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1. DIABETES

O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por


hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos
sanguíneos.
Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo
processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do
pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da
secreção da insulina, entre outros.

(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O diabetes mellitus é:

a) uma alteração da produção de insulina, com deficiência da mesma.


b) um grupo de distúrbios metabólicos resultantes de defeito da ação da insulina, na
secreção de insulina ou em ambas.
c) uma deficiência na ação da insulina.
d) uma resistência à ação da insulina em nível periférico.
e) uma falência completa do pâncreas exócrino.

Resposta Correta:
b) um grupo de distúrbios metabólicos resultantes de defeito da ação da insulina, na
secreção de insulina ou em ambas.

Comentário:
Iniciamos com uma questão simples. O diabetes é um grupo de doenças metabólicas
caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de
vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos,
podendo resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina.

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(2015/CONSULPLAN/HOB) Acerca do Diabetes mellitus, assinale a alternativa correta.

a) É uma doença metabólica de etiologia variada.


b) Uma das suas causas é a destruição de células do fígado.
c) O Diabetes mellitus tipo 1 é a forma mais prevalente na população.
d) A prevalência da doença na população está diminuindo devido ao diagnóstico cada vez
mais precoce.

Resposta Correta:
a) É uma doença metabólica de etiologia variada.

Comentário:
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e
associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente
olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos.

1.1 Cuidado integral ao paciente com diabetes e sua família

Considerando a elevada carga de morbimortalidade associada, a prevenção do


diabetes e de suas complicações é hoje prioridade de saúde pública. Na atenção
básica, ela pode ser efetuada por meio da prevenção de fatores de risco para
diabetes como sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares não saudáveis; da
identificação e tratamento de indivíduos de alto risco para diabetes (prevenção
primária); da identificação de casos não diagnosticados de diabetes (prevenção
secundária) para tratamento; e intensificação do controle de pacientes já
diagnosticados visando prevenir complicações agudas e crônicas (prevenção
terciária).
Ações e condutas que devem fazer parte do trabalho de toda a equipe a fim de
garantir o fortalecimento do vínculo, a garantia da efetividade do cuidado, a adesão
aos protocolos e a autonomia do paciente:
 Oferecer cuidado a todos os pacientes, com sensibilidade para aspectos
culturais e desejos pessoais, na visão de cuidado integral centrado na pessoa.
 Encorajar relação paciente-equipe colaborativa, com participação ativa do
paciente na consulta; criar oportunidades para que o paciente expresse suas

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dúvidas e preocupações; respeitar o papel central que o paciente tem no seu
próprio cuidado, reconhecendo os aspectos familiares, econômicos, sociais e
culturais que podem prejudicar ou facilitar o cuidado.
 Assegurar-se de que conteúdos chave para seu autocuidado tenham sido
abordados.
 Avaliar periodicamente o estado psicológico dos pacientes e sua sensação de
bem-estar, levando em consideração a carga de portar uma doença crônica,
respeitando as crenças e atitudes dos pacientes. Explicitar os objetivos e
abordar as implicações de um tratamento longo e continuado.
 Negociar com o paciente um plano individualizado de cuidado, revisando-o
periodicamente e mudando-o de acordo com as circunstâncias, condições de
saúde e desejos do paciente.
 Discutir e explicar o plano de cuidado do paciente com os seus familiares, com
a concordância prévia do paciente.
 Incentivar e promover atividades multidisciplinares de educação em saúde
para pacientes e seus familiares, em grupos ou individualmente, levando em
consideração aspectos culturais e psicossociais, com ênfase no
empoderamento e na autonomia do paciente para seu autocuidado. Lembrar
que educar não é só informar.
 Estimular que os pacientes se organizem em grupos de ajuda mútua, como,
por exemplo, grupos de caminhada, trocas de receitas, técnicas de
autocuidado, entre outros.
 Envolver os pacientes nas discussões sobre planejamento de ações dirigidas
ao diabetes na unidade, aumentando a autonomia e o poder dos pacientes
sobre suas próprias condições. Não esquecer que o “especialista” em diabetes
para cada paciente é o próprio paciente.
 Promover a educação profissional permanente sobre diabetes na equipe de
saúde a fim de estimular e qualificar o cuidado.
 Definir dentro da equipe de saúde formas de assegurar a continuidade do
cuidado e orientar os pacientes sobre a forma de prestação desse cuidado
continuado.

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 Agendar as revisões necessárias e fazer a busca ativa dos faltosos.
Providenciar, se possível, contato telefônico ou visitas domiciliares por
membros da equipe entre as consultas agendadas.
 Possibilitar pronto acesso ao serviço no caso de intercorrências.
 Cadastrar todos os pacientes a fim de favorecer ações de vigilância e busca de
faltosos.
 Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para
avaliar a qualidade do cuidado prestado em sua unidade e para planejar ou
reformular as ações em saúde (p.ex., proporção de pacientes diabéticos que
realizam hemoglobina glicada (A1C) pelo menos 2 vezes/ano.
 Divulgar o conteúdo deste manual entre os outros membros da equipe e entre
os pacientes com diabetes que manifestarem interess

1.2 Classificação do diabetes

Há duas formas atuais para classificar o diabetes, a classificação em tipos de


diabetes (etiológica), definidos de acordo com defeitos ou processos
específicos, e a classificação em estágios de desenvolvimento, incluindo
estágios pré-clínicos e clínicos, este último incluindo estágios avançados em que a
insulina é necessária para controle ou sobrevivência.

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1.2.1 Tipos de diabetes (classificação etiológica)

Diabetes tipo 1 Diabetes tipo 2


O termo tipo 1 indica destruição da célula beta O DM2 é a forma verificada em 90 a 95% dos
que eventualmente leva ao estágio de deficiência casos e caracteriza-se por defeitos na ação e
absoluta de insulina, quando a administração de secreção da insulina e na regulação da produção
insulina é necessária para prevenir cetoacidose, hepática de glicose. A resistência à insulina e o
coma e morte. defeito na função das células beta estão presentes
 Subdivido em tipos 1A e 1B. precocemente na fase pré-clínica da doença. É
 Autoimune | Diabetes mellitus tipo 1A causada por uma interação de fatores genéticos e
Esta forma encontra-se em 5 a 10% dos casos de ambientais. Nas últimas décadas, foi possível a
DM, sendo o resultado da destruição identificação de numerosas variantes genéticas
imunomediada de células betapancreáticas com associadas a DM2, mas ainda uma grande
consequente deficiência de insulina. proporção da herdabilidade permanece inexplicada.
 Idiopático | Diabetes mellitus tipo 1B Entre os fatores ambientais associados estão
Como o nome indica, não há uma etiologia sedentarismo, dietas ricas em gorduras e
conhecida para essa forma de DM. Corresponde à envelhecimento. A maioria dos pacientes com esse
minoria dos casos de DM1 e caracteriza-se pela tipo de DM apresenta sobrepeso ou obesidade, e
ausência de marcadores de autoimunidade contra cetoacidose raramente se desenvolve de modo
as células beta e não associação a haplótipos do espontâneo, ocorrendo quando associada a outras
sistema HLA. Os indivíduos com esse tipo de DM condições, como infecções. O DM2 pode ocorrer em
podem desenvolver cetoacidose e apresentam qualquer idade, mas é geralmente diagnosticado
graus variáveis de deficiência de insulina. após os 40 anos.
A destruição das células beta é geralmente
causada por processo autoimune, que pode ser
detectado por auto anticorpos circulantes como
anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD),
anti-ilhotas e anti-insulina, e, algumas vezes, está
associado a outras doenças autoimunes como a
tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a
miastenia gravis. Em menor proporção, a causa da
destruição das células beta é desconhecida (tipo 1
idiopático).

