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Dia Mundial da Alimentação

Mitos atrapalham quem quer perder peso


16/10/2007

Maria Vianna,
especial para O Globo Online

RIO - Você já adotou uma alimentação saudável, mas perder


peso está difícil? A nutricionista Jocelem Salgado,
pesquisadora da Universidade de São Paulo e autora do livro
Alimentos inteligentes (Ed. Prestigio) e o nutrólogo Alexandre
Mehreb esclarecem os mitos que muitas vezes impedem que o
emagrecimento seja um sucesso.

Estou muito acima do peso. Só vou emagrecer se tomar


remédios
Mito. Não adianta tomar medicamentos para perder peso se a
pessoa não se comprometer com uma reeducação alimentar e
evitar exercícios. "A perda de peso é, no geral, uma equação
simples. É preciso gastar mais calorias do que se consome. Os
remédios para emagrecer não são para todos e seus efeitos
colaterais, como ansiedade, mudanças de humor e tremores, são
muito perigosos", alerta a nutricionista Jocelem Salgado, que
elaborou um teste para calcular o ideal e recomenda dietas
saudáveis (no site www.emagrecer.com.br ).

Meu metabolismo é lento, por isso não emagreço


Verdade, em termos. Há uma série de doenças - entre elas ovários
policísticos, síndrome metabólica, transtornos da tireóide e até
depressão - e medicamentos que afetam o funcionamento do
metabolismo. Por isso, se você está controlando a dieta e se
exercitando, mas a balança não mexe, o ideal é consultar um
médico especializado no assunto. "Quem vive de dieta também
pode ter o metabolismo lento justamente porque o organismo
aciona seu mecanismo de defesa e começa a funcionar em modo
econômico, ou seja, gasta menos calorias para poder funcionar",
explica Alexandre Mehreb. Se esse é seu caso, o apoio de um
nutricionista ou endocrinologista também é essencial.

Se virar vegetariano, vou emagrecer com facilidade


Mito. A carne é um alimento gorduroso, mas não adianta cortar um
grupo alimentar para perder o excesso de peso. O que é pior,
muitas pessoas que adotam uma dieta vegetariana acabam
engordando, porque privilegiam queijos e carboidratos ricos em
calorias. Para Jocelem Salgado, a melhor estratégia é comer com
moderação e prestar atenção no tamanho das porções. "Mesmo os
alimentos saudáveis engordam se não forem consumidos com
moderação. Aspessoas devem usar o bom senso. Uma porção de
abacate é ¼ da fruta, e não um inteiro. Já uma porção de carne, ou
um bife, deve ser equivalente ao tamanho da palma da mão",
ensina Jocelem.

A água não é tão necessária assim. Posso substituí-la por


refrigerantes diet e sucos de fruta
Mito. Oito copos de água são fundamentais para manter o corpo
hidratado. Perdemos cerca de 1,5 litro de água por dia através da
perspiração e, desidratado, as funções corporais ficam mais lentas.
Além disso, a água é essencial para o bom funcionamento do
intestino. Alexandre Mehreb recomenda um copo de 200ml a cada
hora. "Os refrigerantes diet ainda têm o agravante de conterem
adoçantes artificiais, que exigem mais do pâncreas para serem
sintetizados pelo corpo e ainda causam retenção de líquidos",
explica Mehreb. Já os sucos de fruta geralmente são pobres em
fibras e ricos em calorias.

Jejum emagrece
Mito. Depois de quatro horas sem comer, o organismo entra em um
estado chamado de mini crise energética. Nestas crises, o corpo
desencadeia reações para a pessoa parar de sentir fome e começa
a poupar energia. Ou seja, o metabolismo fica lento. "O ideal é
comer menos e de forma fracionada, geralmente de três em três
horas, totalizando cinco ou seis refeições", diz Jocelem.

Se não fizer exercício no mínimo três vezes por semana, não


vou emagrecer
Mito. "O que importa é aumentar o exercício físico espontâneo, ou
seja, se movimentar mais no dia-a-dia. A quantidade de atividade
física indicada para emagrecer vai depender de muitos fatores,
como idade, estilo de vida e saúde. Não adianta a pessoa se forçar
a fazer ginástica. Se movimentar é importante para acionar a
queima de gordura, senão o corpo começa a queimar músculos",
explica Jocelem. Alexandre Mehreb completa: "Os exercícios
intensos não são indicados para quem está fazendo uma dieta
muito restritiva. Nesses casos, o melhor é fazer atividades leves".

