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1. Introdução
2. Fontes do Direito Penal
3. Interpretação da lei penal
4. Aplicação da lei penal
5. Tempo e lugar do crime
6. Conflito aparente de normas
7. Lei penal no espaço
8. Lei penal em relação às pessoas
Introdução
DIREITO PENAL
-Partes
-Características
Fontes do Direito Penal
Fonte formal imediata: a LEI - modalidades
As leis penais incriminadoras são as
Leis que definem os tipos penais e
cominam as respectivas sanções, a
Penais exemplo do que ocorre com o art. 121
do Código Penal.
incriminadoras
- Espécies -
1. Quanto ao sujeito: .. autêntica .. científica ou doutrinária .. judicial
Efeito ex tunc
Exposição de Súmulas
Motivos
Interpretação da lei penal
– Espécies -
Emoção e paixão
poligamia
Funcionário Público
Fontes do Direito Penal
Analogia ... ubi idem ratio, ibi idem ius
1. Conceito: forma de auto-integração da lei, consiste em se aplicar a
uma hipótese não regulada por lei disposição relativa a um caso
semelhante.
2. Modalidades:
- Analogia in bonam partem; * Aborto sentimental
- Analogia in malam partem. * Arma de brinquedo
Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade
Aplicação da lei penal
2. Eficácia da lei penal no tempo
- Tempus regit actum;
- Novatio legis incriminadora;
- Abolitio criminis;
- Novatio legis in pejus (lex gravior);
- Novatio legis in mellius (lex mitior);
- lei intermediária.
-Conjugação de leis: diante do caso concreto, é possível o confronto entre duas leis
regendo a mesma situação. Neste caso, segundo orientação majoritária da doutrina, é
permitido ao defensor do réu ou condenado escolher, entre as duas leis, suas partes
mais benignas (Frederico Marques); todavia, o STF não admite a conjugação.
Aplicação da lei penal
2. Eficácia da lei penal no tempo
- Tempus regit actum;
- Novatio legis incriminadora;
- Abolitio criminis;
- Novatio legis in pejus (lex gravior);
- novatio legis in mellius (lex mitior);
- lei intermediária
Até quando se pode aplicar a lex mitior e quem é competente para tanto
Aplicação da lei penal
3. Leis temporárias e excepcionais
“A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período
de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua
vigência.” (art.3o, CP)
Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade
Extra-atividade
Retroatividade Ultra-atividade
Teoria da
atividade
Teoria do
resultado
Teoria da
ubiqüidade
Tempo e lugar do crime
“considera-se praticado o
crime no momento da ação “considera-se praticado o
ou omissão, ainda que crime no lugar em que
outro seja o momento do ocorreu a ação ou omissão,
resultado.” (art.4o, CP) no todo ou em parte, bem
como onde se produziu ou
deveria produzir-se o
Teoria da resultado.” (art.6o, CP)
atividade
“A prescrição, antes de transitar em
Teoria do julgado a sentença final, começa a
resultado correr do dia em que o crime se
consumou.” (art.111, I, CP)
Teoria da
ubiqüidade
Conflito aparente de normas
Princípios que resolvem o conflito:
- princípio da especialidade;
- princípio da subsidiariedade;
- princípio da consunção (ou absorção);
- princípio da alternatividade.
“Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido.” (súmula 17, STJ)
Lei penal no espaço
Área terrestre
+ Mar territorial
+ Espaço aéreo
+ Embarcação pública ou a serviço do Brasil Território
+ Aeronave pública ou a serviço do Brasil .
por extensão
= Território nacional
A imunidade parlamentar não se estende ao co-autor do ilícito que não goze dessa
prerrogativa, consoante a súmula 245 do STF.
