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A suplementação de proteína Aumenta o Metabolismo de Proteínas Corporais e

Recuperação do Desempenho após Exercício de Força: Estudo Cruzado Duplo Cego

Nutrients – 2017 (FI: 4.18)


INTRODUÇÃO
Consumo de proteína pós exercício é 20 a 25g de proteínas ricas em leucinas
essencial para melhorar a síntese proteica – otimizar a síntese!
e equilíbrio líquido de proteína
Indivíduos que treinam a noite: mais
sensíveis a intervenções nutricionais

Equilíbrio de proteínas do músculo do corpo todo é negativo durante


o período noturno (jejum) na ausência de proteínas dietéticas;

Ingestão de proteínas pré hora de dormir/pós exercício pode


acarretar aumentos de força e hipertrofia com treinamento crônico
16 jovens saudáveis;
Exercícios agudos de força durante a noite;
Controle da dieta;
20g de PTN e 60g de CHO imediatamente após o exercício;
30 minutos antes de dormir – ingestão de caseína marcada
 O uso de traçadores orais como [15N] glicina tem sido reportados como medidas não
invasivas do metabolismo de proteínas;

Síntese proteica (de todo o corpo);

Degradação de proteínas;

Equilíbrio de proteína líquida (a curto e longo prazo);

Minimiza qualquer efeito residual da metodologia do rastreador em testes de desempenho


subsequentes (em contraste com a biópsia, por exemplo).
A rápida recuperação do dano produzido por
exercício pode facilitar o treinamento ou o
desempenho esportivo

Poucas pesquisas abordaram se a ingestão de


proteína pós-exercício pode facilitar a
recuperação aguda (por exemplo, ≤ 24 h) do
desempenho do exercício;
Objetivo do Estudo

O principal objetivo do presente estudo foi determinar se consumir um suplemento


de proteína de soro de leite no pós-exercício aumentaria o equilíbrio da proteína
líquida do corpo inteiro durante um período de recuperação de 10 h durante a
noite, e se poderia ser mantida após 24h.
METODOLOGIA
Protocolo Experimental

 Estudo cruzado duplo cego;

 12 homens jovens saudáveis;

 Realizavam treinamento de força 2 a 4x na semana (6 meses);

 Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

de Toronto - Canadá
Critérios de Inclusão

 Não fumantes;
 Sem consumo de suplemento pelo menos 3 semanas antes do ensaio;
 Nenhuma medicação que interferisse no metabolismo das proteínas (ex:
corticoesteróides ou anti – inflamatórios);

 Preenchimento de Questionário de Preparação para a Atividade Física – realizar com


segurança o protocolo de atividade física;
 Pletismografia por deslocamento
de ar – COSMED BOD POD

 Caracterizar massa magra e


gorda e a composição corporal;
Controle da Suplementação de Proteínas e Carboidratos

 Durante a noite, os participantes realizaram uma sequência extenuante de


exercícios de força;

 Posteriormente, consumiram uma porção de 100% de proteína isolada do soro do


leite (PRO) ou um placebo (CHO);

 Consumidos imediatamente após o exercício e 10h após a recuperação (na parte


da manhã)
 Suplemento de Proteína (25g de PTN do soro do leite, 2,5g de gordura e 3g de CHO –
130 kcal);

 Consumidos em cada um dos dois dias de teste;

 Consumo de dietas controladas;

 Início do ensaio: teste de desempenho;

 Consumo de refeição mista de macronutrientes (proporção padronizada da sua dieta


controlada diariamente – 28% de cálcio; 20% de PTN; 31% de CHO e 31% de gordura)
 Posteriormente, foi realizado o restante do teste: treinamento de força do corpo inteiro;

 Randomização dos ensaios foi feita por uma pessoa externa ao estudo;

 Whashout – 1 semana para cada protocolo.


Controle do descanso

 Um terceiro ensaio randomizado que não envolveu exercícios e nenhum


suplemento serviu para controle do repouso;

 Todos os aspectos do ensaio em repouso foram idênticos aos ensaios


suplementados, exceto que os participantes descansaram no laboratório
Controle da Dieta

Registro Alimentar de 3 dias;

Analisados por um software de Nutrição (ESHA; Salem, Oregon, OR, EUA);

Dietas foram preparadas por um nutricionista e forneceu os requisitos de energia


calculados por Harris- Benedict (fator de atividade 1,5);

4 refeições individualizadas para cada um dos dois dias de teste;


Conteúdo de Proteína: igual a ingestão habitual, distribuído ao longo das refeições;

CHO: 4 a 5g/kg/dia;

Lista de verificação de alimentos foi preenchida por cada participante: avaliar a


conformidade da dieta;

Dados do teste piloto feito em laboratório: exercício de corpo inteiro – perda de 200 kcal;

Cada suplemento oferecia 130 kcal, foi oferecido um cookie sem proteína (70 kcal) para
ajudar a alcançar o balanço energético durante a noite.
Protocolo de Exercícios

 Todos os participantes foram familiarizados sobre os protocolos de desempenho e o


teste de força de corpo inteiro uma semana antes do ensaio;

 Realizado teste de 1RM para os exercícios de todo o corpo antes da intervenção;

 Supersets ou exercícios isolados: 4 conjuntos de 10 repetições em 75% do 1 RM com


intervalo de descanso de 2 minutos entre os conjuntos;

 Participantes foram aconselhados a abster-se de realizar exercícios físicos habituais


nas 48h antes do protocolo, bem como as 24h do estudo.
Supino - Barra Pulldown Superset
Barbell Overhead Press Seated Row
Leg Press

Leg Extension
Teste de Performance

Desempenho do exercício – avaliado antes do teste;

Aquecimento em esteira durante 3 minutos;

Testes para avaliação da fadiga neuromuscular, estática, força dinâmica/resistência


muscular e poder anaeróbico;

Incentivo verbal em todos os exercícios.


