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Imunologia

1) Descreva o Processo de Reconhecimento pelos Linfócitos T


2) Explique o que são as Células Apresentadora de Antígenos e as Células de
Antígenos Profissionais
3) Explique as 5 Fases do Processo de Captura de Antígenos Proteicos
4) Descreva o Complexo de Histocompatibilidade Classe I e Classe II
5) Explique o Processamento dos Antígenos Citosólicos para Apresentação pelo
MHC Classe I
6) Explique o Processamento dos Antígenos Internalizados para a Apresentação
pelo MHC Classe II
7) Explique o que são as regiões Fab, Fc, Parótopo, Isótipo e Epítopo
8) Explique sobre o Processo de Maturação e Seleção dos Linfócitos T
9) Descreva sobre as Classes de Imunoglobulinas
10) Fale sobre a Função da Interleucina-7.

Genética

1) Explique e Descreva sobre a Síndrome de Edwards


2) Descreva em Relação ao Processo de Não-Disjunção na Meiose I e II
3) Descreva o Score de Marion
4) Descreva sobre o Procedimento de Transluscência Nucal
5) Descreva sobre o Tipos de Rearranjos Estruturais Equilibrados e Não
Equilibrados.

Imunologia – Respostas:

1) – Primeiramente, deve ser ressaltado que os receptores de antígenos dos


linfócitos T não conseguem reconhecer o micro-organismo como um todo,
somente um pedaço daquele agente ou pedaços de peptídeos de proteínas
produzidas por aquele agente invasor. As células T apresentam um receptor de
antígenos chamado Receptor de Células T (TCR). Este TCR é um receptor de
membrana, ou seja, ele fica ancorado na membrana do linfócito T e não é
secretado. Ele apresenta cadeia alfa e beta ligada por ligações de dissulfeto e
cada cadeia apresenta uma região variável e constante. Tanto a cadeia alfa
como a beta são capazes de reconhecer especificamente os peptídeos de
antígenos que lhes são apresentados via MHC.
Existem os linfócitos TCD4+ e os TCD8+, e cada um reconhece o antígeno de
uma maneira diferente. Para o reconhecimento de antígenos, no caso do
TCD8+, ele deve se ligar ao MHC de classe I presente em todas as células
nucleadas do corpo para reconhecê-las como próprias e não as destruir via
citotoxicidade.
Já os linfócitos TCD4+ só são ativados quando são apresentados os antígenos a
eles via Células Apresentadoras de Antígenos (APC) pelo MHC de classe II,
presente somente nessas APC’s.
Portanto, o CD8 só responde ao MHC de classe I e o CD4 só responde ao MHC
de classe II.
Este MHC se liga ao TCR, porém, ele sozinho não é capaz de transmitir um sinal
para ativar o linfócito T. Essa transmissão é realizada por um complexo proteico
(CD3+ Cadeia CSI) associado ao TCR chamado complexo TCR-CD3. Portanto,
após a ligação do antígeno com o TCR, esse complexo TCR-CD3 que envia sinais
para esta célula T para que ela seja ativada.
Quando o linfócito T imaturos são ativados pela primeira vez, preferivelmente,
por uma célula dendrítica, ele se torna ativo e realiza o processo de expansão
clonal e diferenciação em células T de memória e em células efetoras. Estas
células efetoras necessitam serem apresentadas novamente ao mesmo
antígeno por outras APC’s além das dendríticas para darem início as respostas
humorais e celulares.

2) - As Células Apresentadoras de Antígenos (APC’s) são células responsáveis por


apresentar aos linfócitos CD4 os peptídeos de um agente invasor via MHC de
classe II. Estas células são responsáveis por realizar fagocitose e, através desta,
uma digestão intracelular do agente invasor. Feita a digestão, estes restos de
peptídeos ligam-se ao MHC de classe II e estes são expressos na membrana
destas APC’s. A partir deste momento, o MHC de classe II se liga ao receptor de
célula T para ativar o linfócito CD4.
As células apresentadoras de antígenos profissionais são as células dendríticas.
Elas são responsáveis por fagocitar o agente invasor e apresentá-lo ao linfócito
T inativo, para que este se torne ativo e se diferencie em efetor e de memória.
A primeira apresentação é preferível que seja feita por elas já que elas estão
localizadas na porta de entrada do corpo e são elas que fazem a ponte entre a
imunidade inata e adaptativa, além de serem excelente células fagocitárias.
Existem dois tipos de células dendríticas: as clássicas e as plasmocitóides.
As clássicas estão localizadas nos órgãos linfóides secundários e tecidos, e são
responsáveis pela ativação dos linfócitos TCD4, enquanto as plasmocitóides
localizam-se no sangue e são responsáveis por secretar interferons para ativar
os linfócitos TCD8 para combater especialmente os vírus.