Lei penal em relação às pessoas
Imunidades parlamentares
2. Imunidade formal ou relativa (processual):
“As imunidades parlamentares processuais, ou relativas,
são as que se referem à prisão, ao processo, às
prerrogativas de foro e para servir de testemunha,
embora somente as duas primeiras sejam incluídas na
noção de imunidade em sentido estrito.”(MIRABETE)
morte
Fato típico
Tipicidade espancamento conduta
morte resultado
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
1. Teoria causalista (naturalista, tradicional,
clássica, causal-naturalista): considera o
comportamento humano voluntário no mundo
exterior (fazer ou não-fazer), num processo
mecânico, muscular, independentemente do fim
a que a vontade se dirige.
Basta a certeza da atuação voluntária do agente,
sendo irrelevante seu querer.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
1. Teoria causalista (naturalista, tradicional,
clássica, causal-naturalista) – características:
- Inexiste diferença entre lesão culposa e dolosa;
- O querer intencional de produzir o resultado
(dolo) situa-se na culpabilidade, e não na ação;
- O resultado traduz o desvalor da ação, o que
deixa sem resposta a penalização dos crimes
tentados.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
2. Teoria social (ação socialmente adequada ou
normativa): ação é a conduta socialmente
relevante, dominada ou dominável pela vontade
humana.
Surge, todavia, a dificuldade de se conceituar o que
seja relevância social da conduta, pois essa
tarefa exigiria o juízo de valor, ético, de difícil
avaliação.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
3. Teoria finalista da ação: toda conduta humana
é dirigida a um fim (fazer ou não fazer
voluntário).
O conteúdo da vontade está na ação.
Fato típico
Teorias sobre a conduta: conduta
3. Teoria finalista da ação – características:
- O desvalor do resultado não constitui elemento
diversificador do crime;
- A diferença está na ação;
- A ação é uma atividade humana direcionada a
um fim;
- A vontade abrange o objetivo que o agente
pretende alcançar, os meios empregados e as
conseqüências secundárias do crime;
- O dolo e a culpa integram o tipo.
ação resultado
omissão resultado
Fato típico
Crime omissivo próprio conduta
omissão resultado
Dever jurídico de
impedir o resultado
Fato típico
Crime omissivo impróprio conduta
resultado
Fato típico
1. Crimes materiais: aqueles em que a consumação só
ocorre com a produção do resultado naturalístico.
conduta resultado
conduta resultado
conduta resultado
morte
Fato típico
O Código adotou o teoria da
espancamento
equivalência dos antecedentes
causais (conditio sine qua non), a
qual atribui relevância causal a todos
os antecedentes do resultado,
considerando queMorte causada
nenhum por
elemento, nexo causal
lesões
de que depende sua produção, pode
ser excluído da linha de “Causa é toda ação ou
desdobramento causal. omissão sem a qual o
resultado não teria
ocorrido.”
morte
Fato típico
espancamento
nexo causal
É a adequação
perfeita entre
o fato concreto Morte causada por
lesões
e a descrição
contida na norma.
morte
Fato típico
Tipicidade - elementos
Elemento subjetivo
Elemento normativo
morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem. Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco
Morte causada por
de produzi-lo.
lesões
Elemento objetivo
Elemento subjetivo
Elemento normativo
morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
Ofender a integridade corporal ou a saúde
de outrem. Se resulta morte e as
circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado, nem assumiu o risco
Morte causada por
de produzi-lo.
lesões
Elemento objetivo
Elemento subjetivo
Elemento normativo
morte
Fato típico
Tipicidade - elementos espancamento
A análise dos elementos da tipicidade
leva à conclusão de ocorrência da lesão
corporal seguida de morte.
Morte causada por
lesões
Elemento objetivo
Elemento subjetivo
Elemento normativo
morte
Imputação objetiva
Risco espancamento Risco
proibido permitido
Briga de rua Vale-tudo
Resultado
Resultado
normativo
normativo
morte
Fato típico
Tipicidade Formal: consiste na correspondência entre
uma conduta da vida real e o tipo legal de crime previsto na
lei penal.
