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Saúde da Mulher I | Yana Caroline – T25

Vulvovaginites/IST’s
Característica Diagnostico Tratamento
Vaginose ▪ Inflamação ausente, oligossintomatica ▪ Critérios de Amsel: 3 de 4 critérios ▪ Metronidazol ou Clindamicina: VO ou
Bacteriana ▪ Desequilíbrio da flora (>ph)  Microscopia a fresco vaginal por 7 dias
▪ Principal: gardnerella – anaeróbio 1. Corrimento homogêneo ▪ Recidiva: MTZ ou clindamicina VO 7
▪ Branco/cinza homogêneo, fétido branco/cinza bolhoso com odor dias
(peixe), bolhoso fétido ▪ Falha: MTZ gel ou Nitroimidazol VO –
▪ Piora após menstruação e relação 2. pH >4,5 (alcalino) 7-10 dias + terapia supressiva
sexual 3. Teste aminas positivo – KOH 10% ▪ Terapia supressiva: MTZ gel 0,75% 2 x
4. Clue cels: 20% células epiteliais – sem – 4 a 6 meses
células alvos
▪ Critérios Nugent ou Haylson:
bacterioscopia (padrão ouro)
 Gram corrimento vaginal.
 avalia quantidade de anaeróbios e
grau ausência lactobacilos – ≥ 7
Candidíase ▪ Tipo: cândida albicans (70-90%); não ▪ Bacterioscopia – a fresco e Gram ▪ Simples: terconazol, miconazol vaginal
albicans (10%) ▪ PH ≤4,5 7 dias; fluconazol ou itraconazol VO
▪ Recorrente: 4 episódios por ano ▪ Teste Whiff (KOH) negativo ▪ Complicada: fluconazol VO a cada 3
▪ Prurido. disúria, dispareunia pré- ▪ Cultura + antifungigrama dias (3 doses) ou tópico 7-14 dias
menstrual, edema ▪ Recorrência: fluconazol ou intraconazol
▪ Corrimento inodoro, branco, viscoso e semanal por 6 meses
aderente ou aquoso – tipo “nata de ▪ Não albicans: Ácido bórico 600 mg 14
leite” dias ou Nistatina 100.000UI 10 dias
Vaginose ▪ Prurido vulvar, ardência vaginal, ▪ Bacterioscopia: número exagerado ▪ Bicarbonato de sódio intravaginal
citolitica dispareunia e disúria pior no período lactobacilos, ausência trichomonas e
pré-menstrual fungos, raros leucócitos
▪ Corrimento vaginal branco, aspecto de ▪ Citólise
qualhada “grumoso” ▪ PH: 3,5 – 4,5
▪ Teste aminas: negativo
Vaginite ▪ Inflamatória, não infecciosa ▪ Inflamação vaginal ▪ Clindamicina ou hidrocortisona vaginal
descamativa ▪ Corrimento vaginal abundante, ▪ pH vaginal >4,5
dispaurenia, prurido, ardo, irritação ▪ microscopia salina: aumento do número
de células parabasais e inflamatórias
(leucócitos p/ células epiteliais >1:1)
Saúde da Mulher I | Yana Caroline – T25
Vaginite ▪ Puerpério, pós menopausada sem TH ▪ Flora de cocos ▪ Promestriene ou estriol vaginal por 15
atrofica ▪ Corrimento esverdeado, pouco, fétido, dias
sangramento fácil. ▪ Manutenção: 2x sem
Tricomoníase ▪ intensa inflamação ▪ Microscopia secreção vaginal (S: 60- ▪ Metronidazol ou tinidazol VO
▪ H: assintomáticos ou uretrite não 70%) ▪ Tratar parceiro
gonocócica ▪ FDA – Teste rápido
▪ M: corrimento amarelo- esverdeado ▪ Cultura
profuso, bolhoso (purulento), odor
fétido, irritação vulvar ou assintomática
▪ Screening alto risco para DST
Herpes ▪ Múltiplas vesículas, base eritematosa, ▪ Eminentemente clinico ▪ Primo-infecção: aciclor ou famciclovir 7
genital lesões únicas e fissuras (raras), coalescem: ▪ PCR: swab da lesão – NAATs a 10 dias
exulcerações (amplificação de ácidos nucleicos) ▪ Episódica: aciclovir 5 dias
▪ Dor e prurido ▪ Cultura viral ▪ Supressiva: aciclovir por 6 meses
▪ Imunofluorescência direta ▪ Gestantes: primo-infecção + supressiva
a partir de 36 semanas até o parto
Sífilis ▪ Bordas firmes endurecidas (cranco duro), ▪ Microscopia em campo escuro: ▪ Recente: Benzilpenicilina benzatina
fundo limpo, cura espontânea, geralmente treponema pallidun ▪ Alternativa: doxiciclina
únicas ▪ Testes treponemicos – controle ▪ Tardia: 1x/semana por 3 semanas
▪ Indolor ▪ Não treponemicos – falso + inicial ▪ Neurossifilis: Benzilpenicilina potássica
▪ Lesão em beijo por 14 dias
Cancro mole ▪ Bordas irregulares ou circunscritas, não ▪ Diagnostico por exclusão: ▪ Ceftriaxone ou azitromicina
endurecidas, exsudato cinza ou amarelado  Sífilis: microscopia campo escuro,
(fundo sujo), ulceras múltiplas testes sorológicos 7 dias inicio
▪ Lesão em beijo  Herpes: PCR para HVS negativo
▪ Citologia: Haemophilus ducreyi
▪ Cultura
▪ Biopsia borda
HVP ▪ Verrugas genitais: tipo 6 e 7 ▪ Eminentemente clinico ▪ Remoção física:: Excisão cirúrgica;
▪ Câncer: 16 e 18 Eletrocauterização; Ablação
criocirurgia; Vaporização a laser
▪ Tópicos: Solução de Podofilotoxina
0,15% - 0,5%; Ácido tricloroacético
80%; Imiquimode
Clamídia e ▪ Maioria assintomática ▪ PCR: NAATs – amplificação CT ▪ CT: doxicicilina ou azitromicina
Gonorreia a ▪ Síndromes clinicas: uretrites, cervicites, ▪ Teste rápido ▪ NG: ceftriaxone
proctites, DIPA ▪ Cultura
▪ Perihepatite: síndrome de Fitz-Hugh
Saúde da Mulher I | Yana Caroline – T25