3) – O primeiro passo ocorre através do encontro das células dendríticas com o


micro-organismo. As células dendríticas apresentam receptores em suas
membranas que se ligam especificamente à antígenos, como os receptores de
lectina. Ao se ligarem a estes receptores, o antígeno é fagocitado por estas
células dendríticas.
O segundo passo é a captura do antígeno. A digestão intracelular deste micro-
organismo e de seus produtos metabólicos estimulam reações imunes inatas
via receptores do tipo TOLL, que são a liberação de citocinas inflamatórias.
O terceiro passo é a ativação das células dendríticas. Quando o receptor tipo
TOLL é sinalizado e libera citocinas para o sangue, estas citocinas são
responsáveis por ativar estas células dendríticas. No caso da célula dendrítica
clássica, quando ela é ativada, ela perde sua adesão pelo epitélio na qual está
localizada e expressa seu receptor de quimiocinas para irem pela corrente
sanguínea até os gânglios linfáticos onde estão localizadas as células T que
liberaram substâncias quimiotáticas que se ligaram aos receptores de
quimiocina das células dendríticas para atraí-las àquele local (gânglios
linfáticos) por quimiotaxia.
O quarto passo consiste justamente nas quimiocinas atraindo as células
dendríticas do epitélio até os linfonodos locais daquele epitélio, que migram
através dos vasos linfáticos para estes linfonodos. Vale ressaltar que durante
esta travessia, a célula dendrítica amadurece, deixando de ser apenas uma
célula que captura antígenos, mas que agora apresenta antígenos, passando a
ser uma APC, destinada a apresentar este micro-organismo ao linfócito T via
MHC. É este processo de amadurecimento que a torna uma célula profissional.
O último passo consiste na apresentação do antígeno ao linfócito T via MHC.
Este processo é extremamente eficiente, porém, é lento, tendo uma duração
de 12 a 18 horas.
As células dendríticas apresentam uma habilidade única chamada de
apresentação cruzada. Neste processo, quando uma célula dendrítica é
infectada por um vírus, este pode fazer com que a célula dendrítica deixe de
expressar seu MHC de classe I. Entretanto, como ela é uma célula fagocitária,
ela consegue fagocitar uma célula infectada pelo mesmo vírus, expressar o
MHC classe I desta célula fagocitada e apresentar diretamente para o TCD8,
sem passar pelo TCD4. Desse modo, o TCD8 ativo passa a destruir as células
infectadas por este vírus via citotoxicidade (perforinas e granzimas).

4) – Basicamente, o papel do MHC é apresentar peptídeos antigênicos aos


linfócitos T específicos para aquele antígeno. Este MHC contém uma grande
quantidade de genes que codificam proteínas especializadas chamadas de
antígenos leucocitários humanos (HLA). Este HLA forma um complexo que é
responsável por impedir a entrada de um micro-organismo e de impedir que
ele se espalhe. O MHC contém dois conjuntos de genes, MHC de classe I e MHC
de classe II.
O MHC de classe I é constituído de uma cadeia alfa, que apresenta três
domínios extracelulares, associada com uma proteína chamada de B2-
microglobulina.
Os domínios alfa 1 e 2 da cadeia alfa são formam uma fenda por onde se ligam
os peptídeos, e que pode acomodar de 8 a 9 aminoácidos. Lá no fundo da
fenda de ligação ao peptídeo está localizado a região onde se ligam os
peptídeos que serão apresentados aos linfócitos T. as paredes das fendas são
responsáveis por se ligar ao TCR.
O domínio alfa 3 é invariante e contém um sítio que se liga somente ao
correceptor do TCD8 e não do TCD4, por isso o MHC de classe I somente
responde ao TCD8. O MHC de classe I está presente em todas as células
nucleadas (exceto hemácias) e realiza a apresentação aos linfócitos CD8
(citotóxicos).
O MHC de classe II apresenta cadeias alfa e beta com duas regiões e dois
domínios cada.
As regiões aminoterminais de ambas são chamadas de alfa 1 e beta 1, que
formam fendas de ligação que acomodam peptídeos de 13 a 18 aminoácidos
(10 a 30 resíduos).
Os domínios alfa 2 e beta 2 contém o sítio de ligação para o correceptor das
células TCD4. O MHC de classe II está presente nas células APC’s (linfócitos B,
macrófagos e células dendríticas) e realiza a apresentação para o linfócito CD4
(auxiliar).

