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CRIMES EM

ESPÉCIE

AULA 03
HOMICÍDIO QUALIFICADO
FEMINICÍDIO (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

VI - contra a MULHER por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015)

MULHER + MOTIVAÇÃO
[...]

§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela
Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
HOMICÍDIO QUALIFICADO
FEMINICÍDIO (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

§ 7o A pena do feminicídio é AUMENTADA de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que
acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 14.344, de
2022)
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº
13.771, de 2018)
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art.
22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018)
QUESTÕES!
O feminicídio, introduzido no Código Penal pela Lei no 13.104/2015 foi
introduzido como um novo crime no Código Penal, incidindo sempre que
mulheres figurarem como vítimas de homicídio tentado ou consumado.

CERTO

ERRADO
O feminicídio, introduzido no Código Penal pela Lei no 13.104/2015 foi
introduzido como um NOVO CRIME NO CÓDIGO PENAL, incidindo sempre que
mulheres figurarem como vítimas de homicídio tentado ou consumado.

CERTO

ERRADO

O FEMINICÍDIO É UMA QUALIFICADORA DO CRIME DE HOMICÍDIO – QUANDO A VÍTIMA É


MULHER E ESTE É COMETIDO POR RAZÕES DE SEXO FEMININO.
A qualificadora de feminicídio no crime de homicídio fica caracterizada se o
delito for praticado contra a mulher por razões de sua convicção religiosa.

CERTO

ERRADO
A qualificadora de feminicídio no crime de homicídio fica caracterizada se o
delito for praticado contra a mulher por razões de sua convicção religiosa.

A Lei nº 13.104/2015 acrescentou o inciso VI ao § 2º, do artigo 121, do Código Penal, de


CERTO modo a qualificar, com a denominação de feminicídio, o homicídio praticado contra mulher
por razões da condição de sexo feminino. A mesma lei acrescentou o § 2º - A e o inciso I ao
ERRADO artigo 121, do Código o Penal, norma que veio esclarecer o que são "razões das condições
de sexo feminino".

§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime


envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº
13.104, de 2015)
HOMICÍDIO QUALIFICADO

VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 (FORÇAS ARMADAS: exército,
marinha e aeronáutica) e 144 (ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA: polícia civil, militar,
rodoviária federal...) da Constituição Federal, INTEGRANTES DO SISTEMA PRISIONAL e da
FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU EM
DECORRÊNCIA DELA, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015).
A policial Michele, na noite de 14 de março de 2018, quando retornava para sua casa, após liderar uma
exitosa operação contra o tráfico de entorpecentes na comunidade de “Miracema do Norte”, foi abordada
por dois homens armados e friamente assassinada. Num fenomenal trabalho investigatório, a Polícia Civil
logrou êxito em identificar os assassinos como sendo os irmãos Jorge e Ernesto Petralha, apurando que tal
homicídio se deu em represália pelas prisões ocorridas quando da citada operação policial. Diante desse
quadro, podemos asseverar que os assassinos responderão por Feminicídio, conduta tipificada no art. 121,
§ 2°, VI CP.

CERTO

ERRADO
A policial Michele, na noite de 14 de março de 2018, quando retornava para sua casa, após liderar uma
exitosa operação contra o tráfico de entorpecentes na comunidade de “Miracema do Norte”, foi abordada por
dois homens armados e friamente assassinada. Num fenomenal trabalho investigatório, a Polícia Civil logrou
êxito em identificar os assassinos como sendo os irmãos Jorge e Ernesto Petralha, apurando que tal
homicídio se deu em represália pelas prisões ocorridas quando da citada operação policial. Diante desse
quadro, podemos asseverar que os assassinos responderão por Feminicídio, conduta tipificada no art. 121,
§ 2°, VI CP.
Apesar da vítima ser mulher, não há feminicídio, pois a motivação da morte tem relação com
CERTO violência doméstica ou familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

ERRADO Aqui, a morte se deu em razão da sua função, logo, a qualificadora está prevista
no inciso VII do Art. 121, CPB. – HOMICÍDIO FUNCIONAL!
HOMICÍDIO CULPOSO
§ 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
Pena - detenção, de um a três anos.

