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Higiene Do Trabalho - Riscos Biológicos No Ambiente de Trabalho (UCAM) PDF
Higiene Do Trabalho - Riscos Biológicos No Ambiente de Trabalho (UCAM) PDF
no Ambiente de Trabalho
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
COBRAS E SAUROS................................................................................................................. 15
CAPÍTULO 2
ANIMAIS AQUÁTICOS............................................................................................................... 20
CAPÍTULO 3
UNIDADE II
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO.................................................................................................................... 28
CAPÍTULO 1
SISTEMAS DE VENTILAÇÃO....................................................................................................... 33
CAPÍTULO 2
VENTILADORES ....................................................................................................................... 50
UNIDADE III
CONTROLE DO AR............................................................................................................................... 57
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
UNIDADE IV
BIOSSEGURANÇA................................................................................................................................. 82
CAPÍTULO 1
CONTROLE DE INFECÇÃO...................................................................................................... 88
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 99
ANEXO........................................................................................................................................... 107
SIGLÁRIO........................................................................................................................................... 107
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Bem-vindo à disciplina Higiene do Trabalho – HT. Este é o nosso Caderno de Estudos
e Pesquisa, material básico aos conhecimentos exigidos da Engenharia de Segurança
do Trabalho – EST. Esta disciplina, em razão do programa, foi dividida em três tomos:
Higiene do Trabalho - Riscos Físicos no Ambiente de Trabalho; Higiene do Trabalho -
Riscos Químicos no Ambiente de Trabalho e Higiene do Trabalho - Riscos Biológicos
no Ambiente de Trabalho.
Objetivos
»» Compreender e aplicar conhecimentos relacionados às interações dos
micro-organismos ao meio ambiente do trabalho.
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FUNDAMENTOS UNIDADE I
BIOLÓGICOS
A avaliação dos riscos biológicos no local de trabalho tem se concentrado até agora
sobre os agricultores, trabalhadores de saneamento e pessoal de laboratório, os quais
apresentam um risco significativo de efeitos adversos à saúde. A coleção de riscos
biológicos detalhada por Dutkiewicz et al. (1988) mostra que os trabalhadores em
muitas outras profissões também são expostos (Figura 1). Dutkiewicz et al. (1988)
realizaram uma classificação taxonômica de microrganismos e plantas (Figura 2) , bem
como os animais (Figura 3), que podem representar um perigo biológico no local de
trabalho.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
Figura 1. Ambientes de trabalho com exposição potencial dos trabalhadores aos agentes biológicos.
Indústria Exemplos
Cultivo e Colheita.
Pecuária.
Agricultura
Silvicultura.
Pesca.
Matadouros, fábricas de embalagens de alimentos.
Armazenamento: silos de grãos, rapé e outros processamentos.
Produtos Agrícolas Processamento de pelo e couro de animais.
Fábricas têxteis.
Carpintaria: serrarias, fábricas de papel, cortiça.
Cuidado com os animais de laboratório
Assistência à saúde Cuidados de Pacientes: Médicos, dentários.
Produtos farmacêuticos e de origem vegetal
Cuidados pessoais Cabelereiro e podologia.
Laboratórios Clínicos e de Pesquisa
Biotecnologia Centros de produção.
Centros Ambulatoriais
Manutenção Predial Edifícios “doentes”.
Tratamento de esgotos resíduos e fertilizantes
Sistemas industriais para tratamento de resíduos
Figura 2. Os vírus, bactérias, fungos e plantas: riscos biológicos conhecidos no local de trabalho.
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
Líquenes x
Hepáticas x
Samambaias x
Plantas Superiores
Pólen x
Óleos Voláteis x x
Em pó x x x
Infecção zoonoses: a infecção normalmente transmitida por animais vertebrados (zoonoses).
Endotoxina.
Micotoxina.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
Micro-organismos
Os micro-organismos são um grupo grande e diversificado de organismos que existem
como células, isoladas ou agrupadas (BROCK e MADIGAN, 1988). Neste aspecto, as
células microbianas se diferenciam das células dos animais e das plantas, uma vez que
eles são incapazes de viver sozinhos na natureza e apenas podem existir como parte de
organismos pluricelulares.
São poucas as regiões do nosso planeta que têm falta de vida microbiana, pois os
microrganismos têm uma incrível gama de capacidades metabólicas e energia que
lhes permitem sobreviver em condições letais para outras formas de vida. As quatro
classes principais de microrganismos que podem interagir com os seres humanos
são bactérias, fungos, vírus e protozoários. Representam um perigo para os
trabalhadores por sua ampla distribuição no ambiente de trabalho. Os microrganismos
mais importantes em termos de riscos profissionais estão relacionados nas Tabelas
2 e 3. Existem três fontes principais de tais micróbios:
II. aqueles que estão associados com certos tipos de habitats (por exemplo,
bactérias nas redes de abastecimento de água);
A natureza das doenças não entéricas transmitidas por meio da água, muitas vezes
depende da ecologia de patógenos aquáticos. Existem dois tipos básicos de infecções:
infecções superficiais, que afetam as membranas mucosas e as áreas de pele
previamente danificadas, e infecções sistêmicas, que muitas vezes são infecções
graves que podem ocorrer quando o sistema imunitário está fragilizado. Uma variedade
de organismos aquáticos, incluindo os vírus, bactérias, fungos, algas e parasitas
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
podem invadir o hospedeiro através do trato intestinal, tal como a conjuntiva, mucosa
respiratória, a pele e os órgãos genitais. Embora a propagação zoonótica de doenças
infecciosas continue a ocorrer em animais de laboratório usados para investigação
biomédica, o número de focos foi reduzido devido à adoção de procedimentos
veterinários e de produção animal mais rigoroso, o uso de animais criados para fins
comerciais e instituição de programas adequados para proteger a saúde do pessoal
(FOX e LIPMAN, 1991).
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
A exposição durante períodos curtos de tempo para certos pós de madeira pode levar
à asma, conjuntivite, rinite alérgica ou dermatite. Alguns microrganismos termofílicos
presentes na madeira são patogênicos para os seres humanos, e por inalação de esporos
de actinomicetos presentes em aparas de madeira armazenados tem sido associada
a doenças humanas (JACJELS, 1985). Aqui estão alguns exemplos de doenças
ocupacionais específicos:
Prevenção
O conhecimento dos princípios da epidemiologia e transmissão de doenças infecciosas é essencial para os métodos utilizados no controle do
organismo causador da doença. Os trabalhadores devem ser submetidos a exames médicos periódicos para detectar doenças ocupacionais de
origem biológica. Existe uma série de princípios gerais para realizar exames médicos e detectar efeitos adversos para a saúde devido à exposição
no local de trabalho, incluindo o caso de riscos biológicos. Em outros capítulos desta apostila são descritos alguns procedimentos específicos.
Por exemplo, na Suécia, a Federação Agricultores iniciou um programa de serviços médicos preventivos no trabalho dos agricultores (HOGLUND,
1990). O principal objetivo deste programa era evitar doenças e lesões relacionadas ao trabalho e prestar assistência médica aos agricultores
que sofreram problemas de saúde ocupacional. Quando há surtos de doenças infecciosas não se pode tomar as devidas precauções, se não
identificar a doença previamente. Um exemplo disso foi o surto de febre viral hemorrágica da Crimeia e do Congo (FHCC) entre os funcionários
do hospital dos Emirados Árabes Unidos (Dubai), Paquistão e África do Sul (VAN EEDEN Y COLS. 1985).
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CAPÍTULO 1
Cobras e sauros
Cobras
Nas regiões quentes e temperadas, picadas de cobras representam um perigo mortal para
certas categorias de trabalhadores, fazendeiros, madeireiros florestais, trabalhadores
da construção civil e obras públicas, pesca, colheita de cogumelos, encantadores de
serpentes, os funcionários do jardim zoológico e pessoal de laboratório responsáveis
pela preparação de soros antiveneno. A grande maioria das cobras é inofensiva para os
seres humanos, mas outras podem causar lesões graves por suas picadas venenosas.
As espécies perigosas são encontradas tanto entre as cobras terrestres (Cobras e víboras)
quanto entre as aquáticas (hidrofidios) (RIOUX e JUMINER 1983).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS 1995), picadas de cobra causam
30 mil mortes por ano na Ásia, cerca de 1.000 mortes na África e vários na América do
Sul. Em alguns países, existem estatísticas mais detalhadas. No México, a cada ano, há
mais de 63 mil picadas de serpentes e picadas de escorpião, que juntos originam mais
de 300 mortes. No Brasil são constatadas anualmente cerca de 20 mil picadas de cobra
e entre 7000 e 8000 picadas de escorpião, com uma taxa de mortalidade de 1,5% para
picadas de cobra e entre 0,3% e 1% para picadas de escorpião.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
Os primeiros sintomas que podem ser atribuídos diretamente à picada é dor local e
hemorragia no local da penetração dos dentes, seguido por dor, sensibilidade, inchaço
e inchaço do membro, linfangite e dilatação dolorosa dos gânglios linfáticos regionais.
Pacientes com picadas de cobras Europeias, Daboia russelii, espécies de Bothrops,
elapidos Australianos e Atractaspis engaddensis podem ter síncope precoce, vômitos,
cólicas, diarreia, angioedema e chiado no peito. Náuseas e vômitos são sintomas comuns
de intoxicação grave.
Tipos de mordida
Cobras com presas traseiras tais como o Dispholidus tipo e espécie de Thelotornis,
Rhabdophis e Philodryas. Produz inflamação local, sangramento nas marcas de presas
e, às vezes (Rhabophis tigrinus), desmaios. Mais tarde podem aparecer vômitos,
cólicas abdominais, dores de cabeça e hemorragia sistêmica generalizada com inchaço
extenso (Cardinals), coagulopatia, hemólise intravascular e insuficiência hepática.
Envenenamento pode desenvolver-se lentamente ao longo de vários dias.
Efeitos locais incluem dor, inchaço, hematomas, necrose e dilatação dos gânglios
linfáticos dolorosos. Os pacientes envenenados por A. engaddensis descrevem sintomas
intestinais violentos (náuseas, vômitos e diarreia), anafilaxia (dispneia, insuficiência
respiratória, choque) e alterações de ECG (bloco a-v, ST, onda T).
