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Direito Civil
Prof.ª Maitê Damé
Prof.ª Patricia Strauss
Superfície Servidão
Art. 1.369, CC Importante
É o direito real pelo qual os proprietários de dois imóveis
estabelecem, através de escritura pública ou por
O proprietário do imóvel concede A servidão é facultativa. É, também,
testamento, devidamente registrada no Cartório de
(de forma gratuita ou onerosa) a
Registro de Imóveis, a concessão de benefícios de um direito real de gozo ou fruição.
outrem o direito de construir sobre
imóvel para o outro.
seu terreno, por tempo determinado
ou indeterminado, devendo haver A passagem forçada é compulsória
Pode se constituir, também, através de usucapião.
registro no Cartório de Registro de e exige pagamento de indenização.
Extinção
Imóveis. Art. 1.379, CC

Direitos Reais Sobre


Coisa Alheia e de
Usufruto Garantia Habitação
Direito de usar a coisa para
Concede a terceiro o direito de
usar e fruir da coisa alheia por fins de moradia.
determinado período de tempo
Não permite alugar, nem
Uso Laje emprestar a coisa.
Atenção
Direito de utilizar a coisa para o Arts. 1.510-A - 1.510-
O proprietário tem os direitos de seu próprio bem. E, CC Direito real de habitação
dispor e reivindicar, mas não pode
usar, nem fruir do bem que lhe
convencional: Registro no
Deve estar inscrito no Cartório A construção-base e o terreno
pertence. Cartório de Registro de
de Registro de Imóveis. pertencerão ao proprietário do
O direito de usar, de locar o imóvel
Imóveis.
imóvel-base.
é do usufrutuário. Possibilidade de fruir quando as
O direito de vender o imóvel é do necessidades do usuário ou da
nu-proprietário. família o exigirem.
Direito Real de Garantia
Direito Real de Arts. 1.419 - 1.510 do
Aquisição Súmula 239 do STJ CC
Penhor;
Constitui-se a garantia real sobre coisa
Hipoteca;
Extinção imóvel quando o contrato é levado a
É proveniente de promessa de Anticrese. registro. No caso dos móveis, basta a
compra e venda, com cláusula de Hipótese de ação de
tradição, se a lei não exigir, também, o
irrevogabilidade e devidamente adjudicação compulsória, registro.
registrada no Cartório de Registro mesmo não havendo
de Imóveis. registro.

Direitos Reais
Penhor Sobre Coisa Alheia
Garantia real sobre bem móvel, através
da qual o devedor entrega ao credor o
e de Garantia Anticrese
bem, sendo, ainda, exigido o registro do O direito real pelo qual o devedor
instrumento de penhor no Cartório de entrega ao credor o bem imóvel,
Títulos e documentos. autorizando que ele perceba os
frutos e rendimentos da coisa,
Penhor rural (art. 1.438 a 1.446, CC); Hipoteca compensando-os na dívida
Penhor industrial e mercantil (art. 1.447
a 1.450, CC); Garantia real que recai, como regra, sobre
Penhor de direitos e títulos de crédito imóveis, podendo incidir, também, sobre Eventuais deteriorações que o
(art. 1.451 a 1.460, CC); imóvel sofrer por culpa do credor
alguns móveis previstos na lei.
Penhor de veículos (art. 1.461 a 1.466, anticrético serão por ele
CC);
Pode recair, ainda, sobre direitos reais.
respondidas, assim como os
Penhor legal (art. 1.467 a 1.472, CC). Necessita de registro no Cartório de Registro
frutos que não forem percebidos.
de Imóveis.
2) Validade Partes/agentes capazes, vontade livre
e não viciada, objeto lícito, possível,
1) Existência determinado ou determinável e forma Termo
prescrita ou não defesa em lei.
Elemento acidental caracterizado pela
Partes/agentes, vontade,
ocorrência de acontecimento futuro, porém
objeto e forma. 3) Eficácia
certo. O termo pode ser inicial ou final (data
da produção de efeitos).
Condição
O negócio jurídico deve ser Modo ou encargo
Elemento acidental que consiste em um
analisado sob três planos: evento futuro e incerto (art. 121 do CC). Determinação acessória ao negócio jurídico
A condição pode determinar o início da principal, que impõe um dever ou ônus ao
Aspectos gerais produção de efeitos do negócio (art. 125 beneficiário.
do CC) ou o término (art. 127 do CC). O encargo não suspende a aquisição
ou o exercício do direito, salvo se o
encargo for condição suspensiva

Negócio Jurídico (art. 136 do CC).