Art. 302, CTB: Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:


Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor.
HOMICÍDIO CULPOSO
NEGLIGÊNCIA –
CONDUTA OMISSIVA;
AUSÊNCIA DE PRECAUÇÃO;
INDIFERENÇA DO AGENTE, PODENDO TOMAR AS CAUTELAS EXIGÍVEIS, NÃO O FAZ POR DESCASO.

IMPRUDÊNCIA – AÇÃO PERIGOSA (EXPÕE A RISCO OUTRAS PESSOAS (INSENSATO, AFOITO,


IMODERADO...)

IMPERÍCIA –
INCAPACIDADE OU FALTA DE CONHECIMENTOS TÉCNICOS NO DESEMPENHO DE ARTE, PROFISSÃO
OU OFÍCIO QUE DÁ CAUSA AO RESULTADO;
PRESSUPÕE HABILITAÇÃO OU QUALIFICAÇÃO LEGAL;
AUMENTO DE PENA
CRIME CULPOSO
§ 4o NO HOMICÍDIO CULPOSO, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro
à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.

CRIME DOLOSO
§ 4o (...) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra
pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de
2003)

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob
o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720,
de 2012).
A pena no homicídio culposo é aumentada de 1/3 (um terço),
I. Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício.
II. Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima.
III. Se o agente foge para evitar prisão em flagrante.
IV. Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
V. Se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio.

Está correto o que se afirma APENAS:


a) I, II e IV.
b) II, III e IV.
c) I, II e III.
d) II, III e V.
e) I, III e V.
A pena no homicídio culposo é aumentada de 1/3 (um terço),
I. Se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício. CULPOSO
(ART. 121, §4º, 1ª PARTE)
II. Se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. CULPOSO (ART. 121, §4º, 1ª PARTE)
III. Se o agente foge para evitar prisão em flagrante. CULPOSO (ART. 121, §4º, 1ª PARTE)
IV. Se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos. DOLOSO (ART. 121, §4º, 2ª PARTE)
V. Se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de extermínio. DOLOSO (ART. 121, §6º)

c) I, II e III.
A inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício por
parte do autor do fato integra o tipo penal do homicídio culposo.

CERTO

ERRADO
A inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício por parte
do autor do fato integra o tipo penal do homicídio culposo.

O QUE INTEGRA O TIPO PENAL CULPOSO É A IMPERÍCIA! A INOBSERVÂNCIA


CERTO DE REGRA TÉCNICA DE PROFISSÃO, ARTE OU OFÍCIO POR PARTE DO AUTOR É
CAUSA DE AUMENTO DE PENA!
ERRADO
PERDÃO JUDICIAL

• É UM PERDÃO CONCEDIDO PELO JUIZ!


• CAUSA DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE - Perda da pretensão punitiva do Estado, de
modo que não há mais a possibilidade de impor uma pena ou sanção ao réu.
• NA SENTENA O JUIZ DECLARARÁ EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE – NÃO GERA
REINCIDÊNCIA!
• RECONHECERÁ A EXISTÊNCIA DO CRIME, RECONHECERÁ A AUTORIA, MAS APLICA O
PERDÃO JUDICIAL -– NÃO HAVERÁ APLICAÇÃO DE PENA.
PERDÃO JUDICIAL

§ 5º - Na hipótese de HOMICÍDIO CULPOSO, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, SE as


consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
O perdão judicial tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade.

CERTO

ERRADO
O perdão judicial tem natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade.

CERTO

ERRADO

RECONHECERÁ A EXISTÊNCIA DO CRIME, RECONHECERÁ A AUTORIA, MAS APLICA O PERDÃO


JUDICIAL – NÃO HAVERÁ APLICAÇÃO DE PENA – EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE (ART. 58,
PARÁGRAFO ÚNICO, CPP).
A sentença judicial que conceder perdão judicial será considerada para efeitos
de reincidência.