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
Os pacientes “cuspidos” por este tipo de elapídeo experimenta uma dor intensa nos
olhos, conjuntivite, blefaroespasmo, edema das pálpebras e secreção. Em mais da
metade dos pacientes cuspidos por N. nigricollis observaram erosões na córnea.
Raramente, o veneno é absorvido dentro da câmara anterior, causando hypopyon e
uveíte anterior. A infecção secundária das erosões da córnea pode produzir opacidades
permanentes que dificultam a visão ou panoftalmitis.
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
Caso não ocorra ou se perceba a inflamação durante as duas horas que se seguem a
picada de uma cobra, existe uma possibilidade de que não houve envenenamento. No
entanto, com algumas espécies o envenenamento fatal ocorre mesmo sem manifestação
de sintomas locais (por exemplo, Crotalus durissus terrificus, C. scutulatus e víbora
birmana de Russel).
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
Sauria (lagartos)
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CAPÍTULO 2
Animais aquáticos
Poríferos
A esponja comum pertence a esse filo. Os pescadores que tocam as esponjas (incluindo
mergulhadores, mergulhadores com equipamento entre outros), podem contrair a
dermatite de contato, o que provoca irritação na pele e caroços ou bolhas. A “doença dos
mergulhadores de esponja” na região do Mediterrâneo é causada pelos tentáculos de
um pequeno celentéreo (Sagartia rosea), que parasitam a esponja. Dermatite conhecida
como “musgo vermelho” ocorre em pescadores de ostras na América do Norte pelo
contato com escarlate esponja, encontradas em conchas de ostras. Houve casos de
alergia tipo 4. O veneno liberado pela esponja contém a histamina e as substâncias
antibióticas Suberitus ficus.
Celentéreos
Eles são representados por numerosas famílias da classe conhecida como hydrozoan,
que inclui corais Millepora (coral ardor, fogo coral), o Physalia (Physalia physalis, vespa
do mar, o homem Português), o Scyphozoa (água-viva) e Actiniaria (anemone picadas),
estes são encontrados em todas as partes do oceano. A característica comum destes
animais é a sua capacidade para produzir urticária por injecção de um veneno potente
armazenado em uma célula especial (nidoblasto) com um filamento oco que se rompe
quando se encosta o braço e penetra na pele da vítima. As várias substâncias presentes
no veneno podem originar sintomas como coceira intensa, congestão hepática, dor
e depressão do sistema nervoso central. Entre estas substâncias foram identificadas
thalassius, congestina, equinotoxina (contendo 5- hidroxitriptamina e tetramina)
e hipnotoxina respectivamente. Os efeitos sobre o indivíduo dependerá do grau de
contato com os tentáculos e, consequentemente, o número de agulhas microscópicas
que podem atingir vários milhares, e até mesmo causar a morte da vítima em minutos.
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
Dada a ampla distribuição destes animais em todo o mundo, ocorrem muitos incidentes,
embora o número de mortes seja relativamente baixo. Os efeitos sobre a pele são
caracterizados por prurido intenso e a formação de pápulas vermelhas brilhantes
e aparência mosqueada, que se tornam pústulas e ulcerações. A pessoa sente uma
dor aguda como um choque elétrico. Outros sintomas incluem falta de ar, ansiedade
generalizada, distúrbios cardíacos, colapso, náuseas, vômitos, perda de consciência e
choque primário.
Equinodermos
Este grupo inclui as estrelas e ouriços do mar. Ambos têm órgãos venenosos
(pedicelos), mas eles não são perigosos para os seres humanos. Os espinhos do ouriço
do mar penetram na pele e deixam um fragmento profundo, produzindo uma infecção
secundária, seguida pela formação de pústulas e granuloma persistente, muito irritante
se as feridas estiverem perto de tendões ou ligamentos. Entre os ouriços do mar, só a
Acanthaster planci parece ter espinhos venenosos que podem causar distúrbios gerais,
tais como vômitos, paralisia e dormência.
Moluscos
Entre os animais desse filo se encontram os conivalvos, que são os que podem ser
perigosos. Vivem em fundos arenosos do mar e parecem ter uma estrutura formada
por uma rádula venenosa com dentes em forma de agulha, os quais se projetam para
fora da boca e podem atacar a vítima quando a concha é tocada diretamente com
as mãos de forma imprudente. O veneno age sobre os sistemas nervosos centrais e
neuromusculares. A penetração desse dente na pele produz isquemia temporária,
cianose, embaciamento, dor e parestesia à medida que o veneno se espalha pelo o corpo.
Outros efeitos posteriores são: paralisia dos músculos voluntários, falta de coordenação,
visão dupla e confusão geral. A morte pode ocorrer a partir de paralisia respiratória e
colapso circulatório. Foram registrados cerca de 30 casos, dos quais 8 foram fatais.
Platelmintos
Polyzoos (Bryozoos)
Este grupo é composto por animais que formam colônias com aspecto de plantas,
semelhantes a musgos gelatinosos que se encrostam em rochas e conchas. A variedade
conhecida como Alcyonidium, produz uma dermatite irritativa nos braços e no rosto
dos pescadores ao retirar este “musgo” de suas redes. Ele pode também causar um
eczema alérgico.
Seláceos (Chondrichthyes)
Entre os animais desse filo estão os tubarões, raias e mantas. Os tubarões vivem em
águas rasas, onde eles buscam suas presas e podem atacar as pessoas. Muitas variedades
de Seláceos têm um ou dois espinhos largos venenosos na frente da nadadeira dorsal,
que contêm um veneno fraco ainda não identificado. Os espinhos produzem uma ferida
que causa dor imediata e intensa irritação, inflamação e edema.
Outro grande perigo desses animais é a sua mordida, pois a disposição dos seus dentes
afiados em várias linhas pode causar graves lacerações que produzem choque imediato,
hemorragia aguda e afogamento da vítima. O perigo representado por tubarões tem
sido objeto de intenso debate e todas as variedades parecem ser particularmente
agressivas. É muito difícil prever o seu comportamento, mas acredita-se que eles são
atraídos pelo movimento e a cor da luz dos nadadores, bem como sangue e as vibrações
que produzem peixes ou outra presa depois de terem sido presas. As raias e as mantas
são corpos grandes, planas com uma longa cauda coberta com um ou mais espinhos
ou serras que podem ser venenosos. O veneno contém serotonina, 5- nucleotidase e
fosfodiesterase, e pode causar vasoconstrição generalizada e paragem cardíaca. As raias
e as mantas vivem em regiões arenosas e águas costeiras, onde podem se esconder bem,
sendo fácil de banhistas pisarem sem se dar conta. A raia reage levantando a cauda
e projetando o espinho contra a vítima. Isto pode causar feridas profundas em um
membro ou órgão interno, como o peritônio, pulmão, coração ou fígado, especialmente
no caso das crianças.
A lesão também pode causar dor, inflamação, edema linfático e de outros sintomas, tais
como choque primário e colapso circulatório. Lesões de órgãos internos pode causar a
morte em poucas horas. Incidentes com raias e mantas estão entre os mais frequentes,
ocorrendo cerca de 750 a cada ano nos Estados Unidos. Estes animais também são
perigosos para os pescadores, recomenda-se que cortem a linha, logo que o venham a
bordo. Algumas espécies de raias, como o torpedo e narcine possuem órgãos elétricos
na parte traseira que, quando eles são estimulados por simples contato, descargas
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FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
Osteíctios
Muitos peixes deste filo possuem espinhos peitorais, caudais e anais, ligados a um corpo
venenoso, cujo objetivo principal é a defesa. Se o peixe é perturbado, ou pisado, ele
eriça os espinhos que podem penetrar a pele e injetar veneno. Eles costumam atacar os
mergulhadores que estão à procura de peixe por contato acidental. Foram registrados
inúmeros incidentes deste tipo, porque os peixes deste filo são generalizados, dentre
eles pertencem o peixe-gato, presente tanto em àguas salgadas quanto doces (América
do Sul, África Ocidental e dos Grandes Lagos), o peixe Scorpion (Scorpaenidae), o peixe
Traquino (Trachinus), o peixe-sapo, peixe cirurgião e outros.
Hidrofidios
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UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
apenas uma pequena percentagem de acidentes são fatais. Os sintomas são geralmente
ligeiros e pouco dolorosos. Os efeitos são muitas vezes sentidos depois de duas horas
e começa com dor muscular, rigidez do pescoço, desorientação e tétano, e por vezes,
náuseas e vômitos. Dentro de algumas horas aparece mioglubinúria (presença de
proteínas complexas na urina). A morte pode ocorrer a partir de paralisia dos músculos
respiratórios, necrose tubular renal e parada cardíaca devido à hipercalemia.
Prevenção
Devem ser feitos todos os esforços para evitar o contato com os espinhos desses animais quando eles são manuseados, a não ser usando luvas
grossas. Além disso, muito cuidado deve ter a percorrer ou caminhar na areia do fundo do mar. Diversos equipamentos oferecem proteção contra
medusas e outros celenterados e contra picadas de cobra. Nunca se deve tocar nesses animais perigosos e agressivos que devem ser evitados e
onde há áreas de água-viva também, já que elas são difíceis de ver. Se uma serpente do mar está presa no lugar, ele deve ser cortado deixando a
cobra ir. Na presença de tubarões, há uma série de princípios a serem observados: as pessoas devem manter os pés e as pernas para fora da água
e, lentamente, trazer o barco para a praia e deixa-lo imóvel, os banhistas não devem permanecer na água com um peixe morrendo ou sangrando,
e também atrair a atenção do tubarão, tanto com cores brilhantes ou jóias, ruídos ou explosões, luzes brilhantes ou movimentos da mão. Um
mergulhador nunca deve mergulhar sozinho.
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CAPÍTULO 3
Animais terrestres venenosos
Todo ano milhares de pessoas morrem por causa de picadas de escorpião e reações
anafiláticas a insetos. Na Tunísia são registrados anualmente entre 30.000 e 45.000
casos de picadas de escorpião que causam entre 35 e 100 mortes, a maioria delas
crianças. O envenenamento (toxicidade) é um risco ocupacional para as populações
que trabalham na agricultura e silvicultura nessas regiões. Entre os animais que podem
causar danos aos seres humanos devido ao seu veneno estão os invertebrados, como
os aracnídeos (aranhas, escorpiões, aranhas do deserto), ácaros (insetos e carrapatos),
quilópodos (centopeias) e hexápodos (abelhas, vespas, borboletas e mosquitos).
