Você está na página 1de 78

LEAN MANUFATURING

A PRODUÇÃO ENXUTA
EM UMA EMPRESA

ISRAEL GALHARDO
LEAN MANUFACTURING
ORIGENS
• Anos 40 – Japão - Cenário pós guerra
• Toyota à beira da falência;
• Custos extremamente reduzidos;
• Alta variedade e baixos volumes;

• Anos 50 - Toyota Production System


(TPS)
• Taiichi Ohno (1912 – 1990);
• Operação Just In Time (JIT);
• Qualidade assegurada;
• Trabalho de acordo com a demanda;
• Eliminação de desperdícios;

• Anos 80 – Pesquisadores do MIT batizam o TPS como


Lean Manufacturing 2
PILARES DO LEAN MANUFACTURING

TPS

JIT
SISTEMA DE MANUFATURA
JIDOKA
SISTEMA DE GESTÃO

• Detectar quando uma condição anormal


• PRODUZIR: apenas o necessário, quando
ocorreu e interromper imediatamente o
necessário e na quantidade necessária;
trabalho (máquinas e operadores);
• TAKT TIME: ritmo de trabalho (tempo • Assegurar a qualidade em cada etapa do
disponível por turno / demanda por turno);
processo;
• FLUXO CONTÍNUO: sem interrupções (filas e • Separar homens das máquinas  MAIOR
estoques);
EFICIÊNCIA.
• SISTEMA PUXADO: cliente puxa todo • AUTONOMAÇÃO: automação com
sistema de gestão da produção.
inteligência humana; 3
FOCO DO LEAN MANUFACTURING
• Redução do Lead Time e dos custos de produção;
• Atacar os DESPERDÍCIOS;
• Realizar atividades que realmente agregam valor com
 MAIOR eficácia;
 MAIOR qualidade;
 MENOR de tempo.

4
FOCO DO LEAN MANUFACTURING

PARADIGMA DO AUMENTO DO LUCRO

5
OS 7 PRINCIPAIS DESPERDÍCIOS

6
OS 7 PRINCIPAIS DESPERDÍCIOS

7
A MENTALIDADE ENXUTA
OS 5 PRÍNCIPIOS

1. VALOR
2. FLUXO DE VALOR
3. FLUXO CONTÍNUO
CLIENTE
4. PRODUÇÃO PUXADA
5. PERFEIÇÃO

• LEAN MANUFACTURING  PROCESSO PRODUTIVOS


FLUXO DE MATERIAIS (WIP E MP)
• LEAN OFFICE  PROCESSOS ADMINISTRATIVOS
FLUXO DE INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS 8
ESTRUTURA DO LEAN MANUFACTURING

9
FERRAMENTAS DO LEAN MANUFACTURING

10
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
• Diagrama de todas as etapas envolvidas nos fluxos de materiais e informações (conhecimentos)
necessários para atender a demanda dos clientes, desde o pedido até a entrega.

• Método sistemático para identificação e eliminação dos desperdícios através da:


 Análise do fluxo de valor;
 Análise das atividades do fluxo de valor:
1. AGREGAM VALOR;
2. NÃO AGREGAM VALOR, PORÉM NECESSÁRIAS;
11
3. NÃO AGREGAM VALOR.
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
AS 4 ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR

8 PASSOS PARA
ELABORAÇÃO DO
ESTADO FUTURO

Mike Rother e John Shook


(1999)
12
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 1 – SELEÇÃO DE UMA FAMÍLIA DE PRODUTOS
Definida por:
 Produtos que basicamente utilizam os mesmos processos ou etapas de fabricação;
 Possuem características de fabricação semelhantes, tais como tempos de ciclo e de setup.

13
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 2 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO ATUAL
• Base para identificação de melhorias no fluxo de valor e nos processos;
• Segue o caminho da fabricação de um produto, etapa por etapa, para determinar as condições
atuais do processo;
• Reúne informações importantes do processo.