5) – No caso do MHC de classe I, as proteínas que são produzidas no citoplasma a


partir de vírus ou outros parasitas intracelulares obrigatórios que foram
fagocitados, são marcadas por um peptídeo chamado de ubiquitina. Esta
ubiquitina marca as proteínas que devem ser destruídas, e estas são destruídas
por um complexo chamado proteassoma (composto por enzimas proteolíticas).
Estas proteínas são degradadas em vários peptídeos que se ligam às moléculas
do MHC de classe I apenas.
As moléculas do MHC são sintetizadas no REG e, para que ocorra a ligação
peptídeos + moléculas de MHC, é necessário a presença de um transportador
(molécula) chamado TAP (transportador associado c/ transporte de antígeno).
Esta TAP localiza-se na membrana do REG e se liga a estes peptídeos para assim
transportá-los ativamente (c/ gasto de energia) para dentro do REG, onde se
ligam a uma molécula de MHC classe I vazia. Vale ressaltar que a TAP só
transporta um peptídeo quando há encaixe perfeito, e este encaixe só se dá
com aqueles peptídeos provenientes de proteínas degradadas pelo complexo
ubiquitina-proteassoma.

6) – No caso do MHC de classe II, os peptídeos são provenientes do processo de


fagocitose das APC’s. Ao serem fagocitados, os agentes invasores ficam numa
vesícula chamada fagossomo, que se liga ao lisossomo formando o
fagolisossomo. Feito isso, os lisossomos lançam suas enzimas proteolíticas
nesta vesícula e degradam as proteínas destes agentes invasores. Essa
destruição gera diversos peptídeos que serão ligados às moléculas do MHC de
classe II. Na fenda de ligação desta molécula de MHC de classe II se liga uma
cadeia invariante. Esta proteína invariante ocupa a fenda impedindo a ligação
de peptídeos do REG, pois estes devem se ligar ao MHC de classe I. esta
proteína invariante é exclusiva do MHC de classe II e impede a ligação de
qualquer peptídeo que não tenha vindo de um processo de fagocitose. As
proteínas invariantes também não aceitam peptídeos marcados pela via
ubiquitina-proteassoma.
Quando a ligação peptídeo- MHC classe II é forte, ela se torna estável e este
complexo é transportado até a superfície da membrana para que o processo de
apresentação de antígeno ocorra. Se não houver ligação e esta molécula de
MHC ficar vazia, ela se torna instável e é destruída por enzimas lisossomais.
7) – Região Fab (Fragmento de Ligação do Antígeno): é uma região presente nos
anticorpos que contém sítios de ligação para que os antígenos se liguem. Esta
região Fab corresponde aos braços dos anticorpos e é formado pela cadeia leve
a parte da cadeia pesada do anticorpo, apresentando um domínio constante e
um variável (na extremidade) de cada uma das cadeias leves e pesadas.

Parátopo: é um local de união do antígeno que está contido no domínio


variável da região Fab. Ele é formado por Regiões Determinantes de
Complementaridade (CDR), onde a mais importante é a CDR 3 que é onde o
antígeno se ligará. Esta ligação (reconhecimento) dá-se por um mecanismo
chave-fechadura.

Região Fc (Fragmento Cristalino): região composta com a outra parte da cadeia


pesada e é a grande responsável por determinar a atividade biológica e as
funções efetoras dos anticorpos, uma vez que ela determina seus isótipos, ou
seja, o tipo de anticorpo (imunoglobulina).

Isótipo: corresponde ao tipo de anticorpo. São ao todo 5 classes de isótipos que


se diferem entre si em localização, função, propriedades e habilidades. São
eles: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE.