Aracnídeos (aranhas-Aranea)
Todas as espécies são venenosas, mas, na prática, apenas um pequeno número delas
atacam seres humanos. O envenenamento por picada de aranha pode ser de dois tipos: 1.
Envenenamento pela pele, que ocorre quando a picada produz depois de algumas horas
um edema ao redor da marca cianótica e, posteriormente, forma uma bolha; também
pode aparecer uma extensa necrose local. A cura de picadas de aranha como o género
Lycosa (por exemplo, a tarântula) pode ser um processo lento e difícil. 2. Intoxicação
neurológica causada por veneno neurotóxico exclusivamente de tarântulas (Ctenus
Latrodectus), que causa lesão grave e de início rápido, tétano, tremores, paralisia dos
membros e por vezes choque mortal, este tipo de intoxicação é relativamente comum
entre trabalhadores da silvicultura e agricultura e particularmente grave em crianças.
Na Amazônia, o veneno de aranha “viúva negra” (Latrodectus) é usado para flechas
envenenadas.
Prevenção
Em áreas onde há perigo de aranhas venenosas, o lugar onde as pessoas dormem deve ser forrado com mosquiteiros e os trabalhadores devem
usar calçados e vestuário de trabalho que lhes dão a proteção adequada.
Escorpiões (Escoriónidos)
Eles são aracnídeos que têm um acentuado ferrão venenoso no final do abdómen
que acarreta numa picada dolorosa, cuja gravidade varia de acordo com as espécies,
a quantidade de veneno injetado e da estação (o mais perigoso é o final do período
de hibernação dos escorpiões). Na região do Mediterrâneo, América do Sul e México,
existem mais vítimas de escorpiões do que de cobras venenosas. Muitas espécies são
25
UNIDADE I │ FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS
noturnas e menos agressivas durante o dia. As espécies mais perigosas (Buthidae) são
encontradas no neurotrópico árido e tropical, e seu veneno é altamente tóxico. Em
todos os casos, a picada de escorpião produz imediatamente sintomas locais intensos
(dor aguda, inflamação), seguidos por manifestações sistêmicas como tendência ao
desfalecimento, salivação, espirros, lacrimejamento e diarréia. O resultado é fatal em
crianças pequenas. As espécies mais perigosas do gênero são Androctonus (Africa
subsahariana), Centrurus (México) e Tituus (Brasil). O escorpião não ataca o homem
espontaneamente, ataca apenas quando detecta o perigo, quando encurralado ou
quando alguém o aperta ao colocar botas ou roupas que lhe servem de abrigo.
Os escorpiões são altamente sensíveis a pesticidas halogenados (por exemplo, o DDT).
Os carrapatos são aracnídeos que chupam sangue em todas as fases de sua vida e sua
saliva injetada através de seus órgãos de alimentação podem ter efeitos tóxicos.
O envenenamento é por vezes grave especialmente em crianças (paralisia do carrapato),
e às vezes acompanhado pela supressão dos reflexos. Em casos excepcionais, a morte
ocorre por paralisia bulbar (particularmente quando o carrapato se agarra ao couro
cabeludo). Percevejos chupam sangue apenas na fase larval e sua picada provoca
inflamação pruriginosa da pele. A incidência de picadas de percevejos é elevada em
regiões tropicais. Tratamento e prevenção: os carrapatos devem arrancados depois
de serem anestesiados com uma gota de benzeno, éter etílico ou o xileno. A prevenção
baseia-se na utilização de pesticidas ou repelentes.
Centopéias (Quilópodos)
26
FUNDAMENTOS BIOLÓGICOS │ UNIDADE I
picadas e as mordidas devem ser tratadas com aplições tópicas de loções à base de
amoníaco diluído, hipoclorito ou permanganato. Podem também ser administrados os
anti-histamínicos.
Insetos (Hexápodos)
Os insetos podem injetar veneno por meio de suas extremidades bucais (Simuliidos,
borrachudos, mosquitos, moscas Phlebotomo de areia) ou através da picada (abelhas,
vespas, marimbondos, formigas carnívoras). Eles podem causar urticária com seus
cabelos (lagartas, borboletas) ou produzir feridas com sua hemolinfa (castaridae, mosca
vesicante, besouro bum).
As picadas de moscas pretas podem produzir lesões necróticas, algumas vezes com
distúrbios gerais; picadas de mosquito produzem lesões pruriginosas difusas. Picadas
de Hymenoptera (abelhas etc.) produzem dor intensa local, eritema, edema e às vezes
necrose. Acidentes gerais podem ocorrer como resultado da sensibilização ou múltiplas
picadas (calafrios, náusea, dispneia, extremidades frias). As mordidas no rosto ou língua
são particularmente graves e podem causar a morte por asfixia quando ocorre edema de
glote. As lagartas e borboletas podem causar lesões pruriginosas generalizadas na pele
(angioedema), algumas vezes acompanhada de conjuntivite. Não é incomum surgir
uma infecção sobreposta. O veneno das cantharides produzem lesões vesiculares ou
bolhosas na pele (hoederus). Existe também o perigo de leishmaniose visceral (nefrite
tóxica). Alguns insetos, tais como as lagartas e as Hymenoptera são encontrados em
todas as regiões do mundo, ao passo que outros são subordens mais localizados. As
borboletas são em sua maioria perigosas na Guiana e na República Centro-Africana; as
cantharides se encontram no Japão, América do Sul e no Quênia; as moscas negras que
vivem em regiões tropicais e na Europa Central e as moscas da areia estão no Oriente
Médio.
Prevenção
A primeira medida preventiva é o uso de mosquiteiros e aplicação de repelente e inseticida. Os trabalhadores com um alto risco de exposição a
picadas de insectos podem ser imunizados nos casos de alergia mediante a aplicação de doses crescentes de extrato do corpo do inseto.
27
NOÇÕES DE UNIDADE II
VENTILAÇÃO
Esta unidade é apenas uma iniciação. O suficiente para posicionar o EST quanto à
capacidade crítica em HT, a partir de vídeos, links e principalmente do livro texto do
Professor Macyntire - Ventilação Industrial e Controle da Poluição (2 a edição).
Ao final desta Unidade há referências. A inserção desse tópico se dá pelo fato de que
uma das formas de controlar o fator de risco biológico (e os fatores químicos em forma
de aerossóis, bem como os fatores físicos, temperatura, umidade e velocidade do ar) é
manipulando variáveis ambientais relacionadas ao ar respirável via pólen dos vegetais
(5 a 150 µm), esporos de fundo (1 a 10 µm) e bactérias (0,2 a 5 µm).
Para todos os elementos contaminantes tem-se que identificar a fonte e avaliar sua
concentração através de medição, objetivando assim qual o método e mecanismo de
ventilação apropriados para o sistema, ou seja, qual o sistema de controle apropriado.
A forma pela qual se processa a transferência de energia e que dá ao ar capacidade de
desempenhar determinada função. A velocidade, a pressão, a temperatura e a umidade
envolvem mudanças nas condições ambientais, tornando-as impeditivas da vida de
microrganismos maléficos ao trabalhador, ou, mitigadas quanto aos efeitos humanos.
28
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Fonte: <http://insuflador.com.br/ventilacao.html>
29
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Substância % em volume
Oxigênio 20,97
Nitrogênio, gases raros e hidrogênio. 79,00
Dióxido de Carbono 0,03
Substância % em volume
Oxigênio 20,69
Nitrogênio, gases raros e hidrogênio. 78,00
Dióxido de Carbono 0,06
Vapor d’água 1,25
30
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Ambientes de trabalho desconfortáveis e inseguros também são gerados por uma carga
térmica alta ou muito baixa. Para conseguir a proteção do trabalhador é necessário um
projeto apropriado e ventilação eficaz. O conforto necessário para a realização da tarefa,
que sem dúvida será refletida no desempenho final. O objetivo, portanto, é compreender
as condições ambientais, determinando-se os riscos relativos às condições ambientais
do trabalho e se as medidas de prevenção estão em conformidade.
»» Doença do legionário.
31
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
»» Manutenção contínua.
Em resumo, tem-se que ventilar é produzir vento ou deslocar o ar com algum propósito,
qual seja promover a retirada ou fornecimento de ar de modo a: promover conforto e
saúde para o ser humano e outros seres vivos e conservar materiais e equipamentos.
32
CAPÍTULO 1
Sistemas de ventilação
d. localizada ou especial.
Neste caderno estão sintetizados as definições e conceitos do Prof Macyntire1, que neste
curso é adotado como livro texto, obra base, a partir da qual os leitores deverão, caso
precisem, consultar memórias de cálculos, ábacos, tabelas, bem como gravuras, figuras
e ilustracões, além de uma rica listagem com referências bibliográficas.
1 Macintyre. Archibald Joseph. Ventilação Industrial e Controle da Poluição (2a edição). LTC. 2013. 403p.
33
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Elemento Função
De captação Apreende o contaminante em uma corrente de ar.
Dutos Transporta ar contaminado.
Depurador Separa o ar do contaminante.
Ventilador Vencer as perdas de cargas existentes.
Fonte: Enciclopédia OIT (1983).
34
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Ventilação natural
A diferença de pressões exercidas sobre o edifício, pelo ar, pode ser causada pelo vento
ou pela diferença de densidade de ar fora e dentro do edifício. O efeito de diferença
de densidade, conhecido como “efeito de chaminé”, é frequentemente o principal
fator. Quando a temperatura no interior de um determinado ambiente é maior que a
temperatura externa, produz-se uma pressão interna negativa e um fluxo de ar entra
pelas partes inferiores, o que causa uma pressão interna positiva, e um fluxo de ar sai
nas partes superiores do edifício. As janelas têm a vantagem de iluminar, bem como de
ventilar, quando abertas.
