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O DESENVOLVIMENTO DO

INTRA-EMPREENDEDORISMO E
OS IMPACTOS NA GERAÇÃO DE
NOVOS NEGÓCIOS

Cláudia Cilene de Magalhães


Orientador: Sylvio Augusto de Mattos Cruz
PROBLEMA

Como o perfil do empreendedor


corporativo se desenvolve dentro das
organizações e como esse desenvolvimento
pode impactar na geração de novos
negócios para essa organização?
OBJETIVOS GERAIS

 Identificar o perfil do empreendedor


corporativo

 Enumerar os fatores dentro da


organização que podem contribuir de
alguma forma para o desenvolvimento do
empreendedorismo corporativo
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Pesquisar a tipologia do empreendedorismo
corporativo;
 Descrever as características do comportamento
do empreendedor corporativo;
 Pesquisar empresas que apresentam resultados
positivos em relação ao empreendedorismo
corporativo como geração de novos negócios;
 Fazer um comparativo com empresas intra-
empreendedoras e empresas tradicionais.
HIPÓTESE

Empresas que tiveram mudanças em sua


cultura organizacional, passando a incentivar o
desenvolvimento do empreendedorismo
corporativo obtiveram resultados favoráveis em
relação à implantação de novos negócios?
JUSTIFICATIVA
É cada dia maior o número de
empreendedores corporativos dentro das
organizações e as mesmas precisam estar atentas
para identificar esses profissionais e apoiá-los de
forma que esses possam se desenvolver e gerar
resultados para a organização.

A metodologia utilizada quanto aos meios será


bibliográfica, com uso de artigos científicos e
livros sobre o assunto
VARIÁVEIS

 Empreendedorismo e intra-empreendedorismo
 Cultura organizacional
 Comportamento organizacional
 Inovação
EMPREENDEDORISMO - DEFINIÇÃO

Para Bom Angelo (2003, p.25) :

“Empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações


trabalhando juntas para implementar uma ideia por meio da aplicação de
criatividade, capacidade de transformação e desejo de tomar aquilo que
comumente se chamaria de risco.”

Já para Hisrich e Peters (2004, p. 29) :

“ Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o


tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e
sociais correspondentes recebendo as consequentes recompensas da satisfação e
independência econômica e pessoal”
INTRA-EMPREENDEDORISMO - DEFINIÇÃO

Dornelas (2003), “empreendedorismo


corporativo é o processo pelo qual um indivíduo
ou um grupo de indivíduos, associados a uma
organização criam uma nova organização ou
instigam a renovação ou inovação dentro da
organização existente”.
INTRA-EMPREENDEDORISMO – VARIAÇÕES

Hashimoto (2010) identifica as seguintes


variações :

 Empreendimentos corporativos (Corporate


Ventures)
 Intra-empreendedorismo
 Empreendedorismo organizacional
 Alianças corporativas
INTRA-EMPREENDEDORISMO – VARIAÇÕES
EMPREENDEDOR X INTRA-EMPREENDEDOR

De acordo com Pinchot (1989), as características


do intra-empreendedor são muito semelhantes ao do
empreendedor, com pequenas adaptações já que este
profissional precisa agir dentro de certas estruturas
estabelecidas, as características dos intra-
empreendedores sob diversos aspectos: um dos motivos,
do intra- empreendedor desenvolver o seu perfil e o fato
de querer liberdade e acesso aos recursos da organização.
PERFIL
EMPREENDEDOR X INTRA-EMPREENDEDOR

Dornelas (2003) reforça as diferenças entre os


empreendedores de start-up (que cria negócios) e os
empreendedores corporativos (ou intra-empreendedores,
empreendedor interno) em relação às características :

 Motivação
 Foco
 Atitudes sobre assumir riscos
 Atitudes sobre falhas e erros
 Estilo de tomada de decisão
 Estilo de resolução de problemas
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

O comportamento organizacional é “um campo de


estudo voltado a prever, explicar, compreender e
modificar o comportamento humano no contexto das
empresas”. WAGNER III e HOLLEN BECK, 2002, p. 6.

Para Bernardes (1978, p. 76) “comportamento é todo


tipo de ação observável de uma pessoa”. O autor defende
que o comportamento humano e experiência consistente
podem ser descritos, previstos e influenciados, por se
constituírem em ação observável.
CULTURA ORGANIZACIONAL

 Quando a cultura da organização é forte, os


funcionários a seguem seus valores sem muito
questionamento, já em uma cultua mais fraca fornece
apenas diretrizes aos membros. DUBRIN (2003).

 Padoveze e Benedicto (2005) afirmam que uma cultura


organizacional forte e amplamente reconhecida tem
sido citada como fator de influência para uma empresa
ser bem sucedida.
O AMBIENTE INTRA-EMPREENDEDOR

Segundo Hamilton (2008), uma organização pode


recorrer a cinco ações para criar um ambiente favorável
ao intra-empreendedorismo. São elas:

Recompensar o tipo de comportamento almejado


 Fazer com que seja adequado que as pessoas assumam
riscos
 Dar controle às pessoas

 Promover transparência no negócio

 Fazer com que o aprendizado seja uma parte inerente


ao negócio
A INFLUÊNCIA DA LIDERANÇA

A visão da liderança, conforme Daft (1999) deve


estar tanto no ambiente interno, em novos produtos e
serviços, nas modificações de crenças e valores e
expectativas do pessoal e nas mudanças de processo
produtivos e tecnológicos, quanto no ambiente externo
às organizações, por meio do mercado local e do
ambiente internacional.
O PROCESSO DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Para Bessant e Tidd (2007, p.29) dizem que a


inovação assume muitas formas diferentes, mas podemos
e as resumem em quatro dimensões de mudança (os 4P’s
da inovação):