Epítopo: é a parte do antígeno que o anticorpo reconhece. Os nossos


anticorpos não são capazes de reconhecerem o antígeno como um todo,
somente reconhecendo uma parte, um pedaço dele. Este pedaço é chamado de
epítopo. A ligação do anticorpo com o epítopo é muito específica, sendo
conhecida como adaptação induzida. Este processo é responsável por permitir
que os anticorpos identifiquem e se unam apenas ao seu único antígeno. Ao
acontecer este reconhecimento, o antígeno fica marcado e torna-se alvo fácil
para os outros componentes do sistema imune destruí-lo, processo chamado
de opsonização.

8) – As células tronco hematopoiéticas na medula óssea são diferenciadas em


progenitoras imaturas de células T. Estas células imaturas migram da medula
óssea para o timo e lá recebem um estímulo da interleucina 7 que permite sua
proliferação. Estas células proliferadas agora tornam-se pró-linfócitos T. Porém,
essa diferenciação só acontece por conta de estímulos gerados por um grupo
proteico chamado de JACK3. Estes pró-linfócitos T recebem o nome de duplo
negativo pois não expressam nem CD4 e CD8. Estes vão se diferenciar em pré-
linfócito T.
Nesta fase inicia-se o rearranjo genético para a formação do receptor TCR que,
inicialmente, é um pré-receptor funcional. A presença deste pré-receptor é
fundamental para dar continuidade ao processo de maturação do pré linfócito
T, uma vez que este pré- receptor envia sinais de sobrevivência para manter o
pré-linfócito T vivo e continuar amadurecendo. Aqueles pré-linfócitos que não
tiverem expressado o pré-receptor são eliminados por apoptose. Aqueles pré-
linfócitos T que expressaram o pré-receptor são agora chamados de linfócitos T
duplo positivos, pois expressam tanto o CD4 quanto o CD8.
A partir deste estágio, os linfócitos já expressam o receptor completo + CD3 e
CSI e ambos CD4 e CD8. Neste momento, eles passam por um processo
chamado seleção positiva, onde passarão a expressar uma única positividade,
ou seja, ou o CD4 ou o CD8. Para isso, estes linfócitos T duplo positivo terão
que se ligar com o MHC. Se a ligação entre eles for muito forte, os linfócitos T
sofrem apoptose e morrem, para evitar uma possível resposta autoimune,
processo chamado de seleção negativa.
Aqueles que se ligam moderadamente ao MHC são os selecionados. Se esse
linfócito T ligar-se ao MHC de classe I, ele passa a expressar apenas o CD8. Se
esse linfócito T ligar-se ao MHC de classe II, ele passa a expressar apenas o CD4.
Uma vez maturado, estes linfócitos são enviados para a circulação e passam a
expressar seus receptores de L-selectina e quimiocinas, que só são ativados
durante um processo infeccioso.
O linfócito TCD4+ será responsável pela coordenação da resposta imune contra
agentes invasores, liberando citocinas e interleucinas para estimular a resposta
imune humoral.
O linfócito TCD8+ será responsável pela eliminação de parasitas intracelulares
obrigatórios e células tumorais, reconhecendo aquela célula como não própria
e destruindo-a através da liberação de seus grânulos citotóxicos de perforinas e
granzimas, que atuam fazendo a célula sofrer apoptose.
As células T de memória são aquelas derivadas de outros linfócitos T que
respondem a um mesmo invasor caso ele infecte o sistema novamente.
Quando isso ocorre, essas células de memória são reativadas e a resposta
imunológica é mais rápida e eficiente.

