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SUMÁRIO
Motivação ...................................................................................................................................................... 16
Análise da realidade ...................................................................................................................................... 16
Construir alternativas ................................................................................................................................... 17
10. A Comunicação, o feedback e a mentoria ..................................................................................... 19
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1. POR QUE UM PROGRAMA DE MENTORIA?
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2. IMPORTÂNCIA DA MENTORIA: BENEFÍCIOS PARA O
MENTORADO, O MENTOR E A ORGANIZAÇÃO.
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É uma oportunidade para a utilização dos seus conhecimentos e de
conhecerem outras formas de realizar as tarefas e pensar;
Permite integrar novos conhecimentos técnicos ou atualizar seu
conhecimento atual;
Possibilita a aquisição ou atualização de conhecimentos ao serem
confrontados com novas situações e criatividade por implicar analisar várias
perspectivas de um problema.
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3. A ÉTICA NO PROCESSO DE MENTORIA
A relação entre mentor e mentorado é tão especial que, em vários aspectos, ela se
torna mais profunda e significativa do que aquelas estabelecidas com outros colegas
de trabalho. Por envolver o compromisso mútuo do mentor e do mentorado, o
compartilhamento de valores, conhecimentos e experiências, essa relação merece
ser cuidada com atenção e sensibilidade.
E, se é verdade que cabe a ambos zelar pela manutenção de uma boa relação, cabe
ao mentor estabelecer os limites e mostrar quais são as atitudes mais apropriadas
para as situações de trabalho.
A seguir, alguns dos pontos que devem ser observados para a construção de um
relacionamento ético e respeitoso entre mentores e mentorados:
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afetam de maneira relevante o desenvolvimento pessoal do mentorado em relação
à sua evolução profissional. A relação que será estabelecida é de parceria e, por
esse motivo, não cabe no processo de mentoria, por exemplo, uma atitude
paternalista e de protecionismo.
Dinheiro não entra no processo de mentoria – Por mais improvável que possa
parecer, o mentorado poderá convidar o seu mentor (e vice-versa) a comprar alguma
coisa, a investir em algum negócio ou, então, pedir-lhe emprestado algum dinheiro.
Concordar com tais pedidos pode comprometer a relação.
Procurando ajuda externa - Mentoria não é terapia e mentor não é psicólogo. Caso
o mentor perceba que as questões colocadas nas reuniões extrapolam as ações
voltadas para o trabalho, deve aconselhar o mentorado a procurar ajuda
especializada. Questões como alcoolismo, consumo de drogas, dificuldades com o
cônjuge, demandam orientações que não estão previstas no processo de mentoria.
Mesmo bem-intencionado, o mentor poderá incorrer em erros e, até mesmo, poderá
agravar conflitos caso decida ajudar o mentorado a enfrentá-los.
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4. O QUE É MENTORIA?
Uma vez que a mentoria reflete uma única relação entre indivíduos, pode afirmar-se
que não existem duas relações iguais. Cada uma se distingue por ser um
relacionamento interpessoal diferente, composto por interações e pensamentos
distintos.
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5. PAPEL DO MENTOR
Para ser o que sou hoje, fui vários homens.
E, se volto a me encontrar com os homens que fui, não me
envergonho deles. Foram etapas do que sou. Tudo que sei
custou as dores das experiências. Tenho respeito pelos que
procuram, pelos que tateiam, pelos que erram...
Goethe
Se no passado o mentor era considerado uma pessoa sábia, velha, um pai substituto,
um consultor confiável ou mesmo um educador, nos dias de hoje, pode significar um
conselheiro, amigo ou professor.
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6. PAPEL DO MENTORADO
Para que essa relação tenha sucesso e seja conduzida de forma harmônica, é
importante que cada um dos envolvidos – mentor e mentorado – tenha consciência
do seu papel.
Vamos a eles.
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Assumir responsabilidade pessoal para entender que o foco do processo de
mentoria é a evolução do próprio mentorado e, portanto, este deve, ao longo
do tempo, tornar-se independente do seu mentor, caminhando com as
próprias pernas;
Entender que, por mais que o mentor seja sábio e experiente, não é obrigado
a saber tudo o que o mentorado precisa para se desenvolver. Outras fontes
poderão ser necessárias;
Agradecer ao mentor pela ajuda que ele oferece.
Nunca é demais lembrar que o processo de mentoria é uma via de mão dupla, ou
seja, tanto os mentores como o mentorado devam estar comprometidos.