Fonte:
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2007/10/16/298169233.asp

Excesso de peso é alvo de pesquisa no Brasil

22/11/2004

Para OMS, a obesidade ganhou proporções epidêmicas. No


Brasil, profissionais iniciam grupo de estudo com alimentos
específicos para combater o problema

SÃO PAULO - Há muito tempo a obesidade deixou de ser uma


preocupação estética e sua implicação com a saúde se tornou um
fator que vai para além da auto-estima. Ela já alcançou proporções
epidêmicas globais e preocupa cada vez mais os governos e órgãos
internacionais de saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde
(OMS) de 2004, constantes do documento intitulado "Doenças
crônico-degenerativas e obesidade: Estratégia mundial sobre
alimentação saudável, atividade física e saúde", alertam para
questões relevantes, como a relação da obesidade como causa de
inúmeras doenças, dentre elas diabetes tipo 2, cardiopatia, acidente
vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial e certos tipos de
câncer. O documento foi apresentado neste ano na Assembléia
Mundial da Saúde.

As facilidades da vida moderna são apontadas como vilãs desse


quadro, já que a nutrição inadequada e o sedentarismo estão
inseridos, atualmente, no dia-a-dia da maior parte da população.
Surpreendentemente, esses maus hábitos não são privilégio dos
países desenvolvidos; eles estão em franco crescimento nos países
em desenvolvimento, especialmente nos mais pobres, acarretando
um forte ônus para os cofres públicos, pois os tratamentos das
doenças decorrentes da obesidade costumam custar caro aos
governos.
No Brasil

Atualmente, 70 milhões de brasileiros, ou cerca de 40% da


população, estão acima do peso ideal. O excesso de peso também
é responsável por 80 mil mortes por ano, em média, no País. Se
considerarmos que a obesidade é uma doença que vem se
alastrando entre crianças e adolescentes, em pouco tempo esses
números também estarão mais gordos. De acordo com dados da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a obesidade nessa
faixa etária, no Brasil, cresceu 240% nas últimas duas décadas.

Mas ao mesmo tempo em que se apresentam estatísticas tão


preocupantes no Brasil, o País se redime diante de pesquisas
científicas de ponta, que trazem boas notícias para os obesos ou
candidatos à obesidade. Um desses trabalhos é coordenado por
Jocelem Salgado, professora titular em Nutrição Humana da USP
(Campus de Piracicaba), em que a pesquisadora incrementa um
suplemento alimentar de acordo com o padrão de aminoácidos
recomendado pela OMS.

Jocelem - que há 30 anos coordena uma equipe de pesquisadores


titulados pela USP e pela Unicamp em pesquisas nutricionais,
especialmente na área de emagrecimento — lembra que, desde o
início da década de 80, quando a obesidade ainda não era
reconhecida como epidemia mundial pela OMS, já havia a
preocupação com os comprometimentos que o sobrepeso traria à
saúde pública. Desde então, iniciaram pesquisas para buscar
soluções que contribuíssem com a reeducação alimentar e a
conseqüente perda de peso dos obesos, com resultados concretos
e definitivos, além de manter uma alimentação balanceada.

Totalmente contrária às dietas restritivas e regimes de fome, que


surgem principalmente no “pré-verão”, a pesquisadora alerta: “O
que faz perder peso é a reeducação alimentar e a prática de
exercícios físicos, ‘dietas milagrosas’ são tão voláteis quanto seus
resultados”.

Segundo Jocelem, o segredo para emagrecer é saber o que, como


e quanto comer. As principais estratégias para se chegar ao peso
ideal, garante a pesquisadora, é fracionar as refeições em 5-6
porções ao dia; comer devagar e mastigar bem os alimentos;
aumentar o consumo de frutas, verduras e grãos integrais; reduzir o
consumo de alimentos gordurosos, salgados e doces; moderar o
consumo de bebidas alcoólicas e abusar do consumo de água, pelo
menos 8-10 copos por dia.

Para facilitar a adesão às modificações alimentares propostas,


Jocelem orienta que a dieta seja complementada por alimentos ou
suplementos ricos em fibras e com nutrientes equilibrados, que,
além de proporcionarem menos calorias, aumentam a saciedade de
quem precisa emagrecer. “Só quem tem quilos a mais, adquiridos
com anos e anos de boa mesa, sabe o quanto é difícil comer
menos, certo e na hora correta. O estresse de comer pouco é o
principal fator de fracasso dos programas de reeducação alimentar,
por isso, alguns complementos alimentares podem funcionar muito
bem como coadjuvantes das estratégias propostas”.