9) – Como já mencionado, são 5 classes diferentes de imunoglobulinas: IgM, IgG,


IgA, IgD e IgE. Elas se diferem quanto as suas propriedades biológicas,
localização, funções e habilidades. Estes isótipos diferenciam-se durante o
desenvolvimento e ativação dos linfócitos B.
A IgG é a mais versátil de todas as imunoglobulinas e é a principal Ig no sangue.
É composta por cadeias pesadas gama (IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4). É a única que
consegue atravessar a placenta (exceto a IgG2) e também está presente no
leite materno. Também tem a função de fazer a fixação no sistema
complemento (exceto IgG4), consegue se ligar às regiões Fc de macrófagos,
monócitos e alguns linfócitos, potencializando a função destas células. Também
é capaz de opsonizar antígenos, que ficam “marcados” para serem destruídos
pelas células fagocitárias.
A IgM é a terceira Ig mais abundante no sangue e a primeira a ser feita por um
linfócito B virgem quando este é estimulado por um antígeno. Composta por
cadeias pesadas Mu. Ela é eficiente para causar a lise de micro-organismos. São
excelentes aglutinadoras também por conta de sua estrutura, agregando vários
antígenos para que sejam todos fagocitados de uma vez.
A IgA é a segunda Ig mais comum no sangue. Composta por cadeias pesadas
alfa. Ela está presente, principalmente, nas secreções como lágrimas, colostro,
saliva e muco. Por conta de sua localização, é uma Ig importantíssima para a
imunidade local (de mucosa).
A IgD é encontrada em qtd muito baixa no sangue, não tendo um papel claro
neste local. Composta por cadeias pesadas delta. Ela é primariamente
encontrada na superfície de células B maduras, ancoradas na sua membrana e
funcionando como um receptor para antígenos. Também se associa a IgM.
A IgE é formada por cadeias pesadas épsilon e são responsáveis por se ligarem
a alérgenos e ativarem mastócitos. Quando se ligam aos mastócitos, basófilos e
eosinófilos, induzem a liberação de histamina para início da reação
inflamatória. São responsáveis por causar a reação de hipersensibilidade
(alergia) nos indivíduos. Também é responsável por proteger o corpo contra os
helmintos.
A função dos anticorpos, portanto, consiste em:
 Neutralização, bloqueando a reprodução e o ataque de agentes
invasores, para que não sejam efetivos.
 Aglutinação, agregando vários antígenos uns nos outros para que
sejam todos fagocitados.
 Precipitação, deixando os antígenos solúveis no soro para que sejam
fagocitados.
 Ativação do sistema complemento: estimulando a formação do
Complexo de Ataque a Membrana (MAC), para que haja a lise do
antígeno.

10) – A interleucina 7 é um fator de crescimento produzido pelas células estromais


da medula óssea e timo para estimular o processo de proliferação e
sobrevivência dos precursores iniciais dos linfócitos. Graças a essa interleucina
7 que o processo de crescimento e maturação dos linfócitos B e T ocorre.

Genética – Respostas:

1) – A síndrome de Edwards é uma trissomia do cromossomo 18. Ela ocorre


devido a não disjunção do cromossomo 18 durante a meiose materna. A
maioria dos casos são trissomias completas, com todas as características da
doença presente. Uma pequena parte dos casos é por mosaicismo. Nos casos
de mosaicismo os bebês chegam a sobreviver por mais tempo, pois não são
todas as células com 47 cromossomos, algumas permanecem com 46,
portanto, a criança não vai ter todos os sintomas característicos da doença e os
sintomas da doença acabam sendo menos agressivo. Entretanto, mesmo no
mosaicismo ela ainda é fatal.
São ao todo 150 anormalidades presentes na S. de Edwards. Essas
anormalidades são divididas de acordo com a frequência de suas manifestações
nos pacientes (divididas em mais de 50% dos pacientes; 10-50%; menos que
10%).
2) – Na não disjunção da meiose I, os cromossomos homólogos não são separados
e, como consequência, os gametas acabam apresentando um representante de
ambos os membros do par de cromossomos, paterno ou materno, ou não
possuem nenhum cromossomo.
Na não disjunção da meiose II, as cromátides irmãs que não são separadas e,
como consequência, os gametas que apresentarem o cromossomo extra
conterão estas duas cópias do cromossomo como totalmente paterno ou
materno.

3) – O score de Marion foi feito com o intuito de diagnosticar a Síndrome de


Edwards a partir da presença das manifestações mais frequentes e menos
frequentes que o bebê apresenta.
As características presentes em 50% dos afetados vale 5 pontos.
As características presentes de 10-50% dos afetados vale 3 pontos.
As características presentes em menos de 10% dos afetados vale 1 ponto.
Esta soma deve ser ≥ 94 para que o diagnóstico de Edwards seja positivo.
Após este valor de 94, a criança passa por uma análise cromossômica do
cromossomo 18 para confirmação do diagnóstico.

4) – O procedimento de transluscência nucal consiste em avaliar o acúmulo de


líquido na região da nuca do feto através do ultrassom. O acúmulo de fluido é
considerado normal quando está abaixo de 2,5mm. Quando o bebê apresenta
esse valor acima dos valores normais, ele apresenta riscos de ter alguma
doença cromossômica. Os riscos variam de baixo risco, risco intermediário e
alto risco. Se o resultado da transluscência nucal for positivo, um exame
chamado de amniocentese é solicitado para confirmação do diagnóstico.