 Inovação de produto
 Inovação de processo

 Inovação de posição

 Inovação de paradigma.
OS FATORES QUE MAIS ESTIMULAM A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS

Satisfação Pessoal 34%

Contribuição para a imagem e o crescimento da empresa 22%

Possibilidade de facilitar o próprio trabalho 17%

Reconhecimento Moral dos Chefes e colegas 12%

Aumento de Salário 9%

Promoção de Cargo 6%

Fonte: Estudo Exame – Inovação e Empreendedorismo – 03/2006


OS FATORES QUE MAIS ATRAPALHAM AS INICIATIVAS

Ausência de políticas de reconhecimento e recompensa 25%

Falta de comprometimento das pessoas 22%

Falta de incentivo de chefes e colegas 21%

Despreparo e desinteresse dos funcionários 16%

Escassez de recursos 16%

Ausência de políticas de reconhecimento e recompensa 25%

Fonte: Estudo Exame – Inovação e Empreendedorismo – 03/2006


O PROCESSO DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

Para Bessant e Tidd (2007, p.29) dizem que a


inovação assume muitas formas diferentes, mas podemos
e as resumem em quatro dimensões de mudança (os 4P’s
da inovação):

 Inovação de produto
 Inovação de processo

 Inovação de posição

 Inovação de paradigma.
CASOS DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

 A Yahoo, tem seu modelo Brickhouse, em que qualquer um dos


funcionários da empresa pode submeter propostas de possíveis
novos produtos, mais de 200 ideais são submetidas por mês.

 No Google tem um projeto nomeado como Googlettes, regra de


20%, que significa que durante esse período de tempo, a
empresa oferece a seus colaboradores a possibilidade de
utilizarem o tempo de trabalho no projeto que quiserem, os
colaboradores dedicam um dia por semana ao desenvolvimento
de novas ideais, o, e o Orkut, tão popular no Brasil, foi criado
por esse projeto
CASOS DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES

 Na (HP) Hewlett-Pakard, os pesquisadores são estimulados a


dedicarem 10% de seu tempo a seus projetos preferidos, e a
Merck aloca tempo e recursos para seus pesquisadores
trabalharem em produtos de alto risco e com potencial de
grandes benefícios.

 O ambiente organizacional da 3M promove o pensamento


criativo e a tolerância para novas ideias, sugere que os
pesquisadores dediquem 15% de seu tempo a atividades não
relacionadas com seu projeto principal, a companhia é muito
descentralizada, mas compartilhas as informações é obrigatório.
CONCLUSÃO

O intra-empreendedorismo tem se mostrado como uma força que


impulsiona as empresas que querem atingir o sucesso e continuar no mercado,
no entanto as empresas que alcançam o sucesso apresentam uma cultura
organizacional diferenciada e um alto investimento em incentivos ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de seus colaboradores.

Como o processo de inovação pode ocorrer em vários partes da


organização, fica evidenciado que o incentivo ao intra-empreendedorismo pode
criar valor aos acionistas criando um ambiente de trabalho que apoia o
crescimento corporativo e individual de seus colaboradores, tornando a
organização mais competitiva no mercado.
BIBLIOGRAFIA

BESSANT, John; TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Tradução Elizamari


Rodrigues Becker, Graziella Perizzolo, Patrícia Lessa Flores da Cunha. Porto
Alegre: Bookman, 2009.

BOM ANGELO, Eduardo. Empreendedor Corporativo: A nova postura de quem faz


a diferença. Ed. Rio de Janeiro: Editora Elzevier, 2003.
DAFT, Richard L. Teoria e projeto das organizações. 6.ed., Rio de Janeiro, Livros
Técnicos e Científicos, 1999.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo como ser


empreendedor inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Elzevier,
2003.

DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: conceitos e


aplicações. Revista de Negócios, Blumenau, v. 9, n. 2, p. 81-90, abril/junho 2004.
BIBLIOGRAFIA

DUBRIN, Andrew J. Fundamentos do comportamento Organizacional. Tradução


James Sunderland Cook; Martha Malvezzi Leal; revisor técnico Reinaldo O. da
Silva . São Paulo: Pioneira Thomson Leanirg, 2003.

HASHIMOTO, M. Espírito empreendedor nas organizações – aumentando a


competitividade através do intra-empreendedorismo. 2ed. São Paulo: Saraiva
2006.

HISRICH, Robert D.; PETERS P. Michael .Empreendedorismo. Trad.Lene Belon


Ribeiro, 5.ed .Porto Alegre: Bookman, 2004.
BIBLIOGRAFIA

PADOVEZE, C. L.; BENEDICTO, G. C. Cultura organizacional: análise e


impactos dos instrumentos no processo de gestão. REAd. Ed. 44 v. 11 n. 2,
mar./abr.2005. Disponível em: http://www.
http://read.adm.ufrgs.br/edicoes/pdf/artigo_323.pdf. Acessado em: 24/05.2012.

PINCHOT, G. PELLMAN, R. Intra-empreendedorismo na prática: um guia de


inovação nos negócios. RJ. Elsevier, 2004.

WAGNER III, John A; HOLLENBECK, John R. Comportamento organizacional:


criando vantagem competitiva. Tradução Cid knipel Moreira; Revisão técnica
Laura Zaccarelli. São Paulo, 2003.

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