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Caderno Ibfc 142
Caderno Ibfc 142
Distanásia e a Ortotanásia
(...) Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores,
humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem
que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém
tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo
de que a passagem seja demorada.
Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe
dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza. (...)
Outra citação – Heloise Zanelato
Antigamente o paciente em fase terminal, morria lentamente em sua própria
casa, onde tinha tempo para despedir-se e passar seus últimos momentos com
seus familiares. Com o desenvolvimento científico o morrer tornou-se mais
solitário e desumano. Geralmente o doente é confinado em um hospital,
estando as pessoas mais preocupadas com o funcionamento de seus pulmões,
secreções e não com o ser humano que há nele. Estando muitas vezes sofrendo
mais emocionalmente que fisicamente. (...)
CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA
CAPÍTULO I - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus
ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas
de seus pacientes, relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos
por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente
reconhecidas.
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer
todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou
terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa
do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal.
Terminalidade da Vida
Paciente Terminal
É aquele que está em fase final por evolução da sua doença, sem
mais condição de reversibilidade, mesmo que parcial e
temporária, frente a qualquer medida terapêutica conhecida e
aplicada.
Trata-se de HOMICÍDIO, ato ilícito não admitido pelo Direito, nem pela Ética
Médica.
É a prática pela qual se abrevia a vida de um enfermo incurável de maneira controlada e assistida
por um especialista. Prática esta proibida no Brasil e considerada homicídio.
Atualmente, a morte assistida é permitida em quatro países da Europa Ocidental: Holanda, Bélgica,
Luxemburgo e Suíça;
em dois países norte-americanos: Canadá e Estados Unidos, nos estados de Oregon, Washington,
Montana, Vermont e Califórnia;
Reflexão sobre a morte
A distanásia é um termo pouco conhecido, porém, muitas vezes, praticada no campo da saúde. É conceituada
como uma morte difícil ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo da morte, por meio de
tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente, sem qualidade de vida e sem dignidade. Também
pode ser chamada de obstinação terapêutica.
Nesse sentido, enquanto, na eutanásia, a preocupação principal é com a qualidade de vida remanescente, na
distanásia, a intenção é de se fixar na quantidade de tempo dessa vida e de instalar todos os recursos possíveis
para prolongá-la ao máximo.
O direito de morrer
Tal direito está consagrado no Código Civil em seu artigo 15, que dispõe
que “ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a
tratamento médico, ou intervenção cirúrgica”.
Ademais, esse direito de decisão do paciente foi regulamentado na Resolução
1.1995 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que apresenta as diretrizes
para se concluir o testamento vital.
O relacionamento com a família e o respeito
às diferenças
https://portal.coren-sp.gov.br/wp-
content/uploads/2023/03/Parecer_006_2023_Processo-de-morte-
Ortotanasia.pdf
https://www.jusbrasil.com.br/artigos/o-que-e-testamento-
vital/240255230#:~:text=Testamento%20Vital%20%C3%A9%20um%20docum
ento,para%20expressar%20livremente%20sua%20vontade.