As partes móveis dessas aberturas permitem, até certo ponto, o controle da quantidade
de ar que está sendo movimentada; defletores podem ser usados para controlar a
distribuição das correntes. As aberturas no telhado são geralmente protegidas por uma
cobertura, para impedir a entrada de chuva e reversão do ar que sai. A quantidade de ar
que passa através da abertura depende da diferença de temperatura interna e externa.
Em resumo, os efeitos da corrente de ar num ambiente dependem dos seguintes
fatores:Movimento devido aos ventos externos.
35
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
III. Aberturas como portas, janelas etc., não devem ser obstruídas.
Várias medidas podem ser tomadas para se evitar a exposição de pessoas a condições
de alta temperatura. Por exemplo, enclausuramento e isolamento de fontes quentes,
vestimentas, barreiras protetoras, diminuição do tempo de exposição etc. A seguir, são
indicadas as relações de espaço ocupado e vazões necessárias para várias situações:
Figura 11. Critérios sugeridos para projetos gerais de ventilação de ambientes (ASHRAE - American Society of
Área Funcional Taxa de Renovação (Troca por hora) Ft3/min por pessoa
Hospitais (sala de anestesia) 8-1 -
Salas de animais 1-16 -
Auditórios 10-0 10
Hospitais (salas de autopsia) 8-1 10
Padaria e confeitaria 0-60 -
Boliches 15-30 30
Igrejas 15-5 5
Hospitais (salas de citoscopia) 8-10 0
Salas de aula 10-30 40
Salas de conferencia 5-35 -
Corredores 3-10 -
Hospitais (salas) 8-1 -
Leiterias -15 -
Lavagem de pratos 30-60 -
Lavagem a seco 0-40 -
Fundições 5-0 -
Ginásios 5-30 1,5 por pé quadrado
Garagens 6-10 -
Hospitais (salas hidroterapia) 6-10 -
Hospitais (salas de isolamento) 8-1 -
Cozinhas 10-30 -
Lavanderias 10-60 -
Bibliotecas 15-5 10
Bibliotecas 15-5 10
Salas de deposito -15 -
Pequenas oficinas 8-1 -
Hospitais (suprimentos) 6-10 -
36
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Área Funcional Taxa de Renovação (Troca por hora) Ft3/min por pessoa
Berçários 10-15 -
Escritórios 6-0 10
Hospitais (salas de operação) 10-15 -
Radiologia 6-10 -
Restaurantes 6-0 10
Lojas 18- 10
Residências 5-0 -
Equipamentos telefônicos 6-10 -
Salas de controle de tráfego aéreo 10- 10
Toaletes 8-0 -
Soldas a arco voltaico 18- -
Fonte: Macyntire (013).
Para que se possa tirar proveito do vento, deve-se projetar as aberturas de entrada
de ar do lado do vento dominante (maior pressão positiva). As saídas de ar devem
ser colocadas nas zonas de menor pressão (paredes opostas ou laterais ao vento).
O regime de ventos varia em função da época do ano, tornando esta solução
pouco uniforme, sendo recomendada apenas para onde não houver poluentes.
Conhecendo-se a velocidade média do vento e a área de abertura das entradas do
edifício, pode-se calcular a vazão de ar que entra no ambiente: Qv = Ф . A . v, sendo:
Qv - vazão de ar; Ф - coeficiente de direção do vento (0,5 a 0,6); A - área líquida das
janelas de entrada de ar; v – velocidade do vento (adota-se a metade da velocidade
real).
Ventilação geral
37
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Usa-se ventilação por sistema de diluição para proteger a saúde do operador que tenha
que lidar com as seguintes limitações:
»» Ventilação geral
›› Diluidora.
·· Por insuflamento.
·· Por exaustão.
Em geral podemos dizer que, na presença de vapores orgânicos, este sistema é sua
melhor aplicação, especialmente para aqueles cujo TLV excede o 100 ppm. Daí a
necessidade de dados reais de geração de poluentes. Quando é introduzido ar no
ambiente de trabalho, estamos supondo que é limpo. Assim, podemos estabelecer que:
Acumulação de contaminantes = geração velocidade - velocidade de eliminação.
38
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
39
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Há situações em que a característica do produto químico que está sendo usado apresente
propriedades tais como a volatilidade, combustibilidade etc. que torna-o favorável à
ocorrência de explosões e incêndios. Em geral é solvente, amplamente utilizado em
diversas atividades industriais.
determinada para cada substância e que pode ser encontrado na literatura abundante
mediante Ficha de Informação de Segurança para Produtos Químicos - FISPQ 3.
Os seguintes critérios são razoáveis: como o TVL são mais baixos para o LII, se há
pessoas presentes, deve-se primeiro corrigir para esse parâmetro, depois a questão de
incêndios e explosões, mas para locais fechados ou isolados, o LII é fundamental, e em
geral, será aplicado nesta situação. Não só nas instalações deve verificar determinados
valores do LII para substâncias utilizadas ou geradas nos diversos processos, mas
também nos dutos de ventilação, chaminés, secagem fechada etc.
40
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Existem muitas variáveis que devem ser analisadas para a concepção de um sistema de
ventilação (fora do escopo deste curso) que é necessário contar com especialistas para
essa finalidade. É necessário entre outras coisas, um estudo fisiológico para determinar
o potencial estresse térmico do pessoal envolvido, fluxo de ar, velocidade, umidade,
temperatura e forma em que o setor da distribuição será para agir.
41
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Como não tem controle de exaustão, é necessário verificar se não haverá contaminação
de outro ambiente. Agrega custos com energia e manutenção. Deve-se prever proteção
contra insetos, pequenos animais e restos orgânicos nas tomadas de ar, que podem
aspirá-los para o recinto. Em contrapartida, a insuflação natural com exaustão mecânica
acontece quando um ou mais exaustores retiram o ar do recinto, produzindo:
Quando ocorre uma passagem direta do ar da entrada para a saída, causando estagnação
do ar em parte do ambiente, dizemos que ocorreu “curto circuito de ar” (zonas mortas).
Este sistema permite maior controle destes pontos.
42
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Suponhamos que se forme um poluente no recinto com a vazão q (m³/h) e que no recinto
entrem Q (m³/h) de ar. O grau de concentração C será: C = q / Q (m³/m³). Geralmente,
a concentração é expressa em ppm para líquidos e g ou mg/m³, para poeiras e fumos.
Existem contaminantes que não podem ser diluídos no ar ambiente. Uma solução
consiste em capturá-los junto à fonte que os produz. Uma instalação local exaustora
possui, essencialmente:
43
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Enquanto enfrenta um produto químico que representa algum risco pelo seu grau de
toxicidade, sem dúvida que pontos localizados de aspiração são a melhor opção, porque
captam o contaminante que invade o local de trabalho. Absorção do contaminante é
essencialmente feita pela cabine que alcança um fluxo de ar para isso. Note-se que os
contaminantes podem ser encontrados sob a forma de gases, vapores, ou partículas de
poeira. Dentro da VLE vários sistemas podem ser encontrados:
44
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
»» Câmara de sedimentação.
A VLE tem como objetivo principal captar os poluentes de uma fonte (gases, vapores
ou poeiras tóxicas) antes que estes se dispersem no ar do ambiente de trabalho, ou
seja, antes que atinjam a zona de respiração do trabalhador. A ventilação de operações,
processos e equipamentos, dos quais emanam poluentes para o ambiente, é uma
importante medida de controle de riscos. De forma indireta, a VLE também influi no
bem-estar, na eficiência e na segurança do trabalhador, por exemplo, retirando do
ambiente uma parcela do calor liberado por fontes quentes que eventualmente existam.
Deve-se lembrar que, na maioria dos casos, o objetivo desse sistema é a proteção da
saúde do homem; assim, este fator deve ser considerado em primeiro lugar, e todos os
demais devem estar condicionados a ele. Muitas vezes, a instalação de um sistema de
ventilação local exaustara, embora bem dimensionada, pode apresentar falhas que a
tornem inoperante, pela não observância de regras básicas na captação de poluentes
na fonte. O enclausuramento de operações ou processos, a direção do fluxo de ar, entre
outros fatores, é condição básica para uma boa captação e exausto dos poluentes.
»» Cabines.
»» Cabines estrangeiras.
45
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
46
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
47
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
No que diz respeito aos dutos, destinam-se ao transporte para o ar poluído da cabine
até a fonte de tratamento (equipamento da purificação) e em seguida o descarte do
fluido ao ambiente. São usados para injetar ar limpo dentro do local de trabalho (pode
ser natural, resfriamento ou aquecimento). Podem ser (o mais utilizado) forma circular
e retangular. A determinação ficará a cargo do projetista de sistema de ventilação.
Processos de cálculo determinam formato do duto.
»» Precipitadores eletrostáticos.
»» Filtros de tecido.
»» Torres de lavagem.
»» Venturi.
»» Molhado.
»» Separadores de gravidade.
»» Separadores inerciais.
»» Precipitador dinâmico.
»» Ciclone.
A separação de gases ou vapores pode ser classificada de acordo com o seu princípio de
funcionamento:
»» Adsorção.
»» Absorção.
48
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
»» Oxidação catalítica.
»» Oxidação térmica.
»» Incineração.
Ar condicionado
49
CAPÍTULO 2
Ventiladores
E quanto ao tipo:
a. Centrífugos.
b. Axiais.
c. Combinados.
d. Deslocamento.
4 Macintyre. Archibald Joseph. Ventilação Industrial e Controle da Poluição (2a edição). LTC. 2013. 403p.
50
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Fonte: <ventbras.com.br>
O tipo axial comum possui ampla calota central, que possibilita sua utilização a pressões
mais elevadas. É frequentemente usado em ventilação de minas subterrâneas e, em
algumas ocasiões, em indústrias. Nesse tipo de ventilador, a forma das pás é muito
importante, e eles não devem ser usados onde haja risco de erosão e corrosão.
51
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Há ainda o tipo tubo-axial. Trata-se de um propulsor, com pás mais grossas e mais
largas, colocado dentro de um tubo, o que permite direta conexão como dutos.
- Normalmente, rotores de baixo custo têm duas ou mais pás de das pás e forma um fluxo de ar suave para dentro
espessura simples presas a um cubo relativamente pequeno. do rotor.
