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Tecnologia na educação

A Internet é uma ferramenta ampla que revoluciona o cenário educacional, oferecendo


possibilidades inéditas para comunicação, pesquisa e produção de conhecimento. Com sua
capacidade de conectar indivíduos e recursos ao redor do mundo, ela transforma a forma
como aprendemos e interagimos no ambiente escolar. Por meio da Internet, os estudantes
podem acessar uma quantidade sem precedentes de informações, ampliando seus
horizontes e permitindo o estudo em diferentes áreas do conhecimento.

O uso pedagógico das redes sociais e outras ferramentas online oferecem oportunidades
únicas para os educadores envolverem os alunos de maneira mais dinâmica e interativa.
Projetos colaborativos, discussões em grupo e atividades de pesquisa se tornam mais
acessíveis e estimulantes, proporcionando uma aprendizagem mais significativa e
engajadora.

Enquanto essas tecnologias oferecem acesso a uma vasta quantidade de informações e


recursos educacionais, também apresentam obstáculos como a necessidade de adaptar
métodos de ensino tradicionais para incorporar ferramentas digitais de forma eficaz, acesso
equitativo à tecnologia, segurança online e sobrecarga de informações.

Outros desafios são enfrentados ao lidar com as novas tecnologias e aprendizagem, como
enfrentar os riscos de basear as pesquisas em plataformas não confiáveis, como redes
sociais ou blogs, ou profissionais que não são especialistas na área, correndo o risco de
obter informações imprecisas, desatualizadas ou até mesmo tendenciosas. A falta de
revisão por pares pode levar à disseminação de informações incorretas sem a devida
validação científica, comprometendo a qualidade e confiabilidade dos dados obtidos como
também prejudicando a credibilidade da pesquisa, potencialmente levando a conclusões
errôneas ou distorcidas.

É importante ressaltar que o papel do professor continua sendo fundamental nesse contexto
digital. Como guias e facilitadores do conhecimento, os educadores desempenham um
papel essencial ao orientar os alunos, ensinando-lhes habilidades de pensamento crítico,
seleção e contextualização de conteúdo.

Outro ponto a ser pensado é a oportunidade de reforçar os conteúdos já aprendidos na


escola, numa espécie de reforço escolar. Os alunos podem consultar vídeos de outros
professores que podem contribuir com os conteúdos vistos em sala de aula, tirar dúvidas,
praticar, ou ouvir uma explicação diferente sobre o assunto. Hoje em dia, depois do
“boom”das aulas on-line ocorrido pela pandemia, surgiram professores bastante conhecidos
na internet, com canais de informação que já são referência entre os estudantes, passando
a ser fonte de informação entre eles. Até mesmo, os próprios alunos que detém facilidade
de aprendizagem e de comunicação se tornaram uma espécie de “monitores” on-line de
suas disciplinas preferidas, com canais de informação entre os estudantes.

Não se pode negar a facilidade de congregar alunos de diferentes regiões do país para
sanar dúvidas sobre determinado tema, interessante observar que esses alunos podem ter
origens diferentes assim como focos de estudo diferente, um exemplo é numa plataforma
de um cursinho particular da cidade de Londrina que oferece um reforço a seus alunos com
monitores estudantes universitários de diferentes universidades de vários cursos
universitários, possibilitando e facilitando o contato e a interação entre esses alunos.
Uma outra facilidade para alunos mais velhos é poder repor aulas perdidas (aulas
presenciais) por meio de aulas on-line, uma disponibilidade oferecida por colégios ou
universidades, na maioria, particular.

Assim, a integração da Internet no ambiente educacional não apenas amplia as


possibilidades de aprendizado, mas também transforma a maneira como concebemos a
educação, tornando-a mais adaptável, colaborativa e centrada no aluno. Os recursos são
ampliados e podem ser potencializados. Contudo não podemos deixar de lembrar que nem
todos os alunos são alcançados pelos benefícios da inclusão digital. Existem uma série de
restrições para os alunos da rede pública como a falta de repasse de recursos, a
dependência de licitações ou a falta de acesso à uma boa internet. Em casa, alunos de
baixa renda têm as restrições ampliadas como condições sociais, falta de um adulto em
casa para orientar as atividades ou dificuldades de aprendizagem não percebidas. Nesse
sentido, o acesso aos conteúdos digitais deve ser avaliado e visto como um complemento
ao letramento presencial pois as nuances da educação são distintas e a educação aborda
aspectos diversos que transpassam os limites da internet.

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