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Diabetes gestacional

É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente se


resolvendo no período pós-parto, mas retornando anos depois em grande parte dos casos.
Seu diagnóstico é controverso. A OMS recomenda detectá-lo com os mesmos
procedimentos diagnósticos empregados fora da gravidez, considerando como diabetes
gestacional valores referidos fora da gravidez como indicativos de diabetes ou de tolerância
à glicose diminuída.
Trata-se de qualquer intolerância à glicose, de magnitude variável, com início ou
diagnóstico durante a gestação. Entretanto, aquelas pacientes de alto risco e que na consulta
inicial de pré-natal, no primeiro trimestre de gestação, já preenchem os critérios para
diabetes fora da gestação, serão classificadas não como diabetes gestacional, mas como
diabetes mellitus tipo 2. Similar ao DM2, o DM gestacional associa-se tanto à resistência à
insulina quanto à diminuição da função das células beta (A).

(2013/FUNCAB/SESACRE) A doença caracterizada por uma deficiência absoluta de


insulina causada pela destruição das células pancreáticas é denominada:

a) hipoparatireoidismo.
b) pancreatite.
c) bósio.
d) diabetes do tipo 1.
e) diabetes do tipo 2.

Resposta Correta:
d) diabetes do tipo 1.

Comentário:
O diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina.

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(2013/IBFC/ILSL) Em relação ao Diabetes, assinale a alternativa correta:

a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do pâncreas, o


que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose. Geralmente, tem seu
início na infância ou na adolescência.
b) A insulina regular tem ação de 1 a 3 horas, com pico de ação de 5 a 7 horas, sendo
utilizada para manutenção da glicemia.
c) A insulina regular deve ser aplicada exclusivamente por via subcutânea e a insulina NPH
pode ser aplicada por diferentes vias (subcutânea, intramuscular e endovenosa).
d) Os rodízios de locais de aplicação devem ser recomendados apenas para a insulina
NPH, que é utilizada para manutenção diária.

Resposta Correta:
a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do
pâncreas, o que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose.
Geralmente, tem seu início na infância ou na adolescência.

Comentário:
O diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina.

(2013/IBFC/ILSL) Em relação ao Diabetes, assinale a alternativa correta:

a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do pâncreas, o


que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose. Geralmente, tem seu
início na infância ou na adolescência.
b) A insulina regular tem ação de 1 a 3 horas, com pico de ação de 5 a 7 horas, sendo
utilizada para manutenção da glicemia.
c) A insulina regular deve ser aplicada exclusivamente por via subcutânea e a insulina NPH
pode ser aplicada por diferentes vias (subcutânea, intramuscular e endovenosa).
d) Os rodízios de locais de aplicação devem ser recomendados apenas para a insulina
NPH, que é utilizada para manutenção diária.

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Resposta Correta:
a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do
pâncreas, o que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose.
Geralmente, tem seu início na infância ou na adolescência.

Comentário:
O diabetes tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina.

(2012/UFPB/UFPB)
Um adolescente de 13 anos entrou em coma cetoacidótico. Considerando esse caso,
julgue cada uma das assertivas abaixo:

O indivíduo tem diabetes tipo I.


A. Certo
B. Errado

Resposta Correta:
A. Certo

Comentário:
Primeira dica: o diabetes tipo II, geralmente é diagnosticado após os 45 anos.

Segunda dica: a cetoacidose é característica do diabetes tipo I. Mais precisamente do tipo


IB.

(2014/FUNDEP (Gestão de Concursos)) Os tipos de diabetes mellitus estão


apresentados a seguir, EXCETO:

a) Tipo 1.
b) Tipo 2.
c) Gestacional.
d) Insípidos.

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Resposta Correta:
d) Insípidos.

Comentário:
Tipos de diabetes mellitus:

Tipo 1, tipo 2 e diabetes gestacional.

(AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Uma mulher, professora universitária, tem


uma filha de 6 anos que é portadora de diabetes tipo 1. Ela pesquisou em sites
da internet orientações para entender a patologia de sua filha. Referente ao
assunto, assinale a alternativa que NÃO se enquadra como Diabetes tipo 1.

(A) O termo diabetes tipo 1, indica o processo de destruição da células alfa que leva ao
estágio de deficiência absoluta de insulina.
(B) A administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose.
(C) A destruição das células beta é geralmente causada por um processo autoimune.
(D) O processo autoimune pode ser detectado por autoanticorpos circulantes, como
antidescarboxilase do ácido glutâmico, antiilhotas e anti-insulina.
(E) A destruição das células beta, em geral, é rapidamente progressiva, ocorrendo
principalmente em crianças e adolescentes, mas pode ocorrer também em adultos.

Resposta Correta:
(A) O termo diabetes tipo 1, indica o processo de destruição da células alfa que
leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina.

Comentário:
O termo tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de
deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para
prevenir cetoacidose, coma e morte.

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1.3 RASTREAMENTO E PREVENÇÃO DO DIABETES

1.3.1 Rastreamento do diabetes tipo 2

Testes de rastreamento são indicados em indivíduos assintomáticos que


apresentem maior risco da doença, apesar de não haver ensaios clínicos que
documentem o benefício resultante e a relação custo-efetividade ser questionável.

Fatores indicativos de maior risco são listados a seguir:

 Idade >45 anos.


 Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).
 Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para
mulheres, medida na altura das cristas ilíacas).
 Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
 Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).
 Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL.
 História de macrossomia ou diabetes gestacional.
 Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.
 Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

(2014/FUNDEP (Gestão de Concursos)) Com relação à prevenção de Diabetes


Mellitus, assinale a alternativa CORRETA.

a) Em indivíduos com alto risco (com tolerância à glicose diminuída), pode-se prevenir,
ou ao menos retardar o aparecimento do diabetes tipo 2.
b) Dietas precárias de glicose associadas a exercícios físicos podem prevenir diabetes
tipo 1.
c) Durante a gravidez, o controle pressórico é essencial para a prevenção de diabetes
gestacional.
d) Para a prevenção de diabetes insípidos, é necessária baixa ingestão de
carboidratos.

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Resposta Correta:
a) Em indivíduos com alto risco (com tolerância à glicose diminuída), pode-se
prevenir, ou ao menos retardar o aparecimento do diabetes tipo 2.

Comentário:
Entramos na seara do rastreamento. Os testes de rastreamento são indicados em
indivíduos assintomáticos que apresentem maior risco da doença. Uma vez
identificados os riscos é sempre possível ações que possam prevenir ou, pelo menos,
retardar o aparecimento da diabetes.

(2016/COPESE – UFPI) NÃO constitui um fator de risco para a doença Diabetes


Mellitus:

a) Desnutrição.
b) História familiar.
c) Não praticar atividade física – sedentarismo.
d) Hipertensão arterial.
e) Colesterol e triglicerídeos elevados.

Resposta Correta:
a) Em indivíduos com alto risco (com tolerância à glicose diminuída), pode-se
prevenir, ou ao menos retardar o aparecimento do diabetes tipo 2.

Comentário:
São fatores de risco para o diabetes mellitus:

 Idade >45 anos.


 Sobrepeso (Índice de Massa Corporal IMC >25).
 Obesidade central (cintura abdominal >102 cm para homens e >88 cm para
mulheres, medida na altura das cristas ilíacas).
 Antecedente familiar (mãe ou pai) de diabetes.
 Hipertensão arterial (> 140/90 mmHg).
 Colesterol HDL d”35 mg/dL e/ou triglicerídeos e”150 mg/dL.
 História de macrossomia ou diabetes gestacional.
 Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos.
 Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida.