Pesquisas e Novidades da Área

Dentro dessa filosofia, Jocelem e sua equipe desenvolveram e


lançaram na década de 1980 um programa alimentar cujo principal
composto nutricional era totalmente natural, rico em fibras,
proteínas vegetais e outros ingredientes fundamentais para garantir
a boa nutrição e saciedade.

Agora, passadas duas décadas, os cientistas fizeram uma


atualização desse programa alimentar e desenvolveram novas
ferramentas, oferecendo mais opções e praticidade para a vida do
novo século. “Na década de 80, preparar as refeições em casa e
sentar-se à mesa por um tempo maior eram rotinas normais. Hoje,
as pessoas têm pouco tempo e precisam de propostas mais
práticas, sem perder de vista o valor nutricional e os benefícios da
saúde”, afirma Jocelem.

“O programa é hipocalórico, isto é, em que alimentos do dia-a-dia


se equilibram com os compostos desenvolvidos, inseridos ao longo
de cinco a seis refeições diárias. Assim, eles funcionam como
coadjuvantes na perda de peso, além de ferramenta para uma
reeducação alimentar”, diz a pesquisadora. Ela completa
informando que os aminoácidos que faltam na soja foram
completados com os encontrados na aveia, na castanha de caju,
etc. “Assim, supera-se a recomendação de nutrientes da OMS sem
a presença de gorduras”, afirma.

“Essa mistura de aminoácidos, sempre em proporção adequada,


elevou a qualidade protéica do composto da década de 80”, informa
a pesquisadora. Segundo Jocelem, a pesquisa buscou uma
referência dietética de proteínas vegetais suficientes para satisfazer
as necessidades do organismo humano, concentrando mais os
nutrientes para possibilitar usar o produto menos vezes ao dia. Além
disso, as fibras também foram levadas em consideração por
proporcionarem saciedade e um bom funcionamento intestinal.

De acordo com a pesquisadora, a saciedade é um ponto forte do


programa. “Ao consumir um prato de 300 calorias, tem-se a
sensação de se ter ingerido o dobro, graças à presença de fibras
solúveis e insolúveis”.

Grupo de estudo

Além dos testes laboratoriais, que já garantem a eficácia e


segurança dos compostos alimentares, um grupo de estudo foi
montado em São Paulo. Durante um mês (de 25/10/04 a 25/11/04),
25 pessoas de sexos, idades e hábitos alimentares diferenciados
testarão os compostos. O grupo, que apresenta um Índice de
Massa Corporal (IMC) entre >25 <40, também inclui praticantes e
não-praticantes de exercícios físicos e será acompanhado por
nutricionistas e médicos da Fundação de Gastroenterologia de
Nutrição de São Paulo (Fugesp). Para obter mais informações
sobre Jocelem Salgado e seus estudos, é só acessar o site
www.emagrecer.com.br

Redação
Fonte:
http://www.eagora.com.br/ler.php?idnew=32781

Frutas: a importância para as crianças


Mais do que nunca os pesquisadores estão comprovando
a importância da alimentação na vida das pessoas, e
principalmente das crianças. Os maiores especialistas em
nutrição e medicina são unânimes em concordar que
certos alimentos quando consumidos regularmente desde
a infância, são capazes de prevenir doenças futuras como
o diabetes, a hipertensão, doenças cardiovasculares e até
mesmo o câncer. Os estudos também mostram que existem fortes
evidências do papel de certos alimentos em melhorar a
performance mental e física, auxiliar no crescimento e
desenvolvimento e ajudar na resistência às doenças (melhora do
sistema imunológico), entre outros benefícios.

No Brasil, o consumo de alimentos considerados benéficos para a


saúde, como as frutas, vem diminuindo gradativamente por conta
do crescimento da indústria alimentícia e do estilo de vida
inadequado de muitas crianças, que dão ênfase em suas dietas a
produtos processados, na maioria das vezes com alto valor calórico
e baixo valor nutricional. Observa-se em nosso país tendências
nutricionais desfavoráveis semelhantes as de países de primeiro
mundo, como o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras
e açúcar, tais como salgadinhos, batata frita, sanduíches, doces,
guloseimas, refrigerantes, etc, em detrimento ao consumo de frutas,
ricas em fibras, vitaminas, minerais e compostos ativos com ação
antioxidante.

