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AUTORES

EDITAL PEI
EMMI PIKLER - EDUCAR NOS
TRÊS PRIMEIROS ANOS: A
EXPERIÊNCIA PIKLER-LÓKZY
EMMI PIKLER - Educar nos três primeiros
anos: a experiência Pikler-Lókzy

• Pikler foi uma pediatra preocupada em bebês de “orfanato”;


• Trata-se de uma abordagem que se construiu para (re)orientar adultos
para com a sua forma de se relacionar com o bebê;
• Para se construir um espaço de ed. infantil é necessário que o adulto
construa uma relação de confiança com os bebês, acreditando em suas
potencialidades;
• O excesso de adultos restringem a criança a produzir a cultura infantil;
• A qualidade do cotidiano das escolas de ed. infantil influenciam na
qualidade do desenvolvimento infantil;
• O adulto coloca-se a disposição do bebê sem impor a sua presença;
Essa relação se da pela confiança no bebê e suas potencialidades;
ABORDAGEM EMMI PIKLER
Construção da
Aspectos necessários para a criação de segurança afetiva
espaços para a educação infantil

Entendimento de
que cada criança é
Movimento livre
um ser único,
singular

Desenvolvimento
depende da
qualidade da relação
Cuidado com os
que se estabelece
ambientes.
com os materiais, Observação e escuta para
objetos e adultos de conhecer os bebês, identificar
seu entorno suas potencialidades e
construir seu planejamento a
Valorização de partir disso.
materiais simples, a
delicadeza dos
gestos, as
interações verbais
dos adultos.
PRINCÍPIOS PARA EMMI PIKLER

Autonomia: Poder de escolha;


O adulto ensina ao bebê que ele é capaz; Atividade Autônoma
Criar condições para o desenvolvimento
da autonomia;
Construção de uma autoimagem positiva e
compreensão do próprio corpo.
Empenho para que cada criança compreenda-se
Tranquilidade nas relações

A promoção e a manutenção de um bom estado de


saúde física da criança

Relações pessoais estáveis da criança

A falta de espaços físico não é um problema para essa abordagem.


ASPECTOS QUE PRECISAM SER CONSIDERADOS

Cuidados com os bebês

Não colocar o bebê em O que o bebê não consegue


A prática social do
Conversar com o bebê
posições em que ele não realizar é porque ele não
diálogo amadurece a consiga se colocar está pronto do ponto de vista
relação de confiança sozinho biológico

Não pegar a criança de


Respeitar o seu desenvolvimento Deixar que ele siga o
surpresa, ou pegá-la
próprio ritmo
e tempo. enquanto está dormindo
CONJUNTO DE AÇÕES

Brincar livre

Atender as necessidades individuais


Espaço sóbrio,
de cada criança
organizado e sem
poluição visual;
Formação de crianças mais
Espaço seguro para brincar
Os espaços não podem saudáveis física e
livremente
ser super protetores; mentalmente

Seguro e de qualidade.

Dispostos de maneira que os bebês tenham acesso livre Materiais simples e diversos, com diferentes tamanhos,
para se relacionar com esses objetos e o professor atua Materialidades formas, texturas, cores, peso, temperaturas etc;
como pesquisador coletando pistas do desenvolvimento
da criança. Separados conforme seus atributos
OLHARES EM DIÁLOGO NA ED.
INFANTIL – APROXIMAÇÕES
COM A ABORDAGEM DE EMMI
PIKLER

FREITAS; PELIZON; CHAVES


ABORDAGEM EMMI PIKLER

• A criança organiza um sistema de atitudes com sentido para cada gesto e ação;
• Não se pensava na ed. de bebês em espaços coletivos; cuidar e educar, um cuidado que humaniza;
• Articulação entre práticas; teoria; pesquisa; investigação – envolvendo a confiança nas potencialidades
dos bebês;
• Utilizar contexto da vida cotidiana; ambiente seguro, acolhedor que crie condições e deixe o movimento
livre; adulto sensível, sem impor a sua presença;
PRINCÍPIOS

• Relação afetiva privilegiada em um contexto institucional:


• Momentos de cuidado: troca, banho, alimentação, sono; Estabelecer uma comunicação
corporal/emocional; Atenção aos pequenos detalhes; Momento único de conexão; paixão pelo saber;
tom de voz; movimentos sutis;
• O valor da atividade autônoma:
• Movimento livre; ambiente suficientemente bom e seguro, de qualidade;
• Consciência de si mesmo e do entorno;
• Manutenção de um bom estado de saúde físico e de bem-estar corporal:
• Alimentação saudável; atividades ao ar livre; relação com a natureza
CAPÍTULOS DOS LIVROS