14
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 2 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO ATUAL
• Outras informações necessárias:
 Demanda: peças por hora, dia, semana, mês.
 Tempo de Troca (TR): tempo necessário para mudar a produção para a fabricação de um
produto diferente - principalmente nas máquinas quando necessitam trocar ferramentas;
 Disponibilidade do processo: definido pela quantidade de horas, minutos ou segundos
disponíveis por dia ou por turno para fabricação;
 Índice de Retrabalho ou Refugo: quantidade ou porcentagem de peças produzidas pelo
processo que não apresentam a qualidade requerida pelo cliente, que deverão ser retrabalhadas
ou recusadas no processo;
 Número de operadores: quantidade de operadores disponíveis em cada etapa do processo;
 Estoques: Quantidade de materiais, sejam na forma de matérias-primas, produtos em
elaboração ou produtos acabados, em número de peças e em dias de demanda de produção.
15
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 2 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO ATUAL

16
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 2 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO ATUAL

17
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
• Rother e Shook (1999): oito passos para a construção do mapa do estado futuro do fluxo de
valor;
• Definir o fluxo de valor no estado ideal  Atingir um nível mais alto de desempenho;
• KAIZEN  Desdobra as oportunidades de melhoria identificadas no mapa atual.

18
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 1 - Determinar o Takt Time
• Ritmo de produção necessário para atender a demanda de um cliente;
• Tempo de trabalho disponível ÷ Demanda do cliente (em um período ou turno);
• Orienta o nivelamento de mix e volume de produtos e o dimensionamento do número de
operadores da linha de produção no estado futuro do fluxo de valor.

19
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 2 - Produzir para supermercado de produtos acabados ou para a expedição
• Produção para supermercado de produtos acabados é indicada quando se produz produtos
padronizados e com demanda pouco variável.

20
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 2 - Produzir para supermercado de produtos acabados ou para a expedição
• A produção para a expedição é alternativa para processos com tipologia de produção Make-To-
Order (MTO) e Engineer-To-Order (ETO).
• O sistema produtivo deve ser estável pois qualquer parada inesperada pode prejudicar o
atendimento à demanda do cliente.

21
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 3 - Estabelecer fluxo contínuo de materiais onde for possível
• Determinar as etapas de produção nas quais os produtos possam fluir de forma contínua sem
interrupções ou desperdícios como movimentação, transporte ou espera no fluxo de valor;
• O fluxo contínuo é a maneira mais eficiente de fabricar um produto e exige alta confiabilidade dos
processos;
• Uma abordagem para implementá-lo pode estar na combinação da utilização de canaletas FIFO
(First In First Out – primeiro que entra primeiro que sai), que irá sequenciar os produtos fabricados.

22
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 4 - Estabelecer sistema puxado com base em supermercados para controle da produção
onde for necessário
• Nas etapas nas quais não for possível se estabelecer um fluxo contínuo de peças, deve-se
implementar supermercados que irão regular a produção dos processos anteriores, fazendo
com que os mesmos só produzam os produtos necessários, na quantidade necessária e no
momento necessário.

23
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 5 - Definir o processo puxador que receberá a programação da produção
• O processo puxador é responsável por ditar o ritmo dos demais processos do fluxo;
• Deve ser o único a receber a programação da produção;
• Deve ser a última etapa do sistema puxado no fluxo de valor.

24
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 6 - Nivelar o mix de produção no processo puxador
• Distribuir a fabricação dos diversos tipos de produtos ao longo de um período ou turno;
• Fabricar em ritmo constante e em pequenos lotes;
• Quanto mais nivelado o mix de produção mais eficiente é o atendimento à demanda do cliente.

25
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 7 - Nivelar o volume de produtos liberados e retirados do processo puxador
• Utiliza-se o conceito de PITCH e o quadro de nivelamento de carga ao longo do turno, chamado de
HEIJUNKA BOX.
• Tais conceitos sincronizam a saída e entrada de uma determinada quantidade de produtos em
um determinado intervalo de tempo;
• Incremento PITCH = Takt Time x quantidade de produtos liberados em uma embalagem.

26
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO
PASSO 8 - Efetuar melhorias no processo para que o fluxo de valor funcione conforme seu
estado ideal
• Exemplos de melhorias necessárias nos processos:
 Redução do tempo de troca;
 Redução do tamanho dos lotes de produção;
 Aumento da disponibilidade dos equipamento;
 Eliminação dos desperdícios;
 Desenvolvimento da habilidade de fazer toda peça todo dia.
• As oportunidades de melhoria dão origem aos eventos Kaizens no fluxo ou no processo mapeado.

27
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 3 – DESENHO DO MAPA DO ESTADO FUTURO

28
MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPAS DO MAPEAMENTO DO FLUXO DE VALOR
ETAPA 4 – PLANO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO ESTADO FUTURO DO FLUXO DE VALOR
• Pode ser um documento compacto incluindo o mapa do estado futuro, o layout do processo, um
plano anual do fluxo de valor  Relatório A3
• Na forma de um cronograma através da utilização da ferramenta da qualidade 5W2H.