Essa mudança no padrão alimentar das crianças brasileiras tem


causado sérios prejuízos à saúde delas, principalmente doenças
carenciais e obesidade, fazendo com que na vida adulta tornem-se
indivíduos menos produtivos e incapacitados para determinadas
atividades.

Por isso, as recomendações recentes do Committee on Diet and


Health são para que o consumo de frutas e vegetais em geral seja
aumentado desde a tenra infância, caso contrário, as doenças
crônico-degenerativas vão continuar matando e fazendo com que
os recursos financeiros do país não sejam suficientes para manter a
saúde da população, principalmente daqueles com idade superior a
50 anos.

As frutas e seus benefícios para a saúde das crianças

As frutas são fontes abundantes de vitaminas A (na forma de beta


caroteno), C, potássio, fibras e bioflavonóides, pigmentos que
possuem propriedades antioxidantes. Os benefícios de consumir
diariamente esses alimentos vão desde à prevenção de uma
doença carencial provocada pela baixa ingestão de vitaminas, por
exemplo, até a prevenção de problemas como constipação
intestinal (intestino preso), certos tipos de cânceres, doenças
cardiovasculares, diabetes, diverticulite, entre outras enfermidades.
As frutas cítricas como limão, laranja e tangerina, por exemplo, são
ricas em vitamina C, pectina (uma fibra solúvel) e bioflavonóides
conhecidos como limonóides. Todas essas substâncias podem
trazer inúmeros benefícios à saúde das crianças, uma vez que a
vitamina C previne o escorbuto e tem um papel importante na
absorção do ferro, prevenindo a anemia. Além disso, essa vitamina
junto com os limonóides, ajudam a reduzir o risco de doenças
crônicas e aumentam as defesas do sistema imunológico. Fibras
como a pectina, ajudam na função intestinal.

Outras frutas como maçã com casca (rica em fibras e


bioflavonóides), manga (rica em vitamina A e fibras), bananas (rica
em potássio), mamão (rico em vitamina C e beta caroteno),
morango, amora, uvas roxas (ricas em bioflavonóides), entre outras,
devem também sempre estar presente no cardápio das crianças. O
ideal é consumir cerca de 3 porções ao dia, sendo que uma porção
equivale a 1 banana, ou 1 maçã pequena, ou uma fatia média de
mamão, etc.

Os sucos e alimentos enriquecidos com polpas de frutas também


devem sempre ser preferidos em detrimento à refrigerantes, sucos
artificiais e alimentos ricos em açúcar. A nossa equipe, por exemplo,
desenvolveu um alimento totalmente natural para ser adicionado ao
leite das crianças contendo polpa natural de morango, além de soja,
aveia e proteínas do soro do leite. Esse alimento vem de encontro
às solicitações de pais aflitos com o grande número de suplementos
alimentares cada vez mais calóricos, açucarados e artificiais
disponíveis nas prateleiras dos supermercados. Informações sobre
sua pesquisa podem ser obtidas no fone 0800554414.

Seu filho merece uma infância saudável

Não devemos nos esquecer que a ingestão adequada de nutrientes,


principalmente na fase da infância, é necessária como requisito
básico para a saúde da criança, influenciando sua capacidade de
brincar, estudar, sua aparência e longevidade. O fato das crianças
estarem crescendo e desenvolvendo ossos, músculos e sangue, faz
com que necessitem de mais alimentos nutritivos em proporção ao
seu peso do que os adultos. Uma criança bem alimentada e nutrida,
dificilmente adoece, porque seu sistema imunológico está
preparado para lutar contra as doenças. Uma criança mal nutrida,
com alimentação pouco variada, pode se tornar fraca, irritadiça,
desanimada, sem vontade de andar, brincar, pensar, estudar, enfim,
de realizar qualquer atividade que dependa de esforço muscular e
cerebral. Por isso, se quisermos que nossas crianças sejam adultos
saudáveis, temos que cuidar de seus hábitos alimentares desde a
infância e a adolescência, e as frutas são grandes aliados nesse
sentido.

Fonte:
http://www.jocelemsalgado.com.br/padrao.aspx?texto.aspx?idconte
nt=650&idContentSection=289

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