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Ética – Júlio

ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

ÉTICA E CIDADANIA

Ética e cidadania são dois conceitos fulcrais na sociedade humana. A ética e cidadania
estão relacionados com as atitudes dos indivíduos e a forma como
estes interagem uns com os outros na sociedade.
Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra
ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter. A palavra “ética”
vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”.
Cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão, o indivíduo
está sujeito no seu relacionamento com a sociedade em que vive. O termo cidadania
vem do latim, civitas que quer dizer “cidade”.
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Os “Direitos” poder ser divididos em três tipos: Civis, Políticos e Sociais. A cidadania
consiste na conquista desses direitos.

Direitos civis Consistem na garantia da liberdade religiosa e de pensamento, o direito


de ir e vir, o direito a propriedade, a liberdade contratual, principalmente a de escolher
o trabalho, e finalmente, a justiça, que deveria salvaguardar todos os direitos
anteriores.

Direitos políticos referem-se aos direitos eleitorais (possibilidade de votar e ser


votado) o direito de livre associação (partidos, sindicatos, etc.) e o direito de protestar.
Os direitos políticos começaram a ser reivindicados já no século XVIII , mas foram
conquistados efetivamente, na maioria dos países, somente no século XX.

Direitos sociais referem-se ao direito a educação básica, a saúde, a programas


habitacionais, transporte coletivo, previdência, lazer, acesso ao sistema judiciário, etc.
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De uma forma geral, Somente no século XX esses “direitos” foram reconhecidos como
“direitos” do cidadão.

Hoje temos ainda outros tipos de direitos, relacionados à modernidade, surgidos no


final do século XX e inicio do século XXI, como o direito dos consumidores, dos idosos,
dos adolescentes, das crianças, dos deficientes, dos homossexuais, das minorias
étnicas, dos animais, da natureza (meio ambiente), etc.

Podemos acrescentar uma outra maneira de entender os direitos que nos ajuda a
distinguir aquilo que “diz a lei” e aquilo que é praticado no dia-a-dia. São dois tipos,
a cidadania “formal” e a cidadania “real”.

Cidadania formal refere-se a maneira como a cidadania está descrita formalmente


na lei, nas constituições nacionais, é a garantia que o indivíduo tem para lutar
legalmente por seus direitos.

Cidadania Real também chamada de substantiva, refere-se a maneira como a


cidadania é vivida na prática, no dia-a-dia. Através dela podemos ver que nem todos
os seres humanos são iguais socialmente, que a sociedade se estrutura desigualmente
e, pois alguns grupos sofrem os mais diversos tipos de necessidades e preconceitos.
Ex: Um aluno de uma escola pública que não consegue competir em condições de
igualdade com um aluno de escola particular, tem sua cidadania “formal” conquistada,
pois a lei lhe garante acesso a educação, contudo, a cidadania “real” está bem longe
de ser atingida. A mesma situação dos pobres, dos negros, dos deficientes, etc. que,
em maior ou menor grau, conseguiram reconhecimento “formal”, mas ainda tem um
longo caminho para conquistar a cidadania “real”.

A ÉTICA NA FUNÇÃO PÚBLICA

O padrão ético dos servidores públicos, no exercício da função pública, advém de


sua natureza, ou seja, do caráter público e de sua relação com o público. O servidor
deve estar atento a esse padrão não apenas no exercício de suas funções, mas
também na vida particular. O caráter público do seu serviço deve se incorporar à
sua vida privada, a fim de que os valores morais e a boa-fé, amparados
constitucionalmente como princípios básicos e essenciais a uma vida equilibrada,
sejam inseridos e se tornem uma constante em seu relacionamento com os usuários
do serviço bem como com os colegas.
A esse respeito, prescreve o Decreto nº 1.171/94, incisos I e VI:
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I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais
são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício
do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do

próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão


direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se
integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos
verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer
ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

Os princípios constitucionais também devem ser observados para que a


função pública se integre de forma
indissociável ao direito. Os princípios são:
Legalidade: todo ato administrativo deve seguir fielmente os meandros da lei.
Impessoalidade: aplicado como sinônimo de igualdade – todos devem ser
tratados de forma igualitária e respeitando o que a lei prevê.
Moralidade: respeito ao padrão moral para não comprometer os bons costumes
da sociedade.
Publicidade: refere-se à transparência de todo ato público, salvo os casos
previstos em lei.
Eficiência: ser o mais eficiente possível na utilização dos meios que são postos
a sua disposição para a execução do seu mister (cargo ou função).
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