29
SEQUÊNCIA PARA IMPLANTAÇÃO DO LEAN
ETAPAS

30
APLICAÇÃO DO LEAN MANUFACTURING

Aplicação dos conceitos de Manufatura


Enxuta em empresa de equipamentos
elétricos com tipologia de produção
Engineer-to-order

Dissertação de mestrado – 06/2019


Programa de Mestrado Profissional em Administração – UNIFEI
Orientador – Prof. Dr. José Antonio de Queiroz

31
CONTEXTO
• MANUFATURA ENXUTA  origem a partir do STP  Indústria automobilística:
 Produtos padronizados;
 Sem grandes variações nos projetos construtivos;
 Fabricados em grandes volumes;
 Geralmente para estoque.
• Tipologia Engineer-to-order (ETO):
 Produtos e projetos customizados;
 Desafios ou dificuldades para aplicação da ME.
• Revisão Sistemática de Literatura (RSL):
• Identificação de fatores e características dos ambientes ETO que dificultam a implantação dos
conceitos e ferramentas da ME;
• Busca por um método específico para essa aplicação.
32
CONTEXTO
AS TIPOLOGIAS DE PRODUÇÃO

• Classificadas de acordo com a forma na qual o sistema de produção responde à demanda do


cliente e o grau de participação do mesmo na definição do produto;

• PONTO DE DESACOPLAMENTO  Ponto em que o pedido do cliente é percebido pela


organização.

33
CONTEXTO
A EMPRESA
 Fabricante de transformadores para instrumentos;
 Fabricação a partir das especificações técnicas  Novos PROJETOS e PRODUTOS criados
de acordo com necessidade dos clientes;
 Alta variedade de produtos e seus respectivos projetos  Exemplo: 01 produto = 600
projetos.

34
CONTEXTO

Desafios enfrentados pela linha de produção na aplicação dos conceitos e ferramentas da ME:
 Determinação do Tempo de Ciclo (TC) de cada produto;
 Incerteza de demanda;
 Dimensionamento da capacidade da linha;
 Nivelamento do volume de produção;
 Balanceamento da linha de produção.

35
CONTEXTO

PROBLEMA

As principais consequências das dificuldades enfrentadas pela linha de produção são:

 Altos estoques intermediários entre as etapas de fabricação;

 Alto Lead Time de produção;

 Aumento da necessidade de horas extras;

 Aumento dos custos de fabricação;

 Dificuldade para atender os prazos solicitados pelos clientes;

 Perda de competitividade no mercado.

36
CONTEXTO

OBJETIVO GERAL

• Aplicar os conceitos de ME em uma linha de produção com tipologia ETO e com grande
variedade de produtos e seus respectivos projetos;

• Melhorar os indicadores de desempenho da linha de produção:

 Lead Time;

 Horas extras;

 Custo de fabricação.

37
CONTEXTO
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Elaborar uma Revisão Sistemática de Literatura (RSL) sobre a aplicação da ME em ambientes de


produção com tipologia ETO;

• Destacar as dificuldades, adaptações e recomendações apontadas pela literatura;

• Investigar a existência de um método de aplicação;

• Propor novas adaptações e recomendações, bem como apresentar dificuldades enfrentadas a


partir da aplicação no objeto de estudo.

38
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
MANUFATURA ENXUTA EM ETO

• Realizar um estudo sobre o estado da arte no que se refere à aplicação dos conceitos da
Manufatura Enxuta em ambientes de produção com tipologia Engineer-to-order.

• Três questões para guiar a coleta dos artigos :

I. O estudo apresenta em seu conteúdo uma descrição ou análise das particularidades e


dificuldades da aplicação dos conceitos e ferramentas da ME em linhas de produção com
tipologia ETO?

II. O estudo descreve ou analisa como adaptar os conceitos e ferramentas da ME à tipologia


ETO, frente às particularidades e dificuldades apresentadas pela aplicação destes conceitos e
ferramentas nesta tipologia?