• Observar para conhecer; As conquistas da motricidade devem ser autônomas, sem intervenção do
adulto;
• Importância nos momentos de cuidado com a criança, trabalho coletivo, momentos prazerosos,
movimentos sutis para criar conexões;
• Motricidade livre para a autonomia do bebê; Organização da rotina fora de uma visão adultocentrica,
ambiente organizado com materiais que sejam interessantes ao bebê;
• Observação e registro escrito, fotos e audiovisual;
• As práticas dos adultos em restringir e conter as crianças e bebês, evitar essa abordagem disciplinadora;
• Fotos: cada fotografia nos traz inquietações, foto como registro importante p/ doc ped e observação do
que foi vivido – fotos de qualidade e não quantidade;
• Potencializar os registros das crianças pequenas;
• Formação de profs, acolher bebês, crianças e famílias – pedagogia relacional; quebrar as lógicas
adultocentricas
CAPÍTULOS DOS LIVROS

• O que oferecemos às crianças? Trazer objetos e brinquedos que proporcione isso e outras
investigações, quais possibilidades? Pensar na qualidade dos brinquedos;
• Como adequar os ritmos adulto-criança; Como olhar para o coletivo sem perder o individual?
Observações das ações do bebê; respeitar os ritmos individuais; desaceleração do olhar e rotina do
adulto; confiar nos bebês;
MATERNAGEM INSÓLITA

APPEL & DAVID


ABORDAGEM EMMI PIKLER

• Olhar para a criança com o respeito e de forma que ela se sinta merecedora deste mundo e que suas
necessidades sejam atendidas;
• Saber ouvir as diferentes linguagens (sons, expressões faciais, etc);
• Confiança e interação com o bebê;
• Foco no desenvolvimento psicomotor a partir do movimento livre e a orientação para autonomia;
• Adaptação à realidade de cada um;
• Desconstrói a ideia que todos precisam fazer tudo juntos ao mesmo tempo; Respeitar o espaço e tempo
de cada um;
• Liberdade orientada e observada;
• Intencionalidade pedagógica; Estimular a sua curiosidade, aprendizagem e movimentos;
ABORDAGEM EMMI PIKLER

• O bebê é um sujeito competente e precisa vivenciar a liberdade do movimento;


• O educador precisa de apoio para realizar a observação atenta;
• Preparar o ambiente para ser estimulante e seguro; Precisa ser estável e livre para que ele pratique
diversas vezes os movimentos;
• Perspectiva de liberdade: Oferecer brinquedos diversos; Que a criança se desafie, e conheça as
potencialidades e limites do corpo;
• Por que “MATERNAGEM”? Cuidados em centros de acolhimentos realizados por abordagem
institucional;
CUIDADOS COM O BEBÊ

• Mostrar para a criança que ela é merecedora de estar neste mundo; Que é um sujeito de direitos;
• São nos momentos de cuidado que o adulto referência cria vínculos com a criança;
• Banho e alimentação são fundamentais nesse processo;
• Cuidar e educar são indissociáveis;
• Leveza nos gestos;
• Coparticipação da criança nos momentos de cuidado, sobre o que acontece no corpo dela;
ATIVIDADES AUTÔNOMAS E
BRINCADEIRAS LIVRES

• Alternância entre o cuidar e a atividade autônoma, que irá estimular o desenvolvimento psicomotor;
• Distribuição do tempo de acordo com o ritmo de cada criança, bem como de espaços e materiais, com o
adulto próximo sem impor a sua presença;
• Confiar nas potencialidades dos bebês;
• TRIPÉ:
• Envolvimento no trabalho com as crianças;
• Suporte aos educadores – estrutura, equipe, recursos;
• Formação – prática pensada, formação permanente, repertório; A ação pedagógica não pode ser
pautada no improviso.
AFINAL, O QUE OS BEBÊS FAZEM NO
BERÇÁRIO? COMUNICAÇÃO, AUTONOMIA E
SABER-FAZER DE BEBÊS EM UM CONTEXTO
DE VIDA COLETIVA

PAULO FOCHI
COMUNICAÇÃO, AUTONOMIA E SABER-
FAZER

• Ações de bebês são carregadas de sentido;