Texto adaptado:
http://www.erlich.com.br/2016/10/18/como-um-mentorado-pode-tirar-o-maximo-proveito-do-mentoring/
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7. DINÂMICA DO PRIMEIRO ENCONTRO
“...E assim seja lá como for vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor Brotar do impossível chão”.
Música: Sonho Impossível
Versão: Chico Buarque e Ruy Guerra
Auxilie seu mentorado a resgatar sua trajetória profissional: suas realizações, suas
forças e fraquezas, reforçando os ganhos que teve na carreira. Com as informações
que você já tem, vá ajudando-o a resgatar seu caminho até aqui.
Contrate previamente, com seu mentorado, como ele deseja receber feedback, para
que possa pontuá-lo nas ações que ele precisa melhorar. Faça-o sempre quando
estiverem sozinhos.
Sempre que tiver dúvidas quanto a uma pergunta apresentada pelo mentorado, em
presença autêntica (atendendo à sua necessidade e à dele), seja sincero e busque
ajuda, pesquise e se informe antes de responder.
Pronto?
Vamos então colocar em prática o encontro você e seu mentorado. Programe com
ele o melhor horário e dia para a efetivação desse encontro.
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8. UMA SESSÃO DE MENTORIA
Nenhuma relação de mentoria é igual a outra. Isso se deve ao fato de sermos seres
únicos, diferentes uns dos outros, em razão da nossa visão de mundo, valores,
experiências, etc. Nesse sentido, podemos então afirmar que não existe igualmente
um modelo único e definitivo para a condução de uma sessão de mentoria.
O quarto momento é formular uma ação bem concreta, com previsão de data e local
para acontecer, assim como do resultado esperado. Por exemplo, o mentorado pode
assumir o seguinte compromisso: “A partir da próxima reunião vou definir com os
meus colegas a nossa agenda e vou começar, como tarefa número 1, a regularização
das pendências do sistema XX, com isso, vou finalizar o trabalho que já está
atrasado”.
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O quinto momento na sessão de mentoria é uma recapitulação de toda a conversa,
uma avaliação dos pontos que foram discutidos e a reafirmação da ação combinada
entre mentor e mentorado. Também a pauta da próxima reunião pode ser acertada,
o que permitirá que o mentor se prepare para o encontro, organizando os assuntos
que poderão ser levantados, trazendo alguma bibliografia de apoio, etc.
Essa avaliação será muito rica caso seja feita sem julgamento de valor. Ou seja, não
se quer avaliar se o encontro foi bom ou ruim, se mentor e mentorado gostaram ou
não. Uma sugestão para tornar essa avaliação mais objetiva é usar quatro verbos
como guias de conversa: Aprender, Aprofundar, Apresentar e Aplicar – os 4 As. Para
tanto, disponibilizamos um texto intitulado “Acompanhamento do Processo”.
A sessão pode não ter sido longa o suficiente para esgotar um assunto ou ela
levantou pontos inéditos, que o mentorado deseja esclarecer de uma maneira mais
extensa.
Ao fechar a sessão com essa avaliação, o mentor reforçará o que foi tratado no
encontro e se beneficiará, ele também, por um exercício de aprendizado, que deve
ser permanente. É um ato compartilhado que, com um propósito sincero, fará crescer
profissional e pessoalmente tanto o mentor quanto o seu mentorado.
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9. CONVERSAS DE MENTORIA
Nós, os sete bilhões de habitantes da Terra, tentamos nos comunicar hoje, nada mais
nada menos do que em 6.907 diferentes línguas. O mundo continua repleto de mal-
entendidos, e mesmo com todas as opções de comunicação de que dispomos, não
andamos nos entendendo muito bem.
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Motivação
Apesar da nossa boa intenção, a motivação não pode ser inventada nem transferida
para ninguém. Ninguém é capaz de obrigar ou de convencer outra pessoa a se sentir
motivado. O papel do mentor, portanto, é o de auxiliar o mentorado a confirmar o
significado que as metas têm e ajudá-lo no processo de busca pela motivação para
alcança-las da maneira mais efetiva possível.
Análise da realidade
Sempre que olhamos à nossa volta e tentamos entender o que é de fato real,
esbarramos em uma questão prática: cada pessoa vê como realidade aquilo que é
capaz de perceber e de decodificar a partir de seu próprio repertório cognitivo,
incluindo aí suas crenças e convicções, clareza e limitações.
Com relação ao EU, costumamos pensar que nos conhecemos muito bem.
Acreditamos que temos grande domínio sobre nossos pensamentos, sentimentos e
reações. Julgamo-nos seres livres, capazes de fazer escolhas de maneira autônoma,
de fazer valer nossos desejos e de determinar nosso destino.