Saltos de Contraposição

 60s de descanso entre as repetições;

 Orientados a saltar o mais rápido possível;

 Balanço do braço foi permitido;

 Fadiga neuromuscular
Contração voluntária máxima isométrica

Três contrações de aquecimento (25 a 75% do esforço máximo);

Três contrações máximas de 5s;

60s de descanso entre as repetições;

Melhor de três scores foi utilizado.


Repetições dinâmicas até a falha

Várias repetições possíveis de extensão do joelho a 75% do 1RM;

As contagens das repetições foram padronizadas: altura máxima que os participantes


poderiam levantar o peso por completo estendendo as pernas;

Extensões abaixo disso foram omitidas


Wingate

 30s em bicicleta estacionária;

 Breve aquecimento;

 Pedalaram o mais rápido possível contra uma


resistência ajustada para 7,5% do seu peso
corporal durante 30s
Análise estática de urina e isótopos

Determinar o turnover de nitrogênio do corpo inteiro;

[15N] glicina (2mg/kg de peso corporal);

Dissolvido em 200 ml antes do consumo oral após exercício e imediatamente antes da


suplementação;

Urina foi coletada nos intervalos dos testes


Análise Estatística

Metabolismo das Proteínas – ANOVA (medidas repetidas) as 10h e 24h de repouso;

ANOVA: tempo foi prejudicado as 0h, devido ao exercício em PRO e CHO;

Correlações de Pearson: análise exploratória do equilíbrio da proteína no corpo inteiro com o percentual de
recuperação do exercício e a ingestão habitual de proteínas ao longo da recuperação

Post –hoc de Tukey: determinação de diferenças significativas;

Software SigmaStat SPSS (Version 3.1)


 Tamanho do efeito da amostra: recomendados para análises na ciência do esporte;

 Magnitude do efeito não seria confundida pelo tamanho da amostra;

 Não é propenso a conclusões falsas devido a comparações múltiplas;

Tamanho do Efeito: Cohen;

Probabilidade de Superioridade da Proteína – avaliar se a suplementação de proteína

afetou o metabolismo de proteínas e a taxa de recuperação do exercício nas 10 e 24h

posteriores
RESULTADOS
DISCUSSÃO
Suplementação de Proteína do Soro do Leite, mas não o carboidrato, após uma
série de exercícios a noite, aumentou o saldo de proteína líquida de corpo inteiro
sobre as 10 e 24h de recuperação em comparação com um dia inteiro de controle e
repouso.

Em contraste com a hipótese inicial, não foi encontrado diferença estatística


significativa no saldo de proteína líquida de corpo inteiro ao longo do período
agudo de 10h em comparação com o controle
16 jovens saudáveis;
Exercícios agudos de força durante a noite;
Controle da dieta;
20g de PTN e 60g de CHO imediatamente após o exercício;
30 minutos antes de dormir – ingestão de caseína marcada
Mesmo o estudo tendo ido em desacordo com o proposto por Res e colaboradores;

Foi mostrado que a proteína do soro de leite tende a melhorar o equilíbrio da


proteína líquida do corpo inteiro durante a noite e demonstra um efeito
moderadamente benéfico em relação a um controle isocalórico.
Impacto da ingestão de proteínas habituais no equilíbrio líquido das proteínas

No presente estudo, a dose única de 25g foi insuficiente para gerar um saldo líquido
de proteína positivo durante o período de recuperação

Consumo habitual de proteínas elevado na


amostra de participantes (1.9g/kg/dia)

Correlação negativa entre a ingestão habitual e o equilíbrio de proteína líquido durante a


noite – maiores perdas em jejum
O balanço líquido corporal foi mantido durante 24 h com o suplemento de
carboidratos, mas estava ausente na suplmentação de proteína

25 g de proteína proteína durante a manhã foi benéfico

Podem ser necessárias alimentações protéicas mais freqüentes para


reabastecer as perdas de estado em jejum e maximize o equilíbrio da proteína
do corpo inteiro.
Suplementação de proteína do soro do leite aumentou a taxa
de recuperação aguda do desempenho físico de jovens
treinados;

Efeitos benéficos moderados da suplementação de proteínas


em aumentar a força máxima, poder anaeróbico e função
neuromuscular as 10h de repouso;

24h: força máxima, poder anaeróbico e repetições às falhas


CONCLUSÃO
O consumo de 25 g de proteína de soro de leite após exercício de força
durante a noite tendeu a melhorar o equilíbrio da proteína líquida do corpo inteiro
ao longo de 10 horas de recuperação em comparação com um controle em
descanso.

Consumir mais 25 g de proteína de soro de leite na manhã seguinte ao


exercício contribuiu para a manutenção de um maior equilíbrio da proteína do
corpo inteiro durante o período de recuperação de 24 h em comparação com um
controle e suplementação de carboidratos
A suplementação com proteína do soro do leite também foi associada ao melhor
desempenho na recuperação após um intenso protocolo de exercício de força.

Nossos dados sugerem que os indivíduos treinados com exercícios de força podem
se beneficiar a partir de suplementação de proteínas após um exercício de resistência a
noite, bem como ingestão na manhã seguinte, para atenuar as perdas durante a noite de
proteínas em jejum e melhorar a recuperação do desempenho do exercício.

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