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Elayne Ramos Cavalcante – R2 Enfermagem.

Introdução a
Terapia Alvo
Linha do tempo

1949 1999
Primeira quimioterapia –
Terapia Alvo
mustrada nitrogenada.

2011 2018
Imunoterapia Terapia Gênica
Terapia Alvo

o Terapias-alvo surgiram no final dos anos 90, a partir do conceito de que o foco do
tratamento é na célula que está doente, a célula maligna. Esse tipo de droga atua como um
míssil teleguiado, ela bloqueia as proteínas específicas — os alvos moleculares —
importantes para o funcionamento da célula cancerosa.
o Bloqueiam ou desligam os sinais que indicam às células cancerosas como crescer e se
dividir.
o Ligam ou promovem processos que resultem na morte natural das células.
o Liberem substâncias tóxicas especificamente nas células cancerosas para destruí-las
Tumores com Terapia Alvo atualmente

MAMA
20-25% HER2+
MELANOMA
01 Receptor de fator de 02 50% alteração no gene BRAF
crescimento que estimula
crescimento tumoral.

COLORRETAL LMC
03 EGRF – fator de crescimento
04 BCR-ABL ( cromossomo
Filadelfia )
Anticorpos
Monoclonais
terapia antineoplásica que utiliza anticorpos monoclonais.
(FREIRE, 2005) Os anticorpos monoclonais, como terapia
alvo, tem alta especificidade com poucos efeitos colaterais
e é o foco de muitas pesquisas nas doenças que necessitam
de tratamento clínico ou cirúrgico agressivo. Os anticorpos
monoclonais podem ser aplicados intactos ou acoplados a
outra molécula, por exemplo, um átomo fortemente
radioativo, este com objetivo de destruir uma célula alvo.
Anticorpo
Monoclonal
Os nomes genéricos dos AM apresentam
sufixos para designar os tipos de anticorpos,
os murinos são “omabe”, quiméricos são
“ximabe”, humanizados são “zumabe” e os
AM completamente humanos são “umabe”.
(DEL DEBBIO, 2007)
Indicações atuais para AM

Melanoma Linfoma de Hodking

Alteração genica em BRAF e PD1 utiliza o


NIVOLUMABE, que é indicado em monoterapia para o Linfoma de Hodgkin CD30+; linfoma
tratamento de melanoma avançado (irressecável ou
metastático). Ele foi associado com melhoras na anaplásico de grandes células
sobrevida global e na sobrevida livre de progressão da sistêmico. Utiliza-se
doença em pacientes com melanoma avançado BRENTUXIMABE
metastático, em comparação com o dacarbazina.
(BARBOSA, 2017)
Indicações atuais para AM

Linfoma não-Hodgkin
Mama HER 2 + CD20+_; LLC
Pertuzumabe – Perjeta
Rituximabe
Trastuzumabe - Herceptin
MABTHERA (RITUXIMABE)

Anticorpo monoclonal quimérico camundongo/humano que se


liga especificamente ao CD20 localizado nos linfócitos B
maduros mas não em outros tecidos normais. CD20 encontra-se
presente em mais de 95% de todas as células B dos LNHs e de
leucemias. O fármaco liga-se ao CD20 dos linfócitos B e inicia
reações imunológicas que mediarão a lise da célula B. Estudos in
vitro demonstram que rituximabe sensibiliza linhagens celulares
do linfoma B humano resistentes aos agentes quimioterápicos,
tornando-as vulneráveis.
TRASTUZUMABE (HERCEPTIN)
 anticorpo monoclonal humanizado que atinge seletivamente o domínio extracelular da proteína do
receptor-2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER-2). O proto-oncogene HER-2 ou c-erbB2
codifica uma proteína transmembrana, semelhante ao receptor que está estruturalmente relacionado ao
EGFR. Uma consequência da amplificação do gene HER-2 é um aumento da expressão da proteína
HER-2 na superfície dessas células tumorais, resultando em um receptor HER-2 constitutivamente
ativado. Trastuzumabe é um anticorpo monoclonal anti-HER-2, pois se liga aos receptores HER-2 que se
encontram presentes de maneira aumentada nos tumores HER-2 positivos, bloqueando o estímulo ao
crescimento tumoral. Recomendação: a primeira infusão deve ser feita em 90 min. Se
hipersensibilidade ou eventos à infusão, esta deve ser temporariamente diminuída ou interrompida e o
paciente tratado com paracetamol VO e difenidramina EV. Após melhora dos sintomas, a infusão pode
ser lentamente reiniciada. Quando administrado trastuzumabe SC, monitorar os pacientes quanto a sinais
e sintomas relacionados à administração por 6 h após a primeira injeção e por 2 h após injeções
subsequentes
Reações adversas frequentes
o cardiovascular: hipotensão (LNH 10%; LCC 2%). 
o Dermatológicas: sudorese noturna (LNH 15%); prurido (LNH 14%); erupção cutânea
(LNH 15%). 
o Gastrintestinais: dor abdominal (LNH 14%); diarreia (LNH 10%); náusea (LNH 23%);
vômito (LNH 10%). 
o Hematológica: anemia (LNH 8 a 35%). 
o Musculoesqueléticas: artralgia (LNH 10%); dor nas costas (LNH 10%); mialgia (LNH
10%). 
o Neurológicas: astenia (LNH 26%); tontura (LNH 10%); cefaleia (LNH 19%); neuropatia
sensorial (LNH 30%). 
o Respiratórias: aumento da frequência de tosse (LNH 13%); rinite (LNH 12%). 
o Outras: febre (LNH 53%); doenças infecciosas (LNH 31%); dor (LNH 12%); tremores
(LNH 33%).
Reações adversas sérias

Cardiovasculares: arritmia cardíaca; choque cardiogênico; insuficiência cardíaca; infarto do miocárdio;


arritmia supraventricular; taquicardia supraventricular. Dermatológicas: dermatite liquenoide; pênfigo
paraneoplásico; síndrome de Stevens-Johnson; necrólise epidérmica tóxica. Gastrintestinais: obstrução
intestinal; perfuração gastrintestinal; ileocolite regional. Hematológica: anemia graus 3 e 4 (LNH 3%);
anemia aplásica transitória; citopenia graus 3 e 4 (LNH 48%); neutropenia febril graus 3 e 4 (LLC 9% a
15%); anemia hemolítica; leucopenia graus 3 e 4 (LNH 4%; LLC 23%); linfocitopenia graus 3 e 4 (LNH
40%); neutropenia (LNH 8 a 14%); neutropenia graus 3 e 4 (LNH 4 a 6%; LLC 8,5 a 49%);
trombocitopenia (LNH 12%), graus 3 e 4 (2 a 9%), LLC (11%). Hepáticas: hepatite B aguda
fulminante; insuficiência hepática; recidiva de hepatite viral do tipo B. Imunológicas: reação à infusão
(LNH 77%); reação à infusão graus 3 e 4 (LNH 1,1 a 3,5%; LLC 7 a 9%). Oftálmica: ceratite ulcerativa
periférica. Renal: nefrotoxicidade. Respiratórias: bronquiolite obliterante; pneumonia por
Pneumocystis; pneumonite; fibrose pulmonar. Outras: angioedema (LNH 11%); doenças infecciosas
(LNH 4%); síndrome da lise tumoral

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