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• Efeitos Adversos antiflamatórios esteroide do sistema cardiovascular:

• Os digitalicos tambern alteram a excitabilidade de varios nUcleos neuronais e do sistema


nervoso intestinal, a que se devem os seus efeitos secundarios:

— Nausea

— Vomito

— Diarreia

— Confusao mental,

a IteragOes visuais, alucinagoes (raras)

— Raramente arritmias: apesar de ser usado para corrigir arritmias por fibrilag5o auricular,
doses elevadas de digitalicos causam tambem arritmias por fibrilação ventricular: efeito
paradoxal!
Os anti-inflamatórios esteroidais ou chamados corticosteroide são análogos sintéticos dos
glicocorticoides e mineralocorticoides naturais. Estes são produzidos e secretados pelo córtex da
supra-renal a partir do colesterol e constituem compostos de 21 átomos de carbono com um
núcleo pentano peridrofenantreno (esteroide). A síntese de corticosteroides ocorre sob
influência do ACTH (hormônio adrenocorticotrópico) produzido pela adenohipófise, que
aumenta a disponibilidade de colesterol para a conversão em pregenolona e que induz às
enzimas esteroidogênicas. A taxa normal de secreção dos dois principais corticoides nos seres
humanos compreende:

- Hidrocortisona – 10 mg/dia (principalmente secretada pela manhã);

- Aldosterona – 0,125 mg/ dia.

Os corticosteroides sintetizados são transportados no sangue pela globulina ligadora de


corticosteroides (70%), albumina plasmática (22%) e o restante encontram-se livre na corrente
sanguínea. Diversas ações fisiológicas são mediadas pelos corticosteroides e como os fármacos
são análogos pode-se observar influencia em diversos processos fisiológicos durante a terapia
com os corticosteroides sintéticos, como ação sobre:

- Metabolismo de carboidratos e proteínas - os corticosteroides promovem menor utilização de


glicose na periferia, maior degradação de proteínas, estimula a lipólise e a gliconeogênese
(aumentando a transcrição de enzimas como a fosfoenolpiruvato carboxicinase (PEPCK), a
glicose 6-fosfatase e frutose-2,6-bifosfatase, resultando no aumento do nível glicêmico). No
músculo, há uma menor captação de aminoácidos e proteínas favorecendo a proteólise e redução
da síntese de proteínas;

- Metabolismo de lipídios – estimula a lipólise que leva a um aumento de ácidos graxos livres;
facilitação da ação de outros agentes sobre os adipócitos; redistribuição da gordura corporal
observando-se acúmulo de tecido adiposo no dorso do pescoço, na face e na área clavicular;

- Equilíbrio hídrico-eletrolítico – aumenta a reabsorção de sódio e excreção de potássio e de H+


favorecendo a formação de edema;

- Metabolismo do cálcio – reduz a absorção intestinal do cálcio e aumenta sua excreção renal;
estimula a atividade dos osteoclastos e inibe a dos osteoblastos enfraquecendo a matriz óssea;

- Sistema cardiovascular – efeito mineralocorticoide que intensifica a reatividade vascular a


substâncias vasoativas e aumenta a expressão de receptores adrenérgicos na parede dos vasos;

- Sistema nervoso – excitação cerebral, alteração do comportamento e do humor e quadro


psicótico.

Os corticosteroides exercem seu efeito anti-inflamatório e imunossupressor através da indução


da expressão gênica de lipocortina nos macrófagos, endotélio e fibroblastos, essa proteína inibe
a fosfolipase A2 resultando na redução da expressão de prostaglandinas, leucotrienos e fator de
ativação plaquetária; da regulação negativa dos genes das citocinas nos macrófagos, células
endoteliais e linfócitos que leva a menor produção de interleucinas (IL-1, -2, -3, -6), TNF-??
GM-CSF e interferon-? promovendo assim a supressão da proliferação dos fibroblastos, da
função dos linfócitos T e interfere na quimiotaxia; da redução na produção de mediadores de
fase aguda por macrófagos e células endoteliais; da redução da produção da ELAM-1 e ICAM-1
nas células endotelias envolvidas na adesão dos leucócitos; da inibição da liberação de LT-C4 e
histamina mediada pela IgE dos basófilos e da redução na produção de colagenase e
estromolisina, prevenindo a destruição tecidual.

Os corticosteroides são bastante utilizados na terapia da asma e outros distúrbios do trato


respiratório envolvidos com processo inflamatório, como a sinusite, na forma de aerossóis,
como a beclometasona (50-250 mcg/jato), budesonida (solução nebulização 0,25 mcg/ml e
inalador em pó 200 mcg/dose), flunisolida (250 mcg/jato), fluticasona (50-250 mcg/jato) e
triancinolona (100 mcg/jato).

Os efeitos adversos dos corticosteroides

Os efeitos adversos dos corticosteroides estão relacionados com sua ação sobre diversos
processos fisiológicos. Os efeitos indesejáveis relacionados à interrupção abrupta da terapia com
glicocorticoides são insuficiência da suprarrenal decorrente da supressão do eixo hipotálamo-
hipófise-supra-renal. Dessa forma, recomenda-se a interrupção do corticosteroide de forma
gradual da dose até sua total retirada. O uso contínuo de altas doses de corticosteroides resulta
em complicações sistêmicas, insuficiência da glândula suprarrenal e síndrome iatrogênica de
Cushing, que decorre da exposição de corticosteroide na circulação sanguínea por excesso do
fármaco. Essa síndrome também resulta por aumento na secreção de ACTH ou elevação na
produção adrenal.

A síndrome de Cushing caracteriza-se por inúmeros sinais como aumento da pressão arterial,
dificuldade de cicatrização, elevação da glicemia, aumento da pressão arterial, catarata, face em
forma arredondada e bochechas vermelhas, obesidade, aumento do apetite, aumento da gordura
abdominal, acúmulo de gordura no dorso (corcova de búfalo), risco de osteoporose, necrose
avascular do fêmur, equimoses e estrias, adelgamento da pele, braços e pernas finas (atrofia
muscular), aumento de suscetibilidade a infecções e quadro de euforia alternado com depressão
e psicoses.

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