Anulação
Defeitos Ocorrem quando a vontade
estiver viciada.
Invalidade Invalidade relativa;
Erro ou ignorância Simulação Hipóteses: art. 171 do CC +
Nulidade casos especificados pela lei
Dolo É o único vício que gera como de anulabilidade;
a nulidade do negócio. Invalidade absoluta;
Coação
Convalesce pelo decurso do tempo
Hipóteses: arts. 166 e 167 do CC;
Estado de perigo Importante: (04 anos): art. 178 do CC. Quando a
Não convalesce pelo decurso do lei não fizer previsão de prazo será
Lesão Prazo para buscar a anulação do tempo (art. 169 do CC); de 02 anos (art. 179 do CC);
negócio jurídico: 04 anos, a contar Não pode ser confirmado
Fraude contra
da celebração do negócio. Pode ser confirmado pelas
credores pelas partes (art. 169 do CC).
partes (arts. 172-174 do CC).
Direito de Vizinhança Propriedades
Os direitos de vizinhança são limites impostos ao exercício da
Temporárias
propriedade, tendo em vista a convivência social, e que se
relacionam aos limites, às linhas que separam os prédios vizinhos.
Propriedade Resolúvel: aquela que pode ser resolvida pelo implemento de uma
A vizinhança pode causar conflitos, assim, o exercício de um
condição resolutiva ou pelo termo final. Uma vez resolvida a propriedade, o
direito sobre o próprio prédio pode refletir no prédio vizinho,
proprietário a quem beneficia a resolução pode reivindicar a coisa em poder de
como, por exemplo, a abertura de uma janela.
quem ela esteja.

Propriedade Fiduciária: a propriedade é resolúvel por uma causa contida no


próprio título de propriedade, que se fundamenta em um contrato de alienação
Condomínio fiduciária em garantia, geralmente utilizado com relação a veículos.

Condomínio voluntário ou convencional: o condomínio


voluntário ou convencional decorre de instituição das
partes, através de contrato ou por doação ou herança. Aquisição de
Condomínio legal ou necessário: o condomínio Propriedade Imóvel
necessário é o que deriva de determinação legal,
sendo o de paredes, cercas, muros e valas divisórias
das propriedades, remetendo, portanto, às normas do
Propriedade por Acessão
direito de vizinhança (art. 1.327, CC).
Refere-se ao direito do proprietário sobre tudo o
Condomínio edilício: o condomínio edilício é tratado que for incorporado ao bem; trata-se de uma
pelo CC dos arts. 1.331-1358, e é assim considerado anexação de um bem acessório novo a um bem
aquele condomínio formado por unidades autônomas. principal já existente. Pode ocorrer por formação de
Nesta modalidade, a propriedade é dividida em planos Aspectos Gerais ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo,
horizontais, utilizando-se o solo e subindo para o plantações e construções (art. 1.248, CC).
“céu”.

Direito de Uso: Direito de gozo/fruição:


Direito de Disposição:
Utilização da coisa conforme as permissões A possibilidade de retirar da coisa os frutos Sendo o proprietário da coisa, poder transmiti-la a
legislativas, ou seja, existem limites ao uso que ela produz (sejam eles naturais ou civis), terceiro, seja por ato entre vivos (compra e venda)
como, por exemplo, o direito de vizinhança, a como, por exemplo, a locação de um ou causa mortis (testamento), seja de forma onerosa
desapropriação ou o tombamento. imóvel. (mediante pagamento) ou gratuita (negócio
benéfico, sem pagamento).
Usucapião de Bens
Imóveis e Móveis
Usucapião Extraordinária