Então, como desenvolver a capacidade de refletir sobre nós mesmos? Não se trata
de refletir sobre os atos desenvolvidos no passado ou no presente, mas sobre como
nos sentimos diante de um quadro mais amplo da vida.
Quais são as coisas mais importantes para mim, que eu nunca vou querer
abandonar?
Onde e como estou hoje?
Onde e como eu gostaria de estar?
Quais são as barreiras que terei de superar?
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Com relação ao OUTRO, o mentorado deve, nesse processo de análise da realidade,
avaliar a importância dos outros em sua trajetória profissional. Ou seja, deve fazer
uma apreciação proativa e procurar enxergar aqueles que o rodeiam como parceiros
e eventuais promotores do seu crescimento.
Construir alternativas
A função do mentor é criar um ambiente favorável e orientar a aprendizagem do
mentorado. Além da sua experiência, o mentor deve valer-se de sua sensibilidade
para levar ao mentorado as informações necessárias que permitam a escolha das
melhores atitudes e ações diante das situações que surgirem.
Ao mentor, não cabe tomar decisões pelo mentorado. Este é sempre quem controla
os seus atos, decide o seu destino e deve responsabilizar-se pelas consequências.
Cabe, porém, ao mentor, levantar temas que ajudarão seu mentorado a decidir-se
pelas melhores saídas.
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10. A COMUNICAÇÃO, O FEEDBACK E A MENTORIA
Você é empregado de uma empresa há cinco anos e está de mudança para um novo
Departamento. Esse momento é muito especial para a sua carreira e você está
entusiasmado com o novo desafio que irá enfrentar. No primeiro dia de trabalho você
é informado que terá uma reunião com um colega experiente incumbido de apresentar
o novo Departamento e explicar as suas novas atribuições. Sua expectativa com o
encontro é grande... vocês se encontram, falam brevemente sobre amenidades e
sentam-se para iniciar a reunião. Ele pede que você fale sobre sua experiência
anterior, suas expectativas e anseios em relação ao novo trabalho.
Você começa a falar e, após alguns minutos, seu colega mais velho de “casa”,
inesperadamente, o interrompe e fala com desdém da sua antiga Unidade, além de
dizer que não compreende porque você optou por assumir a nova função, uma vez
que não tem nenhuma relação com o seu trabalho anterior. Você tenta explicar,
argumentar, mas vê que não há espaço e então muda de assunto... O colega o
interrompe mais uma vez para dizer que o chefe é um “terror”, e que na equipe há
pessoas boas e pessoas ruins, essas últimas em número muito maior. Antevendo o
futuro, diz que você terá muitas dificuldades...você se sente desconfortável e deixa a
conversa seguir, sem muito entusiasmo, e, com desconfiança, recebe as instruções.
As dúvidas tomam conta de você, “será que eu deveria ter vindo? ” Mas uma coisa é
certa, você pensa, “quero me livrar o mais rápido possível do relacionamento com
esse colega”.
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implica emoções, juízos e experiência de vida dos interlocutores. E por esse motivo,
devemos dispensar cuidados especiais para transformá-la em uma comunicação
qualificadora.
Mas não é bem assim que devemos exercer a escuta em um processo de mentoria.
O fato de não existir a resposta verbal por parte de um dos interlocutores não quer
dizer, obrigatoriamente, que a comunicação inexista. Um olhar, uma expressão
facial, um sorriso ou o balançar afirmativo ou negativo da cabeça podem indicar
formas claras de comunicação, mesmo que não verbal. No processo de mentoria,
entender esse tipo de comunicação sem palavras é de grande importância. Observá-
la, concentrando-nos nas expressões faciais ou na ênfase que é dada às palavras
ou frases, pode nos ajudar a entender as peculiaridades do outro.
Você é empregado de uma empresa há cinco anos e está de mudança para um novo
Departamento. Esse momento é muito especial para a sua carreira e você está
entusiasmado com o novo desafio que irá enfrentar. No primeiro dia de trabalho você
é informado que terá uma reunião com um colega experiente incumbido de apresentar
o novo Departamento e explicar as suas novas atribuições. Sua expectativa com o
encontro é grande...vocês se encontram, falam brevemente sobre amenidades e
sentam-se para iniciar a reunião. Ele pede que você fale sobre sua experiência
anterior, suas expectativas e anseios em relação ao novo trabalho.
