INGLATERRA VERSUS EUA • A crítica do currículo na Inglaterra, diferente dos EUA, deu-se a partir da sociologia. • 1971 – Knowleadge and control – Michael Young. (NSE) • Ensaios de Michael Young, Bersntein e Bordieu. (Instituto de Educação da Univ. de Londres) • A referência era a “antiga” Sociologia da educação (aritmética) • A principal crítica que a NSE fazia a esta sociologia aritmética era que ela se concentrava nas variáveis de entrada ( classe social, renda, situação familiar) e variáveis de saída ( Resultado de testes escolares, sucesso ou fracasso). • A NSE também desafiava a filosofia educacional analítica desenvolvida por Hirst e Peters. (O currículo deveria ser desenvolvido coincidindo com as disciplinas acadêmicas) “AN APPROACH TO THE STUDY OF CURRICULA AS SOCIALLY ORGANIZED KNOWLEDGE” • O foco central do artigo de Young é o conhecimento escolar, que passa a ser visto como socialmente construído. • Segundo Young, educação é "uma seleção e organização do conhecimento disponível em um determinado momento, que envolve escolhas conscientes ou inconscientes" (1971, p. 24), o que significa dizer que um currículo não tem validade essencial e que reflete a distribuição de poder na sociedade mais ampla O PROGRAMA DA NSE - YOUNG • Ponto de partida de uma sociologia do conhecimento. • Young destaca o caráter socialmente construído das formas de consciência e de conhecimento, bem como suas estreitas relações com estruturas sociais, institucionais e econômicas. • A tarefa mais imediata da NSE é delinear as bases de uma sociologia do currículo. Crítica a atitude de tomar como dadas, naturalizadas as categorias curriculares, pedagógicas e avaliativas. .. Colocar estas categorias em questão e desnaturalizá-las, mostrando seu caráter histórico, social contingente e arbitrário. • A NSE tampouco se preocupa em elaborar propostas alternativas de currículo, seu programa está centrado na crítica sociológica e história dos currículos existentes. EM SUMA
• A NSE busca investigar as conexões entre, de
uma lado, os princípios de seleção, organização, e distribuição do conhecimento escolar e, de outro, os princípios de distribuíção dos recursos econômicos e sociais mais amplos. Em suma, a questão básica da NSE era a das conexões entre currículo e poder, entre a organização do conhecimento e a distribuição do poder. NSE – KNOWLEDGE AND CONTROL • As perspectivas reunidas no livro não são homogêneas: abordagens estruturalistas e ancoradas na fenomenologia sociológica. • Young demonstra como desenvolver uma sociologia do currículo inspirada em concepções de Marx, Weber e Durkheim. • Quais os princípios de estratificação e de integração que governam a organização curricular? Por que se atribui mais prestígio a um conteúdo e não a outro? Por que alguns currículos são caracterizados por uma rígida separação entre as diversas disciplinas enquanto outros permitem a uma maior integração? Quais as relações entre estes princípios de organização e os princípios de poder? • É essa estreita relação entre organização curricular e poder que faz com que qualquer mudança curricular implique uma mudança também nos princípios de poder. GEOFFREY ESLAND E NELL KEDDIE • Postura Fenomenológica • Esland ataca a visão objetivista do conhecimento que está pressuposta nas teorias tradicionais. • A divisão do currículo em matérias ou disciplinas, o conhecimento está organizado em zonas que correspondem a tipos diferentes de objetos que teriam existência independente dos indivíduos cognoscentes. • Essa visão ignora a intencionalidade e a expressividade da ação humana e o todo o complexo processo de negociação intersubjetiva dos significados; ela disfarça como dado um mundo que tem que ser continuamente interpretado. • O currículo não pode ser separado do ensino e da avaliação. • Essa visão ignora “a intencionalidade e a expressividade da ação humana e o todo o complexo processo de negociação intersubjetiva dos significados; ela disfarça como dado um mundo que tem que ser continuamente interpretado” • O conhecimento é construído intersubjetivamente na interação entre professor e aluno na sala de aula...a realidade é constituída daqueles significados que são intersubjetivamente construídos na interação social. NELL KEDDIE • Base Empírica • O conhecimento prévio que os professores tem dos alunos determina a forma como eles irão tratá-los • A capacidade intelectual dos alunos tal como é avaliada pelos professores acaba sendo determinada pela tipificação que os professores fazem deles. • Essa tipificação é determinada em grande parte pela classe social do aluno.