Usucapião Ordinária Posse ad usucapionem e lapso temporal de 15


Usucapião Especial Rural
anos. Dispensa a existência de justo título e
Posse ad usucapionem, lapso temporal
boa-fé. Redução de prazo: o prazo poderá ser
Posse ad usucapionem, lapso temporal de dez incontestado e ininterrupto de cinco anos,
reduzido para dez anos se o imóvel for
anos, justo título (título hábil a transferir a área rural de até 50 hectares, produtividade
utilizado para moradia habitual ou se tiver
propriedade) e boa-fé (desconhecer ou inexistir ou moradia, não ser proprietário de outro
sido realizada obra ou serviço de caráter
eventuais vícios que maculem a posse). imóvel urbano ou rural.
produtivo.
Redução de prazo: o prazo reduz-se para cinco
anos se o imóvel tiver sido adquirido, de forma Art. 1.238 do CC
onerosa, devidamente registrado e,
posteriormente, tiver o registro cancelado e
desde que os possuidores tenham estabelecido Art. 1.239, CC + art. 191, CF
lá sua moradia ou realizado investimentos de
interesse social e econômico.

Propriedade Usucapião Especial Urbana Coletiva

Núcleos urbanos informais (aqueles


Art. 1.242 do CC clandestinos, irregulares ou nos quais não foi
possível realizar, por qualquer modo, a
Usucapião de Bens titulação de seus ocupantes, ainda que
Imóveis e Móveis atendida a legislação vigente à época de sua
implantação ou regularização);
Usucapião Especial Urbana por Posse ad usucapionem; lapso temporal de
Abandono do Lar Conjugal cinco anos; área por possuidor inferior a 250
Usucapião Especial Urbana m²; não serem os possuidores proprietários de
Posse ad usuca-pionem exercida de forma direta; lapso outro imóvel urbano ou rural.
temporal incontestado e ininterrupto de dois anos; área Posse ad usucapionem; lapso temporal A pretensão de usucapião dos possuidores
urbana de até 250 m², usada para moradia (posse incontestado e ininterrupto de cinco anos; área deve ser julgada por sentença, na qual o juiz irá
direta), da qual o usucapiente seja proprietário em urbana de até 250 m², usada para moradia; não determinar a formação de um condomínio
conjunto com ex-cônjuge ou companheiro que tenha ser proprietário de outro imóvel urbano ou indivisível entre os pos-suidores, e a cada um
abandonado o lar; não ser proprietário de outro imóvel rural. caberá uma fração ideal igual da área do
urbano ou rural.
terreno, independentemente da área ocu-pada.

Art. 1.240-A, CC Art. 1.240, CC + art. 183, CF


Art. 10, Lei nº 10.257/2001
Direitos do nascituro Gera a nulidade
Relativa: art. 4º, CC
do ato.
Capacidade civil plena = de fato e de direito. São incapazes para certos atos
ou a maneira de os exercer:
Todo indivíduo, a partir do nascimento com
O ato jurídico é praticado pelo
vida (art. 2º, CC) é capaz de direitos e 1) Aqueles entre 16 e 18 anos;
representante legal: REPRESENTAÇÃO.
obrigações na ordem civil (art. 1º, CC). 2) Ébrios habituais;
São absolutamente incapazes os
3) Viciados em tóxico;
menores de 16 anos.
4) Aqueles que, por causa transitória ou
Absoluta: art. 3º, CC
Capacidade de Fato e permanente, não puderem exprimir sua
vontade;
de Direito ou
5) Pródigos.
Personalidade Jurídica
Gera a anulabilidade do ato. Incapacidade
Absoluta e Relativa

Pessoas Naturais
Emancipação Voluntária Dispensa registro no Cartório do Registro
Civil.
Art. 5º, CC Ocorre pela concessão dos pais;
Mediante escritura pública,
Judicial
Forma de se antecipar a capacidade independente de homologação judicial;
civil plena. Deve ser registrada no Cartório do Concedida pelo juiz, nos casos em que o
Registro Civil. menor estiver sob tutela;