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(2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)) Constitui fator de risco não modificável para
Diabetes Melito:

a) obesidade central.
b) antecedente familiar de diabetes.
c) hipertensão arterial.
d) diabetes gestacional prévio.
e) dislipdemia.
.
Resposta Correta:
b) antecedente familiar de diabetes.

Comentário:
Dentre os fatores de risco para o aparecimento do diabetes mellitus apresentados na
questão, o único que não podemos modificar é o histórico familiar.

1.4 Principais sintomas de diabetes

Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda


involuntária de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica
são: fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de
repetição.

PERDA
POLIÚRIA POLIDIPSIA POLIFAGIA INVOLUNTÁRIA
DE PESO

•Poliúria é um •Sede excesiva, •A polifagia é um •Diminuição


sintoma comum como a própria distúrbio que involuntária de
caracterizado definição da provoca uma peso corporal.
pela produção de polidepsia avidez
urina acima de descreve. desmedida pela
2,5 litros por dia. comida.

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Sintomas menos específicos
 Fadiga, fraqueza e letargia;
 Visão turva (ou melhora temporária da visão para perto);
 Prurido vulvar ou cutâneo, balanopostite.

(2016/FUNIVERSA/IF-AP) Os principais sinais clínicos de um paciente com


diabetes mellitus são:

a) polifagia, disquesia, poliúria e polidipsia.


b) poliúria, perda de peso, polidipsia e epistaxe.
c) polifagia, coprofagia, poliúria e andar plantígrado.
d) perda de peso, epistaxe, dificuldade de cicatrização e cio irregular.
e) polidipsia, perda de peso, poliúria e polifagia..

Resposta Correta:
e) polidipsia, perda de peso, poliúria e polifagia.

Comentário:
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda
involuntária de peso (os “4 Ps”).

(2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Paciente feminino, 46 anos, refere perda de


peso rápido nos últimos 3 meses, poliúria, dores em MMII, visão turva. No
momento, refere cefaleia intensa e mal-estar geral. Qual é a hipótese
diagnóstica?

a) Dor precordial.
b) Diabetes.
c) Trombose.
d) HDA.
e) HAS..

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Resposta Correta:
b) Diabetes.

Comentário:
Vamos lá: diagnóstico a partir dos 45 anos (já nos remete ao diabetes tipo II), a poliúria
e perda de peso rápida e sem explicação são dois dos quatro sintomas clássicos do
diabetes

(2015/AOCP/FUNDASUS) Paciente do sexo feminino, 34 anos, procurou a UBS.


Durante o atendimento, o técnico de enfermagem constatou que, nos últimos
três meses, a paciente tem apresentado poliúria, polidipsia, polifagia e relato de
perda inexplicada de peso. Esses elementos clínicos levantam a suspeita de qual
patologia?

a) Diabetes mellitus.
b) Hipertensão arterial.
c) Tuberculose.
d) Hanseníase.
e) Trombofilia.

Resposta Correta:
a) Diabetes mellitus.

Comentário:
A suposta paciente apresenta os sinais clássicos do diabetes: poliúria, polidipsia,
polifagia e relato de perda inexplicada de peso.

(Prefeitura Municipal de Nhandeara - SP - 2014 – Enfermeiro) Assinale a


alternativa que contenha os principais sintomas clássicos do diabetes.

a) Poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso.


b) Poliúria, polidipsia, polifagia, sialorréia perda involuntária de peso.
c) Poliúria, polidipsia, polifagia, anidrose e perda involuntária de peso.
d) Poliúria, polidipsia, polifagia, artralgia e perda involuntária de peso.

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Resposta Correta:
a) Poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso.

Comentário:
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda
involuntária de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são:
fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de
repetição.

(AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Assinale a alternativa que apresenta sinais e


sintomas clássicos que levantam a suspeita de Diabetes mellitus.

(A) Poliúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e polifagia.


(B) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e dor abdominal.
(C) Oligúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.
(D) Oligúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e anorexia.
(E) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.

Resposta Correta:
(E) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.

Comentário:
Os sintomas clássicos de diabetes são: poliúria, polidipsia, polifagia e perda
involuntária de peso (os “4 Ps”). Outros sintomas que levantam a suspeita clínica são:
fadiga, fraqueza, letargia, prurido cutâneo e vulvar, balanopostite e infecções de
repetição.

Algumas vezes o diagnóstico é feito a partir de complicações crônicas como


neuropatia, retinopatia ou doença cardiovascular aterosclerótica.
Exames laboratoriais para o diagnóstico de diabetes e de regulação glicêmica
alterada.

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Resumidamente, os testes laboratoriais mais comumente utilizados para
suspeita de diabetes ou regulação glicêmica alterada são:

TESTE
ORAL DE
GLICEMIA TOLERÂNC GLICEMIA
EM JEJUM IA À O paciente recebe CASUAL
GLICOSE uma carga de75 g
Nível de glicose Tomada sem
(TTG-75G): de glicose, em
sanguínea após um padronização do
jejum, e a glicemia
jejum de 8 a 12 tempo desde a
é medida antes e
horas última refeição
120 minutos após a
ingestão;

ATENÇÃO!

Pessoas cuja glicemia de jejum situa-se entre 110 e 125 mg /dL (glicemia de
jejum alterada), por apresentarem alta probabilidade de ter diabetes, podem
requerer avaliação por TTG-75g em 2h. Mesmo quando a glicemia de jejum
for normal (< 110 mg /dL), pacientes com alto risco para diabetes ou doença
cardiovascular podem merecer avaliação por TTG.

1.5 AVALIAÇÃO INICIAL

Na consulta inicial é necessário classificar o tipo de diabetes, o que é feito, via


de regra, pela história clínica. Para classificar o diabetes tipo 1, o traço clínico
mais relevante é a tendência à hiperglicemia grave e cetoacidose. Casos
suspeitos devem ser monitorarados de perto ou encaminhados prontamente ao
especialista.
Em geral, o início é abrupto, acometendo, principalmente, crianças e
adolescentes sem excesso de peso. Pode evoluir rapidamente para
hiperglicemia grave ou cetoacidose na presença de infecção ou outra forma de
estresse. Muitas vezes pacientes com diabetes tipo 1 em fase inicial apresentam um
período de estabilidade metabólica transitória, referida como “lua de mel”.

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Para classificar o diabetes tipo 2, um dos traços mais marcantes é a
ocorrência em adulto com longa história de excesso de peso. No entanto, como
a epidemia de obesidade está atingindo crianças, é possível observar casos em
jovens, até mesmo em crianças e adolescentes. O início é em geral insidioso e os
sintomas clássicos mais brandos. Pode evoluir por muitos anos antes de requerer
insulina para controle.

1.5.1 PLANO TERAPÊUTICO

1.5.1.1 Diabetes Tipo 1

Pela maior complexidade do cuidado, esses pacientes são em geral


acompanhados por especialista endocrinologista. O encaminhamento deve ser
imediato, com o cuidado de evitar demora no atendimento, pois, eles apresentam
risco elevado de descompensação metabólica.

1.5.1.2 Diabetes Tipo 2

O plano terapêutico do Diabetes tipo 2 é baseado no controle glicêmico (na


mudança dos hábitos de vida) e prevenção de complicações crônicas.