- Transferência de energia primária pela pressão de velocidade.
VENTILADORES AXIAIS
- Um pouco mais eficiente e capaz de desenvolver pressão - Tubo cilíndrico com folga mínima em relação às
estática mais alta do que o ventilador tipo propeller. pontas das pás.
TUBOAXIAL
- Um bom projeto da pá propicia um capacidade de média a - Tubo cilíndrico com folga mínima em ralação às
alta pressão com bom rendimento. pontas das pás.
VANEAXIAL
- Os mais eficientes destes ventiladores possuem pás aerofólio. - Pás de guia na aspiração ou na descarga
- As pás podem ter passo fixo, ajustável ou variável. aumentam a pressão e melhoram o rendimento.
- Cubo é normalmente maior do que a metade do diâmentro da
hélice do ventilador.
10
- Alta vazão, mas com capacidade de pressão muito baixa. - Para aplicações de baixa pressão com movimentação de volumes
PRESSÃO - POTÊNCIA
8 - Rendimento máximo atingido próximo a descarga livre. elevados de ar, tais como circulação de ar em um espaço ou
10
- Padrão de descarga circular formando redemoinhos. ventilação por uma parede sem dutos.
RENDIMENTO
6 8
6 - Utilizado para aplicações de renovação de ar.
4
4
2
2
0 Vazão 0
0 2 4 6 8 10
10
PRESSÃO - POTÊNCIA
- Alta vazão, com capacidade de pressão média. - Aplicações HVAC em sistemas de dutos de baixa e média pressão,
8
10 - Curva de desempenho apresenta cela à esquerda da pressão de onde a distribuição de ar a jusante não é crítica.
RENDIMENTO
6 8 pico. Evite operar o ventilador nesta região. - Usado em algumas aplicações industriais, tais como estufas de
4 6 - Padrão de descarga circular, ar formando redemoinhos. secagem, cabines de pintura à pistola e exaustão de fumos.
4
2
Vazão 2
0 0
0 2 4 6 8 10
10
- Características de alta pressão com capacidade de vazão média. - Aplicações em sistemas genéricos de HVAC de pressão baixa,
PRESSÃO - POTÊNCIA
8 - A curva de desempenho apresenta cela à esquerda da pressão de média e alta, onde o fluxo de ar em linha reta e uma instalação
10
pico devido à perda de sustentação aerodinâmica. Evite operar o compacta são necessárias.
RENDIMENTO
6 8
6 ventilador nesta região. - Possui boa distribuição de ar à jusante.
4 - Pás de guia corrigem o movimento circular provocado pelo rotor e
4
- Utilizado em aplicações industriais no lugar de ventiladores
2 melhoram as características de pressão e o rendimento do ventilador. tuboaxiais.
2
Vazão - Mais compacto que os ventiladores centrífugos para a mesma
0 0
0 2 4 6 8 10 função.
52
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
Centrífugo de pás para trás possui duas importantes vantagens: apresenta maior
eficiência e auto-limitação de potência. Isso significa que, se o ventilador está sendo
usado em sua máxima potência, o motor não será sobrecarregado por mudanças de
sistema de dutos. É um ventilador de alta eficiência e silencioso, se trabalhar num ponto
adequado.
Centrífugo de pás radiais é um ventilador robusto, para movimentar efluentes com grande
carga de poeira, poeiras pegajosas e corrosivas. Apresenta menores possibilidades de
“afogar”, sendo usado para trabalhos mais pesados. A eficiência desse tipo de ventilador
é baixa, e seu funcionamento, barulhento.
53
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
Centrífugo de pás para frente é mais eficiente, tem maior capacidade exaustora a baixas
velocidades, e não é adequado para trabalhos de alta pressão nem para altas cargas de
poeira, apresentando problemas frequentes de corrosão, se mal utilizado.
- 10 a 16 pás de perfil aerofólio curvado para trás em relação - Rendimento máximo requer ajustes finos
a direção da rotação. Pás profundas permitem expansão entre as peças e alinhamento entre o rotor e a
eficiente dentro do intervalo entre as pás. aspiração.
- O ar sai do rotor a uma velocidade menor do que a velocidade
periférica.
- Para determinada capacidade, apresenta a rotação mais
elevada dos projetos de ventiladores centrífugos.
CURVADOS PARA TRÁS
VOLTADOS PARA TRÁS
- Rendimento apenas ligeiramente menor do que o ventilador - Usa a mesma configuração de carcaça que o
aerofólio. ventilador aerofólio.
VENTILADORES CENTRÍFUGOS
(Limit Load)
- Características de pressão mais alta do que os ventiladores - Tipo voluta. Normalmente é o mais estreito de
aerofólio, curvados para trás e inclinados para trás. todos os projetos de ventiladores contrífugos.
R - A curva pode ter uma interrupção à esquerda da pressão de - Uma vez que o projeto do rotor é menos eficiente,
RADIAIS
pico e o ventilador não deve operar nesta área. R as dimensões da carcaça não são tão críticas
- A potência aumenta continuamente até a descarga livre. quanto para os ventiladores aerofólio e inclinados
para trás.
M M
- Curva de pressão mais plana e rendimento menor do que os - Voluta semelhante e com freqüência idêntica a
CURVADOS PARA
ventiladores aerofólio, curvados para trás e inclinados para trás. outros projetos de ventiladores centrífugos.
- Não selecionar o ventilador na declividade da curva de pressão - O ajuste entre o rotor e a aspiração não é tão
(Sirocco)
FRENTE
no extremo esquerdo (cela) em relação a pressão estática de crítico quanto para os ventiladores aerofólio e
pico. inclinados para trás.
- A potência aumenta continuamente até a descarga livre. A
seleção do motor deve levar isso em consideração.
54
NOÇÕES DE VENTILAÇÃO │ UNIDADE II
8
Pe 10 (descarga livre). Estas vazões também apresentam características de - Usualmente aplica-se a sistemas grandes os quais são de aplicação
6 8 pressão boas. de baixa, alta ou média pressão.
RENDIMENTO
t
6 - A potência atinge o máximo perto do rendimento de pico e torna-se - Aplica-se a instalações industriais grandes de ar limpo para
4 s
We 4 menor, ou auto-limitante, em direção a descarga livre. economia significativa de energia.
2
Vazão 2
0 0
0 2 4 6 8 10
10
- Semelhante ao ventilador aerofólio, exceto quanto ao rendimento de - As mesmas aplicações de aquecimento, ventilação e ar
PRESSÃO - POTÊNCIA
8
10 pico levemente inferior. condicionado do ventilador aerofólio.
RENDIMENTO
8
10 load. A curva apresenta uma cela à esquerda da pressão de pico. tais como fornalhas residenciais, sistemas de ar condicionado central
RENDIMENTO
Referências
COSTA, Ennio Cruz da. Ventilação, Ed. Ed.Blucher, São Paulo , 2005.
Vídeoaulas
<https://www.youtube.com/watch?v=ALroiDldPDo>
<https://www.youtube.com/watch?v=0b45bSvCmBU>
<https://www.youtube.com/watch?v=CJxtGoVxks>
<https://www.youtube.com/watch?v=Q5XDNQ1cps>
55
UNIDADE II │ NOÇÕES DE VENTILAÇÃO
<https://www.youtube.com/watch?v=ygrN4ntUDng>
<https://www.youtube.com/watch?v=k_OmnpSDhwQ>
<https://www.youtube.com/watch?v=L65Fwh9cw50>
<https://www.youtube.com/watch?v=szppmQnSH5w>
<https://www.youtube.com/watch?v=_0xYahxrt08>
<http://www.solerpalau.com.br>
<http://www.trabalhoseguro.com/NR/mapa_de_riscos.html>
<http://www.inmetro.gov.br/producaointelectual/obras_intelectuais/224_
obraIntelectual.pdf>
<http://www.estg.ipleiria.pt/files/288071_Clim_QA_42b1dc5ad4589.pdf>
<http://www.portalms.com.br/noticias/detalhe.asp?cod=959558253>
<http://www.lcqar.ufsc.br/lab.htm>
<http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/terra_cultura/35/Terra%20e%20
Cultura_35-2.pdf>
<http://www.cabano.com.br/filtros.htm>
<http://www.worldlingo.com/ma/enwiki/pt/ULPA>
<http://www.unifesp.br/dmorfo/histologia/ensino/pulmao/patologias.htm>
<http://www.atsource.com.br/Downloads/MANUALSAUDESOLDADORES1.pdf>
<http://portal.uninove.br/uninove/dbfiles/2ED960CD-F535-
98ECAB3A2CAF153379A.Arquivo.PDF>
<http://www.fcf.usp.br/Departamentos/FBT/HP_Professores/Penna/Validacao/
Sala%20Limpa.pdf>
56
CONTROLE DO AR UNIDADE III
Durante muito tempo, a única exigência ao se construir uma edificação era que ela
desse ao homem condições apropriadas para que este desenvolvesse suas atividades,
fossem elas produtivas ou de lazer. Com o passar do tempo e com a evolução do
conhecimento do homem sobre o ambiente interno e o externo ao edifício, outras
exigências foram progressivamente sendo adicionadas aos requisitos básicos já
conhecidos (segurança da edificação e impermeabilidade e/ou estanqueidade a
chuvas, ventos e neve, por exemplo). Cada vez mais, a questão do conforto ─ seja ele
higrotérmico, visual, olfativo ou auditivo ─ foi sendo valorizada. Cada vez mais os
edifícios se tornaram fechados, com aumento no grau de automatização, crescendo
assim a dependência de controles computadorizados, sistemas forçados de ventilação
e de ar condicionado. Neste instante, o consumo de energia de sistemas de climatização
passa a receber uma atenção muito especial, uma vez que os custos para realizar
operações de tratamento de ar como refrigeração, umidificação, desumidificação,
filtragem e outros, são extremamente elevados. Os sistemas passam a ter reduzido os
seus períodos de operação, baseando-se unicamente em requisitos de carga térmica
nos espaços ocupados. O único critério utilizado, no que diz respeito ao ar interior, foi
a temperatura e a umidade. Outros parâmetros envolvendo a qualidade do ar utilizado
dentro dos edifícios foram ignorados.
