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Direito das obrigações: 15/09 – Aula 1

Conceito de obrigação – 387 CC

Protagonistas:

Credor – dever de cobrar a prestação ao devedor

Devedor – adstrito à realização da prestação

Prestação – obrigação de ser realizada

Podemos ter várias prestações identificáveis – pode ser que esse sujeito seja contra credor na realização
dessa obrigação, ou seja que haja uma contraprestação

A está adstrito a um comportamento em relação a B – A é devedor e B é credor

A prestação pode tornar-se impossível – objetiva ou subjetiva

Possibilidade de prestação:

Dificuldade de prestação:

Pode acontecer que A não realiza a prestação a que está adstrito porque opta pelo seu incumprimento –
consequências na obrigação:

Contratos sinalagmáticos: as perturbações que acontecem na obrigação podem contaminar o contrato

O devedor está adstrito à realização de uma prestação

O credor é detente de um direito subjetivo em relação ao devedor

Risco: por conta de quem corre o risco de não aparecimento da coisa

Vencimento de obrigação: a data a que a prestação deve ser realizada – está identificado o momento em
que a prestação deve ser realizada, uma prestação com prazo certo;

Pode haver o caso de uma prestação pura, que não tem um prazo decidido, no entanto este deve ser
identificado

Obrigação genérica:

O devedor tem um dever e o credor tem uma posição jurídica ativa – tem um poder;

Dever específico – realizar a prestação

Dever genérico – lesar a propriedade de outrem, por exemplo; estes deveres têm relevo em direito das
obrigações, no entanto nesta realidade falamos mais de deveres específicos

Dever vs. Sujeição:

Dá-se uma contraposição entre situações passivas que se contrapõem a poderes potestativos
Ônus – corresponde a uma figura que é estudada e que tem uma grande relevância e importância no
processo do ônus da prova, este consiste na necessidade de adoção de um comportamento para que o
sujeito não tenha consequências desfavoráveis – figura presente no direito civil;

O que sucede se o devedor não realiza a prestação a que está adstrito – temos de partir do princípio que
está identificada a prestação devida e que está decidido o momento do vencimento a prestação,
chegado este momento, sem que se tenha realizada a prestação, dá-se uma perturbação, que é a não
realização da prestação;

Supondo que a prestação não foi realizada, não culposamente, sendo que ainda pode ser realizada, dá-
se um atraso – aqui entra a mora, que é a figura que é a figura que identifica que o sujeito não cumpriu a
prestação, de forma não culposa, estamos a falar de um atraso na realização da prestação; A prestação
ainda é possível mas dá-se uma perturbação no interesse do credor; a obrigação é estabelecida como
forma de proteger os interesses do credor; ainda que o devedor se ofereça para realizar a prestação, o
credor tem toda a legitimidade para se recusar a receber a prestação, no caso de atraso;

Por outro lado, pode-se dar a situação da mora do credor que consiste no facto do comportamento do
credor não estar a colaborar com o devedor para a realização da prestação – aqui entramos no regime
513.º CC: em que A está adstrito à realização de uma prestação e B recusa-se – se chegarmos à
conclusão de que o ato de B foi ilícito

O direito das obrigações é uma área do direito que regula a circulação e transmissão de bens

Os contratos em regra são consensuais – princípio do artigo 408.º

Sobre quem recai o risco da destruição de um bem que está associado a uma prestação – o regime geral
do risco prevê que em princípio o risco recai sobre o proprietário – neste caso B (o credor?)

O devedor não pode transmitir a sua dívida a outrem – B espera que esta seja paga por A e não por C

Prestação de serviço:

Mandato (1154.º CC) é um contrato de prestação de serviços – o regime do mandato vale para o próprio
e o 1156.º para outros;

Organizações:

Contrato de sociedade (1413 e seg.):


Sanções civis:

Importância da sanção para comportamentos ilícitos e culposos – 562.º CC

Responsabilidade civil – 483.º e seg.; Disciplinar – 798.º CC; Obrigacional – 483.º CC;

Cláusulas penais – penas civis» sanções acordadas pelos pares – 1810.º

Esta vai funcionar em princípio independentemente dos danos, ou seja, a clausula penal vai ser sempre
devida

Situação marginal – art.º 812.º CC – cláusula penal quando é excessiva

Sanções que mesmo sem acordo específico possam ser pedidas por tribunal – por exemplo o devedor
está adstrito a um comportamento e recusa-se a tal e o credor vai a tribunal, caso isto suceda vai ser
aplicada uma sanção compulsória (prestação de facto negativo) 829.º CC, pedindo que seja realizada a
prestação à custa do devedor.

Prestações fungíveis – o credor pode exigir execução específica (827.º CC), podendo pedir que a
prestação seja realizada não obstante a vontade do devedor; paralelismo contrato promessa – 230.º CC

O terceiro pode realizar a prestação, havendo uma transmissão de situação ativa do credor para o
terceiro

Prestação infungível – só o cumprimento da responsabilidade do devedor satisfará o credor; o tribunal


pode condenar o devedor ao pagamento de uma quantia para indemnizar o credor;

Compensação por danos:

Situações de responsabilização com culpa – responsabilidade subjetiva

Situações de responsabilização sem culpa – responsabilidade objetiva (situação excecional)

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