1.5.1.3 Prevenção e manejo das complicações agudas do diabetes tipo 2

O controle glicêmico estável – satisfatório – pressupõe variações ao


longo do dia na faixa de 80 a 160 mg/dl. Pequenos desvios podem ocorrer para
mais ou para menos, sendo facilmente controlados com ajustes de dieta, atividade
física, ou medicações. Em algumas situações, no entanto, esses desvios são mais
acentuados, caracterizando a descompensação hiperglicêmica aguda e a
hipoglicemia, respectivamente. As duas situações requerem ação efetiva do paciente
– família ou amigos – e do serviço de saúde.

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1.5.1.4 Descompensação Hiperglicêmica Aguda

1.5.1.5 Prevenção da Cetose e Cetoacidose

A cetoacidose é uma complicação potencialmente letal, com índices de


mortalidade entre 5 e 15%. Estima-se que 50% dos casos possam ser evitados com
medidas simples de atenção. Os principais fatores precipitantes são: infecção,
omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar, uso de medicações
hiperglicemiantes e outras intercorrências graves – como AVC, infarto ou trauma.
Indivíduos em mau controle – hiperglicêmicos ou instáveis – são particularmente
vulneráveis a essa complicação.

A cetoacidose ocorre particularmente em pacientes com diabetes tipo 1,


sendo algumas vezes a primeira manifestação da doença. O diabetes tipo 2, que
mantém uma reserva pancreática de insulina, raramente desenvolve essa
complicação, mas isso pode ocorrer em intercorrências como infarto, AVC ou
infecção grave, em que há elevada produção de hormônios contrarreguladores.

ATENÇÃO!

O quadro clínico consiste em Polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico,


fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos,
desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. Esse quadro
pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio
hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de
angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças.

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A cetose, que antecede a cetoacidose, pode ser manejada em casa, desde
que o paciente esteja habituado com o auto monitoramento da glicemia. Já
a cetoacidose em evolução – com presença dos sintomas acima – requer
tratamento imediato no local de atendimento usual ou em serviço de
emergência.

1.5.1.6 Prevenção da Síndrome Hiperosmolar Não-Cetótica

A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800


mg/ dl), desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose.
Ocorre apenas no diabetes tipo 2, porque um mínimo de ação insulínica preservada
nesse tipo de diabetes pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é muito elevada
devido à idade e à gravidade dos fatores precipitantes.

Os indivíduos de maior risco são os idosos (> 60 anos), cronicamente


doentes, debilitados ou institucionalizados, com mecanismos de sede ou acesso à
água prejudicados. Fatores precipitantes são doenças agudas (acidente vascular
cerebral, infarto do miocárdio ou infecções, particularmente pneumonia), uso de
glicocorticoides ou diuréticos, cirurgia, ou elevadas doses de glicose (nutrição enteral
ou parenteral ou, ainda, diálise peritoneal).

1.5.1.7 Hipoglicemia

Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas –


para valores abaixo de 60 a 70 mg/dL. Geralmente essa queda leva a sintomas
neuroglicopênicos (fome, tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma,
convulsão) e a manifestações de liberação do sistema simpático (sudorese,
taquicardia, apreensão, tremor).

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(Enfermeiro -CONRIO – 2014) A hipoglicemia é quando há um diminuição dos níveis
glicêmicos á valores abaixo de 60 a 70 mg/dl. Normalmente essa queda leva a
sintomas neuroglicopênicos. Assinale a alternativa que contenha um sinal não
considerado neuroglicopênico.

a) Fome, tontura, fraqueza.


b) Dor de cabeça, confusão.
c) Coma, convulsão.
d) Cefaleia, caquexia.

Resposta Correta:
d) Cefaleia, caquexia.

Comentário:
Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores
abaixo de 60 a 70 mg/dL. Geralmente essa queda leva a sintomas neuroglicopênicos (fome,
tontura, fraqueza, dor de cabeça, confusão, coma, convulsão) e a manifestações de
liberação do sistema simpático (sudorese, taquicardia, apreensão, tremor).

1.6 Controle dos Fatores de Risco


Deve-se:
 Educar o paciente sobre como balancear dieta, exercício e agente hipoglicemiante oral ou
insulina.
 Evitar consumo de álcool em doses maiores do que o permitido na dieta (> 2 doses de
álcool/dia);
 Pacientes que não enxergam bem devem receber orientação especial para evitar erros de
dose de insulina.
 Pacientes suscetíveis devem ter suas metas de controle revisadas (os que não
reconhecem sintomatologia precoce, não atendem aos princípios básicos do tratamento
ou têm padrões de vida incompatíveis com as normas preventivas).
 Muitas vezes, mesmo quando em busca de controle estrito, pode ser necessário revisar as
metas de controle para a glicemia de jejum e para a glicemia ao deitar, tolerando níveis de
até 140 a 150 mg/dl. Outro aspecto importante na prevenção da hipoglicemia noturna é
prescrever um lanche antes de dormir que contenha carboidratos, proteínas e gorduras,
por exemplo, um copo de leite (300 mL);

21
1.7 Prevenção e manejo das complicações crônicas do diabetes tipo 2

A história natural do diabetes é marcada pelo aparecimento de complicações


crônicas, geralmente classificadas como:

MICROVASCU MACROVASC
LARES ULARES
RETINOPATIA DOENÇA ARTERIAL
CORONARIA

NEFOPATIA DOENÇA
CEREBROVASCULA
R E VASCULAR
PERIFÉRICA

NEUROPATIA

Todas são responsáveis por expressiva morbimortalidade, com taxas de


mortalidade cardiovascular e renal, cegueira, amputação de membros e perda de
função e qualidade de vida muito superior a indivíduos sem diabetes.

As doenças isquêmicas cardiovasculares são mais frequentes e mais


precoces em indivíduos com diabetes, comparativamente aos demais.
Em mulheres com diabetes, o efeito protetor tipicamente reconhecido
Doença
para o gênero feminino desaparece. A sintomatologia das três grandes
cardiovascular
manifestações cardiovasculares – doença coronariana, doença
cerebrovascular e doença vascular periférica – é em geral semelhante à
de pacientes sem diabetes.
A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no
Brasil. Ela é assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo
Retinopatia
do tempo, acometendo a maioria dos portadores de diabetes após 20
diabética
anos de doença. A presença de nefropatia e gravidez contribuem para
sua evolução.

22
A nefropatia diabética também é uma complicação comum e
devastadora em pacientes com diabetes, com uma frequência pouco
inferior a retinopatia. Tradicionalmente inicia por um estágio de
nefropatia incipiente, com aumento da excreção urinária de albumina,
chamada de microalbuminúria, em geral, após 5 anos da doença.
Nefropatia
Em indivíduos propensos existe uma evolução da doença para
diabética
proteinúria clínica, geralmente acompanhada de hipertensão. Nos
próximos cinco a dez anos surge a síndrome nefrótica, com queda da
função renal e evolução para insuficiência renal terminal. Estima-se que,
terapia apropriada pode dobrar o tempo entre a detecção de proteinuria
e nefropatia terminal.
É a complicação mais comum do diabetes, compreendendo um conjunto
de síndromes clínicas que afetam o sistema nervoso periférico sensitivo,
motor e autonômico, de forma isolada ou difusa, nos segmentos
proximal ou distal, de instalação aguda ou crônica, de caráter reversível
Neuropatia ou irreversível, manifestando-se silenciosamente ou com quadros
diabética sintomáticos dramáticos. A forma mais comum é a neuropatia simétrica
sensitivomotora distal. Pode se manifestar por sensação de queimação,
choques, agulhadas, formigamentos, dor a estímulos não-dolorosos,
câimbras, fraqueza ou alteração de percepção da temperatura, pode ser
em repouso, com exacerbação à noite e melhora com movimentos.