Tipicidade Material: a conduta, além de sua adequação
formal, deve ser materialmente lesiva a bens jurídicos ou
ética e socialmente reprovável. Os comportamentos
normalmente permitidos são materialmente atípicos. A
ausência de tipicidade material leva à atipicidade da
conduta. Não se confunde com as causas de justificação. A
tipicidade material pode ser excluída com base nos
princípios da adequação social da conduta e da
insignificância.
Abrangência do dolo
Índice Geral
1. Crime culposo
2. Crime preterdoloso
3. Iter criminis
4. Arrependimento e desistência
5. Crime impossível
6. Ilicitude
7. Erro
Crime culposo
Tipicidade conduta voluntária Inobservânc
ia de
cuidado
objetivo
Nexo causal
isão
v
e pre
ciad
u sên
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime culposo
Tipicidade conduta voluntária Inobservânc
ia de
MODALIDADES DE CULPA cuidado
1. Imprudência: é a prática de fato perigoso;
objetivo
2. Negligência: é a ausência
Nexo de precaução ou indiferença em
causal
relação ao ato realizado;
o
3. Imperícia: é a falta de aptidão para o exercício de arte ou evisã
profissão. e pr
ia d
n c
u sê
A
involuntário resultado previsibilidade
Crime culposo
ESPÉCIES DE CULPA Inobservânc
Tipicidade conduta voluntária
ia deeste espera
1. consciente: o resultado é previsto pelo agente, mas
levianamente que o mesmo não ocorra ou que pode evitá-lo;
cuidado
objetivo
2. inconsciente: o resultado não é previsto pelo agente, embora
previsível. É a culpa comum. Também denominada culpa
própria; Nexo causal
Momentos da consumação:
-CrimesAmateriais;
cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
-Crimes formais;
-CrimesOs
deatos
merapreparatórios
conduta; não constituem fato punível, salvo quando a
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
-Crimes omissivos
punem-se próprios;
os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.impróprios;
-Crimes omissivos
-CrimesAcomplexos.
execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à
Quando se consuma
realização o latrocínio segundo a súmula 610 do STF
do crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO
Momentos da consumação:
-CrimesAmateriais;
cogitação não constitui fato punível, salvo quando ela se projeta
no mundo exterior e constitua, por si só, fato típico.
-Crimes formais;
-CrimesOs
deatos
merapreparatórios
conduta; não constituem fato punível, salvo quando a
lei o define como ato executório de outro delito. Neste caso,
-Crimes omissivos
punem-se próprios;
os atos executórios, e não os preparatórios em si
mesmos.impróprios;
-Crimes omissivos
-CrimesAcomplexos.
execução ocorre quando o comportamento do agente dá início à
Qual arealização
diferença do
entre consumação e consunção
crime.
Iter criminis
TENTATIVA
CONSUMAÇÃO
Atipicidade Tentativa
Ineficácia absoluta do meio: Ineficácia relativa do meio: arma
ministração de açúcar em vez de carregada que nega fogo.
veneno; utilização de arma
descarregada.
Impropriedade absoluta do objeto: Impropriedade relativa do objeto:
punhaladas em pessoa morta; caneta da vítima desvia o projétil;
mulher que, supondo estar grávida, dólar furado; agente dispara tiros de
pratica manobras abortivas; agente, revólver no leito da vítima que dele
supondo de outro um objeto, retira o saíra segundo antes.
próprio.
Espécies:
- Ilicitude formal
- Ilicitude material;
- Ilicitude objetiva;
- Ilicitude subjetiva.
ilicitude
tipicidade culpabilidade
tipicidade
Erro
Erro de tipo Erro de proibição
inescusável inescusável
1 /3
/ 6 a
1
tipicidade de
culpabilidade
tipicidade
o
uç ã
Red
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial escusável inescusável
-Erro de tipo strictu sensu;
-Descriminantes putativas;
-Erro provocado por dolo e culpa dolo e culpa
terceiro.
tipicidade tipicidade
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
-Aberratio criminis.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; Ocorre quando a falsa percepção
-Error in persona;
impede o sujeito de compreender a
-Erro provocado por terceiro. -Aberratio ictus;
natureza criminosa do fato. Recai
sobre os elementos ou-Aberratio criminis.
circunstâncias
do tipo penal.