CERTO

ERRADO
A sentença judicial que conceder perdão judicial será considerada para efeitos
de reincidência.

CERTO

ERRADO

O QUE GERA REINCIDÊNCIA É SENTENÇA CONDENATÓRIA! A SENTENÇA QUE CONCEDE


PERDÃO JUDICIAL É DECLARATÓRIA – NÃO PODENDO SER CONSIDERADA PARA EFEITOS DE
REINCIDÊNCIA!

Art. 120, CP - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré em seu
veículo, em sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em consequência
desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se verificar que as
consequências da infração atingiram Lucas de forma tão grave que a sanção penal se torne
desnecessária

CERTO

ERRADO
A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue.
Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré em seu veículo, em
sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em consequência desse ato. Assertiva:
Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se verificar que as consequências da infração
atingiram Lucas de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária

CERTO

ERRADO

CORRETO! Lucas foi negligente e cometeu homicídio culposo, logo, conforme o art. 121, § 5º - Na hipótese de
homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente
de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
PERGUNTO
PODE, UM HOMICÍDIO SER, AO MESMO TEMPO, PRIVILEGIADO (ART. 121, §1º) E
QUALIFICADO (ART. 121, §2º) ?

SE SIM, QUANDO?

SE SIM, CONFIGURA CRIME HEDIONDO?

A PROPÓSITO, QUANDO O CRIME DE HOMICÍDIO É CONSIDERADO HEDIONDO?


SIM, PODE! UM HOMICÍDIO SER, AO MESMO TEMPO, PRIVILEGIADO (ART. 121, §1º) E QUALIFICADO
(ART. 121, §2º). DESDE QUE ESTEJA PRESENTE ALGUMA PRIVILEGIADORA DO §1º E A
QUALIFICADORA FOR DE NATUREZA OBJETIVA (§2º, III E IV DO ART. 121).

QUALIFICADORA OBJETIVA: A FORMA, O MEIO, A MANEIRA...


III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido;
QUALIFICADORA SUBJETIVA: MOTIVAÇÃO DO CRIME, O QUE LEVOU A PRATICAR O CRIME.

CONFIGURA CRIME HEDIONDO? QUANDO O CRIME DE HOMICÍDIO É CONSIDERADO HEDIONDO?


TODO HOMICÍDIO QUALIFICADO É HEDIONDO!
LEI 8.072/90 - I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda
que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX);
PERGUNTO

SE UM HOMICÍDIO FOR, AO MESMO TEMPO, PRIVILEGIADO (ART. 121, §1º) E


QUALIFICADO (ART. 121, §2º) CONTINUA HEDIONDO OU PERDE A HEDIONDEZ?
SE UM HOMICÍDIO FOR, AO MESMO TEMPO, PRIVILEGIADO (ART. 121, §1º) E
QUALIFICADO (ART. 121, §2º) CONTINUA HEDIONDO OU PERDE A HEDIONDEZ?

PERDE A HEDIONDEZ! Se a qualificadora for subjetiva, não é possível cumular privilégios.


O entendimento majoritário, corroborado pelo STF, é de que o HOMICÍDIO QUALIFICADO
PRIVILEGIADO NÃO PODE SER CONSIDERADO HEDIONDO.
O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO PODE CONCORRER COM AS
QUALIFICADORAS SUBJETICAS.

CERTO

ERRADO
O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO PODE CONCORRER COM AS
QUALIFICADORAS SUBJETIVAS.

CERTO

ERRADO

AS QUALIFICADORAS SUBJETIVAS LEVAM EM CONSIDERAÇÃO A MOTIVAÇÃO DO CRIME, O


QUE LEVOU A PRATICAR O CRIME. ENTRETANTO, O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO PODE
CONCORRER COM AS QUALIFICADORAS OBJETIVAS (A FORMA, O MEIO, A MANEIRA...)
EM RELAÇÃO AOS CRIMES CONTRA A VIDA, É CORRETO AFIRMAR QUE É
COMPATÍVEL O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO COM A QUALIFICADORA DE
MOTIVO FÚTIL.