(2015/BIO-RIO/IF-RJ) As complicações tardias mais comuns do diabetes incluem:

a) doenças macrovasculares, microvasculares e neuropatia;


b) sepse, queimaduras e neuropatia;
c) doenças pulmonares, articulares e grandes traumas ósseos;
d) doenças pulmonares, sepse e otorrinas;
e) doenças hepáticas e pancreáticas.

Resposta Correta:
a) doenças macrovasculares, microvasculares e neuropatia.

23
Comentário:
Como exemplos de complicações crônicas podem ser observadas alterações na
microcirculação, originando retinopatia e nefropatia; na macrocirculação, levando à
cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica) além de
neuropatias (Strong et al., 2005; SBD, 2009).

(EBSERH - Hospital Universitário de Sergipe - UFS - 2014 - Enfermeiro Assistencial)


Sobre o Diabetes e suas complicações, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que
se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave, é mais comum em jovens


com Diabetes tipo I.
( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/dL),
desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose.
( ) A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é
assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria
dos portadores de diabetes após 20 anos de doença.
( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores
abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo II.

a) V – F – V – F.
b) F – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) V – V – F – F.

Resposta Correta:
d) F – V – V – F.

Comentário:
SOBRE A SÍNDROME HIPEROSMOLAR - A síndrome hiperosmolar é um estado de
hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/ dl), desidratação e alteração do estado mental – na
ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2, porque um mínimo de ação insulínica
preservada nesse tipo de diabetes pode prevenir a cetogênese. A mortalidade é muito
elevada devido à idade e à gravidade dos fatores precipitantes. SOBRE A RETINOPATIA: A
retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é
assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria
dos portadores de diabetes após 20 anos de doença. A presença de nefropatia e gravidez
contribuem para sua evolução. SOBRE A HIPOGLICEMIA: Hipoglicemia é a diminuição dos
níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores abaixo de 60 a 70 mg/dL.
Geralmente essa queda leva a sintomas neuroglicopênicos (fome, tontura, fraqueza, dor de
cabeça, confusão, coma, convulsão) e a manifestações de liberação do sistema simpático
(sudorese, taquicardia, apreensão, tremor).

24
1.8 Atribuições do enfermeiro no cuidado ao paciente diabético:

 Desenvolver atividades educativas, por meio de ações individuais e/ou coletivas, de


promoção de saúde com todas as pessoas da comunidade; desenvolver atividades
educativas individuais ou em grupo com os pacientes diabéticos.
 Capacitar os auxiliares de enfermagem e os agentes comunitários e supervisionar,
de forma permanente, suas atividades.
 Realizar consulta de enfermagem com pessoas com maior risco para diabetes tipo
2 identificadas pelos agentes comunitários, definindo claramente a presença do
risco e encaminhado ao médico da unidade para rastreamento com glicemia de
jejum quando necessário.
 Realizar consulta de enfermagem, abordando fatores de risco, estratificando risco
cardiovascular, orientando mudanças no estilo de vida e tratamento não
medicamentoso, verificando adesão e possíveis intercorrências ao tratamento,
encaminhando o indivíduo ao médico, quando necessário.
 Estabelecer, junto à equipe, estratégias que possam favorecer a adesão (grupos de
pacientes diabéticos).
 Programar, junto à equipe, estratégias para a educação do paciente.
 Solicitar, durante a consulta de enfermagem, os exames de rotina definidos como
necessários pelo médico da equipe ou de acordo com protocolos ou normas
técnicas estabelecidas pelo gestor municipal.
 Orientar pacientes sobre automonitorização (glicemia capilar) e técnica de aplicação
de insulina.
 Repetir a medicação de indivíduos controlados e sem intercorrências.
 Encaminhar os pacientes portadores de diabetes, seguindo a periodicidade descrita
neste manual, de acordo com a especificidade de cada caso (com maior frequência
para indivíduos não aderentes, de difícil controle, portadores de lesões em órgãos
alvo ou com comorbidades) para consultas com o médico da equipe.
 Acrescentar, na consulta de enfermagem, o exame dos membros inferiores para
identificação do pé em risco. Realizar, também, cuidados específicos nos pés
acometidos e nos pés em risco.
 Perseguir, de acordo com o plano individualizado de cuidado estabelecido junto ao
portador de diabetes, os objetivos e metas do tratamento (estilo de vida saudável,
níveis pressóricos, hemoglobina glicada e peso).

25
 Organizar junto ao médico, e com a participação de toda a equipe de saúde, a
distribuição das tarefas necessárias para o cuidado integral dos pacientes
portadores de diabetes.
 Usar os dados dos cadastros e das consultas de revisão dos pacientes para avaliar
a qualidade do cuidado

26
2. PÉ DIABÉTICO

Denomina-se Pé Diabético a presença de infecção, ulceração e/ou destruição


de tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de
doença vascular periférica em pessoas com DM.

O Pé Diabético pode ser classificado, segundo sua etiopatogenia, em:

 Neuropático.
 Vascular (também chamado isquêmico).
 Misto (neurovascular ou neuroisquêmico).

(2015/FUNCERN/IF-RN) Sobre os aspectos relacionados à Diabetes Mellitus (DM):

a) a insulina de ação regular atinge seu pico de 30 a 60 minutos.


b) os indivíduos que possuem DM do tipo 1 apresentam tendência a ser acometidos pelo
estado hiperglicêmico hiperosmolar .
c) o tratamento da diabetes gestacional utiliza os hipoglicemiantes orais, em virtude do
efeito teratogênico da insulina.
d) as úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico, neuropático
ou misto.

Resposta Correta:
d) as úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico,
neuropático ou misto.

Comentário:
O Pé Diabético pode ser classificado, segundo sua etiopatogenia, em:

 Neuropático.
 Vascular (também chamado isquêmico).
 Misto (neurovascular ou neuroisquêmico).

27
2.1 Avaliação do limiar de percepção cutânea do pé

A avaliação requer duas medidas extremamente simples: história clínica e


exame dos pés, que se inicia pela remoção dos calçados e das meias, que também
devem ser avaliados.

Fatores de risco para ulceração dos pés

PRINCIPAIS OUTROS
- Nefropatia, retinopatia
- Polineuropatia periférica (PND); - Condição
- Deformidades (PND motora, socioeconômica
Biodinâmica, - Limitação da mobilidade - Morar sozinho
articular) -Inacessibilidade ao
sistema de saúde
Trauma
- Doença Arterial periférica (DAP);
- História de úlcera;
- Histórico de amputação

Sintomas da neuropatia autonômica devem ser pesquisados, periodicamente,


durante avaliação clínica. As principais manifestações incluem taquicardia em
repouso, intolerância ao exercício, hipotensão ortostática, constipação, e sintomas de
gastroparesia, disfunção erétil, disfunção sudomotora, bexiga neurogênica,
hipoglicemia despercebida, entre outros.

O reconhecimento precoce e o manejo da neuropatia diabética são


importantes, pois, permitem, o início de um tratamento específico em casos
sintomáticos, reconhecimento e orientação adequada de pacientes em risco
de lesões em membros inferiores não percebidas e acompanhamento da
disautonomia autonômica relacionada com maior morbimortalidade. Não
existe tratamento específico para lesão neural, além, do controle glicêmico
que pode retardar a progressão da doença.