Se, por um lado, houve uma preocupação crescente com a economia de energia, por
outro, a qualidade do ar interior (QAI) foi deixada de lado. Controles e avanços nos
sistemas automatizados causaram uma redução dramática nas perdas de energia nos
últimos trinta anos e as taxas de infiltração de ar caíram. O resultado disso é que as
concentrações médias dos vários poluentes no ar interno aumentaram substancialmente.
Hoje, sabemos que uma série de poluentes ─ dentre eles, o monóxido de carbono,
o dióxido de carbono, a amônia, o óxido de enxofre e o nitrogênio ─ são produzidos
dentro do edifício por materiais de construção baseados em solventes orgânicos e
por materiais de limpeza. Além deles, mofo, bolor, e o próprio metabolismo humano
são responsáveis por poluir o ar interno. Tais poluentes comprometem a saúde e o
rendimento do trabalho dos empregados.
57
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
Já edifícios que possuam a BRI podem provocar doenças, tais como: asma, infecções
bacteriológicas, virais ou por fungos. Estas doenças estão diretamente relacionadas
às condições do edifício. A diferença chave entre os dois termos acima citados é que
os contaminantes específicos da SED podem não ser conhecidos. Ela é diagnosticada
58
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
A sujeira, poeira, umidade e água parada, típicos da manutenção pobre que causa a
SED, tornam o local ideal para a reprodução de microrganismos. Algumas vezes, o
problema da SED pode ser atenuado simplesmente pelo aumento do fornecimento de
ar fresco, contudo este procedimento não irá resolver o problema da BRI. É altamente
improvável que um edifício a atinja sem antes passar pela SED.
As normas técnicas indicam uma taxa de ar externo da ordem de 7 m3/h por pessoa no
interior do ambiente. O insuflamento de ar em taxas inferiores influencia na má diluição
de contaminantes e odores. Uma ventilação deficiente provoca o aparecimento de bolsões
de ar estagnado, que são locais extremamente favoráveis para o desencadeamento
de sintomas diversos, prejudiciais aos ocupantes. Dutos e canalizações de ambientes
climatizados, além dos aparelhos condicionadores de ar, passam a apresentar-se como
um excelente habitat para diversas colônias de fungos e bactérias.
Projeto inadequado para a situação proposta como, por exemplo, carga térmica mal
especificada, número de trocas de ar insuficiente, equipamentos especificados com
capacidade inferior à necessária, baixa qualidade dos equipamentos, assim como
tomadas de ar externo, alocadas em locais de muita concentração de contaminantes.
59
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
»» Odores.
60
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
Outros fatores que influem na QAI estão associados aos contaminantes internos
infiltrados ou gerados no sistema de climatização e dutos como vapores, gases, poeiras,
fungos, bactérias. Tem-se ainda os contaminantes gerados no próprio ambiente, como
o CO exalado da respiração de pessoas, fibras de lã de vidro desprendidas de isolamento
térmico ou acústico, escamas de pele, fios de cabelo, perfumes, odores, fuligem, poeira
e contaminantes presentes na roupa dos trabalhadores, compostos orgânicos voláteis
(COV) e Ozônio (O3). Em função do exposto, surge a necessidade da intervenção dos
profissionais capacitados, principalmente os de Engenharia de Segurança do Trabalho,
no intuito de se garantir a salubridade e a qualidade do ar interno nos ambientes
climatizados. Uma análise da eficácia da legislação passa a ser ponto primordial nestas
questões.
Fica claro, portanto, que os edifícios necessitam ter sua concepção baseada no conforto
ambiental e no consumo econômico de energia, função que pode ser determinada pela
automação de processos e projeto arquitetônico fundamentado nas cargas térmicas e
trocas de ar. Os fatos mostram a necessidade de se estimar a eficiência nos processos
de climatização e de se tomar extremo cuidado com os produtos envolvidos desde a
construção até a utilização das edificações, possibilitando a garantia da qualidade do ar
nestes ambientes.
61
CAPÍTULO 1
Doenças associadas à qualidade do ar
interior
62
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
63
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
Conforto térmico
64
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
65
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção
440
com pá).
Trabalho fatigante 550
Fonte: Manuais de Legislação Atlas (003).
A ISO 7730 (1994) especifica que um ambiente é aceitável no que se refere ao conforto
térmico se a porcentagem de pessoas insatisfeitas devido ao desconforto no corpo como
um todo for menor que dez por cento e os insatisfeitos devido ao draught, desconforto
causado pelo resfriamento localizado do corpo devido ao movimento do ar, forem
menos que quinze por cento.
66
CAPÍTULO 2
Legislação brasileira sobre qualidade
do ar
67
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
As coletas e análises dos parâmetros da Qualidade do Ar citados acima devem ser realizadas
semestralmente por profissional habilitado. Essa periodicidade é interrompida quando
for diagnosticada a necessidade de limpeza do sistema de climatização. Após análise
68
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
Para que esse objetivo seja atingido, a portaria instituiu o PMOC – Plano de
Manutenção, Operação e Controle para os sistemas de climatização de ambientes
de uso coletivo. O objetivo do PMOC é a melhoria da qualidade do ar em interiores
de ambientes climatizados, obtendo assim um ar puro, livre de bactérias as quais
podem ser responsáveis por doenças respiratórias, busca também reduzir o consumo
de energia e prolongar a vida útil do equipamento evitando quebras e reduzindo os
gastos com troca de peças. O PMOC é obrigatório para locais que possuam sistema de
climatização com capacidade acima de 5TR (60.000 BTU/h), e para sua implantação
e manutenção é necessário um responsável técnico habilitado. Cabe registrar que
profissionais autônomos podem assinar ART e PMOC dentro de suas especificidades,
isto é, não precisam necessariamente ter vínculo com uma empresa.
69
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
70
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
71
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
»» Captura de envelope: uma zona em frente de uma capa, dentro dos limites
dos contaminantes que se moverá dentro do capuz.
72
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
»» ACFM: Pés cúbicos reais por minuto de gás que flui à temperatura e
pressão existente. (Veja também scfm).
73
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
»» A densidade do ar.
»» Filial. Em uma junção de dois dutos, a filial é a conduta com a menor taxa
de fluxo de volume. O ramo geralmente entra no principal em um ângulo
inferior a 90.
74
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
»» Évasé (pronuncia-eh-va-digamos).
75
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
76
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
»» Scfm. Pés cúbicos padrão por minuto. Uma medida do fluxo de ar nas
condições normais, isto é, ar seco a 9,9 pol. De Hg (760 mm Hg) (calibre),
68 ° F (0 ° C).
77
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
Referências
78
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
79
UNIDADE III │ CONTROLE DO AR
SILVA JUNIOR, André L. P. L.; DUARTE, Cláudia M.; GONZALEZ, Edinaldo F.; LADWIG,
Edson, Basto.; KOSTYCHA, Ronaldo P.; IVANOV, Tatiana. Histologia e Fisiologia
da Mitocôndria, Oxigenação Muscular, Produção de Energia. Trabalho Final
da Disciplina de Fisiologia do CEST, Florianópolis, UFSC, não editado, 2003, 39 p.
80
CONTROLE DO AR │ UNIDADE III
REEVE, Roger N. Environmental Analysis. England: John Wiley & Sons Ltd, 1994,
63 p. REVISTA HOSPITALAR Vol. IV n. (1986).
Vídeo-aulas
<https://www.youtube.com/watch?v=u9rAOfI5Mf4>
<www.alergohouse.com.br>
<www.cabano.com.br>
<www.canair.com.br>
<www.troxbrasil.com.br>
81
BIOSSEGURANÇA UNIDADE IV
Neste caderno estão sintetizados as definições e conceitos dos autores Costa, M.A.F;
Costa, M.F.B referido em obra publicada, que neste curso é adotada como artigo base,
a partir do qual os leitores deverão, caso precisem, consultar.
Tem-se que colocar a biossegurança em um cenário tal de visibilidade que permita aos
profissionais que atuam com prevenção e controle de riscos ocupacionais, entenderem
seus propósitos, suas contradições, e principalmente sua importância como instrumento
de proteção da vida, em qualquer que seja o ambiente de trabalho. Nos últimos anos, o
conhecimento científico aplicado às ações de gestão e controle de riscos ocupacionais
vem evoluindo de forma exponencial. O processo normativo, através das normas
ISO da série 9000 e 14000, e recentemente da OHSAS série 18000 (Organization for
Health and Safety Assessment Series - normas certificáveis do British Standard Institut,
referentes a saúde e segurança no trabalho), tem sido de fundamental importância, já
que atuam como verdadeiros parceiros nos processos de segurança ocupacional.
82
BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
existe, para atender a uma legislação, que cada vez torna-se mais rígida, voltando o foco
para os seus processos de trabalho e não somente para o controle de riscos, e nesse
contexto, a biossegurança torna-se um elo de suma importância.
Na prática abrange uma grande variedade de procedimentos, que podem incluir desde
um simples exame até uma cirurgia mais complexa que implicam contato com secreções
da cavidade oral, algumas vezes representados simplesmente pelo contato com saliva,
outras vezes pelo contato com sangue, secreções orais, secreções respiratórias e
aerossóis. Isto tudo acaba resultando em possibilidade de transmissão de infecções,
tanto de paciente para paciente, como dos profissionais para pacientes ou dos pacientes
para os profissionais.
Biossegurança
“CONJUNTO DE MEDIDAS TÉCNICAS, ADMINISTRATIVAS, EDUCACIONAIS, MÉDICAS E
PSICOLÓGICAS, EMPREGADAS PARA PREVENIR ACIDENTES EM AMBIENTES
BIOTECNOLÓGICOS.”
Proteção ao Trabalhador
Fonte: autor.
Segundo os autores Costa, M.A.F e Costa, M.F.B o termo biossegurança, pode parecer
algo de intruso nas ações ocupacionais de saúde e segurança no trabalho. Este fato é
evidenciado em alguns currículos de cursos de pós-graduação, principalmente na área
da engenharia de segurança do trabalho, agora passa a ser contemplado.
83
UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
Uma definição centrada no meio ambiente do trabalho está em Teixeira & Valle (1996),
no qual consta no prefácio “segurança no manejo de produtos e técnicas biológicas”.
