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1. DEFINIÇÃO
Eixo hipotálamo-hipófise-ovário-útero
3. COMPARTIMENTOS
Alterações na função de cada compartimento deste • Culmina no Hipogonadismo Hipogonadotrófico (já
eixo (hipotálamo-hipófise-ovário-útero/endométrio) que as gonadotrofinas — LH e FSH — estão baixas)
resultam em diferentes etiologias de amenorreia.
3.3 II - Ovariano:
3.1 IV - Hipotalâmico:
• Ocorre por defeito das gônadas, onde apesar da
• O defeito na liberação de GnRH produção das gonadotrofinas pela hipófise, ou seja,
consequentemente leva à diminuição da produção com a secreção adequada de LH e FSH, não ocorre
das gonadotrofinas (LH e FSH). a resposta ovariana esperada.
• Culmina no Hipogonadismo Hipogonadotrófico (já • É o que leva ao chamado Hipogonadismo
que as gonadotrofinas — LH e FSH — estão baixas). Hipergonadotrófico (já que as gonadotrofinas — LH
e FSH — estão aumentadas, como tentativa de
estimular a produção ovariana).
3.2 III - Hipofisário:
• Com o defeito no funcionamento da hipófise 3.4 I - Úterovaginal:
anterior, não ocorre a produção de LH e FSH.
Com isso, não ocorre a estimulação gonadal e, • Em geral, por alteração estrutural ou de via de
consequentemente, não ocorre a produção de saída não ocorre a menstruação.
estrogênio e progesterona.
Obs.: A SOP é abordada em detalhes em aula de uma mutação em determinada região do gene
específica à parte. FMR1, que se localiza no cromossomo X. Essa
mutação é bastante peculiar e se caracteriza por
Insuficiência Ovariana Prematura (IOP): aumento no número de repetições de trincas de
DEFINIÇÃO: bases (citosina- guanina-guanina). Em meninas é
uma causa importante de IOP.
• Perda da função ovariana antes dos 40 anos de idade. • Pesquisa de autoanticorpos para investigar uma
possível ooforite autoimune: em geral, é secundária
FISIOPATOLOGIA: a algumas doenças como adrenalite ou pós-
• Por causas variadas, que incluem defeitos caxumba. Nessas situações, há a produção de
cromossômicos e genéticos, deficiências enzimáticas, autoanticorpos contra os ovários.
processos autoimunes, consequências de radio ou
quimioterapia sobre os ovários, infecções ou cirurgias, TRATAMENTO:
ocorre a depleção e a disfunção folicular.
• A depleção folicular é a mais comum e pode ser
• Os objetivos do tratamento da IOP são reverter
os sintomas e reduzir as repercussões do
consequência de redução do número inicial de
hipoestrogenismo.
folículos primordiais, aumento da apoptose (atresia
folicular acelerada) ou
Perda de óvulos destruição
ao longo da vida folicular. Na
• Envolve principalmente a reposição hormonal
(Dinâmica ovariana)
para preservar a saúde óssea dessas pacientes e
disfunção folicular, há falha na resposta do folículo
Número de
folículos
6 a 7 milhões reduzir seu risco cardiovascular.
às gonadotrofinas. Esse mecanismo é mais raro e
1.000.000
Nascimento
Fertilidade Ótima
Ovariana
10.000
• Cariótipo 46 XX.
1.000
CLÍNICA:
• Ausência de caracteres sexuais secundários.
• Em geral, o que ocorre é uma resistência parcial à
ação das gonadotrofinas manifestando-se, mais
frequentemente, como amenorreia secundária.
DIAGNÓSTICO:
Decréscimo folicular ao longo da vida da mulher. • Elevados níveis de gonadotrofinas, sem depleção
folicular.
CLÍNICA: • Avaliação histológica dos ovários: presença de
• Alteração menstrual tipo oligo/amenorreia por folículos, ausência de infiltrado linfocitário.
pelo menos 4 meses, não sendo obrigatório que
apresente sintomas de hipoestrogenismo (como, TRATAMENTO:
por exemplo, fogachos).
• Reposição hormonal.
• Obs.: quando existem causas genéticas para IOP,
em geral manifesta-se como amenorreia primária.
4.3 Compartimento Hipofisário
DIAGNÓSTICO: Hiperprolactinemia:
• História clínica + dosagem de FSH > 25 mUI ∕ FISIOPATOLOGIA:
mL (ou > 40 mUI/ml), persistindo esse valor • Níveis elevados de prolactina alteram a secreção
aumentado em duas dosagens com intervalo de pulsátil do GnRH, interferindo na liberação de
30 dias entre elas. gonadotrofinas e na esteroidogênese gonadal. A
• A investigação diagnóstica é obrigatória no dopamina é o principal regulador da biossíntese e
surgimento de amenorreia anteriormente aos 30 secreção da prolactina. Diante de níveis elevados
anos de idade, com a realização de: de prolactina, ocorre uma elevação reflexa nos
• Cariótipo (Síndrome de Turner; cromossomo Y) níveis de dopamina, que por sua vez contribui para
• Pesquisa do X frágil: a síndrome do X frágil resulta alteração da função neuronal do GnRH.
Síndrome de Sheehan:
TRATAMENTO:
FISIOPATOLOGIA:
• Guiado pela causa: exemplo: na anorexia nervosa,
• Ocorre um pan hipopituitarismo por necrose a recuperação da nutrição e do peso favorecem a
hipofisária após hemorragia pós-parto. resolução da amenorreia.
• Isso ocorre já que durante a gestação é comum
a ocorrência de ingurgitamento hipofisário. Em
caso de sangramento exuberante no parto, ocorre Fisiopatologia da amenorreia funcional em esquema.
consequentemente uma hipovolemia. A hipófise, Roteiro Diagnóstico de Amenorreia Secundária
que tinha um fluxo sanguíneo aumentado por conta
do ingurgitamento gestacional, fica sem irrigação.
CLÍNICA:
• Amenorreia, agalactia, perda de pelos pubianos e
axilares;
• Manifestações de Hipotireoidismo;
• Insuficiência suprarrenal.
TRATAMENTO:
• As deficiências hormonais em pacientes com
síndrome de Sheehan devem ser tratadas como
em qualquer outro paciente com hipopituitarismo.
• Disfunção tireoidiana → levotiroxina.
• Deficiência de gonadotrofinas → reposição de
estrogênio e progesterona.
FSH normal
FSH baixo
Dosagem de Prolactina
Disfunção Hipotalâmica ou Hipofisária
Prolactina NORMAL
Neuroimagem
Dosagem de TSH
Dosagem de Prolactina
Prolactina ALTA
HIPERprolactinemia