teores de homocisteína e, adicionalmente, diminui a incidência de
ataque cardíaco ou enfarte. Vários estudos foram feitos neste sentido. Uns dizem que tem efeitos nulos ou
até negativos enquanto outros afirmam que a diminuição do teor de homocisteína não afeta o risco de
doença cardiovascular.
Também parece ser claro que o aumento da ingestão de ácido fólico (=folatos) protege os fumadores do
enfarte.
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3. Demência
4. Cancro da Mama
Também o aumento da ingestão de ácido fólico está associado à diminuição do risco de cancro da mama,
mas não em todas as mulheres. Em situações específicas, um elevado consumo de álcool associado a uma
carência de ácido fólico vai aumentar o risco de cancro da mama. Assim, mulheres que bebem álcool, mas
que têm elevada ingestão de ácido fólico, vão ter um menor risco de cancro da mama.
No sentido de evitar o risco de cancro da mama outro estudo mostrou que a suplementação com 400 μg/dia
comparativamente com 160 μg/dia contribui com uma diminuição de 44% do cancro da mama invasivo. No
entanto, o efeito protetor só se verifica em mulheres com excesso de peso, ou seja, sem excesso de peso as
mulheres podem desenvolver cancro.
Porquê a suplementação?
Desta forma uma deficiência de folato, faz com que haja um aumento da incorporação do uracilo que levra
a quebra de cromossomas e faz o aumento do risco de cancro.
Para além disso a ingestão de ácido fólico vai permitir a metilação do arsénio, eliminando-a na urina,
baixando os seus teores na ordem dos 13,6%.
Estudos
800 μg/dia durante 3 anos em indivíduos com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos. Verificou-se
que no grupo suplementado houve:
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o Diminuição da perda de audição com a idade (região das baixas frequências)
o Diminuição dos teores de Homocisteína
CONCLUSÃO: Não diminuição risco de doenças cardiovasculares (DCV) com história previa de DCV (ineficaz
na prevenção secundária de DCV). Esse grupo suplementado teve, noutro estudo, uns testes cognitivos em
idosos com mais de 80 anos que permitiu verificar:
o Atraso do declínio cognitivo (apenas o ácido fólico e não outras vitaminas do complexo B);
o Melhoria da memória, processamento de informação e sensibilidade motora (Diminuição de 25%
Teores de Homocisteína; aumento de folatos no plasma 5x).
o Pouca Gordura;
o Pouco Colesterol;
o Elevados Antioxidantes;
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10. Influência do Ácido Fólico na Depressão
Teores elevados de folatos na alimentação parecem contribuir para uma diminuição dos sintomas de
depressão (mais nos homens do que nas mulheres).
Dose: 235 ug/100 kcal é a dose ideal para baixar os sintomas depressivos comparativamente com 119 ug/100
Kcal
Conclusão: Não é clara a relação entre a ingestão de ácido fólico com a diminuição ou o aumento do risco de
cancro.
Parece que teores baixos de homocisteína vão diminuir a doença isquémica do coração. Neste sentido,
recomenda-se o aumento da ingestão de cereais integrais (grão) que são enriquecidos em ácido fólico e
vitaminas B6 e B12 que interferem no metabolismo da homocisteína estando, assim, a melhorar os
problemas de coração e de demência.
1. Ou seja, os ácidos fólicos dos suplementos são mais aconselhados (mais facilmente absorvidos) do
que os obtidos a partir dos produtos naturais.
2. O ácido fólico é mais facilmente absorvido nos alimentos fortificados (85%) comparativamente aos
naturais (50%);
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