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A REFORMA DO ESTADO, AS

TERCEIRIZAÇÕES E A
UNIVERSIDADE: NOSSOS DIREITOS
EM RISCO
ALEXANDRE GALVÃO CARVALHO
A reforma do Estado
• A reforma do Estado deve ser entendida
dentro do contexto da redefinição do papel do
Estado, que deixa de ser o responsável direto
pelo desenvolvimento econômico e social pela
via da produção de bens e serviços, para
fortalecer-se na função de promotor e
regulador desse desenvolvimento.
Cadernos MARE da Reforma do Estado, p. 11, 1998
Os setores estatais
• NÚCLEO ESTRATÉGICO
• ATIVIDADES EXCLUSIVAS
• SERVIÇOS NÃO-EXCLUSIVOS
• PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS PARA O
MERCADO
Constituição de 1988
• O artigo 39 da Constituição Federal de 1988 tinha como redação
original:
• ”Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único
e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.”
• O texto que lhe foi conferido pela Emenda Constitucional nº. 19,
de 1998 mencionou:
• “Art. 39 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
instituirão conselho de política de administração e remuneração
de pessoal, integrado por servidores designados pelos
respectivos Poderes.”
PL 30

Terceirização: transferência feita pela


contratante da execução de parcela de
qualquer de suas atividades à contratada para
que esta a realize na forma prevista nesta Lei;
10 falácias da terceirização
• 1 – Não regulamenta:
• 2 - Aumento da Jornada de Trabalho:
• 3 – De empresários para empresários:
• 4 – Desarticulação dos Sindicatos:
• 5 – Alta rotatividade:
• 6 – Aumento do Desemprego:
• 7 – Multiplicação da Escravidão:
• 8 – Redução Salarial:
• 9 – Mais gastos:
• 10 – Menos Arrecadação

Jornal da ADUFERJ
11 de maio de 2015
PL 30 DE 2015
• No seu art. 1o, parágrafo 1º
• O disposto nesta lei aplica-se às empresas
privadas.
• No parágrafo 2o
• As disposições desta lei não se aplicam aos
contratos de terceirização no âmbito da
administração pública direta, autárquica e
funcional da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
Publicização dos serviços públicos
• A estratégia da reforma do Estado se apoia na publicização dos
serviços não-exclusivos do Estado, ou seja, na sua absorção por um
setor público não-estatal, onde, uma vez fomentados pelo Estado,
assumirão a forma de organizações sociais. Essa forma de parceria
entre sociedade e Estado, além de viabilizar a ação pública com mais
agilidade e maior alcance, torna mais fácil e direto o controle social,
mediante a participação, nos conselhos de administração, dos
diversos segmentos beneficiários envolvidos. As organizações nesse
setor gozam de uma autonomia administrativa muito maior do que
aquela possível dentro do aparelho do Estado. Em compensação,
seus dirigentes são chamados a assumir uma responsabilidade
maior, em conjunto com a sociedade, na gestão da instituição.
Cadernos MARE da Reforma do Estado, p. 11, 1998
OS e o setor privado
• Na condição de entidades de direito privado, as
Organizações Sociais tenderão a assimilar
características de gestão cada vez mais
próximas das praticadas no setor privado, o que
deverá representar, entre outras vantagens: a
contratação de pessoal nas condições de
mercado; a adoção de normas próprias para
compras e contratos; e ampla flexibilidade na
execução do seu orçamento.
Cadernos MARE da Reforma do Estado, p. 14, 1998

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