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1 - (ENEM-MEC/2013) “Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder
seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou
dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas
e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não
existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.”
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Adaptado)
A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em
um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja
2 - (ENEM-MEC) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma
determinada corrente de pensamento.
“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria
pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?
Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é
muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto
quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o
proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado.
Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e
perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros
então já unidos, ou que pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a
que chamo de propriedade.”
Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar
a. À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
b. Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c. A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam
reorganizar a França internamente.
d. À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava
extinguir o absolutismo francês.
e. Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça
social e direitos políticos.
4–
De volta do Paraguai
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na
Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
O discurso proferido em uma celebração em que as bandeiras estaduais eram queimadas diante da
bandeira nacional revela o pacto nacional proposto pelo Estado Novo, que se associa à
a. supressão das diferenças socioeconômicas entre as regiões do Brasil, priorizando as regiões estaduais
carentes.
b. orientação do regime quanto ao reforço do federalismo, espelhando-se na experiência política
estadunidense.
c. adoção de práticas políticas autoritárias, considerando a contenção dos interesses regionais
dispersivos.
d. propagação de uma cultura política avessa aos ritos cívicos, cultivados pela cultura regional
brasileira.
e. defesa da unidade do território nacional, ameaçado por movimentos separatistas contrários à política
varguista.
GABARITO
1–D
2–D
3–E
4–A
5–C