5) – Durante a interfase, o cromossomo se quebra e depois se reconstitui. Esta


reconstituição pode ser anormal, não havendo aumento no número de
cromossomos, mas sim uma alteração em sua estrutura, onde alguns genes
podem ter sidos deletados, duplicado ou rearranjado.
Esses rearranjos estruturais podem ser não equilibrados e equilibrado.
Nos não equilibrados, a informação genética pode ser aumentada ou
diminuída. Ela é dividida em: deficiência ou deleção; duplicação e translocação
simples.
Nas equilibradas, a informação genética está presente, porém, acondicionada
de forma diferente. É dividida em inersão; translocação robertsoniana e
translocação recíproca.

NÃO EQUILIBRADAS:

 Na deleção, há a perda/quebra do braço maior ou menor do


cromossomo, resultando em perdas de um ou mais genes. No processo
de rearranjo, um locus genético é deletado (o gene é perdido). Quanto
maior for o fragmento perdido, maior a quantidade de genes perdida.
Quanto mais regiões forem deletadas, mais sintomas característicos de
uma determinada síndrome o indivíduo vai apresentar.

 Na duplicação, uma região do cromossomo sofre repetição de um ou


mais genes. Essa região pode sofrer duplicação várias vezes,
determinando o grau de severidade da doença. O grau de
acometimento da doença aumenta mediante o aumento da área
duplicada, ou seja, quanto mais duplicações, pior é a doença. Não há
conhecimento de muitas síndromes relacionadas a duplicação, pois a
maioria delas não causam efeitos fenotípicos.

 Na translocação simples, um cromossomo recebe um segmento de


outro cromossomo. Há alteração da estrutura cromossômica, e não de
seu número. Ela é incompatível com a vida, uma vez que está associada
a letalidade e aborto.

EQUILIBRADAS:

 Na inversão, no processo de reestruturação cromossômica, por conta


de uma rotação de 180 graus, os fragmentos são restaurados em sua
posição inversa, ou seja, os nucleotídeos sofrem uma modificação de
sua posição. Elas não causam alteração fenotípica anormal nos
portadores, ou seja, a pessoa pode ter uma inversão cromossômica e
nunca saber. A sua importância é por conta de sua passagem para a
prole.
São classificadas em pericêntricas e paracêntricas. Nas pericêntricas, a
região que sofre a inversão envolve o centrômero, enquanto nas
paracêntricas, a região que sofre a inversão não está relacionada com o
centrômero.

 Na translocação Robertsoniana, os braços curtos de dois cromossomos


diferentes se partem e, como consequência, os braços longos se unem
formando um novo cromossomo grande somente de braços longos
oriundos de dois cromossomos diferentes. Para um indivíduo essa
mudança é inofensiva, o problema é quando esta é passada para a
prole. A translocação Robertsoniana é uma alteração cromossômica
estrutural equilibrada e uma alteração numérica.

 Na translocação recíproca, a translocação está associada ao braço curto


do cromossomo 20. Este cromossomo é responsável por processos de
sinalização durante o desenvolvimento embrionário. Portanto, defeitos
nesse cromossomo levam a erros no coração e escassez de ductos
biliares (colestase crônica – a bile não consegue chegar ao intestino a
partir de sua saída do fígado). O HER-2 é a principal via de sinalização,
uma vez que sinalizam as IGF’s responsáveis pela sua associação ao
desenvolvimento do coração e dos ductos biliares a partir da metade da
terceira semana até o início da quarta semana. Esta translocação
impede que a região do braço curto do cromossomo 20 realize a
sinalização da maneira correta.
O prognóstico é variável de acordo com a evolução da doença.
Pacientes com maior dano no fígado progridem para uma cirrose
hepática, que leva a uma falência hepática. Pacientes com maior dano
no coração apresentam maior complexidade das alterações cardíacas, o
que leva ao óbito precoce. Além desses sintomas, os pacientes ainda
apresentam alterações faciais, defeitos oculares e anormalidades nos
arcos vertebrais.
As manifestações têm início a partir do primeiro ano de vida, exceto em
casos de dano grave ao coração.

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