Erro
Erro de tipo - formas
1. Erro de tipo essencial 2. Erro de tipo acidental
-Erro de tipo strictu sensu; -Error in objecto;
-Descriminantes putativas; -Error in persona;
-Erro provocado por terceiro. Ocorrem quando o agente, levado
-Aberratio ictus;a
erro pelas circunstâncias do caso
-Aberratio criminis.
concreto, supõe agir acobertado por
uma causa de exclusão da ilicitude.
1 /3
/6 a
1
o de
culpabilidade
tipicidade culpabilidade
tipicidade
uçã
Red
Erro
formas - Erro de proibição
1. Erro de proibição escusável 2. Erro de proibição inescusável
-Erro direto; Ocorre quando o agente, nas
circunstâncias em que se
-Erro de mandamento;
encontrava, tinha
-Erro de proibição indireto. possibilidade de ter ou atingir
a consciência do caráter ilícito
do fato, mas, por descuido,
leviandade, não tinha tal
consciência.
Índice Geral
1. Culpabilidade
2. Concurso de pessoas
Culpabilidade
TEORIAS
Teoria psicológica
Culpabilidade
TEORIAS
Teoria estrita
Teoria limitada
Culpabilidade
ELEMENTOS
Culpabilidade
Participação
Ocorre a participação quando o agente, não praticando atos
executórios do crime, concorre de qualquer modo para a sua
realizaçãoCo-autoria
(art.29).
Partícipe é aquele que acede sua conduta à realização do crime,
manifestando sua ação na forma de induzimento, instigação ou
auxílio.
Concurso de pessoas
-Conceito de concurso de pessoas;
-Espécies de crimes quanto ao concurso de pessoas:
- monossubjetivos e plurissubjetivos;
-Espécies de crimes plurissubjetivos:
- de condutas paralelas, de condutas
convergentes, de condutas contrapostas.
-Natureza jurídica do concurso de pessoas:
- Teoria dualista;
- Teoria pluralística;
- Teoria unitária ou monista.
2. Inimputabilidade;
4. Obediência hierárquica.
Concurso de pessoas
Participação
1. Participação moral:
- instigar é reforçar uma idéia preexistente; o agente já tem a idéia do fato
criminoso, que é reforçada pelo partícipe.
- induzir (ou determinar) é fazer surgir a idéia no agente, antes inexistente. Pode
ser manifestado na forma de mandato, paga, promessa, ordem etc.
Questionamentos:
-o que ocorre se houver descumprimento da pena substitutiva?
-se sobrevier outra condenação, o que deve fazer o juiz?
-é possível a substituição quando se tratar de crime de tráfico?
Classificação das Penas
Restritiva de Direitos
4. PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA:
Consiste no pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou
a entidade pública ou privada com destinação social, de importância
fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem superior
a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos.
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
AGRAVANTES E
ATENUANTES
Aplicação da Pena
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS
AGRAVANTESDE
E
AUMENTOEE
AUMENTO
ATENUANTES
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
1. Referentes ao agente:
- culpabilidade;
- antecedentes;
- conduta social;
- personalidade.
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
2. Referentes ao crime:
- motivos;
- circunstâncias;
- conseqüências.
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
3. Referentes à vítima:
- comportamento.
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
Aplicação da Pena
1. REINCIDÊNCIA:
- alcance da reincidência;
- reincidência específica;
AGRAVANTES E - reincidência especial;
ATENUANTES
- efeitos da reincidência.
Aplicação da Pena
2. Motivo fútil;
3. Motivo torpe;
4. Finalidade de facilitar ou
assegurar a execução,
AGRAVANTES E
ocultação, impunidade ou
ATENUANTES
vantagem de outro crime;
5. traição, emboscada,
dissimulação, ou outro
recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa
do ofendido.