Você conta a sua história e, seu colega mais velho de “casa” permanece atento
durante toda a sua fala, ao final, parabeniza-o pela conquista e reforça que a
experiência em outra Unidade poderá ser muito relevante e, certamente, agregará
valor aos trabalhos. A conversa flui, você pergunta bastante e ele esclarece todas as
suas dúvidas, dizendo que também teve as mesmas questões, mas com o tempo, os
treinamentos e o trabalho em equipe logo, logo, você estará totalmente ambientado
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e em condições de conduzir as atividades. Apresenta o Departamento, os colegas e
se coloca à disposição para ajudar em qualquer dificuldade. Vocês se despedem e
marcam um novo encontro para o final do mês, quando avaliarão como as coisas
estão indo.
E o feedback?
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Como dar feedback
A primeira coisa que o mentor deve observar antes de dar um feedback, é a sua
própria intenção e postura mental em relação ao mentorado. Caso perceba que
aquilo que está prestes a dizer não contribuirá para o crescimento do outro, é melhor
calar-se. Julgamentos, fofocas ou opinião motivada pela raiva ou pelo desejo de
punir o mentorado devem ser evitados.
Uma reunião de feedback deve ser sempre específica, ou seja, referir-se a ações,
situações e eventos recentes que tenham relação facilmente identificável com o
contexto profissional do mentorado.
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O silêncio pode ser interpretado de diversas formas; portanto, cuidado ao
utilizá-lo quando a intenção for dar o feedback.
Muitas pessoas têm dificuldade em ser avaliadas ou em ouvir algo a seu respeito
que não seja totalmente favorável. Esse eventual desconforto pode ser minimizado
se levarmos em conta que o maior poder está com quem recebe o feedback e não
com quem o fornece.
Algumas atitudes assumidas pelo mentorado podem fazer com que essa experiência
tenha um significado marcante no desenvolvimento da sua vida profissional.
Ao receber um feedback:
Escute com atenção. Não é o momento de replicar, retrucar ou se justificar.
Ficar preocupado com o status ou prestígio pode colocar a perder esse
momento importante;
Solicitar esclarecimentos sobre um feedback deve ter a função exclusiva de
assegurar-se de que todos os pontos foram completamente compreendidos;
Ao final do feedback, deve-se agradecer o esforço e a contribuição do outro
e, depois, decidir o que fazer com ele;
Se os temas levantados durante o feedback parecem incômodos, é útil pensar
que o desconforto pode estar sendo provocado apenas pela imaginação.
Muitas vezes, sentir-se ofendido, diminuído, desqualificado ou acusado nada
mais é que uma armadilha do orgulho. Dar atenção a isso pouco contribuirá
para o crescimento;
Ao se preparar para receber um feedback, tente manter o seguinte
pensamento: “O feedback pode ser útil para mim; ele me permite perceber
como as minhas atitudes e posturas podem interferir no processo de trabalho”.
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conteúdos serão importantes para a construção de uma relação dialógica pautada
na confiança.
Texto extraído e adaptado de:
Mentoring: Prática & Casos - Rosa Bernhoeft
Feedback
ROLAND & FRANCES, Bee.
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11. FERRAMENTAS DE APOIO
Exercício de Conhecimento
O exercício a seguir pode ser usado tanto para o mentor como para o mentorado.
Ele serve de um “guia” para (re)direcionar o seu processo de crescimento:
Desde que você começou a trabalhar aqui, quando você se sentiu mais
importante?
O que as pessoas dizem ou fazem que ajuda você a se sentir importante, num
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Acompanhamento do processo – Técnica dos 4As
Acompanhamento da Sessão
Cada um dos aspectos apontados a seguir visa aprimorar seu aproveitamento nos
conteúdos envolvidos em seu programa de mentoria.
Aprender Aplicar
Apresentar Aprofundar
colegas?
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Plano de ação - Planilha 5W2H
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Para preenchimento da planilha 5W2H é necessário ter em mente as causas do
problema e realizar cada etapa de maneira cuidadosa sempre de forma correta.
Pergunta a ser
Passo O que preencher?
respondida
A resposta nada mais é do que o objetivo que você
O que será
What?
feito? deseja alcançar.
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PLANO DE AÇÃO – 5W2H
O QUE SERÁ FEITO POR QUE ISSO SERÁ FEITO ONDE SERÁ QUEM IRÁ QUANDO COMO QUANTO CUSTA
FEITO FAZER (WHO) (WHEN)
(WHAT) (WHY) (HOW) (HOW MUCH)
(WHERE)
Necessidade de atuação Justificativa / benefícios Local Responsável Tempo Atividades necessárias p/ Recursos financeiros
(Ação) implementar necessários
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