• Os bebês demonstram a ação do saber-fazer; ação de pensamento; têm seus projetos pessoais;
• Criar condições materiais, espaciais, temporais para o brincar heurístico – materiais da vida prática;
• Silêncio pedagógico – respeitar a capacidade de perceber com a sua própria racionalidade para
perceber o mundo;
• Provocar o encontro dos bebês com os objetos da vida prática; Não interferir na ação dos bebês;
• Planejamento por contextos – exercer o planejamento de forma indireta;
• Escolha dos bebês – a partir disso começa o saber-fazer com intenção do mesmo (ação autônoma) –
escolher, tomar decisões, demonstrar preferências;
• Incluir outros elementos na brincadeira;
• Registro de observação, busca de interpretação – utilizar uma linguagem “provisória”
COMUNICAÇÃO, AUTONOMIA E SABER-
FAZER

• Repetição das ações: é um típico comportamento, repete coisas que descobrem, aprendem e vão
repetindo e pensando mais sobre; para poder aprender e entender; mais de uma oportunidade;
• Quando necessita, ele busca o auxílio do adulto;
• Confiança no bebê e em sua potência;
• Retroalimentação – encorajar bebês e crianças para que eles continuem os seus processos;
• Percepção: Cria um novo desafio e dado para pensar; age percebendo e pensando sobre o mundo;
novas experimentações;
• A vida é complexa o suficiente para que todos possamos viver diferentes experiências integradas, a vida
cotidiana é um grande cenário;
• Sequência de ações para entender um problema;
• Planejar indiretamente – criar condições para as aprendizagens
INFÂNCIAS E LINGUAGENS

MÁRCIA GOBBI E MÔNICA PANIZZA


INFÂNCIAS E LINGUAGENS

• Criança: Sujeito situado histórica e socialmente, produtoras de culturas e conhecimentos diversos, que
vivem e produzem suas vidas em diferentes contextos sociais, econômicas e históricas;
• Necessário questionar as práticas de perspectiva UNIVERSALISTA, pois cada criança se
desenvolve de maneira diferente;
• Importância de nos aproximarmos da imaginação dos mundos vividos pela criança;
• Direito ao sonho e imaginação;
• Linguagem como forma de brincadeira: rimas, ritmos, canções, narrações poéticas; brincar com as falas
de modo a estimular a criança;
• A imaginação é alimentada/nutrida diariamente, que produz diferentes mundos;
• Pensar: Como estão essas linguagens em nossa vida? A dança, literatura, desenho, teatro, música...
(professor)
INFÂNCIAS E LINGUAGENS

• Froebel: um dos primeiros educadores a considerar a infância como uma fase decisiva na formação das
pessoas;
• Brincadeiras: é o primeiro recurso da aprendizagem, um momento de representações do mundo
concreto para entende-lo;
• Auto educação: aprender a aprender;
• Ed. espontânea: conhecimento conecta sentimentos, percepção e pensamento;
• Educação ocorre no processo, não é preparação para a vida adulta;
• Experiências devem ser significativas e com sentido para que haja aprendizagem (Dewey);
• Considerar aspectos visíveis nos desenhos e auxiliar as crianças à produzir o invisível como fruto de
criação, das experiências vividas no cotidiano.
INFÂNCIAS E LINGUAGENS
• Educação: meio de aquisição de “herança social” para acesso à “memória social”;
• As crianças vivem e criam diferentes experiências, nas mais diversas linguagens, podendo passar das
investigações às criações artísticas sem constrangimento, mostrando-nos formas singulares e
específicas de relações estabelecidas entre as crianças e o mundo;
• A manifestação das diferentes linguagens pelas crianças é a possibilidade de descobrir, conhecer e
aproximar-se, são exercícios de vida nos quais estão contidas a arte e a ciência;
• Envolve movimento, desenho, brincadeira, música, dança, gestos, dentre outros (direito de
aprendizagem)
• Arte-ciência-infância: Produção de novos mundos em que a imaginação, intuição, cognição, fantasia e
emoção caminhem conjuntamente;
• Desenhar, pintar, dançar é para as crianças, como para os artistas, a possibilidade de descobrir,
conhecer e aproximar-se, são exercícios de vida nos quais estão contidas a arte e a ciência, podendo
ser compreendidas na “arteciência”;
• O desafio hoje é a fragmentação e a diluição de sentimentos e percepções

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