CERTO

ERRADO
EM RELAÇÃO AOS CRIMES CONTRA A VIDA, É CORRETO AFIRMAR QUE É
COMPATÍVEL O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO COM A QUALIFICADORA DE
MOTIVO FÚTIL.

CERTO

ERRADO

A QUALIFICADORA DE MOTIVO FÚTIL É UMA QUALIFICADORA SUBJETIVAS, POIS LEVAEM


CONSIDERAÇÃO A MOTIVAÇÃO DO CRIME, O QUE LEVOU A PRATICAR O CRIME.

O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO PODE CONCORRER COM AS QUALIFICADORAS OBJETIVAS (A


FORMA, O MEIO, A MANEIRA...)
EM RELAÇÃO AOS CRIMES CONTRA A VIDA, É CORRETO AFIRMAR QUE É
INCOMPATÍVEL O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO COM A QUALIFICADORA DE
EMPREGO DE ASFIXIA.

CERTO

ERRADO
EM RELAÇÃO AOS CRIMES CONTRA A VIDA, É CORRETO AFIRMAR QUE É
INCOMPATÍVEL O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO COM A QUALIFICADORA DE
EMPREGO DE ASFIXIA.

CERTO

ERRADO

O HOMICÍDIO PRIVILEGIADO PODE CONCORRER COM AS QUALIFICADORAS OBJETIVAS (A


FORMA, O MEIO, A MANEIRA...), NESTE CASO, ASFIXIA FOI O MEIO EMPREAGADO.
O HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO PERDE A NATUREZA DE
CRIME HEDIONDO.

CERTO

ERRADO
O HOMICÍDIO QUALIFICADO-PRIVILEGIADO PERDE A NATUREZA DE
CRIME HEDIONDO.

CERTO

ERRADO

Se a qualificadora for subjetiva, não é possível cumular privilégios. O entendimento majoritário, corroborado pelo
STF, é de que o homicídio qualificado privilegiado não pode ser considerado hediondo.
OBSERVAÇÃO!
NA PRESENÇA DE DUAS OU MAIS QUALIFICADORAS:
EX: HOMICÍDIO QUALIFICADO POR MOTIVO TORPE, PELO MEIO CRUEL E PELO
RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DO OFENDIDO.

Presentes duas ou mais qualificadoras, o magistrado deve utilizar uma delas para qualificar
o crime e as demais devem atuar como agravantes genéricas, se estiverem previstas como
agravantes genéricas (art. 61, CP - 2a fase da dosimetria); se não estiverem previstas, devem
atuar como circunstâncias judiciais desfavoráveis (art. 59, CP - 1a fase da dosimetria)
"Havendo duas qualificadoras ou mais, uma pode ser usada para qualificar o crime e a outra como
agravante genérica, se cabível, ou circunstância judicial desfavorável.“

Acórdão 1146077, unânime, Relator: JAIR SOARES, 2ª Turma Criminal, data de julgamento: 24/1/2019,
publicado no DJe: 29/01/2019.

Trecho de acórdão

"Havendo duas ou mais qualificadoras, é possível a utilização de uma delas para qualificar o delito e
da(s) outra(s) para majorar a pena-base ou para agravar a reprimenda. Com efeito, se não houver o
deslocamento, a outra qualificadora será simplesmente desconsiderada, embora também tenha sido
reconhecida pelos jurados e contribuído para a maior reprovação da conduta. Ressalta-se que tal
entendimento não fere o artigo 68 do Código Penal, pois o objetivo último deste dispositivo ao prever as três
etapas da dosimetria é estabelecer a reprimenda mais adequada ao caso concreto, em atenção ao princípio
constitucional da individualização da pena, sendo certo que essa finalidade é melhor atendida se admitido a
transposição da qualificadora, pois não se pode penalizar do mesmo modo as condutas triplamente
qualificadas e aquelas nas quais incidiu apenas uma qualificadora."
ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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