Aplicação da Pena
6. Emprego de veneno, fogo,
explosivo, tortura, ou outro
meio insidioso ou cruel, ou
de que podia resultar perigo
comum;
AGRAVANTES E
ATENUANTES 7. Contra ascendente,
descendente, irmão ou
cônjuge;
8. Abuso de autoridade ou
prevalecendo-se de relações
domésticas, de coabitação ou
de hospitalidade;
Aplicação da Pena
9. Abuso de poder ou violação
de dever inerente a cargo,
ofício, ministério ou
profissão;
AGRAVANTES E 10. Contra criança, velho,
ATENUANTES enfermo ou mulher grávida;
11. Quando o ofendido estava
sob imediata proteção da
autoridade;
12. Ocasião de incêndio,
naufrágio, inundação ou
qualquer calamidade pública,
ou desgraça particular;
Aplicação da Pena
13. Embriaguez preordenada;
14. Agravantes no concurso de
pessoas:
- promove ou organiza;
AGRAVANTES E
ATENUANTES - coage ou induz;
- instiga ou determina;
- pratica mediante paga ou
promessa de pagamento.
Aplicação da Pena
1. MENOR DE 21 E MAIOR
DE 70*;
2. Desconhecimento da lei;
3. Motivo de relevante valor
AGRAVANTES E
social ou moral;
ATENUANTES
4. Tentativa de evitar ou
minorar as conseqüências do
crime, ou reparação do dano
antes do julgamento;
AGRAVANTES E
ATENUANTES
2a fase
CIRCUNSTÂNCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS
JUDICIAIS
1a fase
SISTEMA TRIFÁSICO
Fixação da Pena
- No concurso de agravantes
e atenuantes, devem-se
observar as circunstâncias
preponderantes, quais sejam,
motivos do crime,
AGRAVANTES E
personalidade do agente e
ATENUANTES
reincidência.
- A menoridade sempre
prepondera.
- Circunstâncias subjetivas
preponderam sobre
objetivas.
Fixação da Pena
CAUSASDE
CAUSAS DE
AUMENTO EE
AUMENTO
DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO
“No concurso de causas de aumento ou de
diminuição previstas na parte especial,
pode o juiz limitar-se a um só aumento ou
a uma só diminuição, prevalecendo,
todavia, a causa que mais aumente ou
diminua.” (art. 68, p.ún.)
Concurso de Crimes
Concurso de Crimes
Concurso
Material
Crime
Continuado
Concurso
Formal
Concurso de Crimes
Concurso
Cúmulo
Material
material
Exasperação
Crime
Continuado
de 1/6 a 2/3
Exasperação
Concurso
Formal
de 1/6 a 1/2
Concurso de Crimes
Crime
Continuado
Concurso de Crimes
- Crime continuado específico: “nos crimes dolosos, contra vítimas
diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o
juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a
personalidade de agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se
diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70
e do art. 75 deste Código.”
Crime
Continuado
Concurso de Crimes
Teorias sobre o crime continuado:
- Teoria objetiva/subjetiva: para se reconhecer a continuidade delitiva é
exigido, além dos elementos objetivos, unidade de dolo (unidade de
desígnios). O STJ e STF tendem para esta teoria.
- Teoria puramente objetiva: deduz o conceito de condutas continuadas
dos elementos exteriores da homogeneidade. É a adotada no CP.
Crime
Continuado
Concurso de Crimes
“Quando o agente, mediante uma só
ação ou omissão, pratica dois ou mais
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe
a mais grave das penas cabíveis ou, se
iguais, somente uma delas, mas
aumentada, em qualquer caso, de um
sexto até metade.” (art.70)
Concurso
Formal
Concurso de Crimes
concurso formal impróprio:
“As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou
omissão é dolosa e os crimes
concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no
artigo anterior.” (art.70, in fine)
Concurso material benéfico:
“Não poderá a pena exceder a que seria
cabível pela regra do art. 69 deste
Código.” (art.70,p.ún.)