28
Úlceras de pés e amputação de extremidades são as complicações mais
graves. Sua prevenção primária visa prevenir neuropatia e vasculopatia. Aqui é
abordado o monitoramento de um conjunto de fatores que eleva o risco de úlcera e
amputação de extremidades, tornando sua prevenção mais custo-efetivo. Para tanto,
os seguintes pontos são fundamentais:

 Avaliar os pés dos pacientes anualmente quanto a:

 História de úlcera ou amputação prévia, sintomas de doença arterial periférica,


dificuldades físicas ou visuais no cuidado dos pés.
 Deformidades dos pés (pé em martelo ou dedos em garra, proeminências
ósseas) e adequação dos calçados; evidência visual de neuropatia (pele seca,
calosidade, veias dilatadas) ou isquemia incipiente; deformidades ou danos de
unhas.
 Detecção de neuropatia por monofilamento de 10g;
 Palpação de pulsos periféricos (pediosa e tibial posterior).

 Discutir a importância dos cuidados dos pés como parte de


programa educativo para prevenção de úlcera e amputação.
 Negociar um plano de cuidado baseado nos achados clínicos e da
avaliação de risco.
 Oferecer apoio educativo para cuidados dos pés de acordo com as
necessidades individuais e o risco de úlcera e amputação.
 Avaliar o risco do paciente de acordo com os achados clínicos.
 Planejar intervenções baseadas nas categorias de risco.
 Não amputar, exceto quando:

 Uma avaliação vascular detalhada tiver sido feita por cirurgião vascular.
 A dor isquêmica no repouso não puder ser manejada por analgesia ou
revascularização.
 Uma infecção no pé potencialmente fatal não puder ser tratada por outras
medidas.

29
 Uma úlcera não cicatrizante for acompanhada por uma maior carga de doença
do que resultaria da amputação.

2.1 Abordagem educativa de pessoa com DM para prevenção da


ocorrência de ulcerações nos pés e/ou sua identificação precoce

A) Todas as pessoas com DM e baixo risco de desenvolver úlceras (Categoria 0)


 Abordar: – Cuidados pessoais e orientação para o autoexame do pé;
 Exame diário do pé para identificação de modificações (mudança de cor,
edema, dor, parestesias, rachaduras na pele);
 Sapatos (reforçar importância do sapato adequado, que deve se adaptar ao
pé, evitar pressão em áreas de apoio ou extremidades ósseas);
 Higiene (lavar e secar cuidadosamente, especialmente nos espaços
interdigitais) e hidratação diária dos pés com cremes (especialmente se
possui pele seca);
 Cuidados com as unhas e os riscos associados com a remoção de pele e
cutículas;
 Cuidado com traumas externos (animais, pregos, pedras nos sapatos etc.); –
Orientar a procurar um profissional de Saúde se perceber alteração de cor,
edema ou rachaduras na pele, dor ou perda de sensibilidade.
B) Pessoas com DM e alto risco de desenvolver úlceras nos pés (Categoria 1 ou 2)
Abordar, além dos pontos listados no item (A), os seguintes:
 Evitar caminhar descalço;
 Procurar ajuda profissional para manejo de calos, ceratose e ruptura de
continuidade da pele;
 Não utilizar produtos para calos e unhas sem a orientação de um profissional
de Saúde;
 Lembrar o potencial de queimadura dos pés dormentes, portanto sempre
verificar a temperatura da água em banhos, evitar aquecedores dos pés
(bolsa-d’água quente, cobertores elétricos, fogueiras ou lareiras);
 Não utilizar sapatos novos por períodos prolongados e amaciar os sapatos
novos com uso por pequenos períodos de tempo antes de utilizá-lo
rotineiramente;

30
 Usar protetor solar nos pés;
 Recomendações para situações especiais (feriados, passeios longos,
ocasiões sociais como casamentos e formaturas) e inclusão na programação
de períodos de repouso para os pés.
C) Pessoas com DM e presença de úlceras (Categoria 3) Abordar, além dos itens (A) e (B),
também os seguintes:
 Lembrar que infecções podem ocorrer e progredir rapidamente;
 A detecção e o tratamento precoce de lesões aumentam as chances de um
bom desfecho;
 Repouso apropriado do pé/perna doente é fundamental no processo de cura;
 Sinais e sintomas que devem ser observados e comunicados aos
profissionais de Saúde envolvidos no cuidado da pessoa: alterações no
tamanho da ulceração e cor da pele (vermelhidão) ao redor da úlcera; marcas
azuladas tipo hematomas e/ou escurecimento da pele, observar tipo de
secreção (purulenta ou úmida onde antes era seca), surgimento de novas
ulceras ou bolhas nos pés;
 Se dor (úlcera fica dolorosa ou desconfortável ou pé lateja) retornar à UBS;
 Procurar a UBS imediatamente se perceber mudança no odor dos pés ou da
lesão ou se ocorrer edema e/ou sensação de mal-estar (febre, sintomas tipo
resfriado, ou sintomas do diabetes mal controlado).

2.2 Classificação de risco do Pé Diabético


São fatores de risco para desenvolvimento de úlceras e amputações (as duas
principais complicações do Pé Diabético), quase todos identificáveis durante a
anamnese e o exame físico do indivíduo (BOULTON et al., 2008):
 História de ulceração ou amputação prévia.
 Neuropatia periférica.
 Deformidade dos pés.
 Doença vascular periférica.
 Baixa acuidade visual.
 Nefropatia diabética (especialmente nos pacientes em diálise).
 Controle glicêmico insatisfatório.
 Tabagismo

31
Classificação de risco do Pé Diabético

CATEGORIA DE RISCO SITUAÇÃO CLÍNICA

GRAU 0 Neuropatia ausente.


GRAU 1 Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garra,
dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot).
GRAU 2 Doença arterial periférica com ou sem neuropatia presente.
GRAU 3 História de úlcera e/ou amputação.

Orientações para o autocuidado no Pé Diabético – prevenindo as feridas


 Realize a inspeção diária dos pés (seja por você mesmo ou com a ajuda de um
familiar ou um cuidador orientado), incluindo as áreas entre os dedos.
 Realize a higiene regular dos pés, seguida da secagem cuidadosa deles,
principalmente entre os dedos.
 Cuidado com a temperatura da água! Ela deve estar sempre inferior a 37°C, para
evitar o risco de queimadura.
 Evite andar descalço, seja em ambientes fechados ou ao ar livre. Sempre use
meias claras ao utilizar calçados fechados.
 Use, sempre que possível, meias com costura de dentro para fora ou, de
preferência, sem costura.
 Procure trocar de meias diariamente.
 Nunca use meias apertadas e evite usar meias altas acima do joelho.
 Inspecione e palpe diariamente a parte interna dos calçados, à procura de objetos
que possam machucar seus pés.
 Use calçados confortáveis e de tamanho apropriado, evitando o uso de sapatos
apertados ou com reentrâncias e costuras irregulares.
 Use cremes ou óleos hidratantes para pele seca, porém, evite usá-los entre os
dedos.
 Corte as unhas em linha reta.
 Não utilize agentes químicos ou emplastros para remover calos.
 Calos e calosidades devem ser avaliados e tratados pela sua equipe de saúde.
 Faça a reavaliação dos seus pés com a sua equipe de saúde uma vez ao ano (ou
mais vezes, se for solicitado).

32
 Procure imediatamente sua Unidade de Saúde se uma bolha, corte, arranhão ou
ferida aparecer.
 Em caso de dúvidas, procure sempre a sua equipe de saúde!

