2 Responsabilidade

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RESPONSABILIDADE

DO ESTADO
(extracontratual)
“O primeiro passo no sentido da Suscitado conflito de atribuições entre a
elaboração de teorias de responsabilidade jurisdição comum e o contencioso
do Estado segundo princípios do direito administrativo, o Tribunal de conflitos
público foi dado pela jurisprudência decidiu que a controvérsia deveria ser
francesa, com o famoso caso Blanco, solucionada pelo tribunal administrativo,
ocorrido em 1873: a menina Agnès porque se tratava de apreciar a
Blanco, ao atravessar uma rua da cidade responsabilidade decorrente de
de Bordeaux, foi colhida por uma funcionamento do serviço público.
vagonete da Cia. Nacional de Manufatura Entendeu-se que a responsabilidade do
do Fumo; seu pai promoveu ação civil de Estado não pode reger-se pelos princípios
indenização, com base no princípio de que do Código Civil, porque se sujeita a regras
o Estado é civilmente responsável por especiais que variam conforme as
prejuízos causados a terceiros, em necessidades do serviço e a imposição de
decorrência de ação danosa de seus conciliar os direitos do Estado com os
agentes. direitos privados.”
Teorias Civilistas
• responsabilidade editada pelo Direito Privado.
Busca explicar a responsabilidade do Estado
na prática de condutas ilícitas.

• dolo ou culpa.
Teoria Publicista
• Nas teorias publicistas, o dolo e a culpa são
substituídas pelo risco da atividade.
• Portanto, não se infere se a conduta da
Administração foi lícita ou ilícita, a
responsabilidade subsistiria pelo dano
causado.
a) Teoria do risco integral: O Estado responderia por
qualquer dano causado ao particular, mesmo sem
qualquer participação.
O Estado figuraria como um segurador universal dos
particulares, sendo suficiente a sua “simples
presença” no evento.
Ex: O Estado deveria indenizar a família de um
suicida que deu cabo de sua vida em um espaço
público.
Exceções
a) Indenizações cobertas pelo seguro
obrigatório para automóveis (DPVAT)
(acidente e dano independentemente de
culpa)
b) Atentados terroristas, ato de guerra em
aeronaves (aeronaves de matrícula brasileira,
dentro ou fora do Brasil, salvo taxi aéreo) Lei
10.309/01 e 10744/03
b) Teoria do risco da Portanto, a conduta do
administração: A agente público – mesmo
responsabilidade aí, lícita – é causa para o
diferentemente do risco evento danoso. Portanto,
integral, exige a se não houver prova do
participação do Estado no nexo causal, isto é, que o
evento danoso, muito dano ocorreu por caso
embora, não haja dolo ou fortuito, força maior, culpa
culpa de seus agentes exclusiva da vítima ou de
públicos. terceiro, não há
responsabilidade do
Estado.
• 3 (três excludentes) para o risco
administrativo:
a. Culpa exclusiva da Vítima:- casos em que a
vítima utiliza a prestação de serviço público
para causa dano a si própria
Excludentes
Força Maior:- é um Culpa de Terceiro:- ocorre
acontecimento quando o prejuízo pode
Culpa exclusiva da vítima involuntário, imprevisível ser atribuído a pessoa
– utilização de um serviço e incontrolável Ex:- estranha aos quadros da
público para causar dano erupção de um vulcão que Adm. Pub. Ex:- prejuízo
a si mesmo Ex:- suicídio destrói a vila (caso causado por atos de
no metrô fortuito não exclui a multidão. (o Estado
responsabilidade estatal responde se restar
(rompimento de adutora) comprovado sua culpa)
• Conceito
• A responsabilidade do Estado se traduz numa
obrigação, atribuída ao Poder Público, de
compor os danos patrimoniais causados a
terceiros por seus agentes públicos tanto no
exercício das suas atribuições quanto agindo
nessa qualidade.
Fundamentos no dever de
Indenizar
O dever estatal de indenizar por danos causado por
agentes públicos baseasse em 2 (dois fundamentos

Quando o ato lesivo o Quando o ato lesivo for lícito


fundamento do dever de causar prejuízo especial a
indenizar é o princípio da particular, o fundamento
legalidade, violado pela para o dever de indenizar é a
conduta praticada em igual repartição dos
desconformidade com a encargos sociais – princípio
legislação. da isonomia.
• Atos Ilícitos:- violação da legalidade;

Ex:- interdição de uma indústria por poluição e


depois verifica a não existência da poluição.
• Atos lícitos:- permissão para construção de um
imóvel, (estacionamento) depois a rua vira
calçadão.
• Observação:- não confundir a
responsabilidade civil do Estado com

1. Responsabilidade contratual:- ajustes com


terceiros – previsão contratual;
2. Responsabilidade criminal:- o ente público não
comete crime, mas seus agentes podem em tese
cometer.
3. Obrigação de indenizar:- nos casos de
desapropriação
• Obs:-
1. É imprescindível que o agente esteja no
desempenho de seu cargo, emprego ou função
pública na entidade a que está vinculado.

2. O Estado responde objetivamente pelos danos


causados pelo servidor de fato, pois se aproveita as
vantagens dessa situação, deve suportar os ônus
dela decorrente.
3. Com relação ao Legislativo e Judiciário, adota-se a
regra da irresponsabilidade patrimonial.
O poder Judiciário é soberano, o juiz deve agir com
independência e sem qualquer preocupação
quanto a seus atos. (135 CPC)
O poder Legislativo é soberano, edita normas gerais
e abstratas. (má legislatura)

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