Concurso
Formal
Limite das Penas
3a condenação
2a condenação
1a condenação
Roubo com
Extorsão resultado
mediante morte
seqüestro
Homicídio qualificado
14 anos de reclusão à O 18
56-26=30
56
42
24 anos de reclusão
18 anos de reclusãoAÇ
I C
I F
UN
Requisitos subjetivos:
1. não seja o condenado reincidente;
2. a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do
agente, bem como os motivos e as circunstâncias do crime autorizem;
Condições judiciais do sursis: art.79 do CP.
-No sursis especial todas as circunstâncias do art.59 devem ser favoráveis;
-Sursis Vs. Substituição da pena: o sursis só é cabível quando não for possível
a substituição da pena privativa da liberdade pela restritiva de direitos.
Sursis
Causas de revogação obrigatória:
1. Condenação, em sentença irrecorrível, por crime doloso (art. 81, I);
2. Frustração da execução da pena de multa ou não reparação do dano,
sem motivo justificado;
3. Omissão em prestar serviços à comunidade ou não submissão à
limitação de fim de semana.
Revogação do Sursis
Sursis
Causas de revogação facultativa:
1. Descumprimento de qualquer outra condição imposta;
2. Condenação irrecorrível, por crime culposo ou contravenção, a pena
privativa da liberdade ou restritiva de direitos.
Revogação do Sursis
Livramento Condicional
Conceito:
“é a concessão, pelo poder jurisdicional, da liberdade
2/3 antecipada ao condenado, mediante a existência de
pressupostos e condicionada a determinadas exigências
durante o restante da pena que deveria cumprir preso.”
Requisito temporal:
1/2
1. Condenado não-reincidente: cumprido mais de 1/3 da
pena;
2. Condenado reincidente: cumprido mais de 1/2 da pena;
1/3 3. Condenado por crime hediondo, tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e terrorismo: cumpridos mais de 2/3 da
pena.
Livramento Condicional
Demais requisitos:
1. Condenação a pena privativa da liberdade igual ou superior
2/3 a 2 anos;
2. Comportamento satisfatório, bom desempenho no trabalho
que lhe foi atribuído e aptidão para prover a própria
subsistência;
1/2
3. Reparação do dano.
-Reincidência “especial”: se o apenado for “reincidente
específico” em crimes hediondos ou assemelhados, não pode ser
beneficiado pelo livramento condicional.
1/3
-Requisito para o condenado por crime doloso cometido
com violência ou grave ameaça à pessoa: a concessão do
livramento ficará subordinada à constatação de condições que façam
presumir que o liberado não voltará a delinqüir.
Livramento Condicional
Concessão: atendidos os requisitos legais o juiz, após
parecer do Conselho Penitenciário e ouvido o Ministério
2/3 Público, concederá o livramento condicional.
Condições obrigatórias:
1. Obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável;
4. Extinção da pena:
Se, até o término do período de prova, o livramento não é
revogado, considera-se extinta a pena privativa de
liberdade (art.90).
A sentença é meramente declaratória, de forma que a
extinção da punibilidade é contada a partir do término do
período de prova, e não da data da decisão.
Livramento Condicional
Período de Prova
secundário
primário
efeito penal
específico genérico efeito extrapenal
Efeitos da Condenação
secundário
Imposição da pena ou da
primário medida de segurança.
efeito penal
específico genérico
Efeitos da Condenação
1. Revogação (facultativa ou
obrigatória) do sursis
anteriormente concedido;
secundário
2. Revogação (facultativa ou
primário
obrigatória) do livramento
efeito penal condicional;
específico genérico 3. Caracterização da
reincidência;
4. Aumento do prazo da
prescrição quando caracterizar
a reincidência;
5. Revogação da reabilitação;
Efeitos da Condenação
6. Possibilidade de argüição de
exceção da verdade nas
hipóteses de calúnia e
secundário
difamação;
primário
7. Inscrição do nome do
efeito penal condenado no rol de culpados.
específico genérico
Efeitos da Condenação
secundário
1. Tornar certa a obrigação de
primário
indenizar o dano causado
pelo crime;
2. A perda em favor da União,
específico genérico efeito extrapenal
ressalvado o direito do
lesado ou de terceiro de
boa-fé:
a) do instrumento do crime;
b) do produto do crime.