III. O estudo propõe um método específico que orienta a implantação dos conceitos e
39
ferramentas da ME nos ambientes de produção com tipologia ETO?
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
ME EM ETO
O quadro abaixo apresenta um resumo das dificuldades, adaptações e recomendações para aplicação
dos conceitos e ferramentas da ME na tipologia ETO identificados na RSL.
ARTIGO DIFICULDADES ADAPTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES

JINA et al. Dificuldade de compreensão dos ambientes ETO; Desenvolvimento de produto voltado à logística e fabricação;
Variabilidade e incerteza do ambiente de produção; Organização da produção de acordo com princípios enxutos;
(1997) Gerenciamento do sistema de produção Integração com fornecedores

DANFORD, M. Organização da produção em famílias de processos;


Mudanças na demanda e mix de produtos
(2010) Utilização de layouts celulares híbridos

THURER et al. Controle da carga de trabalho através de lançamentos


Mudanças na demanda de produtos
(2012) periódicos de ordens de fabricação

MATT, D.T. Dimensionamento de lote, determinação do tempo de ciclo


Diretrizes para elaboração do mapa do estado futuro do
e controle de estoques em processo;
(2014) MFV
Aplicação do MFV em áreas administrativas

RAGHAVAN et
al. Controle do fluxo de produção e estoques intermediários Utilização de um sistema puxado sequencial misto
(2014)
BIRKIE e Fatores de complexidade e dinamismo de sistemas ETO Gestão visual;
TRUCCO (sazonalidade de demanda, requisitos técnicos de clientes, Método para resolução de problemas;
(2016) variação do tempo de fabricação) Relação de parceria com clientes estratégicos

BIRKIE et al. Mudança de mentalidade dos funcionários;


Fatores de complexidade e dinamismo de sistemas ETO
Utilização de funcionários multifuncionais; 40
(2017) (incertezas e diversidade de pedidos)
Controles visuais no chão de fábrica
REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA

ME EM ETO

QUESTÃO: Existe um método específico que oriente a implantação dos conceitos e ferramentas da
ME nos ambientes ETO?

RESPOSTA: NÃO, utilizadas adaptações para cada caso.

41
MÉTODO DE PESQUISA

Utilização do método da Pesquisa-Ação por meio da ferramenta do Mapeamento do Fluxo de Valor


(MFV);

PRODUZIR CONHECIMENTO E
RESOLVER UM PROBLEMA
PRÁTICO

42
MÉTODO DE PESQUISA

INTEGRAÇÃO DAS ETAPAS DO MFV DE VALOR ÀS FASES DA PESQUISA-AÇÃO

43
APLICAÇÃO

OBJETO DE ESTUDO

• Parte da linha de produção de Transformadores de Potencial de Média Tensão (PA-TP-MT);

• Algumas particularidades da linha de produção:

 Grande variedade de produtos e de seus respectivos projetos;

 Variação no dimensional de cada produto;

 Grande variação no tempo de ciclo em cada etapa de fabricação;

 Dificuldade na previsão de demanda dos diversos produtos e seus projetos.

44
APLICAÇÃO

OBJETO DE ESTUDO
VARIEDADE DE MODELOS E PROJETOS DA LINHA DE PRODUÇÃO

Modelo Quantidade de modelos Quantidade de projetos

A/B 2 694
C 1 587
D/E/F 3 480
G/H 2 349
I/J 2 325
K 1 176
L 1 168
M 1 146
N 1 113
O/P 2 86
OUTROS 33 372
Total 49 3496 45
APLICAÇÃO

OBJETO DE ESTUDO
VARIAÇÃO NO TEMPO DE CICLO NAS ETAPAS DE FABRICAÇÃO
• Utilização de tempo padrão único por modelo  Não apresenta variações para cada projeto;

46
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO

PLANEJAMENTO DO PRIMEIRO CICLO

• Etapa relacionada com a fase de definição da família de produtos do MFV;

• Família de produtos  PA-TP-MT  Construção da “parte interna” do transformador;

47
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


COLETA DE DADOS DO PRIMEIRO CICLO
• Relacionada com a fase de elaboração do mapa do estado atual do MFV;
• Entendimento da DEMANDA  40 PEÇAS DIÁRIAS;
• Caracterização dos processos:

1) BS 5) AF
2) BP 6) TESTE
3) MN 7) GRADE
4) COL

48
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


COLETA DE DADOS DO PRIMEIRO CICLO
• Definição do tempo de ciclo das etapas de fabricação:

49
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


COLETA DE DADOS DO PRIMEIRO CICLO
• Fluxo de informação:
 Fornecedor interno  Almoxarifado  Entregas diárias de matéria prima;
 Pedidos diários  PCP  Programação de produção SEMANAL;
 Líder de produção  Dispara lotes de produção diário.

