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1ºT - 2ºP - Filosofia - 10ºA
1ºT - 2ºP - Filosofia - 10ºA
Argumentos dedutivos
➔ Tipo de raciocínio em que há a passagem do geral para o particular;
➔ Para ser válido tem que apresentar coerência interna. Existir um nexo lógico entre a
conclusão e as premissas (as premissas apoiam de modo absoluto a conclusão);
➔ A conclusão segue-se necessariamente das razões ou premissas. Isso quer dizer
que, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão também será verdadeira, pois
não existe a menor possibilidade de que seja falsa, pois o que é verdadeiro para o
todo é necessariamente verdadeiro para a parte;
➔ É o tipo de argumento mais forte e rigoroso que existe, porque se aceitamos as
premissas, também temos que aceitar a conclusão;
➔ Não é um argumento ampliativo, ou seja, não há aumento do conhecimento, pois o
que é dito na conclusão já está presente nas premissas, havendo apenas uma
explicitação do conteúdo das premissas;
➔ O que define um argumento dedutivo de forma inconfundível é o facto de ser o único
tipo de argumento que gera certeza absoluta ou, como se diz na lógica, que a
conclusão é necessária.
Ex1: Observou-se que os cisnes vistos até ao momento são brancos, por isso, todos os cisnes são brancos.
Ex2: O remédio R curou a Sida do paciente A; o remédio curou a Sida do paciente B; o remédio R curou a Sida
do paciente C; o remédio R curou a Sida do paciente D. Logo, o remédio R cura a Sida.
Ex1: Todos os cisnes conhecidos até hoje são brancos, logo, o próximo cisne que avistar será branco.
Ex2: Como o remédio R curou, até ao momento, a Sida de todos os pacientes que tinham esta doença, então o
próximo paciente com Sida que tomar o remédio R ficará curado.
Analogia
➔ Baseado em comparações entre seres de universos diferentes e a partir das
semelhanças verificadas, inferem-se outras semelhanças.
➔ Tem a seguinte estrutura: perante duas realidades que se assemelham fortemente e
tendo uma delas uma certa característica, concluímos que também a outra tem essa
mesma característica.
➔ A conclusão não é garantidamente verdadeira, podendo estes argumentos ser mais
ou menos fortes.
➔ Aem a seguinte forma lógica (ou outras análogas):
x é como y.
y é A.
Logo, x é A.
➔ Como a analogia tem a ver com semelhanças entre universos diferentes, para que
seja forte há que:
a) verificar se as semelhanças existentes são relevantes, isto é, se evidenciam que
há algo de significativo que efetivamente relaciona os objetos comparados.
b) verificar se a comparação é baseada num número razoável de semelhanças;
c) verificar se não existem diferenças significativas entre o que está a ser
comparado.
Exemplos:
a) Se o Henrique e o Heitor usam meias e sapatos e se o Heitor é rico. Logo, o Henrique também é
rico.
b) Este doente tem diarreia, dores abdominais, náuseas, vómitos e anúria. As pessoas com esses
sintomas geralmente têm cólera. Logo, este doente tem cólera.
Argumentos não dedutivos (continuação)
Autoridade
➔ Recurso aos conhecimentos e saberes desenvolvidos por pessoas e/ou instituições
para suportar, fundamentar a defesa de uma tese.
➔ Consiste em defender a verdade de uma conclusão porque uma certa autoridade
(uma ou várias pessoas, uma ou várias instituições) defende que ela é verdadeira.
➔ Num argumento de autoridade, a conclusão não é garantidamente verdadeira, mas
as premissas podem apoiar fortemente a conclusão, isto é, podem contribuir
bastante para que ela seja aceite como muito provável.
➔ Se a defesa de uma tese assenta em argumentos de autoridade fortes, significa isso
que:
● A fonte onde se foi buscar o conhecimento é credível, qualificada; a
autoridade invocada tem que ser competente no que respeita ao assunto em
causa; as pessoas ou instituições mencionadas têm que ser especialistas de
reconhecido mérito nos assuntos em questão.
● A fonte é imparcial (não está ao serviço de interesses políticos, económicos
ou pessoais). Por exemplo, se uma empresa tabaqueira declarasse que «o
tabaco faz bem à saúde», não levaríamos a sério a sua posição, pois
sabemos que essa empresa não é imparcial, dado o seu interesse em vender
tabaco.
● Há acordo quanto à informação (não deve haver informação contraditória);
deve haver consenso entre os especialistas sobre os assuntos abordados, o
que quer dizer que não podem existir autoridades competentes que se
contradigam.
● Há que referenciar/identificar as fontes consultadas.
Exemplos: “Os nutricionistas defendem que uma alimentação pobre em vegetais é pouco saudável; logo, uma
alimentação pobre em vegetais é pouco saudável».
Falácia
Uma falácia é um erro de raciocínio. palavra com origem no termo latino “fallacia”, aquilo
que engana ou ilude.
Um raciocínio falacioso contém falácia(s), isto é, falha(s)/erro (s), mas que aparenta ser
correto, lógico e válido.
Se … e …. > premissas
Logo … > conclusão