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PRÉ-UNIVERSITÁRIO OFICINA DO SABER Monitoria 9

DISCIPLINA: História PROFESSORES: Ana Carolina, Diogo Alchorne e Fabrício Sampaio


Data: 29 / 09 / 2020

1 - (ENEM-MEC/2013) “Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder
seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou
dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas
e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não
existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.”
MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Adaptado)

A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em
um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja

a. exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.


b. consagração do poder político pela autoridade religiosa.
c. concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
d. estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito

2 - (ENEM-MEC) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma
determinada corrente de pensamento.

“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria
pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que
abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder?

Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é
muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto
quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da equidade e da justiça, o
proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado.

Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e
perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros
então já unidos, ou que pretendem unir-se, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a
que chamo de propriedade.”

Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991.

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar

a. a existência do governo como um poder oriundo da natureza.


b. a origem do governo como uma propriedade do rei.
c. o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.
d. a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.
e. o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.
3 - (ENEM-MEC/2010) “Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela
probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da
razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de
alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o
espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a
mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.”
HUNT, L. Revolução Francesa e vida privada. In: PERROT, M. (Org.). História da vida privada: da Revolução
Francesa à Primeira Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. v. 4. (Adaptado)

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a


qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?

a. À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política dominante.
b. Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c. A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e queriam
reorganizar a França internamente.
d. À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato com os intelectuais iluministas, desejava
extinguir o absolutismo francês.
e. Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam justiça
social e direitos políticos.

4–

De volta do Paraguai

“Cheio de glória, coberto de louros, depois de


ter derramado seu sangue em defesa da pátria e
libertado um povo da escravidão, o voluntário
volta ao seu país natal para ver sua mãe
amarrada a um tronco horrível de realidade!...”

AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun.


1870. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil
através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro:
Letras & Expressões, 2001. (Adaptado)

Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na
Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na

a. negação da cidadania aos familiares cativos.


b. concessão de alforrias aos militares escravos.
c. perseguição dos escravistas aos soldados negros.
d. punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
e. suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.
5 - (ENEM-MEC/2015) “Bandeira do Brasil, és hoje a única. Hasteada a esta hora em todo o território
nacional, única e só, não há lugar no coração do Brasil para outras flâmulas, outras bandeiras, outros
símbolos. Os brasileiros se reuniram em torno do Brasil e decretaram desta vez com determinação de não
consentir que a discórdia volte novamente a dividi-lo!”
Discurso do Ministro da Justiça Francisco Campos na cerimônia da festa da bandeira, em novembro de 1937. In:
OLIVEN G. R. A parte e o todo: a diversidade cultural do Brasil nação. Petrópolis: Vozes, 1992.

O discurso proferido em uma celebração em que as bandeiras estaduais eram queimadas diante da
bandeira nacional revela o pacto nacional proposto pelo Estado Novo, que se associa à

a. supressão das diferenças socioeconômicas entre as regiões do Brasil, priorizando as regiões estaduais
carentes.
b. orientação do regime quanto ao reforço do federalismo, espelhando-se na experiência política
estadunidense.
c. adoção de práticas políticas autoritárias, considerando a contenção dos interesses regionais
dispersivos.
d. propagação de uma cultura política avessa aos ritos cívicos, cultivados pela cultura regional
brasileira.
e. defesa da unidade do território nacional, ameaçado por movimentos separatistas contrários à política
varguista.

GABARITO

1–D

2–D

3–E

4–A

5–C

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