50
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


COLETA DE DADOS DO PRIMEIRO CICLO
• Mapa do Estado Atual do Fluxo de Valor:

LT = 7,84 DIAS
TAV = 3,43 HORAS

51
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


COLETA DE DADOS DO PRIMEIRO CICLO

• Informações extraídas do Mapa do Estado Atual do Fluxo de Valor:

N° Operadores Média de horas extras/dia Lead Time (LT)

21 16 horas 7,84 dias

52
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO
• Primeiro ciclo aborda os 4 primeiros passos para elaboração do mapa do estado futuro
propostos por Rother e Shook;
• 1º PASSO: Cálculo do tempo Takt
 Tempo Takt = = = 0,19 h;

 Utiliza-se o tempo Takt somente para o dimensionamento total da linha;

 Novo dimensionamento  = = 18 Operadores;

 Por questão de segurança, devido à variações na linha, serão considerados 19 operadores;

 Novo balanceamento  Operadores multifuncionais.


53
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO

• 2º PASSO: Produzir para um supermercado de produtos acabados ou para expedição

 PRODUZIR PARA EXPEDIÇÃO  No caso da tipologia ETO, por se tratar de produtos e


projetos customizados;

 Utilização de um supermercado com um dia de demanda ao final do fluxo de valor 


Segurança contra possíveis variações na linha

 Na prática, o lote diário de produção será finalizado com um dia de antecedência.

54
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO

• 3º PASSO: Estabelecer fluxo contínuo entre os processos sempre que possível

 FLUXO CONTÍNUO = CANALETAS FIFO  Controlar e sequenciar os estoques


intermediários entre os processos;

 Capacidade inicial dimensionada para cada canaleta = 0,5 dia de demanda (aproximadamente
20 peças). MÁX 20 PÇS

55
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO

• 4º PASSO: Definir para quais etapas será necessário estabelecer o sistema puxado com
supermercado

 Criação de um supermercado entre a primeira e a segunda etapa do fluxo;

 Capacidade de 1 dia de demanda  Segurança devido à limitação do número de máquinas na


primeira etapa do fluxo;

 Etapas em fluxo contínuo PUXA a fabricação da primeira etapa do fluxo.

56
1 DIA
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO
• Mapa do Estado Futuro do Fluxo de Valor:

LT = 5,39 DIAS
TAV = 3,43 HORAS

57
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DO PRIMEIRO CICLO
• Utilização da ferramenta da qualidade 5W2H
Quanto
Por quê? Onde? Quando? Quem? custa?
O que? (What) Como? (How)
(Why) (Where) (When) (Who) (How
much)

Ajustar o
Dimensionar a número de
Deslocar dois
linha de funcionários
Linha de Prazo de Supervisor funcionários
produção necessários na -
produção 14 dias de produção para outro
(número de linha de acordo
setor
operadores) com o tempo
Takt

Treinar Criar matriz


operadores Desenvolver a Supervisor e multifun-cional
Linha de Prazo de
nas diversas multifun- líder de de operadores -
produção 60 dias
etapas de cionalidade produção e plano de
fabricação treinamento 58
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO PRIMEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO PRIMEIRO CICLO
• Resultados atingidos com a aplicação das ações:
  N° Operadores Média de horas extras/dia Lead Time (LT)

Cenário inicial 21 16 horas 7,84 dias

Cenário 1° ciclo 19 10 horas 5,39 dias

 Redução de 9,5% do número de operadores necessários na linha  Novo dimensionamento


e balanceamento;
 Redução de 38% das horas extras diárias  Novo balanceamento e criação de fluxo entre os
processos;
 Redução de 31% no Lead Time  Redução de estoques intermediários.

59
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


PLANEJAMENTO E COLETA DE DADOS DO SEGUNDO CICLO

• O mapa do estado futuro elaborado no primeiro ciclo passa a ser o mapa do estado atual do
segundo ciclo;

• Aplicação dos conceitos da ME no cenário atual e elaboração de um novo mapa do estado futuro.

60
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO SEGUNDO CICLO
Segundo ciclo aborda os próximos 3 passos para elaboração do mapa do estado futuro
propostos por Rother e Shook;

• 5º PASSO: Definir o único processo que será programado

 Primeira etapa do fluxo continua a ser a única a receber a programação;

 Substituição dos supermercados por canaletas FIFO;

 Substituição de uma programação semanal por uma DIÁRIA.

61
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO SEGUNDO CICLO

• 6º PASSO: Definir como e quando nivelar o mix de produção no processo puxador

 O mix de produtos será nivelado a partir da capacidade diária da linha de produção;

 NECESSIDADE: Utilizar banco de dados com os tempos de projetos específicos para


programar a produção.