Definitiva Irretratável Irrevogável Pode ocorrer, também, nos casos em que


Legal
um dos genitores concordar e o outro
Advém da disposição legal; discordar da emancipação;
Salvo por ocorrência de vício Em razão de casamento, emprego
de vontade (enunciado 397 Deve ser registrada no Cartório do Registro
público, constituição de empresa ou
das Jornadas de Direito Civil). Civil.
colação de grau em curso superior;
1) Testamentária
Importante Curatela
2) Legítima
3) Dativa Art. 1.735, CC: estabelece aqueles que
Proteção de uma pessoa maior, mas que padece de
não podem ser nomeados tutores.
Representação legal de indivíduo alguma incapacidade ou circunstância que impeça a
menor de 18 anos, em razão da Art. 1.736, CC: determina os indivíduos sua livre e consciente manifestação de vontade.
falta de seus pais. que podem se escusar da tutela (prazo
Interdição: casos dos incisos II, III e IV do art. 4º do CC.
de 05 dias).
Tutela Previsão de ordem legal para nomeação (art. 1.775, CC):
Atenção: alguns atos dependem de
autorização judicial, outros não. Cônjuge ou companheiro, não separado
judicialmente ou de fato;
A tutela cessa com o término da
Pai ou a mãe;
incapacidade (art. 1.763, CC).
Tutela e Curatela Descendente que se demonstrar mais apto.

Pessoas Naturais
Direitos da
Proteção ao nome: arts. 16-19, CC Direito ao próprio corpo: arts. 13-15, CC Personalidade
O nome (prenome e sobrenome) pode ser Proteção à integridade física.
alterado mediante requerimento ao Oficial
do Registro Civil. Doação de órgãos após morte.
São derivados da dignidade da pessoa
Ninguém pode ser obrigado a submeter- humana e inerentes aos seres humanos.
Havendo violação ao direito ao nome, é
se a tratamento médico ou cirúrgico que
cabível a reparação por danos.
importe risco de vida.

Proteção à palavra e à imagem: São intransmissíveis e irrenunciáveis.


art. 20 do CC
Testamentos Vitais No Código Civil, há um rol exemplificativo,
ADIn nº 4.815: autorizada a publicação envolvendo integridade física, nome,
Enunciado 528, das Jornadas
das “biografias não autorizadas”. intimidade, imagem, honra e vida privada.
de Direito Civil.
Mora do devedor Chamada de mora solvendi Classificação da mora:
ou mora debendi.
1) Mora ex re ou mora automática;
2) Mora ex persona ou mora pendente;
Responde pelos prejuízos a que sua
A obrigação ainda pode ser adimplida: 3) Mora irregular ou presumida.
mora der causa, mais juros,
PURGA DA MORA (art. 401, CC)
atualização monetária e honorários
de advogado (art. 395, CC). Chamada de mora accipiendi,
Mora do credor
creditoris ou credenti.
Inadimplemento relativo, parcial ou
mora é o atraso ou até mesmo o Importante: não havendo fato ou Responsabilidade: responde o devedor pela
cumprimento incompleto da obrigação. omissão imputável ao devedor, não impossibilidade de cumprimento do contrato,
incorre este em mora (art. 396, CC). mesmo em caso fortuito ou força maior.
Arts. 394-401, CC

Mora Inadimplemento Inadimplemento


Absoluto
Arras ou sinal Cláusula penal Responde o devedor pelo
Juros Perdas e danos
valor do objeto, mais perdas
Arts. 417-420, CC Arts. 408-416, CC Arts. 406-407, CC Arts. 402-405, CC e danos, juros, atualização
monetária, cláusula penal
Sinal dado em um contrato Penalidade de natureza Classificação: legais, Danos emergentes (se houver), custas e
preliminar, em dinheiro ou CIVIL. convencionais e moratórios. + honorários de advogado.
outro bem móvel. Compensatórios ou Lucros cessantes
Obrigação acessória A obrigação não pode mais
contratada pelas partes. remuneratórios: decorrem ser cumprida. Ela se tornou
Confirmatórias: sem
de uma utilização acordada inútil para o credor. Nesse
cláusula de arrependimento Compensatória:
de determinado capital. Teoria adotada: dano sentido, relembre:
e com perdas e danos. inexecução total da
direto e imediato.
obrigação.
Penitenciais: com cláusula
Moratória: Para a doutrina, as
de arrependimento e sem Observar Súmulas
inadimplemento parcial perdas e danos do Súm. n° 54, 380 e 426
perdas e danos. relativas ao tema: 283 e CC apenas tratam de do STJ e Súm. n° 412 e
da obrigação. 562 do STF.
530 do STJ e 596 do STF. danos materiais.

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