Pré-eclampia
Definição ▪ Grávida >20ºsem + HA + proteinúria
▪ HA: PAS >140 e/ou PAD > 90 mmHg
▪ Proteinúria:
 ≥300 mg de proteína em urina de 24h
 Relação proteína/creatinina urinária ≥0,3
▪ Alternativa diagnostica: grávida >20ºsem + HA + lesão de órgãos alvos OU comprometimento fetal
Conceitos ▪ HAS gestacional: HAS sem proteinúria ou manifestação de outros sinais e/ou sintomas
▪ HA crônica: presença de hipertensão antes de 20 semanas
▪ Pré-eclâmpsia: HAS após 20 sem com proteinúria significativa ou comprometimento sistêmico ou placentário
▪ Pré-eclâmpsia sobreposta/ superajuntada: hipertensa prévia com proteinúria
▪ HAS do jaleco branco: hipertensão durante as consultas
Grupo de risco ▪ Hipertensão arterial crônica PROFILAXIA
▪ Obesidade (IMC > 30) ▪ AAS 100-150 mg/dia; de 12 semanas até 36 semanas
▪ Antecedentes de pré-eclampsia (pessoal ou familiar)  No BR há só o cp de 100 mg
▪ Gestação múltipla  AAS 2 cp de 81 mg/dia: alternativa à dosagem de 150 mg
▪ Diabetes ▪ Cálcio: suplementação 1-2 g/dia
▪ Doenças renais ▪ Sulfato de magnésio: evoluções para formas graves (crise
▪ Doenças autoimunes hipertensiva) ou eclampsia
▪ SAAF - Sd de anticorpo antifosfolípide
Biomarcadores ▪ Doppler das artérias uterinas
▪ PLGF e Acido urico
Deterioração ▪ Crise hipertensiva: PA 160 x 110 mmHg
▪ Iminência de eclampsia: aviso do corpo antes da convulsão; Epigastralgia, escotomas, dor em faixa, cefaleia; Sulfato de magnésio
▪ Eclampsia: quadro de convulsão tônico-clônica sem história prévia de convulsões
▪ Síndrome HELLP: hemólise, transaminase elevadas, plaquetopenia
▪ Oligúria: diurese <500mL/24h - geralmente anasarca (perda de líquido para o 3º espaço)
▪ IRA - creatinina sérica ≥1,2 mg/dL
▪ Dor torácica
▪ Edema agudo de pulmão
Tratamento ▪ Anti-hipertensivo: metildopa (1º escolha); anlodipino; nifedipino
▪ Crise hipertensiva: hidralazina EV
▪ Sulfato de magnésio: iminência de eclampsia; síndrome hellp, eclampsia, deterioração clinica/laboratorial; RN <32sem
 Manter o sulfato por 24h após o parto ou após a última crise
 Indicio de intoxicação: reflexo patelar presente, FR > 16 irpm, diurese ≤25 mL/h
 Intoxicação: gluconato de Ca 10% 10 mL (1g) EV, lentamente, em bomba de infusão
Saúde da Mulher I | Yana Caroline – T25
Conduta ▪ Sem sinais de deterioração: expectante até 37 semanas
▪ Com sinais de deterioração e intensa gravidade: retirar
 Sindrome HELLP
 Eclampsia: parto mais rápido possível (cesária após a estabilização da crise; se completamente dilatada - o parto é mais rápido)
 DPP
 Hipertensão refratária ao uso de 3 drogas anti-hipertensivas ou 3 anti-hipertensivos em dose máxima
 sulfato de magnésio
 Edema agudo de pulmão/ comprometimento cardíaco
 Alterações laboratoriais progressivas
 IR - insuficiência renal
 Alterações da vitalidade fetal
▪ Mesmo nos casos de indicação absoluta de interrupção, a estabilização clinica materna é mandatória
▪ Pós parto: analgésicos; sulfato de magnésio; hidralazina EV; controle PA 4/4h
▪ Manter paciente internada por 72h após o parto

Diabetes Mellitus Gestacional


Diagnostico ▪ Glicemia de jejum: 1º consulta ▪ TTOG 75g com 3 pontos: 1 valor alterado = diagnostico
 <92: TTGO 75g em 24 a 28 semanas de DMG
 ≥92 e <125mg/dl: independente da IG – DMG  Jejum: ≥92
 >126mg/dl: DM – over diabets  1º hora: >180
 2º hora: >153
Conduta ▪ Orientações dietéticas: encaminhar p/ nutricionista; reduzir carboidratos, uso de adoçantes (sucralose= + confiável)
▪ Atividade física: sob orientação profissional
▪ Valores normais no controle: glicemia capilar após 15 dias
 <95 no jejum
 <140 pós-prandial (1h após);
 <120 (2h após)
Insulina ▪ Droga de 1º escolha
▪ Indicação:
 Falha no controle glicêmico após 2 semanas de dieta e atividade física
 Circunferência abdominal fetal ≥percentil 75 ao USG após a 29ª semana de gestação em diabéticas
▪ Hipoglicemiantes orais: adjuvantes; glibenclamida ou metformina; resistentes ou não viável uso de insulina;

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