Efeitos da Condenação
1. Perda de cargo,
função pública ou
mandato eletivo; secundário
2. Incapacidade para o primário
exercício do pátrio
poder, tutela ou
curatela; específico genérico efeito extrapenal
3. Inabilitação para
dirigir veículos.
5. Revogação:
Revogável de ofício ou a requerimento do MP se
o reabilitado é condenado, como reincidente,
por decisão definitiva, à pena que não seja de
multa (art. 95).
Medida de Segurança
1. Conceito:
É uma modalidade de sanção penal de caráter
preventivo e assistencial, reservada aos
inimputáveis e semi-imputáveis.
Enquanto a aplicação da pena tem por
fundamento a culpabilidade do acusado, a medida
de segurança baseia-se na periculosidade do
condenado.
2. Sistemas:
a) duplo binário;
b) vicariante.
Medida de Segurança
3. Pressupostos:
Para que seja possível a medida de segurança é
necessário que o agente, inimputável ou semi-
imputável, pratique um fato típico e ilícito (punível) e
tenha reconhecida sua periculosidade (real ou
presumida).
Inexiste medida de segurança para o réu
imputável, ainda que perigoso.
4. Competência:
A medida de segurança é aplicada pelo juiz da
condenação.
-Na hipótese de superveniência de doença mental, será aplicada
medida de segurança substitutiva pelo juiz da execução (art. 183,
LEP)
Medida de Segurança
5. Procedimento:
Ao reconhecer a inimputabilidade do réu, o juiz
decreta a absolvição e impõe a medida de
segurança.
Em caso de semi-imputabilidade do réu, pode o
juiz optar pela redução da pena (art. 26, p.ún.,CP) ou
substituição da mesma por medida de segurança.
1. Morte do agente:
Em decorrência do princípio constitucional de que nenhuma pena passará da
pessoa de delinqüente (art.5o, XLV, 1a parte), não é possível a aplicação de
pena aos descendentes do agente falecido, ainda que seja a pena de multa.
Poderá, entretanto, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento
de bens ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
Extinção da punibilidade
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2. a. Anistia:
É o esquecimento jurídico do fato criminoso. Somente pode ser concedida por lei,
com caráter de generalidade, abrangendo fatos e não pessoas. Possui efeitos
ex tunc, apagando o crime, extinguindo a punibilidade e demais
conseqüências de natureza penal.
Não faz desaparecer os efeitos civis da condenação.
Pode ser concedida antes da sentença final ou depois da condenação irrecorrível.
Extinção da punibilidade
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2. b. graça ou indulto:
Graça (também considerada indulto individual) destina-se a pessoa determinada
e não a um fato.
O indulto coletivo abrange um grupo de sentenciados e normalmente alcança os
beneficiários tendo em vista a duração das penas que lhes foram aplicadas,
podendo exigir requisitos subjetivos (p.ex. primariedade) e objetivos (p.ex.
cumprimento de parte da pena).
A concessão do indulto é de competência do Presidente da República, podendo
delegar tais poderes a Ministro de Estado ou outras autoridades.
3. Abolitio criminis:
A punibilidade é extinta pela retroatividade da lei que não mais considera o fato
como criminoso (art.107,III), pois, ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e
os efeitos penais da sentença condenatória (art.2o).
A necessidade de reparação do dano permanece, por ser efeito civil.
Extinção da punibilidade
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4.a. Decadência:
Ocorre a decadência quando o ofendido perde o direito de exercitar a
representação ou ação privada por não tê-lo feito no prazo previsto em lei.
Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido decai do direito de queixa ou
de representação se não o exerce dentro do prazo de seis meses contado do
dia em que veio a saber quem é o autor do crime; ou a partir do dia em que
se esgota o prazo para o oferecimento da denúncia, no caso de queixa
subsidiária da ação penal pública (art. 103).
- O direito de queixa ou representação cabe:a) ao representante legal se o ofendido é menor de 18
anos; b) a ambos, se o ofendido tiver idade entre 18 e 21 anos.
- Se o ofendido for menor de 18 anos e seu representante legal não toma conhecimento do fato, ao
completar 18 anos começa o prazo de 6 meses contra o ofendido.
- Se o representante legal toma conhecimento do fato antes do ofendido completar 18 anos, conta-
se o prazo de 6 meses para o representante legal, sem prejuízo do prazo para o ofendido, após
completar 18 anos.
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4.b.Perempção – hipóteses:
a) O querelante deixa de promover o andamento do processo durante 30 dias
seguidos;
b) Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em
juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 dias, qualquer das
pessoas a quem couber fazê-lo;
c) O querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do
processo, ou deixar de formular pedido de condenação nas alegações finais;
d) Sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
- A perempção somente é aplicável às ações exclusivamente privadas; sendo ação
penal subsidiária, deve o Ministério Público retomar a ação.
- Há decisão de turma do STJ no sentido de que a ausência do querelante na audiência
de conciliação, em procedimento dos crimes contra a honra, não causa perempção.
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6. Retratação:
Retratação significa retirar o que disse, confessar que errou, dar mostras de
arrependimento afetivo.
Os crimes de calúnia e difamação (art.143) admitem retratação; a injúria não.
A retratação deve ser feita pela querelado antes de proferida a sentença, não
aproveitando aos co-autores, e só é válida como causa extintiva da
punibilidade quando prestada de forma irrestrita e incondicional.
É cabível a retratação nos crimes contra a honra praticados pela imprensa
(art.26, lei 5250/67).
Igualmente é possível nos crimes de falso testemunho e falsa perícia (art.342,
§3o), caso em que deverá ser prestada antes da sentença no processo em
que houve a perjúrio ou a falsa perícia. Neste particular, a retratação
comunica-se aos participantes (co-autores ou partícipes).
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16
12
pena
1 2 4 8 12
Extinção da punibilidade
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Natureza
20jurídica:
tempo a prescrição constitui matéria
Prescrição
de direito penal, e não de direito processual,
tanto que16se inclui entre as causas extintivas da punibilidade
previstas no CP (art.107,IV).
12
Imprescritibilidade: os crimes de racismo (lei nº7716/89), bem
como as ações de grupos armados, civis ou militares, contra a
8
ordem constitucional e o Estado Democrático, previstos como
crimes contra a Segurança Nacional (lei nº7170/83), são
4
imprescritíveis (art.5º, XLII e XLIV, CF). Os crimes hediondos e
assemelhados são prescritíveis.
2
Penas restritivas de direitos: aplica-se às penas restritivas de
direitos os mesmos prazos para as privativas da liberdade
(art.107,p.ún.). pena
1 2 entre
Qual a diferença 4 prescrição
8 e12
decadência em Direito Penal
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Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
Extinção da punibilidade
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Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
Extinção da punibilidade
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Recebimento
da denúncia sentença
fato ou queixa pronúncia condenatória
Extinção da punibilidade
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Recebimento
da denúncia sentença trânsito em
ou queixa pronúncia condenatória julgado
Recebimento
da denúncia sentença trânsito em
ou queixa pronúncia condenatória julgado
Na PPP antecipada, o prazo prescricional exigido pela lei ainda não ocorreu
efetivamente. Entretanto, o juiz, na perspectiva de que na sentença condenatória
será fixada uma pena que autoriza o reconhecimento da prescrição, concede esta
desde já. Esta providência tem sido repelida pelos Tribunais.
Extinção da punibilidade
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