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Agressão e Defesa

Módulo 1.1

Processamento e
apresentação de antígeno

Prof. Wallace Pacienza Lima, PhD.


wallaceplima@hotmail.com
wallaceplima@unigranrio.edu.br

Disciplina: Agressão e Defesa 1


Etapas do processo de apresentação de
antígeno
- Captação

- Processamento

- Apresentação
Porque preciso processar antígenos para
que Linfócitos T possam reconhecê-los?

Ao contrário das células inatas que interagem com o


antígeno diretamente, as células T somente o reconhecem
quando ele está na forma de peptídeo complexado com
glicoproteínas denominadas complexo de
histocompatibilidade principal (MHC) na membrana de
células APCs.
Mecanismos de processamento
antigênico
• Chamamos de processamento antigênico, pois a
geração de peptídeos de um antígeno intacto inclui a
modificação da proteína nativa.

• A apresentação desse peptídeo na superfície celular


pela molécula de MHC é chamada de apresentação
antigênica.
Mecanismos de processamento
antigênico

• MHC é o complexo principal de histocompatibilidade.


Ganhou este nome devido a sua importante função nas
respostas imunes contra tecidos transplantados.

• Em humanos, o MHC chama-se HLA (human leukocyte


antigen).
Função das moléculas HLA: apresentar
peptídeos para células T

É necessário que o sistema imune possa distinguir


patógenos intracelulares de extracelulares para fazer
uma resposta adequada.

Lembre-se de que células B reconhecem antígenos


nativos (proteínas na superfície do patógeno não-
processado) e células T reconhecem antígenos
processados (peptídeos).
Ag. Citoplasmático - MHC de classe I – Linfócito T CD8
- Toda célula nucleada

Ag. Vesicular - MHC de classe II – Linfócito T CD4


- APCs
Ativação da célula T requer reconhecimento do MHC
APCs
Células dendríticas são encontradas nos tecidos
linfóides e possuem um papel importante na
apresentação de vários antígenos.

Macrófagos são especializados em internalizar e


apresentar antígenos em suspensão.

Células B possuem receptores antigênicos (IgM)


permitindo internalizar grandes quantidades
de Ags específicos e apresentá-los para
células T.
Qual a importância da apresentação
de antígenos?

Não seria mais simples se células T também


reconhecessem antígenos nativos, como as
células B?

A resposta para esta questão refere-se à


necessidade de direcionamento ou regulação
do processo imune.
Primeiro, é necessário que antígenos exógenos e
endógenos sejam tratados de uma forma diferente
pelo sistema imune, para assegurar a eficiência do
processo.

Antígenos exógenos: interessa direcionar a resposta


efetora diretamente ao antígeno – seja ele uma
proteína solúvel ou uma bactéria na superfície da qual
encontram-se os antígenos propriamente ditos.

Para isto são ativados mecanismos mediados por


anticorpos e células fagocitárias.
Antígenos endógenos: é necessário destruir a célula do
próprio organismo onde estes antígenos estão sendo
produzidos – esta célula infectada é uma fonte
potencial de uma maior quantidade do antígeno. A
resposta ocorre sob forma de citotoxicidade, com
destruição da célula alvo.

Este primeiro grande direcionamento é feito através da


apresentação de antígenos via moléculas de MHC classe
II (exógenos) ou I (endógenos), e resulta em seu
reconhecimento por células Th ou Tc, respectivamente.
Antígenos exógenos: um segundo direcionamento
na resposta é fundamental.

É também dependente do modo de apresentação


do antígeno – o contexto em que ele é
apresentado, sua quantidade, os sinais
secundários que acompanham sua apresentação –
e determina quais as citocinas, e em que
quantidades, serão produzidas pelas células Th
por ele ativadas.
Este “coquetel” de citocinas, por sua vez, vai
determinar qual a classe de anticorpos a
serem produzidos e o recrutamento de outros
tipos celulares (tais como macrófagos) para a
resposta.

Enfim, a resposta é novamente direcionada para


a forma mais adequada de eliminação do
antígeno.

Concluindo, a apresentação de antígenos a


células T é necessária por permitir o
direcionamento da melhor resposta efetora
A expressão de moléculas do MHC
difere entre tecidos
• Classe I são expressos constitutivamente por todas
as células nucleadas.
• Em geral, apresentam antígenos intracelulares (vírus,
Mycobacteria);

• Classe II são expressos por células apresentadoras


de antígenos (APCs).
• Em geral, apresentam antígenos extracelulares
(bactérias, fungos, protozoários, vermes).
Esquema geral simplificado
Degradação do Proteasoma
Proteínas citoplasmáticas, incluindo proteínas não-
próprias são degradadas continuamente pelo proteasoma
Peptídeos produzidos no citoplasma são fisicamente separados
do MHC I

RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

MHC I recém sintetizado

CITOSOL Peptídeos precisam


entrar no RE para que
sejam carregados em
moléculas de MHC I
Resumo da apresentação de antígenos

Antígenos endógenos Antígenos exógenos


(citoplasmáticos) (vesiculares)

“Invasão”
Processamento e
(presença de M.O.
apresentação em
no interstício)
contexto de MHC I

Processamento e
apresentação em
“Priming” de células
contexto de MHC II
T citotóxicas CD8+

“Priming” de células
Morte das células-alvo T auxiliares CD4+

Produção de citocinas
“ativadoras” do sistema
fagocítico mononuclear

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