33
3. CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE DE INSULINAS

Insulina é um hormônio que deve ser conservado de maneira adequada, para


que sejam garantidas as suas propriedades farmacológicas. Estejam atentos,
portanto, às seguintes orientações:

 Frascos de insulina NUNCA devem ser congelados (temperatura abaixo de 2º).


 Evite expor os frascos à luz do sol, pois a insulina pode sofrer degradação.
 Evite deixar os frascos em locais muito quentes, como o porta-luvas do carro, perto do
fogão ou forno elétrico, etc.
 As insulinas devem ser armazenadas em geladeiras, na porta ou parte inferior.
 A insulina que está em uso poderá ser mantida em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC),
por até um mês. Nesse caso, deixar o frasco no lugar mais fresco da casa, como, por
exemplo, perto do filtro de água.
 Não usar a insulina se notar mudança na cor e presença de grânulos.

3.1 Em caso de viagens


Colocar os frascos de insulina em bolsa térmica ou caixa de isopor. Não
precisa colocar gelo. Caso não tenha bolsa térmica ou isopor, leve o frasco em bolsa
comum, junto a você, onde não receba a luz do sol, diretamente.

3.2 Locais onde não existe geladeira:

 Deve ser evitada a armazenagem em locais que não tenham geladeiras.


Contudo, em situações especiais, os frascos de insulina deverão ser mantidos
no local mais fresco da casa ou edifício. A insulina guardada nestas condições
deve ser usada no prazo máximo de seis meses.
 Caso a armazenagem seja de um estoque maior, o responsável pelo controle
de distribuição deve estar atento para que os frascos sejam distribuídos,
seguindo o sistema PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair).

34
Uma vez aberto o frasco de insulina e o refil das canetas, só utilizar no
máximo no período de 30 dias.

3.3 Reutilização de seringas descartáveis

 De acordo com a orientação dos fabricantes, as seringas/agulhas descartáveis


para a aplicação de insulina não devem ser reutilizadas.
 Na prática, entretanto, a bibliografia internacional sobre o assunto
considera como segura a reutilização limitada do conjunto
seringa/agulha, desde que respeitadas às orientações sobre
armazenamento em geladeira ou em lugar adequado, com a devida
proteção da agulha por sua capa protetora plástica.
 A higiene das mãos e dos locais de aplicação é fundamental para
proporcionar a necessária segurança quanto à reutilização sua
reutilização por até 08 aplicações, sempre pela mesma pessoa.
 Optando-se pela reutilização, a seringa deve ser retampada e guardada, em
temperatura ambiente ou sob refrigeração (na gaveta ou porta da
geladeira). Para a reutilização, devem ainda ser considerados os seguintes
aspectos:
 Ausência de ferida aberta nas mãos e de infecções de pele no
local de aplicação;
 O diabético deve ter destreza manual, ausência de tremores e
boa acuidade visual, sendo capaz de reencapar a agulha com
segurança.
A limpeza da agulha não deve ser feita com álcool, porque é capaz de remover
o silicone que a reveste, tornando a aplicação mais dolorosa. As seringas reutilizadas
devem ser descartadas quando a agulha se torna romba, curva ou entra em contato
com alguma superfície diferente da pele e logo que a aplicação se torne muito mais
dolorosa.

35
Locais de aplicação de insulina

(Enfermeiro -CONRIO -2014) Insulina é um hormônio utilizado no tratamento de


pacientes com Diabetes. Assinale a alternativa Incorreta em relação á conservação do
frasco.

a) Evitar expor os frascos a luz do sol.


b) As insulinas devem ser armazenadas em geladeira na parte superior.
c) A insulina que está em uso poderá ser mantida em temperatura ambiente (15º a 30º).
d) Nenhuma das alternativas citadas á cima estão incorretas.

Resposta Correta:
b) As insulinas devem ser armazenadas em geladeira na parte superior.

36
Comentário:
A insulina pode ser conservada em temperatura ambiente, mas deve ser evitada a
exposição direta ao Sol. Outra observação: evitar extremos de temperatura. Quando o
paciente não possui geladeira, orientamos que ele armazene a insulina em local próximo a
tinas, filtros (locais onde há reserva de água), desde que tenha salubridade. Em geladeiras,
deve ser armazenada na porta.

37
QUESTÕES

1. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) O diabetes mellitus é:

a) uma alteração da produção de insulina, com deficiência da mesma.


b) um grupo de distúrbios metabólicos resultantes de defeito da ação da insulina, na secreção
de insulina ou em ambas.
c) uma deficiência na ação da insulina.
d) uma resistência à ação da insulina em nível periférico.
e) uma falência completa do pâncreas exócrino.

2. (2015/CONSULPLAN/HOB) Acerca do Diabetes mellitus, assinale a alternativa


correta.

a) É uma doença metabólica de etiologia variada.


b) Uma das suas causas é a destruição de células do fígado.
c) O Diabetes mellitus tipo 1 é a forma mais prevalente na população.
d) A prevalência da doença na população está diminuindo devido ao diagnóstico cada vez
mais precoce.

3. (2013/FUNCAB/SESACRE) A doença caracterizada por uma deficiência absoluta de


insulina causada pela destruição das células β pancreáticas é denominada:

a) hipoparatireoidismo.
b) pancreatite.
c) bósio.
d) diabetes do tipo 1.
e) diabetes do tipo 2.

4. (2013/IBFC/ILSL) Em relação ao Diabetes, assinale a alternativa correta:

a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do pâncreas, o


que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose. Geralmente, tem seu
início na infância ou na adolescência.

38
b) A insulina regular tem ação de 1 a 3 horas, com pico de ação de 5 a 7 horas, sendo
utilizada para manutenção da glicemia.
c) A insulina regular deve ser aplicada exclusivamente por via subcutânea e a insulina NPH
pode ser aplicada por diferentes vias (subcutânea, intramuscular e endovenosa).
d) Os rodízios de locais de aplicação devem ser recomendados apenas para a insulina NPH,
que é utilizada para manutenção diária.

5. (2013/IBFC/ILSL) Em relação ao Diabetes, assinale a alternativa correta:

a) O Diabetes Mellitus do tipo 1 é consequente à destruição de células beta do pâncreas, o


que leva à deficiência absoluta de insulina e tendência à cetoacidose. Geralmente, tem seu
início na infância ou na adolescência.
b) A insulina regular tem ação de 1 a 3 horas, com pico de ação de 5 a 7 horas, sendo
utilizada para manutenção da glicemia.
c) A insulina regular deve ser aplicada exclusivamente por via subcutânea e a insulina NPH
pode ser aplicada por diferentes vias (subcutânea, intramuscular e endovenosa).
d) Os rodízios de locais de aplicação devem ser recomendados apenas para a insulina NPH,
que é utilizada para manutenção diária.

6. (2012/UFPB/UFPB) Um adolescente de 13 anos entrou em coma cetoacidótico.


Considerando esse caso, julgue cada uma das assertivas abaixo:

O indivíduo tem diabetes tipo I.


A. Certo
B. Errado

7. (2014/FUNDEP (Gestão de Concursos)) Os tipos de diabetes mellitus estão


apresentados a seguir, EXCETO:
a) Tipo 1.
b) Tipo 2.
c) Gestacional.
d) Insípidos.

8. (AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Uma mulher, professora universitária, tem uma


filha de 6 anos que é portadora de diabetes tipo 1. Ela pesquisou em sites da internet

39
orientações para entender a patologia de sua filha. Referente ao assunto, assinale a
alternativa que NÃO se enquadra como Diabetes tipo 1.