 PCP deverá estabelecer um mix de produção considerando o tempo disponível efetivo de


produção (7,5 horas);

 Mudanças de mix também poderão ser realizadas diretamente nas canaletas FIFO;
62
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO SEGUNDO CICLO

• 7º PASSO: Definir como e quando nivelar o volume de produção no processo puxador

 O volume de produção será nivelado de acordo com a capacidade DIÁRIA da linha;

 Controle de produção diário  Tempo PITCH = 01 dia de trabalho  Quantidade diária varia
de acordo com a complexidade dos produtos/projetos.

63
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO SEGUNDO CICLO
• Mapa do Estado Futuro do Fluxo de Valor:

LT = 4,39 DIAS
TAV = 3,43 HORAS

64
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DO SEGUNDO CICLO
• Utilização da ferramenta da qualidade 5W2H:
Quanto
Onde? Quando? Quem? custa?
O que? (What) Por quê? (Why) Como? (How)
(Where) (When) (Who) (How
much)

Melhorar controle de
Programar Programar carga
produção, identificar Linha de Prazo de
diariamente o PCP de trabalho para -
e solucionar produção 14 dias
processo puxador um turno
problemas

Considerar os
Alinhar programação Programação
Nivelar mix de Prazo de tempos de projetos
da produção com a diária de PCP -
produtos 60 dias na progra-
capacidade da linha produção
mação
65
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO SEGUNDO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO SEGUNDO CICLO
• Resultados atingidos com a aplicação das ações:
N° Média de horas Lead time
 
Operadores extras/dia (LT)
Cenário 1° ciclo 19 10 horas 5,39 dias

Cenário 2° ciclo 19 8 horas 4,39 dias

 Redução de 20% das horas extras diárias  Nivelamento de mix e volume;


 Redução de 18,6% no Lead Time  Redução de estoques intermediários.

66
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


PLANEJAMENTO E COLETA DE DADOS DO TERCEIRO CICLO

• O mapa do estado futuro elaborado no segundo ciclo passa a ser o mapa do estado atual do
segundo ciclo;

• Aplicação dos conceitos da ME no cenário atual e elaboração de um novo mapa do estado futuro.

67
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO TERCEIRO CICLO
Terceiro ciclo aborda o último passo para elaboração do mapa do estado futuro proposto por
Rother e Shook;

• 8º PASSO: Levantamento das oportunidades de melhoria (KAIZEN)

 Gerenciamento visual e controle hora a hora de peças fabricadas  Quadro de


identificação de problemas no fluxo de valor;

 Redução dos desperdícios de movimentação de operadores e transporte de peças 


Aproximação das ferramentas e materiais necessários e etapas de fabricação.

68
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO TERCEIRO CICLO
• Aplicação das oportunidades de melhorias (KAIZEN):
 Gerenciamento visual

69
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO TERCEIRO CICLO
• Aplicação das oportunidades de melhorias (KAIZEN):
 Implantação de esteira transportadora
ANTES

DEPOIS 70
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


ANÁLISE DOS DADOS E PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO TERCEIRO CICLO
• Mapa do Estado Futuro do Fluxo de Valor

LT = 3,01 DIAS
TAV = 3,43 HORAS

71
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DO TERCEIRO CICLO
• Utilização da ferramenta da qualidade 5W2H:
Onde? Quando? Quanto custa?
O que? (What) Por quê? (Why) Quem? (Who) Como? (How)
(Where) (When) (How much)

Reduzir variação nos Criar procedimen-


Elaborar diagramas de
processos, facilitar Linha de Prazo de 04 Supervisor de tos para o desenvolvi-
trabalho padrão para -
treinamento da mão de produção semanas produção mento das atividades de
etapas de fabricação
obra cada etapa

Utilizar cores para os


Facilitar o sequencia-
Implementar a gestão lotes diários de
mento e controle da Linha de Prazo de 04 Supervisor de
visual na linha de fabricação e quadro de -
produção, gestão de produção semanas produção
produção identificação de
problemas
problemas

Reduzir desperdício Utilizar esteiras para


Instalar esteiras com o transporte de Linha de Prazo de 12 Setores de P&D e transporte de peças ao
kR$ 45
transportadoras peças, reduzir tempo de produção semanas Produção longo das etapas de
ciclo das etapas fabricação 72
APLICAÇÃO

APLICAÇÃO DO TERCEIRO CICLO DA PESQUISA-AÇÃO


AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TERCEIRO CICLO
• A partir da implementação das ações foram atingidos os resultados abaixo:

  N° Operadores Média de horas extras/dia Lead Time (LT)

Cenário 2° ciclo 19 8 horas 4,39 dias

Cenário 3º ciclo 19 4 horas 3,00 dias

 Redução de 50% das horas extras diárias  Redução do tempo de transporte e


movimentação, fluxo contínuo, melhor aproveitamento da mão de obra;
 Redução de 31,7% no Lead Time  Gerenciamento visual do fluxo de valor.