Uma outra definição, baseada na cultura da engenharia de segurança e da medicina do
trabalho é encontrada em Costa (1996), onde aparece “conjunto de medidas técnicas,
administrativas, educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir
acidentes em ambientes biotecnológicos”. Está centrada na prevenção de acidentes em
ambientes ocupacionais.
Fontes et al. (1998) já apontam para “os procedimentos adotados para evitar os riscos
das atividades da biologia”. Embora seja uma definição vaga, subentende-se que
estejam incluidos a biologia clássica e a biologia do DNA recombinante. Estas definições
mostram que a biossegurança envolve as seguintes relações:
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BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Como processo, porque a biossegurança é uma ação educativa, e como tal pode
ser representada por um sistema ensino-aprendizagem. Nesse sentido, podemos
entendê-la como um processo de aquisição de conteúdos e habilidades, com o objetivo
de preservação da saúde do Homem, das plantas dos animais e do meio ambiente.
85
UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
No Brasil, esta discussão vem ganhando ares de uma verdadeira batalha entre aqueles
que defendem e aqueles que rejeitam esta tecnologia. Não faltam argumentos de ambos
os lados. Seus defensores apregoam que a ciência não pode ser cerceada, que esses
novos produtos podem ser a salvação de muitas populações miseráveis no mundo e
que alguns países, como Estados Unidos, Espanha, Argentina, entre outros, já os vem
consumindo a algum tempo, e até o momento, nenhum agravo à saúde foi observado.
Por outro lado, seus críticos, apresentam possíveis efeitos adversos dessa manipulação
genética, como processos alergênicos, resistência a antibióticos, agravos à biodiversidade
planetária etc. Esta mesma corrente defende a rotulagem desses alimentos, como um
instrumento de proteção ao consumidor. É uma medida lógica, que, porém, não altera
em nada a discussão sobre a segurança ou não desses alimentos. Estes, devidamente
rotulados, poderão ser comercializados?
Um biscoito derivado ou que contenha material oriundo de soja transgênica faz mal?
Ou tenho que comer 10 biscoitos, para o efeito aparecer? Afinal, a partir de quantos
biscoitos ingeridos o agravo aparece? Seus efeitos são acumulativos? Existe um
acompanhamento epidemiológico sobre as pessoas que já consomem esses alimentos
regularmente? Em caso de ocorrência comprovada de danos à saúde de algum ser
humano, quem paga a conta (COSTA, 2000).
86
BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Uma grande preocupação com o risco de transmissão de HBV e HIV entre pacientes e
profissionais na prática odontológica tem sido encontrada. Apesar desta possibilidade
de transmissão ser considerada baixa, alguns relatos de transmissão de HIV e HBV
de pacientes para profissionais e profissionais para pacientes tem sido publicados
sem, entretanto, identificar claramente as vias de contágio. Os acidentes punctórios
permanecem, ainda, como os maiores riscos de transmissão de HBV e HIV para os
profissionais de saúde em geral e profissionais da odontologia em particular, através do
contato com sangue.
Em virtude de que nem todos os pacientes portadores de HIV, HBV, ou outros patógenos
importantes, possam ser identificados previamente à realização de um procedimento
invasivo, é recomendado que todos os pacientes, indiscriminadamente, sejam
considerados potencialmente contaminados e que, consequentemente, precauções
padronizadas sejam utilizadas em todos os procedimentos, com todos os pacientes.
Algumas definições.
Infecção: processo pelo qual ocorre invasão por microrganismos com ou sem doença manifestada. a) direta: agente infeccioso é transmitido pelo
profissional ou pessoal auxiliar, através das suas mãos ou instrumentos contaminados ao paciente, ou o paciente transmite ao profissional por meio
de secreções orgânicas. b) cruzada: agente infeccioso é transmitido de um paciente para outro através das mãos do profissional ou equipamentos
e instrumental contaminada.
Descontaminação: redução, sem a eliminação completa dos microrganismos devido à presença da matéria orgânica (sangue, saliva, pus).
Antissepsia: eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas e grande parte da flora residente da pele ou mucosa, através de
substâncias químicas.
Assepsia: métodos físicos e/ou químicos empregados com a finalidade de destruir completamente os microrganismos presentes no material ou
instrumental e superfície.
Sanificação: redução do número de microrganismos, pela remoção de detritos e impurezas feita em áreas como sala de espera, escritório.
Desinfecção: destruição dos microrganismos por meios químicos ou físicos na forma vegetativa, não esporos.
Esterilização: processos físicos ou químicos utilizados para eliminar as formas vegetativas e esporuladas em instrumentos e outros materiais.
Degermação: remoção de detritos, impurezas, sujidades e microrganismos da flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele
do paciente ou mãos da equipe odontológica através da ação mecânica de detergentes, sabão e escovação ou pela utilização de substâncias
químicas (antisséptica).
Fonte: próprio autor.
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CAPÍTULO 1
Controle de infecção
»» Uso de desinfetantes.
CONTENÇÃO DO RISCO
Contenção Primária
»» Utilizada quando a proteção ao trabalhador e do ambiente de trabalho é realizada contra a exposição aos agentes de risco.
›› Uso de máscaras faciais, vacinação.
Contenção Secundária
»» Compreende a proteção do ambiente externo contra a contaminação oriunda do laboratório e/ou setores que manipulam agentes nocivos.
›› Desinfecção de artigos e áreas, procedimentos de limpeza.
Fonte: Autor
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BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
para dentistas, como para auxiliares, técnicos de higiene dental e protesistas. Esta
vacina deve ser aplicada em 3 doses: primeira dose, segunda dose após 1 mês e
terceira dose após 6 meses. É recomendada a realização de sorologia (pesquisa de
anticorpos anti-hbs) para comprovação de imunidade após o término do esquema
vacinal. Além desta, outras vacinas também são consideradas importantes dentre
estes profissionais, tais como vacinas contra sarampo, rubéola, caxumba, tétano e
influenza.
As mãos devem ser lavadas com sabão neutro, reservando o uso de sabão com antisséptico
antes de procedimentos cirúrgicos e em situações de extrema contaminação das mãos.
Devem ser secadas com papel-toalha descartável. As torneiras recomendadas para
lavagem das mãos são aquelas por acionamento não manual, ou seja, por pedal, cotovelo
e célula fotoelétrica, entre outras. Quando utilizada uma torneira do tipo manual, deve
ser evitada a recontaminação da mão durante o fechamento do registro, utilizando-se
o papel-toalha como barreira. A utilização de escovas nas mãos e antebraços não tem
sido mais recomendada por causar lesões e colonização da pele, através do seu uso
sistemático, além do risco de utilização de escovas com cerdas endurecidas e que não
tenham sofrido uma adequada desinfecção e/ou esterilização. Deve-se dar preferência
à antissepsia sem escovação, apenas com fricção das mãos.
Quando utilizadas, as escovas deveriam ser estéreis, descartáveis e com cerdas macias,
e destinadas apenas para a escovação das unhas. Deve-se evitar a contaminação dos
diferentes tipos de sabão, depositando o sabão em barra, em pedaços pequenos, em
saboneteiras laváveis e que não acumulem água e o sabão ou antisséptico líquido em
dispensadores de pedal ou cotovelo, com frascos ou refis descartáveis ou passíveis
de limpeza e desinfecção. Os tipos mais comuns de antissépticos utilizados para
antissepsia das mãos são: álcool, clorexidina, triclosan, compostos de iodo, como por
exemplo, polivinil pirolidona iodo (PVPI) e outros iodóforos. Apesar das vantagens e
desvantagens de cada tipo de antisséptico, alguns estudos tentam demonstrar aqueles
que apresentam maior eficácia. A escolha, entretanto, do antisséptico adequado para
cada tipo de procedimento e cada instituição ou clínica deve respeitar as particularidades
locais. Questões relacionadas a custos, tipo de dispensadores que acompanham os
89
UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
90
BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
As trocas das máscaras devem ser frequentes, evitando permanecer com as mesmas
durante muito tempo, especialmente quando umidade visível e excessiva. O tempo
ideal de uso das máscaras não tem sido largamente descrito. Uso de óculos de proteção:
os óculos, assim com as máscaras, também representam uma barreira de proteção de
transmissão de infecções, mais particularmente uma proteção para os profissionais,
diante do risco de espirramento de secreções diretamente para os olhos ou contato
com aerossóis. Nas situações de grande quantidade de aerossóis no ambiente, os óculos
também deveriam ser utilizados pelo paciente.
Deve ser evitado o uso de adornos, tais como brincos, colares, correntes, pulseiras,
relógios, anéis e alianças, já que representam materiais de difícil descontaminação. Um
estudo comprovou que as mãos de profissionais que usavam anéis apresentavam-se
mais colonizadas antes e após lavagem das mãos quando comparadas com grupo que
não usava anéis.
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UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
Para adequada escolha nos processos de utilização e tratamento dos materiais, estes
devem ser divididos nas categorias críticos, semicríticos e não críticos.
1. Pré-limpeza ou descontaminação:
›› procedimentos críticos:
·· escovação manual.
»» ultrassom.
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BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
A limpeza dos materiais pode ser realizada através de métodos mecânicos, físicos ou
químicos. Durante a limpeza mecânica é fundamental uma vigorosa escovação dos
materiais, com auxílio de sabão e escovas de diferentes formatos. As escovas também
devem sofrer processo de limpeza e desinfecção. Para uma adequada descontaminação,
as escovas podem ser mergulhadas em hipoclorito de sódio a 1%, em recipiente
plástico, durante 30 minutos, posteriormente enxaguado e seco (em cima da estufa,
por exemplo). Devem ser mantidas secas.
Devem ser utilizadas barreiras de proteção pelo profissional que exerce a limpeza dos
materiais, através de luvas de borracha grossas e de cano longo, máscaras e óculos de
proteção, em situações de possibilidade de espirramento de secreções. Os materiais
devem ser devidamente enxaguados e secos após sua limpeza. As compressas ou
panos utilizados para secar o material devem ser somente para este fim e devem ser
substituídos frequentemente.