(A) O termo diabetes tipo 1, indica o processo de destruição da células alfa que leva ao
estágio de deficiência absoluta de insulina.
(B) A administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose.
(C) A destruição das células beta é geralmente causada por um processo autoimune.
(D) O processo autoimune pode ser detectado por autoanticorpos circulantes, como
antidescarboxilase do ácido glutâmico, antiilhotas e anti-insulina.
(E) A destruição das células beta, em geral, é rapidamente progressiva, ocorrendo
principalmente em crianças e adolescentes, mas pode ocorrer também em adultos.

9. (2014/FUNDEP (Gestão de Concursos)) Com relação à prevenção de Diabetes


Mellitus, assinale a alternativa CORRETA.

a) Em indivíduos com alto risco (com tolerância à glicose diminuída), pode-se prevenir, ou ao
menos retardar o aparecimento do diabetes tipo 2.
b) Dietas precárias de glicose associadas a exercícios físicos podem prevenir diabetes tipo 1.
c) Durante a gravidez, o controle pressórico é essencial para a prevenção de diabetes
gestacional.
d) Para a prevenção de diabetes insípidos, é necessária baixa ingestão de carboidratos.

10. (2016/COPESE – UFPI) NÃO constitui um fator de risco para a doença Diabetes
Mellitus:

a) Desnutrição.
b) História familiar.
c) Não praticar atividade física – sedentarismo.
d) Hipertensão arterial.
e) Colesterol e triglicerídeos elevados.

11. (2016/FCC/TRT - 23ª REGIÃO (MT)) Constitui fator de risco não modificável para
Diabetes Melito:

a) obesidade central.

40
b) antecedente familiar de diabetes.
c) hipertensão arterial.
d) diabetes gestacional prévio.
e) dislipdemia.
.
12. (2016/FUNIVERSA/IF-AP) Os principais sinais clínicos de um paciente com diabetes
mellitus são:

a) polifagia, disquesia, poliúria e polidipsia.


b) poliúria, perda de peso, polidipsia e epistaxe.
c) polifagia, coprofagia, poliúria e andar plantígrado.
d) perda de peso, epistaxe, dificuldade de cicatrização e cio irregular.
e) polidipsia, perda de peso, poliúria e polifagia..

13. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Paciente feminino, 46 anos, refere perda de peso


rápido nos últimos 3 meses, poliúria, dores em MMII, visão turva. No momento, refere
cefaleia intensa e mal-estar geral. Qual é a hipótese diagnóstica?

a) Dor precordial.
b) Diabetes.
c) Trombose.
d) HDA.
e) HAS.

14. (2015/AOCP/FUNDASUS) Paciente do sexo feminino, 34 anos, procurou a UBS.


Durante o atendimento, o técnico de enfermagem constatou que, nos últimos três
meses, a paciente tem apresentado poliúria, polidipsia, polifagia e relato de perda
inexplicada de peso. Esses elementos clínicos levantam a suspeita de qual patologia?

a) Diabetes mellitus.
b) Hipertensão arterial.
c) Tuberculose.
d) Hanseníase.
e) Trombofilia.

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15. (Prefeitura Municipal de Nhandeara - SP - 2014 – Enfermeiro) Assinale a alternativa
que contenha os principais sintomas clássicos do diabetes.

a) Poliúria, polidipsia, polifagia e perda involuntária de peso.


b) Poliúria, polidipsia, polifagia, sialorréia perda involuntária de peso.
c) Poliúria, polidipsia, polifagia, anidrose e perda involuntária de peso.
d) Poliúria, polidipsia, polifagia, artralgia e perda involuntária de peso.

16. (AOCP/EBSERH/HDT-UFT-TO/2015) Assinale a alternativa que apresenta sinais e


sintomas clássicos que levantam a suspeita de Diabetes mellitus.

(A) Poliúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e polifagia.


(B) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e dor abdominal.
(C) Oligúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.
(D) Oligúria, cefaleia, perda inexplicada de peso e anorexia.
(E) Poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso e polifagia.

17. (Enfermeiro - CONRIO – 2014) A hipoglicemia é quando há um diminuição dos


níveis glicêmicos á valores abaixo de 60 a 70 mg/dl. Normalmente essa queda leva a
sintomas neuroglicopênicos. Assinale a alternativa que contenha um sinal não
considerado neuroglicopênico.

a) Fome, tontura, fraqueza.


b) Dor de cabeça, confusão.
c) Coma, convulsão.
d) Cefaleia, caquexia.

18. (2015/BIO-RIO/IF-RJ) As complicações tardias mais comuns do diabetes incluem:

a) doenças macrovasculares, microvasculares e neuropatia;


b) sepse, queimaduras e neuropatia;
c) doenças pulmonares, articulares e grandes traumas ósseos;
d) doenças pulmonares, sepse e otorrinas;
e) doenças hepáticas e pancreáticas.

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19. (EBSERH - Hospital Universitário de Sergipe - UFS - 2014 - Enfermeiro Assistencial)
Sobre o Diabetes e suas complicações, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que
se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.

( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hipoglicemia grave, é mais comum em jovens


com Diabetes tipo I.
( ) A síndrome hiperosmolar é um estado de hiperglicemia grave (> 600 a 800 mg/dL),
desidratação e alteração do estado mental – na ausência de cetose.
( ) A retinopatia diabética é a principal forma de cegueira irreversível no Brasil. Ela é
assintomática nas suas fases iniciais, mas evolui ao longo do tempo, acometendo a maioria
dos portadores de diabetes após 20 anos de doença.
( ) Hipoglicemia é a diminuição dos níveis glicêmicos – com ou sem sintomas – para valores
abaixo de 80 a 90 mg/dL. Muitas vezes leva ao quadro de cetoacidose que ocorre
principalmente em pacientes com diabetes tipo II.

a) V – F – V – F.
b) F – F – V – V.
c) V – F – F – V.
d) F – V – V – F.
e) V – V – F – F.

20. (2015/FUNCERN/IF-RN) Sobre os aspectos relacionados à Diabetes Mellitus (DM):

a) a insulina de ação regular atinge seu pico de 30 a 60 minutos.


b) os indivíduos que possuem DM do tipo 1 apresentam tendência a ser acometidos pelo
estado hiperglicêmico hiperosmolar .
c) o tratamento da diabetes gestacional utiliza os hipoglicemiantes orais, em virtude do efeito
teratogênico da insulina.
d) as úlceras no pé da pessoa com DM podem ter um componente isquêmico, neuropático ou
misto.

21. (Enfermeiro - CONRIO -2014) Insulina é um hormônio utilizado no tratamento de


pacientes com Diabetes. Assinale a alternativa Incorreta em relação á conservação do
frasco.

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a) Evitar expor os frascos a luz do sol.
b) As insulinas devem ser armazenadas em geladeira na parte superior.
c) A insulina que está em uso poderá ser mantida em temperatura ambiente (15º a 30º).
d) Nenhuma das alternativas citadas á cima estão incorretas.

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GABARITO

1 B
2 A
3 D
4 A
5 A
6 CERTO
7 D
8 A
9 A
10 A
11 B
12 E
13 B
14 A
15 A
16 E
17 D
18 A
19 D
20 D
21 B

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo


Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São
Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.

_______, Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno da


Atenção Básica – Estratégia do Cuidado para Pessoas com Doenças Crônicas, 2014.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_doenca_cron
ica_cab35.pdf. Acesso: 01/08/2016

_________Ministério da Saúde. Departamento da Atenção Básica. Caderno da


Atenção Básica – Diabetes Melllitus, 2006. Disponível em :
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdf. Acesso em:
01/08/16

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