73
CONCLUSÃO

ATENDIMENTO AO OBJETIVO GERAL DO TRABALHO


• Resultados alcançados no objeto de estudo:
Média de horas Lead Time
  N° Operadores AV
extras/dia (LT)

Cenário inicial 21 16 horas 7,84 dias 5,83%

Cenário final 19 4 horas 3,00 dias 15,24%

 Aumento da produtividade  Redução de 9,5% na necessidade de colaboradores para


atender a demanda diária;

 Redução da necessidade de horas extras  Redução de 75%;

 Redução do Lead Time de fabricação  Redução de 61,7%.


74
CONCLUSÃO

ATENDIMENTO AO OBJETIVO ESPECÍFICO DO TRABALHO


• Desenvolvimento de uma Revisão Sistemática de Literatura  Destaque para as dificuldades,
adaptações e recomendações para a aplicação da ME em ambientes com tipologia ETO;

• Proposição de novas adaptações e recomendações, bem como as dificuldades a partir da


aplicação no objeto de estudo, sendo elas:

 Determinação do tempo de ciclo médio, ponderado pela demanda dos principais produtos e
projetos da linha de produção;

 Balanceamento de produção utilizando multifuncionalidade dos operadores;

 Controle de produção a partir do tempo Pitch (e não do tempo Takt);

 Utilização do Gerenciamento Visual na linha de produção;

 Implementação de Fluxo Contínuo por lotes de produtos. 75


RESUMO – FILOSOFIA LEAN
• Lean é FLUXO;
• Lean é uma jornada  Implementação gradual;
• Só se aprende fazendo e gerando resultados;
• Envolve mudança de cultura  Prática e Cultural;
• Liderança comprometida e equipe envolvida;
• Busca contínua pela simplificação dos processos:
1. Eliminar tarefas que não agregam
ANTESvalor;
2. Eliminar burocracia;
3. Eliminar duplicidades;
4. Reduzir tempo de ciclo das atividades;
5. Implantar mecanismos à prova de erros;
6. Padronizar execução das tarefas;
7. Melhorar treinamento. 76
REFERÊNCIAS
• AMRANI, A.; ZOUGGAR, S.; ZOLGHADRI, M.; GIRARD, P. Supporting framework to improve engineer-to-order product lead-times. Management and Control of
Production Logistics, University of Coimbra, Portugal, 2010.
• APPOLINÁRIO, F. Metodologia da ciência – filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learning, 2006.
• AVISON, D.; BASKERVILLE, R.; MYERS, M. Controlling action research projects. Information Technology & People, v. 14, n. 1, p. 28-45, 2001.
• BERTRAND, J. W. M.; FRANSOO, J. C. Modelling and simulation: operations management research methodologies using quantitative modeling. International Journal of
Operations & Production Management, p. 241-264, 2002.
• BIRKIE, S. E.; TRUCCO, P. Understanding dynamism and complexity factors in engineer-to-order and their influence on lean implementation strategy. Production
Planning & Control (Print), p. 345-359, 2016.
• BIRKIE, S. E.; TRUCCO, P.; KAULIO, M. Sustaining performance under operational turbulence: the role of lean in engineer-to-order operations. International Journal of
Lean Six Sigma, Vol. 8, Issue 4, p.457-481, 2017.
• BRAGLIA, M; CARMIGNANI, G; ZAMMORI, F. A new value stream mapping approach for complex production systems. International Journal of Production Research,
p. 3929-3952, 2006.
• CHEN, C. S. Concurrent engineer-to-order operation in the manufacturing engineering contracting industries. International Journal Industrial and Systems Engineering,
Vol. 1, p. 37–58, 2006.
• COGHLAN, D.; BRANNICK, T. Doing action research in your own organization. 2nd ed. London: Sage, 2008.
• COUGHLAN, P.; COGHLAN, D. Action research for operations management. International Journal of Operations & Production Management, v. 22, n. 2, p. 220-240,
2002.
• DANFORD, M.; From job shop chaos to lean order. Modern Machine Shop, 2010.
• ERRASTI A.; POLER, R. Engineer-to-order supply chain improvement based on the GRAI meta-model for interoperability: an empirical study in enterprise
interoperability III. Springer London, 2008.
• GHINATO, P. Elementos fundamentais do Sistema Toyota de produção. In: Produção e competitividade: aplicações e inovações. Recife: Editora da UFPE, 2000. Cap 2.
• GURUMURTHY, A.; KODALI, R. Design of lean manufacturing systems using value stream mapping with simulation: a case study. Journal of Manufacturing
Technology Management, Vol. 22, Issue 4, p.444-473, 2011.
• HADID, W.; MANSOURI, A. The lean-performance relationship in services, a theoretical model. International Journal of Operations and Production Management, Vol.
34, Issue 6, p. 750-785, 2014.