Processos químicos também podem auxiliar na limpeza dos materiais, como por
exemplo, através do uso de desencrostantes, soluções enzimáticas ou aparelhos de
ultrassom, que auxiliam na remoção de matéria orgânica. Podem ser utilizadas soluções
anti-ferrugem em instrumentais e materiais metálicos, para aumentar a vida útil
destes. A desinfecção de instrumentais odontológicos geralmente é recomendada para
os materiais termossensíveis, que não possam ser esterilizados em estufa ou autoclave,
e para aqueles artigos com urgência de utilização.
93
UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
Simbologia e Transporte
Símbolo Internacional
de Risco Biológico
Fonte: Autor.
94
BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
Fonte: <http://www.anbio.org.br/site/>
Referências
95
UNIDADE IV │ BIOSSEGURANÇA
COSTA, M. A . F. Protegendo a Vida. Revista Proteção, No 86, fev, pp. 46-47, 1999.
FONTES, E.; VARELLA, M. D.; ASSAD, A. L. D. Biosafety in Brazil and it´s Interface
with other Laws. <http://www.bdt.org.br/bdt/oeaproj/biossegurança>, 1998.
<http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material10.htm>
<http://www.anbio.org.br/site/>
< h t t p : / / b v s m s . s a u d e . g o v. b r / b v s / p u b l i c a c o e s / g u i a _ v i g i l a n c i a _
epidemiologica_7ed.pdf>
<http://www.biologico.sp.gov.br/docs/arq/v77_3/penna.pdf>
Vídeoaulas
<https://www.youtube.com/watch?v=u9rAOfI5Mf4>
<https://www.youtube.com/watch?v=t8uhNAwfuu4>
<https://www.youtube.com/watch?v=Of-Cn7jWNSc>
96
BIOSSEGURANÇA │ UNIDADE IV
<https://www.youtube.com/watch?v=dx1EclMwTT8>
<https://www.youtube.com/watch?v=B_uKc8hiZ0Y>
<https://www.youtube.com/watch?v=TW8veewmo5Y>
<https://www.youtube.com/watch?v=PhWDvO5WR9w>
<https://www.youtube.com/watch?v=dqKMBA4Soqw>
97
Para (não) Finalizar
Nesse voo panorâmico foi possível perceber as definições básicas da EST ao passo que se
abordou criticamente a inserção da Higiene do Trabalho. Ficou claro a extensa fronteira
e leque com as opções à escolha do EST, conforme as oportunidades de trabalho ou
vocação.
98
Referências
99
REFERÊNCIAS
100
REFERÊNCIAS
NIOSH. National Institute for Occupational Safety and Health, NIOSH Manual
of Analytical Methods (NMAM), BIOAEROSOLSAMPLING (Indoor Air) 0800, Fourth
Edition.
101
REFERÊNCIAS
VAN EEDEN, P. J.; JOUBERT, J. R.; VAN DE WAL, B. W.; KING, J. B.; DE KOCK, A.;
GROENEWALD, J. H. A nosocomial outbreak of Crimean-Congo hemorrhagic
fever at Tyberg. 1985.
Sites
Agency for toxic substances and disease registry
<http://atsdr1.atsdr.cdc.gov:8080>
102
REFERÊNCIAS
<http://www.acgih.org>
<http://www.aiha.org>
<http://www.ansi.org>
<http://www.astm.org>
<http://www.ilo.org/public/english/70asie/asiaosh/index.htm>
<http://www.ccohs.ca>
<http://ulisse.ei.jrc.it/ecdin.html>
<http://www.epa.gov>
<http://www.epa.gov/ttn/amtic/airox.htmal>
<http:// environet-net.com/msds/msds.html>
<http://www.open.gov.uk>
<http://www.stps.gob.mx/index.html>
103
REFERÊNCIAS
<gopher://atlas.chem.utah.edu:70/11/msds>
<http://www.msha.gov>
<http://www.cdc.gov/niosh/homepage.html>
<http://www.cdc.gov/niosh/nmam/nmammenu.htmal>
<http://www.ace.orst.edu/info/nptn>
<http://www.osha.gov>
<http://www.osha-slc.gov/sltc/analyticalmethods/methodsinorganic.html>
Organic methods
<http://www.osha-slc.gov/sltc/analyticalmethods/methodsorganic.html>
<http://www.osha-slc.gov/sltc/analyticalmethods/methodspartial.html>
<http://www.skcinc.com>
<http://safetyline.wa.gov.au/institute>
104
REFERÊNCIAS
<http://www.who.ch>
<http://ec.europa.eu/index_pt.htm>
<http://www.osha.gov/>
<http://www.cdc.gov/niosh/>
<http://www.acgih.org/home.htm>
FUNDACENTRO
<http://www.fundacentro.gov.br/>
MTE
<http://www.mte.gov.br/seg_sau/default.asp>
<http://www.abho.com.br/>
<http://www.oitbrasil.org.br/>
<http://www.receita.fazenda.gov.br/Previdencia/FAP.htm>
<http://www.mps.gov.br/conteudoDinamico.php?id=463>
<http://www.anbio.org.br/site/>
105
REFERÊNCIAS
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.
pdf>
Blog do Professor
<http://profpaulorog.blogspot.com.br/>
<https://sites.google.com/site/profpaulorog/>
106
Anexo
Siglário
107
ANEXOS
39 BO - Boletim de Ocorrência.
40 BPF - Baixo Ponto de Fluidez.
41 BS - British Standard (norma britânica sobre saúde e segurança ocupacional).
42 BSI - British Standards Institute.
43 BTU - British Thermal Unit.
44 CA - Certificado de Aprovação.
45 CAI - Certificado de Aprovação de Instalação.
46 CAT - Comunicado de Acidente de Trabalho.
47 CBO - Classificação Brasileira de Ocupações.
48 CCIH - Comissão de Controle de Infecções Hospitalares.
49 CCOHS -Canadian Centre for Occupational Health & Safety.
50 CCT - Convenção Coletiva do Trabalho.
51 CDC - Control Desease Center (centro para controle de doenças).
52 CEI - Cadastro Específico do INSS.
53 CEO - Chief Executive Officer, Chairman and Executive Officer.
54 CEREST - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador.
55 CESAT - Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador (Bahia).
56 CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental.
57 CID - Código Identificador de Doença; classificação internacional de doenças.
58 CIN - Centro de Informações Nucleares.
59 CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
60 CIPAMIN - Comissão Interna para Prevenção de Acidentes na Mineração.
61 CIPATR - Comissão Interna para Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural.
62 CLT - Consolidação das Leis do Trabalho.
63 CMSO - Controle Médico de Saúde Ocupacional.
64 CNA - Confederação Nacional da Agricultura.
65 CNAE - Código Nacional de Atividades Econômicas.
66 CNC - Comando Numérico Computadorizado (ex torno CNC).
67 CND - Certidão Negativa de Débito.
68 CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear.
69 CNH - Carteira Nacional de Habilitação.
70 CNI - Confederação Nacional das Indústrias.
71 CNPJ - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas.
72 COEGP - Cursos para Operador de Empilhadeira de Grande Porte.
73 COEPP - Cursos para Operador de Empilhadeira de Pequeno Porte.
74 CONAMA - Comissão Nacional de Meio Ambiente.
75 CONASEMS - Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde.
76 CONASS - Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde.
77 CONFEA - Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
78 CONTAG - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura.
79 CORETEST - Conselho Regional dos Técnicos de Segurança do Trabalho.
80 COS - Composto Orgânico Volátil.
81 COS-V - Composto Orgânico Semi-Volátil.
82 CPATP - Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário.
83 CPF - Cadastro de Pessoa Física.
84 CPN - Comitê Permanente Nacional (sobre condições e meio ambiente de trabalho).
108
ANEXOS
109
ANEXOS
110
ANEXOS
111
ANEXOS
112
ANEXOS
269 RIA - Responsável pela Instalação Aberta (técnico habilitado em trabalho com radiação).
270 RIMA - Relatório de Impacto de Meio Ambiente.
271 RIT - Regulamento de Inspeção ao Trabalho.
272 RL - Risco Elevado (normas de combate a incêndio).
273 RM - Risco Médio (normas de combate a incêndio).
274 RNC - Relatório de Não Conformidade.
275 RPA - Recibo de Pagamento a Autônomo.
276 RSI - Repetitive Strain Injuri (Lesão por Esforço Repetitivo - LER, em Inglês).
277 RT - Responsável Técnico.
278 RTP - Recomendação Técnica de Procedimentos
279 RTR - Requerimento para Transferência de fonte Radioativa.
280 S (cinco esses) - Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, Shitsuke.
281 SARS - severe acute respiratory syndrome.
282 SASSMAQ - Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade.
283 SAT - Seguro de Acidente de Trabalho.
284 SECONCI - Serviço Social da Indústria da Construção.
285 SEESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
286 SEFIT - Sistema Federal de Inspeção do Trabalho.
287 SENAC - Serviço Nacional de Aprendizado do Comércio.
288 SENAI - Serviço Nacional de Aprendizado Industrial.
289 SENAR - Serviço Nacional de Aprendizado Rural.
290 SERLA - Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas.
291 SERT - Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho.
292 SESC - Serviço Social do Comércio.
293 SESI - Serviço Social da Indústria.
294 SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
295 SESST - Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário.
296 SEST - Serviço Especializado em Segurança do Trabalho.
297 SETAS - Secretaria do Trabalho e da Ação Social.
298 SGA - Sistema de Gestão Ambiental.
299 SGSST - Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.
300 SIASUS - Serviço de Informação Ambulatorial do SUS.
301 SICAF - Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores.
302 SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
303 SIM - Sistema Informação Mortalidade.
304 SINAN - Sistema nacional de Notificação de Agravos.
305 SINDUSCON - Sindicato da Indústria da Construção Civil.
306 SINITOX - Sistema Nacional de Informação Tóxico-farmacológica.
307 SINTESPAR - Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado do Paraná.
308 SIPAT- Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho.
309 SIT - Secretaria de Inspeção do Trabalho.
310 SMS - Segurança Meio Ambiente e Saúde (Short Message Service - texto de mensagem de telefone celular).
311 SOBES - Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança.
312 SOL - Segurança, Ordem e Limpeza.
313 SRTE - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
314 SST - Saúde e Segurança do Trabalho.
113
ANEXOS
114