77
REFERÊNCIAS
• HINES, P.; TAYLOR, D. Going lean: a guide to implementation. Cardiff: Lean Enterpreise Research Center, 2000.
• JINA, J.; BHATTACHARYA, A. K.; WALTON, A. D. Applying lean principles for high product variety and low volumes: some issues and propositions. Logistics Information Management,
Vol. 10, Issue 1, p.5-13, 1997.
• KENNEDY, F. A.; WIDENER, S. K. A control framework: insights from evidence on lean accounting. Management Accouting Research, v.19, p. 301-323, 2008.
• LANDER, E.; LIKER, J.K. The Toyota production system and art: making highly customized and creative products the Toyota way. International Journal of Production Research, London,
p.3681-3698, 2007.
• LEAN ENTERPRISE INSTITUTE. Léxico lean – glossário ilustrado para praticantes do pensamento lean v.2.0. São Paulo: Lean Institute Brasil, 2007.
• LUGERT, A.; BATZ, A.; WINKLER, H. Empirical assessment of the future adequacy of value stream mapping in manufacturing industries. Journal of Manufacturing Technology
Management, Vol. 29, p.886 – 906, 2018.
• MATT, D. T.; Adaptation of the value stream mapping approach to the design of lean engineer-to-order production systems - A case study. Journal of Manufacturing Technology Management,
Vol. 25, p. 334 – 350, 2014.
• MELLO, C.H.P.; TURRIONI, J.B.; XAVIER, A.F.; CAMPOS, D. F.; Pesquisa-ação na engenharia de produção: proposta de estruturação para sua condução. Produção, v. 22, 2012.
• MOHER, D.; SHAMSEER, L.; CLARKE, M.; GHERSI, D.; LIBERATI, A.; PETTICREW, M.; SHEKELLE, P.; STEWART, L. A.; PRISMA-P GROUP. Preferred reporting items for
systematic review and meta-analysis protocols (PRISMA-P) 2015 statement. Systematic Reviews, v. 4, n. 1, 2015
• OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997.
• OLHAGER, J. The role of the customer order decoupling point in production and supply chain management. Computers in Industry, Vol. 61, Issue 9, p.863-868, 2010.
• PIRES, S.R.I.; Gestão Estratégica da Manufatura, Editora UNIMEP, 1995.
• PIRES, S.R.I.; Gestão da Cadeia de Suprimentos: conceitos, estratégias, práticas e casos – Supply chain management. São Paulo: Atlas, 2004.
• RAGHAVAN, V. A.; YOON, S.; SRIHARI, K. Lean transformation in a high mix low volume electronics assembly environment, International Journal of Lean Six Sigma, Vol. 5, Issue 4,
p.342-360, 2014.
• ROTHER, M.; SHOOK, J. Aprendendo a Enxergar – Mapeando o fluxo de valor para agregar valor e eliminar o desperdício. São Paulo, SP. Lean Institute Brasil, 2012.
• RIEZEBOS, J.; KLINGENBERG, W. Advancing lean manufacturing, the role of IT. Computers in Industry, Vol. 60, Issue 4, p. 235-236, 2009.
• SETH, D.; SETH, N.; DHARIWAL, P.; Application of value stream mapping (VSM) for lean and cycle time reduction in complex production environments: a case study”, Production
Planning and Control, Vol. 28 No. 5, pp. 398-419, 2017.
• STUMP, B.; BADURDEEN, F. Integrating lean and other strategies for mass customization manufacturing: a case study. Journal of Intelligent Manufacturing, Vol. 23, Issue 1, p. 109-124,
2012.
• THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
• THORPE, R.; HOLT, R.; MACPHERSON, A.; PITTAWAY, L. Using knowledge within small and medium-sized firms: a systematic review of the evidence. International Journal of
Management Reviews, p.257-281, 2005.
• THURER, M.; STEVENSON, M.; SILVA, C.; LAND, M. J.; FREDENDALL, L. Workload control and order release: a lean solution for make-to-order comapanies. Production and Operations
78
Management, Vol. 21, p. 939-953, 2012.

Você também pode gostar